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FIAM-FAAM CENTRO UNIVERSITÁRIO HISTÓRIA E TEORIA DA ARQUITETURA E URBANISMO SÉC. XIX E XX LARISSA GOMES – RA: 7175484 LARISSA MARTINS – RA: 6927114 LETICIA DAVID – RA: 6928887 LETICIA VAZ – RA: 6988840 LÍVIA OLIVEIRA – RA: 6953892 TURMA 6D08 ESCOLAS DE ARTE/ARQUITETURA NOS EUA DOS ANOS 50 E NO BRASIL DOS ANOS 60 CROWN HALL (MIES VAN DER ROHE) E FAUUSP (VILANOVA ARTIGAS) São Paulo 2017 CROWN HALL E FAU-USP 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3 2. LUDWING MIES VAN DER ROHE ............................................................................ 4 2.1. CROWN HALL ............................................................................................................. 12 3. JOÃO BATISTA VILANOVA ARTIGAS .................................................................... 21 3.1. FAU - USP .................................................................................................................... 26 4. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 37 5. REDESENHOS............................................................................................................38 6. APRESENTAÇÃO POWER POINT.........................................................................48 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 54 CROWN HALL E FAU-USP 3 1. INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo apresentar as obras da Crown Hall e FAU USP em sua totalidade. Nesta pesquisa estão inclusas a gama de informações pesquisadas de acordo com a vida do autor do projeto, o projeto e a execução da obra, distribuição do programa, inserção no meio urbano e relevância da obra tanto para a arquitetura quanto para a sociedade. O assunto é exposto através da análise de referências bem como interpretação de plantas e também foram considerados os assuntos discutidos em sala de aula a respeito das obras. Neste trabalho também foi levado em consideração a contextualização histórica, bem como a relação existente entre os dois projetos no que diz respeito à estrutura, forma e programa. CROWN HALL E FAU-USP 4 2. LUDWING MIES VAN DER ROHE Ludwing Mies van der Rohe nasceu em Aachen, na Alemanha, em março de 1886. É considerado um dos arquitetos mais influentes do século XX e da arquitetura moderna, sendo colocado no mesmo nível de Le Corbusier e Frank Lloyd Wright. Quando jovem trabalhou com seu pai e depois se mudou para Berlim, onde trabalhou com Bruno Paul e depois, em 1908, ingressou no estúdio de Peter Behrens, se tornando seu discípulo, entrando em contato com teorias de design e com a cultura alemã culturalista. Com seu talento rapidamente reconhecido, Ludwing Mies decidiu reformar seu próprio nome, de modo que se adequasse, acrescentando em seu sobrenome de ressonância aristocrática ‘’van der Rohe’’. Iniciou sua carreira construindo casas populares com estilo medieval tradicional alemão, mas depois de servir o exército na parte da engenharia na Primeira Guerra Mundial, volta obstinado a se tornar um grande arquiteto. Após o pós-guerra começa a afastar-se dos estilos tradicionais e recebe influência do neoplasticismo e do construtivismo russo, germinando o estilo modernista, buscando um novo estilo para a era industrial. Bruno Zeni identifica o Pavilhão Internacional de Barcelona a súmula desse movimento. Ele o descreve como ‘’Painéis de travertino e mármore, lâminas de vidro, superfícies de água, planos horizontais e verticais que quebram a imobilidade dos espaços fechados, rompem os volumes e orientam o olhar para vistas exteriores’’. O que deveria ser temporário acaba se tornando uma de suas obras mais conhecidas, sendo reconstruída alguns anos depois. Imagem 1: Foto de Ludwing Mies van der Rohe (1886 – 1969), arquiteto que projetou a Crown Hall e muitos outros edifícios ao longo de sua carreira. Fonte: DWR. Disponível em: <http://www.dwr.com/designer-ludwig-mies-van- der-rohe?lang=en_US>. Acesso em: 18 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 5 Van der Rohe seguiu uma concepção de linhas puras na arquitetura, significa que seus desenhos eram desenvolvidos em sua maior parte em linhas retas, que se unem sempre na perpendicular, fazendo com que nossos olhos percorram os detalhes e nos dão a impressão de movimento ao projeto. Mesmo com o uso do concreto bruto, ele consegue através de suas linhas, um visual agradável e sofisticado. Entra em contato com novas tendências, como o construtivismo russo, e faz com que transforme seu estilo. Mesmo com tudo isso, ainda no início dos anos 20, percebe que tem muitos projetos elogiados, mas poucos erguidos. Com isso, começa a adaptar seus projetos a realidade econômica alemã, passando a usar materiais tradicionais, com muita técnica e precisão, sendo então, começado a ser notado. Demonstrando influências de Karl Friedrich Schinkel, considerado o mestre do neoclassicismo prussiano no início do século XX, onde admirava as grandes proporções e seus complexos volumes e radiais, ao mesmo tempo que controlava as novas possibilidades estruturais decorrentes do avanço tecnológico e libertava dos tiques ecléticos e desordenados do classicismo, próprios da mudança do século. Imagem 2: Pavilhão Alemão para a Exposição Internacional de Barcelona, em 1929, projetado por ele. Nele podemos observar a sensação de se estar dentro e fora, os cheios e vazios e o uso do vidro, concreto armado e mármore. Fonte: CAIA NO MUNDO. Disponível em: <https://caianomundo.ci.com.br/arte-por-toda-parte-em- barcelona/>. Acesso em: 18 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 6 Entre 1918 e 1925 participou do Novembergruppe, onde um grupo de industrias que atuaram como mecenas para uma nova geração de arquitetos voltados para a arquitetura moderna. Nessa época, Mies trabalhou em proximidade com Lilly Reich. Abandonou por completo sua dependência de qualquer ornamentação e, em 1921, projetava um arranha-céu de vidro e metal, seguido de vários projetos que culminariam no Pavilhão Alemão na Feira Universal de Barcelona e no ano de 1930, consolidou seu estilo com o projeto da Casa Tugendhat, localizado na República Checa. Foi outro trabalho minimalista, onde utilizou superfícies de cimento armado. No mesmo ano, foi convidado por Gropius a ser diretor da Escola Bauhaus, uma escola vanguardista de design. Pertencem a este período, algumas peças de mobília medieval, onde antigas tecnologias artesanais são aplicadas, e que se tornaram populares até hoje, um exemplo disso é a cadeira e mesa Barcelona ou a cadeira Brno. A escola era financiada pelo governo e foi forçada a fechar devido as pressões no nazismo, que interferiam em tudo na Alemanha, naquela época, onde identificava com ideologias antagônicas como o socialismo e o comunismo. A arquitetura de Mies era rejeitada por não representar o espirito nacionalista Imagem 3: Cadeira e mesa Barcelona, expostas no Pavilhão de Barcelona, sendo um ícone da criação de Mies Van der Rohe. Fonte: BLOG WAKEN. Disponível em: <http://blog.wanken.com/9472/designing-the-barcelona-chair/>. Acessoem: 18 de nov. 2017 Imagem 4: Cadeira Brno, projetada por Mies Van der Rohe durante sua carreira. Fonte: RENOME. Disponível em: <http://www.renome.com.br/pd-2fb4d2-mies-van- der-rohe-cadeira-brno.html>. Acesso em: 18 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 7 alemão. No período em que dirigiu a escola, conviveu com grandes artistas, como Paul Klue e Kandisnky. Mies van der Rohe foi convidado em 1937 pelo arquiteto Philip Johnson para realizar um projeto publicitário, mas que nunca se concretizou. Quando chegou aos Estados Unidos já era considerado pelos promotores americanos do Modern Style. Em sua permanência pelos Estados Unidos, aceitou o convite e dirigiu a Escola de Arquitetura do Instituto de Tecnologia de Illinois, em Chicago. Uma das condições para a aceitação do cargo era o projeto de novos edifícios para o campus universitário, onde com o tempo, muitas de suas obras se focalizaram ali, como os vinte edifícios que projetou para o Instituto em uma área de 50 hectares. Alguns dos seus edifícios mais afamados é a Crown Hall, sede do Departamento de Arquitetura do Instituto. Quando assumiu a direção do instituto, Mies fez um discurso que expôs a base de sua arquitetura: “Na sua forma mais simples, a arquitetura depende de considerações exclusivamente funcionais. Mas pode abraçar, por meio de todos os graus de valor, a mais alta esfera da existência espiritual, o reino da arte pura.” Dando aula ali, ele se torna o responsável por criar uma geração de arquitetos norte-americanos funcionalistas voltados para a construção dos arranha-céus demandados pelas empresas do país, fazendo assim, com que sua trajetória se consolidasse cada vez mais, com obras que marcaram seu estilo. Todo esse sucesso fez com que se naturalizasse americano, em 1949. Imagens 5 e 6: Crown Hall, projetada por Mies e hoje, é sede do Departamento de Arquitetura do Instituto Tecnológico de Illinois. Podemos ver sua fachada sendo sustentada por quatro pórticos e sua escada principal. Fonte: ARCH. Disponível em: <http://arch.iit.edu/about/sr-crown-hall e http://www.architecture.org/architecture- chicago/buildings-of-chicago/building/crown-hall/>. Acesso em: 18 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 8 Uma parte pitoresca de sua história aconteceu de 1946 a 1951, durante o projeto e edificação da Casa da Doutora Edith Farnswoorth, que deveria servir de retiro nos arredores de Chicago, e que se tornaria uma das principais obras de referência da arquitetura moderna. Cria a expressão ‘’pele de vidro’’, sendo o vidro um elemento muito importante em seus trabalhos, um exemplo disso é a casa Farnsworth, chamada também de Casa de Vidro. A casa traz transparência, fluidez de espaços, linhas retas e a sensação de que o edifício esteja flutuando. A casa Tugendhat é outro exemplo, localizada na Tchecoslováquia. Utiliza muito vidro e materiais nobres, trazendo um estilo requintado e de alto padrão. Na casa, Mies explorou a relação entre o indivíduo, o seu abrigo e a natureza. A casa concretiza a visão amadurecida de Mies para o que deveria ser a arquitetura, uma estrutura minimalista limitada a pele e esqueleto do edifício, usando materiais que representavam os novos tempos, permitindo a definição de um espaço ordenado de forma clara, simples, inteligível e fluida, com uma disposição que sugerisse liberdade de utilização. O suporte estrutural rigorosamente concebido e as paredes totalmente de vidro, definem um espaço interior cúbico simples, permitindo que a natureza e a luz o envolvam de fato. O Pavilhão de vidro ergue-se cerca de 1,5 metros acima da planície aluvial do Rio Fox, e é rodeado por florestas e prados. Um núcleo de painéis de madeira, para arrumações, cozinha, lareira e casa de banho está posicionado neste Imagens 7 e 8: Casa Farnsworth, localizada em Chicago. Podemos observar a utilização do vidro e o uso de pilares de sustentação, fazendo com que seja elevado e tenha um desnível. Fonte: MID CENTURY MODERN REMODEL. Disponível em: <http://www.midcenturymodernremodel.com/2014/07/farnsworth-house-illinois-midcentury.html>. Acesso em: 18 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 9 espaço aberto, de forma a definir a área de estar, comer e dormir sem a necessidade de recorrer as típicas paredes e quartos individualizados. A casa tem sido descrita por muitos como ‘’sublime’’, ‘’um templo pairando entre a terra e o céu’’, ‘’um poema’’, ‘’uma obra de arte’’. A influência desta obra pode verificar-se pela quantidade de ‘’casas de vidro’’ modernistas, das quais a mais notável talvez seja a de Philip Johnson, localizada em Nova Iorque. Os trinta anos que se seguiram são considerados os anos da sua maturidade criativa, sendo o período em que se desenvolveu esforços mais consistentes na prossecução dos seus objetos para a nova arquitetura do século XX. Fez convergir o seu trabalho para a definição de largos espaços universais inseridos em suportes estruturais claramente ordenados, recorrendo a molduras de perfis manufaturados preenchidos com tijolos ou vidro. Seus primeiros projetos para o campus da Instituição e para Herb Greenwald revelou ao mundo arquitetônico norte-americano um estilo que parecia o resultado natural da progressão do estilo da Escola em Chicago, que estava esquecida. Em 1951, já estava de pé outro de seus projetos mais famosos, o edifício em aço e vidro na Lake Shore Drive, à beira do Lago Michigan. E, em 1958, é convidado para projetar o Edifício da Fábrica de bebidas Seagram, com 38 pavimentos, transformou-se em uma espécie de símbolo, chamado de “Estilo Internacional”, a grande escola de Mies. Em 1959, Mies projetou o que veio a ser considerado por muitos como o auge da arquitetura funcionalista para arranha-céus: O Edifício Seagram, em Nova Iorque, que também tinha alguma notoriedade no meio arquitetônico dos Estados Unidos. O Edifício tornou-se um ícone representativo no poder crescente das corporações empresariais, que viria a definir o próprio século XX. CROWN HALL E FAU-USP 10 Numa decisão audaciosa e inovadora, Mies revolucionou o padrão construtivo nova-iorquino ao deixar livre metade do terreno dedicado a obra, definindo uma praça com fonte para uso público em Park Avenue em frente ao edifício que se assumia como uma leve estrutura de metal e vidro. Mies teve de convencer os gestores da família Bronfman de que a ideia de liberar o espaço em frente ao edifício era, não só viável, como benéfica para a imagem da companhia. O projeto caracteriza-se por uma cortina de vidro, com perfis de bronze a cobrir a estrutura de aço. Em 1959, Mies van der Rohe cria um projeto no Brasil para o Consulado Americano, na cidade de São Paulo e, entre 1967 e 1969, projetou o Toronto- Dominion Center, no Canadá, um complexo de 6 edifícios de escritórios. Em 1968, uma de suas últimas obras na Alemanha é realizada, a Neue Nationalgalerie. Um dos primeiros edifícios projetados com o conceito de elevadores inteligentes e preparado para receber redes de computadores é feito para o prédio da IBM, em Chicago. Seu derradeiro trabalho foi a homenagem a Martin Luther King, projetando a Biblioteca Memorial Martin Luther King Jr, em Washington. Imagens 9 e 10: Edifício Segram, localizado em Nova Iorque. Nele podemos observar o vazio no térreo, fazendo com que tenha uma convivência maior com as pessoas que estão passando por ele. É feito de estrutura metálica e vidro. Fonte: PINTEREST. Disponível em: <https://br.pintere st.com/pin/479492691546743754/?lp=true e https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7% C3%A3o/edificio-seagram/>. Acesso em: 18 de nov.2017 CROWN HALL E FAU-USP 11 Em agosto de 1969, Mies van der Rohe faleceu, nos deixando um legado que se traduziu em suas obras e em seu estilo, uma verdadeira escola da arquitetura moderna, como ele dizia: ‘’Deus está nos detalhes’’. Imagens 11 e 12: Neue Nationalgalerie e a Biblioteca Memorial Martin Luther King Jr. Feita de estutura metálica e aço, sendo uma homenagem a Martin Luther King após seu falecimento. Fonte: ARCHDAILY. Disponível em: <http://www.archdaily.com/tag/washington-dc/page/5>. Acesso em: 18 de nov. 2017 Imagem 13: Foto de Mies van der Rohe sentado na famosa cadeira Brno. Fonte: MIES SOCIETY. Disponível em: <http://miessociety.org/mies/>. Acesso em: 18 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 12 2.1. CROWN HALL Crown Hall é um dos vinte edifícios projetado por Mies Van der Rohe, para Illinois Institute of Tecnology (IIT), em Chicago. A escola é uma peça central do plano diretor do campus fundada em 1940, ocupa cerca de 50 hectares, com a maior concentração de obras de Mies no mundo. Seu nome foi uma homenagem a Henry Crown, que doou R$ 250.000,00 dólares para a construção como incentivo para outras contribuições. No instituto, Mies Van der Rohe desenvolveu e aperfeiçoou a gramatica moderna da arquitetura, linguagem, estruturas, ideias, proporções e geometria. A Crown Hall é o mais famoso dos edifícios construídos em 1954 com a tecnologia que combinava aço e vidro. O plano original para o campus era em dois edifícios, um para aulas e outro para biblioteca, no entanto os planos tiveram que ser modificados para se adaptar as restrições econômicas. Mies projetou um edifício mais ambicioso do que o existente no final do campus, no entanto durante a construção, teve que enfrentar muitos obstáculos, tais como a resistência inicial do conselho universitário, que pensou que era um trabalho muito caro. Foi só em 1956 que o projeto ficou pronto e Mies projetou suas obsessões: a máxima transparência e estrutura mínima. Illinois Institute of Tecnology é a universidade em que a edificação está inserida, está localizado a quatro milhas ao sul do centro de Chicago. A Crown Hall está localizada praticamente no centro do campus, perto da estação de metrô e o estacionamento principal. As ruas ao redor do prédio são separadas por áreas verdes que isolam os ruídos possíveis. CROWN HALL E FAU-USP 13 Os edifícios são separados um do outro, tendo em média uma altura 3 a 4 níveis, que garante que a iluminação não seja obstruída. Dentro do prédio, ao norte, você tem a visão do horizonte de Chicago. Com os quatros lados do edifício livres, permite a entrada de luz natural. A Crown Hall é orientada para o sul e para o norte, permitindo o melhor aproveitamento da luz natural e da paisagem do local. Mies Van der Rohe utiliza como conceito da construção a configuração de espaço livre, contido em uma forma retangular em dois níveis. Sendo o edifico então um volume livre, com quatro paredes de vidro, cercado por uma área verde. No nível principal é uma grande área dedicada aos estudos de arquitetura, foi projetado para ser flexível na sua utilização. Foram instaladas algumas divisões moveis de madeira de carvalho, são painéis leves que podem se adaptar ao espaço como for necessário. No subsolo, encontramos os escritórios e salas de reuniões, serviços, e algumas salas para designer. Imagem 14: Por meio desta imagem conseguimos ver a localização Crown Hall, e como está implantada e como funciona o seu entorno, como foi citado a Crown possui estação de metro perto e está bem no centro do instituto. Fonte: GOOGLE MAPS. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/place/S.+R.+Crown+Hall/@41.8341803,- 87.6272798,15.75z/data=!3m1!5s0x880e2c0d0aad0f2f:0x18bd61b0ced378cc!4m12!1m6!3m5!1s0x880e2c0d0ab2c bcf:0x70210951aac6ba0f!2sS.+R.+Crown+Hall!8m2!3d41.8331938!4d- 87.6272749!3m4!1s0x880e2c0d0ab2cbcf:0x70210951aac6ba0f!8m2!3d41.8331938!4d-87.6272749>. Acesso em: 25 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 14 As fachadas em vidro dão a sensação de trabalhar ao ar livre em um parque, com vista para o horizonte de Chicago e da vegetação, além de dar a sensação de leveza para o edifício. A Crown Hall não está entre os primeiros edifícios construído por Mies no IIT, mas é considerado como a expressão mais claras de suas ideias: • O telhado suspenso, sem colunas internas, criou o espaço aberto e que poderia ser infinitamente adaptado a vários usos. • Seu uso de componente off-the-shelf, incluindo painéis de vidros padrão e aço fez o edifício econômico para construir. • O designer é aparentemente simples, Mies descreveu o prédio como “quase nada”. A estrutura da Crown Hall desempenha o papel mais importante do edifício, uma vez que ela permite um grande vão no piso superior, e o transforma em um local flexível para ter varias programações conforme o uso necessário. Com o objetivo de flexibilidade, Mies Van der Rohe concebeu um imenso vão livre sem pilares internos. A cobertura é sustentada por viga apoiadas em pilares externos, com isso ele conseguiu uma liberdade e aproveitamento do Imagem 15: Como foi citado por meio desta foto conseguimos ter uma vista de dentro da Crown Hall, para o horizonte de Chicago, onde conseguimos ter e ver a sensação que Mies queria que as pessoas tivessem de estra trabalhando ao ar livre com toda a transparência. Fonte: GOOGLE MAPS. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/@41.8333131,- 87.6272814,3a,90y,333.76h,85.54t/data=!3m6!1e1!3m4!1sAF1QipODGiJFy9Dr- 6XhrgHr_Nq6hTFeNAWV9l9K8A_H!2e10!7i5376!8i2688>. Acesso em: 25 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 15 espaço interno, com pórticos, onde podemos comparar com o Masp, já que é sustentado da mesma forma. A estrutura da Crown trata-se de uma solução que explora as técnicas e tecnologia na época. Imagens 16 e 17: Comparação entre o Edifício Crown Hall e o Museu de Arte de São Paulo – MASP, onde conseguimos identificar em ambas suas sustentações com base em pórticos e a intenção de conseguir deixar um vão livre, com uma melhor espacialidade. Fonte: WORDSPRESS. Disponível em: <https://amjbrough.files.wordpress.com/2014/08/mies-van-der-rohe-board- 2.jpg e https://www.archdaily.com.br/br/01-59480/classicos-da-arquitetura-masp-lina-bo-bardi>. Acesso em: 25 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 16 A cobertura suspensa do edifício mede 120x220 pés, aproximadamente 36,58x67,06 metros. Os quatro pórticos de metal, espaçados de 60 pés, sendo aproximadamente 18,29 metros, são elevados ao longo da cobertura, enquanto a laje se projeta 20 pés (6,096 metros) em balanço. A construção é fechada por paredes cortinas de vidro fosco na parte inferior, exceto na entrada. As Janelas superiores são de vidro transparentes e providas e persianas de lâminas, constantemente baixadas. A Crown Hall tem dois níveis, separados por uma estrutura a totalmente independente, um sistema convencional de pilares de concreto armado com uma malha de pilares de 20x30 pés (6,1x9,15 metros) que funciona como um sistema metálico que envolve o edifício. Aparentemente, a partir de um certo nível da escada não conseguimos notar o subsolo, pois está enterrado e a ventilação e iluminação é feita através de uma tira de janelas perimetrais que são as que se comunica com o nível do solo. Imagem 18: Nesta imagem conseguimos ver os quatro pórticos de ferro sustentam a cobertura,uma foto de quando estava em construção. Fonte: Livro Mies Van Der Rohe – Werner Blaser, pag.85. CROWN HALL E FAU-USP 17 O edifício também tem uma grande escada metálica na parte externa, com revestimento de travertino, dando acesso a um patamar de entrada, situado a 6 pés (1.89 metros) acima do nível térreo. No total o edifico tem mais ou menos 18 pés (5,49 metros) de altura. Esse sistema pode contribuir para construções com grandes vãos livres; foi adotado pela Escola de Arquitetura e no projeto de um teatro. Os materiais utilizados são aço, concreto e vidro reforçado. Mies Van Der Rohe declara “A arquitetura começa quando a técnica é superada.” As entradas do edifício, tanto na fachada Sul como Norte, estão entres os pórticos central, na implantação notamos que no leste e oeste as arvores estão muito próximas as fachadas, e ao norte as arvores são mais distantes e não muito bem definidas. O paisagismo ao redor da Crown Hall foi pensado conforme sua localização do terreno e usando a vegetação para de alguma forma proteger a fachada e controlar a iluminação que fossem entrar. Imagem 19: Nesta foto conseguimos ver a fachada Sul da Crown Hall, onde conseguimos ver sua escada metálica e sua fachada com vidro transparente nas entradas. Fonte: WIKIPÉDIA. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:S.R._Crown_Hall.jpg>. Acesso em: 25 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 18 O programa que a Crown Hall oferece é na grande sala no pavimento térreo, onde já foi utilizada para exposições, cerimonias, concertos, e ao mesmo assim, não deixou de ser uma sala de aula, onde até hoje é administrado aulas de arquitetura. Mies Van Der Rohe pode dar aulas e ser diretor também nesse mesmo edifício. Já as atividades que requeriam subdivisões mais convencionais no espaço, como serviço, escritórios e salas de aulas especiais e as próprias oficinas do programa educacional do instituto de designer foram colocados no nível inferior no subsolo. Imagem 21-22: Plantas Térrea e subsolo Crown Hall, nas plantas podemos ver como foi estruturado o subsolo e como foram separados os ambientes. Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia David, Leticia Vaz, Lívia Oliveira. Imagem 20: Na implantação da Crown Hall, podemos notar como a vegetação está organizada em relação as fachadas. Fonte: Livro Buscando a Mies, Ricardo Daza, Pag.21. CROWN HALL E FAU-USP 19 Em agosto de 2005, houve uma grande recuperação do edifício depois de muitos anos sem manutenção. Houve a melhoria da acessibilidade e desempenho energético. Após quase cinquenta anos de uso, a Crown Hall precisava de reparos e melhorias significativas para acomodar instalações mais modernas. A restauração passou por duas fases, a primeira restaurou a paisagem e a fachada, e a segunda incluiu medidas para o melhorar o sistema mecânico e torna a construção mais eficiente. A primeira fase da restauração engloba a paisagem original, buscando atualizar a acessibilidade e atualizar algumas de suas salas de aula, sanitários, e uma revisão da cobertura das fachadas. Já na segunda fase o sistema de ventilação natural, o sistema de piso radiante feito para aquecer e refrigerar tudo o que seria a ser restaurado. Um novo sistema de gestão dos edifícios irá ligar o sistema hvac, monitores de co2, iluminação dimmablr, persianas automáticas e sensores de luzes diurnas, toda essa tecnologia a ser implantada resultará em 40% a menos no consumo de energia do prédio. Em 2005, a restauração da estrutura de aço pintura original, foi substituída por um revestimento preto e sem chumbo. Os vidros foram substituídos por painéis que atendam aos requisitos de vento. O revestimento travertino no terraço sul foi substituído também. Os painéis de carvalhos também foram substituídos. Imagem 23-24: Fachada Norte e Sul Crown Hall e Corte; no corte podemos ver como o edifício se relaciona nos dois níveis. Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia David, Leticia Vaz, Lívia Oliveira. CROWN HALL E FAU-USP 20 Hoje a Crown Hall tem seu uso voltado para os estudantes de Arquitetura e Design do Instituto de Tecnologia Illinois e recebe exposições em seu grande vão. Imagem 25:Nesta foto conseguimos ver a divisória padrão de carvalho, que dá a regularidade na distribuição do espaço livre da grande sala. Fonte: Livro Mies Van Der Rohe – Werner Blaser, pag.92. CROWN HALL E FAU-USP 21 3. JOÃO BATISTA VILANOVA ARTIGAS João Batista Vilanova Artigas, nasceu em Curitiba, no estado do Paraná em julho de 1915, faleceu em 1985. Autor de extensas obras, foi exemplo de arquiteto ao aliar-se ao engajamento político social efetivo, densidade poético formal, apuro técnico construtivo, trabalho docente e coerência ideológica. Foi um dos arquitetos mais importantes do século XX, se destacou como um dos principais representantes do movimento moderno. Consolidou sua profissão em São Paulo no qual, se tornou um modelo da arquitetura paulista. Fundador e professor da universidade da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP). João Batista Vilanova Artigas formou-se engenheiro arquiteto pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Antes mesmo de se formar, Artigas frequentava o curso de desenho artístico da Escola de Belas-Artes, ao qual se identifica no processo de construção de uma "cultura urbana paulista", assim a residência unifamiliar tem papel de destaque em sua obra. Após ter realizado seu estágio na construtora Bratke e Botti, abre uma empresa de projeto e construção com Duílio Marone a Artigas & Marone Engenheiros. Em 1944 decide montar seu próprio escritório ao lado do calculista Carlos Cascaldi. Dedicado na política de regulamentação da profissão funda, com outros colaboradores, a representação do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/SP) em São Paulo e Filia-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 1945. Em 1946 recebe uma bolsa de estudo da Fundação Guggenheim. De volta ao Brasil, participa da então criação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), onde passa a lecionar. Imagem 26: Retrato de João Batista Vilanova Artigas no auge da idade. Fonte: A REAÇÃO. Disponível em: <http://aredacao.com.br/cultura/87009/cau-traz-para-goiania- exposicao-da-obra-de-vilanova-artigas>. Acesso em: 24 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 22 O acirramento ideológico da Guerra Fria se intensifica, assim Artigas viaja para a União Soviética, desencantando-se com a arte e arquitetura do realismo socialista, isso o leva a questionamentos insolúveis onde faz a crítica a arte abstrata ligado ao concretismo, onde afunda-se em uma crise profissional, que se prolonga até 1950. Em 1959 inicia-se a realização de uma série de projetos escolares para o governo do Estado de São Paulo, realizados na administração Carvalho Pinto, em que marcam o início das relações entre arquitetura moderna e o poder público em São Paulo, até então quase inexistentes. Em 1961, realiza uma sequência notável de projetos que definem a proposta, do que se chama "escola paulista" como os projetos, O Anhembi Tênis Clube, a Garagem de Barcos do Iate Clube Santa Paula, e o edifício da (FAU-USP) na Cidade Universitária. Entãoanos depois Artigas liderou uma nova proposta de criação para a (FAU-USP), onde também houvesse uma inovação didática, no qual foi de fato marcante na "reforma do ensino" da (FAU-USP), consolidando um novo programa pedagógico, definindo critérios curriculares que seriam adotados por muitas escolas de arquitetura. Em 1968 realiza o projeto com auxílio de Paulo Mendes da Rocha e Fábio Penteado, o Conjunto Habitacional Zezinho Magalhães Prado (Parque Cecap), em Guarulhos, para 50 mil moradores. Em 1969, João Batista Vilanova Artigas é afastado mais uma vez dentre outras vezes, da instituição de ensino da (FAU-USP), à qual retorna no fim de 1979 reassumindo em 1984 sua posição de professor titular. Ao decorrer de sua vida Artigas foi inspirado em alguns arquitetos como Oscar Niemeyer em meados dos anos 1940 e início dos 1950, marcada pelo otimismo plástico, caracterizado pela incorporação da leveza da arquitetura carioca. Depois de um certo tempo foi fortemente influenciado pelo arquiteto norte-americano Frank Lloyd Wright, no qual o ensino de arquitetura deriva da engenharia, e não das belas-artes, essa produção se caracteriza por uma ênfase construtiva, expressa na criação de grandes vãos e no amplo emprego do concreto armado e aparente, ressaltando o perfil das estruturas e os esforços a que está submetida. CROWN HALL E FAU-USP 23 Ficha Complementar: Realizou Parcerias com Alfredo Paesani, Carlos Cascaldi, Fábio Penteado, Gregori Warchavchik, Luis Saia, Paulo Camargo de Almeida, Paulo Mendes da Rocha e Roberto Coelho Cardozo Possuiu Cargos Institucionais, foi 1º Secretário do IAB-SP (1943 - 1946) e o Vice-Presidente do IAB-SP (1959 - 1961) Ao longo de sua vida Artigas conseguiu, ganhar prêmios renomados como o Prêmio Jean Tschumi - União Internacional de Arquitetos (1972), Prêmio Auguste Perret - União Internacional de Arquitetos (1984) e o Medalha 25 de Janeiro - Prefeitura de São Paulo (2015) João Batista Vilanova Artigas ainda realizou algumas publicações de livros com os: ARTIGAS, João Batista Vilanova. Caminhos da Arquitetura. São Paulo: Editora LECH, 1981. ARTIGAS, João Batista Vilanova. A Função Social do Arquiteto. São Paulo: Nobel, 1989. Imagem 27: Foto onde retrata a “parceria” entre Oscar Niemeyer e João Batista Vilanova Artigas, no qual ressalta mais ainda a citação feita, onde Artigas se inspirou por certo tempo nas concepções e aspectos de ponto de vista das obras de Niemeyer. Fonte: ARCHDAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/768991/em-foco-vilanova- artigas/558861fde58ecef4b500000e-em-foco-vilanova-artigas-foto>. Acesso em: 24 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 24 ARTIGAS, João Batista Vilanova. Caminhos da Arquitetura. São Paulo: Cosac Naify, 2004. Imagem 27: A imagem retrata alguns dos arquitetos que fizeram parcerias com João Batista Vilanova Artigas como o Fábio Penteado, no qual estão em um programa de arquitetos na Tv em meados dos anos 1961 e 1962. Fonte: ARQUIVO ARQ. Disponível em: < http://www.arquivo.arq.br/vilanova-artigas>. Acesso em: 24 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 25 Imagem 28 e 29: As edificações das imagens mostram algumas de inúmeras obras realizadas pelo então arquiteto João Batista Vilanova Artigas ,ao longo de sua carreira. É possível identificar aspectos semelhantes entre elas de fato, sua linha de raciocínio o moderno, com o concreto aparente as aberturas sem recobrimento e com fechamento de vidro em sua caixilharia, espaços dissociáveis e sua forma quase que sempre parecidas. Fonte: ARQUIVO ARQ. Disponível em: < http://www.arquivo.arq.br/vilanova-artigas>. Acesso em: 24 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 26 3.1. FAU - USP Inicialmente, o curso da faculdade de arquitetura da USP era ministrado no prédio da Vila Penteado, um casarão localizado na Rua Maranhão no bairro de Higienópolis. Este edifício havia sido doado pela família Alvares Penteado em 1938 sob a condição de que nos próximos 10 anos, este edifício fosse voltado para uma escola de arquitetura. Com a proximidade da expiração do prazo, surgiu o convite para Artigas projetar a nova escola. Esta ocasião também fez com que houvesse uma dissociação do curso de arquitetura da Escola Politécnica. Atualmente, o edifício da FAU – USP localiza-se no Campus Armando de Salles Oliveira da Universidade de São Paulo. Seu projeto foi iniciado em 1961 e a conclusão foi entre 1967 e 1969, no qual houve vários arquitetos responsáveis durante o desenvolvimento da proposta da instituição de ensino, desde sua construção e suas diversas modificações que houveram ao longo de sua obra. Como os principais arquitetos responsáveis foram ele Jõao Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi. Esta obra teve destaque na carreira de Artigas por ser uma síntese da linguagem do arquiteto tanto do ponto de vista arquitetônico, como do ponto de vista do ensino. Portanto, no ponto de vista da arquitetura, é uma síntese pois anteriormente o arquiteto já havia experimentado as mesmas soluções utilizadas no prédio da FAU – USP que se pode concluir que faziam parte de um processo de experimentação. Foi neste último projeto que foi reformulado a forma como a escola se põe diante da sociedade e na comunidade, além de uma nova proposta de arquitetura para os prédios escolares. Em 1959 o arquiteto projeta a escola de Itanhaém e posteriormente, a de Guarulhos. Verifica-se que a de Guarulhos contém certos aprimoramentos não presentes na de Itanhaém, assim como a FAU também tem uma evolução com relação à de Guarulhos. No caso do Ginásio de Itanhaém verificamos que possui em comum com a FAU o formato dos pilares, a criação de uma região de sombra formado pelo uso CROWN HALL E FAU-USP 27 de pórticos externos que possibilitam grandes lajes de cobertura, a criação de um jardim sob uma abertura zenital, utilização de acessos grandes e por fim, o acabamento do edifício que é marcado por fôrmas de tábuas sem revestimento algum. Já no caso do Ginásio de Guarulhos, também temos como semelhanças a utilização da parte interna formada por um jardim localizado sob uma abertura zenital, voltada para atividades coletivas e a privativas, com suas faces voltadas para o exterior e a utilização de diferentes desníveis. Com relação ao ensino sua proposta se diferencia na questão das relações sociais trazida, já que nesta época, as escolas já eram construídas com uma linguagem moderna, então este ponto ja não era inovador. Artigas mudou a forma de interação do aluno com o aprendizado e também do corpo docente com os alunos. Além disso, a dissociação da engenharia possibilitou o contato com o desenho, a prancheta e também aproximou do campo da criação, afastando de certo modo um pouco da técnica presente no curso da politécnica para dar espaço ao entendimento das relações humanas dentro de um edifício. O edifício da FAU – USP se tornou um modelo da arquitetura paulista, importante destaque da arquitetura moderna. O espaço foi raciocinado e projetado como aspectos dissociáveis, propondo um possível futuro para um país em desenvolvimento. “A Fau é um espaço fluido, integrado, somático. A pessoa não sabe se está no primeiro andar, no segundo ou no terceiro.”, Vilanova Artigas. A instituição se caracteriza como um espaço aberto, no qual a proposta central do projeto reside na ideia da continuidade espacial, que o grande vazio central explicita. Os seis pavimentos existentes são dispostos por rampas amplas de inclinações variáveis, onde todosos espaços do prédio encontram-se fisicamente interligados sendo que as divisões utilizadas para separá-los não os seccionam de fato, apenas marcam diferenças de usos e funções e acabam por hierarquizar diferentes atividades previstas no programa. Com a utilização de acabamentos simples como o uso do concreto, possuiu alguns benefícios, como a solução mais econômica e vão maiores de forma leve CROWN HALL E FAU-USP 28 sem perder a elegância de sua forma, sustentado por pilares em forma de trapézios duplos, apoiados levemente sobre o solo. Há a mistura de planos fechados e aberto, com uso de superfícies envidraçadas. Imagem 30: Por meio dessa imagem conseguimos ver o assunto que decorremos ao longo da monografia, no qual é possível por meio da foto visualizar a intenção da proposta da espacialidade de Artigas, caracterizada no vão central nos espaços abertos. Fonte: LATITUDE PLATFORM. Disponível em: <http://latitude-platform.eu/latitude-in-sao-paulo/>. Acesso em: 24 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 29 Imagem 31: De acordo com a imagem podemos observar a intenção do arquiteto João Batista Vilanova Artigas propondo a disposição do edificio por rampas, elaborando espaços interligados, confirmando a citação da FAU – USP, onde não sabemos em que pavimentos nos encontramos. Fonte: GIZ BRASIL. Disponível em: <http://gizbrasil.com.br/wp-content/uploads/2017/06/giz-artigas-fau.jpg >. Acesso em: 24 de nov. 2017 Imagem 32: Formato dos pilares do edifício da FAU – USP, que possuem o formato de trapézio trapézios duplos, apoiados levemente sobre o solo. Acredito que os pilares foram projetados de forma proposital para haver uma harmonia entre a forma e a construção. Fonte: PINTEREST. Disponível em: < https:/ /br.pinterest. com/denisejanks/fau-usp/?lp=true >. Acesso em: 24 de nov. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 30 Os amplos espaços abertos e a comunicação entre os diferentes setores sublinham a necessidade de convivência e o ideal de um modo de vida comunitário que a arquitetura de Artigas defende. O edifício foi pensado como a levada ao espaço das ideias de democracia, através de ambientes dignos, sem portas de entrada seu desejo era onde todas as atividades fossem permitidas. O centro é ocupado pelo salão camarelo que traz a proposta de uma grande praça publica que por conta da abertura zenital da cobertura, ilumina o centro do edifício, que é marcado pela ocupação dos estudantes em dia de manifestações, exposições, entre outras atividades coletivas. Ou seja, essa nova proposta de raciocinar a instituição, o processo de aprendizado, produção e conhecimento, não se realiza mais exclusivamente nas salas de aula. Os espaços da instituição agora são pretendidos com a relação da interação como quase que entre os espaços das cidades, com relação as ruas, calçadas e praças. A instituição é elaborada como um grande laboratório de ensaios, que articula arte, técnicas industriais e atividades artesanais, em uma linha de raciocínio para que houvesse a formação ampla para um profissional completo, Imagem 33: Ocupação do salão caramelo e demais andares. Nesta imagem fica bem clara a relação entre os diversos pavimentos. Quem está no ultimo andar consegue não somente ter um contato visual, mas também ouvir e ter uma relação com quem está no primeiro andar (salão caramelo). Fonte: FAU. Disponível em: <http://www.fau.usp.br/>. Acesso em: 02 de dez. 2017. CROWN HALL E FAU-USP 31 de acordo com a filosofia da Bauhaus. As propostas de desenho e projetos estruturam o curso, que se desenvolve em torno do estúdio ou ateliê, pensados como espaços de aula e também de discussão. Na área interna do prédio encontram-se: oficinas de modelos, tipografia, laboratório fotográfico, estúdios, salas de aula, além de um auditório, biblioteca, café, secretarias, departamentos, um ateliê interdepartamental, o salão caramelo amplo espaço de convívio social e o museu “caracol”. Os espaços comunitários indicam a necessidade de aprendizado político, pois é nas assembleias que devem ser tomadas em conjunto por professores, alunos e funcionários as decisões pedagógicas da instituição. Com relação à forma do edifício, é um grande caixote fechado sobre apoios que ao mesmo tempo em que é pesado, por conta desse grande volume, possui uma leveza no apoio. Esta sensação se dá pela mistura dos planos abertos e fechados. Há um contraste entre o exterior e interior da edificação, já que por fora, parece um lugar totalmente fechado e quando se está dentro da edificação, a proposta se inverte em um grande espaço aberto, com volumes que delimitam a forma do edifício e com poucas divisórias propriamente locadas. Imagem 34: Esta imagem mostra a relação dos cheios de vazios da construção. A parte de cima, apesar de ser formada por empenas cegas, não deixa a aparência do edifício como uma caixote fechado por conta das aberturas que vem logo abaixo, formada por grandes vãos e utilização de extensas áreas de vidro. Fonte: Acervo da aluna Livia Oliveira. CROWN HALL E FAU-USP 32 A estrutura do edifício é formada por pilares de forma trapezoidal que percorrem o edifício longitudinalmente e se distanciam um terço do limite da edificação. Aparentemente o arquiteto já havia feito um estudo anteriores na casa Taques Bittercourt para a utilização deste apoio em forma de triângulo invertido. Esses pilares sustentam a cobertura que com a utilização dos domus translúcidos, proporcionam não somente a entrada de luz adequada, bem como maior leveza na estrutura. As lajes internas podem ser divididas em três setores quando pensado o prédio cortado transversalmente. De um lado, lajes dispostas até um terço da ocupação do edifício, no segundo terço, um grande vazio) e na última parte, as lajes do outro lado que estão em níveis diferentes da primeira parte. Outra linha de pilares garante o equilíbrio entre essas diferentes lajes e a utilização de rampas faz a ligação entre os diferentes pavimentos. A distribuição do programa dá-se de forma hierarquizada, ou seja, os primeiros andares são de acesso comum, não necessariamente quem estuda na instituição percorre esses lugares, como por exemplo o salão caramelo, o café e a biblioteca. Já nos andares superiores, somente quem de fato estuda na instituição sente a necessidade de percorrer esses espaços que são as salas de aula e ateliê. Logo quando se entra no prédio, não estamos no térreo do edifício, apesar que quem passa na frente, não perceber. Na entrada, do lado esquerdo, a portaria e do lado direito, diretoria. Uns passos adiante e logo está no salão caramelo, espaço aberto para convívio que por conta da ausência de lajes, possui um pé direito de aproximadamente quatorze metros de altura. Este pavimento é o terceiro andar. Meio piso abaixo, no segundo andar, estão os laboratórios e a gráfica e o primeiro andar, ou ultimo pavimento, está localizado o auditório. Imagem 35: Primeiro e segundo pavimento da FAU – USP para mostrar relação dos ambientes. Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia David, Leticia Vaz, Lívia Oliveira. RAMPAS AUDITÓRIO LABORATÓRIOS E GRÁFICA CROWN HALL E FAU-USP 33 De volta ao salão caramelo no terceiro andar, e subindo para o quarto, um piso bem iluminado e ocupado pelo point do edifício, o café, localizado à esquerda da rampa, lugar de encontro de estudantes. À sua direita tem o museu caracol, lugar que divide visualmente os ambientes e concede certa privacidade. Neste pavimento também temos o grêmio ondesão realizadas diversas atividades acadêmicas. Já no quinto andar, meio nível acima, temos a biblioteca que se localiza em um local de destaque. É o único lugar deste jogo de volumes internos do edifício que possui janelas, ou seja, de fato uma divisória, quando visto do salão caramelo, porém, a presença destes vidros cria uma relação mais intima entre o interno e externo pela possibilidade de vislumbrar tanto a praça central da escola quanto a paisagem circundante do lado de fora. Meio nível acima da biblioteca, no sexto andar, estão localizados alguns departamentos e uma laje em balanço que avança sobre o grande vão é ocupada pelo ateliê interdeparmental. Subindo para o sétimo andar, estão localizados os ambientes que estão dentro da grande caixa fechada. Os estúdios, apesar de não terem janela, contam com a iluminação da abertura zenital da cobertura que não só ilumina melhor que uma janela propriamente, como dá a sensação de uma grande abertura. Os cinco PORTARIA DIRETORIA ACESSO SALÃO CARAMELO CAFÉ MUSEU CARACOL GRÊMIO Imagem 36: Terceiro e quarto pavimento da FAU – USP para mostrar relação dos ambientes. Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia David, Leticia Vaz, Lívia Oliveira. Imagem 37: Quinto e sexto pavimento da FAU – USP para mostrar relação dos ambientes. Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia David, Leticia Vaz, Lívia Oliveira. RAMPAS ATELIÊ INTERDEPARMENTAL DEPARTAMENTOS BIBLIOTECA RAMPAS CROWN HALL E FAU-USP 34 estúdios localizados nestes pavimentos são utilizados para cada um dos cinco anos de graduação, separados por divisórias que pelo seu tamanho, não seccionam os ambientes. Este pavimento e o superior são os únicos que contam como passagem que formam “corredores”, porém, ainda assim é possível ter contato com os demais pavimentos. Por fim, o ultimo pavimento, oitavo andar, que também localiza-se meio nível acima, é onde estão localizadas a salas de aula e anfiteatro. É neste pavimento, no ultimo nível da hierarquia onde forma-se não somente uma profissão, mas também uma opinião e um novo olhar para a cidade, a convivência e para a relação entre a construção e o usuário. A distribuição do programa abaixo mencionado portanto divide-se entre oitos pavimentos que variam desde o nível -2,95 (cota 722,05) até o nível +15,80 (cota 740,80), a diferença entre cada pavimento é de 1,9 metros e a distância piso a piso a cada dois pavimentos é de 3,8 metros, ou seja, é o tamanho do pé direito de cada andar. RAMPAS Imagem 38: Sétimo e oitavo pavimento da FAU – USP para mostrar relação dos ambientes. Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia David, Leticia Vaz, Lívia Oliveira. ESTÚDIOS SALAS DE AULA E ANFITEATRO Imagem 39: Corte longitudinal para mostrar relação entre os diferentes pavimentos. Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia David, Leticia Vaz, Lívia Oliveira. CROWN HALL E FAU-USP 35 Com relação à implantação do edifício, a esplanada é uma área pavimentada onde circulam os pedestres e carros. Na frente do edifício, a faixa central verde de 2,5m faz a divisória para algumas vagas de carro. Nesta configuração, a única coisa que define os limites da calçada, vagas e demais itens da implantação, é ao asfaltamento. Imagem 40: Implantação do prédio da FAU-USP na Cidade Universitária para mostrar relação com o entorno. Fonte: Google Maps. Acesso em: 02 de dez. 2017 CROWN HALL E FAU-USP 36 Ainda na implantação, o laguinho, memória de quando o curso ainda era ministrado na FAU Maranhão (edifício da Vila Penteado), foi trazido para a Cidade Universitária. Alinhado em um eixo, com o acesso ao edifício e no outro eixo, com as ilhas verdes, onde ainda se celebra o antigo ritual, herança da antiga FAU que é o banho festivo dos alunos que ingressam na universidade. Aparentemente, o que não é coincidência é que o prédio da FAU – USP mantém algumas características do prédio da FAU Maranhão. Sua posição geográfica com relação ao norte, a quantidade (quatro) de degraus de acesso da plataforma de entrada e quantidade desses acessos (três – um localizado no central e dois, na lateral do edifício) é a mesma para as duas edificações. Imagem 41: Implantação ampliada do prédio da FAU-USP na Cidade Universitária para mostrar o entorno próximo e localização do laguinho. Fonte: Google Maps. Acesso em: 02 de dez. 2017 LAGUINHO CROWN HALL E FAU-USP 37 4. CONCLUSÃO Este trabalho contribuiu para aprender um pouco mais sobre o desenvolvimento de escolas no século XX, em especial do Mies Van der Rohe e Vilanova Artigas, arquitetos que deixaram um grande legado não somente para as escolas, como para a arquitetura mundial. Podemos concluir que as obras foram projetadas em datas muito próximas, em países distintos, mas possuem muitas semelhanças em sua proposta e técnica construtiva. Assim como a Crown Hall, a FAU – USP também possui um subsolo que não é percebido por quem passa em frente ao edifício. As duas escolas também trabalham com grandes vãos, porém, com materiais diferentes. A Crown Hall se utilizou de pórticos de ferro e ausência de pilares internos, já a FAU-USP tem seus pilares em concreto para sustentar a grande cobertura. Os dois edifícios são totalmente translúcidos, cada um com sua peculiaridade, mas de modo que se pode ver através deles e tem a planta com poucas divisórias aumentando a relação entre os espaços. O programa é similar no que diz respeito ao grande vazio central do edifício e utilização do mesmo para palestras, exposições e debates. Por fim, as duas escolas estão implantadas em uma cidade universitária rodeada por árvores que contribui para questões acústicas (os outros prédios não podem ouvir o barulho gerado por esta, bem como esta também não houve o barulho de outros edifícios), além de ter um espaço de convivência agradável. Assim, concluímos que a arquitetura influencia diretamente no aprendizado e também nas relações humanas ali existentes. Estas propostas diferentes do convencional nos trazem uma reflexão sobre o papel e importância da arquitetura no nosso cotidiano. CROWN HALL E FAU-USP 38 5. REDESENHOS CROWN HALL E FAU-USP 39 CROWN HALL E FAU-USP 40 CROWN HALL E FAU-USP 41 CROWN HALL E FAU-USP 42 CROWN HALL E FAU-USP 43 CROWN HALL E FAU-USP 44CROWN HALL E FAU-USP 45 CROWN HALL E FAU-USP 46 CROWN HALL E FAU-USP 47 CROWN HALL E FAU-USP 48 6. APRESENTAÇÃO POWER POINT CROWN HALL E FAU-USP 49 CROWN HALL E FAU-USP 50 CROWN HALL E FAU-USP 51 CROWN HALL E FAU-USP 52 CROWN HALL E FAU-USP 53 CROWN HALL E FAU-USP 54 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CROWN HALL 1. FRAMPTON, Kenneth. História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2004. 2. BLASER, Warner. Mies van der Rohe. São Paulo: Martins Fontes, 1997. 3. VIVADECORA. Disponível em: <https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetos/mies-van-der-rohe/>. Acesso em 06 de out. 2017. 4. VIVADECORA. Disponível em: <https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetos/mies-van-der-rohe/>. Acesso em 06 de out. 2017. 5. TIPOGRAFOS. Disponível em: <http://www.tipografos.net/bauhaus/mies- van-der-rohe.html>. Acesso em 06 de out. 2017. 6. WIKIPÉDIA. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Mies_van_der_Rohe>. Acesso em 06 de out. 2017. 7. WIKIPÉDIA. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Mies_van_der_Rohe>. Acesso em 06 de out. 2017. 8. WIKIPÉDIA. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Mies_van_der_Rohe>. Acesso em 06 de out. 2017. 9. BLASER, Warner. Mies van der Rohe. São Paulo: Martins Fontes, 1997. 10. RICARDO, Daza. Buscando a Mies. Barcelona: Actar Publisher, 2000. FAU-USP 11. BAROSSI, Antônio Carlos. O Edifício da FAU – USP. São Paulo: Editora da Cidade, 1ª edição, 2016. 12. Fundação Vilanova Artigas. Série Arquitetos Brasileiros. São Paulo: Instituto Lina Bo Bardi e P.M Bardi, 1ª edição, 1997. 13. Arquivo ARQ. Disponível em: <http://www.arquivo.arq.br/vilanova- artigas>. Acesso em: 24 de nov. 2017. 14. FAU-USP. Disponível em: <http://www.fau.usp.br/a-fau/o-edificio- vilanova-artigas/>. Acesso em: 24 de nov. 2017. 15. PERRONE, Rafael Antonio Cunha. Vilanova Artigas e o edifício da FAU USP – A formação dos espaços de formação. São Paulo, 2016. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/16.191/6004>. Acesso em 04 out. 2017. 16. GUERRA, Abilio. FAU USP, Cidade Universitária, um projeto de Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi – Extrato de “Viver na Floresta”. CROWN HALL E FAU-USP 55 São Paulo, 2015. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/09.102/5677>. Acesso em 05 out. 2017. 17. FRACALOSSI, Igor. Clássicos da Arquitetura: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) / João Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi. São Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/01-12942/classicos-da-arquitetura- faculdade-de-arquitetura-e-urbanismo-da-universidade-de-sao-paulo- fau-usp-joao-vilanova-artigas-e-carlos-cascaldi>. Acesso em 05 out. 2017. 18. VILANOVA Artigas In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo, 2017. Disponível em: < http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa13159/vilanova-artigas>. Acesso em 05 out. 2017. 19. PORTELA, Giceli. João Batista Vilanova Artigas, Curitiba, 1915-2015 - Exposição “Nos pormenores um universo" no Museu Oscar Niemeyer. São Paulo, 2017. Disponível em: < http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/14.165/5675>. Acesso em 05 out. 2017. 20. SIQUEIRA, Renata Monteiro. A inserção da FAUUSP no campo de arquitetura e urbanismo em São Paulo: As constribuições de Anhaia Mello e Vilanova Artigas. 2015, 228 f . Dissertação (Mestre em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. 21. THOMAZ, Dalva Elias. Um olhar sobre Vilanova Artigas e sua contribuição à arquitetura brasileira. 1997, 423 f . Dissertação (Mestre em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo.
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