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ESTAGIO SUPERVISIONADO 2019/1 - CIVIL 4

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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA _ VARA CÍVEL DE FORTALEZA, ESTADO DO CEARÁ.
Processo nº: (...).
Natureza: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM PEDIDO DE CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER.
JÚNIA SANTOS por intermédio de seu procurador infra-assinado, apelante nos autos de Ação De Indenização Por Obrigação De Fazer C/C Obrigação De Não Fazer que tramita perante a 01ª Vara Cível de Fortaleza, Estado do Ceará, Autos nº (número), não se conformando com a r. sentença de fls. nº (número) e com fundamento nos Artigos 1.009 e seguintes do Código de Processo Civil, vem respeitosamente interpor Recurso de Apelação e requer, após as formalidades legais, sejam encaminhadas ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
Termos em que,
Pede Deferimento.
	Fortaleza/CE, ___ de __________ de 201___.
__________________________
ADVOGADO
OAB/...
AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ
Autos do processo nº: (número)
ORIGEM: Juízo da ___ Vara Cível de Fortaleza, Estado do Ceará
APELANTE: JÚNIA SANTOS, maior, casada, administradora, inscrita no CPF/MF sob o n. (número), endereço eletrônico, residente e domiciliada em Fortaleza/CE
APELADO: ÁPICE ENGENHARIA LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n. (número), endereço eletrônico, com sede em Fortaleza/CE
RAZÕES DA APELAÇÃO
Egrégio Tribunal,
Doutos Julgadores,
I – Pressupostos de admissibilidade
I.I - Cabimento
Da decisão terminativa a quo acerca do processo em comento interpõe recurso de Apelação, conforme dispõe o Artigo 994 do Código de Processo Civil acerca das possibilidades recursais e Artigo 1009 do aludido Código acerca da Apelação.
I.II - Legitimidade
Sendo a apelante parte legítima para figurar a presente apelação conforme o disposto no Art. 996 do Código de Processo Civil que dispõe que o recurso poderá ser interposto pela parte vencida, interpõe-se a presente Apelação pelas razoes e fundamentos que serão expostas.
I.III - Interesse recursal
O objetivo recursal da Apelante é pautado na decisão terminativa a quo que indeferiu totalmente seus pedidos feitos em síntese de Inicial, e a condenou em alguns dos pedidos feitos em Reconvenção apresentados pela apelada. Por este motivo torna-se demonstrado seu interessado recursal em apelar com vistas à reformar tal decisão.
I.IV - Inexistência de fato extintivo ou impeditivo
A apelante, pautada na ausência de algum fato que extinga ou impeça a admissibilidade do recurso, como renúncia, aquiescência desistência, requer pelo conhecimento e admissibilidade do presente recurso de Apelação.
I.V - Tempestividade
A Apelação é tempestiva, haja vista que a apelante foi intimada da decisão terminativa na data de 01/11/2018, para que apresentasse manifestação da sentença proferida a quo. Consoante aos fatos, o Código de Processo Civil, dispõe no Art. 1003, § 5º que:
“O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
(...)
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.”.
Bem como, o Art. 219 do aludido Código explicita que na contagem de prazos processuais, computam-se os dias úteis.
Razão pela qual, torna-se tempestiva, a presente Apelação, a qual deve ser recebida.
I.VI - Preparo
Informa que deixou de recolher as pertinentes ao ato de preparo por ser beneficiária da gratuidade de justiça nos termos da lei 1060/50 e Art. 99, § 7º do Código de Processo Civil que dispõe sobre a dispensa de recolhimento àquele que for beneficiária de gratuidade da justiça.
II – Ordem cronológica dos fatos – momento processual
Ínclitos Desembargadores, importante destacar a ordem dos fatos por onde se chegou até aqui. A apelante ingressou em Juízo com Ação de Indenização por Obrigação de Fazer c/c Obrigação de Não Fazer em face da apelada. A relação entre as partes se dá pela compra e venda de um apartamento, localizado no Edifício Belo Lar, em Fortaleza/CE, cujo objeto da celebração fora entregue em 10 de julho de 2014.
Ocorre que, a apelante tomou ciência de que foi induzida ao erro por uma propaga enganosa de panfleto de propaganda do empreendimento produzida pela apelada, que versava sobre o acabamento interno empreendimento durante a compra do imóvel. Neste sentido, ingressou com a ação para ser indenizada pela diferença do padrão de acabamento instalado no imóvel.
Não obstante, a apelante tomou conhecimento da venda de uma unidade de garagem à terceiro alheio ao condomínio efetuada pela apelada, indo em confronto com os ditames da convenção do condomínio, Este foi também um dos objetivos da Inicial da apelante, que objetivou que a apelada desfizesse o negócio das vendas das garagens a terceiros alheios ao condomínio.
Posto isso, a apelada efetuou tempestiva contestação cumulada com reconvenção. No pedido de reconvenção apresentou débitos vencidos últimos 04 anos referentes à locação de uma loja junto ao Edifício Belo Lar pela apelante.
Apresentou-se ainda, o pedido da participação de terceiro interessado à causa, com objetivo de que ex-síndico do prédio, Ademar Silveira, afirmasse algumas informações acerca da questão da vaga da garagem, haja vista ele também vendeu uma vaga a um terceiro não condômino.
Posto isso, o juiz a quo sentenciou o processo em comento, indeferindo todos os pedidos Iniciais formulados pela apelada e a condenando em alguns formulados em sede de reconvenção formulados pela apelada. Por este motivo, interpõe-se a presente apelação, a fim de reformar a decisão terminativa ora exposta.
III – DO MÉRITO
III.I - Da cobrança de débitos referentes à aluguéis prescrito
Em pedido de Reconvenção, a apelada apresentou débitos referentes aos últimos 04 anos referentes á locação de uma loja localizada no Edifício Belo Lar. A apelada figura como locadora cujos termos de locação foram pactuados em cláusula específica junto ao contrato de compra e venda do imóvel adquirido pela apelante no referido edifício.
Neste sentido, a decisão proferida pelo juiz a quo merece reformada, haja vista que conforme disposto no Art. 205 e 206 do Código Civil, sendo o primeiro acerca da disposição do prazo da prescrição em 10 anos se a lei não lhe fixar prazo menor e o segundo, referindo-se especificamente a prescrição de aluguéis e seu prazo prescricional. Portanto, é claro que parte do débito pleiteado pela apelada está prescrito, como se lê claramente na transcrição do Art 206 do Código Civil:
“Prescreve:§ 3º Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;”
A prescrição, basicamente, é a perda da ação atribuída a um direito, tendo em vista o não uso desta faculdade em um determinado espaço de tempo. No presente caso em comento, a apelada deixou dE perseguir o direito de cobrar pelos aluguéis em atraso do primeiro ano antes do prazo prescritivo, ao passo que extinguiu o direito de cobrá-los.
Certo disso expõe-se que embora o assunto seja de ordem processual, ao tratar de causas prescritivas, o juiz analisará o mérito da ação, conforme disposição do Art. 487 do Código de Processo Civil que aduz que quando o juiz decidir de oficio ou a requerimento, sobre a prescrição, haverá resolução de mérito da questão.
Posto isto, a decisão terminativa a quo merece ser reformada, haja vista que não foi fundamentada com relação ao prazo prescricional do débito perseguido, haja vista que o débito referente ao primeiro ano não adimplido já completou 04 anos, o que enseja prescrição, afastando portanto o direito de cobrança deste período por parte da apelada.
III.II - Da necessária responsabilização da apelada pela venda de garagem a terceiros estranhos ao condomínio
A apelada alegou em contestação e confirmou através da participação de terceiro interessado à causa, Sr. Ademar Silveira, ex-síndico do Edifício Belo Lar, que houve alteração da convenção de condomínio.Conforme disposição do Art. 1331, § 1º do Código Civil, desde que a convenção traga a autorização sobre as vendas das garagens a terceiros estranhos ao condomínio, é permitida a prática.
Entretanto, a alteração da convenção não seguiu às regras legais, em que pese tenha sido aprovada em maioria pelos condôminos e levada a registro no Cartório de imóveis competente, exige-se no o Art. 1333 do Código Civil o quórum mínimo de 2/3 das frações ideais para a elaboração da convenção do condomínio; e por sua vez, o Art. 1.351 determina que a sua alteração somente pode ser feita pelo quórum especial de 2/3 dos condôminos.
”Art. 1333. A convenção que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita pelos titulares de, no mínimo, dois terços das frações ideais e torna-se, desde logo, obrigatória para os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos sobre elas tenham posse ou detenção.
Parágrafo único. Para ser oponível contra terceiros, a convenção do condomínio deverá ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis.”
“Art. 1.351. Depende da aprovação de 2/3 (dois terços) dos votos dos condôminos a alteração da convenção; (...)”
Neste sentido, a alteração da convenção do condomínio não obedeceu às regras legais, na qual dependia da aprovação de 2/3 dos condôminos do Edifício Belo Lar para que pudesse ter validade, razão pela qual tal alteração é irregular e ineficaz. Sendo assim, reitera-se pela responsabilização da apelada pela venda de garagem a terceiro estranho ao condomínio, em controvérsia com a convenção do condomínio que por sua vez não fora alterada nos moldes do Art. 1351 do Código Civil.
IV - Dos pedidos
Face ao exposto, requer:
 O conhecimento e provimento do presente recurso a fim de reformar a decisão a quo que condenou a apelante ao pagamento de alugueis em atraso referente aos últimos 04 anos, em razão da prescrição de parte do título cobrado; 
a reiteração do pedido de responsabilização da apelada pela venda de garagem do Edifício Belo Lar a terceiro alheio ao condomínio.
Termos em que,
Pede deferimento.
	Fortaleza/CE, ____ de ____________ de 201__.
__________________________
ADVOGADO
OAB/...

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