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Prévia do material em texto

2013
Saúde OcupaciOnal e 
Medicina dO TrabalhO ii
Prof. Dickson Luis Novello
Profa. Ingalisa Sandri Pazzini
Copyright © UNIASSELVI 2013
Elaboração:
Prof. Dickson Luis Novello
Profa. Ingalisa Sandri Pazzini
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
 363.1103
 N939s Novello, Dickson Luis 
 Saúde Ocupacional e Medicina do Trabalho II/ Dickson Luis 
Novello, Ingalisa Sandri Pazzini. Indaial : Uniasselvi, 2013.
 169 p. : il
 
 ISBN 978-85-7830-822-3
 1. Medicina do trabalho. Saúde Ocupacional. 
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
III
apreSenTaçãO
Como fruto da consolidação do processo da Revolução Industrial, no 
final do século XIX e início do século XX, restaram evidentes a importância e 
a necessidade de serem criados instrumentos que conjugassem a participação 
ativa de empregados objetivando a prevenção de acidentes do trabalho e de 
doenças ocupacionais.
Em face disso, impõe-se reconhecer que os comitês de segurança ou 
comitês de fábricas instituídos nos países europeus que tomaram a dianteira 
do processo de industrialização representam, em verdade, o embrião da 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, nos moldes em que se 
acha atualmente institucionalizada no Brasil. 
As atividades destinadas à segurança e à saúde no trabalho foram 
institucionalizadas no Brasil em 1943, com o advento da Consolidação das 
Leis do Trabalho (CLT), que trouxe em seu bojo um capítulo específico sobre 
o assunto. 
Em todas as organizações, a segurança no trabalho deve alcançar 
um entendimento homogêneo indispensável ao sucesso dessas atividades 
importantes para as empresas, para os trabalhadores e para a própria 
sociedade. 
As empresas são responsáveis pela segurança e pela saúde de seus 
empregados no exercício do trabalho, sendo que suas obrigações são definidas 
pela Constituição Brasileira de 1988. 
Prof. Dickson Luis Novello
Profa. Ingalisa Sandri Pazzini
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades 
em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o 
material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato 
mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação 
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
UNI
V
VI
VII
SuMáriO
UNIDADE 1 - SEGURANÇA DO TRABALHO .................................................................................1
TÓPICO 1 – CONCEITO DE SEGURANÇA DO TRABALHO ......................................................3
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................3
2 HISTÓRICO DA SAÚDE DO TRABALHO .....................................................................................3
 2.1 CONCEITOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO .....................................................................7
 2.2 CONCEITOS DE SAÚDE DO TRABALHO ..................................................................................8
3 POLÍTICAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO ..........................................................................9
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................14
RESUMO DO TÓPICO 1 ......................................................................................................................17
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................18
TÓPICO 2 – DOENÇAS OCUPACIONAIS ......................................................................................19
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................19
2 CONCEITO DE DOENÇA OCUPACIONAL .................................................................................19
3 DOENÇAS AGUDAS E CRÔNICAS ..............................................................................................22
 3.1 PRINCIPAIS DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO ..............................................23
RESUMO DO TÓPICO 2 ......................................................................................................................26
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................27
TÓPICO 3 – INSALUBRIDADE .........................................................................................................29
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................29
2 ATIVIDADES INSALUBRES ...........................................................................................................29
 2.1 PERICULOSIDADE .......................................................................................................................34
3 PERÍCIA TÉCNICA DE INSALUBRIDADE E 
PERICULOSIDADE ..............................................................................................................................36
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................38
RESUMO DO TÓPICO 3 ......................................................................................................................40
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................41
UNIDADE 2 – SAÚDE OCUPACIONAL ..........................................................................................43
TÓPICO 1 – POLÍTICA DE SAÚDE OCUPACIONAL ..................................................................45
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................45
2 CONTEXTO DO SURGIMENTO ....................................................................................................45
3 CONCEITO E FINALIDADE DO PROGRAMA DE CONTROLE 
 MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL - PCMSO ......................................................................48
4 POLÍTICA DE SAÚDE OCUPACIONAL .......................................................................................51
RESUMO DO TÓPICO 1.......................................................................................................................54AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................55
TÓPICO 2 – EXAMES EXIGIDOS PELA NR-7 ................................................................................57
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................57
2 ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL ....................................................................................57
3 EXAMES EXIGIDOS PELA NR-7 .....................................................................................................59
 3.1 EXAME ADMISSIONAL .............................................................................................................62
 3.2 EXAME PERIÓDICO ....................................................................................................................63
 3.3 EXAME DE RETORNO AO TRABALHO ..................................................................................64
VIII
 3.4 EXAME DE MUDANÇA DE FUNÇÃO .....................................................................................64
 3.5 EXAME DEMISSIONAL ...............................................................................................................65
 3.6 EXAMES COMPLEMENTARES ..................................................................................................66
RESUMO DO TÓPICO 2 ......................................................................................................................69
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................70
TÓPICO 3 – EDUCAÇÃO EM SAÚDE OCUPACIONAL ..............................................................73
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................73
2 GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL .........................................................73
3 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES ....................................................78
4 NORMAS REGULAMENTADORAS .............................................................................................86
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................88
RESUMO DO TÓPICO 3.......................................................................................................................91
AUTOATIVIDADE ..............................................................................................................................92
UNIDADE 3 – ACIDENTE NO TRABALHO ....................................................................................95
TÓPICO 1 – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO .............................................97
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................97
2 CONCEITO DE ACIDENTES NO TRABALHO ...........................................................................98
3 O ACIDENTE NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA VIGENTE ................................................100
 3.1 ESPÉCIE LEGAIS DE ACIDENTE DO TRABALHO ...............................................................101
4 COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DO TRABALHO ................................................................102
LEITURA COMPLEMENTAR ...........................................................................................................105
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................108
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................109
TÓPICO 2 – NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP ................111
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................111
2 CONCEITO DE NTEP .....................................................................................................................111
3 METOLOGIA ....................................................................................................................................113
RESUMO DO TÓPICO 2 ...................................................................................................................149
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................150
LEITURA COMPLEMENTAR ..........................................................................................................151
TÓPICO 3 – PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS ................................................153
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................153
2 CONCEITO DE PORTADORES DE NECESSIDADES 
ESPECIAIS ............................................................................................................................................154
3 INCLUSÃO DE PORTADORES DE NECESSIDADES 
 ESPECIAIS NO MERCADO DE TRABALHO ...........................................................................156
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................161
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................162
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................163
1
UNIDADE 1
SEGURANÇA DO TRABALHO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade tem por objetivos:
• conhecer os conceitos e políticas de segurança no trabalho;
• identificar as doenças ocupacionais;
• possibilitar o reconhecimento das atividades insalubres e periculosas.
Esta unidade está dividida em três tópicos, sendo que em cada um deles você 
encontrará atividades que o(a) ajudarão a fixar os conhecimentos adquiridos.
TÓPICO 1 – CONCEITO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
TÓPICO 2 – DOENÇAS OCUPACIONAIS
TÓPICO 3 – INSALUBRIDADE
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
CONCEITO DE SEGURANÇA 
DO TRABALHO
1 INTRODUÇÃO
A segurança no trabalho busca a proteção do trabalhador em seu local de 
atuação profissional, abrangendo aspectos relacionados à segurança e à higiene. 
Seu objetivo básico envolve a prevenção de riscos e de acidentes nas atividades, 
com o objetivo de defender a integridade da pessoa humana.
No art. 196 da Constituição Federal, o direito à saúde é garantido a todos os 
cidadãos por meio de medidas que visem à redução do risco de doenças e outros 
agravos, além de acesso a ações para sua proteção e recuperação. A segurança 
do trabalho é então definida como “o conjunto de medidas que versam sobre 
condições específicas de instalação do estabelecimento e de suas máquinas, 
visando à garantia do trabalhador contra a natural exposição aos riscos inerentes à 
prática da atividade profissional”. (CF, 1988). 
Pelo Decreto-Lei nº 5.452, em 1943, foi promulgada a Consolidação das 
Leis do Trabalho (CLT), cujo capítulo V - Da Segurança e Medicina do Trabalho, 
alterado pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, trata dos problemas da saúde 
do trabalhador. A Portaria nº 3.214 (de 08/06/1978), aprovando, conforme art. 200 
da CLT, as Normas Regulamentadoras (NR) relativas à Segurança e Medicina do 
Trabalho, estabelece ênfase na prevenção do acidente de trabalho, modificando a 
antiga visão de apenas indenizar os prejuízos jácausados.
2 HISTÓRICO DA SAÚDE E DO TRABALHO
Para se conhecer melhor o histórico da segurança do trabalho, é necessário 
pesquisar a época do homem primitivo, que teve sua integridade física e 
capacidade produtiva diminuída pelos acidentes de caça, da pesca e da guerra, 
que eram consideradas as atividades mais importantes de sua época. Depois, 
quando o homem das cavernas se transformou em artesão, descobrindo o minério 
e os metais, estes puderam facilitar seu trabalho pela fabricação das primeiras 
ferramentas, conhecendo também as primeiras doenças do trabalho, provocadas 
pelos próprios materiais que utilizava.
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
4
Até o início da Revolução Industrial, existem poucos relatos sobre acidentes e 
doenças provenientes do trabalho, haja vista que neste período predominava o trabalho 
escravo e manual. Com o advento da máquina a vapor, a produtividade aumentou e 
o trabalhador passou a viver em um ambiente de trabalho agressivo, ocasionado por 
diversos fatores, dentre eles, a força motriz, a divisão de tarefas e a concentração de 
várias pessoas em um mesmo estabelecimento. Nesse contexto, os riscos de acidentes 
e doenças originadas do trabalho começaram a surgir com rapidez. (SALIBA, 2004).
O início da Revolução Industrial em 1780, a invenção da máquina a vapor 
por James Watts em 1776 e do regulador automático de velocidade em 1785, 
marcaram profundas alterações tecnológicas em todo o mundo, permitindo a 
organização das primeiras fábricas modernas e indústrias, o que significava uma 
revolução econômica e social, e também acarretou os primeiros acidentes de 
trabalho e as doenças profissionais, que se alastraram e ganharam proporções 
alarmantes. (ALBERTON, 1996).
A Revolução Industrial alterou o cenário organizacional e gerou novos e graves 
problemas, pois o incremento da produção em série revelou a fragilidade do homem na 
competição desleal com a máquina. As condições de trabalho precárias somadas às jornadas 
de trabalho excessivas (15 a 16 horas diárias) provocaram reações por parte do proletariado, 
desencadeando vários movimentos sociais que influenciaram os políticos e legisladores a 
introduzirem medidas ilegais. 
FONTE: Disponível em: <http://www.ufrgs.br/proin/versao_2/biografias/
index40.html>. Acesso em: 3 nov. 2010.
FIGURA 1 – IMAGENS DO FILME “TEMPOS MODERNOS” CHARLES CHAPLIN
NOTA
TÓPICO 1 | CONCEITO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
5
Com isso, os acidentes de trabalho começaram a tomar proporções. 
Os acidentes eram provocados, na sua maioria, por substâncias e ambientes 
inadequados, dadas às condições péssimas em que as atividades fabris se 
desenvolviam, fazendo com que os trabalhadores ficassem doentes e, em alguns 
casos, até mutilados. Esta situação continuou até a Primeira Guerra Mundial, 
apesar de apresentar algumas melhorias com o surgimento dos trabalhadores 
especializados e mais treinados para manusear equipamentos complexos, que 
necessitavam de cuidados especiais para garantir maior proteção e melhor 
qualidade.
De acordo com Alberton (1996), na Segunda Guerra Mundial, o movimento 
prevencionista tomou forma, pois foi quando se pôde perceber que a capacidade 
industrial determinou o vencedor. Com isso, percebeu-se que esta capacidade 
industrial seria adquirida com um maior número de trabalhadores em produção 
ativa. 
Saliba (2004) relata que as primeiras leis de acidente do trabalho surgiram 
na Alemanha, em 1884, estendendo-se logo a vários países da Europa, até chegar 
ao Brasil por meio do Decreto Legislativo nº 3.724, de 15 de janeiro de 1919. 
Com a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) pelo Tratado 
de Versalhes, as normas sobre proteção à saúde e integridade física do trabalhador 
ganharam força, contribuindo bastante na prevenção de acidentes e doenças do 
trabalho. As Convenções da OIT ratificadas pelo Brasil incorporam-se à legislação 
interna do país. As convenções sobre a matéria, e ratificadas pelo Brasil, são:
• Convenção nº 103 - Amparo à Maternidade.
• Convenção nº 115 - Proteção contra as radiações ionizantes.
• Convenção nº 127 - Peso máximo das cargas.
• Convenção nº 134 - Prevenção de acidentes de trabalho dos marítimos.
• Convenção nº 136 - Proteção contra os riscos de intoxicação provocados pelo 
benzeno.
• Convenção nº 139 - Prevenção e controle de riscos profissionais causados pelas 
substâncias ou agentes cancerígenos.
• Convenção nº 148 - Proteção dos trabalhadores contra os riscos devidos à 
contaminação do ar, ao ruído e às vibrações no local de trabalho.
• Convenção nº 152 - Segurança e higiene nos trabalhos portuários.
• Convenção nº 155 - Segurança e saúde dos trabalhadores e meio ambiente de 
trabalho.
• Convenção nº 159 - Reabilitação profissional e emprego de pessoas deficientes.
• Convenção nº 161 - Os serviços de saúde no trabalho.
• Convenção nº 162 - Utilização do asbesto com segurança.
• Convenção nº 163 - Proteção da saúde e a assistência médica aos trabalhadores 
marítimos.
• Convenção nº 167 - Segurança e saúde na construção.
• Convenção nº170 - Segurança na utilização de produtos químicos no trabalho.
• Convenção nº 182 - Proibição das piores formas de trabalho infantil e a ação 
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
6
imediata para sua eliminação.
No Brasil, a higiene e segurança do trabalho foram elevadas à hierarquia 
constitucional em 1946 (art. 154, VIII).
Em 1977, a Lei nº 6.514, regulamentada pela Portaria nº 3.214/78, deu nova 
redação ao Capítulo V da CLT, avançando nas exigências prevencionistas.
O que é conhecido hoje como Saúde do Trabalhador é, portanto, a resposta 
institucional a esses diversos movimentos sociais que, entre a metade dos anos 70 e os anos 
90 confluíram para a reivindicação de que a Saúde do Trabalhador fizesse parte do direito 
universal à saúde, incluída no escopo da Saúde Pública. 
Entre os principais movimentos que contribuíram para o desenvolvimento 
da institucionalização da Saúde do Trabalhador no âmbito do Sistema Único de 
Saúde, temos:
• o movimento de oposição dos anos 70 e 80;
• o movimento da Reforma Sanitária Brasileira;
• o movimento pelas eleições diretas e pela Assembleia Nacional Constituinte; e
• a promulgação da “Constituição Cidadã” em 1988, com a conquista do direito à 
saúde e o advento do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 1988, o povo brasileiro 
conquistou, após quase 500 anos de história, o direito universal à saúde, 
disposto na Constituição da República Federativa do Brasil, em seu Art. 196 
como “... um direito de todos e um dever do Estado, garantido mediante políticas sociais 
e econômicas...”.
A Constituição Federal - CF (1988), também ampliou os dispositivos 
relativos à matéria, dentre os quais, destaca-se:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social:
[...]
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de 
saúde, higiene e segurança;
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres 
ou perigosas, na forma da lei;
[...]
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, 
sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em 
dolo ou culpa [...].
Desta forma, compreende-se que no âmbito da configuração, a Saúde 
NOTA
TÓPICO 1 | CONCEITO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
7
do Trabalhador se dá diretamente no âmbito do direito à saúde, previsto como 
competência do Sistema Único de Saúde (SUS) e, devido à abrangência de seu campo 
de ação, apresenta caráter intrasetorial (envolvendo todos os níveis de atenção e 
esferas de governo do SUS) e intersetorial (envolvendo setores relacionados com a 
Previdência Social, Trabalho, Meio Ambiente, Justiça, Educação e demais setores 
relacionados com as políticas de desenvolvimento).
2.1 CONCEITOS DE SEGURANÇA DO TRABALHOA segurança no trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas que 
são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como 
proteger a integridade e a capacidade laboral.
De acordo com Saliba (2004), a segurança do trabalho é a ciência que atua na 
prevenção dos acidentes do trabalho decorrentes dos fatores de risco operacionais.
FONTE: Disponível em: <http://www.carlosbritto.com/page/590/>. 
Acesso em: 3 nov. 2010.
Conforme Wachowicz (2007), a segurança é um estado de baixa 
probabilidade de ocorrência de eventos que provocam danos e perdas às pessoas 
(funcionários, clientes, terceirizados, fornecedores etc.), ao patrimônio (estrutura 
física, equipamentos, ferramentas etc.) e ao meio ambiente (ar atmosférico, solo, 
meio hídrico, rios, mares, lagos, lençóis subterrâneos, flora, fauna etc.).
A segurança no trabalho de uma empresa é composto de uma equipe 
multidisciplinar formada por técnicos, engenheiros, médicos, enfermeiros, 
tecnólogos, psicólogos, designers, arquitetos, fisioterapeutas, entre outros 
profissionais que atuam na área de segurança. 
FIGURA 2 – PLACAS UTILIZADAS NA SEGURANÇA DO TRABALHO
NOTA
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
8
A segurança no trabalho é definida por normas e leis, sendo que, no Brasil, 
a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de normas regulamentadoras, 
normas regulamentadoras rurais e outras leis complementares, como portarias e 
decretos, e também as Convenções Internacionais da Organização Internacional 
do Trabalho. 
Saliba apud Wachowicz (2007) associa a segurança do trabalho com fatores 
da higiene ocupacional. Assim, falar em segurança implica abordar aspectos 
referentes à higiene e à saúde do trabalhador, envolvendo medicina, meio ambiente, 
aspectos jurídicos e ergonomia, ou seja, a segurança requer uma ação holística. 
Por isso, quanto maior a segurança, menor será a ocorrência de danos, 
acidentes, lesões, mutilações ou mesmo mortes. Nesse sentido, os principais 
conceitos são:
• acidente é um fonômeno de natureza multifacetada, resultante de integrações 
complexas entre fatores físicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais;
• a função segurança é um conjunto de ações que têm por finalidade reduzir a 
frequência e a intensidade da manifestação dos perigos;
• risco bruto é o risco associado às atividades da organização na ausência da 
função segurança. 
Do balanço de forças entre função segurança e risco bruto resulta o risco 
líquido, que produz danos e perdas ao longo do tempo, isto é, o risco jamais é 
eliminado completamente e há sempre um risco líquido residual. Quanto menor o 
risco residual almejado, maior o custo para atingi-lo.
A legislação atual de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas 
Regulamentadoras, Normas Regulamentadoras Rurais, outras leis complementares, 
como Portarias e Decretos, e também as Convenções Internacionais da Organização 
Internacional do Trabalho – OIT, ratificadas pelo Brasil. 
2.2 CONCEITOS DE SAÚDE DO TRABALHO
A Saúde do Trabalhador tem como objeto de estudo o processo saúde-
doença dos grupos humanos, em sua relação com o trabalho. Nessa perspectiva, 
rompe com a concepção hegemônica que estabelece um vínculo causal entre a 
doença e um agente específico. (GOULART et al., 2006).
TÓPICO 1 | CONCEITO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
9
Conceitua-se a expressão saúde do trabalhador como um conjunto de atividades 
que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção 
e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da 
saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).
FONTE: Disponível em: <http://tecnicosemseguranca.blogspot.com.
br/2009_11_01_archive.htm>. Acesso em: 3 nov. 2010.
Conforme Paulo et al. (1996), define-se saúde como um estado de relativo 
equilíbrio de forma e função do organismo, que resulta de seu ajustamento dinâmico 
satisfatório às forças que tendem a perturbá-lo. Não é um inter-relacionamento 
passivo entre a matéria orgânica e as forças que agem sobre ela, mas uma resposta 
ativa do organismo no sentido de reajustamento de suas condições normais. 
3 POLÍTICAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Conforme Campos (2007), a segurança e saúde no trabalho estão entre as 
atividades que devem ter o respaldo de uma política que esteja em conformidade 
com as obrigações legais e sociais da empresa e com os princípios fundamentais de 
combate aos infortúnios de trabalho.
FIGURA 3 – SEGURANÇA NÃO SE CONQUISTA, SE FAZ
NOTA
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
10
A política que trata da prevenção de acidentes difere de outras políticas 
empresariais somente no conteúdo, os conceitos são os mesmos, pois se trata de um 
documento normativo que estabelece uma linha de conduta a ser observada por pessoas e 
setores da empresa.
Esta definição inclui os Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), como órgão da empresa, e a 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), como comissão legalmente 
constituída.
FONTE: Disponível em: <http://sites.google.com/site/
reinissegurancadotrabalho/sesmt>. Acesso em: 3 nov. 2010.
Campos (2007) destaca que uma política de segurança possibilita cobertura 
normativa e apoio logístico a alguns assuntos administrativos e operacionais das 
atividades destinadas à prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, 
para assegurar o sucesso das atividades. As vantagens de uma política de 
segurança e saúde no trabalho bem definidas mantém estável a operacionalidade 
das atividades, evitando-se riscos de mudança de rumo em determinadas ocasiões. 
Os serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho (SESMT) são obrigatórios nas empresas privadas, públicas, órgãos 
públicos da administração direta e indireta e nas sedes dos poderes legislativos 
e judiciários que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do 
Trabalho (NR-04). O número de profissionais que compõe a equipe varia conforme 
o grau de risco e o número de empregados do estabelecimento.
FIGURA 4 – SESMT – EQUIPE MULTIPISCIPLINAR
NOTA
TÓPICO 1 | CONCEITO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
11
FONTE: Disponível em: <HTTP//:www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_04.
pdf>. Acesso em: 3 nov. 2010.
QUADRO 1 – DIMENSIONAMENTO DOS SESMT – QUADRO II
Neste contexto, os organismos governamentais esforçam-se para tornarem 
efetivas as ações relativas à Segurança e Saúde do Trabalho. Tais esforços são 
evidenciados nas seguintes ações: o poder Legislativo, pela edição de leis 
específicas; o Executivo, por meio da fiscalização e campanhas de conscientização 
das Delegacias Regionais do Trabalho; e o Judiciário, com a estipulação de pesadas 
indenizações aos trabalhadores, nos casos de acidentes com culpa caracterizada do 
empregador. 
Os esforços governamentais, aliados às exigências dos trabalhadores que 
buscam exigir melhores condições de trabalho uma vez que seus advogados lhes 
instruem devidamente e considerando todos os prejuízos decorrentes dos acidentes 
do trabalho, ensejam um gerenciamento eficaz dos Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).
Em 08 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho expediu a Portaria nº 
3.214 que, composta de 28 normas regulamentadoras (NR) relativas à Segurança 
e Medicina do Trabalho, exige das empresas que possuam empregados, regidos 
pela Consolidação das Leis do Trabalho, ações que visem prever e prevenir as 
situações capazes de provocar ferimentos ou problemas de saúde ocupacionais. 
Exigindo inclusive, das empresas com maior risco de acidente e com grande 
quantidade de funcionários, a constituição dos Serviços Especializados em 
UNIDADE 1 |SEGURANÇA DO TRABALHO
12
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), integrados por 
Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança 
do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.
Atualmente, há 33 Normas Regulamentadoras, mais uma (34ª) em texto 
para consulta pública. São elas:
• Norma Regulamentadora Nº 01 
Disposições Gerais
• Norma Regulamentadora Nº 02 
Inspeção Prévia
• Norma Regulamentadora Nº 03 
Embargo ou Interdição
• Norma Regulamentadora Nº 04 
Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do Trabalho
• Norma Regulamentadora Nº 05 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
• Norma Regulamentadora Nº 06 
Equipamentos de Proteção Individual - EPI
• Norma Regulamentadora Nº 07 
Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional
• Norma Regulamentadora Nº 08 
Edificações
• Norma Regulamentadora Nº 09 
Programas de Prevenção de Riscos Ambientais
• Norma Regulamentadora Nº 10 
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
• Norma Regulamentadora Nº 11 
Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
• Norma Regulamentadora Nº 12 
Máquinas e Equipamentos
• Norma Regulamentadora Nº 13 
Caldeiras e Vasos de Pressão
• Norma Regulamentadora Nº 14 
Fornos
• Norma Regulamentadora Nº 15 
Atividades e Operações Insalubres
• Norma Regulamentadora Nº 16 
Atividades e Operações Perigosas
• Norma Regulamentadora Nº 17 
Ergonomia
• Norma Regulamentadora Nº 18 
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
• Norma Regulamentadora Nº 19 
Explosivos
TÓPICO 1 | CONCEITO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
13
FONTE: Disponível em: <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.
asp>. Acesso em: 3 nov. 2010.
• Norma Regulamentadora Nº 20 
Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
• Norma Regulamentadora Nº 21 
Trabalho a Céu Aberto
• Norma Regulamentadora Nº 22 
Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
• Norma Regulamentadora Nº 23 
Proteção Contra Incêndios
• Norma Regulamentadora Nº 24 
Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
• Norma Regulamentadora Nº 25 
Resíduos Industriais
• Norma Regulamentadora Nº 26 
Sinalização de Segurança
• Norma Regulamentadora Nº 27 
Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB
• Norma Regulamentadora Nº 28 
Fiscalização e Penalidades
• Norma Regulamentadora Nº 29 
Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
• Norma Regulamentadora Nº 30 
Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
• Norma Regulamentadora Nº 31 
Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na 
Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
• Norma Regulamentadora Nº 32 
Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
• Norma Regulamentadora Nº 33 
Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
• Norma Regulamentadora Nº 34 
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e 
Reparação Naval
• Norma Regulamentadora Nº 35
 Segurança e Saúde em trabalhos em altura
• Norma Regulamentadora Nº 36
 Segurança e Saúde no trabalho em empresas de Abate e Processamento de 
carnes e derivados
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
14
A eliminação ou a redução da exposição às condições de risco e a melhoria dos 
ambientes de trabalho para promoção e proteção da saúde do trabalhador constituem um 
desafio que ultrapassa o âmbito de atuação dos serviços de saúde, exigindo soluções técnicas, 
às vezes complexas e de elevado custo. Em certos casos, medidas simples e pouco onerosas 
podem ser implementadas, com impactos positivos e protetores para a saúde do trabalhador 
e o meio ambiente.
O controle das condições de risco para a saúde e melhoria dos ambientes 
de trabalho envolve as seguintes etapas:
• identificação das condições de risco para a saúde presentes no trabalho;
• caracterização da exposição e quantificação das condições de risco;
• discussão e definição das alternativas de eliminação ou controle das condições 
de risco;
• implementação e avaliação das medidas adotadas.
É muito importante que os trabalhadores participem de todas as fases 
desse processo, porque em muitos casos, apenas eles são capazes de informar sutis 
diferenças existentes entre o trabalho prescrito e o trabalho real, que explicam 
o adoecimento e o que deve ser modificado para que se obtenha os resultados 
desejados. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).
ESTRATÉGIA DE SUCESSO: RECURSOS DIFERENCIADOS LEVAM 
A MENSAGEM DA PREVENÇÃO A 17 MIL TRABALHADORES
Imagine uma construção que no pico de sua obra contou com a operação 
de 17 mil profissionais. Trabalhadores de diferentes culturas, raças, qualificações, 
experiências, idades e gênero. Que ferramenta poderia ser adotada por essa 
mesma empresa para que a gestão de Saúde, Segurança e Meio Ambiente fosse 
eficaz? Quem pensou em comunicação está certo. Foi nessa área que o Consórcio 
de Alumínio do Maranhão (Alumar), localizado em São Luiz, capital do estado 
maranhense, apostou. 
Há seis anos, um dos mais modernos complexos de produção de alumínio e 
alumina do mundo iniciou o seu projeto de expansão. O trabalho desenvolvido pela 
empresa para garantir um ambiente livre de incidentes e acidentes foi reconhecido, 
e no Prêmio Proteção Brasil 2009 conquistou o Melhor Case Nacional, Melhor Case 
Nordeste e Melhor Case na categoria Comunicação em SST (Saúde e Segurança 
LEITURA COMPLEMENTAR
NOTA
TÓPICO 1 | CONCEITO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
15
no Trabalho). Com o título "Comunicação para SSMA (Saúde, Segurança e Meio 
Ambiente)", o trabalho nasceu com o objetivo de alinhar os colaboradores à missão 
e aos objetivos do projeto e complementar os esforços do sistema de gestão de 
SSMA para construir a expansão da refinaria.
Quem conta mais detalhes é o superintendente de Saúde, Segurança e 
Meio Ambiente do projeto de expansão, Javier Marcondes Torrico. "Lançamos 
mão do maior número de recursos de comunicação direta e indireta disponíveis, 
mas sempre com o objetivo não só de garantir uma comunicação efetiva, mas 
de obtermos um retorno se as informações estavam sendo absorvidas pelos 
trabalhadores", explicou. 
Personagem
O primeiro passo adotado como estratégia de comunicação foi a criação de 
um mascote, com o objetivo de fazer com que a mensagem fosse mais facilmente 
recebida e os trabalhadores se identificassem com ele. 
O Bond Obra, como foi chamado esse personagem, passou a integrar todas 
as ações de comunicação da Alumar, estimulando nos trabalhadores o desejo de ter 
as características e atitudes do mascote. “Todos os materiais impressos e campanhas 
passaram a ter a figura dele, atribuída a uma mensagem com uma linguagem 
simples, não como uma informação técnica, mas do dia a dia do trabalhador”, 
reforça Torrico. Os materiais ficam distribuídos pelas áreas de trabalho, refeitórios, 
áreas de convivência, áreas administrativas e frentes de trabalho.
MASCOTE “BOND OBRA”
FONTE: Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/-pAYjNd92SNg/U7Af_kKGw1I/
AAAAAAAAAR4/V3754eMZMuU/s1600/BOND+OBRA+BANNER+2.jpg> Acesso 
em: 3 nov. 2010.
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
16
Em alguns momentos, os próprios colaboradores vestiram a fantasia do 
mascote, como em eventos, e até mesmo nos Diálogos Diários de Segurança. Como 
Torrico recorda, o Bond Obra repassa aos trabalhadores informações fundamentais 
sobre a necessidade do uso correto dos equipamentos de proteção individual, 
segurança no trabalho em altura, além de integrar a campanha permanente de 
prevenção de acidentes com mãos e dedos e os assuntos relativos à Ergonomia, 
Meio Ambiente e cuidados com a Saúde e a Segurança fora do trabalho. 
FONTE: REVISTA PROTEÇÃO. Estratégiade sucesso: recursos diferenciados levam a mensagem 
da prevenção a 17 mil trabalhadores. Disponível em: <http://www.protecao.com.br/site/ content/
materias/materia_detalhe.php?pagina=1&id=Anja>. Acesso em: 25 ago. 2010.
17
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
• A segurança no trabalho busca a proteção do trabalhador em seu local de 
trabalho, abrangendo aspectos relacionados à segurança e à higiene do trabalho. 
É a ciência que atua na prevenção dos acidentes do trabalho decorrentes dos 
fatores de risco operacionais. 
• A segurança no trabalho de uma empresa é composta de uma equipe 
multidisciplinar formada por técnicos, engenheiros, médicos, enfermeiros, 
tecnólogos, psicólogos, designers, arquitetos, fisioterapeutas, entre outros 
profissionais que atuam na área de segurança. 
• A segurança e saúde no trabalho estão entre as atividades que devem ter o 
respaldo de uma política que esteja em conformidade com as obrigações legais e 
sociais da empresa e com os princípios fundamentais de combate aos infortúnios 
de trabalho.
• Os organismos governamentais esforçam-se para tornarem efetivas as ações 
relativas à Segurança e Saúde do Trabalho. Tais esforços são evidenciados 
nas seguintes ações: o poder Legislativo, pela edição de leis específicas; o 
Executivo, por meio da fiscalização e campanhas de conscientização das 
Delegacias Regionais do Trabalho; e o Judiciário, com a estipulação de pesadas 
indenizações aos trabalhadores, nos casos de acidentes com culpa caracterizada 
do empregador. 
18
AUTOATIVIDADE
1 Qual o foco da segurança no trabalho?
( ) A saúde no trabalho.
( ) A emissão da CAT.
( ) As doenças do trabalho e doenças profissionais. 
( ) A proteção do trabalhador em seu local de trabalho.
2 O país onde as primeiras leis de acidente de trabalho surgiram foi:
( ) Japão.
( ) Brasil.
( ) Alemanha.
( ) Estados Unidos. 
3 Qual a frase incorreta:
( ) A segurança no trabalho é o conjunto de medidas que buscam minimizar 
os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
( ) A segurança no trabalho atua na prevenção dos acidentes do trabalho.
( ) A segurança no trabalho destina-se às empresas privadas e públicas, 
excluindo-se os trabalhadores rurais.
( ) O risco bruto é o risco associado às atividades da organização na ausência 
da Função Segurança.
4 O que não se refere à saúde do trabalhador:
( ) Manutenção da produtividade das máquinas.
( ) Vigilância epidemiológica e vigilância sanitária.
( ) Promoção e proteção da saúde dos trabalhadores.
( ) Uso de EPIs.
5 O SESMT é obrigatório em quais empresas?
( ) Nas empresas privadas.
( ) Nas empresas informais. 
( ) Nas empresas públicas.
( ) Nos órgãos públicos da administração direta e indireta.
6 Qual o instrumento que rege a segurança e medicina no trabalho?
( ) Médico do trabalho.
( ) Normas Regulamentadoras. 
( ) Técnico de segurança do trabalho.
( ) Constituição da República do Brasil.
19
TÓPICO 2
DOENÇAS OCUPACIONAIS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Os fatores de adoecimento relacionados à organização do trabalho, em 
geral considerados nos riscos ergonômicos, podem ser identificados em diversas 
atividades, desde a agricultura tradicional até processos de trabalho modernos 
que incorporam alta tecnologia e sofisticadas estratégias de gestão. 
Os processos de reestruturação produtiva e globalização da economia de 
mercado, em curso, têm acarretado mudanças significativas na organização e gestão 
do trabalho com repercussões importantes sobre a saúde do trabalhador. Entre 
suas consequências destacam-se os problemas osteomusculares e o adoecimento 
mental relacionados ao trabalho, que crescem em importância em todo o mundo. 
A exigência de maior produtividade, associada à redução contínua do contingente 
de trabalhadores, à pressão do tempo e ao aumento da complexidade das tarefas, 
além de expectativas irrealizáveis e as relações de trabalho tensas e precárias, 
constituem fatores psicossociais responsáveis por situações de estresse relacionado 
ao trabalho.
2 CONCEITO DE DOENÇA OCUPACIONAL
A denominação “doenças ocupacionais” passou a ser adotada como o 
gênero mais próximo que abrange a doença profissional e a doença do trabalho, 
que são doenças relacionadas com o trabalho.
Cabe distinguir neste momento o que é doença profissional e doença do 
trabalho, que apesar de parecerem muito semelhantes, não o são. Russomano 
apud Oliveira (2008) adverte que o acidente e a enfermidade possuem definições 
próprias. A equiparação entre eles se faz apenas juridicamente com consequências 
nas reparações e nos direitos que resultam para o trabalhador nos dois casos. 
Enquanto o acidente é um fato que provoca lesão, a enfermidade profissional é 
um estado patológico ou mórbido, ou seja, perturbação da saúde do trabalhador.
O acidente caracteriza-se pelo episódio de um fato súbito e externo ao 
trabalhador, ao passo que a doença ocupacional normalmente vai se instalando 
aos poucos e se manifesta internamente com tendência de agravamento. 
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
20
Segundo Oliveira (2008, p. 46), a doença profissional é aquela típica de 
determinada profissão, também chamada de doença profissional típica, tecnopatia 
ou ergopatia. Ou seja, o exercício de determinada profissão pode produzir ou 
desencadear certas patologias e assim, é presumido o nexo causal da doença com 
a atividade. Exemplificando, um empregado de uma mineradora que trabalha 
exposto ao pó de sílica e contrai a silicose.
Por outro lado, a doença do trabalho ou mesopatia ou doença profissional 
atípica, mesmo tendo origem na atividade do trabalhador como na doença 
profissional, não está vinculada necessariamente a esta ou aquela profissão. Sendo 
assim, decorre da forma em que o trabalho é prestado ou das condições específicas 
do ambiente de trabalho. Um exemplo atual são as LER (Lesões por Esforços 
Repetitivos) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), já 
que podem ser desencadeadas em qualquer atividade, sem vinculação direta a 
determinada profissão.
O artigo 20 da Lei nº 8.213/91 faz menção expressa à doença ocupacional:
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo 
anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada 
pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante 
da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da 
Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada 
em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com 
ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso 
I.
Consta ainda nesta Lei, inciso III, que as chamadas doenças ocupacionais são 
equiparadas ao acidente de trabalho por ser proveniente de contaminação acidental do 
empregado no exercício de sua atividade. A doença, neste caso, ocorre de forma repentina, 
como por exemplo, no caso de contágio por produtos radioativos.
NOTA
TÓPICO 2 | DOENÇAS OCUPACIONAIS
21
De acordo com Oliveira (2008):
Cabe neste passo precisar o conceito das três denominações: doença 
profissional, doença do trabalho e doença ocupacional, já que a lei, como 
princípio hermenêutico, não contém palavras inúteis.
A doença profissional é aquela peculiar à determinada atividade 
ou profissão, também chamada de doença profissional típica, tecnopatia ou 
ergopatia. O exercício de determinada profissão pode produzir ou desencadear 
certas patologias, sendo que, nessa hipótese, o nexo causal da doença com a 
atividade é presumido. Basta comprovar a prestação do serviço na atividade 
e o acometimento da doença profissional. Sinteticamente, pode-se afirmar que 
doença profissional é aquela típica de determinada profissão.Por outro lado, a doença do trabalho, também chamada mesopatia ou 
doença profissional atípica, apesar de igualmente ter origem na atividade do 
trabalhador, não está vinculada necessariamente a esta ou aquela profissão. 
Seu aparecimento decorre da forma em que o trabalho é prestado ou das 
condições específicas do ambiente de trabalho. O grupo atual das LER/DORT 
é um exemplo oportuno das doenças do trabalho. Nas doenças do trabalho 
“as condições excepcionais ou especiais do trabalho determinam a quebra da 
resistência orgânica com a consequente eclosão ou a exacerbação do quadro 
mórbido, e até mesmo o seu agravamento”.
Diferentemente das doenças profissionais, as mesopatias não têm nexo 
causal presumido, exigindo comprovação de que a patologia desenvolveu-se 
em razão das condições especiais em que o trabalho foi realizado. Essa questão, 
no entanto, teve alteração significativa no final de 2006, no sentido de facilitar 
o enquadramento como doença ocupacional, porque a Lei nº 11.430/06, [...] 
instituiu o nexo técnico epidemiológico, acrescentando um novo artigo na Lei 
nº 8.213/91, com o seguinte teor:
Art. 21-A. A perícia médica do INSS considerará caracterizada a 
natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo 
técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre 
a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade 
elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID, em conformidade 
com o que dispuser o regulamento.
§ 1º A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo 
quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo.
§ 2º A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico 
epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da 
empresa ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social.
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
22
Diante dos significados específicos de doença profissional e doença do 
trabalho, a denominação “doenças ocupacionais” passou a ser adotada como o 
gênero mais próximo que abrange as modalidades das doenças relacionadas com o 
trabalho. A NR-7 da Portaria nº 3.214/78, que regulamenta o Programa de Controle 
Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) faz referência às doenças ocupacionais 
ou patologias ocupacionais, como vocábulo gênero. Para evitar a expressão doença 
profissional ou do trabalho, é preferível englobá-las na designação genérica de 
doenças ocupacionais. (OLIVEIRA, 2008).
Garcia (2008) complementa que enquanto as doenças profissionais são 
decorrentes de trabalho peculiar exercido, as doenças do trabalho decorrem de 
condições especiais de trabalho desempenhado. 
3 DOENÇAS AGUDAS E CRÔNICAS 
A doença pode ser classificada como doença crônica e aguda. Uma doença 
aguda geralmente dura por um curto período de tempo, e pode ir longe sem o uso 
do medicamento e/ou cirurgia. Por outro lado, a doença crônica ocorre durante um 
longo período de tempo ou mantém-se recorrente. Às vezes, a doença crônica pode 
durar toda a vida da pessoa. 
Uma doença crônica é uma doença que não é resolvida num curto tempo. 
Este tipo de doenças não põe em risco a vida da pessoa em curto prazo, logo não 
são emergências médicas. No entanto, elas podem ser extremamente sérias, e 
várias doenças crônicas podem levar à morte.
As doenças crônicas são doenças de evolução prolongada, permanentes, 
para as quais, atualmente, não existe cura, afetando negativamente a saúde e 
funcionalidade do doente. No entanto, os seus efeitos podem ser controlados, 
melhorando a qualidade de vida destes doentes.
Os principais tipos de doenças crônicas existentes são: diabetes, obesidade, 
câncer, doenças respiratórias, doenças cardiovasculares, a maioria das doenças autoimunes, 
algumas infecções como a tuberculose, lepra, sífilis ou gonorreia e a AIDS. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, em 57 milhões de 
mortes num ano, 59% são devido às doenças crônicas de declaração não obrigatória, 
como as doenças cardiovasculares, a diabetes, a obesidade, o câncer e as doenças 
respiratórias.
NOTA
TÓPICO 2 | DOENÇAS OCUPACIONAIS
23
Já as doenças agudas são aquelas que têm um curso acelerado, terminando 
com convalescença ou morte em menos de três meses.
A maioria das doenças agudas caracteriza-se em várias fases. O início dos 
sintomas pode ser abrupto ou insidioso, seguindo-se uma fase de deterioração até 
um máximo de sintomas e danos, fase de plateau, com manutenção dos sintomas e 
possivelmente novos picos, uma longa recuperação com desaparecimento gradual 
dos sintomas, e a convalescência, em que já não há sintomas específicos da doença, 
mas o indivíduo ainda não recuperou totalmente as suas forças.
Na fase de recuperação podem ocorrer as recrudescências, que são 
exacerbamentos dos sintomas de volta a um máximo ou plateau, e na fase de 
convalescência as recaídas, devido à presença continuada do fator desencadeante 
e do estado debilitado do indivíduo, além de (novas) infecções.
3.1 PRINCIPAIS DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
A relação das doenças profissionais e do trabalho constantes no art. 20, I, 
está inserida no Anexo II do atual Regulamento da Previdência Social - Decreto 
nº 3.048, de 6 de maio de 1999 - tendo caráter apenas exemplificativo. A relação 
das doenças ocupacionais foi adotada também pelo Ministério da Saúde, por 
intermédio da Portaria nº 1.339/GM de 18 de novembro de 1999. (OLIVEIRA, 2008).
O Anexo II sofreu uma mudança introduzida pelo Decreto nº 6.042, de 12 
de fevereiro de 2007, que englobou três relações importantes: a primeira indica 
os agentes patogênicos causadores de doenças profissionais ou do trabalho; a 
segunda – Lista A – aponta os agentes ou fatores de risco de natureza ocupacional, 
relacionados com a etiologia de doenças profissionais e de outras doenças 
relacionadas com o trabalho e a terceira – Lista B – indica as doenças ocupacionais 
e os possíveis agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional.
A Lei nº 8.213, no seu art. 20, inciso II, parágrafo 1º, enumera um rol que 
excluiu a consideração de doença ocupacional, in verbis:
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se 
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato 
direto determinado pela natureza do trabalho.
O parágrafo 1º do art. 20 da Lei nº 8.213/91 esclarece que nas hipóteses 
mencionadas nesse parágrafo, pode-se perceber que a doença não tem nexo causal 
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
24
Doenças degenerativas são aquelas que provocam a degeneração de todo o 
organismo, desde vasos sanguíneos, tecidos, ossos, visão, órgãos internos e cérebro. Exemplos: 
arteriosclerose, a hipertensão, as doenças cardíacas, cânceres, alzheimer, reumatismo etc.
com o trabalho, ou seja, apareceu no trabalho, mas não pelo trabalho. Explica 
também, que as doenças degenerativas ou inerentes ao grupo etário, normalmente 
independem do fator laboral e poderiam aparecer mesmo estando desempregado 
ou aposentado o trabalhador.
Nessa relação, merece destaque a doença que não gera a incapacidade 
laborativa, que não é considerada doença do trabalho, não se equiparando, assim, 
ao acidente do trabalho. 
Muitas doenças, relacionadas ou não ao trabalho, exigem, pela sua 
gravidade, o imediato afastamento do trabalho, como parte do tratamento (repouso 
obrigatório) e/ou pela necessidade de interromper a exposição aos fatores de risco 
presentes nas condições e/ou nos ambientes de trabalho. Outras doenças, por serem 
menos graves, não implicam, necessariamente, o afastamento do trabalho. Muitos 
médicos se veem em dúvida quanto à questão dosatestados médicos. Alguns são 
muito liberais e, na dúvida, concedem longos períodos de afastamento, tentando 
proteger o trabalhador. Outros são muito rigorosos ou restritivos, concedendo 
tempo insuficiente para a melhora efetiva do paciente/trabalhador. (OLIVEIRA, 
2008).
Não são considerados como doenças do trabalho: a doença degenerativa; 
a inerente a grupo etário; a que não produz incapacidade laborativa; a doença 
endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que ela se desenvolva, 
salvo comprovação de que resultou de exposição ou contato determinado pela 
natureza do trabalho.
Não há uma fórmula fixa para tal tipo de decisão, que fica a critério do 
médico que atende ao paciente/trabalhador. A maior dificuldade decorre da falta 
de critérios objetivos que orientem a conduta do médico, principalmente quando 
ele não está familiarizado com o ambiente e as condições de trabalho do paciente. 
Nesse sentido, algumas diretrizes ou informações são importantes, como destaca 
o Ministério da Saúde (2001):
• não sendo trabalhador segurado, o atestado médico é apenas um documento 
pessoal do paciente/trabalhador, não tendo, em princípio, outro significado no 
caso de trabalhadores autônomos, avulsos e empresários;
• para os servidores públicos, contratados sob o RJU (Regime Jurídico Único), 
o atestado médico de incapacidade para o trabalho é necessário para que ele 
NOTA
TÓPICO 2 | DOENÇAS OCUPACIONAIS
25
obtenha o abono da ausência ao trabalho;
• sendo o trabalhador segurado pela Previdência Social, o atestado médico de 
incapacidade para o trabalho servirá para justificar seu afastamento do trabalho, 
pelo tempo que o médico solicitar. Porém, na verdade, o atestado médico irá 
justificar as faltas ao trabalho apenas nos primeiros 15 (quinze) dias, que sempre 
são pagos pela empresa;
• é importante distinguir o afastar-se da função ou a atividade do afastar-se do 
trabalho. Esta última situação está, quase sempre, vinculada à natureza e à 
gravidade da doença e, principalmente, à necessidade de repouso, às vezes no 
leito.
Havendo necessidade de afastamento superior a 15 (quinze) dias, o 
paciente/trabalhador/segurado deverá se apresentar à Perícia Médica do INSS, 
quando o médico-perito irá se pronunciar sobre a necessidade de afastamento, 
decorrente da existência (ou não) de incapacidade laborativa. Se esta for 
constatada ou reconhecida, desencadeará a concessão do benefício auxílio-
doença (Exame Médico-Pericial Inicial ou Ax-1), cujo valor corresponde a 91% do 
salário de benefício. Portanto, a partir do 16º dia, confirmando-se a necessidade 
de afastamento do trabalho, o pagamento correrá por conta do INSS, enquanto 
perdurar a incapacidade (temporária) laboral.
FONTE: Disponível em: <http://www.previdenciasocial.gov.br/>. 
Acesso em: 3 nov. 2010.
A concessão de auxílio-doença acidentário por acidente de trabalho, que inclui 
as doenças relacionadas ao trabalho das Listas A e B do Decreto nº 3.048/1999, em decorrência 
de incapacidade laboral temporária superior a 15 (quinze) dias, garante ao paciente/trabalhador/
segurado a estabilidade de um ano no emprego, após a sua cessação.
FIGURA 5 – PREVIDÊNCIA SOCIAL
NOTA
26
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que: 
• A doença profissional é típica de determinada profissão, sendo presumido o 
nexo causal da doença com a atividade. 
• A doença do trabalho, mesmo tendo origem na atividade do trabalhador como 
na doença profissional, não está vinculada necessariamente a esta ou aquela 
profissão. Sendo assim, decorre da forma em que o trabalho é prestado ou das 
condições específicas do ambiente de trabalho. Um exemplo atual é a LER/
DORT, pois podem ser desencadeadas em qualquer atividade, sem vinculação 
direta a determinada profissão.
• Diante dos significados específicos de doença profissional e doença do trabalho, 
a denominação “doenças ocupacionais” passou a ser adotada como o gênero 
mais próximo que abrange as modalidades das doenças relacionadas com o 
trabalho.
• Muitas doenças, relacionadas ou não ao trabalho, exigem, pela sua gravidade, 
o imediato afastamento do trabalho, como parte do tratamento (repouso 
obrigatório) e/ou pela necessidade de interromper a exposição aos fatores de 
risco presentes nas condições e/ou nos ambientes de trabalho. Outras doenças, 
por serem menos graves, não implicam, necessariamente, o afastamento do 
trabalho.
• Havendo necessidade de afastamento superior a 15 (quinze) dias, o paciente/
trabalhador/segurado deverá se apresentar à Perícia Médica do INSS, quando o 
médico-perito irá se pronunciar sobre a necessidade de afastamento.
27
AUTOATIVIDADE
1 As doenças ocupacionais não são:
( ) doenças profissionais.
( ) doença do trabalho.
( ) moléstias contagiosas.
( ) LER/DORT.
2 A doença ocupacional está definida:
( ) no art. 20 da Lei nº 8.213/91.
( ) no art. 7º da Constituição Federal.
( ) no art. 196 da Constituição Federal.
( ) no art. 255 da CLT.
3 O acidente de trabalho pode ser considerado como a doença profissional e a 
doença do trabalho?
( ) Sim.
( ) Não.
( ) Somente em alguns casos.
( ) Não sei.
4 Não são características da doença profissional:
( ) doença profissional típica.
( ) tecnopatia.
( ) nexo causal da doença com a atividade não é presumido.
( ) ergopatia.
5 A doença do trabalho aparece na forma com que o trabalho é prestado ou das 
condições específicas do ambiente de trabalho.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
6 Quais doenças são consideradas como sendo doença do trabalho?
( ) Doença degenerativa.
( ) Inerente a grupo etário.
( ) Diabetes.
( ) LER/DORT.
( ) Doenças cardiovasculares.
28
29
TÓPICO 3
INSALUBRIDADE
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
O art. 191 da CLT, conforme Saliba e Corrêa (2004, p. 19), enfatiza que a 
empresa deve proporcionar um ambiente de trabalho favorável ao trabalhador, 
adotando para tanto medidas para reduzir a insalubridade aos limites de tolerância 
ou utilizar os equipamentos de proteção individual.
O adicional de insalubridade é devido ao trabalhador que, em determinadas 
circunstâncias, desenvolveu ou desenvolve suas atividades sob condições 
insalubres.
O adicional de periculosidade é devido ao trabalhador que, em 
determinadas circunstâncias, desenvolveu ou desenvolve suas atividades sob 
condições perigosas. A palavra periculosidade significa a qualidade ou o estado 
de perigoso, caracterizando o adicional. 
2 ATIVIDADES INSALUBRES 
Conforme Saliba e Corrêa (2004, p. 11), “a palavra insalubre vem do latim 
e significa tudo aquilo que origina doença, e a insalubridade é a qualidade de 
insalubre”. 
No dicionário Aurélio, o termo “insalubre” significa prejudicial à saúde, 
nocivo; e “insalubridade” significa inadequado à vida, nocivo. (AURÉLIO, 2007).
Insalubridade pode ser definida como uma atividade que expõe o 
trabalhador a agentes nocivos à sua saúde, acima dos limites de sua tolerância. 
Isso é o que se pode entender do art. 189 e 190 da CLT (Consolidação das Leis do 
Trabalho) (BRASIL, 2002):
Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua 
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes 
nocivo à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da 
intensidade do agente e do tempo e exposição aos seus efeitos. 
30
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
Os trabalhadores, sujeitos a estes agentes de qualquer natureza, diretamente 
relacionados com o trabalho e a eles peculiares, podem contrair doenças causadas 
pelos mesmos, chamadas de doenças profissionais.
Ao analisar o conceito de insalubridade conforme o artigo 189 da CLT, 
pode-se considerar que esse conceito é tecnicamente correto dentro dos princípios 
da Higiene do Trabalho.
A insalubridadeé o trabalho com agentes agressivos que causam danos à 
saúde, afetando o bem estar do trabalhador.
As condições insalubres são caracterizadas pela atuação dos agentes físicos, 
agentes químicos e os agentes biológicos existentes nos próprios ambientes de trabalho 
que, em virtude da natureza, da intensidade, bem como o tempo de exposição, ocasionam 
nocividade à saúde de quem trabalha.
Para a configuração da insalubridade, são necessários alguns requisitos 
como exposição permanente a agentes insalubres, inspeção do local de trabalho 
acima dos limites de tolerância de exposição aos agentes nocivos.
Assim, para as atividades em que os trabalhadores são expostos a agentes 
nocivos, acima dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho, perceberão o direito 
ao adicional de insalubridade. O trabalhador terá direito em receber adicional 
equivalente ao grau máximo, médio e mínimo, como descreve o art. 192 da CLT 
(BRASIL, 2002):
Art. 192. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos 
limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura 
a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 
20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo, segundo 
classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
Segundo Araújo (2005), as empresas são classificadas em três níveis de 
risco de acidente de trabalho, conforme sua atividade preponderante: leve, média 
e grave. 
O artigo 195, caput, da CLT, prevê que a caracterização e a classificação da 
insalubridade far-se-á sempre através de perícia. 
Art. 195. A caracterização e a classificação da insalubridade e da 
periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-
NOTA
TÓPICO 3 | INSALUBRIDADE
31
ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do 
Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. (BRASIL. Decreto-Lei 
5.452, de 1º de maio de 1943, 2002).
A NR-15 listou os agentes considerados insalubres, estando na classificação: os 
ruídos, ruídos de impacto, exposição ao calor, radiações ionizantes, trabalho sob condições 
hiperbáricas, radioações não ionizantes, vibrações, frio, umidade, agentes químicos cuja 
insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho, poeiras 
minerais, agentes químicos e agentes biológicos.
FONTE: Disponível em: <http://o-jacaranda.blogspot.com/2009/01/luz-fabrica-textil-
moderna.html>. Acesso em: 3 nov. 2010.
Há também, um quadro com os graus de insalubridade para cada 
agente agressivo. São utilizados critérios quantitativo e qualitativo, tendo como 
fundamento legal o art. 200 da Consolidação das Leis do Trabalho, que outorga 
ao Ministério do Trabalho o poder de baixar normas que completem aqueles não 
mencionados pela Lei, o que torna possível a permanente e contínua adequação 
das normas legais à realidade dos ambientes de trabalho. 
Ainda a NR-15 (2010) destaca que:
FIGURA 6 – FÁBRICA TÊXTIL MODERNA
NOTA
32
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
15.1. São consideradas atividades ou operações insalubres as que se 
desenvolvem:
15.1.1. Acima dos limites de tolerância previstos nos anexos nº 1, 2, 3, 5, 
11 e 12;
15.1.2. (Revogado pela Portaria nº 3.751, de 23.11.1990);
15.1.3. Nas atividades mencionadas nos anexos nº 6, 13 e 14;
15.1.4. Comprovadas através de Laudo de Inspeção do local de trabalho, 
constantes dos anexos nº 7, 8, 9 e 10;
15.1.5. Entende-se por Limite de Tolerância, para os fins desta Norma, a 
concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada coma natureza e 
o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à Saúde do Trabalhador, 
durante sua vida laboral.
15.2. O exercício do trabalho em condições de insalubridade, de acordo 
com os subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de 
adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a:
15.2.1. 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
15.2.2. 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
15.2.3. 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.
15.3. No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade será 
considerado apenas o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, 
sendo vedada a percepção cumulativa.
15.4. A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a 
cessação do pagamento do adicional respectivo.
15.4.1. A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:
a) Com a adoção de medida de ordem geral que conserve o ambiente de 
trabalho dentro dos limites de tolerância;
b) Com a utilização de equipamento de proteção individual.
15.4.1.1. Cabe a autoridade regional competente em matéria de 
segurança e saúde do trabalho, comprovada a insalubridade por laudo técnico 
de Engenheiro de Segurança do Trabalho ou Médico do Trabalho, devidamente 
habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à insalubridade 
quando impraticável sua eliminação ou neutralização.
15.4.1.2. A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará 
caracterizada através de avaliação pericial por órgão competente, que comprove 
a inexistência de risco à saúde do trabalhador.
15.5. É facultado às empresas e aos sindicatos de categorias profissionais 
interessadas requererem ao Ministério do Trabalho, através das Delegacias 
Regionais do Trabalho, a realização de perícia em estabelecimento ou setor 
deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade 
insalubre.
15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, 
desde que comprovada a insalubridade, o Perito do Ministério do Trabalho 
indicará o adicional devido.
TÓPICO 3 | INSALUBRIDADE
33
Anexo Atividades ou operações que exponham o trabalhador a: Percentual
1
Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos limites 
de tolerância fixados no quadro constante do Anexo nº 1 e no 
item 6 do mesmo anexo.
20%
2 Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância 
fixados nos itens 2 e 3 do Anexo nº 2.
20%
3 Exposição ao calor com valores de IBUTG superiores aos limites 
de tolerância fixados nos quadros nº 1 e 2.
20%
4 ** Revogado pela Portaria nº 3.751, de 23.11.1990. 40%
5
Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos 
limites de tolerância fixados neste Anexo.
40%
6 Trabalho sob condições hiperbáricas. 20%
7
Radiações não ionizantes consideradas insalubres em 
decorrência de inspeção realizada no local de trabalho.
20%
8
Vibrações consideradas insalubres em decorrência de inspeção 
realizada no local de trabalho.
20%
9 Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção realizada 
no local de trabalho. 
20%
10 Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção 
realizada no local de trabalho.
20%
11 Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos 
limites de tolerância fixados no Quadro nº 1.
10%, 20% e 
40%
12 Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos 
limites de tolerância fixados neste Anexo.
40%
13
Atividades ou operações envolvendo agentes químicos, 
consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada 
no local de trabalho. 
10%, 20% e 
40%
14 Agentes biológicos. 20% e 40%
FONTE: NR-15 (2010)
QUADRO 2 – GRAUS DE INSALUBRIDADE
O art. 192 da CLT estabelece que o exercício de trabalho em condições 
insalubres, acima dos limites de tolerância fixados pelo Ministério do Trabalho 
e Emprego, assegurada a percepção do adicional respectivamente de 40%, 20% 
e 10% do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, 
médio e mínimo. (SALIBA; CORRÊA, 2009).
Este adicional será sem acréscimos, resultantes de gratificações, prêmios 
ou participação dos lucros da empresa (art. 193 da CLT), sendo que o empregado 
poderá optar pelo adicional de insalubridade queporventura lhe seja devido.
15.6. O Perito descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas.
15.7. O disposto no item 15.5. não prejudica a ação fiscalizadora do 
Ministério do Trabalho, nem a realização ex-officio da perícia, quando solicitado 
pela Justiça, na localidade onde não houver Perito.
O quadro a seguir apresenta a tabela com os graus de insalubridade.
34
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
O grau de insalubridade depende do tipo de agente insalubre a que o empregado 
está exposto. Por exemplo, o agente ruído gera adicional em grau médio, enquanto a poeira 
gera grau máximo. Outro aspecto importante a ser considerado é que o grau não varia de 
acordo com a intensidade do agente, isto é, uma concentração de poeira dez vezes superior 
ao limite gera o mesmo grau de insalubridade que uma concentração duas vezes superior ao 
limite de tolerância. 
2.1 PERICULOSIDADE 
A CLT menciona em seu art. 193 que as atividades ou operações perigosas 
são consideradas, aquelas que, por natureza ou métodos de trabalho, impliquem 
o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco 
acentuado. 
São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da 
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por 
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente 
com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.
Saliba e Corrêa (2009) destacam que nesta definição, foram determinados três 
pressupostos para a configuração da periculosidade:
• contato com inflamáveis e explosivos;
• caráter permanente;
• em condições de risco acentuado.
A NR-16 da Portaria n° 3.214 estabelece as atividades e operações em 
condições de periculosidade com inflamáveis e explosivos, bem como as áreas de 
risco.
Outro fator gerador de periculosidade é o contato com energia elétrica, 
instituído pela Lei n° 7.369/85, que para tal instituiu o adicional de periculosidade. 
Essa lei foi regulamentada pelo Decreto n° 93.412, de 14 de outubro de 1986, 
estabelecendo as atividades em condições de periculosidade e áreas de risco. 
NOTA
NOTA
TÓPICO 3 | INSALUBRIDADE
35
Saliba e Corrêa (2009) explicam que, posteriormente, o Ministério do 
Trabalho e Emprego (MTE) instituiu o adicional de periculosidade para as 
atividades ou operações que envolvem radiações ionizantes e substâncias 
radioativas, por meio da Portaria nº 3.393, de 17 de dezembro de 1987, instrumento 
este, no entanto, considerado ilegal por alguns profissionais da área jurídica – vez 
que o direito de recebimento do adicional foi criado por uma Portaria. 
O art. 193 da CLT (§ 1º) estabelece que o valor do adicional seja de 30% sobre o 
salário sem os acréscimos resultantes de gratificações ou participações nos lucros da empresa, 
podendo o empregado optar pelo adicional que porventura lhe seja devido (art. 193, § 2º). 
Portanto, os adicionais de insalubridade e periculosidade também não podem ser cumulativos, 
devendo o empregado fazer a opção. 
FONTE: O autor
FIGURA 7 – ATIVIDADES QUE GERAM PERICULOSIDADE
NOTA
36
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
3 PERÍCIA TÉCNICA DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 
O art. 189 da CLT define que operações insalubres são aquelas que expõem 
os empregados a agentes nocivos à saúde acima dos limites de tolerância fixados 
em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos 
seus efeitos. Já as operações periculosas são as atividades ou operações perigosas, 
sendo aquelas que, por natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato 
permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. 
A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade 
são feitas por perícia a cargo do Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, 
registrados no Ministério do Trabalho, conforme art. 195 da CLT. A perícia poderá 
ser feita pelo médico ou pelo engenheiro, tanto para constatar a insalubridade 
como para a periculosidade quando não for necessário o conhecimento específico 
de um dos profissionais ou de outro.
Art. 195. (...).
§ 1º É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais 
interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de 
perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar 
e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas.
§ 2º Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por 
empregado, seja por sindicato, em favor de grupo de associados, o juiz 
designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, 
requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.
(...).
Portanto, a perícia visando à caracterização da insalubridade é obrigatória, 
podendo ser extrajudicial ou judicial.
 
O parágrafo 1º deste artigo da CLT concede às empresas e aos sindicatos 
a faculdade de requererem ao Ministério do Trabalho e Emprego a realização 
de perícia em estabelecimentos ou setor deste, com o objetivo de classificar ou 
delimitar as atividades insalubres.
Nesse sentido, Vieira (2002) destaca que o laudo pericial é o relato escrito e 
formal que o perito envia à autoridade que o nomeou. A razão da realização da perícia é a 
necessidade que tem a autoridade de ser elucidada sobre um determinado fato jurídico. Desta 
forma, o objetivo básico de todo o laudo é o de fornecer esclarecimentos a quem o solicita.
NOTA
TÓPICO 3 | INSALUBRIDADE
37
Portanto, de forma clara, deve ser elaborado, fornecendo informações 
objetivas, sobre fatos de natureza técnica, não dominados pelo juízo.
A estrutura do laudo deve obedecer a certa ordenação, que possui as 
seguintes partes: preâmbulo, histórico, descrição, discussão, conclusão e resposta 
aos quesitos, explicados a seguir, conforme Vieira (2002): 
• Preâmbulo: no preâmbulo o perito fará sua apresentação declinando o seu 
nome. A seguir, explicita o motivo da perícia, citando o processo e as partes 
envolvidas. 
• Histórico: nesta etapa, devem ser narrados todos os antecedentes importantes 
para elucidar o laudo, como, os cargos e funções exercidos pelo reclamante e 
outras circunstâncias relacionadas à perícia.
• Descrição: é a parte central da perícia; sobre ela estarão assentadas todas as 
demais partes do laudo:
a) Local de trabalho: será descrito em suas dimensões, tipo de construção, piso, 
cobertura, abertura, luminárias, distribuição de máquinas e equipamentos, 
assim como as condições gerais de higiene e limpeza;
b) Descrição do trabalho: deverá ser feita de forma completa e ordenada das 
tarefas e atribuições exercidas. A descrição deve, basicamente, responder às 
seguintes questões: O que se faz? Como e com que se faz? E para que se faz? 
A sequência lógica das tarefas realizadas, destacando fatores como esforço 
físico, complexidade e tempo de execução, que são importantes para definir 
as condições de risco profissional a serem posteriormente descritas. As tarefas 
devem ser expressas iniciando a frase com o verbo no infinitivo. Assim, a 
descrição das tarefas de um açougueiro poderá ser:
• examinar as peças de carne recebidas, verificando sua qualidade e quantidade;
• transportar as peças de carne para a câmara frigorífica, para evitar sua 
deterioração;
• dividir a carne em partes menores, utilizando-se de serra de fita e facas, para 
facilitar a venda ao público.
Ao final da descrição das tarefas, deve-se citar se o autor usava equipamentos 
de proteção individual.
c) Descrição do processo operacional: descrição do local e do trabalho. Esses dados 
são obtidos com os operadores e supervisores, e não deixar de ter seus nomes 
citados no preâmbulo. Pode-se anexar fotos, plantas baixas ou desenhos para 
elucidar a descrição.
d) Descrição dos riscos do trabalho: a descrição dos riscos ocupacionais está 
assentada nos princípios da higienedo trabalho. Isto é, conhecendo o local de 
trabalho, as tarefas exercidas e o processo operacional, está o perito munido 
das informações necessárias para reconhecer, avaliar e verificar os controles, se 
existentes, dos riscos ocupacionais. Desta forma, poderá formar sua convicção, 
sobre o potencial que os riscos analisados detêm, de causar danos à saúde ou 
integridade física do autor. Reconhecendo o risco, este poderá ser avaliado de 
forma qualitativa ou quantitativa. A análise qualitativa verificará a presença do 
38
UNIDADE 1 | SEGURANÇA DO TRABALHO
agente, os meios de contato, as vias de penetração e o seu potencial de causar 
dano ao trabalhador. Nesta avaliação, o tempo de exposição e os meios de 
proteção coletiva e individual existentes são detalhados. A análise quantitativa 
ocorre com os riscos para os quais possuímos meios para quantificá-los por 
meio de equipamentos e técnicas especializadas. Os equipamentos e técnicas 
empregados devem ser devidamente descritos conforme prevê a legislação, no 
item 15.6 da NR-15.
• Discussão: é a parte do laudo em que o perito apresentará a fundamentação 
científica existente dos riscos à saúde ou à integridade física do trabalhador, 
descritos no item anterior. O perito apresentará sua opinião e poderá transcrever 
ensinamentos de autoridades científicas no assunto, reforçando-a. Além disso, 
poderá fazer comparações e analogias entre o risco encontrado no ambiente 
de trabalho e não citado na legislação com outro assemelhado, que nela está 
contido.
• Conclusão: deve sempre oferecer um embasamento legal às evidências técnicas 
da existência do risco. Caso não exista na legislação tal embasamento, concluirá 
o perito pela existência dos riscos à saúde ou integridade física do trabalhador. 
Cabe ao julgador a aplicação da lei; portanto, a conclusão pericial, mesmo 
calcada em embasamento técnico-científico, que poderá ou não ser acolhida.
• Respostas aos quesitos: os quesitos formulados pelas partes ao perito devem 
ser respondidos sempre com os advérbios “sim” e “não”, explicitando as 
respostas de forma sucinta, quando necessário. Para que possa responder de 
forma adequada, o perito deverá antes da diligência, ler cuidadosamente os 
quesitos formulados e anotá-los. Assim, durante a realização da vistoria ao local 
de trabalho e da entrevista com os circunstantes, poderá colher todos os dados 
que interessam, para elaborar as respostas. Este procedimento não deve deixar 
dúvidas quanto ao embasamento técnico das respostas, ao mesmo tempo em 
que as torna objetivas para o julgador e as partes.
O perito deverá encaminhar o laudo datado e assinado ao Juiz, com uma 
petição em que solicitará seus honorários. O laudo deve ser encaminhado em quatro 
vias. Uma ficará com o perito, como recibo, depois de protocolada na secretaria do 
Juízo. As outras são encaminhadas, uma aos autos e as outras duas a cada uma das 
partes. Após, as manifestações das partes, novos quesitos poderão ser formulados, 
para que alguns pontos que estejam ainda não claros sejam elucidados pelo perito.
ARRUMAÇÃO DE LIXO EM CONDOMÍNIO DÁ DIREITO A ADICIONAL 
DE INSALUBRIDADE
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho negou recurso do 
Condomínio Residencial América do Sul contra decisão regional que havia 
concedido adicional de insalubridade a zelador que fazia o recolhimento e 
arrumação de lixo dos moradores.
LEITURA COMPLEMENTAR
TÓPICO 3 | INSALUBRIDADE
39
O empregado dedicava-se à organização do lixo produzido num condomínio 
de 288 apartamentos e 900 moradores. Segundo o laudo pericial, de hora em hora 
o zelador colocava em tambores o lixo deixado e espalhado pelos residentes e, 
após o recolhimento dos resíduos pelo serviço de coleta, ele, três vezes na semana, 
lavava os tambores e o piso destinado ao armazenamento dos dejetos. 
A sentença de primeiro grau concedeu e o Tribunal Regional da 9ª Região 
(PR) confirmou o direito do zelador em receber o adicional de insalubridade, pela 
tarefa realizada ser semelhante à exposição ao lixo urbano, este definido como 
insalubre pelo Anexo XIV, da NR-15 do Ministério do Trabalho.
O condomínio recorreu ao TST contra a decisão regional, alegando que o 
acórdão do TRT afrontava a Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1, segundo 
a qual desconsidera como atividades insalubres a limpeza em residências e 
escritórios e a respectiva coleta de lixo, sendo necessário o enquadramento da 
tarefa na classificação de atividades insalubres elaborada pelo MT. 
O ministro relator do recurso enviado à Turma, Márcio Eurico Vitral Amaro, 
confirmou o entendimento declarado pelo TRT e ressaltou em seu voto que as 
condições verificadas no laudo expressavam sim uma equiparação à atividade dos 
trabalhadores municipais na coleta de lixo urbano, não havendo que se falar em 
contrariedade à OJ n° 4, como alegado pelo condomínio. "Noutras palavras, seja pela 
constância com que o reclamante lidava com o lixo, expondo-se, evidentemente, 
a riscos biológicos, como constatados, segundo o acórdão recorrido, pela prova 
pericial, seja pelo volume de lixo (produzido por cerca de 900 moradores de 288 
apartamentos), e não de mera limpeza em residências e a respectiva coleta de lixo. 
Assim, não há que falar em contrariedade à OJ nº 4, estando a decisão recorrida, ao 
contrário, em consonância com o aludido verbete", disse o ministro.
FONTE: REVISTA PROTEÇÃO. Arrumação de lixo em condomínio dá direito ao adicional de 
insalubridade. 2009. Disponível em: <http://www.protecao.com.br/site/content/noticias/noticia_
detalhe.php?id=AAy J>. Acesso em: 25 ago. 2010.
FONTE: Disponível em: <http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/
CentroInformacao/SinalizacaoSeguranca/Aviso/Paginas/default.
aspx>. Acesso em: 3 nov. 2010.
FIGURA 8 - RISCOS BIOLÓGICOS (SIMBOLOGIA)
40
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
• Insalubridade pode ser definida como uma atividade que expõe o trabalhador a 
agentes nocivos à sua saúde, acima dos limites de sua tolerância.
• Para a configuração da insalubridade, são necessários alguns requisitos como 
exposição permanente a agentes insalubres, inspeção do local de trabalho acima 
dos limites de tolerância de exposição aos agentes nocivos.
• O art. 192 da CLT estabelece que o exercício de trabalho em condições insalubres, 
acima dos limites de tolerância fixados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, 
assegurada a percepção do adicional respectivamente de 40%, 20% e 10% do 
salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e 
mínimo.
• O adicional de periculosidade é instituído para as atividades ou operações que 
envolvem radiações ionizantes e substâncias radioativas. O valor do adicional 
é de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações ou 
participações nos lucros da empresa.
• A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade são 
feitas por perícia a cargo do Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, 
registrados no Ministério do Trabalho.
41
AUTOATIVIDADE
1 O significado de prejudicial à saúde, nocivo, inadequado à vida refere-se à:
( ) insalubridade.
( ) periculosidade.
( ) proibido.
( ) negativo.
2 Quais as condições que caracterizam a insalubridade?
( ) Energia elétrica.
( ) Agentes físicos.
( ) Explosivos.
( ) Agentes químicos.
( ) material inflamável
( ) Ruído. 
3 Qual o percentual do adicional de periculosidade adotado pela CLT?
( ) 20%.
( ) 10%.
( ) 30%.
( ) 40%.
4 Os principais pressupostos da periculosidade são o contato com inflamáveis 
e explosivos, de caráter não permanente e em condições de risco acentuado.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
5 Quem é o responsável pela caracterização e classificação da periculosidade e 
insalubridade?
( ) Ministério do Trabalho.
( ) Médico do Trabalho ou Engenheirodo Trabalho.
( ) Técnico de Segurança do Trabalho.
( ) Perito do Ministério do Trabalho. 
6 O laudo pericial deve ser feito de maneira imparcial, não podendo o perito 
opinar ou apresentar seu parecer, devendo apenas relatar o ambiente físico da 
empresa. 
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
42
7 Qual a finalidade da perícia?
( ) Auxiliar os sindicatos.
( ) Elucidar sobre um determinado fato jurídico.
( ) Realizar um exame completo, conforme solicitado pela NR-7.
( )Ajudar a empresa a identificar atividades que geram insalubridade e 
periculosidade.
43
UNIDADE 2
SAÚDE OCUPACIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade você será capaz de:
• compreender a finalidade do Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional - PCMSO;
• verificar os exames exigidos pela NR-7;
• promover ações voltadas à educação em saúde ocupacional.
Esta unidade está dividida em três tópicos, sendo que em cada um deles você 
encontrará atividades que o(a) ajudarão a fixar os conhecimentos adquiridos.
TÓPICO 1 – POLÍTICA DE SAÚDE OCUPACIONAL
TÓPICO 2 – EXAMES EXIGIDOS PELA NR-7
TÓPICO 3 – EDUCAÇÃO EM SAÚDE OCUPACIONAL
44
45
TÓPICO 1
POLÍTICA DE SAÚDE OCUPACIONAL
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
A Norma Regulamentadora NR-7, hoje denominada Programa de Controle 
Médico de Saúde Ocupacional, é parte constante da Portaria nº 3.214, de 08 de 
junho de 1978 do Ministério do Trabalho. 
A Política Nacional da Saúde do Trabalhador é uma política formada com 
os movimentos de vários trabalhadores e sindicalistas que lutam por melhorias. 
Muitos trabalhadores, muitas reformas, discussões e conferências a cerca de uma 
democratização e de uma defesa pública. O Ministério da Saúde tem como objetivo 
de programar a Política de Notificação de Acidentes e Doenças no Trabalho.
Este capítulo apresentará o surgimento da política de saúde ocupacional, 
o conceito e finalidade do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO) e a política de saúde ocupacional.
2 CONTEXTO DO SURGIMENTO
Em 27 de julho de 1972, com o Decreto Lei nº 3237 e com a obrigatoriedade 
do SESMT nas empresas, foi dado o primeiro passo para a criação de um programa 
de prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Este decreto foi 
reforçado com a elaboração das normas regulamentadoras no ano de 1978, de 
acordo com seus anexos, em especial a NR 7. 
A versão original das NRs desobrigava pequenas empresas ao cumprimento 
do que determinava a legislação pertinente, permitindo que as empresas se 
agrupassem e constituíssem um SESMT para atendimento das mesmas.
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
46
Paulo et al. (1996) referenciam, que em meados de 1993, com a participação 
de uma Comissão Interministerial de Saúde do Trabalhador e Grupo Técnico, deu-
se o início na atualização da Norma Regulamentadora NR-7 e em 30 de dezembro 
de 1994 foi revogado o novo texto desta Norma.
A nova NR-7 estabeleceu a necessidade de existir um PCMSO, assim como a NR-
9, o PPRA, independente do número de funcionários, grau de risco e tamanho da empresa. Isto 
se deve ao fato de que mais de 85% das empresas do setor industrial do Brasil são formados 
por micro e pequenas empresas, tendo um contingente de aproximadamente 60% da massa 
trabalhadora do país. Apesar de ser aparentemente recente esta preocupação com a saúde 
do trabalhador, em vários outros países, desde 1953, vem sendo discutida a organização de 
serviços especializados de prevenção nas empresas.
Conforme Paulo et al. (1996), um dos tópicos da Conferência Internacional 
do Trabalho, realizada naquele ano, foi a preservação da saúde do trabalhador, 
e após cinco anos, a OIT criou a Recomendação 112, que serviu de base para a 
formulação de leis que garantiam a segurança e prevenção dos trabalhadores. Esta 
recomendação aconselhava as empresas em geral de que empregassem médicos 
que tivessem conhecimento de Saúde Ocupacional para atuar na prevenção da 
saúde dos trabalhadores contra os riscos existentes nos locais de trabalho. 
Apesar disso, esta recomendação não foi seguida, visto que trabalhos 
realizados por pesquisadores interessados na saúde do trabalhador mostraram 
que a maioria das empresas no Brasil não possuía este serviço. Constatou-se 
que o índice de acidentes e doenças do trabalho era numeroso. Este resultado 
fez com que o Governo Federal obrigasse as empresas a manterem serviços 
especiais em Segurança e Medicina do Trabalho. Esta obrigatoriedade ultrapassou 
a Recomendação da OIT, visto que, além do médico previsto nesta, tornava 
obrigatório a contratação de engenheiros, técnicos de segurança, enfermeiras e 
auxiliar de medicina do trabalho.
Em função do SESMT, devido ao número escasso de profissionais da área, 
a então recém-criada Fundacentro – Fundação Centro Nacional de Segurança do 
Trabalho, hoje, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do 
Trabalho, em parceria com a Faculdade de Higiene Pública, iniciaram cursos para 
formação de especialistas em Medicina e Segurança do Trabalho, sendo o primeiro 
curso de especialização ministrado no Brasil no ano de 1973. Em 1985, foi aprovada 
pela OIT a Convenção Internacional 161, que foi denominada de Serviços de Saúde 
do Trabalhador. 
NOTA
TÓPICO 1 | POLÍTICA DE SAÚDE OCUPACIONAL
47
O Ministério do Trabalho, através da Secretaria de Segurança e Saúde 
no Trabalho, visando modernizar as medidas preventivas na área de Saúde 
Ocupacional, emitiu a Portaria nº 24 (Diário Oficial da União de 30 de dezembro 
de 1994), dando nova denominação e redação à Norma Regulamentadora NR-
7, que trata entre outros dos exames médicos ocupacionais dentro da prática da 
Medicina do Trabalho. Esta Norma estabelece parâmetros mínimos e diretrizes 
gerais a serem observados na execução do Programa de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional – PCMSO, de elaboração obrigatória em todas as empresas 
ou instituições, que admitam trabalhadores como empregados. Esta NR-7, antes 
denominada de Exames Médicos, cria a figura do médico coordenador, responsável 
pela elaboração e/ou execução do PCMSO. 
Com isso, o PCMSO prioriza a preservação da saúde do trabalhador vinculados 
à empresa, partindo de estudos epidemiológicos prevencionistas frente a situações de riscos 
iminentes. Este programa deve ser multissetorial, isto é, deve envolver todos os setores de 
uma empresa. A política empresarial deve ser orientada quanto à necessidade do apoio do 
programa (participação da Diretoria e Administradores na implantação deste Programa); 
dividindo responsabilidade de cada membro da empresa de acordo com os níveis hierárquicos: 
Diretoria, CIPA, SESMT, trabalhadores.
Na prática, isto significa que, com exceção daquelas empresas que estão 
desobrigadas a manter um médico do trabalho de acordo com a NR-4 (com vínculo 
empregatício), as demais terão que indicar um profissional médico para coordenar o programa 
(salvo aquelas enquadradas no item 7.3.1.1 e seus subitens, segundo Portaria nº 8, de 8 de maio 
de 1996).
Esta nova redação traz uma preocupação com a promoção e prevenção 
da saúde dos trabalhadores, com atenção específica à função desenvolvida e os 
riscos à saúde dos mesmos em uma empresa. Traz também novos conceitos, novas 
obrigações dos empregadores e dos profissionais da área de saúde ocupacional. 
Entre as principais mudanças, pode-se citar a obrigatoriedade de realização de 
exame demissional para todos os funcionários (anteriormente apenas para as 
atividades insalubres), de mudança de função e de retorno ao trabalho; os controles 
biológicos passam a ser obrigatórios a cada seis meses e para os trabalhadores, não 
expostos a riscos ocupacionais e que tenham entre 18 e 45 anos, o exame periódico 
pode ser bienal.
NOTA
NOTA
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
48
Entre os novos exames exigidos,pode-se citar a Espirometria, exigida a 
todos os trabalhadores expostos a poeiras em geral a cada dois anos. A emissão 
do Atestado de Saúde Ocupacional – ASO deve ser em duas vias, sendo a segunda 
obrigatoriamente entregue ao empregado. Há também orientação quanto à 
necessidade de emissão da Comunicação de Acidentes do Trabalho - CAT. 
3 CONCEITO E FINALIDADE DO PROGRAMA DE CONTROLE 
MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL - PCMSO
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) tal como 
definido na própria norma prevencionista específica, deve ser entendido como 
parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da 
proteção à saúde de seus empregados, devendo estar articulado com o disposto 
nas demais normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho.
O PCMSO deve considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a 
coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico 
na abordagem da relação entre saúde e trabalho, e deverá ter caráter de prevenção, 
rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, 
inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de 
doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.
Conforme Gonçalves (2000), como regra geral, as empresas e instituições 
públicas ou privadas que admitem trabalhadores como empregados são obrigadas 
a elaborar e a implementar o PCMSO com o objetivo de promover e preservar a 
saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
Entretanto, são dispensadas de tal imposição normativa as empresas de Grau de 
Risco 01 ou 02, que possuam até 25 empregados, e aquelas do Grau de Risco 03 ou 04, que 
possuam até 10 empregados, podendo tais limites serem majorados para o dobro, mediante 
negociação coletiva, sendo indispensável, no caso dos graus de riscos mais elevado, assistência 
técnica de profissional integrante do setor de segurança e saúde do trabalho da Delegacia 
Regional do Trabalho (DRT), durante o citado processo de negociação coletiva. 
NOTA
TÓPICO 1 | POLÍTICA DE SAÚDE OCUPACIONAL
49
Todavia, poderá o Delegado Regional do Trabalho, à vista de laudo técnico 
do setor competente em segurança e saúde no trabalho, indicador da existência de 
condição potencial de risco aos trabalhadores, ou em razão de cláusula específica 
de negociação coletiva, impor a contratação de médico coordenador com a 
consequente elaboração do citado programa médico preventivo, mesmo no caso 
das hipóteses antes mencionadas.
O PCMSO estuda os riscos ocupacionais dos locais de trabalho, monitora os seus 
possíveis efeitos nos trabalhadores, analisa se os trabalhadores têm condições de saúde para 
executar as funções exigidas, bem como para se submeter aos riscos ocupacionais de seus 
postos de trabalho. 
Segundo Galafassi (1998), o PCMSO é um conjunto de estudos de ações 
que visam à manutenção da saúde e à prevenção de doenças ocupacionais e de 
acidentes do trabalho.
O programa parte do empregador para a coletividade de seus colaboradores. 
Dessa forma, orienta um foco no indivíduo e outro na coletividade, estreitando na 
relação saúde-trabalho as abordagens clínicas e epidemiológicas.
Para Pereira Júnior (1995), o Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional completa o que se entende como um efetivo controle dos riscos 
existentes nos ambientes de trabalho, e consiste no elemento da gestão de qualidade 
e estilo de vida laborativa. 
Escreve ainda Pereira Júnior (1999, p. 95) que:
O PCMSO completa o que se entende como um efetivo controle dos 
riscos existentes nos ambientes de trabalho. Por estar na ponta dos 
processos utilizados em Segurança e Medicina no Trabalho, o PCMSO 
se reveste de grande importância, pois por ele poderemos não somente 
avaliar a saúde dos trabalhadores referenciada às condições dos 
ambientes de trabalho, mas também as relacionadas com o ambiente 
psicossocial que os envolvem, como um todo. Essa posição permite ao 
programa detectar desvios da saúde física e mental dos trabalhadores, 
de ordem psicossomática, muitas vezes sutis, que demonstram desajuste 
na integração empregado-empresa, gerados pelo clima interno da 
organização ou por fatores externos a ela. Oferece, portanto, o PCMSO 
uma excelente oportunidade para a promoção, proteção e recuperação 
precoce da saúde do adulto, entendida aqui como: perfeito equilíbrio 
entre o Homem e seu meio ambiente. Desta forma, o PCMSO, quando 
devidamente ajustado aos objetivos da empresa, vai além de um 
simples relatório anual de atendimentos médicos, com estabelecimento 
de metas para o próximo ano.
NOTA
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
50
Portanto, pode-se definir o Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional como o conjunto de ações, de obrigatoriedade da empresa, consistentes 
na elaboração e acompanhamento de exames médicos, focadas na prevenção, 
diagnóstico e controle de doenças ocupacionais, com o objetivo de promover a 
saúde dos trabalhadores e sua perfeita integração com o ambiente de trabalho.
Nesse ponto, se faz necessário transcrever as diretrizes que norteiam 
o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, traçadas na NR-7, 
consistentes em:
[...]
7.2. Das Diretrizes
7.2.1 - O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de 
iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo 
estar articulado com o disposto nas demais NR.
7.2.2 - O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre 
o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o 
instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua 
saúde e o trabalho.
7.2.3 - O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e 
diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, 
inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência 
de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos 
trabalhadores.
7.2.4 - O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos 
riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas 
avaliações previstas nas demais NR.
Todo o trabalhador deverá ser acompanhado pelos dados colhidos pelos 
exames médicos na responsabilidade do médico coordenador, quando deverão ser 
registrados no prontuário clínico individual, mantendo os arquivos pelo período 
de vinte anos.
Busca-se assegurar ao trabalhador o mapeamento da atividade em que 
exerce no setor e também salvaguarda sua saúde individual, através de exames 
específicos e acompanhamentos de sua prevenção de doenças. 
De acordo com Oliveira (2008), o Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional se constitui num programa elaborado com o objetivo de promoção e 
preservação da saúde do conjunto dos trabalhadores, estabelecendo os parâmetros 
mínimos a serem observados, os quais, entretanto, poderão ser ampliados mediante 
negociação coletiva.
Portanto, o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional não é um 
programa isolado. Ele deve ser realizado com a consonância das demais Normas 
Regulamentadoras.
Os benefícios advindos da implementação do Programa de Controle 
Médico de Saúde Ocupacional atingem os dois lados, tanto os trabalhadores 
quando os empregadores, fazendo com que todos sejam favorecidos.
TÓPICO 1 | POLÍTICA DE SAÚDE OCUPACIONAL
51
A implantação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional propicia 
qualidade de vida aos trabalhadores, pois atinge diretamente a saúde do trabalhador, que é o 
bem juridicamente protegido pela norma constitucional.
Na elaboração do PCMSO devem, obrigatoriamente, estar previstas Ações 
de Saúde Primárias e Secundárias, visando à Promoção e Prevenção da Saúde de 
todos os trabalhadores da empresa, inclusive com palestras e treinamentos. O 
PCMSO deverá, obrigatoriamente, estar articulado com as atividades previstas nas 
demais NRs, especialmente a NR-9(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) 
e a NR-5 (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA).
4 POLÍTICA DE SAÚDE OCUPACIONAL
Todas as empresas que possuem trabalhadores como empregados 
deverão elaborar seu PCMSO. Este programa, para ser viabilizado, isto é, para ter 
garantida a execução correta de suas ações e os resultados previstos, necessita estar 
sustentado por uma Política de Saúde Ocupacional, que é definida como sendo 
um compromisso da empresa na preservação da saúde de seus colaboradores. 
Esta política, envolvendo a Engenharia de Segurança, a Medicina e a Higiene do 
Trabalho, deve, além de garantir o PCMSO, definir responsabilidades e obrigações 
de todos os trabalhadores da empresa. 
Paulo et al. (1996) destacam alguns tópicos que devem estar presentes em 
uma política em Saúde Ocupacional:
• a empresa exercerá seu papel nas relações com seus colaboradores e terceiros no 
sentido de assegurar condições de trabalho seguras, saudáveis e produtivas. As 
unidades implementarão esta política através de estratégias e planos de ação, 
através do gerenciamento efetivo e ainda da contribuição individual de seus 
colaboradores, suportado pela educação e treinamento;
• Saúde: a empresa conduzirá suas atividades de forma a evitar danos à saúde de 
seus colaboradores e terceiros e promover de forma apropriada a saúde de seus 
empregados;
• Segurança: a empresa trabalha com o princípio de que todas as lesões podem 
ser prevenidas e promoverá medidas eficazes neste sentido, associando em suas 
atividades um alto padrão de consciência em segurança e a disciplina que esse 
princípio demanda;
• Higiene do trabalho: a empresa desenvolverá atividades no sentido de 
garantir um ambiente de trabalho o mais saudável possível, eliminando e/ou 
neutralizando os agentes ali identificados.
NOTA
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
52
Esta política, além de ética e condizente com a responsabilidade social 
da empresa, visa preservar a capacidade laborativa dos colaboradores e, por 
consequência, da sua produtividade.
Paulo et al. (1996) destacam que todo e qualquer programa envolvendo a 
saúde dos trabalhadores, deve ter bem claras suas finalidades e objetivos, sendo 
que as finalidades podem ser definidas como resultados esperados a médio e longo 
prazo e os objetivos a curto e médio prazos. 
As finalidades da política de saúde ocupacional são:
• Garantir as ações necessárias visando à promoção da saúde, à prevenção de doenças e 
acidentes e à recuperação da saúde dos colaboradores e terceiros nas unidades da empresa;
• Garantir aos colaboradores a melhor qualidade de vida possível no trabalho, visando à 
preservação de sua saúde, como também o incremento da produtividade, da qualidade e da 
competitividade. 
A responsabilidade pela vida e saúde dos trabalhadores recairá no trinômio 
Estado-Empresa-Trabalhador, já que os efeitos sobre a saúde e qualidade de vida 
são decorrentes destes três elementos.
De acordo com Vieira (2005) e Paulo et al. (1996), os objetivos de uma 
política de saúde ocupacional, essencialmente, são:
• a proteção da saúde e bem-estar do trabalhador contra os riscos e 
condicionamentos do ambiente de trabalho;
• a colocação do trabalhador em uma atividade, de acordo com sua capacidade 
física e emocional, de modo a poder realizá-la sem perigo para ele e seus colegas 
e sem dano à propriedade;
• o provimento de atendimento médico de emergência para os acidentes do 
trabalho e doenças profissionais/ocupacionais e não ocupacionais, bem como 
reabilitação profissional;
• a manutenção da saúde do trabalhador através de atividades promocionais, 
procedimentos específicos de medicina preventiva e frequente revisão do estado 
de saúde;
• atuar na prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde 
relacionados ao trabalho;
NOTA
TÓPICO 1 | POLÍTICA DE SAÚDE OCUPACIONAL
53
A saúde ocupacional é um investimento que precisa ser valorizado, tanto 
pelas classes empresariais como pelos trabalhadores. 
• reduzir os índices de acidentes de trabalho, doenças profissionais, doenças do 
trabalho;
• cumprir a legislação trabalhista no tocante à saúde no trabalho;
• padronizar e normatizar as ações voltadas ao controle médico de saúde 
ocupacional;
• o controle dos riscos potenciais à saúde inerentes à operação de trabalho. 
54
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
• O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) é entendido 
como parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no 
campo da proteção à saúde de seus empregados, devendo estar articulado 
com o disposto nas demais normas regulamentadoras de segurança e saúde no 
trabalho.
• As empresas e instituições públicas ou privadas que admitem trabalhadores 
como empregados são obrigadas a elaborar e a implementar o PCMSO com o 
objetivo de promover e preservar a saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
• Busca-se assegurar ao trabalhador o mapeamento da atividade que exerce no 
setor e também salvaguarda sua saúde individual, através de exames específicos 
e acompanhamentos de sua prevenção de doenças. 
• A política de saúde ocupacional, além de ética e condizente com a responsabilidade 
social da empresa, visa preservar a capacidade laborativa dos colaboradores e, 
por consequência, a sua produtividade.
55
AUTOATIVIDADE
1 Quais os programas que foram estabelecidos pela NR-7?
( ) PCMSO.
( ) PPRA.
( ) SESMT.
( ) CIPA.
2 O PCMSO visa à preservação da saúde do trabalhador vinculados à empresa, 
partindo de estudos epidemiológicos prevencionistas frente a situações de 
riscos iminentes.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
3 Quais empresas devem adotar o PCMSO?
( ) Empresas que possuam até 25 empregados, com grau de risco 01 ou 02.
( ) Todas as empresas que tenham funcionários contratados.
( ) Empresas que possuam até 10 empregados, com grau de risco 03 ou 04.
( ) Empresas com mais de 25 empregados, com riscos existentes no ambiente 
de trabalho.
4 Os benefícios do PCMSO refletem-se tanto para os trabalhadores quanto para 
os empregadores, visando a uma melhor qualidade de vida.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
5 O tópico que não está presente em uma política em saúde ocupacional é:
( ) saúde. 
( ) perícia médica.
( ) segurança.
( ) higiene do trabalho.
6 A política em saúde ocupacional deve ser ética, mas não relacionada com a 
responsabilidade da mesma.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
7 Segundo a NR-7, as empresas públicas não precisam elaborar e implementar 
o PCMSO com o objetivo de promover e preservar a saúde do conjunto dos 
seus funcionários. 
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
56
57
TÓPICO 2
EXAMES EXIGIDOS PELA NR-7
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Com a introdução de novas tecnologias, matéria-prima e organização 
do trabalho, os fatores relacionados à segurança e saúde do trabalho devem ser 
constantemente monitorados, a fim de serem avaliados os riscos provenientes da 
atividade produtiva.
A NR-7, da Portaria nº 3.214/78 estabelece a obrigatoriedade da elaboração 
e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam 
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
– PPRA, visando à preservação da saúde e à integridade dos trabalhadores, através 
da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência 
de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, 
tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
Os intervalos dos exames variam de acordo com a função, local de trabalho, 
idade do trabalhador, quantidade de trabalho e grau de risco que a empresa se 
enquadra.
Um PCMSO poderá ser muito complexo, contendo avaliações 
clínicas especiais, exames toxicológicoscom curta periodicidade, avaliações 
epidemiológicas, entre outras providências.
2 ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL 
O exame médico ocupacional compreende a investigação clínica, nela 
incluídas a anamnese clínica e profissional e o exame de aptidão física e mental. Além 
disso, a norma impõe a obrigatoriedade de realização de exames complementares 
em determinadas situações, sendo facultado ao médico requisitar a realização de 
quaisquer outros exames adicionais que julgar convenientes. 
Registre-se, porém, que são nulos de pleno direito Atestados de Saúde 
Ocupacional emitidos em desconformidade com esta norma, especialmente aqueles 
em que se evidencie que o médico não tenha previamente analisado e anotado no 
próprio Atestado de Saúde Ocupacional, os tipos, datas e resultados dos exames 
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
58
complementares a que se submeteu o empregado, mormente os definidos na NR-
07 como obrigatórios. 
O médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em duas vias 
de qualquer modelo em formulário, desde que traga as informações mínimas 
previstas na NR:
7.4.4.3 – O ASO deverá conter no mínimo: a) nome completo do 
trabalhador, o número de registro de sua identidade, e sua função; b) 
os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na 
atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela 
Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho – SSST; c) indicação dos 
procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador; incluindo os 
exames complementares a data em que foram realizados; d) o nome do 
médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM; e) definição 
de apto ou inapto para função específica a que o trabalhador vai exercer, 
exerce ou exerceu; f) nome do médico encarregado do exame e endereço 
ou forma de contato; g) data e assinatura do médico encarregado do 
exame e carimbo contendo seu número de inscrição no Conselho 
Regional de Medicina.
No item 7.4.4.1 da NR-7 destaca-se que uma via do atestado ocupacional 
deve ficar arquivado no local de trabalho, à disposição da fiscalização do trabalho, 
e o item 7.4.4.2 menciona que a segunda via do atestado ocupacional deve ser 
entregue ao trabalhador.
A seguir, apresenta-se um modelo de Atestado de Saúde Ocupacional.
TÓPICO 2 | EXAMES EXIGIDOS PELA NR-7
59
ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL
Nome do empregado Registro de identidade
Função Registro na empresa
Procedimentos realizados Data
Admissional Periódico Mudança de função
Retorno ao trabalho Demissional 
Apto Inapto 
Recebi a segunda via deste atestado:
 _________________________ 
Data _____/ _____/ _____ Assinatura do empregado
Endereço / Contato Médico Encarregado do Exame
Nome e CRM do MC
Data
_____/ _____/ _____
Assinatura/Carimbo do Médico 
FONTE: O autor
FIGURA 9 – MODELO DE ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL
Embora não conste na NR-7, é importante o número de registro do 
empregado na empresa/organização. O próprio empregado pode escrever o 
registro da data à esquerda do espaço reservado para sua assinatura.
3 EXAMES EXIGIDOS PELA NR-7
O item 7.1.1, da NR-7, dispõe que o Programa de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional possui “o objetivo de promoção e preservação da saúde do 
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
60
conjunto dos seus trabalhadores”. Ou seja, todos os trabalhadores da empresa, 
independente da função que exerçam, estão sujeitos aos exames determinados 
pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
Segundo o item 7.4.1 da NR-7, “o PCMSO deve incluir, entre outros, a 
realização obrigatória dos exames médicos: a) admissional; b) periódico; c) de 
retorno ao trabalho; d) de mudança de função; e) demissional”.
A alínea “a” do item 7.4.2, da NR-7, prevê que os exames devem compreender 
a) a avaliação clínica do trabalhador; b) a anamnese ocupacional, que se refere ao 
histórico que vai desde os sintomas iniciais até o momento da observação clínica, 
realizado com base nas lembranças do paciente; c) exame físico; e d) exame mental.
Prevê ainda o item 7.4.2, da NR-7, em sua alínea “b”, que os exames 
compreendem também os “exames complementares, realizados de acordo com os 
termos especificados nesta NR, e seus anexos”. 
Ademais, a redação do caput do item 7.4.1, da NR-7, prevê a possibilidade 
de inclusão de outros exames que não os expressamente previstos.
Nesse sentido, Pereira Júnior (1999, p. 99) destaca que: 
Os exames médicos ocupacionais previstos na NR-7 (admissionais, 
periódicos, mudança de função, retorno ao trabalho e demissionais) serão realizados 
obrigatoriamente, como parte integrante de um programa mínimo, e estabelecidos 
com base nos riscos ocupacionais existentes. Outros exames de controle médico 
como, por exemplo, no acompanhamento de trabalhadores portadores de doenças 
crônico-degenerativas, gestantes, os indicados a viagens e cursos (em locais com 
ou sem epidemias) no país ou no exterior, entre outros, podem ser implantados, de 
acordo com as necessidades percebidas pelo responsável do programa.
Rio (1996) destaca que a própria caracterização dos diversos exames 
médicos pela NR-7 é bem clara, explicada e dispensa maiores reflexões. Porém, 
apresentam-se ainda alguns destaques sobre a mesma:
• Os exames que constam do PCMSO são de grande seriedade, não apenas do 
ponto de vista médico como, também, sob o aspecto legal. Devido à prática de 
emissão de atestados médicos que vigorou até então, há certa tendência em se 
desconsiderar essa importância. Outro fator que contribui para isto é a própria 
formação do médico, voltada essencialmente para a medicina curativa, que 
prepara o profissional para sempre aguardar o paciente com uma demanda. Os 
exames médicos de saúde ocupacional são de caráter preventivo e muitas vezes 
são tidos pelo próprio paciente como uma obrigação a mais. É importante um 
trabalho do médico e de seus colaboradores no sentido de resgatar a importância 
e a seriedade desses exames.
• O exame admissional destina-se a determinar aptidão e inaptidão para 
determinadas funções e atividades. Daí, a necessidade, por parte do médico do 
TÓPICO 2 | EXAMES EXIGIDOS PELA NR-7
61
trabalho, de um bom conhecimento clínico e das funções e atividades que existem 
nas empresas, ainda mais que, muitas vezes, não existem regras definidas para 
a caracterização de inaptidão. Um trabalhador poderá estar apto para certas 
atividades e não para outras. Algumas situações servem de exemplo:
a) portadores de síndromes ou doenças, que causem tonturas ou vertigem, não 
devem exercer atividades que exijam dirigir veículos, subir em alturas ou que 
tenham risco de acidentes;
b) portadores de doenças cardiovasculares não devem executar atividades que 
exijam o uso de força física;
c) pessoas com varizes significativas de membros inferiores não devem trabalhar 
predominantemente de pé, paradas;
d) asmáticos que, sabidamente, entram em crise de broncoespasmo diante da 
exposição ao frio, a exercício físico ou outros fatores, não devem ser expostos a 
eles;
e) pessoas que já trabalharam em regime de revezamento de turnos, ou em turno 
noturno fixo e não se adaptaram bem, devem ser poupadas desses sistemas de 
trabalho ou, antes de serem estabelecidas nessas atividades, passarem por um 
período de experiência para avaliação;
f) portadores de doenças pulmonares de origem ocupacional ou não devem ser 
resguardados da exposição a agentes indutores de pneumoconioses.
• Os exames periódicos são um momento privilegiado para a avaliação da 
aptidão do trabalhador às funções que exerce. Além do mais, é através deles 
que sefazem o monitoramento biológico contínuo de trabalhadores expostos a 
riscos ambientais; o levantamento das manifestações clínicas de trabalhadores 
expostos a riscos ergonômicos; o acompanhamento dos resultados nas mudanças 
ambientais ou ergonômicas que visam a melhoria das condições de trabalho; o 
núcleo dos programas especiais (prevenção de LER, programa de conservação 
auditiva, controle de hipertensos, planejamento familiar etc.).
• Os exames demissionais são de fundamental importância: garantem ao 
trabalhador e à empresa que ele está em boas condições de saúde no ato da 
demissão. Em termos legais, esse exame pode ter grande importância futura e 
deve ser feito com suficiente detalhamento.
• Os exames de mudança de função garantem a segurança de que o trabalhador 
estará apto para se expor a diferentes riscos de trabalho.
• Os exames de retorno ao trabalho, após afastamento de trinta ou mais dias, por 
motivo médico, cumprem uma função que os médicos do INSS, peritos na área 
de auxílio-doença, não têm como avaliar: a aptidão do trabalhador para uma 
determinada função, com riscos próprios. Os médicos do INSS avaliam apenas 
a capacidade geral para o trabalho. 
A seguir, se passará a discutir as especificidades de cada exame exigido 
pela NR-7.
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
62
3.1 EXAME ADMISSIONAL
Conforme determina o item 7.4.3.1, da NR-7, “o exame médico admissional, 
deverá ser realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades”.
A respeito do exame admissional, Galafassi (1998) destaca que, ao 
contrário do que se pratica em algumas empresas, o exame admissional não deve 
consistir na inclusão do candidato sadio e na exclusão do menos saudável, mas 
no conhecimento prévio da atividade que irá exercer sem prejuízo à saúde a aos 
demais colegas de trabalho. 
Wachowicz (2007) destaca que podem ser considerados como objetivos 
básicos do exame admissional:
• avaliar se o candidato pode trabalhar sem colocar em risco a própria saúde e a 
de seus colegas de trabalho;
• verificar a presença de qualquer anormalidade e indicar o tipo de serviço mais 
adequado;
• determinar as condições somato-psíquicas dos trabalhadores para selecionar 
aqueles em melhores condições para determinado tipo de serviço;
• permitir a colocação dos trabalhadores em serviços adequados a suas condições 
físicas e psíquicas;
• informar aos funcionários o estado real de sua saúde, orientando-os quanto à 
possível solução de problemas médicos eventualmente encontrados;
• salvaguardar a saúde e segurança da comunidade trabalhadora, não permitindo 
a admissão de pessoas que possam oferecer algum risco;
• cumprir as disposições legais que tornam esse exame obrigatório;
• permitir uma educação sanitária do candidato;
• obedecer a dispositivos legais.
Com a realização deste exame, poderá o empregador, a partir dos dados e do 
diagnóstico do trabalhador, definir em quais funções poderá adequar o trabalhador ou se ele 
alcança as qualidades buscadas para a realização de determinada função.
Portanto, pode-se dizer que o principal objetivo do exame admissional consiste na perfeita 
adequação do homem a sua função e ao seu ambiente de trabalho.
NOTA
TÓPICO 2 | EXAMES EXIGIDOS PELA NR-7
63
3.2 EXAME PERIÓDICO
O item 7.4.3.2, da NR-7, relaciona a periodicidade desses exames médicos 
com a atividade desenvolvida e com o risco ocupacional a que os funcionários 
estão submetidos e determina em quais períodos deverão ser efetuados, da 
seguinte forma:
• para trabalhadores expostos a riscos ou situações de trabalho que impliquem 
o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para 
aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser 
repetidos:
a) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se 
notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como 
resultado de negociação coletiva de trabalho;
b) de acordo com a periodicidade especificada no Anexo 6 da NR-15, para os 
trabalhadores expostos a condições hiperbáricas;
• para os demais trabalhadores:
a) anual, quando menores de dezoito e maiores de quarenta e cinco anos de idade;
b) a cada dois anos, para os trabalhadores entre dezoito e quarenta e cinco anos de 
idade.
A finalidade do exame médico periódico é investigar se já ocorreu alguma 
alteração na saúde dos trabalhadores, antes mesmo do aparecimento das manifestações 
clínicas, possibilitando um tratamento adequado a estas patologias que, até então, poderiam 
ser desconhecidas ou passar despercebidas pelo próprio trabalhador.
Essa investigação é uma ação preventiva, em que a eterna vigilância é o 
fator preponderante para uma boa qualidade da saúde do trabalhador.
Assim, caso seja diagnosticada alguma alteração na saúde do trabalhador, 
deverão ser investigadas as causas de sua ocorrência. Se a enfermidade não decorrer 
do ambiente laboral, deverá o médico providenciar as condutas médicas cabíveis.
Caso seja decorrente do ambiente laboral, o médico, além das condutas 
com vistas ao tratamento da enfermidade, deverá tomar as providências cabíveis 
com a finalidade de corrigir o fator laboral que causou a doença. (SALIBA, 2004, 
p. 431).
NOTA
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
64
Assim, os exames admissionais e periódicos devem ser feitos como forma de 
controle da saúde geral dos trabalhadores, de detecção de fatores predisponentes a doenças 
profissionais, assim como para avaliação da efetividade dos médicos de controle empregados.
3.3 EXAME DE RETORNO AO TRABALHO
Segundo determinação do item 7.4.3.3, da NR-7, o exame médico de 
retorno ao trabalho deverá ser realizado obrigatoriamente no primeiro dia de volta 
ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 dias por 
motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.
Galafassi (1998) explica que a finalidade do exame de retorno ao trabalho é verificar 
se o funcionário está apto para voltar a exercer suas antigas funções após o afastamento de 
determinado período. 
Isso ocorre com frequência, principalmente, no retorno do empregado 
afastado por motivo de doença ou acidente de trabalho. Esse exame permite ao 
médico verificar se o empregado possui as mesmas condições de trabalho anteriores 
ao afastamento, ou se será necessário mudar sua função dentro da empresa.
3.4 EXAME DE MUDANÇA DE FUNÇÃO 
Segundo a redação do item 7.4.3.4, da NR-7, o “exame médico de mudança 
de função, será obrigatoriamente realizado antes da data da mudança”.
O item 7.4.3.4.1, da NR-7, traz a definição de mudança de função, que 
significa “toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor 
que implique a exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava 
exposto antes da mudança”.
Para Galafassi (1998), o exame médico para mudança de função tem como 
objetivos básicos: 
NOTA
NOTA
TÓPICO 2 | EXAMES EXIGIDOS PELA NR-7
65
• avaliar se as condições físicas atuais do funcionário lhe permitem uma alteração 
em sua atividade, sendo que o mesmo será exposto a um risco diferente daquele 
a que estava até aquele momento; 
• avaliar se adquiriu alguma doença ocupacional enquanto desempenhava sua 
função.
A NR-7 possui em seu texto legal a obrigatoriedade desses dois exames, sendo 
um em função de retorno ao trabalho e outro de mudança de função. O realizado em 
decorrência do retorno ao trabalho faz-se necessário para verificar se o trabalhador adquiriu 
ou possui doença em decorrência do trabalho ou de fato estranho a este. Quanto ao realizado 
na mudança de função, importante é o diagnóstico da saúde do trabalhador, para poder 
determinar se sua nova função não irá prejudicar ou agravar seu estado de saúde.
3.5 EXAME DEMISSIONAL
Dispõe o item 7.4.3.5, da NR-7, que
O exame médico demissional será obrigatoriamenterealizado até a data 
da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha 
sido realizado há mais de:
- 135 (cento e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, 
segundo o Quadro I da NR-4;
- 90 (noventa) dias para empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o 
Quadro I da NR-4. [Redação dada ao item pela Portaria SSST nº 08, de 
08.05.1996].
Ainda em relação ao período mínimo de realização de outro exame 
ocupacional, anterior à demissão, traz a NR-7 alguns casos em que se poderá 
ampliar esse período:
7.4.3.5.1 - As empresas enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o 
Quadro I da NR-4, poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do 
exame demissional em até mais 135 dias, em decorrência de negociação 
coletiva, assistida por profissional indicado de comum acordo entre as 
partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança 
e saúde no trabalho.
7.4.3.5.2 - As empresas enquadradas no grau de risco 3 ou 4, segundo o 
Quadro I da NR-4, poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do 
exame demissional em até mais 90 dias, em decorrência de negociação 
coletiva, assistida por profissional indicado de comum acordo entre as 
partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança 
e saúde no trabalho.
Há casos em que o exame demissional não poderá ser dispensado, 
independente da existência ou não de outro exame ocupacional recente.
NOTA
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
66
3.6 EXAMES COMPLEMENTARES 
Referente aos exames complementares, assim dispõe a NR-7:
7.4.2.1 - Para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos 
discriminados nos Quadros I e II desta NR, os exames médicos 
complementares deverão ser executados e interpretados com base 
nos critérios constantes dos referidos quadros e seus anexos. A 
periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do Quadro I 
deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do 
médico coordenador, ou por notificação do médico agente da inspeção 
do trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho.
7.4.2.2 - Para os trabalhadores expostos a agentes químicos não 
constantes dos Quadros I e II, outros indicadores biológicos poderão ser 
monitorizados, dependendo de estudo prévio dos aspectos de validade 
toxicológica, analítica e de interpretação desses indicadores.
7.4.2.3 - Outros exames complementares usados normalmente em 
patologia clínica para avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas 
orgânicos poderão ser realizados, a critério do médico coordenador 
ou encarregado, ou por notificação do médico agente da inspeção do 
trabalho, ou ainda decorrente de negociação coletiva de trabalho.
Conforme Saliba (2004):
Os exames complementares devem ser realizados nos trabalhadores 
cujas atividades envolvam exposição a riscos ambientais, tais como 
ruído, aerodispersoides, gases e vapores, entre outros. Exemplos: 
a) empregado exposto a ruído. Exame médico: audiometria; 
b) empregado exposto a poeira. Exame médico: telerradiografia do 
tórax.
Veja no quadro a seguir os parâmetros para monitorização da exposição 
ocupacional a alguns riscos à saúde conforme redação dada pela Portaria nº 19 de 
09 de Abril de 1998.
Risco Exame Complementar Periodicidadedos Exames
Método de 
Execução
Critério de
Interpretação Observações
Ruído Vide Anexo I – Quadro II
Aerodispersoides
FIBROGÊNICOS
Telerradiografia do 
tórax
 
 
Espirometria 
 
Admissional e 
anual
 
 
Admissional e
bienal
Radiografia em
posição
póstero-anterior
(PA) Técnica
preconizada pela
OIT, 1980
Técnica
preconizada pela
American 
Thoracic
Society, 1987
Classificação
Internacional
da OIT para
radiografias
 
QUADRO 3 – PARÂMETROS PARA MONITORIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A 
ALGUNS RISCOS À SAÚDE
TÓPICO 2 | EXAMES EXIGIDOS PELA NR-7
67
Aerodispersoide
NÃO
FIBROGÊNICOS
Telerradiografia do 
tórax
 
 
 
Espirometria
Admissional e
trienal, se
exposição < 15 
anos
 
Bienal, se
exposição > 15 
anos
 
Admissional e
Bienal
Radiografia em
posição
póstero-anterior
(PA) Técnica
preconizada pela
OIT, 1980
 
Técnica
preconizada pela
American 
Thoracic
Society, 1987
Classificação
Internacional
da OIT para
radiografias
 
 
Condições
hiperbáricas
Radiografias de
articulações
coxo-femorais e
escápulo-umerais
Admissional e
anual
 Ver anexo "B"
do Anexo n° 6
da NR 15
Raidações
ionizantes
Hemograma
completo e
contagem de
plaquetas
Admissional e
semestral
 
Hormônios
Sexuais
femininos
Apenas em
homens;
testosterona total
ou plasmática livre LH 
e FSH
Admissional e
semestral
 
Benzeno Hemograma
completo e
plaquetas
Admissional e
semestral
 
FONTE: Disponível em: <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_07_
at.pdf>. Acesso em: 4 nov. 2010.
O Médico Coordenador do Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional, além da obrigação na realização de certos e determinados exames 
complementares, conforme a especificidade e gravidade do trabalho realizado, 
pode determinar a realização de certos exames complementares que julgar 
pertinentes, com a finalidade de prevenir e encaminhar tratamento da enfermidade 
diagnosticada.
Conforme Rio (1996), os exames complementares são divididos em 
obrigatórios e não obrigatórios:
• Obrigatórios: os parâmetros mínimos para esses exames encontram-se nos 
Quadros I e II da NR-7. No entanto, eles podem ser insuficientes para uma 
avaliação mais detalhada, ou podem ser de impossível realização em muitas 
localidades. Mais importante do que serem esses exames obrigatórios ou não é 
o fato de servirem para explicar as situações clínicas e ocupacionais que devem 
ser esclarecidas.
Não obrigatórios: muitas doenças não são de origem diretamente 
ocupacional, mas interferem de forma decisiva na saúde do trabalhador. Por 
exemplo: verminoses, doenças cardiovasculares, diabetes, doenças sexualmente 
transmissíveis, anemias etc. É importante que sejam prevenidas e acompanhadas 
devidamente. Uma das funções do médico do trabalho é convencer ao empregador a 
respeito da importância da realização desses exames, quando necessário. Sugere-se 
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
68
a apresentação da relação dos custos e dos benefícios dos exames complementares, 
distinguindo-se em obrigatórios e não obrigatórios e argumentando o porquê da 
importância da realização de ambas as categorias.
69
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
• Todos os trabalhadores da empresa, independente da função que exerçam, estão 
sujeitos aos exames determinados pelo Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional, que deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames 
médicos: admissional; periódico; de retorno ao trabalho; de mudança de função; 
demissional.
• No exame periódico, caso seja diagnosticada alguma alteração na saúde 
do trabalhador, deverão ser investigadas as causas de sua ocorrência. Se a 
enfermidade não decorrer do ambiente laboral, deverá o médico providenciar 
as condutas médicas cabíveis.
• O Médico Coordenador do Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional, além da obrigação na realização de certos e determinados 
exames complementares, conforme a especificidade e gravidade do trabalho 
realizado, pode determinar a realização de certos exames complementares que 
julgar pertinentes, com a finalidade de prevenir e encaminhar tratamento da 
enfermidade diagnosticada.
70
AUTOATIVIDADE
1 Os intervalos para a realização dos exames médicos na empresa não variam 
conforme:
( ) sexo do funcionário.
( ) função.
( ) local de trabalho.
( ) quantidade de trabalho.
( ) estado civil do funcionário. 
( ) idade do trabalhador.
2 O PCMSO poderá incluir avaliações clínicas especiais, exames toxicológicos comcurta periodicidade, avaliações epidemiológicas, entre outras providências. Esta 
afirmação é:
( ) Verdadeira.
( ) Falsa.
3 Não faz parte do Atestado de Saúde Ocupacional:
( ) constar o nome completo do trabalhador.
( ) constar o nome completo do médico e CRM.
( ) data da assinatura.
( ) doenças anteriores e curadas.
( ) riscos ocupacionais específicos existentes.
4 O principal objetivo do exame periódico é:
( ) destina-se a determinar a aptidão e inaptidão para determinadas funções e 
atividades. 
( ) monitoramento biológico contínuo de trabalhadores expostos a riscos 
ambientais.
( ) garantem ao trabalhador e à empresa que ele está em boas condições de 
saúde no ato de demissão. 
( ) esse exame é realizado após afastamento de 30 ou mais dias por motivo 
médico, cumpre uma função que os médicos do INSS, peritos na área de auxílio-
doença não tem como avalia.
5 Um dos objetivos do exame admissional é avaliar se o candidato pode 
trabalhar sem colocar em risco a própria saúde e a de seus colegas de trabalho.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
71
6 A frase: Esse exame busca diagnosticar alguma alteração na saúde do 
trabalhador e deverão ser investigadas as causas de sua ocorrência, referem-se 
ao exame:
( ) admissional.
( ) demissional.
( ) periódico.
( ) de retorno ao trabalho.
( ) de mudança de função.
7 Os exames complementares devem ser realizados nos trabalhadores cujas 
atividades envolvam exposição a riscos ambientais, tais como:
( ) ruído, gases e vapores.
( ) falta de organização.
( ) falta de ventilação.
( ) câmaras de congelamento ou ambiente de trabalho muito quente, principalmente 
no verão.
72
73
TÓPICO 3
EDUCAÇÃO EM SAÚDE OCUPACIONAL
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, as empresas vêm implantando programas que buscam o 
gerenciamento mais amplo dos fatores de riscos ocupacionais, do meio ambiente e 
da qualidade de vida, que vem sendo implantados pelas empresas e regulamentados 
pela legislação. 
Dentre esses programas, destacam-se o Programa de Prevenção de 
Riscos Ambientais (PPRA), Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO), Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria 
da Construção Civil (PCMAT), Programa de Gerenciamento de Risco a Indústria 
de Mineração (PGR), Programa de Conservação Auditiva (PCA) e Programa de 
Proteção Respiratória (PPR).
Além desses, dois programas têm sido bastante adotados no Brasil, que são 
o Gerenciamento de Saúde e Segurança da norma britânica BS-8800 e a OHSAS 
18001. Tais normas contêm orientações sobre o gerenciamento de saúde e segurança 
ocupacionais, auxiliando a integração do atendimento à política e aos objetivos 
prevencionistas com o sistema global de gerência e administração da empresa. 
2 GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL 
Nos últimos anos, tem crescido a implantação de sistema de gestão de saúde e 
segurança. Este sistema é bem mais amplo que os anteriores, pois muitas vezes integra 
também os programas de qualidade e meio ambiente. As orientações básicas do 
sistema de gestão de saúde e segurança estão contidas na norma britânica BS (British 
Standard) 8800 e Occupational Health and Safety Assessment Series – OHSAS 18001.
A norma britânica BS 8800 (British Standard) foi uma das primeiras tentativas 
consistentes de estabelecer uma referência normativa para a implementação 
de um sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional. Esta norma vinha 
sendo utilizada na implementação de um sistema de gestão de segurança e saúde, 
visando à melhoria contínua das condições do ambiente de trabalho. Os princípios 
desta norma estão alinhados com os conceitos e diretrizes das normas da série ISO 
9000 (Sistema da Qualidade) e série ISO 14000 (Gestão Ambiental).
Já, a norma OHSAS 18001 apresenta requisitos para a implementação de 
um sistema de gerenciamento capaz de capacitar a organização para implementar 
74
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
o programa de melhoria contínua das condições e redução dos riscos no ambiente 
de trabalho.
Estas normas apresentam definições semelhantes aos termos utilizados no 
sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional, conforme quadro a seguir.
QUADRO 4 – DEFINIÇÕES
Acidente
Evento não desejado que acarreta morte, problema de saúde, 
lesão, danos ou outros prejuízos.
Auditoria
Exame sistemático e, sempre que possível, independente, 
destinado a determinar se as atividades e os resultados correlatos 
estão em conformidade com disposições planejadas, e se essas 
disposições são implementadas eficazmente e apropriadas para a 
realização da política e objetivos da organização.
Fatores externos
Forças alheias ao controle da organização com impacto sobre 
questões de saúde e segurança, e com que se tenha de lidar 
dentro de um horizonte temporal apropriado, tais como 
regulamentos e normas industriais. 
Perigo
Fonte ou situação com potencial de provocar danos em termos 
de ferimentos humanos ou problemas de saúde, danos à 
propriedade, ao ambiente, ou uma combinação destes. 
Identificação de perigo
Processo de reconhecer que um perigo existe e definir suas 
características. 
Objetivos de saúde e 
segurança
Objetivos, em termos de desempenho de Segurança e Saúde 
Ocupacional, que uma organização estabelece para si mesma 
como metas a serem atingidas, e que devem ser quantificados 
sempre que viável. 
Vigilância de saúde
Monitoração da saúde das pessoas a fim de detectar sinais ou 
sintomas de problemas relacionados com o trabalho, de modo 
que medidas possam ser tomadas para eliminar, ou reduzir, a 
probabilidade de danos ulteriores.
Problemas de saúde
Saúde deteriorada, o que é julgado como tendo sido causado, ou 
piorado, pela atividade ou ambiente de trabalho de uma pessoa.
Incidente Evento não previsto que tem o potencial de conduzir a acidentes.
Fatores internos
Forças dentro da organização que podem afetar a sua 
capacidade de realizar a política de saúde e segurança, tais como 
reorganização ou cultura internas.
Sistema de 
gerenciamento
Conjunto a qualquer nível de complexidade de pessoal, recursos 
e procedimentos, cujos componentes interagem de maneira 
organizada, de modo que permitam se realize determinada tarefa 
ou que se atinja, ou se mantenha, determinado resultado.
Organização
Grupo ou estabelecimento organizados, como, por exemplo, um 
negócio, uma empresa, uma repartição governamental, entidade 
caritativa ou sociedade. No caso de entidades que tiverem mais 
de um local de operação, cada um destes poderá ser definido 
como sendo uma organização.
Risco
Combinação da probabilidade e consequência de ocorrer um 
evento perigoso especificado.
TÓPICO 3 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE OCUPACIONAL
75
Avaliação de riscos
Processo global de estimar a magnitude do risco e decidir se ele é 
tolerável ou aceitável.
Levantamento da 
situação
Avaliação formal do sistema de gerenciamento para saúde e 
segurança ocupacionais.
FONTE: Saliba (2004)
Uma exigência detalhada de desempenho, quantificada sempre que viável 
e pertinente à organização, é oriunda dos objetivos de saúde e segurança e precisa 
ser cumprida para que estes objetivos sejam atingidos.
De acordo com Araújo (2005), o princípio básico de um sistema de gestão 
baseado em aspectos normativos, envolve a necessidade de determinar parâmetros 
de avaliação que incorporem não só os aspectos operacionais, mas também, 
a política, o gerenciamento e o comprometimento da alta administração com o 
processo de mudança e melhoria contínua das condições de segurança, saúde e 
das condições de trabalho. 
Este aspecto é de fundamental importância, pois na maioria das vezes, estas 
melhorias exigem além do comprometimento, investimentos que necessitam de 
planejamento no curto, médio e longo prazo para a sua execução. Pormeio deste 
princípio, observa-se que todos os profissionais dentro do processo produtivo são 
responsáveis no mesmo nível de importância, principalmente os gerentes e os 
supervisores. 
A administração deve identificar os riscos e orientar os trabalhadores com ações 
e atitudes proativas, dando o exemplo a ser seguido dentro da organização, mesmo porque, 
não são todas as empresas que são obrigadas pela legislação a possuir em seus quadros um 
profissional de segurança.
Para Araújo (2005), um dos aspectos importantes em um sistema de gestão 
é monitorar e acompanhar o desempenho das ações estabelecidas pelo programa 
de segurança. Para isto, é necessária a definição dos indicadores e a forma de 
acompanhar a evolução de cada um deles e divulgar para toda a empresa os 
resultados objetivos, por exemplo:
• determinar a evolução dos Programas de Segurança, Saúde e Meio Ambiente 
que tem sido implementados e os objetivos atingidos;
• verificar a eficácia dos controles implementados e se são eficazes;
• identificar as não conformidades do sistema de gestão;
• implementar planos e controles de riscos, fornecendo realimentação para 
todas as áreas;
NOTA
76
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
• fornecer informações que possam ser usadas para a análise crítica e, quando 
necessário, melhorar os aspectos do sistema de gestão da Segurança e Saúde 
do Trabalho.
Estes objetivos visam principalmente:
• monitoramento proativo e reativo;
• seleção de indicadores de desempenho;
• definir os princípios que permitam mensurar o desempenho;
• estabelecer técnicas de medição;
• investigar acidentes e incidentes.
Assim, o foco das organizações aponta que se deve dar o mesmo nível de 
importância para as questões de qualidade, segurança, saúde ocupacional e meio 
ambiente, pois são elas que irão garantir um aumento da produtividade para os 
empresários, redução dos custos sociais para o governo e a melhoria da qualidade de 
vida para os trabalhadores, trazendo benefícios para a sociedade de uma forma geral. 
Os elementos que compõem o sistema de gestão dependem da natureza da 
atividade, tamanho da organização, perigos e condições nas quais opera. A BS-8800 fornece 
os elementos do sistema de gestão, saúde e segurança ocupacional bem sucedido, conforme 
ilustrado na figura a seguir.
FONTE: Saliba, 2004
FIGURA 10 – ELEMENTOS DO SISTEMA DE GESTÃO DE SAÚDE E 
SEGURANÇA OCUPACIONAL
NOTA
TÓPICO 3 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE OCUPACIONAL
77
Conforme a figura anterior, esses elementos constituem a referência para 
implantação dos sistemas. De forma simplificada, os objetivos de cada elemento 
são:
Levantamento inicial
É a etapa inicial da implantação do sistema de gestão de saúde e segurança 
ocupacional. Seu objetivo é diagnosticar a situação prevencionista em que a 
empresa se encontra e com esses dados estabelecer a base do programa. A BS-8800, 
em seus anexos, fornece informações orientativas do levantamento inicial.
Política de Saúde e Segurança Ocupacional
O Programa de Saúde e Segurança Ocupacional só será bem-sucedido se 
a alta direção da empresa estiver comprometida com a política prevencionista. 
Segundo a BS-8800, aqueles que têm poder na organização (gerência) devem 
definir, documentar e endossar a sua política de segurança e saúde ocupacional, 
assegurando que a política inclui um compromisso de:
• reconhecer a segurança e saúde ocupacional como parte integral do seu 
desempenho negocial;
• obter elevado nível de desempenho de segurança e saúde ocupacional, com o 
atendimento aos requisitos legais com o mínimo, e ao contínuo aperfeiçoamento, 
com economicidade, do desempenho;
• proporcionar recursos adequados e apropriados ao implemento da política;
• estabelecer e publicar os objetivos de segurança e saúde ocupacional, ainda que 
por meio, apenas, de boletins internos;
• colocar o gerenciamento de segurança e saúde ocupacional como uma 
responsabilidade primordial da gerência de linha, do dirigente hierarquicamente 
mais alto ao nível de supervisão;
• assegurar a sua compreensão, implementação e manutenção em todos os níveis 
na organização;
• promover o envolvimento e interesse dos empregados a fim de obter 
compromissos com a política e sua implementação;
• revisar periodicamente a política, o sistema de gerenciamento e auditoria do 
cumprimento daquela;
• assegurar que os empregados, em todos os níveis, recebam treinamento 
apropriado e sejam competentes para executar suas tarefas e responsabilidades.
Organização 
• Responsabilidades: a responsabilidade quanto ao sistema de segurança e saúde 
repousa especialmente na alta gerência, sendo recomendável atribuir a uma 
pessoa da alta administração a responsabilidade de garantir a implantação e 
fundamento do programa. Assim, todos os níveis da organização também 
devem ser comprometidos com o programa.
• Dispositivos organizacionais: as normas definem a importância da integração do 
sistema de saúde e segurança ocupacional em todas as atividades da empresa.
• Documentação: é o elemento-chave para o sucesso de qualquer programa de 
78
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
segurança e saúde ocupacional. Conforme orientações contidas em todos os 
programas PPRA, PCMSO, entre outros, os registros, documentação de dados 
de avaliação e exames são fundamentais, devendo, inclusive, ser mantidos por 
no mínimo 20 (vinte) anos.
Planejamento e implantação
O planejamento da atividade do Programa de Saúde e Segurança 
Ocupacional, com estabelecimento claro de desempenho, definindo o que deve 
ser feito, quando deve ser feito, quem é o responsável e o desfecho desejado, é 
primordial para o êxito do programa, assim como a avaliação de risco, incluindo 
identificações de perigos, os requisitos legais e outros aplicáveis ao sistema de 
gestão de saúde e segurança ocupacional. 
A empresa deverá estabelecer procedimentos de identificação e análise 
de risco e controle. A BS-8800 fornece metodologia a critério de interpretação de 
análise do risco, devendo, portanto, ser consultada pelos leitores. 
Medição do desempenho
A medição do desempenho é uma forma importante de comprovar a eficácia 
do sistema de gerenciamento de saúde e segurança ocupacional. A empresa deverá 
estabelecer procedimentos adequados na medição de desempenho do programa, 
conforme as orientações contidas nas normas citadas. 
Auditoria 
As auditorias periódicas possibilitam a avaliação mais profunda e crítica de 
todos os elementos do sistema de gerenciamento de saúde e segurança ocupacional. 
Devem ser conduzidas por pessoas competentes e independentes, podendo, no 
entanto, ser designadas pessoas da própria empresa. As auditorias precisam ser 
rigorosas. No entanto, sua abordagem deve ser adaptada ao tamanho da empresa 
e à natureza de seus perigos. 
Quando da implantação do sistema de gestão de saúde e segurança 
ocupacional, recomenda-se a consulta das normas pertinentes, especialmente a 
BS-880 e a OSHAS 18001. 
3 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
TÓPICO 3 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE OCUPACIONAL
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FONTE: Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/
dominios/CTN/noticias.asp?Cod=854>. Acesso em: 4 nov. 2010.
FIGURA 11 – CIPA: COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE 
ACIDENTES – SIMBOLOGIA
Por meio do Decreto Lei nº 7.036, de 10 de novembro de 1944, foi instituída 
a obrigatoriedade de as empresas brasileiras criarem organismos internos, 
consagrando a comunhão de esforços de trabalhadores e de empregadores em 
busca da prevenção de acidentes do trabalho. Nesse sentido, o art. 82 do citado 
decreto-lei é tido como o nascedouro legal das Comissões Internas de Prevenção 
de Acidentes. 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes tem como objetivo a 
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar 
compatível permanentemente o trabalho com a preservaçãoda vida e a promoção 
da saúde do trabalhador (subitem 5.1 da NR-05)
O art. 163 da Consolidação das Leis do Trabalho (BRASIL, 1943) obriga a 
constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade 
com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou 
locais de obra nelas especificadas. O seu parágrafo único estabelece o órgão que 
regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPAs, que é o 
Ministério do Trabalho.
Assim, Saliba (2004) ressalta que a CIPA é obrigatória nas empresas 
privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta 
ou indireta, instituições beneficentes, cooperativas, bem como em outras instituições 
que admitam trabalhadores como empregados. Sua composição (número de 
representantes) depende do número de empregados no estabelecimento e do ramo 
de atividade.
São atribuições da CIPA, conforme o item 5.16, da NR 5: 
• identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos, com 
a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, 
onde houver; elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na 
solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; 
• participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de 
80
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos 
locais de trabalho; 
• realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho 
visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança 
e saúde dos trabalhadores; 
• realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu 
plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; 
• divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no 
trabalho; 
• participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo 
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de 
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores; 
• requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de 
máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e 
saúde dos trabalhadores; 
• colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros 
programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; 
• divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como 
cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e 
saúde no trabalho; 
• participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da 
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de 
solução dos problemas identificados; 
• requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham 
interferido na segurança e saúde dos trabalhadores; 
• requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; 
• promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana 
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT; 
• participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de 
Prevenção da AIDS.
Cada CIPA é composta por representantes da empresa e dos empregados, 
de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação do 
Ministério do Trabalho e Emprego, conforme preconiza o art. 164 da Consolidação 
das Leis do Trabalho.
A organização da CIPA será feita de forma partidária com representantes 
do empregador e empregados. O número de membros será em função do grau de 
risco e do número de empregados do estabelecimento.
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86
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
Saliba (2004) explica que os representantes dos empregadores, titulares 
e suplentes, serão por eles designados; e os representantes dos empregados, 
titulares e suplentes serão eleitos em votação secreta por listas disponíveis na 
urna, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados 
interessados (subitens 5.6.1 e 5.6.2). 
Atualmente, a obrigatoriedade de constituição da CIPA encontra-se nos arts. 
163 e 164 da CLT, sendo regulamentada pela NR-05 da Portaria nº 3.214, com nova 
redação dada pela Portaria nº 8, de 23 de fevereiro de 1999. A NR-05 estabelece as 
regras da constituição da CIPA, organização, atribuição, funcionamento, processo 
eleitoral, entre outras. 
4 NORMAS REGULAMENTADORAS
A responsabilidade do empregado e do empregador encontra-se definida 
na Norma Regulamentadora (NR-1), conforme suas disposições gerais.
As Normas Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho 
são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos 
públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das 
Leis do Trabalho (CLT). 
Estas normas definem condições seguras de trabalho, medidas corretivas, 
responsabilidades e punições. Sua obrigatoriedade foi definida e é parte integrante da CLT.
As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras aplicam-se, no que couber, aos 
trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos 
representativos das respectivas categorias profissionais.
A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST) é o órgão de 
âmbito nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar 
as atividades relacionadas com a segurança e medida do trabalho, inclusive 
a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CANPAT), 
o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e ainda a fiscalização do 
cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina 
do trabalho em todo o território nacional.
Compete ainda à SSST conhecer as decisões proferidas pelos Delegados 
Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho. A Delegacia 
NOTA
TÓPICO 3 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE OCUPACIONAL
87
Regional do Trabalho (DRT) é o órgão regional competente para executar as 
atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a 
CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e ainda a fiscalização 
do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina 
do trabalho.
Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras, considera-se que:
• empregador, a empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da 
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. 
Equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as instituições de 
beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, 
que admitem trabalhadores como empregados;
• empregado, pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a 
empregador, sob a dependência deste e mediante salário;
• empresa, o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros de 
obra, frente de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a organização 
de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos;
• estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares 
diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito e 
laboratório;
• setor de serviço, a menor unidade administrativa ou operacional compreendida 
no mesmo estabelecimento;
• canteiro de obra, a área do trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem 
operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;
• frente de trabalho, a área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem 
operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;
• pessoal de trabalho, a área onde são executados os trabalhos.
O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre 
segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das 
penalidades previstas na legislação pertinente.
Assim, as responsabilidades do empregador são:
• cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança 
e medicina do trabalho;
• elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando 
ciência aos empregados, com os seguintes objetivos:
a) prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho;
b) divulgar as obrigações e proibições que os empregados devem conhecer e 
cumprir;
c) dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo 
descumprimento das ordens de serviço expedidas;
d) determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do 
trabalho e doenças profissionais ou do trabalho;
e) adotar medidas determinadas pelo Ministério do Trabalho;
88
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
f) adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições 
inseguras de trabalho;
• informar aos trabalhadores:
a) os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
b) os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
c) os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico 
aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;
d) os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho;
e) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos 
preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.
 
Já as responsabilidades do empregado são:
• cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do 
trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidaspelo empregador;
• usar o EPI fornecido pelo empregador;
• submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras;
• colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras.
 
As normas descritas são deveres do empregado e do empregador, buscando 
prevenir acidentes, que é o dever de todos.
NOVO HORIZONTE: SOLUÇÕES COLETIVAS PARA O TRABALHO EM 
ALTURA MINIMIZAM A CHANCE DE QUEDA
Preocupada com as estatísticas mundiais de acidentes com trabalhadores 
da Construção Civil, a Alcoa Alumínio S/A adotou métodos inovadores de 
segurança, que vão muito além do uso de Equipamentos de Proteção Individual. 
Pelos danos que podem provocar, especial atenção foi dedicada aos trabalhos com 
risco de queda durante a obra de construção da Mina de Juruti, no Pará. A empresa 
se destacou com o programa "Prevenção Muito Além do Cinto de Segurança", 
vencedor do Melhor Case Região Norte do Prêmio Proteção Brasil 2008. 
Entre as tarefas críticas do novo empreendimento, que motivaram a adoção 
de medidas de Engenharia para garantir proteção aos trabalhadores, estão: a 
construção de 2,6 milhões de metros quadrados de telhados; a supressão vegetal 
de uma área com cerca de sete bilhões de metros quadrados; mais de oito bilhões 
de metros cúbicos de terraplanagem em aterros com mais de 15 metros de altura; 
180 mil metros quadrados de construção civil pesada e a montagem de mais de 
16 mil toneladas de estruturas metálicas. "Fomos motivados principalmente pelas 
LEITURA COMPLEMENTAR
TÓPICO 3 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE OCUPACIONAL
89
dificuldades de implementação da Mina, em função de sua localização, em meio 
à Floresta Amazônica, além da falta de experiência da população local com o 
ambiente da Construção Civil e do alto risco das exposições ocupacionais presentes 
nesse cenário", conta o engenheiro José Maurício de Macedo Santos, gerente de 
sustentabilidade e assuntos institucionais da Alcoa.
Desafio
Em geral, como método de proteção contra quedas, as empresas priorizam 
o uso de proteções passivas, como o cinto de segurança e as linhas de vida, que têm 
um custo relativamente baixo e ainda transferem ao trabalhador a maior parte da 
responsabilidade por sua proteção. Em Juruti, a equipe de Segurança, Saúde e Meio 
Ambiente (SSMA) da Alcoa decidiu quebrar esse paradigma e questionou o uso 
maciço de proteções passivas em detrimento das proteções coletivas preconizadas 
pela Norma Regulamentadora nº 6 do MTE. Então, o desafio inicial foi planejar a 
execução das atividades sem colocar trabalhadores diretamente sobre os telhados, 
sem perder qualidade e produtividade. "Para todo e qualquer empregado, o fato de 
não ter que subir diretamente sobre um telhado, expondo-se a riscos para realizar 
uma atividade de cobertura, é a garantia de uma maior chance de retornar íntegro 
ao seu lar", pondera o engenheiro.
Ideias
Novas técnicas foram desenvolvidas para minimizar a exposição dos 
empregados ao risco de queda. Um dos novos procedimentos adotados foi a 
montagem de telhados no chão, para posterior içamento e instalação. Além 
de eliminar o risco de queda, essa solução trouxe ganhos significativos de 
produtividade. Para a cobertura de prédios temporários como escritórios 
e alojamentos, foram projetadas plataformas especiais com guarda-corpo, 
permitindo que os trabalhadores desenvolvessem suas atividades em uma base 
estável e confortável, posicionados lateralmente ao plano de colocação das telhas, 
sem necessidade de usar cinto de segurança.
Em pontos de difícil acesso, foram disponibilizadas plataformas articuladas 
automáticas. Dessa forma, o uso de escadas manuais restringiu-se ao acesso 
a pontos específicos no interior dos prédios, onde o uso de outras medidas de 
prevenção não foi possível. Porém, nesses casos, o uso do cinto de segurança e a 
ancoragem da escada em um ponto fixo se tornaram obrigatórios.
Para execução de outras atividades com risco de queda, as proteções coletivas 
também foram priorizadas. No resgate de fauna e flora, após uma reavaliação do 
processo de trabalho, foi eliminada a necessidade de recolher amostras de plantas 
diretamente nas copas das árvores, sem prejuízo da qualidade do trabalho e com 
aumento da produtividade. Na terraplanagem, tornou-se obrigatória a construção 
prévia de barreiras nas laterais dos aterros e nas zonas de passagem de veículos. O 
conteúdo e a carga horária dos treinamentos dos operadores de máquinas foram 
revistos, a iluminação para atividades noturnas nessas áreas foi redimensionada e, 
de acordo com o risco da tarefa, tornou-se obrigatório o acompanhamento de um 
supervisor.
90
UNIDADE 2 | SAÚDE OCUPACIONAL
Os procedimentos de segurança para estocagem, transporte, montagem 
e desmontagem de andaimes foram divulgados a todos os envolvidos nessas 
operações, em um treinamento específico. Também foi proibido o uso de “gaiolas” 
para içar pessoas e a “escalada”, ainda que com uso de cinto de segurança e linha 
de vida.
Essa medida fez com que as equipes de engenharia buscassem novas 
formas construtivas priorizando, por exemplo, o uso de plataformas articuladas 
de elevação e plataformas de andaimes. Além das novas regras, os requisitos 
mínimos de qualidade e segurança para liberação e uso de plataformas tornaram-
se mais rígidos. 
Dentro das diretrizes do Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO), a empresa adotou o teste de uso de álcool e outras 
drogas, desenvolvendo um estruturado programa de prevenção e tratamento da 
dependência química. “Diante dessas iniciativas, o nível de adesão dos empregados 
do canteiro de obras da Mina de Juruti aos procedimentos e ferramentas para 
prevenção de quedas nos pareceu muito superior ao que vemos em ambientes 
industriais onde, embora o empregado conte com todo um aparato de proteção, 
acaba se expondo demasiadamente ao risco”, conclui o gerente José Maurício de 
Macedo Santos.
FONTE: REVISTA PROTEÇÃO. Novo Horizonte: Soluções coletivas para o trabalho em altura 
minimizam a chance de queda. Dez. 2008. Disponível em: <http://www.protecao.com.br/site/
content/materias/ materia_detalhe.php?id=AJy5>. Acesso em: 28 ago. 2010.
91
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
• O princípio básico de um sistema de gestão baseado em aspectos normativos, 
envolve a necessidade de determinar parâmetros de avaliação que incorporem 
não só os aspectos operacionais, mas também a política, o gerenciamento e o 
comprometimento da alta administração com o processo de mudança e melhoria 
contínua das condições de segurança, saúde e das condições de trabalho. 
• Um dos aspectos importantes em um sistema de gestão é monitorar e acompanhar 
o desempenho das ações estabelecidas pelo programa de segurança. Para isto, é 
necessária a definição dos indicadores e a forma de acompanhar a evolução de 
cada um deles e divulgar para toda a empresa os resultados objetivos.
• A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes tem como objetivo a prevenção 
de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível 
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde 
do trabalhador.
• A CIPA é obrigatória nas empresas privadas, públicas, sociedades de economia 
mista, órgãos da administração direta ou indireta, instituições beneficentes, 
cooperativas, bem como em outras instituições que admitam trabalhadores 
como empregados.
• Assim, as Normas Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do 
trabalho são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas 
e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos 
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos 
pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
92
AUTOATIVIDADE
1 O programa que não condiz com o gerenciamento de riscos ocupacionais é:
( ) Programa de Prevençãode Riscos Ambientais (PPRA).
( ) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
( ) Atestado de Saúde Ocupacional (ASO).
( ) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção Civil (PCMAT).
( ) Programa de Gerenciamento de Risco a Indústria de Mineração (PGR).
2 Relacione as colunas:
( 1 ) Acidente. 
( 2 ) Perigo. 
( 3 ) Problemas de saúde. 
( ) Evento não desejado que acarrete morte ou lesão.
( ) Saúde deteriorada, o que é julgado como tendo sido causado, ou piorado.
( )Fonte ou situação com potencial de provocar danos em termos de 
ferimentos humanos.
 
3 O sistema de gestão não necessita definir indicadores, sendo apenas 
controlados os acidentes e afastamentos por motivo de doença na empresa.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
4 A CIPA surgiu no Brasil por meio da seguinte Lei:
( ) Decreto Lei nº 7.036, de 10 de novembro de 1944.
( ) Convenção nº 155 – Segurança e saúde dos trabalhadores e meio ambiente 
de trabalho.
( ) Portaria nº 3.214/78.
( ) Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999.
5 A CIPA é composta pelos diretores da empresa, médicos do trabalho, 
técnicos de segurança e auxiliares de segurança no trabalho. 
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
6 As empresas podem optar em formar a CIPA, não sendo obrigatório nas 
empresas públicas ou privadas.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
7 Referem-se às Normas Regulamentadoras:
( ) órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a 
segurança e medicina do trabalho.
93
( ) definem condições seguras de trabalho, medidas corretivas, 
responsabilidades e punições.
( ) conhecer as decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, 
em matéria de segurança e saúde no trabalho.
( ) fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre 
segurança e medicina do trabalho.
8 As Normas Regulamentadoras são dever do empregador e empregados 
em aplicar normas de segurança e medicina do trabalho para prevenção de 
acidentes.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
94
95
UNIDADE 3
ACIDENTE NO TRABALHO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade você será capaz de:
• verificar sobre o acidente na legislação trabalhista vigente;
• identificar as espécies legais de acidente do trabalho;
• apresentar a metodologia e o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciá-
rio – NTEP;
• explanar sobre a inclusão de portadores de necessidades especiais no mer-
cado de trabalho.
Esta unidade está dividida em três tópicos, sendo que em cada um deles você 
encontrará atividades que o(a) ajudarão a fixar os conhecimentos adquiridos.
TÓPICO 1 – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO
TÓPICO 2 – NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO P
 REVIDENCIÁRIO - NTEP
TÓPICO 3 – PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS
96
97
TÓPICO 1
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE 
DO TRABALHO
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Sob o ponto de vista legal, acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício 
do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária da 
capacidade para o trabalho (art. 19 da Lei nº 8.213/91).
O médico do trabalho é o profissional mais qualificado para compreender 
em detalhes as condições que podem ou não levar a agravos na saúde, decorrentes 
das condições de trabalho. Executando seu trabalho com seriedade, terá à sua 
disposição dados sobre as exigências e riscos de cada atividade, conhecerá a 
realidade de cada empresa, conhecerá a história clínica e profissional de cada 
empregado.
FONTE: Disponível em: <http://cultoupop.com/medicina-do-trabalho.html>. 
Acesso em: 4 nov. 2010.
FIGURA 12 – MEDICINA DO TRABALHO
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
98
2 CONCEITO DE ACIDENTE NO TRABALHO
Michel (2008) define que acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício 
do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados 
especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, 
a perda ou redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporário.
A Lei nº 8.213/91, no seu art. 19, traz o conceito de acidente do trabalho como 
sendo aquele que ocorre pelo exercício do trabalho provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução da capacidade 
permanente ou temporária para o trabalho.
Integram o conceito de acidente o fato lesivo à saúde física ou mental. O 
nexo causal entre este e o trabalho e a redução da capacidade laborativa. A lesão 
é caracterizada pelo dano físico-anatômico ou mesmo psíquico. A perturbação 
funcional implica dano fisiológico ou psíquico nem sempre aparente, relacionada 
com órgãos ou funções específicas. Já a doença se caracteriza pelo estado mórbido 
de perturbação da saúde física ou mental, com sintomas específicos em cada caso.
Por seu turno, com a nova definição dada pela nova Lei nº 8.213/91, dispõe 
o art. 19 que:
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a 
serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso 
VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que 
cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade 
para o trabalho.
 
Conforme a Lei nº 8.213/91, o inciso IV do art. 21 considera acidentes de 
trabalho: o sofrido fora do local e horário de trabalho, se o empregado estiver 
executando ordem ou realizando serviço sob a autoridade da empresa, se estiver 
prestando espontaneamente qualquer serviço à empresa que lhe evitar prejuízo ou 
proporcionar proveito, se estiver em viagem a serviço da empresa, inclusive para 
estudo de capacitação de mão de obra e se estiver no percurso da residência para 
o local de trabalho ou deste para aquele, qualquer que seja o meio de locomoção, 
inclusive veículo de propriedade do segundo.
Nos locais de trabalho, existem inúmeras situações de riscos passíveis de provocar 
acidentes do trabalho. Por isso, a análise de fatores de risco em todas as tarefas e nas operações 
do processo é fundamental para a prevenção.
NOTA
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO
99
FONTE: O autor
Saliba (2004) relata que dentre os fatores de risco que provocam os acidentes 
do trabalho, destacam-se: eletricidade, máquinas e equipamentos, incêndios, 
armazenamento e transporte de materiais, manuseio de produtos perigosos, 
ferramentas manuais, entre outros.
Para a existência do acidente do trabalho, existe um nexo entre o trabalho 
e o efeito do acidente. Esse nexo de causa-efeito é tríplice, pois envolve o trabalho, 
o acidente, com a consequente lesão, e a incapacidade, resultante da lesão, deve 
haver um nexo causal entre o acidente e o trabalho exercido. Inexistindo essa 
relação de causa-efeito entre o acidente e o trabalho, não se poderá falar em acidente 
do trabalho. Mesmo que haja lesão, mas que esta não venha a deixar o segurado 
incapacitado para o trabalho, não haverá direito a qualquer prestação acidentária. 
O perito é o responsável para avaliar se há nexo de causalidade entre o acidente 
e o trabalho, se esta causa do infortúnio é instantânea, como no caso de acidentes, ou 
se é progressiva, como no caso de doença. Existem casos em que o nexo é presumido, 
como no caso de doenças profissionais, mas na maioria dos casos é necessário verificar 
se há relação do evento com o trabalho diante do texto legal e da prova pericial.
Araújo (2005) destaca que a doença profissional tem que estar relacionada com 
a atividade profissional e deve ser reconhecida pela Previdência Social. A doença pode 
ser típica ou atípica. Ela é típica quando não há nexo causal presumido, ou seja, terá que 
ser determinada através deperícia. Já na doença atípica há o nexo causal presumido em 
lei, tem relação com a atividade que desempenha, sendo reconhecida pela Previdência 
Social. Para efeito de cobertura acidentária, não importa essa distinção. 
Para Cruz Júnior e Laner (2004), as causas diretas dos acidentes são uma 
combinação de erros humanos, falhas de equipamentos e eventos externos ao sistema. Os 
erros humanos compreendem falhas ativas, latentes e de recuperação.
FIGURA 13 – PLACA DE CUIDADO. MANTENHA AS MÃOS LONGE DESTE 
PONTO
NOTA
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
100
TABELA 1 – ACIDENTES DE TRABALHO OCORRIDOS NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 36 ANOS
FONTE: Anuário Estatístico da Previdência Social (2006)
3 O ACIDENTE NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA VIGENTE
De acordo com a Lei nº 6.367/76, no seu art. 2º, o acidente do trabalho 
tem que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa. Tem que haver 
causalidade para que haja infortúnio do trabalho. Para isso, a causa do acidente ou 
doença tem que ter relação com o trabalho, tem que ser no exercício da atividade 
para que se tenha relevância jurídica. 
Araújo (2005) destaca, que o empregado que sofre um acidente dentro 
do ambiente do trabalho ou no trajeto (o acidente de trajeto está previsto na lei 
acidentária urbana em seu art. 2º, § 1º, V, d) deste se caracteriza como acidente do 
trabalho, como também nos casos de morte, redução da capacidade laborativa, ou 
seja, o acidente deverá ser resultante da prestação laborativa e que a incapacidade ou 
morte sejam resultantes desta. Se no caso o empregado foi morto por consequência 
de briga com um desafeto e não houve risco profissional, esse trabalhador receberá 
simplesmente benefícios previdenciários, que são de menor valor que os de ordem 
acidentárias, servindo esta regra para trabalhadores urbanos e rurais. Além disso, 
o benefício previdenciário exige um período de carência que deve ser respeitado, 
enquanto que no de ordem acidentária a cobertura é automática, de acordo com a 
Lei nº 6.367/76, art. 4º.
A Lei Previdenciária nº 8.213/91 cuida do gênero acidente do trabalho 
abrangendo nos arts. 19, 20 e 21, respectivamente, acidente-tipo; doenças 
ocupacionais e acidentes por equiparação legal. Uma vez tipificadas essas espécies 
de acidente, serão produzidos os mesmos efeitos para fins de liberação de benefícios 
previdenciários, indenização civil em ação trabalhista e até mesmo para fins de 
crime contra a saúde do trabalhador.
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO
101
Michel (2008) aponta as seguintes condições que são consideradas acidentes 
de trabalho: doença profissional é aquela desencadeada pelo exercício de trabalho 
peculiar a determinada atividade e constante da relação que trata o Anexo II do 
Decreto nº 611/92; e a doença do trabalho que se entende a adquirida em função 
de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona 
diretamente, desde que constante no Anexo II citado.
Assim, a Previdência Social deve considerar como acidente do trabalho 
quando for constatado que uma doença, não incluída em doença profissional e 
doença do trabalho, resultou de condições especiais em que o trabalho é executado 
e com ele diretamente se relaciona.
3.1 ESPÉCIES LEGAIS DE ACIDENTE DO TRABALHO
Conforme Araújo (2005), o acidente de trabalho se caracteriza em uma das 
situações:
l decorrência das características da atividade profissional por ele desempenhada 
(acidente típico);
l ocorrência no trajeto entre a residência e o local de trabalho (acidente de trajeto);
l ocasionado por qualquer tipo de doença profissional produzida ou desencadeada 
pelo exercício do trabalho, peculiar a determinado ramo de atividade constante 
de relação existente no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social;
l ocasionado por doença do trabalho adquirida ou desencadeada, em função 
de condições especiais, em que o trabalho é realizado e com ele se relacione 
diretamente.
Aprimore seus conhecimentos através da leitura! A CARTILHA – ACIDENTES 
DE TRABALHO COM MÁQUINAS está disponível em: <http://normasregulamentadoras.files.
wordpress.com/2008/06/acidente_maquinas.pdf>.
Pode-se monitorar o desempenho de segurança no trabalho através do uso 
de indicadores para se medir e comparar o desempenho entre os diferentes setores 
da atividade econômica de um país – o índice de frequência, gravidade e taxa 
de incidência. Araújo (2005) destaca que ocorrido um acidente de trabalho, suas 
consequências podem ser:
• simples assistência médica: o segurado recebe atendimento médico e retorna 
imediatamente às suas atividades profissionais (que não seja acidente do 
trabalho);
NOTA
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
102
• incapacidade temporária: o segurado fica afastado do trabalho por um período 
até que esteja apto para retornar a sua atividade profissional. Para a Previdência 
Social é importante particionar esse período em inferior a 15 dias e superior a 
15 dias, uma vez que, no segundo caso, é gerado um benefício pecuniário, o 
auxílio-doença por acidente do trabalho;
• incapacidade permanente: o segurado fica incapacitado de exercer a atividade 
profissional que exercia na época do acidente. Esta incapacidade permanente pode 
ser total ou parcial. No primeiro caso, o segurado fica impossibilitado de exercer 
qualquer tipo de trabalho e passa a receber uma aposentadoria por invalidez. 
No segundo caso, o segurado recebe uma indenização pela incapacidade sofrida 
(auxílio-doença), mas é considerado apto para o desenvolvimento de outra 
atividade profissional;
• óbito: o segurado falece em função do acidente de trabalho.
4 COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DO TRABALHO
A CAT é um formulário preenchido pela empresa demonstrando a 
ocorrência de acidente do trabalho ou doença profissional do empregado ao 
Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).
Segundo informação do Ministério da Previdência Social, a Comunicação 
de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista inicialmente na Lei nº 5.316/67, com 
todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº 9.032/95, regulamentada 
pelo Decreto nº 2.172/97.
Reza o item 7.4.8 da NR-7 que, sendo constatada a ocorrência ou 
agravamento de doenças profissionais, através de exames médicos que incluem 
os definidos nesta NR; ou sendo verificadas alterações, que revelam qualquer tipo 
de disfunção de órgão ou sistema biológico, através dos exames constantes dos 
quadros I (apenas quadros com interpretação SC) e II, e do item 7.4.2.3 da presente 
NR, mesmo sem sintomatologia, caberá ao médico coordenador ou encarregado:
• solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT;
• indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco, 
ou do trabalho;
• encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento de nexo 
causal, avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em 
relação ao trabalho;
• orientar o empregador quanto à necessidade da adoção de medidas de controle 
no ambiente de trabalho.
A emissão da CAT é uma das questões mais importantes em saúde 
ocupacional no Brasil. O nexo causal é, usualmente, confirmado ou não por um 
perito que, embora possa ser capacitado, não tem a menor ideia da situação 
concreta de trabalho. 
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO
103
Além disso, pode estar pressionado por circunstâncias diversas como, por 
exemplo, uma eventual sobrecarga de atividades. Obviamente, nos casos extremos, 
o estabelecimento do nexo é evidente. Entretanto, em muitas situações, será preciso 
um estudo profundo das condições às quais o empregado esteve e está exposto no 
trabalho, o que, frequentemente, está fora do alcance do perito. Assim, é possível 
que muitos nexos causais sejam negados ou confirmados indevidamente. 
Para contribuir com o aprimoramento dos processosque levam ou não ao 
estabelecimento de nexos causais, é fundamental que o médico do trabalho, ao 
solicitar emissão de CAT, ou tiver conhecimento da emissão de CAT por outra 
fonte, faça um relatório pormenorizado sobre todo o seu conhecimento a respeito 
do empregado e de sua história profissional. Além disso, defina suas conclusões: 
diagnóstico e impressão a respeito da existência de nexo ou não (RIO, 1996). 
Através da comunicação do acidente do trabalho (CAT) à Previdência Social 
se dá o primeiro passo para o reconhecimento de qualquer direito ao empregado 
que sofreu acidente do trabalho ou situação legalmente equiparada. (OLIVEIRA, 
2008).
Estabelece o art. 129 da Lei nº 8.213/91 que:
Art. 129. Os litígios e medidas cautelares relativos a acidentes do 
trabalho serão apreciados:
[...]
II - na via judicial, pela Justiça dos Estados e do Distrito Federal, 
segundo o rito sumaríssimo, inclusive durante as férias forenses, 
mediante petição instruída pela prova de efetiva notificação do evento 
à Previdência Social, através de Comunicação de Acidente do Trabalho 
– CAT (BRASIL, 1991).
Deverá ser preenchida a CAT em todos os casos em que ocorrer acidente ou 
doença ocupacional, mesmo que não haja incapacidade ou afastamento do trabalho. 
É sabido, porém, que a subnotificação nos acidentes que não acarretam afastamento 
é grande, até porque é muito difícil o fato ser detectado pela fiscalização.
A seguir, visualiza-se um modelo de CAT estipulado pela Previdência 
Social.
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
104
FONTE: Disponível em: <www.previdenciasocial.gov.br>. Acesso em: 16 nov. 2010.
FIGURA 14 - MODELO CAT
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO
105
ACIDENTES EM ALTA: AGRAVOS SOBEM 13% EM RELAÇÃO AOS REGISTROS 
DE 2007 E ÓBITOS APRESENTAM QUEDA DE 3%.
A nova metodologia da Previdência Social que correlaciona as causas 
de afastamento ao setor de atividade do trabalhador segurado, independente 
da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) feita pelo empregador é o fator 
de maior peso na elevação dos acidentes de trabalho. Apesar de muitas críticas, 
o Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), está fazendo com que muitos agravos 
saiam da invisibilidade e sejam incorporados à realidade ocupacional brasileira. 
Em 2008, houve um aumento de 13,4% dos agravos em relação a 2007. O 
salto foi de 659.523 para 747.663 casos de acidentes e doenças do trabalho. Em 
compensação, o número de mortes relacionadas ao trabalho diminuiu em 3,2% 
de 2007 para 2008. Enquanto que no ano de 2007 foram registrados 2.845 óbitos, 
o último ano contabilizou 2.757 acidentes fatais entre os trabalhadores. É o que 
informa o Ministério da Previdência Social por meio de seu Anuário Estatístico da 
Previdência Social 2008, publicado no final de outubro.
O primeiro resultado oficial da implementação do NTEP na identificação de 
acidentes e doenças do trabalho que antes eram registrados como não acidentários 
saiu no AEPS atual. Isso porque na edição 2007, a Previdência só contabilizou os 
registros da nova sistemática de concessão de benefícios acidentários a partir de 
abril, mês em que o NTEP foi adotado. Ou seja, não havia, até então, uma estatística 
completa (de janeiro a dezembro) das notificações sem CAT registrada. Esse hiato 
de três meses pode explicar o aumento de 43,4% no número de notificações sem 
CAT registrada de 2007 (141.108) para 2008 (202.395). Ao todo, os registros do 
NTEP representam 27,1% do total de agravos brasileiros em 2008.
Para o coordenador de Estatística, Demografia e Atuária do Ministério da 
Previdência Eduardo da Silva Pereira, a introdução do NTEP também repercutiu 
nos encargos do INSS com os auxílios-benefícios. A nova sistemática fez aparecer 
os acidentes de trabalho que estavam escondidos dentro do auxílio-previdenciário. 
Ou seja, o que antes entrava como Auxílio-Previdenciário, agora é visto como 
Auxílio-Doença Acidentário", afirma Eduardo.
Esse redirecionamento das concessões beneficiárias pode ser verificado 
na Evolução do Auxílio-Doença. Mostra que de 2006 (pré-NTEP) para 2008 (pós-
NTEP) houve um aumento de 152,7% no número de concessões acidentárias. Até 
agosto desse ano, o INSS já havia concedido 233.476 auxílios-doença acidentários, 
número esse que pode chegar à marca dos 381.293 benefícios (estimativa do 
Anuário Brasileiro de Proteção, baseada nos dados de janeiro a agosto de 2009, 
projetados até dezembro). Isso representaria um aumento de 7% no número de 
concessões acidentárias de 2008 para 2009. 
LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
106
Reflexos
No que se refere às despesas do governo com essas concessões, a mudança 
também é significativa. De 2007 para 2008, houve um aumento de 14,1% nos custos 
do INSS com as concessões de auxílio-doença e de 23,1% nas de auxílio-acidente. 
O reflexo dessa nova sistemática da Previdência ainda pode ser observado 
no resultado das notificações por unidade federativa, pois todas as regiões 
apresentaram índices maiores na ocorrência de acidentes do trabalho. Considerado 
o maior polo industrial do Brasil, a Região Sudeste respondeu por 55% dos registros 
de acidentes de trabalho do país computados em 2008. 
Somente o Estado de São Paulo notificou 263.613 novos acidentes de 
trabalho. No entanto, esse fato não significa, necessariamente, que ele tenha 
acidentado mais, pois, nessa análise, também devemos considerar o número de 
trabalhadores em atividade, sendo que nesse quesito São Paulo é hegemônico, 
tendo 29,7% da mão de obra de trabalho nacional em seu território. Aliado a isso, 
ainda existe a hipótese de que esteja ocorrendo maior notificação dos agravos por 
parte das empresas deste Estado.
Fatais
Mesma análise não pode ser feita sobre o índice de mortes entre os 
trabalhadores. Isso porque essa informação dificilmente é subnotificada pelas 
empresas. Segundo Eduardo da Silva Pereira, a subnotificação nos casos de 
acidentes fatais é menor em virtude das possíveis consequências judiciais. 
“Podemos dizer que esse dado do Anuário é fidedigno com a realidade. Sabemos 
que o empregador tem a obrigação de informar ao Governo todo e qualquer tipo de 
acidente de trabalho. No entanto, muitas vezes, ele subnotifica essas informações, 
seja por desconhecimento ou mesmo por má-fé. Com isso, o acidente acaba 
passando incólume, o que não acontece com a morte no trabalho, visto que a sua 
omissão pode lhe trazer consequências civis e criminais", frisa. 
Conforme os dados apresentados no AEPS 2008, o Mato Grosso foi o 
Estado que obteve a maior taxa de acidentes fatais por trabalhador. A cada 100 
mil trabalhadores, 21 morreram. Entre as atividades econômicas do país que 
apresentaram o maior índice de registro estão a Indústria de Transformação 
(269.267), o Comércio e a Reparação de Veículos Automotores (99.571), Saúde e 
Serviços Sociais (52.559), Transporte, Armazenagem e Correios (50.281) e, por fim, 
a Construção (49.191). 
No entanto, também houve um percentual significativo de notificações 
sem a caracterização do setor econômico responsável pela ocorrência do acidente. 
Ao todo, foram contabilizados 43.155 registros ignorados, ou seja, sem essa 
informação, sendo que desse número, 36.435 tiveram sua origem no registro sem 
CAT. "Enfrentamos esse problema por dois motivos: pela omissão de informações 
no processo da notificação, por parte do empregador, e pelo fato de que o registro 
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO
107
de uma doença do trabalho sem CAT pode ser reconhecida pelo INSS sem a inclusão 
do CNAE da empresa. Entretanto, o importante é que esse reconhecimento existiu 
e que o trabalhador estará recebendo o que lhe é de direito", reforça o diretor do 
Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da 
Previdência, Remígio Todeschini.
Outro dado importante, e que estásendo publicado pela primeira vez no 
Anuário Brasileiro de Proteção, são os dados sobre a Inspeção em Segurança do 
Trabalho. Somente nesse ano, entre janeiro e agosto, a Fiscalização realizou 101.886 
ações fiscais, o que contemplou um universo de 13.253.462 trabalhadores. Esse 
número, por si só, representa um aumento de 85,3% no percentual de ações fiscais 
de 2008 para 2009. 
FONTE: REVISTA PROTEÇÃO. Acidentes em alta: agravos sobem 13% em relação aos registros 
de 2007 e óbitos apresentam queda de 3%. Disponível em: <http://www.protecao.com.br/site/
content/materias/materia_detalhe.php?pagina=1&id=JyyJJa>. Acesso em: 26 ago. 2010.
108
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
• O acidente do trabalho pode ser definido como aquele que ocorre pelo exercício 
do trabalho provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a 
morte ou a perda ou redução da capacidade permanente ou temporária para o 
trabalho. Integram o conceito de acidente o fato lesivo à saúde física ou mental.
• Dentre os fatores de risco que provocam os acidentes do trabalho, destacam-se: 
eletricidade, máquinas e equipamentos, incêndios, armazenamento e transporte 
de materiais, manuseio de produtos perigosos, ferramentas manuais, entre 
outros.
• Os riscos de acidentes variam para cada ramo de atividade econômica, em 
função de tecnologias utilizadas, condições de trabalho, mão de obra empregada, 
medidas de segurança, dentre outros fatores.
• Quando constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais, 
através de exames médicos ou sendo verificadas alterações, que revelam qualquer 
tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico, caberá ao médico coordenador 
ou encarregado: solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do 
Trabalho – CAT; indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da 
exposição ao risco, ou do trabalho; encaminhar o trabalhador à Previdência Social 
para estabelecimento de nexo causal, avaliação de incapacidade e definição da 
conduta previdenciária em relação ao trabalho; orientar o empregador quanto à 
necessidade da adoção de medidas de controle no ambiente de trabalho.
109
AUTOATIVIDADE
1 Refere-se ao acidente de trabalho:
( ) ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa.
( ) provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte.
( ) acidente que ocorra na hora de descanso do empregado, caso este esteja 
 empregado.
( ) fato lesivo à saúde física ou mental.
2 Caso o empregado infrinja as normas de segurança da empresa e sofra um 
acidente, a empresa não terá responsabilidade e não será caracterizado como 
acidente de trabalho, sendo a culpa do empregado.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
3 O responsável para avaliar se há nexo de causalidade entre o acidente e o trabalho 
é:
( ) Ministério do Trabalho.
( ) Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho.
( ) Técnico de Segurança do Trabalho.
( ) Perito. 
4 A doença é típica quando não há nexo causal presumido, ou seja, terá que ser 
determinada através de perícia.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
5 Não são causas diretas dos acidentes:
( ) combinação de erros humanos.
( ) falhas de equipamentos.
( ) equipe de trabalho.
( ) erros humanos que compreendem falhas ativas, latentes e de recuperação.
6 Nos casos de morte onde não houve risco profissional, e nos casos de morte 
de ordem acidentária a cobertura é automática, de acordo com a Lei nº 6.367/76, 
art. 4º.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
110
7 Quando ocorre um acidente de trabalho, suas consequências podem ser:
( ) simples assistência médica.
( ) perda do emprego.
( ) incapacidade temporária.
( ) incapacidade permanente.
( ) óbito.
8 A CAT também deverá ser enviada nos casos de gestação, a fim da Previdência 
Social tomar conhecimento do afastamento da funcionária. 
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
111
TÓPICO 2
NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO 
PREVIDENCIÁRIO - NTEP
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Analisados os principais aspectos pertinentes aos acidentes do trabalho e 
doenças ocupacionais, cabe verificar as importantes modificações decorrentes da 
Lei nº 11.340, de 26 de dezembro de 2006, instituindo o chamado nexo técnico 
epidemiológico.
O nexo técnico epidemiológico foi estabelecido levando em conta amplos 
estudos científicos, bem como mapeamentos e profundas análises de ordem 
empírica, que possibilitaram a demonstração e indicação de quais são as doenças 
que apresentam elevadas ou significativas incidências estatística nos diferentes 
ramos de atividade econômica, em que os segurados exercem a atividade laboral. 
Com as suas características, o NTEP está diretamente relacionado com as 
chamadas doenças ocupacionais muito mais do que com os acidentes típicos.
2 CONCEITO DE NTEP
A Lei nº 11.430, de 26 de dezembro de 2006, acrescentou o artigo 21-A à Lei 
nº 8.213, introduzindo o conceito do nexo técnico epidemiológico com a seguinte 
redação:
Art. 21. A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza 
acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo 
técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da 
relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora 
da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças - 
CID, em conformidade com o que dispuser o regulamento.
§ 1º A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo 
quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste 
artigo.
§ 2º A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico 
epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, 
da empresa ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência 
Social.
112
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
Esta alteração foi realizada tendo em vista a dificuldade de demonstração 
do nexo causal para a caracterização das doenças profissionais e do trabalho.
Além disso, aponta Garcia (2008) que é frequente o empregador não emitir 
a CAT (art. 22 da Lei nº 8.213/1991) por não reconhecer a natureza ocupacional 
da enfermidade sofrida pelo empregado, gerando a chamada subnotificação dos 
agravos à saúde do trabalho, em manifesto prejuízo ao trabalhador, ao sistema de 
saúde e à sociedade como um todo.
Com a referida Lei nº 11.430/2006, presente o nexo técnico epidemiológico 
(entre o trabalho e o agravo), passa a existir a presunção de que a doença tem 
natureza ocupacional.
Com isso, verificada a existência do referido nexo técnico epidemiológico, 
não mais cabe ao empregado (segurado) provar ou demonstrar que a doença foi 
produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada 
atividade, ou que a doença foi adquirida ou desencadeada em função de condições 
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
Presente o nexo técnico epidemiológico, a presunção é de se tratar de 
doença do trabalho ou profissional. 
Com esta inovação legislativa, o perito médico do INSS ao verificar que 
o agravo que acometeu o segurado é de ocorrência comum em trabalhadores 
que pertencem a determinado segmento econômico, pode presumir a natureza 
acidentária dessa incapacidade, ficando autorizada, assim, a concessão do benefício 
previdenciário-acidentário, independente da emissão da CAT – Comunicação de 
Acidente de Trabalho pela empresa.
Assim, cabe à perícia médica do INSS reconhecer “a incapacidade para o 
trabalho e o nexo entre o trabalho e o agravo”, tornando devidas as “prestações 
acidentárias a que o beneficiário tenha direito” (art. 337, § 5º, do Regulamento da 
Previdência Social).
A presunção da incapacidade acidentária, contudo, não é realizada 
discricionariamente pelo médico perito, mas obtida com base em dados estatísticos 
probabilísticos, através dos quais se verificaque trabalhadores que laboram em 
empresas que desenvolvem certa atividade econômica estão mais suscetíveis 
estatisticamente a adquirir determinadas patologias de origem ocupacional.
Assim, presume-se o nexo causal entre o agravo e o trabalho mediante o 
cruzamento/combinação do CNAE (Código Nacional de Atividade Econômica) 
e a entidade mórbida motivadora da incapacidade (relacionada na Classificação 
Internacional de Doença – CID, em conformidade com a Lista B, do Anexo II, do 
Regulamento da Previdência Social), sendo tal nexo intitulado de epidemiológico 
não por estar atrelado ao estudo de epidemias propriamente dito, mas por ser um 
instrumento de diagnóstico de fenômenos, relacionado ao "estudo da ocorrência, 
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
113
da distribuição e dos determinantes de um agravo à saúde em uma população".
Assim, a Perícia Médica deverá fazer o reconhecimento automático do nexo 
entre a doença ou acidente e o trabalho exercido pelo trabalhador.
No entanto, deve-se alertar que, se a questão estiver sendo discutida 
judicialmente, o perito nomeado pelo juiz também deverá agir do mesmo modo, 
incidindo, normalmente, todas as regras pertinentes ao nexo técnico epidemiológico.
3 METODOLOGIA
Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se 
verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade 
mórbida motivadora da incapacidade, elencada na Classificação Internacional de 
Doenças (CID), em conformidade com a Lista B do Anexo II do Regulamento (art. 
337, § 3º, do Regulamento da Previdência Social – RPS). 
A análise da atividade da empresa deve remontar ao ramo de atividade 
econômica da empresa, devendo ser verificada pela Classificação Nacional de 
Atividade Econômica (CNAE). 
Essa observação é confirmada pela Instrução Normativa INSS 16, de 27 de 
março de 2007 (em vigor a partir de 1 de abril de 2007, conforme arts. 5º, 6º e 11), que 
dispõe sobre procedimentos e rotinas referentes ao nexo técnico epidemiológico 
previdenciário (NTEP), especialmente na previsão do seu art. 2º, § 3º:
Considera-se estabelecido nexo entre o trabalho e o agravo sempre que 
se verificar a ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o ramo de 
atividade econômica da empresa, expressa pela Classificação Nacional 
de Atividade Econômica – CNAE, e a entidade mórbida motivadora da 
incapacidade, relacionada na Classificação Internacional de Doenças, 
em conformidade com o disposto na Lista B do Anexo II do RPS.
Garcia (2008) explica que para a caracterização do nexo causal, ou seja, 
para a constatação da natureza ocupacional da doença, há três formas (espécies):
• ocorrência de nexo epidemiológico entre o ramo de atividade econômica da 
empresa (expressa pela Classificação Nacional de Atividade Econômica – 
CNAE) e a entidade motivadora da incapacidade (relacionada na Classificação 
Internacional de Doenças), em conformidade com a Lista B do Anexo II do 
Regulamento da Previdência Social;
• constatação de que o agravo decorre de agente etiológico ou fator de risco de 
natureza ocupacional na Lista A do Anexo II do RPS, presente nas atividades 
econômicas do empregador, cujo segurado tenha sido exposto, ainda que parcial 
ou indiretamente;
114
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
• verificação da hipótese excepcional, prevista no art. 20, § 2º, da Lei nº 8.213/1991, 
em que a doença não se encontra incluída na relação prevista nos incisos I e 
II do art. 20 da Lei nº 8.213/1991, mas resultou das condições especiais em 
que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, caso em que a 
Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Na primeira modalidade, o nexo causal entre o trabalho e o agravo 
é estabelecido pela verificação do nexo técnico epidemiológico (NTE), que é 
estabelecido levando em conta o ramo de atividade econômica da empresa 
(conforme CNAE) e a entidade motivadora da incapacidade (conforme CID).
Nessa primeira hipótese, destaca Garcia (2008) que o parâmetro é a Lista B 
do Anexo II do regulamento da Previdência Social, que arrola as diversas “Doenças 
Relacionadas com o Trabalho”.
Nesse caso, o nexo causal apenas gera presunção relativa da natureza 
ocupacional do agravo. Por isso, nessa primeira situação, o empregador pode 
eliminar essa presunção, ou seja, a empresa pode demonstrar a ausência de nexo 
causal entre o agravo e o trabalho, provando que a doença não tem natureza 
ocupacional.
Veja a seguir a Lista B do Anexo II do Regulamento da Previdência Social 
(com redação dada pelo Decreto nº 6.042/2007), ao final de cada agrupamento 
de doenças relacionadas com o trabalho estão indicados intervalos de CID-10 
em que se reconhece nexo técnico epidemiológico, na forma do § 3º do art. 37 
do Regulamento da Previdência Social, entre a entidade mórbida e as classes de 
CNAE, nelas incluídas todas as subclasses cujos quatro dígitos sejam comuns.
A instituição do nexo técnico epidemiológico previdenciário (NTEP) não 
desobriga a empresa da emissão da CAT, conforme a previsão dos arts. 19 a 23 da Lei nº 
8.213/1991.
NOTA
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
115
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
I - Tuberculose (A15-A19.-)
Exposição ocupacional ao Mycobacterium tuberculosis 
(Bacilo de Koch) ou Mycobacterium bovis, em atividades 
em laboratórios de biologia, e atividades realizadas por 
pessoal de saúde, que propiciam contato direto com 
produtos contaminados ou com doentes cujos exames 
bacteriológicos são positivos (Z57.8) (Quadro XXV)
Hipersuscetibilidade do trabalhador exposto a poeiras de 
sílica (Sílico-tuberculose) (J65.-)
II - Carbúnculo (A22.-)
Zoonose causada pela exposição ocupacional ao Bacillus 
anthracis, em atividades suscetíveis de colocar os 
trabalhadores em contato direto com animais infectados 
ou com cadáveres desses animais; trabalhos artesanais ou 
industriais com pelos, pele, couro ou lã. (Z57.8) (Quadro 
XXV)
III - Brucelose (A23.-)
Zoonose causada pela exposição ocupacional a Brucella 
melitensis, B. abortus, B. suis, B. canis etc., em atividades 
em abatedouros, frigoríficos, manipulação de produtos 
de carne; ordenha e fabricação de laticínios e atividades 
assemelhadas. (Z57.8) (Quadro XXV)
IV - Leptospirose (A27.-)
Exposição ocupacional a Leptospira icterohaemorrhagiae 
(e outras espécies), em trabalhos expondo ao contato direto 
com águas sujas, ou efetuado em locais suscetíveis de serem 
sujos por dejetos de animais portadores de germes; trabalhos 
efetuados dentro de minas, túneis, galerias, esgotos em 
locais subterrâneos; trabalhos em cursos d’água; trabalhos 
de drenagem; contato com roedores; trabalhos com animais 
domésticos, e com gado; preparação de alimentos de origem 
animal, de peixes, de laticínios, etc. (Z57.8) (Quadro XXV)
 ANEXO II
AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO 
TRABALHO, CONFORME PREVISTO NO ART. 20 DA LEI No 8.213, DE 1991
.....................................................................................................................................
LISTA B
Notas:
1 - Ao final de cada agrupamento estão indicados intervalos de CID-10 em que se 
reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma do § 1o do art. 337, entre a entidade 
mórbida e as classes de CNAE indicadas, nelas incluídas todas as subclasses cujos quatro 
dígitos iniciais sejam comuns.
2 - As doenças e respectivos agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza 
ocupacional listados são exemplificativos e complementares.
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS RELACIONADAS COM O TRABALHO 
(Grupo I da CID-10)
116
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
V - Tétano (A35.-)Exposição ao Clostridium tetani, em circunstâncias de 
acidentes do trabalho na agricultura, na construção civil, 
na indústria, ou em acidentes de trajeto (Z57.8) (Quadro 
XXV)
VI - Psitacose, Ornitose, Doença dos 
Tratadores de Aves (A70.-)
Zoonoses causadas pela exposição ocupacional a 
Chlamydia psittaci ou Chlamydia pneumoniae, em 
trabalhos em criadouros de aves ou pássaros, atividades 
de Veterinária, em zoológicos, e em laboratórios 
biológicos, etc. (Z57.8) (Quadro XXV)
VII - Dengue [Dengue Clássico] 
(A90.-)
Exposição ocupacional ao mosquito (Aedes aegypti), 
transmissor do arbovírus da dengue, principalmente em 
atividades em zonas endêmicas, em trabalhos de saúde 
pública, e em trabalhos de laboratórios de pesquisa, entre 
outros.
(Z57.8) (Quadro XXV)
VIII - Febre Amarela (A95.-)
Exposição ocupacional ao mosquito (Aedes aegypti), 
transmissor do arbovírus da Febre Amarela, 
principalmente em atividades em zonas endêmicas, em 
trabalhos de saúde pública, e em trabalhos de laboratórios 
de pesquisa, entre outros. (Z57.8) (Quadro XXV)
IX - Hepatites Virais (B15-B19.-)
Exposição ocupacional ao Vírus da Hepatite A (HAV); 
Vírus da Hepatite B (HBV); Vírus da Hepatite C (HCV); 
Vírus da Hepatite D (HDV); Vírus da Hepatite E (HEV), 
em trabalhos envolvendo manipulação, acondicionamento 
ou emprego de sangue humano ou de seus derivados; 
trabalho com “águas usadas” e esgotos; trabalhos em 
contato com materiais provenientes de doentes ou objetos 
contaminados por eles. (Z57.8) (Quadro XXV)
X - Doença pelo Vírus da 
Imunodeficiência Humana (HIV) 
(B20-B24.-)
Exposição ocupacional ao Vírus da Imunodeficiência 
Humana (HIV), principalmente em trabalhadores da 
saúde, em decorrência de acidentes pérfuro-cortantes 
com agulhas ou material cirúrgico contaminado, e 
na manipulação, acondicionamento ou emprego de 
sangue ou de seus derivados, e contato com materiais 
provenientes de pacientes infectados. (Z57.8) (Quadro 
XXV)
XI - Dermatofitose (B35.-) e Outras 
Micoses Superficiais (B36.-)
Exposição ocupacional a fungos do gênero 
Epidermophyton, Microsporum e Trichophyton, em 
trabalhos em condições de temperatura elevada e 
umidade (cozinhas, ginásios, piscinas) e outras situações 
específicas de exposição ocupacional. (Z57.8) (Quadro 
XXV)
XII - Candidíase (B37.-)
Exposição ocupacional a Candida albicans, Candida 
glabrata, etc., em trabalhos que requerem longas imersões 
das mãos em água e irritação mecânica das mãos, tais 
como trabalhadores de limpeza, lavadeiras, cozinheiras, 
entre outros. (Z57.8) (Quadro XXV)
XIII - Paracoccidioidomicose 
(Blastomicose Sul Americana, 
Blastomicose Brasileira, Doença de 
Lutz) (B41.-)
Exposição ocupacional ao Paracoccidioides brasiliensis, 
principalmente em trabalhos agrícolas ou florestais e em 
zonas endêmicas. (Z57.8) (Quadro XXV)
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
117
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
XIV - Malária (B50 - B54.-)
Exposição ocupacional ao Plasmodium malariae; 
Plasmodium vivax; Plasmodium falciparum ou outros 
protozoários, principalmente em atividades de mineração, 
construção de barragens ou rodovias, em extração de 
petróleo e outras atividades que obrigam a entrada dos 
trabalhadores em zonas endêmicas (Z57.8) (Quadro XXV)
XV - Leishmaniose Cutânea (B55.1) 
ou Leishmaniose Cutâneo-Mucosa 
(B55.2)
Exposição ocupacional à Leishmania braziliensis, 
principalmente em trabalhos agrícolas ou florestais e 
em zonas endêmicas, e outras situações específicas de 
exposição ocupacional. (Z57.8) (Quadro XXV)
INTERVALO CID-10 CNAE
A15-A19 0810 1091 1411 1412 1533 1540 2330 3011 3701 3702 3811 3812 
3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4222 4223 4291 4299 4312 
4321 4391 4399 4687 4711 4713 4721 4741 4742 4743 4744 4789 
4921 4923 4924 4929 5611 7810 7820 7830 8121 8122 8129 8610 
9420 9601
NEOPLASIAS (TUMORES) RELACIONADOS COM O TRABALHO 
(GRUPO II da CID-10)
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
I - Neoplasia maligna do estômago 
(C16.-)
Asbesto ou Amianto (X49.-; Z57.2)(Quadro II)
II - Angiossarcoma do fígado (C22.3) 
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X48.-; X49.; Z57.5) 
(Quadro I)
2. Cloreto de Vinila (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
III - Neoplasia maligna do pâncreas 
(C25.-)
1. Cloreto de Vinila (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
2. Epicloridrina (X49.-; Z57.5)
3. Hidrocarbonetos alifáfitos e aromáticos na Indústria do 
Petróleo (X46.-; Z57.5)
IV - Neoplasia maligna da cavidade 
nasal e dos seios paranasais (C30-C31.-)
1. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)(Quadro XXIV)
2. Níquel e seus compostos (X49.-; Z57.5)
3. Poeiras de madeira e outras poeiras orgânicas da 
indústria do mobiliário (X49.-; Z57.2)
4. Poeiras da indústria do couro (X49.-; Z57.2)
5. Poeiras orgânicas (na indústria têxtil e em padarias) 
(X49.-; Z57.2)
6. Indústria do petróleo (X46.-; Z57.5)
V - Neoplasia maligna da laringe 
(C32.-)
Asbesto ou Amianto (Z57.2) (Quadro II) 
118
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
VI - Neoplasia maligna dos brônquios e 
do pulmão (C34.-)
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X48.-; X49.-; Z57.4 e 
Z57.5) (Quadro I)
2. Asbesto ou Amianto (X49.-; Z57.2) (Quadro II)
3. Berílio (X49.-; Z57.5) (Quadro IV)
4. Cádmio ou seus compostos (X49.-; Z57.5) (Quadro VI)
5. Cromo e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
X)
6. Cloreto de Vinila (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
7. Clorometil éteres (X49.-; Z57.5) (Quadro XIII)
8. Sílica-livre (Z57.2) (Quadro XVIII)
9. Alcatrão, breu, betume, hulha mineral, parafina e 
produtos de resíduos dessas substâncias (X49.-; Z57.5) 
(Quadro XX)
10. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
11. Emissões de fornos de coque (X49.-; Z57.5)
12. Níquel e seus compostos (X49.-; Z57.5)
13. Acrilonitrila (X49.-; Z57.5)
14. Indústria do alumínio (fundições) (X49.-; Z57.5)
15. Neblinas de óleos minerais (óleo de corte) (X49.-; Z57.5)
16. Fundições de metais (X49.-; Z57.5)
17. 
VII - Neoplasia maligna dos ossos e 
cartilagens articulares dos membros 
(Inclui “Sarcoma Ósseo”) (C40.-) 
Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
VIII - Outras neoplasias malignas da 
pele (C44.-)
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro I)
2. Alcatrão, breu, betume, hulha mineral, parafina e 
produtos de resíduos dessas substâncias causadores de 
epiteliomas da pele (X49.-; Z57.5) (Quadro XX)
3. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
4. Radiações ultravioletas (W89; Z57.1)
IX - Mesotelioma (C45.-):Mesotelioma 
da pleura (C45.0), Mesotelioma do 
peritônio (C45.1) e Mesotelioma do 
pericárdio (C45.2)
Asbesto ou Amianto (X49.-; Z57.2) (Quadro II)
X - Neoplasia maligna da bexiga (C67.-)
1. Alcatrão, breu, betume, hulha mineral, parafina e produtos 
de resíduos dessas substâncias (X49.-; Z57.5 (Quadro XX)
2. Aminas aromáticas e seus derivados (Beta-naftilamina, 
2-cloroanilina, benzidina, o-toluidina, 4-cloro-orto-toluidina 
(X49.-; Z57.5)
3. Emissões de fornos de coque (X49.-; Z57.5)
XI - Leucemias (C91-C95.-)
1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro III)
2. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
3. Óxido de etileno (X49.-; Z57.5)
4. Agentes antineoplásicos (X49.-; Z57.5)
5. Campos eletromagnéticos (W90.-; Z57.5)
6. Agrotóxicos clorados (Clordane e Heptaclor) (X48.-; 
Z57.4)
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
119
DOENÇAS DO SANGUE E DOS ÓRGÃOS HEMATOPOÉTICOS 
RELACIONADAS COM O TRABALHO (Grupo III da CID-10) 
DOENÇAS AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL
I - Síndromes Mielodisplásicas (D46.-)
1. Benzeno (X46.-;Z57.5) (Quadro III)
2. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
II - Outras anemias devidas a transtornos 
enzimáticos (D55.8)
Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) 
(Quadro VIII)
III - Anemia Hemolítica adquirida (D59.2)
Derivados nitrados e aminados do Benzeno (X46.-; 
Z57.5)
IV - Aplástica devida a outros agentes 
externos (D61.2)
1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro III)
2. Radiações ionizantes (W88.-) (Quadro XXIV)
V - Anemia Aplástica não especificada, Anemia 
hipoplástica SOE, Hipoplasia medular (D61.9)
1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro III)
2. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
VI - Anemia Sideroblástica secundária a toxinas 
(Inclui “Anemia Hipocrômica, Microcítica, com 
Reticulocitose”) (D64.2)
Chumbo ou seus compostos tóxicos (X46.-; Z57.5) 
(Quadro VIII)
VII - Púrpura e outras manifestações 
hemorrágicas (D69.-)
1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro III)
2. Cloreto de Vinila (X46.-) (Quadro XIII)
3. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
VIII - Agranulocitose (Neutropenia tóxica) 
(D70) 
1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro III)
2. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
3. Derivados do Fenol, Pentaclorofenol, 
Hidroxibenzonitrilo (X49.-; XZ57.5)
IX - Outros transtornos especificados 
dos glóbulos brancos: leucocitose, reação 
leucemóide (D72.8)
1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro III)
2. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro 
XXIV)
X - Metahemoglobinemia (D74.-) Aminas aromáticas e seus derivados (X49.-; Z57.5)
DOENÇAS ENDÓCRINAS, NUTRICIONAIS E METABÓLICAS 
RELACIONADAS COM O TRABALHO (Grupo IV da CID-10) 
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
I - Hipotireoidismo devido a 
substâncias exógenas (E03.-)
 
1. Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
VIII)
2. Hidrocarbonetos halogenados (Clorobenzeno e seus 
derivados) (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
3. Tiuracil (X49.-; Z57.5)
4. Tiocinatos (X49.-; Z57.5)
Tiuréia (X49.-; Z57.5)
II - Outras Porfirias (E.80.2) 
Clorobenzeno e seus derivados (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 
XIII)
120
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
INTERVALO CID-10 CNAE
E10-E14 1091 3600 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 
4213 4222 4223 4291 4292 4299 4313 4319 4329 4399 4721 4921 
4922 4923 4924 4929 4930 5030 5231 5239 8011 8012 8020 8030 
8121 8122 8129 8411 9420 
TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO RELACIONADOS 
COM O TRABALHO (Grupo V da CID-10) 
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
I - Demência em outras doenças 
específicas classificadas em outros locais 
(F02.8) 
1. Manganês X49.-; Z57.5) (Quadro XV)
2. Substâncias asfixiantes: CO, H2S, etc. (sequela) (X47.-; 
Z57.5) (Quadro XVII)
3. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)
II - Delirium, não sobreposto a demência, 
como descrita (F05.0)
1. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)
2. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)
III - Outros transtornos mentais 
decorrentes de lesão e disfunção 
cerebrais e de doença física (F06.-): 
Transtorno Cognitivo Leve (F06.7)
1. Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos (X46.-
; Z57.5) (Quadro III)
2. Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) 
(Quadro VIII)
3. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tricloroetano e outros 
solventes orgânicos halogenados neurotóxicos (X46.-; Z57.5) 
(Quadro XIII)
4. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)
5. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) 
(Quadro XV)
6. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro XVI)
7. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)
8. Outros solventes orgânicos neurotóxicos (X46.-; X49.-; 
Z57.5)
IV - Transtornos de personalidade e de 
comportamento decorrentes de doença, 
lesão e de disfunção de personalidade 
(F07.-): Transtorno Orgânico de 
Personalidade (F07.0); Outros 
transtornos de personalidade e de 
comportamento decorrentes de doença, 
lesão ou disfunção cerebral (F07.8)
1. Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos (X46.-
; Z57.5) (Quadro III)
2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tricloroetano e outros 
solventes orgânicos halogenados neurotóxicos (X46.-; Z57.5) 
(Quadro XIII)
3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)
4. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) 
(Quadro XV)
5. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro XVI)
6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)
7. Outros solventes orgânicos neurotóxicos (X46.-; X49.-; 
Z57.5) 
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
121
V - Transtorno Mental Orgânico ou 
Sintomático não especificado (F09.-) 
1. Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos (X46.-
; Z57.5) (Quadro III)
2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tricloroetano e outros 
solventes orgânicos halogenados neurotóxicos (X46.-; Z57.5) 
(Quadro XIII)
3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
4. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) 
(Quadro XV)
5. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro XVI)
6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)
7. Outros solventes orgânicos neurotóxicos (X46.-; X49.-; 
Z57.5)
VI - Transtornos mentais e 
comportamentais devidos ao uso 
do álcool: Alcoolismo Crônico 
(Relacionado com o Trabalho) (F10.2) 
1. Problemas relacionados com o emprego e com o 
desemprego: Condições difíceis de trabalho (Z56.5)
2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96)
VII - Episódios Depressivos (F32.-)
1. Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos (X46.-
; Z57.5) (Quadro III)
2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tricloroetano e outros 
solventes orgânicos halogenados neurotóxicos (X46.-; Z57.5) 
(Quadro XIII)
3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)
4. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) 
(Quadro XV)
5. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro XVI)
6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)(Quadro XIX)
7. Outros solventes orgânicos neurotóxicos (X46.-; X49.-; 
Z57.5)
VIII - Reações ao “Stress” Grave e 
Transtornos de Adaptação (F43.-): Estado 
de “Stress” Pós-Traumático (F43.1) 
1. Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com 
o trabalho : reação após acidente do trabalho grave ou 
catastrófico, ou após assalto no trabalho (Z56.6)
2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96)
IX - Neurastenia (Inclui “Síndrome de 
Fadiga”) (F48.0) 
1. Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos (X46.-
; Z57.5) (Quadro III)
2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tricloroetano e outros 
solventes orgânicos halogenados (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)
4. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) 
(Quadro XV)
5. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro XVI)
6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)
7. Outros solventes orgânicos neurotóxicos (X46.-; X49.-; 
Z57.5)
X - Outros transtornos neuróticos 
especificados (Inclui “Neurose 
Profissional”) (F48.8) 
Problemas relacionados com o emprego e com o 
desemprego (Z56.-): Desemprego (Z56.0); Mudança de 
emprego (Z56.1); Ameaça de perda de emprego (Z56.2); 
Ritmo de trabalho penoso (Z56.3); Desacordo com patrão e 
colegas de trabalho (Condições difíceis de trabalho) (Z56.5); 
Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o 
trabalho (Z56.6)
122
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
INTERVALO CID-10 CNAE
F10-F19
0710 0990 1011 1012 1013 1220 1532 1622 1732 1733 2211 2330 
2342 2451 2511 2512 2531 2539 2542 2543 2593 2814 2822 2840 
2861 2866 2869 2920 2930 3101 3102 3329 3600 3701 3702 3811 
3812 3821 38223839 3900 4120 4211 4213 4221 4292 4299 4313 
4319 4321 4329 4399 4520 4912 4921 5030 5212 5221 5222 5223 
5229 5231 5232 5239 5250 5310 6423 7810 7820 7830 8121 8122 
8129 8411 8423 8424 9420 
F20-F29
0710 0990 1011 1012 1013 1031 1071 1321 1411 1412 2330 2342 
2511 2543 2592 2861 2866 2869 2942 3701 3702 3811 3812 3821 
3822 3839 3900 4120 4211 4213 4222 4223 4291 4292 4299 4312 
4391 4399 4921 4922 4923 4924 4929 5212 5310 6423 7732 7810 
7820 7830 8011 8012 8020 8030 8121 8122 8129 8423 9420
F30-F39
0710 0892 0990 1011 1012 1013 1031 1220 1311 1313 1314 1321 
1330 1340 1351 1359 1411 1412 1413 1422 1531 1532 1540 2091 
2123 2511 2710 2751 2861 2930 2945 3299 3600 4636 4711 4753 
4756 4759 4762 4911 4912 4921 4922 4923 4924 4929 5111 5120 
5221 5222 5223 5229 5310 5620 6110 6120 6130 6141 6142 6143 
6190 6311 6422 6423 6431 6550 8121 8122 8129 8411 8413 8423 
8424 8610 8711 8720 8730 8800 
F40-F48
0710 0990 1311 1321 1351 1411 1412 1421 1532 2945 3600 4711 
4753 4756 4759 4762 4911 4912 4921 4922 4923 4924 4929 5111 
5120 5221 5222 5223 5229 5310 6110 6120 6130 6141 6142 6143 
6190 6311 6422 6423 8011 8012 8020 8030 8121 8122 8129 8411 
8423 8424 8610 
DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO RELACIONADAS COM O 
TRABALHO 
 (Grupo VI da CID-10) 
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
I - Ataxia Cerebelosa (G11.1) 
Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro XVI)
II - Parkisonismo Secundário devido a 
outros agentes externos (G21.2)
Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) 
(Quadro XV) 
III - Outras formas especificadas de 
tremor (G25.2) 
1. Brometo de metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)
2. Tetracloroetano (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
3. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro XVI)
4. Outros solventes orgânicos neurotóxicos (X46.-; X49.-; 
Z57.5)
XI - Transtorno do Ciclo Vigília-Sono 
Devido a Fatores Não-Orgânicos 
(F51.2)
1. Problemas relacionados com o emprego e com o 
desemprego: Má adaptação à organização do horário de 
trabalho (Trabalho em Turnos ou Trabalho Noturno) (Z56.6)
2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96) 
XII - Sensação de Estar Acabado 
(“Síndrome de Burn-Out”, “Síndrome do 
Esgotamento Profissional”) (Z73.0)
1. Ritmo de trabalho penoso (Z56.3) 
2. Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o 
trabalho (Z56.6)
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
123
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
IV - Transtorno extrapiramidal do 
movimento não especificado (G25.9)
 
1. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro XVI)
2. Cloreto de metileno (Diclorometano) e outros solventes 
halogenados neurotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
V - Distúrbios do Ciclo Vigília-Sono 
(G47.2)
Problemas relacionados com o emprego e com o 
desemprego: Má adaptação à organização do horário de 
trabalho (Trabalho em Turnos ou Trabalho Noturno) (Z56.6) 
VI - Transtornos do nervo trigêmio 
(G50.-) 
Tricloroetileno e outros solventes halogenados 
neurotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
VII - Transtornos do nervo olfatório 
(G52.0) (Inclui “Anosmia”)
1. Cádmio ou seus compostos (X49.-; Z57.5) (Quadro VI)
2. Sulfeto de hidrogênio (X49.-; Z57.5) (Quadro XVII)
3. 
VIII -Transtornos do plexo braquial 
(Síndrome da Saída do Tórax, Síndrome 
do Desfiladeiro Torácico) (G54.0)
Posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8)
IX - Mononeuropatias dos Membros 
Superiores (G56.-): Síndrome do Túnel 
do Carpo (G56.0); Outras Lesões do 
Nervo Mediano: Síndrome do Pronador 
Redondo (G56.1); Síndrome do Canal 
de Guyon (G56.2); Lesão do Nervo 
Cubital (ulnar): Síndrome do Túnel 
Cubital(G56.2); Lesão do Nervo Radial 
(G56.3); Outras Mononeuropatias dos 
Membros Superiores: Compressão do 
Nervo Supra-escapular (G56.8)
Posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8)
X - Mononeuropatias do membro 
inferior (G57.-): Lesão do Nervo 
Poplíteo Lateral (G57.3)
Posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8)
XI - Polineuropatia devida a outros 
agentes tóxicos (G62.2)
 
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro I)
2. Chumbo e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
VIII)
3. Fósforo (X48.-; X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XII)
4. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)(Quadro XIX)
5. n-Hexano (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII) 
6. Metil-n-Butil Cetona (MBK) (X46.-; Z57.5)
XII - Polineuropatia induzida pela 
radiação (G62.8) 
Radiações ionizantes (X88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
XIII - Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1)
 
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro I)
2. Chumbo e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
VIII)
3. Hidrocarbonetos alifáticos ou aromáticos (seus derivados 
halogenados neurotóxicos) (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
4. Mercúrio e seus derivados tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro XVI)
124
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
INTERVALO CID-10 CNAE
G40-G47
0113 0210 0220 0810 1011 1012 1013 1321 1411 1412 1610 1621 
1732 1733 1931 2330 2342 2511 2539 2861 3701 3702 3811 3812 
3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4222 4223 4291 4292 
4299 4313 4319 4399 4921 4922 4923 4924 4929 4930 5212 8011 
8012 8020 8030 8121 8122 8129
G50-G59
0155 1011 1012 1013 1062 1093 1095 1313 1351 1411 1412 1421 
1529 1531 1532 1533 1539 1540 2063 2123 2211 2222 2223 2229 
2349 2542 2593 2640 2710 2759 2944 2945 3240 3250 4711 5611 
5612 5620 6110 6120 6130 6141 6142 6143 6190 6422 6423 8121 
8122 8129 8610
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
XIV - Encefalopatia Tóxica Crônica 
(G92.2)
 
1. Tolueno e Xileno (X46.-; Z57.5) (Quadro III)
2. Chumbo e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
VIII)
3. Solventes orgânicos halogenados neurotóxicos (X46.-; 
Z57.5) (Quadro XIII)
4. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
XVI) 
5. Substâncias asfixiantes: CO, H2S, etc. (seqüela) (X47.-; 
Z57.5) (Quadro XVII)
Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)
DOENÇAS DO OLHO E ANEXOS RELACIONADAS COM O TRABALHO 
(Grupo VII da CID-10) 
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
I - Blefarite (H01.0) 
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.4 e 
Z57.5) (Quadro I)
2. Radiações Ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
3. Cimento (X49.-; Z57.2)
II - Conjuntivite (H10)
 
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.4 e 
Z57.5) (Quadro I)
2. Berílio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
IV)
3. Flúor e seus compostos tóxicos (X49.-) (Quadro XI)
4. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro XIV)
5. Cloreto de etila (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
6. Tetracloreto de carbono (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
7. Outros solventes halogenados tóxicos (X46.-; Z57.4 e 
Z57.5) (Quadro XIII)
8. Ácido sulfídrico (Sulfeto de hidrogênio) (X49.-; Z57.5) 
(Quadro XVII)
9. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
10. Radiações Ultravioletas (W89; Z57.1
11. Acrilatos (X49.-; Z57.5)
12. Cimento (X49.-; Z57.2)
13. Enzimas de origem animal, vegetal ou bacteriana 
(X44.-; Z57.2)
14. Furfural e Álcool Furfurílico (X45.-; Z57.5) 
15. Isocianatos orgânicos (X49.-; Z57.5)
16. Selênio e seus compostos (X49.-; Z57.5) 
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
125
INTERVALO CID-10 CNAE
H53-H54
0210 0220 0810 1071 1220 1610 1622 2330 2342 3701 37023811 
3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4212 4213 4222 4223 4291 
4299 4312 4313 4319 4321 4329 4391 4399 4741 4742 4743 4744 
4789 4921 4922 4923 4924 4929 4930 8011 8012 8020 8030 8121 
8122 8129 
III - Queratite e Queratoconjuntivite 
(H16)
 
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro I)
2. Ácido sulfídrico (Sulfeto de hidrogênio) (X49.-; Z57.5) 
(Quadro XVII)
3. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
4. Radiações Infravermelhas (W90.-; Z57.1)
5. Radiações Ultravioletas (W89.-; Z57.1)
IV - Catarata (H28) 
1. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
2. Radiações Infravermelhas (W90.-; Z57.1)
V - Inflamação Coriorretiniana (H30) 
Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
XV)
VI - Neurite Óptica (H46) 
1. Brometo de metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)
2. Cloreto de metileno (Diclorometano) e outros solventes 
clorados neurotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
3. Tetracloreto de carbono (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
4. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)
5. Metanol (X45.-; Z57.5)
VII -Distúrbios visuais subjetivos (H53.-) 
1. Brometo de metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)
2. Cloreto de metileno e outros solventes clorados 
neurotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
DOENÇAS DO OUVIDO RELACIONADAS COM O TRABALHO 
(Grupo VIII da CID-10) 
 DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
I - Otite Média não-supurativa (H65.9)
1. “Ar Comprimido” (W94.-; Z57.8) (Quadro XXIII)
2. Pressão atmosférica inferior à pressão padrão (W94.-; 
Z57.8)
II -Perfuração da Membrana do 
Tímpano (H72 ou S09.2)
1. “Ar Comprimido” (W94.-; Z57.8) (Quadro XXIII)
2. Pressão atmosférica inferior à pressão padrão (W94.-; 
Z57.8) 
III - Outras vertigens periféricas 
(H81.3) 
Cloreto de metileno e outros solventes halogenados tóxicos 
(X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
IV - Labirintite (H83.0) 
1. Brometo de metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)
2. “Ar Comprimido” (W94.-; Z57.8) (Quadro XXIII)
V - Efeitos do ruído sobre o ouvido 
interno/ Perda da Audição Provocada 
pelo Ruído e Trauma Acústico (H83.3)
Exposição ocupacional ao Ruído (Z57.0; W42.-) (Quadro 
XXI)
VI - Hipoacusia Ototóxica (H91.0)
1. Homólogos do Benzeno otoneurotóxicos (Tolueno e 
Xileno) (X46.-; Z57.5) (Quadro III)
2. Solventes orgânicos otoneurotóxicos (X46.-; Z57.8) 
(Quadro XIII)
126
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO RELACIONADAS COM O 
TRABALHO (Grupo IX da CID-10)
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
I - Hipertensão Arterial (I10.-)
1. Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
VIII)
2. Exposição ocupacional ao Ruído (Z57.0; X42.-) (Quadro 
XXI)
3. Problemas relacionados com o emprego e com o 
desemprego (Z56.-)
II - Angina Pectoris (I20.-) 
1. Monóxido de Carbono (X47.-; Z57.5) (Quadro XVII)
2. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)
3. Nitroglicerina e outros ésteres do ácido nítrico (X49.-; 
Z57.5)
4. Problemas relacionados com o emprego e com o 
desemprego (Z56.-)
III - Infarto Agudo do Miocárdio (I21.-) 
1. Monóxido de Carbono (X47.-; Z57.5) (Quadro XVII)
2. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)
3. Nitroglicerina e outros ésteres do ácido nítrico (X49.-; 
Z57.5)
4. Problemas relacionados com o emprego e com o 
desemprego (Z56.-) 
IV - Cor Pulmonale SOE ou Doença 
Cardio-Pulmonar Crônica (I27.9)
Complicação evolutiva das pneumoconioses graves, 
principalmente Silicose (Z57.2) (Quadro XVIII)
V - Placas epicárdicas ou pericárdicas 
(I34.8)
Asbesto ou Amianto (W83.-; Z57.2) (Quadro II)
 
VII - Otalgia e Secreção Auditiva 
(H92.-): Otalgia (H92.0), Otorréia 
(H92.1) ou Otorragia (H92.2)
“Ar Comprimido” (W94.-; Z57.8) (Quadro XXIII)
VIII - Outras percepções auditivas 
anormais: Alteração Temporária do 
Limiar Auditivo, Comprometimento 
da Discriminação Auditiva e 
Hiperacusia (H93.2)
Exposição ocupacional ao Ruído (Z57.0; X42.-) (Quadro XXI)
IX - Outros transtornos especificados 
do ouvido (H93.8)
1. Brometo de metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)
2. “Ar Comprimido” (W94.-; Z57.8) (Quadro XXIII)
X - Otite Barotraumática (T70.0) 
1. “Ar Comprimido” (W94.-; Z57.8) (Quadro XXIII)
2. Alterações na pressão atmosférica ou na pressão da água 
no ambiente (W94.-; Z57.8)
XI - Sinusite Barotraumática (T70.1) 
1. “Ar Comprimido” (W94.-; Z57.8) (Quadro XXIII)
2. Alterações na pressão atmosférica ou na pressão da água 
no ambiente (W94.-)
XII - “Mal dos Caixões” (Doença de 
Descompressão) (T70.4) 
1. “Ar Comprimido” (W94.-; Z57.8)(Quadro XXIII)
2. Alterações na pressão atmosférica ou na pressão da água 
no ambiente (W94.-; Z57.8)
XIII - Síndrome devida ao 
deslocamento de ar de uma explosão 
(T70.8)
1. “Ar Comprimido” (W94.-; Z57.8) (Quadro XXIII)
2. Alterações na pressão atmosférica ou na pressão da 
água no ambiente (W94.-; Z57.8)
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
127
VI - Parada Cardíaca (I46.-) 
1. Derivados halogenados dos hidrocarbonetos alifáticos 
(X46.-) (Quadro XIII)
2. Monóxido de Carbono (X47.-; Z57.5) (Quadro XVII)
3. Outros agentes potencialmente causadores de arritmia 
cardíaca (Z57.5)
 
VII - Arritmias cardíacas (I49.-)
 
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.5) (Quadro 
I)
2. Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
VIII)
3. Derivados halogenados dos hidrocarbonetos alifáticos 
(X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
4. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
XVI)
5. Monóxido de Carbono (X47.-; Z57.5) (Quadro XVII)
6. Agrotóxicos organofosforados e carbamatos (X48; Z57.4) 
(Quadros XII e XXVII)
7. Exposição ocupacional a Cobalto (X49.-; Z57.5) 
8. Nitroglicerina e outros ésteres do ácido nítrico (X49.-; 
Z57.5)
9. Problemas relacionados com o emprego e com o 
desemprego (Z56.-)
VIII - Ateroesclerose (I70.-) e Doença 
Ateroesclerótica do Coração (I25.1)
Sulfeto de carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)
IX - Síndrome de Raynaud (I73.0) 
1. Cloreto de vinila (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7) (Quadro XXII)
3. Trabalho em baixas temperaturas (frio) (W93.-; Z57.6)
X - Acrocianose e Acroparestesia (I73.8) 
1. Cloreto de vinila (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7) (Quadro XXII)
3. Trabalho em baixas temperaturas (frio) (W93.-; Z57.6)
INTERVALO CID-10 CNAE
I05-I09 4921
I10-I15 0111 1411 1412 4921 4922 4923 4924 4929 5111 5120 
I20-I25
1621 4120 4211 4213 4221 4222 4223 4291 4299 4329 4399 4921 
4922 4930 6110 6120 6130 6141 6142 6143 6190 
I30-I52
0113 0210 0220 0810 1011 1012 1013 1061 1071 1411 1412 1610 
1931 2029 2330 2342 3600 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 
3900 4120 4211 4213 4222 4223 4291 4292 4299 4312 4313 4319 
4391 4399 4621 4622 4623 4921 4922 4923 4924 4929 4930 8121 
8122 8129 8411 9420 
I60-I69
0810 1071 2330 2342 3600 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 
3900 4120 4211 4213 4222 4223 4291 4299 4312 4313 4319 4321 
4391 4399 4921 4922 4923 4924 4929 4930 8112 8121 8122 8129 
8411 8591 9200 9311 9312 9313 9319 9420 
I80-I89
1011 1012 1013 1020 1031 1033 1091 1092 1220 1311 1321 1351 
1411 1412 1413 1422 1510 1531 1532 1540 1621 1622 2123 2342 
2542 2710 2813 2832 2833 2920 2930 2944 2945 3101 3102 3329 
3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4621 4622 4623 4721 
4722 4921 4922 5611 5612 5620 8011 8012 8020 8030 8121 8122 
8129 8411 8610 9420 9491 9601 
128
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIORELACIONADAS COM O 
TRABALHO 
(Grupo X da CID-10) 
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO 
DE NATUREZA OCUPACIONAL
I - Faringite Aguda, não especificada 
(“Angina Aguda”, ”Dor de Garganta”) 
(J02.9)
1. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro V)
2. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro XIV)
II - Laringotraqueíte Aguda (J04.2) 
1. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro V)
2. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro XIV)
III - Outras Rinites Alérgicas (J30.3) 
1. Carbonetos metálicos de tungstênio sinterizados (X49.-; 
Z57.2 e Z57.5) (Quadro VII)
2. Cromo e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
X)
3. Poeiras de algodão, linho, cânhamo ou sisal (Z57.2) 
(Quadro XXVI)
4. Acrilatos (X49.-; Z57.5)
5. Aldeído fórmico e seus polímeros (X49.-; Z57.5) 
6. Aminas aromáticas e seus derivados (X49.-; Z57.5)
7. Anidrido ftálico (X49.-; Z57.5)
8. Azodicarbonamida (X49.-; Z57.5)
9. Carbetos de metais duros: cobalto e titânio (Z57.2)
10. Enzimas de origem animal, vegetal ou bacteriano 
(X44.-; Z57.3) 
11. Furfural e Álcool Furfurílico (X45.-; Z57.5) 
12. Isocianatos orgânicos (X49.-; Z57.5)
13. Níquel e seus compostos (X49.-; Z57.5)
14. Pentóxido de vanádio (X49.-; Z57.5)
15. Produtos da pirólise de plásticos, cloreto de vinila, 
teflon (X49.-; Z57.5)
16. Sulfitos, bissulfitos e persulfatos (X49.-; Z57.5) 
17. Medicamentos: macrólidos; ranetidina ; penicilina e 
seus sais; cefalosporinas (X44.-; Z57.3)
18. Proteínas animais em aerossóis (Z57.3) 
19. Outras substâncias de origem vegetal (cereais, 
farinhas, serragem etc.) (Z57.2)
20. Outras susbtâncias químicas sensibilizantes da pele e 
das vias respiratórias (X49.-; Z57.2) (Quadro XXVII)
 
IV - Rinite Crônica (J31.0) 
1. Arsênico e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.4 e 
Z57.5) (Quadro I)
2. Cloro gasoso (X47.-; Z57.5) (Quadro IX)
3. Cromo e seus compostos tóxicos (X49.-) (Quadro X)
4. Gás de flúor e Fluoreto de Hidrogênio (X47.-; Z57.5) 
(Quadro XI)
5. Amônia (X47.-; Z57.5) 
6. Anidrido sulfuroso (X49.-; Z57.5) 
7. Cimento (Z57.2)
8. Fenol e homólogos (X46.-; Z57.5) 
9. Névoas de ácidos minerais (X47.-; Z57.5) 
10. Níquel e seus compostos (X49.-; Z57.5)
11. Selênio e seus compostos (X49.-; Z57.5)
 
V - Faringite Crônica (J31.2) Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro V)
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
129
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO 
DE NATUREZA OCUPACIONAL
VI - Sinusite Crônica (J32.-)
1. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro V)
2. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro XIV)
VII - Ulceração ou Necrose do Septo Nasal 
(J34.0) 
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.4 e 
Z57.5) (Quadro I)
2. Cádmio ou seus compostos (X49.-; Z57.5) (Quadro VI)
3. Cromo e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
X)
4. Soluções e aeoressóis de Ácido Cianídrico e seus 
derivados (X47.-; Z57.5) (Quadro XVII)
VIII - Perfuração do Septo Nasal (J34.8) 
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.4 e 
Z57.5) (Quadro I)
2. Cromo e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
X)
IX - Laringotraqueíte Crônica (J37.1) Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro V)
X - Outras Doenças Pulmonares Obstrutivas 
Crônicas (Inclui: “Asma Obstrutiva”, 
“Bronquite Crônica”, “Bronquite Asmática”, 
“Bronquite Obstrutiva Crônica”) (J44.-)
1. Cloro gasoso (X47.-; Z57.5) (Quadro IX)
2. Exposição ocupacional à poeira de sílica livre (Z57.2-) 
(Quadro XVIII)
3. Exposição ocupacional a poeiras de algodão, linho, 
cânhamo ou sisal (Z57.2) (Quadro XXVI)
4. Amônia (X49.-; Z57.5) 
5. Anidrido sulfuroso (X49.-; Z57.5) 
6. Névoas e aerossóis de ácidos minerais (X47.-; Z57.5)
7. Exposição ocupacional a poeiras de carvão mineral 
(Z57.2)
XI - Asma (J45.-) 
Mesma lista das substâncias sensibilizantes produtoras 
de Rinite Alérgica (X49.-; Z57.2, Z57.4 e Z57.5)
 
XII - Pneumoconiose dos Trabalhadores do 
Carvão (J60.-) 
1. Exposição ocupacional a poeiras de carvão mineral 
(Z57.2)
2. Exposição ocupacional a poeiras de sílica-livre (Z57.2) 
(Quadro XVIII)
XIII - Pneumoconiose devida ao Asbesto 
(Asbestose) e a outras fibras minerais (J61.-)
Exposição ocupacional a poeiras de asbesto ou amianto 
(Z57.2) (Quadro II)
XIV - Pneumoconiose devida à poeira de 
Sílica (Silicose) (J62.8)
Exposição ocupacional a poeiras de sílica-livre (Z57.2) 
(Quadro XVIII)
XV - Beriliose (J63.2)
Exposição ocupacional a poeiras de berílio e seus 
compostos tóxicos (Z57.2) (Quadro IV)
 
XVI - Siderose (J63.4) Exposição ocupacional a poeiras de ferro (Z57.2)
XVII - Estanhose (J63.5) Exposição ocupacional a poeiras de estanho (Z57.2)
XVIII - Pneumoconiose devida a outras 
poeiras inorgânicas especificadas (J63.8)
 
1. Exposição ocupacional a poeiras de carboneto de 
tungstênio (Z57.2) (Quadro VII)
2. Exposição ocupacional a poeiras de carbetos de metais 
duros (Cobalto, Titânio, etc.) (Z57.2)
3. Exposição ocupacional a rocha fosfática (Z57.2)
4. Exposição ocupacional a poeiras de alumina (Al2O3) 
(“Doença de Shaver”) (Z57.2) 
XIX - Pneumoconiose associada com 
Tuberculose (“Sílico-Tuberculose”) (J65.-)
Exposição ocupacional a poeiras de sílica-livre (Z57.2) 
(Quadro XVIII)
130
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO 
DE NATUREZA OCUPACIONAL
XX - Doenças das vias aéreas devidas a poeiras 
orgânicas (J66.-): Bissinose (J66.0), devidas a 
outras poeiras orgânicas especificadas (J66.8)
Exposição ocupacional a poeiras de algodão, linho, 
cânhamo, sisal (Z57.2) (Quadro XXVI)
XXI - Pneumonite por Hipersensibilidade 
a Poeira Orgânica (J67.-): Pulmão do 
Granjeiro (ou Pulmão do Fazendeiro) (J67.0); 
Bagaçose (J67.1); Pulmão dos Criadores de 
Pássaros (J67.2);Suberose (J67.3);Pulmão 
dos Trabalhadores de Malte (J67.4); Pulmão 
dos que Trabalham com Cogumelos (J67.5); 
Doença Pulmonar Devida a Sistemas de 
Ar Condicionado e de Umidificação do Ar 
(J67.7); Pneumonites de Hipersensibilidade 
Devidas a Outras Poeiras Orgânicas (J67.8); 
Pneumonite de Hipersensibilidade Devida a 
Poeira Orgânica não especificada (Alveolite 
Alérgica Extrínseca SOE; Pneumonite de 
Hipersensibilidade SOE (J67.0)
1. Exposição ocupacional a poeiras contendo 
microorganismos e parasitas infecciosos vivos e seus 
produtos tóxicos (Z57.2) (Quadro XXV)
2. Exposição ocupacional a outras poeiras orgânicas 
(Z57.2)
XXII - Bronquite e Pneumonite devida a 
produtos químicos, gases, fumaças e vapores 
(“Bronquite Química Aguda”) (J68.0)
1. Berílio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
IV)
2. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro V)
3. Cádmio ou seus compostos (X49.-; Z57.5) (Quadro VI)
4. Gás Cloro (X47.-; Z57.5) (Quadro IX)
5. Flúor ou seus compostos tóxicos (X47.-; Z57.5) (Quadro 
XI)
6. Solventes halogenados irritantes respiratórios (X46.-; 
Z57.5) (Quadro XIII)
7. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro XIV)
8. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) 
(Quadro XV)
9. Cianeto de hidrogênio (X47.-; Z57.5) (Quadro XVII)
XXIII - Edema Pulmonar Agudo devido a 
produtos químicos, gases, fumaças e vapores 
(Edema Pulmonar Químico) (J68.1) 
1. Berílio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
IV)
2. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro V)
3. Cádmio ou seus compostos (X49.-; Z57.5) (Quadro VI)
4. Gás Cloro (X47.-; Z57.5) (Quadro IX)
5. Flúor e seus compostos (X47.-; Z57.5) (Quadro XI)
6. Solventes halogenados irritantes respiratórios (X46.-; 
Z57.5) (Quadro XIII)
7. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro XIV)
8. Cianeto de hidrogênio (X47.-; Z57.5) (Quadro XVII)
XXIV - Síndrome de Disfunção Reativa das 
Vias Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3)
1. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro V)
2. Cádmio ou seus compostos (X49.-; Z57.5) (Quadro VI)
3. Gás Cloro (X47.-; Z57.5) (Quadro IX)
4. Solventes halogenados irritantes respiratórios (X46.-; 
Z57.5) (Quadro XIII)
5. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro XIV)
6. Cianeto de hidrogênio (X47.-; Z57.5) (Quadro XVII)
7. Amônia (X49.-;Z57.5)
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
131
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO 
DE NATUREZA OCUPACIONAL
XXV - Afeccções respiratórias crônicas 
devidas à inalação de gases, fumos, vapores e 
substâncias químicas: Bronquiolite Obliterante 
Crônica, Enfisema Crônico Difuso, Fibrose 
Pulmonar Crônica (J68.4)
1. Arsênico e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.4 e 
Z57.5) (Quadro I)
2. Berílio e seus compostos (X49.-; Z57.5) (Quadro IV)
3. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro V)
4. Cádmio ou seus compostos (X49.-; Z57.5) (Quadro VI)
5. Gás Cloro (X47.-; Z57.5) (Quadro IX)
6. Flúor e seus compostos (X47.-; Z57.5) (Quadro XI)
7. Solventes halogenados irritantes respiratórios (X46.-; 
Z57.5) (Quadro XIII)
8. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro XIV)
9. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) 
(Quadro XV)
10. Cianeto de hidrogênio (X47.-; Z57.5) (Quadro XVII)
11. Ácido Sulfídrico (Sulfeto de hidrogênio) (X47.-; Z57.5) 
(Quadro XVII)
12. Carbetos de metais duros (X49.-; Z57.5)
13. Amônia (X49.-; Z57.5)
14. Anidrido sulfuroso (X49.-; Z57.5)
15. Névoas e aerosóis de ácidos minerais (X47.-; Z57.5)
16. Acrilatos (X49.-; Z57.5)
Selênio e seus compostos (X49.-; Z57.5)
XXVI - Pneumonite por Radiação 
(manifestação aguda) (J70.0) e Fibrose 
Pulmonar Conseqüente a Radiação 
(manifestação crônica) (J70.1)
Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
XXVII - Derrame pleural (J90.-) 
Exposição ocupacional a poeiras de Asbesto ou 
Amianto (Z57.2) (Quadro II)
XXVIII - Placas pleurais (J92.-) 
Exposição ocupacional a poeiras de Asbesto ou 
Amianto (Z57.2) (Quadro II)
XXIX - Enfisema intersticial (J98.2) Cádmio ou seus compostos (X49.-; Z57.5) (Quadro VI)
XXX - Transtornos respiratórios em outras 
doenças sistêmicas do tecido conjuntivo 
classificadas em outra parte (M05.3): 
“Síndrome de Caplan” (J99.1)
1. Exposição ocupacional a poeiras de Carvão Mineral 
(Z57.2) 
2. Exposição ocupacional a poeiras de Sílica livre (Z57.2) 
(Quadro XVIII)
DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTIVO RELACIONADAS COM O 
TRABALHO
(Grupo XI da CID-10) 
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
I - Erosão Dentária (K03.2)
1. Névoas de fluoretos ou seus compostos tóxicos (X47.-; 
Z57.5) (Quadro XI)
2. Exposição ocupacional a outras névoas ácidas (X47.-; 
Z57.5)
II - Alterações pós-eruptivas da cor dos 
tecidos duros dos dentes (K03.7)
1. Névoas de Cádmio ou seus compostos (X47.-; Z57.5) 
(Quadro VI)
2. Exposição ocupacional a metais: Cobre, Níquel, Prata 
(X47.-; Z57.5)
132
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
III - Gengivite Crônica (K05.1)
Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
XVI)
IV - Estomatite Ulcerativa Crônica (K12.1) 
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.5) 
(Quadro I)
2. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro XII)
3. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
XVI)
V - Gastroenterite e Colite tóxicas (K52.-) 
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.5) 
(Quadro I)
2. Cádmio ou seus compostos (X49.-; Z57.5) (Quadro VI)
3. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
VI - Outros transtornos funcionais do 
intestino (“Síndrome dolorosa abdominal 
paroxística apirética, com estado 
suboclusivo (“cólica do chumbo”) (K59.8)
Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) 
(Quadro VIII)
VII - Doença Tóxica do Fígado (K71.-): 
Doença Tóxica do Fígado, com Necrose 
Hepática (K71.1); Doença Tóxica do Fígado, 
com Hepatite Aguda (K71.2); Doença 
Tóxica do Fígado com Hepatite Crônica 
Persistente (K71.3); Doença Tóxica do 
Fígado com Outros Transtornos Hepáticos 
(K71.8)
1. Cloreto de Vinila, Clorobenzeno, Tetracloreto de 
Carbono, Clorofórmio, e outros solventes halogenados 
hepatotóxicos (X46.- e X48.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)
2. Hexaclorobenzeno (HCB) (X48.-; Z57.4 e Z57.5)
3. Bifenilas policloradas (PCBs) (X49.-; Z57.4 e Z57.5)
4. Tetraclorodibenzodioxina (TCDD) (X49.-)
VIII - Hipertensão Portal (K76.6)
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro I)
2. Cloreto de Vinila (X46.-; Z57.5) (Quadro XIII)
3. Tório (X49.-; Z57.5)
INTERVALO CID-10 CNAE
K35-K38
0810 1011 1012 1013 1071 1411 1412 1531 1540 1610 1621 1732 1733 
2451 2511 2512 2832 2833 2930 3101 3329 4621 4622 4623 4921 4922 
8610 
K40-K46
0113 0210 0220 0230 0810 1011 1012 1013 1020 1031 1033 1041 1051 
1061 1066 1071 1091 1122 1321 1354 1510 1610 1621 1622 1629 1722 
1732 1733 1931 2211 2212 2219 2330 2341 2342 2349 2443 2449 2451 
2511 2512 2521 2539 2541 2542 2543 2592 2593 2710 2815 2822 2832 
2833 2861 2866 2869 2930 2943 2944 2945 3011 3101 3102 3329 3701 
3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4212 4213 4221 4222 
4223 4291 4292 4299 4312 4313 4319 4321 4329 4391 4399 4621 4622 
4623 4632 4634 4687 4721 4722 4741 4742 4743 4744 4789 4921 4922 
4930 5212 8121 8122 8129 9420
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
133
DOENÇAS DA PELE E DO TECIDO SUBCUTÂNEO RELACIONADAS COM 
O TRABALHO (Grupo XII da CID-10)
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
I - Outras Infecções Locais da Pele e 
do Tecido Subcutâneo: “Dermatoses 
Pápulo-Pustulosas e suas complicações 
infecciosas” (L08.9)
1. Cromo e seus compostos tóxicos (Z57.5) (Quadro X)
2. Hidrocarbonetos alifáticos ou aromáticos (seus 
derivados tóxicos) (Z57.5) (Quadro XIII)
3. Microorganismos e parasitas infecciosos vivos e seus 
produtos tóxicos (Z57.5) (Quadro XXV)
4. Outros agentes químicos ou biológicos que afetem 
a pele, não considerados em outras rubricas (Z57.5) 
(Quadro XXVII)
II - Dermatite Alérgica de Contato devida a 
Metais (L23.0)
1. Cromo e seus compostos tóxicos (Z57.5) (Quadro X)
2. Mercúrio e seus compostos tóxicos (Z57.5) (Quadro 
XVI)
III - Dermatite Alérgica de Contato devida 
a Adesivos (L23.1)
Adesivos, em exposição ocupacional (Z57.5) (Quadro 
XXVII)
IV - Dermatite Alérgica de Contato devida 
a Cosméticos (fabricação/manipulação) 
(L23.2)
Fabricação/manipulação de Cosméticos (Z57.5) (Quadro 
XXVII)
V - Dermatite Alérgica de Contato devida a 
Drogas em contato com a pele (L23.3)
Drogas, em exposição ocupacional (Z57.5) (Quadro 
XXVII)
VI - Dermatite Alérgica de Contato devida 
a Corantes (L23.4)
Corantes, em exposição ocupacional (Z57.5) (Quadro 
XXVII)
VII - Dermatite Alérgica de Contato devida 
a outros produtos químicos (L23.5)
 
1. Cromo e seus compostos tóxicos (Z57.5) (Quadro X)
2. Fósforo ou seus produtos tóxicos (Z57.5) (Quadro XII)
3. Iodo (Z57.5) (Quadro XIV)
4. Alcatrão, Breu, Betume, Hulha Mineral, Parafina ou 
resíduos dessas substâncias (Z57.8) (Quadro XX)
5. Borracha (Z57.8) (Quadro XXVII)
6. Inseticidas (Z57.5) (Quadro XXVII)
7. Plásticos (Z57.8) (Quadro XXVII)
VIII - Dermatite Alérgica de Contato 
devida a Alimentos em contato com a pele 
(fabricação/ manipulação) (L23.6)
Fabricação/manipulação de Alimentos (Z57.5) (Quadro 
XXVII)
IX - Dermatite Alérgica de Contato devida 
a Plantas (Não inclui plantas usadas como 
alimentos) (L23.7)
Manipulação de Plantas, em exposição ocupacional 
(Z57.8) (Quadro XXVII)
X - Dermatite Alérgica de Contato 
devida a outros agentes (Causa Externa 
especificada) (L23.8)
Agentes químicos, não especificados anteriormente, em 
exposição ocupacional (Z57.5) (Quadro XXVII)
XI - Dermatite de Contato por Irritantes 
devida a Detergentes (L24.0)
Detergentes, em exposição ocupacional (Z57.5) (Quadro 
XXVII)
XII - Dermatite de Contato por Irritantes 
devida a Óleos e Gorduras (L24.1)
Óleos e Gorduras, em exposição ocupacional (Z57.5) 
(Quadro XXVII)
XIII - Dermatite de Contato por Irritantes 
devidaa Solventes: Cetonas, Ciclohexano, 
Compostos do Cloro, Ésteres, Glicol, 
Hidrocarbonetos (L24.2)
1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro III)
2. Hidrocarbonetos aromáticos ou alifáticos ou seus 
derivados halogenados tóxicos (Z57.5) (Quadro XIII)
134
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
XIV - Dermatite de Contato por Irritantes 
devida a Cosméticos (L24.3)
Cosméticos, em exposição ocupacional (Z57.5) (Quadro 
XXVII)
XV - Dermatite de Contato por Irritantes 
devida a Drogas em contato com a pele 
(L24.4)
Drogas, em exposição ocupacional (Z57.5) (Quadro 
XXVII)
XVI - Dermatite de Contato por Irritantes 
devida a outros produtos químicos: 
Arsênio, Berílio, Bromo, Cromo, Cimento, 
Flúor, Fósforo, Inseticidas (L24.5)
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (Z57.5) (Quadro I)
2. Berílio e seus compostos tóxicos (Z57.5) (Quadro IV)
3. Bromo (Z57.5) (Quadro V)
4. Cromo e seus compostos tóxicos (Z57.5) (Quadro X)
5. Flúor ou seus compostos tóxicos (Z57.5) (Quadro XI)
6. Fósforo (Z57.5) (Quadro XII)
XVII - Dermatite de Contato por Irritantes 
devida a Alimentos em contato com a pele 
(L24.6)
Alimentos, em exposição ocupacional (Z57.8) (Quadro 
XXVII)
XVIII - Dermatite de Contato por Irritantes 
devida a Plantas, exceto alimentos (L24.7)
Plantas, em exposição ocupacional (Z57.8) (Quadro 
XXVII)
XIX - Dermatite de Contato por Irritantes 
devida a outros agentes: Corantes (L24.8)
Agentes químicos, não especificados anteriormente, em 
exposição ocupacional (Z57.5) (Quadro XXVII)
XX - Urticária Alérgica (L50.0) 
Agrotóxicos e outros produtos químicos (X48.-; Z57.4 e 
Z57.5) (Quadro XXVII)
XXI - Urticária devida ao Calor e ao Frio 
(L50.2) 
Exposição ocupacional a calor e frio (W92,-; W93.-; Z57.6) 
(Quadro XXVII)
XXII - Urticária de Contato (L50.6) 
Exposição ocupacional a agentes químicos, físicos e 
biológicos que afetam a pele (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro XXVII)
XXIII - Queimadura Solar (L55) 
Exposição ocupacional a radiações actínicas (X32.-; 
Z57.1) (Quadro XXVII)
XXIV - Outras Alterações Agudas da Pele 
devidas a Radiação Ultravioleta (L56.-): 
Dermatite por Fotocontato (Dermatite de 
Berloque) (L56.2); Urticária Solar (L56.3); 
Outras Alterações Agudas Especificadas 
da Pele devidas a Radiação Ultravioleta 
(L56.8); Outras Alterações Agudas da Pele 
devidas a Radiação Ultravioleta, sem outra 
especificação (L56.9);
Radiação Ultravioleta (W89.-; Z57.1) (Quadro XXVII)
XXV - Alterações da Pele devidas a 
Exposição Crônica a Radiação Não 
Ionizante (L57.-): Ceratose Actínica (L57.0); 
Outras Alterações: Dermatite Solar, “Pele 
de Fazendeiro”, “Pele de Marinheiro” 
(L57.8)
Radiações não-ionizantes (W89.-; X32.-; Z57.1) (Quadro 
XXVII)
XXVI - Radiodermatite (L58.-): 
Radiodermatite Aguda (L58.0); 
Radiodermatite Crônica (L58.1); 
Radiodermatite, não especificada (L58.9); 
Afecções da pele e do tecido conjuntivo 
relacionadas com a radiação, não 
especificadas (L59.9)
Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Quadro XXIV)
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
135
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
XXVII - Outras formas de Acne: “Cloracne” 
(L70.8)
1. Derivados halogenados dos hidrocarbonetos 
aromáticos, Monoclorobenzeno, Monobromobenzeno, 
Hexaclorobenzeno (X46.; Z57.5) (Quadro XIII)
2. Derivados do fenol, pentaclorofenol e do 
hidrobenzonitrilo (X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XXVII)
3. Policloretos de Bifenila (PCBs) (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro XXVII)
XXVIII - Outras formas de Cistos 
Foliculares da Pele e do Tecido Subcutâneo: 
“Elaioconiose” ou “Dermatite Folicular” 
(L72.8)
Óleos e gorduras de origem mineral ou sintéticos (X49.-; 
Z57.5) (Quadro XXVII)
XXIX - Outras formas de hiperpigmentação 
pela melanina: “Melanodermia” (L81.4)
1. Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.4 e 
Z57.5) (Quadro I)
2. Clorobenzeno e Diclorobenzeno (X46.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro XIII) 
3. Alcatrão, Breu, Betume, Hulha Mineral, Parafina, 
Creosoto, Piche, Coaltar ou resíduos dessas substâncias 
(Z57.8) (Quadro XX)
4. Antraceno e Dibenzoantraceno (Z57.5) (Quadro XX)
5. Bismuto (X44.-; Z57.5) (Quadro XXVII)
6. Citostáticos (X44.-; Z57.5) (Quadro XXVII)
7. Compostos nitrogenados: Ácido nítrico, Dinitrofenol 
(X49.-; Z57.5) (Quadro XXVII)
8. Naftóis adicionados a corantes (X49,-; Z57.5) (Quadro 
XXVII)
9. Óleos de corte (Z57.5) (Quadro XXVII)
10. Parafenilenodiamina e seus derivados (X49.-; Z57.5) 
(Quadro XXVII)
11. Poeira de determinadas madeiras (Z57.3) (Quadro 
XXVII)
12. Quinino e seus derivados (Z57.5) (Quadro XXVII)
13. Sais de ouro (X44.-; Z57.5) (Quadro XXVII)
14. Sais de prata (Seqüelas de Dermatite Crônica de 
Contato) (X44.-; Z57.5) (Quadro XXVII)
 
XXX - Leucodermia, não classificada em 
outra parte (Inclui “Vitiligo Ocupacional”) 
(L81.5) 
1. Arsênio e seus compostos (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro I)
2. Hidroquinona e ésteres derivados (X49.-; Z57.5) 
(Quadro XXVII)
3. Monometil éter de hidroquinona (MBEH) (X49.-; 
Z57.5) (Quadro XXVII)
4. para-Aminofenol (X49.-; Z57.5) (Quadro XXVII)
5. para-Butilfenol (X49.-; Z57.5) (Quadro XXVII)
6. para-Cresol (X49.-; Z57.5) (Quadro XXVII)
7. Catecol e Pirocatecol (X49.-; Z57.5) (Quadro XXVII)
8. Clorofenol (X46.-; Z57.4 e Z57.5)(Quadro XXVII)
XXXI - Outros transtornos especificados 
da pigmentação: “Porfiria Cutânea Tardia” 
(L81.8)
Derivados halogenados dos hidrocarbonetos 
aromáticos: minocloro-benzeno, monobromo-benzeno, 
hexaclorobenzeno (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)
XXXII - Ceratose Palmar e Plantar 
Adquirida (L85.1)
Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.4 e 
Z57.5) (Quadro I)
XXXIII - Úlcera Crônica da Pele, não 
classificada em outra parte (L98.4)
1. Cromo e seus compostos tóxicos (Z57.5) (Quadro X)
2. Enzimas de origem animal, vegetal ou bacteriana 
(Z57.8) (Quadro XXVII)
136
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
INTERVALO CID-10 CNAE
L60-L75 8610 
L80-L99
0113 1011 1012 1013 1071 1411 1412 1610 1621 1931 2451 5611 
5620 8121 8122 8129 8610 
DOENÇAS DO SISTEMA OSTEOMUSCULAR E DO TECIDO 
CONJUNTIVO, RELACIONADAS COM O TRABALHO 
(Grupo XIII da CID-10) 
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE 
RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL
I - Artrite Reumatóide associada a 
Pneumoconiose dos Trabalhadores do Carvão 
(J60.-): “Síndrome de Caplan” (M05.3)
1. Exposição ocupacional a poeiras de carvão mineral 
(Z57.2)
2. Exposição ocupacional a poeiras de sílica livre 
(Z57.2) (Quadro XVIII)
II - Gota induzida pelo chumbo (M10.1) 
Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) 
(Quadro VIII)
III - Outras Artroses (M19.-) Posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8)
IV - Outros transtornos articulares não 
classificados em outra parte: Dor Articular (M25.5)
1. Posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8)
2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7) (Quadro XXII)
V - Síndrome Cervicobraquial (M53.1) 
1. Posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8)
2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7) (Quadro XXII)
VI - Dorsalgia (M54.-): Cervicalgia (M54.2); Ciática 
(M54.3); Lumbago com Ciática (M54.4)
1. Posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8)
2. Ritmo de trabalho penoso (Z56.3)
3. Condições difíceis de trabalho (Z56.5)
VII - Sinovites e Tenossinovites (M65.-): Dedo 
em Gatilho (M65.3); Tenossinovite do Estilóide 
Radial (De Quervain) (M65.4); Outras Sinovites e 
Tenossinovites (M65.8); Sinovites e Tenossinovites, 
não especificadas (M65.9)
1. Posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8)
2. Ritmo de trabalho penoso (Z56.3)
3. Condições difíceis de trabalho (Z56.5)
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
XXXIV - Geladura (Frostbite) Superficial(T33): Eritema Pérnio 
1. Cloreto de etila (anestésico local) (W93.-; Z57.6) 
(Quadro XIII)
2. Frio (X31.-; W93.-; Z57.6) (Quadro XXVII)
XXXV - Geladura (Frostbite) com Necrose 
de Tecidos (T34) 
1. Cloreto de etila (anestésico local) (W93.-; Z57.6) 
(Quadro XIII)
2. Frio (X31.-; W93.-; Z57.6) (Quadro XXVII)
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
137
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE 
RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL
VIII - Transtornos dos tecidos moles relacionados 
com o uso, o uso excessivo e a pressão, de origem 
ocupacional (M70.-): Sinovite Crepitante Crônica 
da mão e do punho (M70.0); Bursite da Mão 
(M70.1); Bursite do Olécrano (M70.2); Outras 
Bursites do Cotovelo (M70.3); Outras Bursites 
Pré-rotulianas (M70.4); Outras Bursites do Joelho 
(M70.5); Outros transtornos dos tecidos moles 
relacionados com o uso, o uso excessivo e a 
pressão (M70.8); Transtorno não especificado 
dos tecidos moles, relacionados com o uso, o uso 
excessivo e a pressão (M70.9).
1. Posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8)
2. Ritmo de trabalho penoso (Z56.3)
3. Condições difíceis de trabalho (Z56.5)
IX - Fibromatose da Fascia Palmar: “Contratura ou 
Moléstia de Dupuytren” (M72.0)
1. Posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8)
2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7) (Quadro XXII) 
X - Lesões do Ombro (M75.-): Capsulite Adesiva 
do Ombro (Ombro Congelado, Periartrite do 
Ombro) (M75.0); Síndrome do Manguito Rotatório 
ou Síndrome do Supraespinhoso (M75.1); 
Tendinite Bicipital (M75.2); Tendinite Calcificante 
do Ombro (M75.3); Bursite do Ombro (M75.5); 
Outras Lesões do Ombro (M75.8); Lesões do 
Ombro, não especificadas (M75.9) 
1. Posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8)
2. Ritmo de trabalho penoso (Z56)
3. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7) (Quadro XXII) 
XI - Outras entesopatias (M77.-): Epicondilite 
Medial (M77.0); Epicondilite lateral (“Cotovelo 
de Tenista”); Mialgia (M79.1)
1. Posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8)
2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7) (Quadro XXII) 
XII - Outros transtornos especificados dos tecidos 
moles (M79.8)
1. Posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8)
2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7) (Quadro XXII) 
XIII - Osteomalácia do Adulto induzida por 
drogas (M83.5)
1. Cádmio ou seus compostos (X49.-) (Quadro VI)
2. Fósforo e seus compostos (Sesquissulfeto de 
Fósforo) (X49.-; Z57.5) (Quadro XII)
XIV - Fluorose do Esqueleto (M85.1) Flúor e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro XI)
XV - Osteonecrose (M87.-): Osteonecrose devida a 
drogas (M87.1); Outras Osteonecroses secundárias 
(M87.3)
1. Fósforo e seus compostos (Sesquissulfeto de 
Fósforo) (X49.-; Z57.5) (Quadro XII)
2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7) (Quadro XXII)
3. Radiações ionizantes (Z57.1) (Quadro XXIV)
XVI - Osteólise (M89.5) (de falanges distais de 
quirodáctilos)
Cloreto de Vinila (X49.-; Z57.5) (Quadro XIII)
XVII - Osteonecrose no “Mal dos Caixões” (M90.3) “Ar Comprimido” (W94.-; Z57.8) (Quadro XXIII)
XVIII - Doença de Kienböck do Adulto (Osteo-
condrose do Adulto do Semilunar do Carpo) 
(M93.1) e outras Osteocondro-patias especificadas 
(M93.8)
Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7) (Quadro XXII)
138
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
INTERVALO CID-10 CNAE
M00-M25
0113 0131 0133 0210 0220 0810 0892 0910 1011 1012 1013 1020 1031 
1033 1041 1051 1052 1061 1064 1071 1072 1091 1122 1220 1311 1321 
1351 1354 1411 1412 1413 1532 1621 1732 1733 1931 2012 2019 2312 
2330 2341 2342 2349 2431 2443 2449 2511 2522 2539 2543 2550 2710 
2813 2815 2822 2852 2853 2854 2861 2862 2865 2866 2869 2920 2930 
2944 2945 2950 3011 3102 3600 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 
3900 4120 4211 4212 4213 4221 4222 4223 4291 4292 4299 4312 4313 
4319 4321 4329 4391 4399 4621 4622 4623 4636 4661 4711 4721 4921 
4922 4923 4924 4929 4930 5012 5021 5212 5310 5611 5620 7719 8121 
8122 8129 8411 8424 8430 8591 8610 9200 9311 9312 9313 9319 9420 
9491 9601 
M30-M36 1412 8121 8122 8129 8610 
M40-M54
0113 0131 0133 0210 0220 0230 0500 0710 0810 0892 0910 0990 1011 
1012 1013 1020 1031 1033 1041 1051 1052 1061 1062 1064 1071 1072 
1092 1122 1311 1312 1321 1323 1340 1351 1354 1411 1412 1413 1421 
1422 1510 1532 1610 1621 1622 1623 1629 1710 1721 1722 1732 1733 
1931 2012 2019 2029 2040 2091 2093 2123 2211 2212 2219 2221 2222 
2312 2320 2330 2341 2342 2349 2391 2431 2439 2441 2443 2449 2451 
2511 2513 2521 2522 2539 2542 2543 2550 2592 2593 2710 2722 2733 
2813 2815 2822 2832 2833 2852 2853 2854 2861 2862 2864 2866 2869 
2920 2930 2942 2943 2944 2945 2950 3011 3101 3102 3240 3321 3329 
3600 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4212 4213 
4222 4223 4291 4292 4299 4311 4312 4313 4319 4321 4329 4391 4399 
4621 4622 4623 4632 4636 4661 4681 4682 4685 4686 4687 4689 4921 
4922 4923 4924 4929 4930 5012 5021 5211 5212 5221 5222 5223 5229 
5310 5612 5620 6431 7719 7732 8121 8122 8129 8424 8430 8610 9420 
M60-M79
0113 0155 0210 0220 1011 1012 1013 1020 1031 1033 1051 1052 1062 
1064 1092 1093 1094 1095 1096 1099 1122 1311 1314 1321 1323 1340 
1351 1352 1354 1359 1411 1412 1413 1414 1421 1510 1521 1529 1531 
1532 1533 1540 1623 1732 1733 1742 1749 2040 2063 2091 2110 2121 
2123 2211 2219 2221 2222 2223 2229 2312 2319 2342 2349 2439 2443 
2449 2451 2531 2539 2541 2542 2543 2550 2591 2592 2593 2610 2631 
2632 2640 2651 2710 2721 2722 2732 2733 2740 2751 2759 2813 2814 
2815 2822 2823 2824 2840 2853 2854 2861 2864 2866 2869 2920 2930 
2941 2942 2943 2944 2945 2949 3092 3101 3102 3104 3230 3240 3250 
3291 3299 3316 3329 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4221 
4632 4634 4711 4713 4912 5111 5120 5212 5221 5222 5223 5229 5310 
5320 5612 5620 6021 6022 6110 6120 6130 6141 6142 6143 6190 6209 
6311 6399 6422 6423 6431 6550 7410 7490 7719 7733 8121 8122 8129 
8211 8219 8220 8230 8291 8292 8299 8610 9420 9601 
DOENÇAS DO SISTEMA GÊNITO-URINÁRIO RELACIONADAS COM O 
TRABALHO (Grupo XIV da CID-10) 
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
I - Síndrome Nefrítica Aguda (N00.-) 
 
Hidrocarbonetos alifáticos halogenados nefrotóxicos (X46.-; 
Z57.5) (Quadro XIII)
II - Doença Glomerular Crônica (N03.-) 
 
Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
XVI)
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
139
TRAUMATISMOS, ENVENENAMENTOS E ALGUMAS OUTRAS 
CONSEQÜÊNCIAS DE CAUSAS EXTERNAS, RELACIONADOS COM O 
TRABALHO 
(Grupo XIX da CID-10)
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE 
RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL
I - Efeitos tóxicos de Solventes Orgânicos (T52.-): 
Álcoois (T51.8) e Cetonas (T52.4); Benzeno, Tolueno 
e Xileno (T52.1 e T52.2); Derivados halogenados 
dos Hidrocarbonetos Alifáticos e Aromáticos (T53): 
Tetracloreto de Carbono (T53.0); Clorofórmio (T53.1); 
Tricloroetileno (T53.2); Tetracloroetileno (T53.3); 
Dicloroetano (T53.4); Clorofluor-carbonos (T53.5); 
Outros derivados halogenados de hidrocarbonetos 
alifáticos (T53.6); Outros derivados halogenados 
de hidrocarbonetos aromáticos (T53.7); Derivados 
halogenados de hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos, 
não especificados (T53.9); Sulfeto de Carbono (T65.4)
Exposição ocupacional a agentes tóxicos em 
outras indústrias (Z57.5)
II - Efeito tóxico de Substâncias Corrosivas (T54): Fenol 
e homólogos do fenol (T54.0); Flúore seus compostos 
(T65.8); Selênio e seus compostos (T56.8); Outros 
compostos orgânicos corrosivos (T54.1); Ácidos corrosivos 
e substâncias ácidas similares (T54.2); Álcalis cáusticos 
e substâncias alcalinas similares (T54.3); Efeito tóxico de 
substância corrosiva, não especificada (T54.9).
Exposição ocupacional a agentes tóxicos em 
outras indústrias (Z57.5)
III - Efeito tóxico de Metais (T56): Arsênico e seus 
compostos (T57.0); Cádmio e seus compostos (T56.3); 
Chumbo e seus compostos (T56.0); Cromo e seus 
compostos (T56.2); Manganês e seus compostos (T57.2); 
Mercúrio e seus compostos (T56.1); Outros metais (T56.8); 
Metal, não especificado (T56.9). 
Exposição ocupacional a agentes tóxicos em 
outras indústrias (Z57.5)
DOENÇAS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL
III - Nefropatia túbulo-intersticial 
induzida por metais pesados (N14.3)
1. Cádmio ou seus compostos (X49.-; Z57.5) (Quadro VI)
2. Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
VIII)
3. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5) 
(Quadro XVI)
IV - Insuficiência Renal Aguda (N17) 
Hidrocarbonetos alifáticos halogenados nefrotóxicos (X46.-; 
Z57.5) (Quadro XIII)
V - Insuficiência Renal Crônica (N18) Chumbo ou seus compostos (X49.-; Z57.5) (Quadro VIII)
VI - Cistite Aguda (N30.0) Aminas aromáticas e seus derivados (X49.-; Z57.5) 
VII - Infertilidade Masculina (N46)
1. Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 
VIII)
2. Radiações ionizantes (W88.-: Z57.1) (Quadro XXIV)
3. Chlordecone (X48.-; Z57.4)
4. Dibromocloropropano (DBCP) (X48.-; Z57.4 e Z57.5)
5. Calor (trabalho em temperaturas elevadas) (Z57.6)
140
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
IV - Asfixiantes Químicos (T57-59): Monóxido de Carbono 
(T58); Ácido cianídrico e cianetos (T57.3); Sulfeto de 
hidrogênio (T59.6); Aminas aromáticas e seus derivados 
(T65.3)
Exposição ocupacional a agentes tóxicos em 
outras indústrias (Z57.5)
V - Praguicidas (Pesticidas, “Agrotóxicos”) (T60): 
Organofosforados e Carbamatos (T60.0); Halogenados 
(T60.1); Outros praguicidas (T60.2)
Exposição ocupacional a agentes tóxicos na 
Agricultura (Z57.4)
VI - Efeitos da Pressão do Ar e da Pressão da Água (T70): 
Barotrauma Otítico (T70.0); Barotrauma Sinusal (T70.1); 
Doença Descompressiva (“Mal dos Caixões”) (T70.3); 
Outros efeitos da pressão do ar e da água (T70.8).
Exposição ocupacional a pressões 
atmosféricas anormais (W94.-; Z57.8)
INTERVALO CID-10 CNAE
S00-S09
0210 0220 0230 0810 1011 1012 1013 1033 1041 1061 1071 1122 1321 1510 
1532 1610 1621 1622 1732 1733 1931 2212 2330 2342 2391 2511 2512 2539 
2542 2543 2593 2832 2833 2866 2869 2930 3011 3101 3102 3329 3701 3702 
3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4221 4222 4223 4291 4292 
4299 4312 4313 4319 4321 4329 4391 4399 4520 4530 4541 4542 4621 
4622 4623 4635 4671 4672 4673 4674 4679 4687 4731 4732 4741 4742 4743 
4744 4789 4921 4922 4930 5212 5320 7810 7820 7830 8011 8012 8020 8030 
8121 8122 8129 9420 
S20-S29
0113 0131 0133 0210 0220 0230 0810 1011 1012 1013 1071 1321 1510 1610 
1621 1622 1629 1732 1733 1931 2330 2342 2512 2539 2543 2832 2833 2866 
2869 3600 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4221 
4222 4223 4291 4292 4299 4321 4399 4621 4622 4623 4632 4687 4741 4742 
4743 4744 4789 4921 4922 4930 5212 5310 8121 8122 8129 9420 
S30-S39
0131 0133 0210 0220 1011 1012 1013 1061 1071 1610 1621 2330 2342 2511 
2512 3101 3329 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 
4221 4222 4223 4291 4299 4312 4313 4319 4321 4329 4391 4399 4621 4622 
4623 4687 4722 4741 4742 4743 4744 4789 4921 4930 5212 5221 5222 5223 
5229 7810 7820 7830 8121 8122 8129 9420 
S40-S49
0131 0133 0210 0220 0500 0810 1011 1012 1013 1031 1033 1041 1051 1061 
1064 1071 1091 1122 1321 1351 1354 1411 1412 1510 1531 1532 1533 1540 
1610 1621 1622 1623 1629 1722 1732 1733 1931 2212 2221 2222 2223 2229 
2330 2342 2349 2391 2451 2511 2512 2539 2542 2543 2592 2593 2710 2813 
2815 2822 2823 2832 2833 2861 2866 2869 2930 2944 2945 2950 3101 3102 
3329 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4221 4222 
4223 4291 4292 4299 4312 4313 4319 4321 4329 4391 4399 4520 4530 4541 
4542 4618 4621 4622 4623 4635 4661 4671 4672 4673 4674 4679 4687 4721 
4722 4731 4732 4741 4742 4743 4744 4784 4789 4921 4922 4930 5212 5221 
5222 5223 5229 5310 5320 7719 7810 7820 7830 8011 8012 8020 8030 8121 
8122 8129 9420 
S50-S59
0210 0220 0810 1011 1012 1013 1031 1033 1041 1051 1061 1064 1071 1091 
1092 1093 1096 1099 1122 1311 1321 1354 1411 1412 1510 1531 1532 1533 
1540 1610 1621 1622 1623 1629 1722 1732 1733 2211 2221 2222 2223 2229 
2330 2341 2342 2391 2511 2512 2539 2542 2543 2592 2593 2710 2759 2813 
2822 2823 2832 2833 2861 2866 2869 2930 2944 2945 2950 3011 3101 3102 
3329 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4221 4222 
4223 4291 4292 4299 4312 4313 4319 4321 4322 4329 4391 4399 4520 4621 
4622 4623 4635 4661 4685 4686 4687 4689 4711 4721 4722 4741 4742 4743 
4744 4784 4789 4921 4923 4924 4929 4930 5212 5221 5222 5223 5229 5310 
5320 7719 7732 7810 7820 7830 8011 8012 8020 8030 8121 8122 8129 9420 
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
141
INTERVALO CID-10 CNAE
S60-S69
0113 0210 0220 0500 0810 1011 1012 1013 1031 1033 1041 1042 1051 1052 
1061 1062 1063 1064 1071 1072 1091 1092 1093 1094 1096 1099 1122 1311 
1312 1321 1323 1340 1351 1353 1354 1359 1411 1412 1510 1529 1531 1532 
1533 1540 1610 1621 1622 1623 1629 1710 1721 1722 1731 1732 1733 1741 
1742 1749 1813 1931 2012 2019 2029 2061 2063 2091 2092 2123 2211 2212 
2219 2221 2222 2223 2229 2311 2312 2319 2330 2341 2342 2349 2391 2392 
2399 2431 2439 2441 2443 2449 2451 2452 2511 2512 2513 2521 2522 2531 
2532 2539 2541 2542 2543 2550 2591 2592 2593 2599 2632 2651 2710 2721 
2722 2732 2733 2740 2751 2759 2790 2811 2812 2813 2814 2815 2821 2822 
2823 2824 2825 2829 2831 2832 2833 2840 2852 2853 2854 2861 2862 2864 
2865 2866 2869 2920 2930 2941 2942 2943 2944 2945 2949 2950 3011 3012 
3032 3091 3092 3099 3101 3102 3103 3104 3220 3230 3240 3250 3291 3299 
3319 3329 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3832 3839 3900 4120 4211 4213 
4221 4222 4223 4291 4292 4299 4312 4313 4319 4321 4322 4329 4391 4399 
4520 4621 4622 4623 4632 4634 4661 4671 4672 4673 4674 4679 4681 4682 
4685 4686 4687 4689 4711 4721 4722 4741 4742 4743 4744 4789 4930 
5211 5212 5320 5819 5829 7719 7732 7810 7820 7830 8121 8122 8129 8423 
9420 9529 
S70-S79
0210 0220 1011 1012 1013 1033 1122 1610 1621 1622 2330 2391 2511 2512 
2539 3101 3329 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 
4221 4222 4223 4291 4299 4312 4321 4391 4399 4520 4530 4541 4542 4618 
4687 4731 4732 4741 4742 4743 4744 4784 4789 4921 4930 5212 5221 5222 
5223 5229 5232 5250 5320 7810 7820 7830 8011 8012 8020 8030 8121 8122 
8129 9420 
S80-S89
0210 0220 0230 0500 0710 0810 0990 1011 1012 1013 1031 1033 1041 1051 
1061 1062 1064 1071 1072 1092 1096 1099 1122 1321 1351 1354 1411 1412 
1510 1531 15321540 1610 1621 1622 1623 1629 1710 1721 1722 1732 1733 
1931 2012 2019 2029 2073 2091 2211 2219 2222 2312 2320 2330 2341 2342 
2391 2439 2443 2449 2451 2511 2512 2521 2522 2539 2542 2543 2550 2592 
2593 2651 2710 2812 2813 2815 2821 2822 2823 2831 2832 2833 2840 2852 
2854 2861 2862 2864 2865 2866 2869 2930 2943 2944 2945 2950 3011 3101 
3102 3329 3600 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 
4221 4222 4223 4291 4292 4299 4312 4313 4319 4321 4322 4329 4391 4399 
4520 4530 4541 4542 4618 4621 4622 4623 4632 4635 4636 4637 4639 4661 
4671 4672 4673 4674 4679 4681 4682 4685 4686 4687 4689 4711 4722 4723 
4731 4732 4741 4742 4743 4744 4784 4789 4912 4921 4922 4923 4924 4929 
4930 5211 5212 5221 5222 5223 5229 5232 5250 5310 5320 7719 7732 7810 
7820 7830 8011 8012 8020 8030 8121 8122 8129 8423 8424 9420 
S90-S99
0210 0220 0500 0810 1011 1012 1013 1031 1033 1041 1051 1061 1062 1064 
1071 1072 1092 1093 1122 1311 1321 1351 1354 1411 1412 1510 1532 1610 
1621 1622 1623 1629 1710 1721 1722 1732 1733 1931 2029 2091 2219 2221 
2222 2312 2330 2341 2342 2391 2431 2439 2441 2443 2449 2451 2511 2512 
2513 2521 2522 2531 2539 2542 2543 2592 2593 2710 2722 2815 2822 2831 
2832 2833 2840 2852 2853 2854 2861 2862 2865 2866 2869 2920 2930 
2943 2944 2945 2950 3011 3101 3102 3329 3600 3701 3702 3811 3812 3821 
3822 3839 3900 4120 4211 4213 4221 4222 4223 4291 4292 4299 4312 4313 
4319 4321 4322 4329 4391 4399 4621 4622 4623 4661 4681 4682 4685 4686 
4687 4689 4711 4784 4912 4921 4922 4930 5111 5120 5212 5221 5222 5223 
5229 5232 5250 5310 5320 6423 6431 6550 7719 7732 7810 7820 7830 8011 
8012 8020 8030 8121 8122 8129 8423 8424 8610 9420 
142
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
Mesmo assim, não cabe a aplicação de multa por não emissão de CAT, 
quando o enquadramento decorrer de aplicação do NTEP, conforme disposto no § 
5º, art. 22 da Lei nº 8.213/1991, acrescentado pela Lei nº 11.430/2006.
Na segunda modalidade, o nexo causal entre o trabalho e o agravo é 
estabelecido pela verificação de que este decorre de agente etiológico ou fator de 
risco de natureza ocupacional, arrolados na Lista A do Anexo II do Regulamento 
da Previdência Social. (GARCIA, 2008).
Esta Lista A apresenta o rol dos diversos “Agentes ou Fatores de Risco 
de Natureza Ocupacional”. Nesse caso, o nexo causal gera presunção absoluta 
da natureza ocupacional do agravo. Por isso, nessa situação, presente o nexo 
etiológico entre o agravo e o trabalho, o empregador não pode sequer tentar elidir 
essa presunção, pois a doença é considerada como de natureza ocupacional.
Os agravos decorrentes dos agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza 
ocupacional da Lista A do Anexo II do RPS, presentes nas atividades econômicas dos 
empregadores cujo segurado tenha sido exposto, ainda que parcial ou indiretamente, são 
necessariamente considerados doenças profissionais ou do trabalho (independentemente do 
NTEP), não se aplicando, neste caso, a possibilidade de a empresa demonstrar que o agravo 
não possui nexo causal com o trabalho exercido pelo empregado.
Garcia (2008) ainda destaca que nos agravos em que se analisa se existe, ou 
não, o nexo técnico epidemiológico (NTE) entre o ramo de atividade econômica 
da empresa (CNAE) e a entidade mórbida motivadora da incapacidade (CID), 
conforme Lista B do Anexo II do RPS (doenças relacionadas ao trabalho), devem 
ser destacadas outras importantes observações, também presentes na Instrução 
Normativa 16/2007 do INSS:
NOTA
FONTE: Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6042.
htm>. Acesso em: 4 nov. 2010.
INTERVALO CID-10 CNAE
T90-T98
0210 0220 0710 0810 0892 0910 1011 1013 1020 1031 1033 1041 1042 1061 
1062 1071 1072 1091 1092 1093 1122 1220 1311 1312 1321 1351 1352 1353 
1411 1412 1510 1531 1532 1533 1540 1610 1621 1622 1629 1733 1932 2014 
2019 2029 2032 2091 2211 2221 2223 2229 2312 2320 2330 2341 2342 2391 
2451 2511 2512 2521 2522 2539 2542 2592 2593 2640 2740 2751 2790 2813 
2814 2822 2862 2864 2866 2869 2920 2930 2944 2945 2950 3091 3092 3101 
3102 3600 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4221 
4291 4292 4299 4312 4313 4319 4321 4322 4391 4399 4635 4661 4681 4682 
4687 4721 4741 4743 4744 4784 4922 4923 4924 4929 4930 5012 5021 5030 
5212 5221 5222 5223 5229 5231 5232 5239 5250 5310 5320 7719 7732 
8011 8012 8020 8030 8121 8122 9420 
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
143
• a inexistência do nexo técnico epidemiológico não elide o nexo causal entre 
o trabalho e o agravo, cabendo à perícia médica a caracterização técnica do 
acidente do trabalho fundamentadamente, sendo obrigatório o registro e a 
análise do relatório do médico assistente, além dos exames complementares que 
eventualmente o acompanhem (art. 2º, § 4º);
• na situação prevista acima, a perícia médica poderá, se necessário, solicitar as 
demonstrações ambientais da empresa, efetuar pesquisa ou realizar vistoria 
do local de trabalho ou solicitar Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), 
diretamente ao empregador (art. 2º, § 5º) – (Ver modelo do formulário de Perfil 
Profissiográfico Previdenciário no Anexo);
• a perícia médica do INSS poderá deixar de aplicar o nexo técnico epidemiológico 
mediante decisão fundamentada, quando dispuser de informações ou elementos 
circunstanciados e contemporâneos ao exercício da atividade que evidenciem a 
inexistência de nexo causal entre o agravo e o trabalho (art. 2º, § 6º);
• o segurado poderá requerer, após recebimento do resultado da decisão quanto 
ao benefício, cópia da conclusão pericial e de sua justificativa, em caso de não 
aplicação do NTEP pela perícia médica (art. 2º, § 7º).
Essas regras se justificam, por não se tratar da segunda hipótese, acima 
indicada, referente ao agravo necessariamente considerado doença ocupacional 
ou do trabalho, em razão da presença de agente etiológico ou fator de risco na 
atividade econômica do empregador, com exposição do segurado, em que a 
caracterização do nexo causal ocupacional não admite demonstração em contrário.
Assim, em ambas as situações explanadas, como prevê o art. 3º da Instrução 
Normativa 16/2007, a existência do nexo entre o trabalho e o agravo não implica 
o reconhecimento automático da incapacidade para o trabalho, que deverá ser 
definida pela perícia médica.
Efetivamente, de acordo com o art. 20, §1º, ‘c’, da Lei nº 8.213/1991, não são 
consideradas doenças do trabalho as que não produzam incapacidade laborativa. 
Por isso, reconhecida a incapacidade para o trabalho (pela perícia médica do INSS, 
ou mesmo judicialmente) e estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo, são 
devidas as prestações acidentárias a que o beneficiário tenha direito. (GARCIA, 
2008).
Resumidamente, pode-se adotar a seguinte sistematização:
• Doença do Trabalho = Nexo Causal + Incapacidade Laboral.
• Nexo Causal = Nexo Etiológico ou Nexo Técnico Epidemiológico. 
• Doença do Trabalho (Nexo Etiológico + Incapacidade): presunção absoluta.
• Doença do Trabalho (NTE + Incapacidade): presunção relativa.
NOTA
144
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
A perícia médica do INSS, quando constatar indícios de culpa ou dolo por 
parte do empregador, em relação aos benefícios por incapacidade concedidos, 
deverá oficiar à Procuradoria Federal especializada – INSS, subsidiando-a com 
evidências e demais meios de prova colhidos, notadamentequanto aos programas 
de gerenciamento de riscos ocupacionais, para as providências cabíveis, inclusive 
para ajuizamento de ação regressiva contra os responsáveis, conforme previsto 
nos arts. 120 e 121 da Lei nº 8.213/1991, de modo a possibilitar o ressarcimento à 
Previdência Social do pagamento de benefícios por morte ou por incapacidade, 
permanente ou temporária. (GARCIA, 2008).
Veja a seguir no anexo extraído do site da Previdência, o modelo de formulário do 
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO – PPP se suas instruções para o preenchimento.
ANEXO
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO – PPP
I SEÇÃO DE DADOS ADMINISTRATIVOS
1 – CNPJ do Domicílio 
Tributário/ CEI 2 – Nome Empresarial 3 – CNAE
4 – Nome do Trabalhador 5 – BR/ PDH 6 – NIT
7 – Data do 
Nascimento
8 – Sexo 
(F/M) 9 – CTPS (Nº, Série e UF)
10 – Data de 
Admissão
11 – Regime 
Revezamento
12 – CAT Registrada
12.1 – Data do 
Registro 12.2 – Número da CAT 12.1 – Data do Registro
12.2 – Número da 
CAT
13 – Lotação e Atribuição
13.1 – Período 13.2 – CNPJ/ CEI 13.3 – Setor 13.4 – Cargo 13.5 – 
Função
13.6 – 
CBO
13.7 – 
Cód. 
GFIP
14 – Profissiografia
14.1 – Período 14.2 – Descrição das Atividades
NOTA
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
145
II SEÇÃO DE REGISTROS AMBIENTAIS
15 – Exposição a Fatores de Riscos
15.1 – Período 15.2 – Tipo 15.3 – Fator 
de Risco
15.4 – Intens./ 
Conc.
15.5 – Técnica 
Utilizada
15.6 – EPC 
Eficaz 
(S/N)
15.7 – EPI 
Eficaz 
(S/N)
15.8 
– 
CA 
EPI
15.9 – Atendimento aos requisitos das NR-06 e NR-09 do MTE pelos EPI informados (S/N)
Foi tentada a implementação de medidas de proteção coletiva, de caráter administrativo ou 
de organização do trabalho, optando-se pelo EPI por inviabilidade técnica, insuficiência ou 
interinidade, ou ainda em caráter complementar ou emergencial.
Foram observadas as condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo do 
tempo, conforme especificação técnica do fabricante, ajustada às condições de campo.
Foi observado o prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação – CA do MTE.
Foi observada a periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, comprovada 
mediante recibo assinado pelo usuário em época própria.
Foi observada a higienização.
16 – Responsável Pelos Registros Ambientais
16.1 – Período 16.2 – NIT 16.3 – Registro Conselho 
de Classe
16.4 – Nome do Profissional 
Legalmente Habilitado
III SEÇÃO DE RESULTADOS DE MONITORAÇÃO BIOLÓGICA
17 – Exames Médicos Clínicos e Complementares (Quadros I e II, da NR 07)
17.1 – Data 17.2 – Tipo 17.3 – Natureza 17.4 – Exame 
(R/S)
17.5 – Indicação 
de Resultados
__/__/____ ( ) Normal
( ) Alterado
( ) Estável
( ) Agravamento
( ) Ocupacional
( ) Não 
Ocupacional
18 – Responsável Pela Monitoração Biológica
18.1 – Período 18.2 – NIT 18.3 – Registro Conselho de 
Classe
18.4 Nome do 
Profissional Legalmente 
Habilitado
__/__/____ a __/__/____ ---- ---- ----
146
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
IV RESPONSÁVEIS PELAS INFORMAÇÕES
Declaramos, para todos os fins de direio, que as informações prestadas neste documento são verídicas 
e foram transcritas fielmente dos registros administrativos, das demonstrações ambientais e dos 
programas médicos de responsabilidade da empresa. É de nosso conhecimento que a prestação de 
informações falsas neste documento constitui crime de falsificação de documento público, nos termos 
do art. 297 do Código Penal e, também, que tais informações são de caráter privativo do trabalhador, 
constituindo crime, nos termos da Lei n.º 9.029/95, práticas discriminatórias decorrentes de sua 
exigibilidade por outrem, bem como de sua divulgação para terceiros, ressalvado quando exigida pelos 
órgãos públicos competentes.
19 – Data Emissão PPP 20 – Representante Legal da Empresa
20.1 – NIT 20.2 – Nome
Carimbo
_________________________________
Assinatura
NIT Nome
Carimbo
_________________________________
Assinatura
Observações:
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO
CAMPO DESCRIÇÃO INSTRUÇÃO DE PREENCHIMENTO
SEÇÃO I SEÇÃO DE DADOS ADMINISTRATIVOS
1 CNPJ do Domicílio 
Tributário/CEI
CNPJ relativo ao estabelecimento escolhido como domicílio 
tributário, nos termos do art. 127 do CTN, no formato 
XXXXXXXX/XXXX-XX; ou 
Matrícula no Cadastro Específico do INSS (Matrícula CEI) 
relativa à obra realizada por Contribuinte Individual ou ao 
estabelecimento escolhido como domicílio tributário que 
não possua CNPJ, no formato XX.XXX.XXXXX/XX, ambos 
compostos por caracteres numéricos.
2 Nome Empresarial Até 40 (quarenta) caracteres alfanuméricos.
DECLARO TER RECEBIDO DOCUMENTO ORIGINAL (EMISSÃO) REFERENTE AO PERFIL 
PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO, CONFORME CITADO, AOS PERÍODOS TRABALHADOS E 
FUNÇÕES CORRESPONDENTES.
BLUMENAU, _____ DE ______________________DE ________.
________________________________________________
Assinatura do funcionário
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
147
3 CNAE
Classificação Nacional de Atividades Econômicas da 
empresa, completo, com 7 (sete) caracteres numéricos, 
no formato XXXXXX-X, instituído pelo IBGE através da 
Resolução CONCLA nº 07, de 16/12/2002. 
A tabela de códigos CNAE-Fiscal pode ser consultada na 
Internet, no site www.cnae.ibge.gov.br.
4 Nome do Trabalhador Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos.
5 BR/PDH
BR – Beneficiário Reabilitado; PDH – Portador de 
Deficiência Habilitado; NA – Não Aplicável.
Preencher com base no art. 93, da Lei nº 8.213, de 1991, 
que estabelece a obrigatoriedade do preenchimento dos 
cargos de empresas com 100 (cem) ou mais empregados 
com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de 
deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I - até 200 empregados........................................................2%;
II - de 201 a 500...................................................................3%;
III - de 501 a 1.000...............................................................4%;
IV - de 1.001 em diante. .....................................................5%.
6 NIT
Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) 
caracteres numéricos, no formato XXX.XXXXX.XX-X.
O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, 
no caso de Contribuinte Individual (CI), pode ser utilizado 
o número de inscrição no Sistema Único de Saúde (SUS) ou 
na Previdência Social.
7 Data do Nascimento No formato DD/MM/AAAA.
8 Sexo (F/M) F – Feminino; M – Masculino.
9 CTPS (Nº, Série e UF)
Número, com 7 (sete) caracteres numéricos, Série, com 5 
(cinco) caracteres numéricos e UF, com 2 (dois) caracteres 
alfabéticos, da Carteira de Trabalho e Previdência Social.
10 Data de Admissão No formato DD/MM/AAAA.
11 Regime de Revezamento
Regime de Revezamento de trabalho, para trabalhos em 
turnos ou escala, especificando tempo trabalhado e tempo 
de descanso, com até 15 (quinze) caracteres alfanuméricos.
Exemplo: 24 x 72 horas; 14 x 21 dias; 2 x 1 meses.
Se inexistente, preencher com NA – Não Aplicável.
12 CAT REGISTRADA
Informações sobre as Comunicações de Acidente do 
Trabalho registradas pela empresa na Previdência Social, 
nos termos do art. 22 da Lei nº 8.213, de 1991, do art. 169 
da CLT, do art. 336 do RPS, aprovado pelo Dec. nº 3.048, de 
1999, do item 7.4.8, alínea “a” da NR-07 do MTE e dos itens 
4.3.1 e 6.1.2 do Anexo 13-A da NR-15 do MTE, disciplinado 
pela Portaria MPAS nº 5.051, de 1999, que aprova o Manual 
de Instruções para Preenchimento da CAT.
12.1 Data do Registro No formato DD/MM/AAAA.
12.2 Número da CAT
Com 13 (treze) caracteres numéricos, com formato 
XXXXXXXXXX-X/XX. 
Os dois últimos caracteres correspondem a um número 
seqüencial relativo ao mesmo acidente, identificado por 
NIT, CNPJ e data do acidente.
148UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
13 LOTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO
Informações sobre o histórico de lotação e atribuições do 
trabalhador, por período.
A alteração de qualquer um dos campos - 13.2 a 13.7 - 
implica, obrigatoriamente, a criação de nova linha, com 
discriminação do período, repetindo as informações que 
não foram alteradas.
13.1 Período
Data de início e data de fim do período, ambas no formato 
DD/MM/AAAA.
No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último 
período não deverá ser preenchida.
13.2 CNPJ/CEI
Local onde efetivamente o trabalhador exerce 
suas atividades. Deverá ser informado o CNPJ do 
estabelecimento de lotação do trabalhador ou da empresa 
tomadora de serviços, no formato XXXXXXXX/XXXX-XX; 
ou 
Matrícula CEI da obra ou do estabelecimento que não 
possua CNPJ, no formato XX.XXX.XXXXX/XX, ambos 
compostos por caracteres numéricos.
13.3 Setor
Lugar administrativo na estrutura organizacional da 
empresa, onde o trabalhador exerce suas atividades 
laborais, com até 15 (quinze) caracteres alfanuméricos.
13.4 Cargo
Cargo do trabalhador, constante na CTPS, se empregado 
ou trabalhador avulso, ou constante no Recibo de Produção 
e Livro de Matrícula, se cooperado, com até 30 (trinta) 
caracteres alfanuméricos.
13.5 Função
Lugar administrativo na estrutura organizacional da 
empresa, onde o trabalhador tenha atribuição de comando, 
chefia, coordenação, supervisão ou gerência. Quando 
inexistente a função, preencher com NA – Não Aplicável, 
com até 30 (trinta) caracteres alfanuméricos.
13.6 CBO
Classificação Brasileira de Ocupação vigente à época, com 6 
(seis) caracteres numéricos:
1- No caso de utilização da tabela CBO relativa a 1994, 
utilizar a CBO completa com 5 (cinco) caracteres, 
completando com “0” (zero) a primeira posição;
2- No caso de utilização da tabela CBO relativa a 2002, 
utilizar a CBO completa com 6 (seis) caracteres.
Alternativamente, pode ser utilizada a CBO, com 5 (cinco) 
caracteres numéricos, conforme Manual da GFIP para 
usuários do SEFIP, publicado por Instrução Normativa da 
Diretoria Colegiada do INSS:
1- No caso de utilização da tabela CBO relativa a 1994, 
utilizar a CBO completa com 5 (cinco) caracteres;
2- No caso de utilização da tabela CBO relativa a 2002, 
utilizar a família do CBO com 4 (quatro) caracteres, 
completando com “0” (zero) a primeira posição.
A tabela de CBO pode ser consultada na Internet, no site 
www.mtecbo.gov.br.
OBS: Após a alteração da GFIP, somente será aceita a CBO 
completa, com 6 (seis) caracteres numéricos, conforme a 
nova tabela CBO relativa a 2002.
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
149
13.7 Código Ocorrência da GFIP
Código Ocorrência da GFIP para o trabalhador, com 2 
(dois) caracteres numéricos, conforme Manual da GFIP para 
usuários do SEFIP, publicado por Instrução Normativa da 
Diretoria Colegiada do INSS.
14 PROFISSIOGRAFIA
Informações sobre a profissiografia do trabalhador, por 
período.
A alteração do campo 14.2 implica, obrigatoriamente, a 
criação de nova linha, com discriminação do período.
14.1 Período
Data de início e data de fim do período, ambas no formato 
DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo, a data de 
fim do último período não deverá ser preenchida.
14.2 Descrição das Atividades
Descrição das atividades, físicas ou mentais, realizadas 
pelo trabalhador, por força do poder de comando a 
que se submete, com até 400 (quatrocentos) caracteres 
alfanuméricos.
As atividades deverão ser descritas com exatidão, e de 
forma sucinta, com a utilização de verbos no infinitivo 
impessoal.
SEÇÃO II SEÇÃO DE REGISTROS AMBIENTAIS
15
EXPOSIÇÃO A FATORES 
DE RISCOS
Informações sobre a exposição do trabalhador a fatores 
de riscos ambientais, por período, ainda que estejam 
neutralizados, atenuados ou exista proteção eficaz.
Facultativamente, também poderão ser indicados os fatores 
de riscos ergonômicos e mecânicos. A alteração de qualquer 
um dos campos - 15.2 a 15.8 - implica, obrigatoriamente, 
a criação de nova linha, com discriminação do período, 
repetindo as informações que não foram alteradas.
OBS.: Após a implantação da migração dos dados do PPP 
em meio magnético pela Previdência Social, as informações 
relativas aos fatores de riscos ergonômicos e mecânicos 
passarão a ser obrigatórias.
15.1 Período
Data de início e data de fim do período, ambas no formato 
DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo, a data de 
fim do último período não deverá ser preenchida.
15.2 Tipo
F – Físico; Q – Químico; B – Biológico; E – Ergonômico/
Psicossocial, M – Mecânico/de Acidente, conforme 
classificação adotada pelo Ministério da Saúde, em 
“Doenças Relacionadas ao Trabalho: Manual de 
Procedimentos para os Serviços de Saúde”, de 2001.
A indicação do Tipo “E” e “M” é facultativa.
O que determina a associação de agentes é a superposição 
de períodos com fatores de risco diferentes.
15.3 Fator de Risco
Descrição do fator de risco, com até 40 (quarenta) caracteres 
alfanuméricos.
Em se tratando do Tipo “Q”, deverá ser informado o nome 
da substância ativa, não sendo aceitas citações de nomes 
comerciais.
15.4 Intensidade / Concentração
Intensidade ou Concentração, dependendo do tipo de 
agente, com até 15 (quinze) caracteres alfanuméricos. 
Caso o fator de risco não seja passível de mensuração, 
preencher com NA – Não Aplicável.
150
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
15.5 Técnica Utilizada
Técnica utilizada para apuração do item 15.4, com até 40 
(quarenta) caracteres alfanuméricos.
Caso o fator de risco não seja passível de mensuração, 
preencher com NA – Não Aplicável.
15.6 EPC Eficaz (S/N)
S – Sim; N – Não, considerando se houve ou não a 
eliminação ou a neutralização, com base no informado nos 
itens 15.2 a 15.5, assegurada as condições de funcionamento 
do EPC ao longo do tempo, conforme especificação técnica 
do fabricante e respectivo plano de manutenção.
15.7 EPI Eficaz (S/N)
S – Sim; N – Não, considerando se houve ou não a 
atenuação, com base no informado nos itens 15.2 a 15.5, 
observado o disposto na NR-06 do MTE, assegurada a 
observância:
1- da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do 
MTE (medidas de proteção coletiva, medidas de caráter 
administrativo ou de organização do trabalho e utilização 
de EPI, nesta ordem, admitindo-se a utilização de EPI 
somente em situações de inviabilidade técnica, insuficiência 
ou interinidade à implementação do EPC, ou ainda em 
caráter complementar ou emergencial);
2- das condições de funcionamento do EPI ao longo do 
tempo, conforme especificação técnica do fabricante 
ajustada às condições de campo;
3- do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação 
do MTE;
4- da periodicidade de troca definida pelos programas 
ambientais, devendo esta ser comprovada mediante recibo; 
e
5- dos meios de higienização.
15.8 C.A. EPI
Número do Certificado de Aprovação do MTE para o 
Equipamento de Proteção Individual referido no campo 
154.7, com 5 (cinco) caracteres numéricos.
Caso não seja utilizado EPI, preencher com NA – Não 
Aplicável.
16 RESPONSÁVEL PELOS 
REGISTROS AMBIENTAIS
Informações sobre os responsáveis pelos registros 
ambientais, por período.
16.1 Período
Data de início e data de fim do período, ambas no formato 
DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo sem 
alteração do responsável, a data de fim do último período 
não deverá ser preenchida.
16.2 NIT
Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) 
caracteres numéricos, no formato XXX.XXXXX.XX-X.
O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, 
no caso de Contribuinte Individual (CI), pode ser utilizado 
o número de inscrição no Sistema Único de Saúde (SUS) ou 
na Previdência Social.
16.3 Registro Conselho de Classe
Número do registro profissional no Conselho de Classe, 
com 9 (nove) caracteresalfanuméricos, no formato 
XXXXXX-X/XX ou XXXXXXX/XX.
A parte “-X” corresponde à D – Definitivo ou P – Provisório.
A parte “/XX” deve ser preenchida com a UF, com 2 (dois) 
caracteres alfabéticos.
A parte numérica deverá ser completada com zeros à 
esquerda.
TÓPICO 2 | NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - NTEP
151
16.4
Nome do Profissional 
Legalmente Habilitado
Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos.
SEÇÃO III
SEÇÃO DE RESULTADOS DE MONITORAÇÃO 
BIOLÓGICA
17
EXAMES MÉDICOS 
CLÍNICOS E 
COMPLEMENTARES
Informações sobre os exames médicos obrigatórios, clínicos 
e complementares, realizados para o trabalhador, constantes 
nos Quadros I e II, da NR-07 do MTE.
17.1 Data No formato DD/MM/AAAA.
17.2 Tipo
A – Admissional; P – Periódico; R – Retorno ao Trabalho; M 
– Mudança de Função; D – Demissional.
17.3 Natureza
Natureza do exame realizado, com até 50 (cinqüenta) 
caracteres alfanuméricos.
No caso dos exames relacionados no Quadro I da NR-07, do 
MTE, deverá ser especificada a análise realizada, além do 
material biológico coletado.
17.4 Exame (R/S) R – Referencial; S – Seqüencial.
17.5 Indicação de Resultados
Preencher Normal ou Alterado. Só deve ser preenchido 
Estável ou Agravamento no caso de Alterado em exame 
Seqüencial. Só deve ser preenchido Ocupacional ou Não 
Ocupacional no caso de Agravamento.
OBS: No caso de Natureza do Exame “Audiometria”, 
a alteração unilateral poderá ser classificada como 
ocupacional, apesar de a maioria das alterações 
ocupacionais serem constatadas bilateralmente.
18
RESPONSÁVEL PELA 
MONITORAÇÃO 
BIOLÓGICA
Informações sobre os responsáveis pela monitoração 
biológica, por período.
18.1 Período
Data de início e data de fim do período, ambas no formato 
DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo sem 
alteração do responsável, a data de fim do último período 
não deverá ser preenchida.
18.2 NIT
Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) 
caracteres numéricos, no formato XXX.XXXXX.XX-X.
O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, 
no caso de Contribuinte Individual (CI), pode ser utilizado 
o número de inscrição no Sistema Único de Saúde (SUS) ou 
na Previdência Social.
18.3 Registro Conselho de Classe
Número do registro profissional no Conselho de Classe, 
com 9 (nove) caracteres alfanuméricos, no formato 
XXXXXX-X/XX ou XXXXXXX/XX.
A parte “-X” corresponde à D – Definitivo ou P – Provisório.
A parte “/XX” deve ser preenchida com a UF, com 2 (dois) 
caracteres alfabéticos.
A parte numérica deverá ser completada com zeros à 
esquerda.
18.4
Nome do Profissional 
Legalmente Habilitado
Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos.
SEÇÃO IV RESPONSÁVEIS PELAS INFORMAÇÕES
19 Data de Emissão do PPP Data em que o PPP é impresso e assinado pelos 
responsáveis, no formato DD/MM/AAAA.
152
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
20 REPRESENTANTE LEGAL 
DA EMPRESA
Informações sobre o Representante Legal da empresa, com 
poderes específicos outorgados por procuração.
20.1 NIT
Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) 
caracteres numéricos, no formato XXX.XXXXX.XX-X.
O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, 
no caso de contribuinte individual (CI), pode ser utilizado 
o número de inscrição no Sistema Único de Saúde (SUS) ou 
na Previdência Social.
20.2 Nome Até 40 caracteres alfabéticos.
Carimbo e Assinatura Carimbo da Empresa e Assinatura do Representante Legal.
OBSERVAÇÕES
Devem ser incluídas neste campo, informações necessárias 
à análise do PPP, bem como facilitadoras do requerimento 
do benefício, como por exemplo, esclarecimento sobre 
alteração de razão social da empresa, no caso de sucessora 
ou indicador de empresa pertencente a grupo econômico.
153
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
• O NTEP está diretamente relacionado com as chamadas doenças ocupacionais 
muito mais do que com os acidentes típicos.
• Verificada a existência do referido nexo técnico epidemiológico, não mais cabe 
ao empregado (segurado) provar ou demonstrar que a doença foi produzida ou 
desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade, ou 
que a doença foi adquirida ou desencadeada em função de condições especiais 
em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
154
AUTOATIVIDADE
1 Verificada a existência do referido nexo técnico epidemiológico, não mais 
cabe ao empregado provar ou demonstrar que a doença foi produzida ou 
desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
2 O nexo técnico epidemiológico presume:
( ) tratar de doença do trabalho. 
( ) tratar de doença ou profissional.
( ) tratar de acidente no trabalho.
( ) tratar de doença organizacional.
3 Quem é o responsável por reconhecer a incapacidade para o trabalho e o nexo 
entre o trabalho e o agravo, tornando devidas as prestações acidentárias a que o 
beneficiário tenha direito:
( ) Ministério do Trabalho.
( ) Perícia médica do INSS. 
( ) Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho.
( ) Técnico de Segurança do Trabalho.
4 Presume-se o nexo causal entre o agravo e o trabalho mediante o cruzamento/
combinação do CNAE (Código Nacional de Atividade Econômica) e a entidade 
mórbida motivadora da incapacidade (relacionada na Classificação Internacional 
de Doença – CID).
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
5 A presunção absoluta se dá pelos seguintes fatores:
( ) Nexo Causal + Incapacidade Laboral.
( ) Nexo Etiológico ou Nexo Técnico Epidemiológico. 
( ) Doença do Trabalho (Nexo Etiológico + Incapacidade).
( ) Doença do Trabalho (NTE + Incapacidade).
155
DIVERSIDADE NO QUADRO DE PROFISSIONAIS: INCLUSÃO DE 
MINORIAS NO MERCADO DE TRABALHO
Ainda hoje existem preconceitos e resistência na contratação de profissionais 
pertencentes a grupos de minoria. O resultado: empresas com um quadro de 
profissionais homogêneo em que nem todos os segmentos da sociedade estão 
representados. E você, aceita as diferenças? Está livre dos preconceitos e valoriza a 
diversidade no espaço de trabalho dentro da sua empresa?
O assunto é delicado, mas é necessário que se fale dele. Flávia Cintra, 
jornalista, consultora de inclusão social e ativista de direitos humanos, diz que são 
poucos os empresários atendidos em seus trabalhos de consultoria que convivem 
de alguma forma com minorias. “Na minha rotina, estou acostumada a assessorar 
diretores e gestores de empresas que nunca tinham sequer conversado com alguém 
cego, surdo ou sentado em uma cadeira de rodas e que consideravam inviável 
contratar um profissional com deficiência. Ao final dos trabalhos, as palavras 
mais recorrentes são alívio e sucesso, pois se descobre que ter uma deficiência não 
precisa representar um limite profissional ou social na vida de ninguém”.
Para muitos desses executivos, Flávia foi a primeira deficiente física com 
quem trataram mais de perto. Ela perdeu os movimentos aos 18 anos depois de 
um acidente de carro e, depois de um período complicado de adaptação, resolveu 
lutar pelos direitos dos deficientes e por um mercado de trabalho mais igualitário. 
“Tive uma fratura na coluna cervical e, por consequência, uma lesão 
medular que me tornou tetraplégica. Foi uma fase muito dolorosa, de inseguranças, 
tristezas e medos, mas que durou o tempo necessário para que eu percebesse que 
se não podia mais andar, ainda podia fazer muitas outras coisas. Resolvi descobrir 
quais e apostar nelas. Sempre fui indignada com as injustiças sociais, interessada 
por direitos humanos. Sentar em uma cadeira de rodas, sabendo que não poderia 
levantar tão cedo, fez com que eu dirigisse minha energia militante ao segmento 
da população que passei a fazer parte”, conta.
Hoje, aos 35 anos, envolvida em diversos projetos de inclusãosocial no 
mercado de trabalho, acompanhou algumas evoluções, inclusive na forma como 
algumas empresas passaram a valorizar a diversidade no espaço de trabalho. 
“Temos assistido multinacionais definindo metas de promoção da mulher em 
posições de liderança, gestores de RH estendendo benefícios, como plano de 
saúde, aos companheiros de seus colaboradores homossexuais, negros ascendendo 
hierarquicamente nas empresas e, recentemente, a inclusão das pessoas com 
deficiência no mundo corporativo”, avalia.
Uma dessas empresas é o Banco Real, que possui, inclusive, um Kit 
Diversidade, que é enviado a todos os gerentes de agências e possui informações 
LEITURA COMPLEMENTAR
156
de como tratar do preconceito. O material também instrui o gestor a perceber 
qual segmento não está bem representado no quadro de profissionais na hora de 
contratar um novo colaborador.
“Valorizamos a diversidade em todas as suas dimensões, pois acreditamos 
que assim podemos construir as condições para que todos possam participar e 
se desenvolver plenamente. Temos ações que reforçam o respeito às pessoas 
como um dos quatro valores do Banco Real (respeito, integridade, trabalho em 
equipe e profissionalismo)”, explica Maria Cristina Carvalho, superintendente de 
Desenvolvimento Humano do Banco Real.
Sem dúvida, conviver com diferenças é fundamental para o desenvolvimento 
de qualquer profissional. “É essa diversidade de talentos, interagindo abertamente 
e com muito respeito, que gera criatividade e permite encontrar soluções exclusivas 
para os negócios, em um mundo que também é diverso”, diz Maria Cristina.
Além disso, Flávia Cintra acrescenta que a vantagem para a empresa é 
dupla: não só é socialmente responsável, como também é uma questão estratégica. 
“No mundo todo, as corporações começam a perceber que quanto mais diverso 
for seu público interno mais bem representado estará o perfil de seus clientes. Este 
formato favorece a assertividade da construção de serviços, produtos e soluções 
que geram venda e, consequentemente, lucro”, comenta.
De qualquer forma, ainda não se pode realmente falar em uma 
democratização do mercado de trabalho. “Estamos vivendo um período de 
transformação política, social e cultural em relação ao trabalho das pessoas com 
deficiência e pertencentes aos grupos de minoria. A atual legislação brasileira 
já oferece o aparato necessário à inclusão econômica, mas apenas leis não são 
suficientes. Precisamos eliminar a desvantagem social, que está na maneira como 
essas pessoas são vistas e tratadas”, explica Flávia.
Sua empresa também pode ajudar a mudar esse quadro, apostando também 
na diversidade dos colaboradores. Afinal, você pode perceber que tem motivos de 
sobra para implementar um programa de valorização às diferenças. Informe-se 
sobre as leis e sobre programas que outras empresas já instituem e abra espaço, 
democratize as contratações da sua empresa. Faça sua parte por um mundo mais 
igualitário.
FONTE: FEJESP. Diversidade no quadro de profissionais: inclusão de minorias no mercado de 
trabalho. Disponível em: <http://newsletter.cbss.com.br/2009/02/diversidade.htm>. Acesso em: 
30 ago. 2010.
157
TÓPICO 3
PORTADORES DE NECESSIDADES 
ESPECIAIS
UNIDADE 3
Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) calculam que há 
cerca de 610 milhões de pessoas com deficiência no mundo, das quais 386 milhões 
fazem parte da população economicamente ativa. Avalia-se que 80% do total vivam 
nos países em desenvolvimento. No Brasil, segundo o censo realizado no ano de 
2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado em 
2002, existem 24,5 milhões de brasileiros portadores de algum tipo de deficiência. 
O critério utilizado pela primeira vez nesse levantamento foi o da Classificação 
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), recomendado pela 
Organização Mundial de Saúde. 
Em 9 de dezembro de 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) 
aprovou a Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência, 
defendendo o direito inerente das pessoas com deficiência ao respeito por sua 
dignidade e o de ter suas necessidades levadas em consideração em todos os 
estágios do planejamento socioeconômico.
FONTE: Disponível em: <http://educacaodialogica.blogspot.com/2009/05/o-
que-e-inclusao-social.html>. Acesso em: 4 nov. 2010.
FIGURA 15 – INCLUSÃO SOCIAL
1 INTRODUÇÃO
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
158
Nos anos que se seguiram foram elaboradas várias diretrizes e recomendações 
com o intuito de garantir à pessoa com deficiência o mesmo tratamento dispensado 
a qualquer outro cidadão. Também foram estabelecidas datas simbólicas referentes 
à questão, o que impulsionou o surgimento de muitos movimentos.
2 CONCEITO DE PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS
A Convenção 159 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 
1983, define pessoa com deficiência como aquela cuja possibilidade de conseguir, 
permanecer e progredir no emprego é substancialmente limitada em decorrência 
de uma reconhecida desvantagem física ou mental. 
Araújo (2005) destaca que pessoa com deficiência abrange um conjunto 
amplo de características. As deficiências podem ser físicas, sensoriais (da visão ou 
da audição), ou intelectuais. Podem ser de nascença ou ter surgido em outra época 
da vida, em função de doença ou acidente. Podem ter um impacto brando na 
capacidade de trabalho e de interação com o meio físico e social ou consequências 
maiores, que requerem apoio e assistência proporcionais.
FONTE: Disponível em: <http://comunicacaoeinfo.blogspot.com/2010/03/
inclusao-social-todos-tem-direito.html>. Acesso em: 4 nov. 2010.
A deficiência física pode ser definida como uma desvantagem, resultante 
de um comprometimento ou de uma incapacidade, que limita ou impede o desempenho 
motor de uma determinada pessoa, ocasionando alterações ortopédicas e/ou neurológicas. A 
deficiência física abrange uma variedade de condições não sensoriais que afetam o indivíduo 
em termos de mobilidade, de coordenação motora geral ou da fala, como decorrência de 
lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, ou ainda, de más formações congênitas 
ou adquiridas. (CORDE, 1997).
FIGURA 16 – INCLUSÃO SOCIAL, TODOS TEM DIREITO
NOTA
TÓPICO 3 | PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS
159
Conforme dados publicados pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos 
(2004), os portadores de necessidades físicas apresentam:
• dificuldades locomotoras: pessoas que usam bengala, muletas, cadeira de rodas, 
com membros inferiores mutilados, que usam algum tipo de aparato ortopédico 
fixo ou provisório (gesso, ataduras ou curativos), mães com crianças de colo, 
senhoras com sacolas, entre outras;
• dificuldades corporais: pessoas idosas, cardiopatas, reumáticas, portadoras 
de Mal de Chagas, obesas, extremamente baixas ou de elevada estatura, 
com membros superiores lesados, gestantes após o sexto mês de gravidez e 
convalescentes em geral;
• dificuldades sensoriais: pessoas com perda de visão parcial, total ou problemas 
clínicos como graus elevados de cataratas, astigmatismo, hipermetropia, 
estrabismo e daltonismos; com perda parcial ou total de audição, com problemas 
clínicos nos tímpanos e no ouvido médio, com problemas de fala total (mudas) 
ou parcial;
• dificuldades mentais/culturais: pessoas com diferentes graus de incapacidade 
mental, analfabetos ou sem o domínio do idioma português.
Assim, são considerados portadores de deficiência física os indivíduos que 
apresentam comprometimento da capacidade motora, nos padrões considerados 
normais para a espécie humana.
O quadro a seguir apresenta as principais definições quanto aos tipos de 
deficiências. 
TIPOS DEFINIÇÕES
Paraplegia Perda total das funções motoras dos membros inferiores.
Paraparesia Perda parcial das funções motoras dos membrosinferiores. 
Monoplegia Perda total das funções motoras de um só membro (inferior ou superior).
Monoparesia Perda parcial das funções motoras de um só membro (inferior ou superior).
Tetraplegia Perda total das funções motoras dos membros inferiores e superiores.
Tetraparesia Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e superiores.
Triplegia Perda total das funções motoras em três membros.
Triparesia Perda parcial das funções motoras em três membros.
Hemiplegia Perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo).
Hemiparesia
Perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou 
esquerdo).
Amputação Perda total ou parcial de um determinado membro ou segmento de membro.
Paralisia Cerebral
Lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso central, tendo como consequência 
alterações psicomotoras, podendo ou não causar deficiência mental/intelectual. 
Nanismo
Estado de um indivíduo caracterizado por uma estrutura muito pequena, 
decorrente de uma deficiência do crescimento provocada por insuficiência 
endócrina ou má alimentação. A baixa estatura é sua característica principal, com 
altura abaixo do terceiro percentil. 
Ostomia 
Situações em que é criada, artificialmente, uma ligação para o exterior, permanente 
ou transitória. Ex.: colostomia, ileostomia, urostomia, traqueostomia. 
 FONTE: Jaime e Carmo (2005) 
QUADRO 10 – DEFINIÇÕES DOS TIPOS DE DEFICIÊNCIAS
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
160
Referência o Ministério da Saúde (2008) que as principais causas das 
deficiências são: 
(1) os transtornos congênitos e perinatais, decorrentes da falta de assistência ou da 
assistência inadequada às mulheres na fase reprodutiva; 
(2) as doenças transmissíveis e crônicas não transmissíveis; 
(3) as perturbações psiquiátricas; 
(4) o abuso de álcool e de drogas; 
(5) a desnutrição; e 
(6) os traumas e as lesões, principalmente nos centros urbanos mais desenvolvidos, 
onde são crescentes os índices de violência e de acidentes de trânsito. 
De acordo com Araújo (2005), no Brasil, a Constituição Federal de 1988 
incorporou garantias às pessoas com deficiência, proibindo a discriminação de 
salários e de critérios de admissão, assumindo como responsabilidade do estado a 
saúde, a assistência social e o atendimento educacional especializado, além de garantir 
a reserva de um percentual de cargos públicos para as pessoas com deficiência.
Em decorrência, a Lei nº 7.853/89 traça a diretriz central a ser aplicada ao 
tema em estudo, ao estabelecer que: 
Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabem assegurar às pessoas 
portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, 
inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à 
previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros 
que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar 
pessoal, social e econômico. 
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos 
e entidades da administração direta e indireta devem dispensar, no 
âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos desta Lei, 
tratamento prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo 
de outras, as seguintes medidas.
Assim, as pessoas portadoras de deficiências compõem uma parcela 
significativa da população brasileira, e devem ter os mesmos acessos que uma 
pessoa sem deficiência, a fim de garantir-lhes o direito de igualdade.
3 INCLUSÃO DE PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS 
NO MERCADO DE TRABALHO
Em todo o mundo, cresce a consciência de que a inclusão das pessoas com 
deficiência é uma questão de ética, cidadania e redução da desigualdade social. E as 
empresas ganharam um papel de destaque, contratando, mantendo e promovendo 
pessoas com deficiência, reconhecendo sua potencialidade e dando-lhes condições 
de desenvolvimento profissional.
TÓPICO 3 | PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS
161
Contudo, Araújo (2005) destaca que as empresas podem ir além, atuando 
junto aos seus parceiros e à comunidade e entidades do governo, contribuindo para 
mudanças de cultura e comportamento que tornem a própria sociedade mais inclusiva.
Para a inclusão das pessoas deficientes, deve-se garantir o direito de acesso aos 
bens da sociedade – educação, saúde, trabalho, remuneração digna etc. Quanto à inclusão no 
mercado de trabalho, é necessário assegurar as condições de interação das pessoas portadoras 
de deficiência com os demais funcionários da empresa e com todos os parceiros e clientes 
com os quais lhes cabia manter relacionamento.
FONTE: O autor
Deve-se oferecer as possibilidades para que as pessoas com deficiência 
física possam desenvolver seus talentos e permanecer na empresa, atendendo aos 
critérios de desempenho previamente estabelecidos.
 
A inserção da pessoa com deficiência no contexto do trabalho é um tema 
que vem fazendo parte das discussões dentro da Educação Especial já há muito 
tempo, porém, a preocupação com essa questão começou a se estender para o meio 
empresarial somente a partir da aprovação de leis específicas que tentam assegurar 
esse direito. (CORDE, 1997).
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (2007) destacam que as 
empresas acreditam que as pessoas com deficiência têm condições de exercer um 
trabalho, mas apontam algumas dificuldades em função:
• dela própria: falta de escolaridade, de interesse e de preparação profissional e 
social;
FIGURA 17 – INCLUSÃO SOCIAL, DEFICIENTE FÍSICO
NOTA
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
162
Lei nº 11.788/08 sobre o Estágio Supervisionado de estudantes (desenvolvido no 
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educando que estejam 
frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, 
de Ensino Médio, da Educação Especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade 
profissional da Educação de Jovens e Adultos) tem assegurados 10% das vagas; não são 10% 
dos postos de trabalho da empresa, mas 10% das vagas oferecidas na empresa a título de estágio. 
Assim, se forem oferecidas dez vagas de estágio, uma será para os deficientes. Portanto, essa lei 
contribui também para a inclusão do deficiente no mercado de trabalho, sob a forma de estágio.
FONTE: Disponível em: <http://www.proffabiao.com.br/si/site/050613>. Acesso em: 4 nov. 2010.
Conforme o Ministério do Trabalho e Emprego (2007), a inserção do 
portador de deficiências especiais no mercado de trabalho ocorrerá através do 
apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso aos serviços 
concernentes, inclusive aos cursos regulares voltados à formação profissional; do 
empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de empregos, 
inclusive de tempo parcial, destinados às pessoas portadoras de deficiência que 
não tenham acesso aos empregos comuns; a promoção de ações eficazes que 
propiciem a inserção, nos setores público e privado de pessoas portadoras de 
deficiência; a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado 
de trabalho, em favor das pessoas portadoras de deficiência, nas entidades da 
Administração Pública e do setor privado, e que regulamente a organização de 
oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a situação, nelas, das 
pessoas portadoras de deficiência. 
A Convenção nº 159 da OIT, convertida em lei no Brasil, milita em favor de 
ações combinadas entre Estado, sociedade civil e empresas para a efetiva inclusão 
da pessoa com deficiência no trabalho, sendo de se ressaltar a esse respeito o que 
se contém no art. 5º do Decreto nº 3.298/99, que regulamenta a Lei nº 7.853/89 e a 
Convenção em apreço, nos seguintes termos:
Art. 5º A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de 
Deficiência, em consonância com o Programa Nacional de DireitosNOTA
• da empresa: condições inadequadas do ambiente físico e social, falta de 
conhecimento sobre a deficiência;
• das instituições especiais: inadequação dos programas de treinamento 
profissional e social, falta de contato com as empresas para conhecer as suas 
necessidades;
• do governo: de proporcionar acesso à escola e ao transporte, falta de incentivo 
para as empresas promoverem adaptações ergonômicas e desenvolverem 
programas de responsabilidade social. Os cargos que os funcionários com 
deficiência ocupavam exigiam pouca qualificação e o seu treinamento era 
realizado no próprio local de trabalho.
TÓPICO 3 | PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS
163
Humanos, obedecerá aos seguintes princípios:
I – desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de 
modo a assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência 
no contexto socioeconômico e cultural;
II – estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais 
que assegurem às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício 
de seus direitos básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, 
propiciam o seu bem-estar pessoal, social e econômico; e
III – respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber 
igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos 
direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos.
A garantia de acesso ao trabalho para as pessoas com deficiência é prevista 
tanto na legislação internacional como na brasileira. No Brasil, as cotas de vagas 
para pessoas com deficiência foram definidas em lei de 1991, porém só passou a ter 
eficácia no final de 1999, quando foi publicado o Decreto nº 3.298. Ela determina 
que as empresas com mais de cem empregados contratem pessoas com deficiência, 
segundo as seguintes cotas:
• 100 a 200 empregados, 2%;
• 201 a 1000 empregados, 3%;
• 501 a 1000, 4%;
• Acima de 1000 funcionários, 5%.
Posteriormente, foi aprovada a portaria definindo a gradação das multas 
para o não cumprimento dessas cotas. Pode-se perceber um aumento da consciência 
social e a ação fiscalizadora do Ministério Público, fazendo com que ocorra uma 
ampliação do número de empresas que estão seguindo a legislação, estimulando-
as a manter o número de vagas destinadas a pessoas com deficiência prevista na 
lei. 
Esta lei também é conhecida como Lei de Cotas, e torna obrigatória a 
contratação de pessoas com deficiência ou reabilitadas profissionalmente, por 
parte de todas as empresas que tenham cem ou mais empregados.
Jaime e Carmo (2005) destacam que a publicação da Lei de Cotas torna 
obrigatória a inserção das pessoas com deficiência no mundo do trabalho no Brasil 
somente após:
• quarenta a três anos após a aprovação da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos (Art. 1 – Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e 
direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos 
outros com espírito de fraternidade);
• trinta e três anos após a Organização Internacional do Trabalho – OIT ter adotado 
a Convenção nº 111, que trata da discriminação no emprego e na profissão;
• oito anos após a Convenção n° 159, sobre reabilitação profissional e emprego de 
pessoas com deficiência;
UNIDADE 3 | ACIDENTE NO TRABALHO
164
• três anos depois da promulgação da Constituição Federal, que determina que a 
República Federativa do Brasil tem como um dos seus fundamentos a dignidade 
da pessoa humana, e inclui, dentre os direitos sociais, o direito ao trabalho.
165
Neste tópico, você viu que:
• São considerados portadores de deficiência física os indivíduos que apresentam 
comprometimento da capacidade motora, nos padrões considerados normais 
para a espécie humana.
• No Brasil, a Constituição Federal de 1988 incorporou garantias às pessoas com 
deficiência, proibindo a discriminação de salários e de critérios de admissão, 
assumindo como responsabilidade do estado a saúde, a assistência social e o 
atendimento educacional especializado, além de garantir a reserva de um 
percentual de cargos públicos para as pessoas com deficiência.
• Deve-se oferecer as possibilidades para que as pessoas com deficiência física 
possam desenvolver seus talentos e permanecer na empresa, atendendo aos 
critérios de desempenho previamente estabelecidos. 
• A garantia de acesso ao trabalho para as pessoas com deficiência é prevista tanto 
na legislação internacional como na brasileira. No Brasil, as cotas de vagas para 
pessoas com deficiência foram definidas em lei de 1991, porém só passou a ter 
eficácia no final de 1999, quando foi publicado o Decreto nº 3.298, e determina que 
as empresas com mais de cem empregados contratem pessoas com deficiência, 
segundo cotas definidas. 
RESUMO DO TÓPICO 3
166
AUTOATIVIDADE
1 A Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência defende o 
direito inerente das pessoas com deficiência ao respeito por sua dignidade e 
o de ter suas necessidades levadas em consideração em todos os estágios do 
planejamento socioeconômico. 
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
2 Os portadores de necessidades especiais não englobam as pessoas com:
( ) deficiência física.
( ) deficiência sensoriais (da visão ou da audição).
( ) deficiência de locomoção.
( ) analfabetos.
( ) deficiência intelectual.
3 As empresas oferecem vagas para os portadores de necessidades especiais, mas 
elas muitas vezes não são preenchidas pela falta de escolaridade, de interesse e 
de preparação profissional e social.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
4 As empresas com menos de 100 empregados não são obrigadas a contratar 
pessoas com deficiência, conforme a lei de cotas. Apesar disso, as empresas com 
mais de 1.000 empregados precisam manter a seguinte cota:
( ) 2%.
( ) 5%.
( ) 3%.
( ) 4%.
 
5 A lei de cotas deve ser obedecida somente pelas empresas privadas, não sendo 
obrigatório no caso de órgãos públicos. 
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
6 A inserção do deficiente físico no mercado de trabalho fez com que as empresas 
públicas e privadas, e a sociedade em geral, passe a garantir o acesso aos serviços 
públicos e privados e a adoção de legislação específica.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
167
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