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Escolas de Arquitetura nos EUA e Brasil

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FIAM-FAAM CENTRO 
UNIVERSITÁRIO 
 
HISTÓRIA E TEORIA DA ARQUITETURA E URBANISMO 
SÉC. XIX E XX 
 
 
 
 
LARISSA GOMES – RA: 7175484 
LARISSA MARTINS – RA: 6927114 
LETICIA DAVID – RA: 6928887 
LETICIA VAZ – RA: 6988840 
LÍVIA OLIVEIRA – RA: 6953892 
TURMA 6D08 
 
 
 
 
 
 
ESCOLAS DE ARTE/ARQUITETURA 
NOS EUA DOS ANOS 50 E NO 
BRASIL DOS ANOS 60 
CROWN HALL (MIES VAN DER ROHE) E FAUUSP 
(VILANOVA ARTIGAS) 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2017 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3 
2. LUDWING MIES VAN DER ROHE ............................................................................ 4 
2.1. CROWN HALL ............................................................................................................. 12 
3. JOÃO BATISTA VILANOVA ARTIGAS .................................................................... 21 
3.1. FAU - USP .................................................................................................................... 26 
4. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 37 
5. REDESENHOS............................................................................................................38 
6. APRESENTAÇÃO POWER POINT.........................................................................48 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem como objetivo apresentar as obras da Crown Hall e FAU 
USP em sua totalidade. Nesta pesquisa estão inclusas a gama de informações 
pesquisadas de acordo com a vida do autor do projeto, o projeto e a execução 
da obra, distribuição do programa, inserção no meio urbano e relevância da obra 
tanto para a arquitetura quanto para a sociedade. 
O assunto é exposto através da análise de referências bem como 
interpretação de plantas e também foram considerados os assuntos discutidos 
em sala de aula a respeito das obras. 
Neste trabalho também foi levado em consideração a contextualização 
histórica, bem como a relação existente entre os dois projetos no que diz respeito 
à estrutura, forma e programa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
4 
 
2. LUDWING MIES VAN DER ROHE 
 
Ludwing Mies van der Rohe nasceu 
em Aachen, na Alemanha, em março de 
1886. É considerado um dos arquitetos 
mais influentes do século XX e da 
arquitetura moderna, sendo colocado no 
mesmo nível de Le Corbusier e Frank 
Lloyd Wright. 
Quando jovem trabalhou com seu pai 
e depois se mudou para Berlim, onde 
trabalhou com Bruno Paul e depois, em 
1908, ingressou no estúdio de Peter 
Behrens, se tornando seu discípulo, 
entrando em contato com teorias de design e com a cultura alemã culturalista. 
Com seu talento rapidamente reconhecido, Ludwing Mies decidiu reformar seu 
próprio nome, de modo que se adequasse, acrescentando em seu sobrenome 
de ressonância aristocrática ‘’van der Rohe’’. 
Iniciou sua carreira construindo casas populares com estilo medieval 
tradicional alemão, mas depois de servir o exército na parte da engenharia na 
Primeira Guerra Mundial, volta obstinado a se tornar um grande arquiteto. Após 
o pós-guerra começa a afastar-se dos estilos tradicionais e recebe influência do 
neoplasticismo e do construtivismo russo, germinando o estilo modernista, 
buscando um novo estilo para a era industrial. Bruno Zeni identifica o Pavilhão 
Internacional de Barcelona a súmula desse movimento. Ele o descreve como 
‘’Painéis de travertino e mármore, lâminas de vidro, superfícies de água, planos 
horizontais e verticais que quebram a imobilidade dos espaços fechados, 
rompem os volumes e orientam o olhar para vistas exteriores’’. O que deveria 
ser temporário acaba se tornando uma de suas obras mais conhecidas, sendo 
reconstruída alguns anos depois. 
 
Imagem 1: Foto de Ludwing Mies van der Rohe 
(1886 – 1969), arquiteto que projetou a Crown Hall 
e muitos outros edifícios ao longo de sua carreira. 
Fonte: DWR. Disponível em: 
<http://www.dwr.com/designer-ludwig-mies-van-
der-rohe?lang=en_US>. Acesso em: 18 de nov. 2017 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Van der Rohe seguiu uma concepção de linhas puras na arquitetura, significa 
que seus desenhos eram desenvolvidos em sua maior parte em linhas retas, que 
se unem sempre na perpendicular, fazendo com que nossos olhos percorram os 
detalhes e nos dão a impressão de movimento ao projeto. Mesmo com o uso do 
concreto bruto, ele consegue através de suas linhas, um visual agradável e 
sofisticado. 
Entra em contato com novas tendências, como o construtivismo russo, e faz 
com que transforme seu estilo. Mesmo com tudo isso, ainda no início dos anos 
20, percebe que tem muitos projetos elogiados, mas poucos erguidos. Com isso, 
começa a adaptar seus projetos a realidade econômica alemã, passando a usar 
materiais tradicionais, com muita técnica e precisão, sendo então, começado a 
ser notado. 
Demonstrando influências de Karl Friedrich Schinkel, considerado o mestre 
do neoclassicismo prussiano no início do século XX, onde admirava as grandes 
proporções e seus complexos volumes e radiais, ao mesmo tempo que 
controlava as novas possibilidades estruturais decorrentes do avanço 
tecnológico e libertava dos tiques ecléticos e desordenados do classicismo, 
próprios da mudança do século. 
Imagem 2: Pavilhão Alemão para a Exposição Internacional de Barcelona, em 1929, projetado por ele. 
Nele podemos observar a sensação de se estar dentro e fora, os cheios e vazios e o uso do vidro, concreto 
armado e mármore. 
Fonte: CAIA NO MUNDO. Disponível em: <https://caianomundo.ci.com.br/arte-por-toda-parte-em-
barcelona/>. Acesso em: 18 de nov. 2017 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
6 
 
Entre 1918 e 1925 participou do Novembergruppe, onde um grupo de 
industrias que atuaram como mecenas para uma nova geração de arquitetos 
voltados para a arquitetura moderna. Nessa época, Mies trabalhou em 
proximidade com Lilly Reich. 
Abandonou por completo sua dependência de qualquer ornamentação e, em 
1921, projetava um arranha-céu de vidro e metal, seguido de vários projetos que 
culminariam no Pavilhão Alemão na Feira Universal de Barcelona e no ano de 
1930, consolidou seu estilo com o projeto da Casa Tugendhat, localizado na 
República Checa. Foi outro trabalho minimalista, onde utilizou superfícies de 
cimento armado. 
No mesmo ano, foi convidado por Gropius a ser diretor da Escola Bauhaus, 
uma escola vanguardista de design. Pertencem a este período, algumas peças 
de mobília medieval, onde antigas tecnologias artesanais são aplicadas, e que 
se tornaram populares até hoje, um exemplo disso é a cadeira e mesa Barcelona 
ou a cadeira Brno. 
 
A escola era financiada pelo governo e foi forçada a fechar devido as 
pressões no nazismo, que interferiam em tudo na Alemanha, naquela época, 
onde identificava com ideologias antagônicas como o socialismo e o comunismo. 
A arquitetura de Mies era rejeitada por não representar o espirito nacionalista 
Imagem 3: Cadeira e mesa Barcelona, expostas no Pavilhão de 
Barcelona, sendo um ícone da criação de Mies Van der Rohe. 
Fonte: BLOG WAKEN. Disponível em: 
<http://blog.wanken.com/9472/designing-the-barcelona-chair/>. 
Acessoem: 18 de nov. 2017 
Imagem 4: Cadeira Brno, projetada por Mies Van 
der Rohe durante sua carreira. 
Fonte: RENOME. Disponível em: 
<http://www.renome.com.br/pd-2fb4d2-mies-van-
der-rohe-cadeira-brno.html>. Acesso em: 18 de 
nov. 2017 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
7 
 
alemão. No período em que dirigiu a escola, conviveu com grandes artistas, 
como Paul Klue e Kandisnky. 
Mies van der Rohe foi convidado em 1937 pelo arquiteto Philip Johnson para 
realizar um projeto publicitário, mas que nunca se concretizou. Quando chegou 
aos Estados Unidos já era considerado pelos promotores americanos do Modern 
Style. 
Em sua permanência pelos Estados Unidos, aceitou o convite e dirigiu a 
Escola de Arquitetura do Instituto de Tecnologia de Illinois, em Chicago. Uma 
das condições para a aceitação do cargo era o projeto de novos edifícios para o 
campus universitário, onde com o tempo, muitas de suas obras se focalizaram 
ali, como os vinte edifícios que projetou para o Instituto em uma área de 50 
hectares. Alguns dos seus edifícios mais afamados é a Crown Hall, sede do 
Departamento de Arquitetura do Instituto. 
 
Quando assumiu a direção do instituto, Mies fez um discurso que expôs a 
base de sua arquitetura: “Na sua forma mais simples, a arquitetura depende de 
considerações exclusivamente funcionais. Mas pode abraçar, por meio de todos 
os graus de valor, a mais alta esfera da existência espiritual, o reino da arte pura.” 
Dando aula ali, ele se torna o responsável por criar uma geração de 
arquitetos norte-americanos funcionalistas voltados para a construção dos 
arranha-céus demandados pelas empresas do país, fazendo assim, com que 
sua trajetória se consolidasse cada vez mais, com obras que marcaram seu 
estilo. Todo esse sucesso fez com que se naturalizasse americano, em 1949. 
Imagens 5 e 6: Crown Hall, projetada por Mies e hoje, é sede do Departamento de Arquitetura do Instituto 
Tecnológico de Illinois. Podemos ver sua fachada sendo sustentada por quatro pórticos e sua escada principal. 
Fonte: ARCH. Disponível em: <http://arch.iit.edu/about/sr-crown-hall e http://www.architecture.org/architecture-
chicago/buildings-of-chicago/building/crown-hall/>. Acesso em: 18 de nov. 2017 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
8 
 
 
Uma parte pitoresca de sua história aconteceu de 1946 a 1951, durante o 
projeto e edificação da Casa da Doutora Edith Farnswoorth, que deveria servir 
de retiro nos arredores de Chicago, e que se tornaria uma das principais obras 
de referência da arquitetura moderna. Cria a expressão ‘’pele de vidro’’, sendo o 
vidro um elemento muito importante em seus trabalhos, um exemplo disso é a 
casa Farnsworth, chamada também de Casa de Vidro. A casa traz transparência, 
fluidez de espaços, linhas retas e a sensação de que o edifício esteja flutuando. 
 
 
A casa Tugendhat é outro exemplo, localizada na Tchecoslováquia. Utiliza 
muito vidro e materiais nobres, trazendo um estilo requintado e de alto padrão. 
Na casa, Mies explorou a relação entre o indivíduo, o seu abrigo e a 
natureza. A casa concretiza a visão amadurecida de Mies para o que deveria ser 
a arquitetura, uma estrutura minimalista limitada a pele e esqueleto do edifício, 
usando materiais que representavam os novos tempos, permitindo a definição 
de um espaço ordenado de forma clara, simples, inteligível e fluida, com uma 
disposição que sugerisse liberdade de utilização. O suporte estrutural 
rigorosamente concebido e as paredes totalmente de vidro, definem um espaço 
interior cúbico simples, permitindo que a natureza e a luz o envolvam de fato. 
O Pavilhão de vidro ergue-se cerca de 1,5 metros acima da planície aluvial 
do Rio Fox, e é rodeado por florestas e prados. Um núcleo de painéis de madeira, 
para arrumações, cozinha, lareira e casa de banho está posicionado neste 
Imagens 7 e 8: Casa Farnsworth, localizada em Chicago. Podemos observar a utilização do vidro e o uso de pilares de 
sustentação, fazendo com que seja elevado e tenha um desnível. 
Fonte: MID CENTURY MODERN REMODEL. Disponível em: 
<http://www.midcenturymodernremodel.com/2014/07/farnsworth-house-illinois-midcentury.html>. Acesso em: 18 
de nov. 2017 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
9 
 
espaço aberto, de forma a definir a área de estar, comer e dormir sem a 
necessidade de recorrer as típicas paredes e quartos individualizados. 
A casa tem sido descrita por muitos como ‘’sublime’’, ‘’um templo pairando 
entre a terra e o céu’’, ‘’um poema’’, ‘’uma obra de arte’’. A influência desta obra 
pode verificar-se pela quantidade de ‘’casas de vidro’’ modernistas, das quais a 
mais notável talvez seja a de Philip Johnson, localizada em Nova Iorque. 
Os trinta anos que se seguiram são considerados os anos da sua maturidade 
criativa, sendo o período em que se desenvolveu esforços mais consistentes na 
prossecução dos seus objetos para a nova arquitetura do século XX. Fez 
convergir o seu trabalho para a definição de largos espaços universais inseridos 
em suportes estruturais claramente ordenados, recorrendo a molduras de perfis 
manufaturados preenchidos com tijolos ou vidro. Seus primeiros projetos para o 
campus da Instituição e para Herb Greenwald revelou ao mundo arquitetônico 
norte-americano um estilo que parecia o resultado natural da progressão do 
estilo da Escola em Chicago, que estava esquecida. 
Em 1951, já estava de pé outro de seus projetos mais famosos, o edifício em 
aço e vidro na Lake Shore Drive, à beira do Lago Michigan. E, em 1958, é 
convidado para projetar o Edifício da Fábrica de bebidas Seagram, com 38 
pavimentos, transformou-se em uma espécie de símbolo, chamado de “Estilo 
Internacional”, a grande escola de Mies. 
Em 1959, Mies projetou o que veio a ser considerado por muitos como o 
auge da arquitetura funcionalista para arranha-céus: O Edifício Seagram, em 
Nova Iorque, que também tinha alguma notoriedade no meio arquitetônico dos 
Estados Unidos. O Edifício tornou-se um ícone representativo no poder 
crescente das corporações empresariais, que viria a definir o próprio século XX. 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
10 
 
 
Numa decisão audaciosa e inovadora, Mies revolucionou o padrão 
construtivo nova-iorquino ao deixar livre metade do terreno dedicado a obra, 
definindo uma praça com fonte para uso público em Park Avenue em frente ao 
edifício que se assumia como uma leve estrutura de metal e vidro. Mies teve de 
convencer os gestores da família Bronfman de que a ideia de liberar o espaço 
em frente ao edifício era, não só viável, como benéfica para a imagem da 
companhia. O projeto caracteriza-se por uma cortina de vidro, com perfis de 
bronze a cobrir a estrutura de aço. 
Em 1959, Mies van der Rohe cria um projeto no Brasil para o Consulado 
Americano, na cidade de São Paulo e, entre 1967 e 1969, projetou o Toronto- 
Dominion Center, no Canadá, um complexo de 6 edifícios de escritórios. 
Em 1968, uma de suas últimas obras na Alemanha é realizada, a Neue 
Nationalgalerie. Um dos primeiros edifícios projetados com o conceito de 
elevadores inteligentes e preparado para receber redes de computadores é feito 
para o prédio da IBM, em Chicago. Seu derradeiro trabalho foi a homenagem a 
Martin Luther King, projetando a Biblioteca Memorial Martin Luther King Jr, em 
Washington. 
 
Imagens 9 e 10: Edifício Segram, localizado em 
Nova Iorque. Nele podemos observar o vazio no 
térreo, fazendo com que tenha uma convivência 
maior com as pessoas que estão passando por ele. 
É feito de estrutura metálica e vidro. 
Fonte: PINTEREST. Disponível em: 
<https://br.pintere 
st.com/pin/479492691546743754/?lp=true e 
https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%
C3%A3o/edificio-seagram/>. Acesso em: 18 de nov.2017 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
11 
 
 
 
Em agosto de 1969, Mies van der Rohe faleceu, nos deixando um legado 
que se traduziu em suas obras e em seu estilo, uma verdadeira escola da 
arquitetura moderna, como ele dizia: ‘’Deus está nos detalhes’’. 
 
 
 
 
Imagens 11 e 12: Neue Nationalgalerie e a Biblioteca Memorial Martin Luther King Jr. Feita de estutura metálica e 
aço, sendo uma homenagem a Martin Luther King após seu falecimento. 
Fonte: ARCHDAILY. Disponível em: <http://www.archdaily.com/tag/washington-dc/page/5>. Acesso em: 18 de nov. 
2017 
 
Imagem 13: Foto de Mies van der Rohe sentado na famosa cadeira Brno. 
Fonte: MIES SOCIETY. Disponível em: <http://miessociety.org/mies/>. Acesso em: 18 de nov. 2017 
 
 
 
 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
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2.1. CROWN HALL 
 
Crown Hall é um dos vinte edifícios projetado por Mies Van der Rohe, para 
Illinois Institute of Tecnology (IIT), em Chicago. A escola é uma peça central do 
plano diretor do campus fundada em 1940, ocupa cerca de 50 hectares, com a 
maior concentração de obras de Mies no mundo. Seu nome foi uma homenagem 
a Henry Crown, que doou R$ 250.000,00 dólares para a construção como 
incentivo para outras contribuições. 
No instituto, Mies Van der Rohe desenvolveu e aperfeiçoou a gramatica 
moderna da arquitetura, linguagem, estruturas, ideias, proporções e geometria. 
A Crown Hall é o mais famoso dos edifícios construídos em 1954 com a 
tecnologia que combinava aço e vidro. 
O plano original para o campus era em dois edifícios, um para aulas e outro 
para biblioteca, no entanto os planos tiveram que ser modificados para se 
adaptar as restrições econômicas. Mies projetou um edifício mais ambicioso do 
que o existente no final do campus, no entanto durante a construção, teve que 
enfrentar muitos obstáculos, tais como a resistência inicial do conselho 
universitário, que pensou que era um trabalho muito caro. Foi só em 1956 que o 
projeto ficou pronto e Mies projetou suas obsessões: a máxima transparência e 
estrutura mínima. 
Illinois Institute of Tecnology é a universidade em que a edificação está 
inserida, está localizado a quatro milhas ao sul do centro de Chicago. A Crown 
Hall está localizada praticamente no centro do campus, perto da estação de 
metrô e o estacionamento principal. As ruas ao redor do prédio são separadas 
por áreas verdes que isolam os ruídos possíveis. 
 
 
 
 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
13 
 
 
Os edifícios são separados um do outro, tendo em média uma altura 3 a 4 
níveis, que garante que a iluminação não seja obstruída. Dentro do prédio, ao 
norte, você tem a visão do horizonte de Chicago. Com os quatros lados do 
edifício livres, permite a entrada de luz natural. A Crown Hall é orientada para o 
sul e para o norte, permitindo o melhor aproveitamento da luz natural e da 
paisagem do local. 
Mies Van der Rohe utiliza como conceito da construção a configuração de 
espaço livre, contido em uma forma retangular em dois níveis. Sendo o edifico 
então um volume livre, com quatro paredes de vidro, cercado por uma área 
verde. No nível principal é uma grande área dedicada aos estudos de arquitetura, 
foi projetado para ser flexível na sua utilização. Foram instaladas algumas 
divisões moveis de madeira de carvalho, são painéis leves que podem se 
adaptar ao espaço como for necessário. No subsolo, encontramos os escritórios 
e salas de reuniões, serviços, e algumas salas para designer. 
Imagem 14: Por meio desta imagem conseguimos ver a localização Crown Hall, e como está implantada e como 
funciona o seu entorno, como foi citado a Crown possui estação de metro perto e está bem no centro do instituto. 
Fonte: GOOGLE MAPS. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/place/S.+R.+Crown+Hall/@41.8341803,-
87.6272798,15.75z/data=!3m1!5s0x880e2c0d0aad0f2f:0x18bd61b0ced378cc!4m12!1m6!3m5!1s0x880e2c0d0ab2c
bcf:0x70210951aac6ba0f!2sS.+R.+Crown+Hall!8m2!3d41.8331938!4d-
87.6272749!3m4!1s0x880e2c0d0ab2cbcf:0x70210951aac6ba0f!8m2!3d41.8331938!4d-87.6272749>. Acesso em: 
25 de nov. 2017 
 
 
 
 
 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
14 
 
As fachadas em vidro dão a sensação de trabalhar ao ar livre em um parque, 
com vista para o horizonte de Chicago e da vegetação, além de dar a sensação 
de leveza para o edifício. 
 
A Crown Hall não está entre os primeiros edifícios construído por Mies no 
IIT, mas é considerado como a expressão mais claras de suas ideias: 
• O telhado suspenso, sem colunas internas, criou o espaço aberto 
e que poderia ser infinitamente adaptado a vários usos. 
• Seu uso de componente off-the-shelf, incluindo painéis de vidros 
padrão e aço fez o edifício econômico para construir. 
• O designer é aparentemente simples, Mies descreveu o prédio 
como “quase nada”. 
A estrutura da Crown Hall desempenha o papel mais importante do edifício, 
uma vez que ela permite um grande vão no piso superior, e o transforma em um 
local flexível para ter varias programações conforme o uso necessário. 
Com o objetivo de flexibilidade, Mies Van der Rohe concebeu um imenso 
vão livre sem pilares internos. A cobertura é sustentada por viga apoiadas em 
pilares externos, com isso ele conseguiu uma liberdade e aproveitamento do 
Imagem 15: Como foi citado por meio desta foto conseguimos ter uma vista de dentro da Crown Hall, para o horizonte 
de Chicago, onde conseguimos ter e ver a sensação que Mies queria que as pessoas tivessem de estra trabalhando ao 
ar livre com toda a transparência. 
Fonte: GOOGLE MAPS. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/@41.8333131,-
87.6272814,3a,90y,333.76h,85.54t/data=!3m6!1e1!3m4!1sAF1QipODGiJFy9Dr-
6XhrgHr_Nq6hTFeNAWV9l9K8A_H!2e10!7i5376!8i2688>. Acesso em: 25 de nov. 2017 
 
 
 
 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
15 
 
espaço interno, com pórticos, onde podemos comparar com o Masp, já que é 
sustentado da mesma forma. A estrutura da Crown trata-se de uma solução que 
explora as técnicas e tecnologia na época. 
 
 
 
 
 
 
 
Imagens 16 e 17: Comparação entre o Edifício Crown Hall e o Museu de Arte de São Paulo – MASP, onde conseguimos 
identificar em ambas suas sustentações com base em pórticos e a intenção de conseguir deixar um vão livre, com 
uma melhor espacialidade. 
Fonte: WORDSPRESS. Disponível em: <https://amjbrough.files.wordpress.com/2014/08/mies-van-der-rohe-board-
2.jpg e https://www.archdaily.com.br/br/01-59480/classicos-da-arquitetura-masp-lina-bo-bardi>. Acesso em: 25 de 
nov. 2017 
 
 
 
 
 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
16 
 
 
 
A cobertura suspensa do edifício mede 120x220 pés, aproximadamente 
36,58x67,06 metros. Os quatro pórticos de metal, espaçados de 60 pés, sendo 
aproximadamente 18,29 metros, são elevados ao longo da cobertura, enquanto 
a laje se projeta 20 pés (6,096 metros) em balanço. A construção é fechada por 
paredes cortinas de vidro fosco na parte inferior, exceto na entrada. As Janelas 
superiores são de vidro transparentes e providas e persianas de lâminas, 
constantemente baixadas. 
A Crown Hall tem dois níveis, separados por uma estrutura a totalmente 
independente, um sistema convencional de pilares de concreto armado com uma 
malha de pilares de 20x30 pés (6,1x9,15 metros) que funciona como um sistema 
metálico que envolve o edifício. Aparentemente, a partir de um certo nível da 
escada não conseguimos notar o subsolo, pois está enterrado e a ventilação e 
iluminação é feita através de uma tira de janelas perimetrais que são as que se 
comunica com o nível do solo. 
Imagem 18: Nesta imagem conseguimos ver os 
quatro pórticos de ferro sustentam a cobertura,uma 
foto de quando estava em construção. 
Fonte: Livro Mies Van Der Rohe – Werner Blaser, 
pag.85. 
 
 
 
 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
17 
 
O edifício também tem uma grande escada metálica na parte externa, com 
revestimento de travertino, dando acesso a um patamar de entrada, situado a 6 
pés (1.89 metros) acima do nível térreo. No total o edifico tem mais ou menos 18 
pés (5,49 metros) de altura. 
Esse sistema pode contribuir para construções com grandes vãos livres; foi 
adotado pela Escola de Arquitetura e no projeto de um teatro. Os materiais 
utilizados são aço, concreto e vidro reforçado. 
 
Mies Van Der Rohe declara “A arquitetura começa quando a técnica é 
superada.” 
As entradas do edifício, tanto na fachada Sul como Norte, estão entres os 
pórticos central, na implantação notamos que no leste e oeste as arvores estão 
muito próximas as fachadas, e ao norte as arvores são mais distantes e não 
muito bem definidas. O paisagismo ao redor da Crown Hall foi pensado conforme 
sua localização do terreno e usando a vegetação para de alguma forma proteger 
a fachada e controlar a iluminação que fossem entrar. 
 
Imagem 19: Nesta foto conseguimos ver a fachada Sul da Crown Hall, onde conseguimos ver sua escada metálica 
e sua fachada com vidro transparente nas entradas. 
Fonte: WIKIPÉDIA. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:S.R._Crown_Hall.jpg>. Acesso em: 
25 de nov. 2017 
 
 
 
 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
18 
 
 
 
 
O programa que a Crown Hall oferece é na grande sala no pavimento térreo, 
onde já foi utilizada para exposições, cerimonias, concertos, e ao mesmo assim, 
não deixou de ser uma sala de aula, onde até hoje é administrado aulas de 
arquitetura. Mies Van Der Rohe pode dar aulas e ser diretor também nesse 
mesmo edifício. Já as atividades que requeriam subdivisões mais convencionais 
no espaço, como serviço, escritórios e salas de aulas especiais e as próprias 
oficinas do programa educacional do instituto de designer foram colocados no 
nível inferior no subsolo. 
 
 
 
 
Imagem 21-22: Plantas Térrea e subsolo Crown Hall, nas plantas podemos ver como foi estruturado o subsolo e como 
foram separados os ambientes. 
Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia David, Leticia Vaz, Lívia Oliveira. 
 
 
 
 
 
Imagem 20: Na implantação da Crown Hall, 
podemos notar como a vegetação está 
organizada em relação as fachadas. 
Fonte: Livro Buscando a Mies, Ricardo Daza, 
Pag.21. 
 
 
 
 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
19 
 
 
Em agosto de 2005, houve uma grande recuperação do edifício depois de 
muitos anos sem manutenção. Houve a melhoria da acessibilidade e 
desempenho energético. 
Após quase cinquenta anos de uso, a Crown Hall precisava de reparos e 
melhorias significativas para acomodar instalações mais modernas. A 
restauração passou por duas fases, a primeira restaurou a paisagem e a 
fachada, e a segunda incluiu medidas para o melhorar o sistema mecânico e 
torna a construção mais eficiente. 
A primeira fase da restauração engloba a paisagem original, buscando 
atualizar a acessibilidade e atualizar algumas de suas salas de aula, sanitários, 
e uma revisão da cobertura das fachadas. Já na segunda fase o sistema de 
ventilação natural, o sistema de piso radiante feito para aquecer e refrigerar tudo 
o que seria a ser restaurado. Um novo sistema de gestão dos edifícios irá ligar o 
sistema hvac, monitores de co2, iluminação dimmablr, persianas automáticas e 
sensores de luzes diurnas, toda essa tecnologia a ser implantada resultará em 
40% a menos no consumo de energia do prédio. 
Em 2005, a restauração da estrutura de aço pintura original, foi substituída 
por um revestimento preto e sem chumbo. Os vidros foram substituídos por 
painéis que atendam aos requisitos de vento. O revestimento travertino no 
terraço sul foi substituído também. Os painéis de carvalhos também foram 
substituídos. 
 
Imagem 23-24: Fachada Norte e Sul Crown Hall e Corte; no corte podemos ver como o edifício se relaciona nos dois 
níveis. 
Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia David, Leticia Vaz, Lívia Oliveira. 
 
 
 
 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
20 
 
 
 
 Hoje a Crown Hall tem seu uso voltado para os estudantes de Arquitetura e 
Design do Instituto de Tecnologia Illinois e recebe exposições em seu grande 
vão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 25:Nesta foto conseguimos ver a divisória padrão de carvalho, que 
dá a regularidade na distribuição do espaço livre da grande sala. 
Fonte: Livro Mies Van Der Rohe – Werner Blaser, pag.92. 
 
 
 
 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
21 
 
3. JOÃO BATISTA VILANOVA ARTIGAS 
 
João Batista Vilanova 
Artigas, nasceu em Curitiba, no 
estado do Paraná em julho de 
1915, faleceu em 1985. Autor 
de extensas obras, foi exemplo 
de arquiteto ao aliar-se ao 
engajamento político social 
efetivo, densidade poético 
formal, apuro técnico 
construtivo, trabalho docente e 
coerência ideológica. Foi um 
dos arquitetos mais importantes 
do século XX, se destacou como um dos principais representantes do movimento 
moderno. Consolidou sua profissão em São Paulo no qual, se tornou um modelo 
da arquitetura paulista. Fundador e professor da universidade da FAU-USP 
(Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP). 
João Batista Vilanova Artigas formou-se engenheiro arquiteto pela Escola 
Politécnica da Universidade de São Paulo. Antes mesmo de se formar, Artigas 
frequentava o curso de desenho artístico da Escola de Belas-Artes, ao qual se 
identifica no processo de construção de uma "cultura urbana paulista", assim a 
residência unifamiliar tem papel de destaque em sua obra. Após ter realizado 
seu estágio na construtora Bratke e Botti, abre uma empresa de projeto e 
construção com Duílio Marone a Artigas & Marone Engenheiros. Em 1944 decide 
montar seu próprio escritório ao lado do calculista Carlos Cascaldi. 
Dedicado na política de regulamentação da profissão funda, com outros 
colaboradores, a representação do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/SP) em 
São Paulo e Filia-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 1945. Em 1946 
recebe uma bolsa de estudo da Fundação Guggenheim. De volta ao Brasil, 
participa da então criação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da 
Universidade de São Paulo (FAU-USP), onde passa a lecionar. 
Imagem 26: Retrato de João Batista Vilanova Artigas no auge da idade. 
Fonte: A REAÇÃO. Disponível em: 
<http://aredacao.com.br/cultura/87009/cau-traz-para-goiania-
exposicao-da-obra-de-vilanova-artigas>. Acesso em: 24 de nov. 2017 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
22 
 
 O acirramento ideológico da Guerra Fria se intensifica, assim Artigas viaja 
para a União Soviética, desencantando-se com a arte e arquitetura do realismo 
socialista, isso o leva a questionamentos insolúveis onde faz a crítica a arte 
abstrata ligado ao concretismo, onde afunda-se em uma crise profissional, que 
se prolonga até 1950. 
Em 1959 inicia-se a realização de uma série de projetos escolares para o 
governo do Estado de São Paulo, realizados na administração Carvalho Pinto, 
em que marcam o início das relações entre arquitetura moderna e o poder 
público em São Paulo, até então quase inexistentes. Em 1961, realiza uma 
sequência notável de projetos que definem a proposta, do que se chama "escola 
paulista" como os projetos, O Anhembi Tênis Clube, a Garagem de Barcos do 
Iate Clube Santa Paula, e o edifício da (FAU-USP) na Cidade Universitária. 
Entãoanos depois Artigas liderou uma nova proposta de criação para a 
(FAU-USP), onde também houvesse uma inovação didática, no qual foi de fato 
marcante na "reforma do ensino" da (FAU-USP), consolidando um novo 
programa pedagógico, definindo critérios curriculares que seriam adotados por 
muitas escolas de arquitetura. Em 1968 realiza o projeto com auxílio de Paulo 
Mendes da Rocha e Fábio Penteado, o Conjunto Habitacional Zezinho 
Magalhães Prado (Parque Cecap), em Guarulhos, para 50 mil moradores. 
Em 1969, João Batista Vilanova Artigas é afastado mais uma vez dentre 
outras vezes, da instituição de ensino da (FAU-USP), à qual retorna no fim de 
1979 reassumindo em 1984 sua posição de professor titular. 
Ao decorrer de sua vida Artigas foi inspirado em alguns arquitetos como 
Oscar Niemeyer em meados dos anos 1940 e início dos 1950, marcada pelo 
otimismo plástico, caracterizado pela incorporação da leveza da arquitetura 
carioca. Depois de um certo tempo foi fortemente influenciado pelo arquiteto 
norte-americano Frank Lloyd Wright, no qual o ensino de arquitetura deriva da 
engenharia, e não das belas-artes, essa produção se caracteriza por uma ênfase 
construtiva, expressa na criação de grandes vãos e no amplo emprego do 
concreto armado e aparente, ressaltando o perfil das estruturas e os esforços a 
que está submetida. 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
23 
 
 
 
Ficha Complementar: 
Realizou Parcerias com Alfredo Paesani, Carlos Cascaldi, Fábio 
Penteado, Gregori Warchavchik, Luis Saia, Paulo Camargo de Almeida, Paulo 
Mendes da Rocha e Roberto Coelho Cardozo 
Possuiu Cargos Institucionais, foi 1º Secretário do IAB-SP (1943 - 1946) e 
o Vice-Presidente do IAB-SP (1959 - 1961) 
Ao longo de sua vida Artigas conseguiu, ganhar prêmios renomados como o 
Prêmio Jean Tschumi - União Internacional de Arquitetos (1972), Prêmio 
Auguste Perret - União Internacional de Arquitetos (1984) e o Medalha 25 de 
Janeiro - Prefeitura de São Paulo (2015) 
 João Batista Vilanova Artigas ainda realizou algumas publicações de livros 
com os: ARTIGAS, João Batista Vilanova. Caminhos da Arquitetura. São 
Paulo: Editora LECH, 1981. 
ARTIGAS, João Batista Vilanova. A Função Social do Arquiteto. São 
Paulo: Nobel, 1989. 
Imagem 27: Foto onde retrata a “parceria” entre Oscar Niemeyer e João Batista Vilanova Artigas, no qual ressalta 
mais ainda a citação feita, onde Artigas se inspirou por certo tempo nas concepções e aspectos de ponto de vista das 
obras de Niemeyer. 
Fonte: ARCHDAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/768991/em-foco-vilanova-
artigas/558861fde58ecef4b500000e-em-foco-vilanova-artigas-foto>. Acesso em: 24 de nov. 2017 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
24 
 
ARTIGAS, João Batista Vilanova. Caminhos da Arquitetura. São 
Paulo: Cosac Naify, 2004. 
 
 
 
 
 
Imagem 27: A imagem retrata alguns dos arquitetos que fizeram parcerias com João Batista Vilanova Artigas como o 
Fábio Penteado, no qual estão em um programa de arquitetos na Tv em meados dos anos 1961 e 1962. 
Fonte: ARQUIVO ARQ. Disponível em: < http://www.arquivo.arq.br/vilanova-artigas>. Acesso em: 24 de nov. 2017 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 28 e 29: As edificações das imagens mostram algumas de inúmeras obras realizadas pelo então arquiteto 
João Batista Vilanova Artigas ,ao longo de sua carreira. É possível identificar aspectos semelhantes entre elas de fato, 
sua linha de raciocínio o moderno, com o concreto aparente as aberturas sem recobrimento e com fechamento de 
vidro em sua caixilharia, espaços dissociáveis e sua forma quase que sempre parecidas. 
Fonte: ARQUIVO ARQ. Disponível em: < http://www.arquivo.arq.br/vilanova-artigas>. Acesso em: 24 de nov. 2017 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
26 
 
3.1. FAU - USP 
 
Inicialmente, o curso da faculdade de arquitetura da USP era ministrado no 
prédio da Vila Penteado, um casarão localizado na Rua Maranhão no bairro de 
Higienópolis. Este edifício havia sido doado pela família Alvares Penteado em 
1938 sob a condição de que nos próximos 10 anos, este edifício fosse voltado 
para uma escola de arquitetura. Com a proximidade da expiração do prazo, 
surgiu o convite para Artigas projetar a nova escola. Esta ocasião também fez 
com que houvesse uma dissociação do curso de arquitetura da Escola 
Politécnica. 
Atualmente, o edifício da FAU – USP localiza-se no Campus Armando de 
Salles Oliveira da Universidade de São Paulo. Seu projeto foi iniciado em 1961 
e a conclusão foi entre 1967 e 1969, no qual houve vários arquitetos 
responsáveis durante o desenvolvimento da proposta da instituição de ensino, 
desde sua construção e suas diversas modificações que houveram ao longo de 
sua obra. Como os principais arquitetos responsáveis foram ele Jõao Batista 
Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi. Esta obra teve destaque na carreira de 
Artigas por ser uma síntese da linguagem do arquiteto tanto do ponto de vista 
arquitetônico, como do ponto de vista do ensino. 
Portanto, no ponto de vista da arquitetura, é uma síntese pois anteriormente 
o arquiteto já havia experimentado as mesmas soluções utilizadas no prédio da 
FAU – USP que se pode concluir que faziam parte de um processo de 
experimentação. Foi neste último projeto que foi reformulado a forma como a 
escola se põe diante da sociedade e na comunidade, além de uma nova proposta 
de arquitetura para os prédios escolares. 
Em 1959 o arquiteto projeta a escola de Itanhaém e posteriormente, a de 
Guarulhos. Verifica-se que a de Guarulhos contém certos aprimoramentos não 
presentes na de Itanhaém, assim como a FAU também tem uma evolução com 
relação à de Guarulhos. 
No caso do Ginásio de Itanhaém verificamos que possui em comum com a 
FAU o formato dos pilares, a criação de uma região de sombra formado pelo uso 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
27 
 
de pórticos externos que possibilitam grandes lajes de cobertura, a criação de 
um jardim sob uma abertura zenital, utilização de acessos grandes e por fim, o 
acabamento do edifício que é marcado por fôrmas de tábuas sem revestimento 
algum. 
Já no caso do Ginásio de Guarulhos, também temos como semelhanças a 
utilização da parte interna formada por um jardim localizado sob uma abertura 
zenital, voltada para atividades coletivas e a privativas, com suas faces voltadas 
para o exterior e a utilização de diferentes desníveis. 
Com relação ao ensino sua proposta se diferencia na questão das relações 
sociais trazida, já que nesta época, as escolas já eram construídas com uma 
linguagem moderna, então este ponto ja não era inovador. Artigas mudou a 
forma de interação do aluno com o aprendizado e também do corpo docente com 
os alunos. Além disso, a dissociação da engenharia possibilitou o contato com o 
desenho, a prancheta e também aproximou do campo da criação, afastando de 
certo modo um pouco da técnica presente no curso da politécnica para dar 
espaço ao entendimento das relações humanas dentro de um edifício. 
O edifício da FAU – USP se tornou um modelo da arquitetura paulista, 
importante destaque da arquitetura moderna. O espaço foi raciocinado e 
projetado como aspectos dissociáveis, propondo um possível futuro para um 
país em desenvolvimento. 
“A Fau é um espaço fluido, integrado, somático. A pessoa não sabe se está no primeiro 
andar, no segundo ou no terceiro.”, Vilanova Artigas. 
A instituição se caracteriza como um espaço aberto, no qual a proposta 
central do projeto reside na ideia da continuidade espacial, que o grande vazio 
central explicita. Os seis pavimentos existentes são dispostos por rampas 
amplas de inclinações variáveis, onde todosos espaços do prédio encontram-se 
fisicamente interligados sendo que as divisões utilizadas para separá-los não os 
seccionam de fato, apenas marcam diferenças de usos e funções e acabam por 
hierarquizar diferentes atividades previstas no programa. 
Com a utilização de acabamentos simples como o uso do concreto, possuiu 
alguns benefícios, como a solução mais econômica e vão maiores de forma leve 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
28 
 
sem perder a elegância de sua forma, sustentado por pilares em forma de 
trapézios duplos, apoiados levemente sobre o solo. Há a mistura de planos 
fechados e aberto, com uso de superfícies envidraçadas. 
 
 
 
Imagem 30: Por meio dessa imagem conseguimos ver o assunto que decorremos ao longo da monografia, no qual é 
possível por meio da foto visualizar a intenção da proposta da espacialidade de Artigas, caracterizada no vão central 
nos espaços abertos. 
Fonte: LATITUDE PLATFORM. Disponível em: <http://latitude-platform.eu/latitude-in-sao-paulo/>. Acesso em: 24 de 
nov. 2017 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
29 
 
 
 
Imagem 31: De acordo com a imagem podemos observar a intenção do arquiteto João Batista Vilanova Artigas 
propondo a disposição do edificio por rampas, elaborando espaços interligados, confirmando a citação da FAU – USP, 
onde não sabemos em que pavimentos nos encontramos. 
Fonte: GIZ BRASIL. Disponível em: <http://gizbrasil.com.br/wp-content/uploads/2017/06/giz-artigas-fau.jpg >. Acesso 
em: 24 de nov. 2017 
Imagem 32: Formato dos pilares do edifício da 
FAU – USP, que possuem o formato de trapézio 
trapézios duplos, apoiados levemente sobre o 
solo. Acredito que os pilares foram projetados de 
forma proposital para haver uma harmonia entre 
a forma e a construção. 
Fonte: PINTEREST. Disponível em: < https:/ 
/br.pinterest. com/denisejanks/fau-usp/?lp=true 
>. Acesso em: 24 de nov. 2017 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
30 
 
 Os amplos espaços abertos e a comunicação entre os diferentes setores 
sublinham a necessidade de convivência e o ideal de um modo de vida 
comunitário que a arquitetura de Artigas defende. O edifício foi pensado como a 
levada ao espaço das ideias de democracia, através de ambientes dignos, sem 
portas de entrada seu desejo era onde todas as atividades fossem permitidas. O 
centro é ocupado pelo salão camarelo que traz a proposta de uma grande praça 
publica que por conta da abertura zenital da cobertura, ilumina o centro do 
edifício, que é marcado pela ocupação dos estudantes em dia de manifestações, 
exposições, entre outras atividades coletivas. Ou seja, essa nova proposta de 
raciocinar a instituição, o processo de aprendizado, produção e conhecimento, 
não se realiza mais exclusivamente nas salas de aula. Os espaços da instituição 
agora são pretendidos com a relação da interação como quase que entre os 
espaços das cidades, com relação as ruas, calçadas e praças. 
 
A instituição é elaborada como um grande laboratório de ensaios, que 
articula arte, técnicas industriais e atividades artesanais, em uma linha de 
raciocínio para que houvesse a formação ampla para um profissional completo, 
Imagem 33: Ocupação do salão caramelo e demais andares. Nesta imagem fica bem clara a relação entre os diversos 
pavimentos. Quem está no ultimo andar consegue não somente ter um contato visual, mas também ouvir e ter uma 
relação com quem está no primeiro andar (salão caramelo). 
Fonte: FAU. Disponível em: <http://www.fau.usp.br/>. Acesso em: 02 de dez. 2017. 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
31 
 
de acordo com a filosofia da Bauhaus. As propostas de desenho e projetos 
estruturam o curso, que se desenvolve em torno do estúdio ou ateliê, pensados 
como espaços de aula e também de discussão. Na área interna do prédio 
encontram-se: oficinas de modelos, tipografia, laboratório fotográfico, estúdios, 
salas de aula, além de um auditório, biblioteca, café, secretarias, departamentos, 
um ateliê interdepartamental, o salão caramelo amplo espaço de convívio social 
e o museu “caracol”. Os espaços comunitários indicam a necessidade de 
aprendizado político, pois é nas assembleias que devem ser tomadas em 
conjunto por professores, alunos e funcionários as decisões pedagógicas da 
instituição. 
Com relação à forma do edifício, é um grande caixote fechado sobre apoios 
que ao mesmo tempo em que é pesado, por conta desse grande volume, possui 
uma leveza no apoio. Esta sensação se dá pela mistura dos planos abertos e 
fechados. Há um contraste entre o exterior e interior da edificação, já que por 
fora, parece um lugar totalmente fechado e quando se está dentro da edificação, 
a proposta se inverte em um grande espaço aberto, com volumes que delimitam 
a forma do edifício e com poucas divisórias propriamente locadas. 
 
Imagem 34: Esta imagem mostra a relação dos cheios de vazios da construção. A parte de cima, apesar de ser formada 
por empenas cegas, não deixa a aparência do edifício como uma caixote fechado por conta das aberturas que vem 
logo abaixo, formada por grandes vãos e utilização de extensas áreas de vidro. 
Fonte: Acervo da aluna Livia Oliveira. 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
32 
 
A estrutura do edifício é formada por pilares de forma trapezoidal que 
percorrem o edifício longitudinalmente e se distanciam um terço do limite da 
edificação. Aparentemente o arquiteto já havia feito um estudo anteriores na 
casa Taques Bittercourt para a utilização deste apoio em forma de triângulo 
invertido. Esses pilares sustentam a cobertura que com a utilização dos domus 
translúcidos, proporcionam não somente a entrada de luz adequada, bem como 
maior leveza na estrutura. As lajes internas podem ser divididas em três setores 
quando pensado o prédio cortado transversalmente. De um lado, lajes dispostas 
até um terço da ocupação do edifício, no segundo terço, um grande vazio) e na 
última parte, as lajes do outro lado que estão em níveis diferentes da primeira 
parte. Outra linha de pilares garante o equilíbrio entre essas diferentes lajes e a 
utilização de rampas faz a ligação entre os diferentes pavimentos. 
A distribuição do programa dá-se de forma hierarquizada, ou seja, os 
primeiros andares são de acesso comum, não necessariamente quem estuda na 
instituição percorre esses lugares, como por exemplo o salão caramelo, o café e 
a biblioteca. Já nos andares superiores, somente quem de fato estuda na 
instituição sente a necessidade de percorrer esses espaços que são as salas de 
aula e ateliê. 
Logo quando se entra 
no prédio, não estamos no 
térreo do edifício, apesar 
que quem passa na frente, 
não perceber. Na entrada, 
do lado esquerdo, a 
portaria e do lado direito, 
diretoria. Uns passos 
adiante e logo está no 
salão caramelo, espaço 
aberto para convívio que 
por conta da ausência de lajes, possui um pé direito de aproximadamente 
quatorze metros de altura. Este pavimento é o terceiro andar. Meio piso abaixo, 
no segundo andar, estão os laboratórios e a gráfica e o primeiro andar, ou ultimo 
pavimento, está localizado o auditório. 
Imagem 35: Primeiro e segundo pavimento da FAU – USP para mostrar 
relação dos ambientes. 
Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia David, 
Leticia Vaz, Lívia Oliveira. 
RAMPAS 
AUDITÓRIO
 
LABORATÓRIOS E GRÁFICA 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
33 
 
De volta ao salão 
caramelo no terceiro andar, 
e subindo para o quarto, 
um piso bem iluminado e 
ocupado pelo point do 
edifício, o café, localizado à 
esquerda da rampa, lugar 
de encontro de estudantes. 
À sua direita tem o museu 
caracol, lugar que divide 
visualmente os ambientes e 
concede certa privacidade. 
Neste pavimento também temos o grêmio ondesão realizadas diversas 
atividades acadêmicas. Já no quinto andar, meio nível acima, temos a biblioteca 
que se localiza em um local de destaque. É o único lugar deste jogo de volumes 
internos do edifício que possui janelas, ou seja, de fato uma divisória, quando 
visto do salão caramelo, porém, a presença destes vidros cria uma relação mais 
intima entre o interno e externo pela possibilidade de vislumbrar tanto a praça 
central da escola quanto a paisagem circundante do lado de fora. 
Meio nível acima da 
biblioteca, no sexto andar, 
estão localizados alguns 
departamentos e uma laje 
em balanço que avança 
sobre o grande vão é 
ocupada pelo ateliê 
interdeparmental. Subindo 
para o sétimo andar, estão 
localizados os ambientes 
que estão dentro da grande 
caixa fechada. Os estúdios, apesar de não terem janela, contam com a 
iluminação da abertura zenital da cobertura que não só ilumina melhor que uma 
janela propriamente, como dá a sensação de uma grande abertura. Os cinco 
PORTARIA 
DIRETORIA 
ACESSO 
SALÃO 
CARAMELO 
CAFÉ 
MUSEU 
CARACOL 
GRÊMIO 
Imagem 36: Terceiro e quarto pavimento da FAU – USP para mostrar 
relação dos ambientes. 
Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia David, 
Leticia Vaz, Lívia Oliveira. 
Imagem 37: Quinto e sexto pavimento da FAU – USP para mostrar relação 
dos ambientes. 
Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia David, 
Leticia Vaz, Lívia Oliveira. 
RAMPAS 
ATELIÊ 
INTERDEPARMENTAL 
DEPARTAMENTOS 
BIBLIOTECA 
RAMPAS 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
34 
 
estúdios localizados nestes 
pavimentos são utilizados 
para cada um dos cinco 
anos de graduação, 
separados por divisórias 
que pelo seu tamanho, não 
seccionam os ambientes. 
Este pavimento e o 
superior são os únicos que 
contam como passagem 
que formam “corredores”, 
porém, ainda assim é possível ter contato com os demais pavimentos. Por fim, 
o ultimo pavimento, oitavo andar, que também localiza-se meio nível acima, é 
onde estão localizadas a salas de aula e anfiteatro. É neste pavimento, no ultimo 
nível da hierarquia onde forma-se não somente uma profissão, mas também uma 
opinião e um novo olhar para a cidade, a convivência e para a relação entre a 
construção e o usuário. 
A distribuição do programa 
abaixo mencionado portanto 
divide-se entre oitos 
pavimentos que variam desde o 
nível -2,95 (cota 722,05) até o 
nível +15,80 (cota 740,80), a 
diferença entre cada pavimento 
é de 1,9 metros e a distância piso a piso a cada dois pavimentos é de 3,8 metros, 
ou seja, é o tamanho do pé direito de cada andar. 
RAMPAS 
Imagem 38: Sétimo e oitavo pavimento da FAU – USP para mostrar 
relação dos ambientes. 
Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia David, 
Leticia Vaz, Lívia Oliveira. 
ESTÚDIOS 
SALAS DE AULA E ANFITEATRO 
Imagem 39: Corte longitudinal para mostrar relação entre os 
diferentes pavimentos. 
Fonte: Redesenho feito pelas alunas Larissa M, Larissa G, Leticia 
David, Leticia Vaz, Lívia Oliveira. 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
35 
 
 
Com relação à implantação do edifício, a esplanada é uma área pavimentada 
onde circulam os pedestres e carros. Na frente do edifício, a faixa central verde 
de 2,5m faz a divisória para algumas vagas de carro. Nesta configuração, a única 
coisa que define os limites da calçada, vagas e demais itens da implantação, é 
ao asfaltamento. 
Imagem 40: Implantação do prédio da FAU-USP na Cidade Universitária para mostrar relação com o entorno. 
Fonte: Google Maps. Acesso em: 02 de dez. 2017 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
36 
 
 
Ainda na implantação, o laguinho, memória de quando o curso ainda era 
ministrado na FAU Maranhão (edifício da Vila Penteado), foi trazido para a 
Cidade Universitária. Alinhado em um eixo, com o acesso ao edifício e no outro 
eixo, com as ilhas verdes, onde ainda se celebra o antigo ritual, herança da 
antiga FAU que é o banho festivo dos alunos que ingressam na universidade. 
Aparentemente, o que não é coincidência é que o prédio da FAU – USP 
mantém algumas características do prédio da FAU Maranhão. Sua posição 
geográfica com relação ao norte, a quantidade (quatro) de degraus de acesso 
da plataforma de entrada e quantidade desses acessos (três – um localizado no 
central e dois, na lateral do edifício) é a mesma para as duas edificações. 
 
 
 
 
Imagem 41: Implantação ampliada do prédio da FAU-USP na Cidade Universitária para mostrar o entorno próximo e 
localização do laguinho. 
Fonte: Google Maps. Acesso em: 02 de dez. 2017 
LAGUINHO 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
37 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Este trabalho contribuiu para aprender um pouco mais sobre o 
desenvolvimento de escolas no século XX, em especial do Mies Van der Rohe e 
Vilanova Artigas, arquitetos que deixaram um grande legado não somente para 
as escolas, como para a arquitetura mundial. 
Podemos concluir que as obras foram projetadas em datas muito próximas, 
em países distintos, mas possuem muitas semelhanças em sua proposta e 
técnica construtiva. Assim como a Crown Hall, a FAU – USP também possui um 
subsolo que não é percebido por quem passa em frente ao edifício. As duas 
escolas também trabalham com grandes vãos, porém, com materiais diferentes. 
A Crown Hall se utilizou de pórticos de ferro e ausência de pilares internos, já a 
FAU-USP tem seus pilares em concreto para sustentar a grande cobertura. 
Os dois edifícios são totalmente translúcidos, cada um com sua 
peculiaridade, mas de modo que se pode ver através deles e tem a planta com 
poucas divisórias aumentando a relação entre os espaços. O programa é similar 
no que diz respeito ao grande vazio central do edifício e utilização do mesmo 
para palestras, exposições e debates. 
Por fim, as duas escolas estão implantadas em uma cidade universitária 
rodeada por árvores que contribui para questões acústicas (os outros prédios 
não podem ouvir o barulho gerado por esta, bem como esta também não houve 
o barulho de outros edifícios), além de ter um espaço de convivência agradável. 
Assim, concluímos que a arquitetura influencia diretamente no aprendizado 
e também nas relações humanas ali existentes. Estas propostas diferentes do 
convencional nos trazem uma reflexão sobre o papel e importância da arquitetura 
no nosso cotidiano. 
 
 
 
CROWN HALL E FAU-USP 
 
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5. REDESENHOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. APRESENTAÇÃO POWER POINT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CROWN HALL 
 
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Paulo: Martins Fontes, 2004. 
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Acesso em 06 de out. 2017. 
4. VIVADECORA. Disponível em: 
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Acesso em 06 de out. 2017. 
5. TIPOGRAFOS. Disponível em: <http://www.tipografos.net/bauhaus/mies-
van-der-rohe.html>. Acesso em 06 de out. 2017. 
6. WIKIPÉDIA. Disponível em: 
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7. WIKIPÉDIA. Disponível em: 
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06 de out. 2017. 
8. WIKIPÉDIA. Disponível em: 
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06 de out. 2017. 
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11. BAROSSI, Antônio Carlos. O Edifício da FAU – USP. São Paulo: Editora 
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12. Fundação Vilanova Artigas. Série Arquitetos Brasileiros. São Paulo: 
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13. Arquivo ARQ. Disponível em: <http://www.arquivo.arq.br/vilanova-
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14. FAU-USP. Disponível em: <http://www.fau.usp.br/a-fau/o-edificio-
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15. PERRONE, Rafael Antonio Cunha. Vilanova Artigas e o edifício da 
FAU USP – A formação dos espaços de formação. São Paulo, 2016. 
Disponível em: 
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/16.191/6004>. 
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16. GUERRA, Abilio. FAU USP, Cidade Universitária, um projeto de 
Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi – Extrato de “Viver na Floresta”. 
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São Paulo, 2015. Disponível em: 
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Acesso em 05 out. 2017. 
17. FRACALOSSI, Igor. Clássicos da Arquitetura: Faculdade de 
Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) / 
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faculdade-de-arquitetura-e-urbanismo-da-universidade-de-sao-paulo-
fau-usp-joao-vilanova-artigas-e-carlos-cascaldi>. Acesso em 05 out. 
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Exposição “Nos pormenores um universo" no Museu Oscar 
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20. SIQUEIRA, Renata Monteiro. A inserção da FAUUSP no campo de 
arquitetura e urbanismo em São Paulo: As constribuições de Anhaia 
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Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 
Universidade de São Paulo. 
21. THOMAZ, Dalva Elias. Um olhar sobre Vilanova Artigas e sua 
contribuição à arquitetura brasileira. 1997, 423 f . Dissertação (Mestre 
em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 
Universidade de São Paulo.

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