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Nome: Gustavo Müller Lara Cargo: Professor EIXO DE CONTROLE HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO-TIREOIDIANO IMUNOLOGIA CLÍNICA Tireóide Localizada imediatamente abaixo da laringe, consiste de dois lobos de tecido endócrino fixados entre si por um istmo. As células que secretam os hormônios da tireóide são chamadas de folículos. Tireóide Cada folículo é composto de uma camada de células em sua perifería, circundado de uma luz cheia de um colóide, que serve de reservatório para os hormônios da tireóide. Biossíntese Biossíntese Desiodinação extratireóidea de T4 (conversão periférica). Cerca de 80% do T3 e praticamente todo T3r. Fígado e rins, principais. Músculos Deiodinases Deiodinases Proteínas envolvidas na ligação dos hormônios da tireóide T4 Globulina fixadora da tireoxina (TBG). (55%) Albumina. (35%) Pré-albumina fixadora da tireoxina (TBPA). (9,97%) 99.97% 0,03 Livre T3 Globulina fixadora da tireoxina (TBG). (65%) Albumina. (34,7%) 99,7% 0,3 Livre Ações dos hormônios tireóideos Efeito calorigênico = Consumo de oxigênio. Metabolismo energético = Absorção intestinal de glicose, lipólise, colesterol , síntese protêica necessária para o crescimento somático. Efeito simpaticomimético = interação entre o sistema colinérgico. Sistema cardiovascular = freqüência e força de contração cardíaca por aumento a resposta do coração as catecolaminas. Sistema nervoso Sistema digestivo = Afeta a velocidade com que os alimentos são transportados. Metabolismo dos hormônios tireóideos Desiodinação Outras vias metabólicas. Quando avaliar a função tireoideana Recém-nascidos. Bócio. Histórico crônico de tireoidite. Histórico de terapia com iodo radioativo. Histórico de exposição a radiação na área da cabeça e pescoço. Doença de Graves. Tireoidite de Hashimoto. Monitoramento de terapia de substituição ou supressiva. Fibrilação atrial. Histórico de uso de medicamentos para doenças tireoideanas. Outras circunstâncias em que avaliar a função tireoideana é apropriada Histórico de doenças autoimunes. Diabetes. Neonato de mãe com histórico de doença autoimune. Familiares com doenças autoimunes. Histórico de depressão. Perda ou ganho de peso inexplicado. Todos os pacientes com idade maiores que 50 anos. Regulação dos hormônios tireóideos Distúrbios da tireóide Hipertireoidismo Aumento anormal dos hormônios tireoideanos livres e totais. No hipertiroidismo, os níveis de T3 e T4 estão acima dos níveis normais, enquanto que o TSH está diminuido. Entre as causas de hipertiroidismo estão doença de Graves, bócio tóxico, tireoidites e tumores hipofisários que produzem TSH. Incidência. Varia de 4:1 a 5:1 (proporção sexual M:H) Hipotireoidismo Produção e liberação de hormônios da tireóide a um nível mais baixo que o normal. No hipotireoidismo, as provas laboratoriais demonstram níveis diminuidos de T3 e T4 com níveis aumentados de TSH. Entre as causa de hipotiroidesmo se encontram: função anormal do hipotálamo, glândula hipófise e tieróide. Hipertireoidismo Incidência. Varia de 4:1 a 5:1 (proporção sexual M:H) e 22 hab em cada 100000. Sintomas do hipertireoidismo Perda de peso Fadiga Palpitações Ansiedade Sudorese Intolerância ao calor Diarréia Pruridos Agitação Complicações do hipertireoidismo Insuficiência cardíaca Grave perda muscular e óssea Danos oftalmológicos Psicose “Tempestade tireoideana” Febre, insuficiência cardíaca, delírio, morte (2% dos casos) Sintomas do hipotireoidismo Ganho de peso Bradicardia Intolerância ao frio Constipação Raciocínio lento Voz grossa Pele grossa Bócio Queda de cabelo Cabelos secos Aumento da língua Irregularidade menstrual Depressão Galactorréia Apnéia do sono Complicações do hipotireoidismo Insuficiência cardíaca Arteriosclerose coronariana Anemia Infertilidade Suscetibilidade aumentada a infecções Desordens psiquiátricas Hipotireoidismo primário Fotografia de paciente com hipotireoidismo primário antes e após o tratamento Diagnóstico do hipotireoidismo primário Normal Hipotireoidismo subclínico Hipotireoidismo Faixa Normal TSH T4 livre Provas laboratoriais Dosagens de níveis hormonais. T4 total, T4 livre, T3 total, TSH, TRAb, TG, Anti-TPO, anti-TIG Prova de estímulo do TSH. Estímulo com TRH Prova de estímulo de TSH Dose e tempos de coleta Colher amostra basal (tempo zero). Administrar 10mg/kg de peso em aplicação EV (ou 200mg por 1,7m2 de superfície corporal. Colher amostras nos tempos 30, 60, 90 e 120. Comentários Poderá ocorrer aumento da PAS. Prova de estímulo de TSH Resposta normal Basal - de 0,40 a 4,00mUI/ml Pico de TSH entre 20 a 40 minutos A resposta será normal quando o TSH tiver um aumento de 10mUI/ml Resultados possíveis Dificuldades na interpretação Gestantes. Má nutrição. Disalbuminemia. Dificuldades na interpretação Síndrome de resistência aos hormônios tireoidianos reduzida resposta dos tecidos-alvo ao hormônio tireoidiano (HT), apesar das elevadas concentrações séricas de T3 e T4 livres, associada a um TSH elevado ou inapropriadamente normal característico da sensibilidade reduzida do tireotrofo. Sintomas de hipotireoidismo A administração de HT exógeno não produz o efeito metabólico esperado e também não suprimiu o TSH estimulado pelo TRH anormalidades no receptor do hormônio tireoidiano Prevalência de aproximadamente 1:50.000 recém-nascidos. Herança autossômica dominante. Dificuldades na interpretação Deficiência de selênio Concentrações séricas de T4 livre e TSH normais e T3 relativamente baixo. Sintomas de hipotireoidismo A administração de T3 exógeno produz melhor efeito metabólico do que a administração de T4 Doença de Graves Etiologia Fatores genéticos. Bócio com ou sem hipertireoidismo. Modo de herança. Autossômica ressessiva com relativa limitação sexual feminina. Desordens imunológicas. Aspecto autoimune da doença. Presença de anticorpos anti-tireoglobulina e anti-microssomais. Aparecimento de TSI. Outras causas presuntivas: doença de Addison, anemia perniciosa, LES e miastenia grave Doença de Graves É um agregado de disfunções imunológicas com características hereditárias. Caracteriza-se por bócio tóxico difuso (glândula aumentada e uniformemente comprometida), tireotoxicose, oftalmopatia. É a causa mais comum de hipertireoidismo em pacientes com menos de 40 anos de idade. Doença de Graves Doença de Graves Diagnóstico laboratorial T4 normal ou elevado. T3 elevado TSH suprimido TRAb presente Doença de Graves Tratamento Embora os mecanismos são autoimunes, exitem três métodos disponíveis: Terapia anti-tireoidiana - mais útil em pacientes jovens, com glândula pequena e doença na forma branda - propiltiouracil ou metimazol - por 6 meses - pode causar leve hipotireoidismo Tratamento cirúrgico - tireoidectomia parcial - mais útil em pacientes com glêndula aumentada ou bócio multinodular. Terapia com iodo radioativo - complicação maior é o hipotireoidismo (80% dos casos). Efeitos colaterais das drogas antitireoidianas Prurido Rash cutâneo Agranulocitose 3/10.000 pacientes ao ano Maior risco nos primeiros 3 meses Risco menor com metimazol/carbimazol Orientar o paciente em relação a necessidade de avaliação médica em caso de dor de garganta Metimazol Transplacentária Pode causar transtornos na tireóide fetal Tireoidite de Hashimoto Até a demonstração de anticorpos anti-tireoidianos circulantes, a tireoidite de Hasimoto era apenas diagnosticada através de biópsia. Afeta mais frequentemente mulheres entre 30 e 50 anos. Existem casos familiares O bócio é uma característica, entretanto a tireóide não aumenta rapidamente. Patogênese Destruição do tecido tireoidiano Mediado por células – infiltrado linfocitário Mediado por anticorpos Anti-tireoperoxidase: 90% a 100% de positividade Anti-tireoglobulina: 80% a 90% de positividade Anticorpos anti-receptores de TSH: 10% a 20% de positividade Tireoidite de HashimotoQuadro Clínico Diminuição do metabolismo basal Sintomas: Astenia, sonolência, déficit de memória, disfunção cognitiva, ganho de peso, constipação, intolerância ao frio. Sinais: Pele fria seca e amarelada, bradicardia, reflexos lentos, movimentos e fala lentos. Tireoidite de Hashimoto Achados clínicos Inicialmente TSH aumentado T3 e T4 normais ou levemente diminuidos Em casos mais progressivos TSH aumentado T4 diminuido T3 normal ou ligeiramente aumentado. Fase final TSH aumentado T4 e T3 diminuidos Presença de anticorpos anti-TPO, anti-TIG e anti-MIC Tireoidite de Hashimoto Tratamento Os glicocorticóides reduzem o bócio e diminuem o títulos de anticorpos circulantes (porém a doença pode retornar ao encerrar o tratamento). Terapia de reposição Hipotireoidismo congênito Acomete 1/4.000 nascidos vivos. Diagnóstico precoce Teste do pezinho Sinais e sintomas Deficiência mental Deficiência no crescimento Hipotireoidismo congênito Síndrome do eutireoidiano doente Definição: Perturbações na análise das concentrações circulantes dos hormônios da tireóides e do TSH surgindo enfermidades não-tireoidianas sistêmicas que normaliza-se após recuperação. Síndrome do eutireoidiano doente Considerações clínicas: Drogas, usadas para tratar a severidade da doença, afeta a fisiologia da tireóide. Investigações radiológicas em pacientes doentes utilizando agentes radiográficos que contêm concentrações altas de iodo. Diagnóstico de doença verdadeira da tireóide em pacientes gravemente doentes é difícil; nenhuma única investigação é fidedigna. Um TSH sérico >20,00 mU/mL é indicativo de hipotireoidismo primário enquanto um TSH <0.05 mU/l são sugestivos de hipertireoidismo. Doença Nodular da tireóide Em contraste com bócio difuso, algumas vezes anormalidades focais surgem afetando apenas certas células tireoidianas dando lugar a nódulos. Estes podem ser quentes (funcionais) ou frios (Não funcionais). Doença Nodular da tireóide A etiologia da doença nodular benigna não é bem entendida embora em alguns casos está relacionada a mutações dos receptores de TSH. Quando tais mutações ativam o receptor de TSH aparece o hipertireoidismo de familiar. Scan Radioisotópico de tireóide A captação de um isótopo radioativo pela glândula tireóide é usado para determinar: Localização da glândula Tamanho aproximado Função global ou regional da glândula. Scan Radioisotópico de tireóide Isótopos: 125I têm uma meia-vida radioativa de 60 dias 131I aproximadamente 8 dias 123I em torno de 13 horas. Scan Radioisotópico de tireóide Localização e tamanho. A captação de um isótopo em uma glândula normal (1) e em um paciente cujo lóbulo esquerdo foi cirurgicamente removido (2). Seta indica a captação do iodo nas glândulas salivais. Scan Radioisotópico de tireóide Função global. Mais rápido e captação aumentada do isótopo em hipertiroidismo primário (3) comparado com atividade da tireóide normal e mais lenta, reduzida captação no hipotireoidismo (4). Scan Radioisotópico de tireóide Função regional. Um nódulo quente no lóbulo esquerdo superior da glândula tireóide mostrando captação de isótopos aumentada e supressão da captação em tecido adjacente (5). O nódulo frio mais abaixo do lóbulo esquerdo mostrando captação reduzida de isótopos (6). Tireoidite Granulomatosa de Quervain É uma doença incomum. Afetam ambos os sexos em todas as idades. A etiologia viral é a mais provável. A inflamação da tireóide geralmente sucede infecção do trato respiratório superior. Coxsackie vírus são os mais comumente relacionados. Nem a cultura nem exames através de microscopia eletrônica têm demonstrado partículas virais nas tireóides afetadas. A tireoide mostra-se difusamente aumentada, firme e frequentemente aderida às estruturas adjacentes. Microscopicamente há extensa destruição por fibrose dos folículos tireoidianos, com agregados de macrófagos e células gigantes do tipo corpo estranho em volta do coloide livre. Clinicamente há um aumento doloroso da glândula, frequentemente associado, com febre, adinamia e dores musculares. Tireoidite Granulomatosa de Quervain Tireoidite de Riedel É uma doença rara que ocorre em pacientes idosos. As mulheres são afetadas mais comumente do que os homens. Anticorpos anti-tireóide não são detectados no soro. Pode se apresentar com proliferações fibrosas no retroperitônio e mediastino, sugerindo a possibilidade de ser um distúrbio sistêmico envolvendo fibroblastos. A glândula é pouco aumentada de volume, assimétrica, de consistência firme às vezes lenhosa. A fibrose pode envolver a traqueia levando a dispneia. Envolver o esôfago levando a disfagia. Atingir o nervo recorrente laríngeo produzindo rouquidão. Tanto clinica como cirurgicamente pode ser confundida com carcinoma anaplásico. Tumor maligno de muito mau prognóstico (mortalidade 100%). Tireoidite de Riedel Bócio Bócio representa o resultado da deficiência da produção do hormônio tireoidiano que causa feedback aumentando a secreção de TSH pela hipófise, resultando em hiperplasia da tireóide. A hiperplasia corrige a deficiência e mantém o estado eutireóideo a expensas do aumento da glândula. Bócio endêmico: É o resultado da deficiência crônica de iodo na dieta. Ocorre geralmente em regiões montanhosas. Nessas populações cerca de 5% dos indivíduos podem apresenta alargamento da tireoide. O bócio endêmico é mais comum nas mulheres por causa do aumento da necessidade de iodo durante a gravidez e a lactação. A incidência do bócio tem diminuído consideravelmente nos países onde o sal é iodado. Bócio Bócio Bócio esporádico: Pode ocorrer em qualquer região e é usualmente devido ao aumento da demanda fisiológica durante a puberdade e a gravidez. Menos comumente decorre da deficiência de enzimas envolvidas na síntese dos hormônios tireoidiano. Em alguns pacientes a causa é desconhecida. Macroscopicamente ocorre inicialmente um aumento difuso da glândula (bócio difuso atóxico) Bócio Bócio esporádico: Clinicamente os pacientes são eutireoidos Em algumas situações um nódulo dominante pode simular um processo neoplásico Raramente hipertireoidismo ocorre devido ao desenvolvimento de um nódulo hiperplásico autônomo (bócio nodular tóxico) O risco de desenvolver carcinoma é mínimo. Bócio Imagens de bócio Bócio retroesternal Bócio – Corte transversal Imagens de bócio Bócio – Corte sagital Tireoide medindo 15cm e pesando 700g Imagens de bócio Paciente com bócio grande Paciente com bócio médio Nome: Gustavo Müller Lara Cargo: Professor Eixo de regulação hipotalâmico-hipofisário-córticoadrenal e medula adrenal IMUNOLOGIA CLÍNICA INTRODUÇÃO Glândula adrenal - Composta por dois tecidos endócrinos distintos medula córtex O córtex é dividido em três zonas anatômicas diferentes (80% da adrenal humana). INTRODUÇÃO Esquema mostrando as zonas do córtex adrenal e fluxo sanguíneo através da glândula Hormônios produzidos Glicocorticóides Cortisol Mineralocorticóides Aldosterona Biossíntese hormonal no córtex adrenal Rota mineralocorticóides Rota glicocorticóides Rota esteróides CYP17 = 17 hidroxilase 3bHSD = 3-b-hidroxiesteroide dehidrogenase CYP21A2 = 21 hidroxilase CYP11B1 = 11-b-hidroxilase CYP11B2 = Aldosterona sintase Colesterol desmolase Estrógenos = C18 Andrógenos = C19 Progestágenos = C21 Glicocorticóides = C21 Mineralocorticóides = C21 Secreção e distribuição de hormônios adrenais Os hormônios esteróides não são armazenados em células estereidogênicas, mas secretados após a síntese. Circulam ligados à proteínas transportadoras. A fração livre é biologicamente ativa. A fração protêica é resistente ao metabolismo, aumenta a meia-vida plasmática e limita o acesso aos seus receptores nas células-alvo. Secreção e distribuição de hormônios adrenais Mecanismo de ação dos hormônios adrenais Glicocorticóides Efeitos fisiológicos Estímulo da gliconeogênese hepática.Degradação protêica. Facilita a lipólise (mas há aumento da deposição de gordura). Bloqueia a resposta inflamatória Mineralocorticóides Efeitos fisiológicos Equilíbrio eletrolítico. homeostasia da pressão arterial. Mecanismo de ação dos hormônios adrenais Metabolismo dos hormônios adrenais Degradação lenta. Fígado (metabolismo) Rins (excreção) Diminuição da atividade biológica Aumento da solubilidade Regulação da secreção de hormônio adrenal Regulação de secreção de glicocorticóides Regulação da secreção de hormônio adrenal Regulação de secreção de mineralocorticóides Sistema renina-angiotensina Regulação da secreção de hormônio adrenal ECA Aplicação clínica Doenças do córtex adrenal Hipercortisolismo Síndrome de Cushing Hipocortisolismo Insuficiência adrenal Hiperplasia adrenal congênita Hiperaldosteronismo Síndrome de Cushing É um estado de hipercortisolismo crônico Causas: Hiperplasia supra-renal bilateral (mais freqüente) Adenoma adrenal (geralmente unilateral) Carcinoma adrenal (cerca de 10%) Produção ectópica Carcinoma de pulmão Carcinoma de pâncreas Iatrogênica (administração de glicocorticóides) Síndrome de Cushing Diagnóstico: Eosinopenia (90% dos casos). Discreta leucocitose com neutrofilia. TTG elevado (90% dos casos). Tomografia - aumento da adrenal. Cortisol sérico e urinário elevados. Perda do padrão de secreção do cortisol (ritmo circadiano) Síndrome de Cushing Síndrome de Cushing Síndrome de Cushing A baby with Cushing's. From N Engl J Med 2005; 352:273 Síndrome de Cushing Tratamento Depende da etiologia da doença. Adrenalectomia Metirapona Retirada do uso de glicocorticóides Insuficiência adrenal primária Doença de Addison. Destruição progressiva do córtex adrenal (causa principal). Deve haver um comprometimento maior que 90% da glândula para que aparecam os sinais clínicos. Pode ser total ou parcial. Doença autoimune - (80%). Tuberculose adrenal - (20%). Pode ser: Congênita Adrenoleucodistrofia, deficiência familiar de glicocorticóide, hipoplasia adrenal congênita Adquirida Atrofia adrenal idiopática (adrenalite auto-imune), doenças granulomatosas, fungicas ou virais, drogas (cetoconazol, rifampicina, fenobarbital), hemocromatose, amiloidose, hemorragia adrenal, adrenalectomia bilateral… Insuficiência adrenal primária Insuficiência adrenal primária Diagnóstico: Anemia normocítica com moderada neutropenia. Eosinofilia. Hiperpotassemia. Hiponatremia. Diminuição dos níveis séricos de CO. Teste de estímulo de ACTH. Sintomas da insuficiência adrenocortical primária Insuficiência adrenocortical primária Quadro clínico Insuficiência adrenal primária Tratamento: Reposição hormonal. Hidrocortisona ou prednisona. Hiperplasia adrenal congênita Bilateral - mais frequente. Predominante em mulheres. Autossômica recessiva. Erro na produção de uma enzima 20-22 desmolase - conversão de colesterol em progesterona, fatal. 17-b-hidroxilase - envolvida na síntese de glicocorticóides. 21-b-hidroxilase - mais comum, incapaz de sintetizar glico e mineralocorticóides. A forma perdedora de sal é fatal. 11-b-hidroxilase - semelhante a 21-b-hidroxilase Hiperplasia adrenal congênita Forma clássica Mulher Genitália ambígua e desidratação Homem Desidratação Quando há forma perdedora de sal, a desidratação ocorre entre o 3º e o 10º dia de vida Forma não clássica Puberdade precoce, hirsutismo, irregularidade menstrual, anovulação, ovários policísticos, esterilidade. Hiperplasia adrenal congênita Diagnóstico: teste do pezinho dosagem de 17-OH-progesterona (100 a 150 ng/mL) Forma clássica (15.000 a 60.000 ng/mL) Forma não clássica (1.500 a 5.000 ng/mL) Hiperplasia adrenal congênita Pesquisa de tecido prostático em pacientes 46,XX portadoras de hiperplasia congênita das suprarrenais forma clássica Arq Bras Endocrinol Metab, 2009;53/6 21-hidroxilase e 11-hidroxilase Excesso de produção de andrógenos Virilização da genitália externa feminina Discreta clitoromegalia (Prader I) até genitália totalmente masculinizada (Prader V) Estimulo androgênico TES 5-a-redutase DHT Hiperplasia adrenal congênita Proliferação das glândulas parauretrais de Skene. Homologia histológica e enzimática com a próstata masculina Condições normais – sem crescimento durante toda a vida Casos mais graves HAC, deficiência da 21-hidroxilase – desenvolveu – HPB Heyns CF, Rimington PD, Kurger TF, Falck VG.Benign prostatic hyperplasia and uterine leiomyomas in a female pseudohermaphrodite: a case report.J Urol. 1987 Jun;137(6):1245-7. HAC, deficiência da 21-hidroxilase – desenvolveu – CaP Winters JL, Chapman PH, Powell DE, Banks ER, Allen WR, Wood DP Jr.Female pseudohermaphroditism due to congenital adrenal hyperplasia complicated by adenocarcinoma of the prostate and clear cell carcinoma of the endometrium.Am J Clin Pathol. 1996 Nov;106(5):660-4. Hiperplasia adrenal congênita Métodos e exames PSA Ultrassonografia da região pélvica Ressonância magnética da região pélvica Hiperplasia adrenal congênita Cerca de 15,6% de HAC tem proliferação do tecido prostático Valores de PSA encontrados 0,11 0,21 0,28 0,40 1,30 Hiperaldosteronismo Aumento da produção de ALD. Resulta em um aumento da retenção de sódio e depleção de potássio. É uma doença da zona glomerulosa, portanto, não ocorre alteração na produção de CO. Hiperaldosteronismo Achados clínicos: hipocalemia atividade de renina plasmática normal ou elevada hipernatremia ALD elevada. Pseudo Aldosteronismo Tipo II Pode ocorrer em: Tumores produtores de Renina (tumor de céls. justaglomerulares ou reninoma) Fase acelerada da hipertensão Distúrbio edematoso Gravidez Aterosclerose Síndrome de Bartter Síndrome Nefrótica Insuficiência Cardíaca Queimaduras e vômitos Reninoma ↑↑ Síntese de renina e secreção de Aldosterona Sintomas: Hipocalemia Hipernatremia Pressão Arterial elevada Insuficiência cardíaca Problemas neuromusculares (hipocalemia severa) Provas funcionais Teste do estímulo após CRH Jejum obrigatório desde as 22h do dia anterior. Manter o paciente em repouso, com a veia puncionada, por 30 minutos antes do início da coleta. Colher no tempo zero, administrar 100mg de CRH. Coletar nos tempos 30, 60, 90 e 120 minutos. Dosar ACTH Provas funcionais Teste do estímulo após CRH Provas funcionais Teste de reserva hipofisária de ACTH por bloqueio adrenal com metirapona 500 a 750mg VO a cada 4h, durante 24h. Colher o sangue pela manhã, 2 dias antes da medicação, no dia da medicação e um dia após. Dosar CO. Provas funcionais Teste de reserva hipofisária de ACTH por bloqueio adrenal com metirapona Provas funcionais Teste de liberação de CO após ACTH. Jejum obrigatório. Manter o paciente em repouso, com a veia puncionada, por 30 minutos antes do início da coleta. Colher amostra no tempo zero. Infundir 0,25mg EV Dosar CO nos tempos 30, 60 e 90 minutos Provas funcionais Teste de liberação de CO após ACTH. Provas funcionais Prova de supressão do CO após dexametasona. Colher o cortisol às 08:00 do dia anterior. Jejum obrigatório. Administrar ao paciente um comprimido de dexametasona às 23h Manter o paciente em repouso, com a veia puncionada, por 30 minutos antes do início da coleta. Determinar o CO às 08:00 do dia seguinte. Provas funcionais Prova de supressão do CO após dexametasona. Teste de estímulo após insulina Indicação: diagnóstico de insuficiência adrenal. Protocolo: material: soro (para dosagem de cortisol) e plasma (para dosagem de glicose) Preparo do paciente: jejum de oito horas, punção venosa com catéter , coleta da amostra basal , administração de insulina regular via endovenosa na dose de 0,1 U/Kg (0,05 U/Kg se há suspeita de insuficiência adrenal, e até 0,3 U/Kg em caso de suspeita de resistência insulínica). Tempos: 30, 60, 90 e 120 minutos para dosagem de glicemia e cortisol . Realizar controle da glicemia capilar a cada coletaTeste de estímulo após insulina Interpretação: Para que o teste seja considerado válido e interpretável, é necessária a documentação de hipoglicemia (glicemia inferior a 40 mg/dL). Nesses casos, considera-se normal uma resposta de cortisol > 20 ug/dL. Efeitos colaterais: Hipoglicemia severa com sintomas neuroglicopênicos, crise convulsiva generalizada. Interferentes: Prednisona (dexametasona não interfere no ensaio para dosagem de cortisol). Teste de estímulo após insulina Contra-indicações: Indivíduos portadores de cardiopatia isquêmica, epilepsia ou com antecedentes de acidente vascular cerebral (AVC). Comentários: Considerado o "padrão ouro" entre os testes de reserva adrenal. O teste avalia todo o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, pois a hipoglicemia estimula a secreção de CRH e ACTH, e é empregado na suspeita de insuficiência adrenal primária, secundária (hipofisária) ou terciária (hipotalâmica). Valores de referência Medula Adrenal Introdução Região mais interna da glândula adrenal. Aproximadamente 10 a 20% da massa adrenal. Adrenalina - cerca de 80% da secreção total de catecolaminas. Os hormônios da medula adrenal são essenciais à vida, pois desempenham funções importantes na resposta ao stress. Biossíntese e armazenamento das catecolaminas O substrato inicial pode ser a fenilalanina ou a tirosina. A fenilalanina é convertida em tirosina pela fenilalanina hidroxilase. A tirosina é oxidada a dihidrofenilalanina (DOPA) pela ação da tirosina hidroxilase. Esta enzima encontra-se apenas nos tecidos que sintetizam este hormônios. Requer oxigênio molecular, tetrahidropteridina e NADPH. A atividade da tirosina hidroxilase é inibida pelos produtos finais DOPA, dopamina, noradrenalina e adrenalina. Biossíntese e armazenamento das catecolaminas Biossíntese e armazenamento das catecolaminas Tirosina Tirosina hidroxilase Dihidrofenilalanina O2 + NADPH Tetrahidropteridina Descarboxilase do L-aminoácido aromático Dopamina Dopamina-b-hidroxilase Norepinefrina Epinefrina Feniletanolamina-N-metiltransferase Feedback Negativo Regulação da biossíntese Terminações nervosas adrenérgicas periférica ou célula cromafim [] Concentração citoplasmática de catecolaminas [] Tirosina hidroxilase [] Síntese de catecolaminas [] Síntese protéica específica (indução da TH) IMPULSOS NERVOSOS IMPULSOS NERVOSOS ATIVIDADE [] SIMPÁTICA CENTRAL Efeito Agudo Efeito Crônico Secreção e distribuição das catecolaminas Ocorre por exocitose As estimulações nervosas pré-ganglionares liberam acetilcolina que se ligam a receptores sobre a membrana celular cromafim Mecanismos de ação das catecolaminas As catecolaminas produzem efeitos sobre a maioria dos tecidos do organismo. Cannon caracterizou a ativação medular adrenal como produtora de um resposta de “fuga ou luta”. Resposta dos tecidos alvo às catecolaminas Mecanismos de ação das catecolaminas Centros simpáticos do tronco cerebral Regulação simpática da pressão arterial Coração Veias Rins Aldosterona Frequência Contratilidade Venoconstrição Reabsorção de Na+ Renina Vasoconstrição Retorno venoso Débito cardíaco Arteríolas Angiotensinogênio II Resistência periférica Pressão arterial (+) (+) (+) (+) (+) (+) (+) (+) (+) (+) (+) (+) Efeitos das catecolaminas A adrenalina aumenta os níveis de glicose, através da estimulação da produção hepática de glicose (glicogenólise). Efeito lipolítico potente aumentando o efeito da lipase hormônio-sensível no tecido adiposo, consequentemente, há degradação de triglicerídeos e liberação de ácidos graxos no sangue. Pela redução da secreção de insulina (hormônio antilipolítico) o efeito lipoítico da adrenalina torna-se ainda maior. Regulação da secreção de catecolaminas pela medula adrenal A secreção de catecolaminas pela medula adrenal é controlada pela estimulação simpática na glândula. Um dos estímulos mais potentes é a hipoglicemia (10 a 50 vezes). O grau de aumento é proporcional a gravidade e duração hipoglicemia. Secreção mediada por neurônios sensíveis a glicose. Exercícios intensos ou prolongados - elevação das catecolaminas Regulação da secreção de catecolaminas pela medula adrenal Metabolismo das catecolaminas As catecolaminas renovam-se muito rapidamente. A adrenalina sofre depuração mais rapidamente que a noradrenalina. São removidas por três mecanismos: Conversão enzimática para produtos inativos. Captações neuronal e extraneuronal. Excreção São metabolizadas principalmente no fígado e rins. PNMT COMT COMT MAO MAO Norepinefrina Epinefrina Normetanefrina Metanefrina DHPG m-PST Sulfato de normetanefrina m-PST VMA DHMA MHPG Sulfato de metanefrina COMT MAO ADH COMT ADH MAO MAO MAO MAO MAO Eisenhofer, G.; Brazilian Journal of Medical & Biological Research, 2000 Metabolismo das catecolaminas PNMT = Phenylethanolamine N-methyltransferase; COMT = Catechol-O-methyl transferase; MAO = Monoamine oxidases; ADH = alcohol dehydrogenase ; m-PST = Mercaptopyruvate sulfurtransferase DHPG = 3,4-dihydroxyphenylglycol ; DHMA = 3,4-dihydroxymandelic acid ; MHPG = 3-Methoxy-4-hydroxyphenylglycol; VMA = Vanylmandelic Acid Feocromocitoma Tumor de células cromafins da medula adrenal, funcionante secretor de catecolaminas. Tumores de células cromafins extra-adrenais - paragangliomas Incidência rara (1 a 4 casos por 100.000 indivíduos/ano). São mais freqüentes em indivíduos entre 25 e 50 anos de idade e incomuns naqueles com mais de 60 anos; 30 a 60% dos feocromocitomas são achados “post mortem”. Ocorrem um pouco mais freqüentemente no sexo feminino em relação ao masculino; São raros, exceto quando são herdados como traço autossômico dominante. Feocromocitoma Podem ocorrer isolados ou associados a doenças com traços genéticos. von Hippel-Lindau Neoplasia endócrina múltipla tipo II Neurofibromatose tipo I Paraganglioma familiar Síndrome de Costello As medidas dos O-metilados plasmáticos são mais adequadas. Porém as medidas de catecolaminas podem não ser específicas e podem estar elevadas em outras condições clínicas (ansiedade e stress agudo). Feocromocitoma Geralmente não são malígnos. Invariavelmente são fatais (caso não tratados). Uma das maneiras de liberação, além do controle neuronal, pode ser mecânica, através de compressão. São clinicamente importantes, já que, corretamente diagnosticados e apropriadamente tratados, os feocromocitomas são curáveis. Não detectados e não tratados, podem ser fatais. Feocromocitoma Na espécie humana, a maioria dos tecidos cromafins está na medula adrenal e pequenos grupos podem ser localizados ao longo da cadeia ganglionar simpática, no corpo carotídeo e em ramos intracranianos do nervo vago Feocromocitoma Sinais e sintomas Sintomas Frequência (%) Hipertensão permanente (resistente ao tratamento convencional) 90 Cefaléia intensa 80 Sudorese excessiva 70 Palpitações com ou sem taquicardia 65 Náuseas 40 Tremor 30 Debilidade, exaustão e fadiga 30 Ansiedade e nervosismo 25 Dor abdominal 20 Visão embaçada 10 Feocromocitoma O diagnóstico é realizado pela determinação de níveis urinários ou plasmáticos de catecolaminas livres, metanefrinas, ou VMA, ou de todas elas. As provas tradicionais de dosagem do VMA e catecolaminas podem ser influenciadas por fatores externos (postura, stress). Feocromocitoma A quantificação dos metabólicos O-metilados, metanefrinas, superam estas limitações. A medida das metanefrinas totais aumenta a sensibilidade, mas é menos precisa que a medida das metanefrinas livres. HPLC é a técnica de excelência. Espectrofotometria - utilizar somente quando não há condições de analisar por HPLC. Feocromocitoma É melhor estudar os pacientes pela manhã depois de um jejum por uma noite, já que a cafeína e bebidas semelhantes podem produzir resultados falso-positivos. O tratamento é realizado por intervenção cirúrgica.Mortalidade cirúrgica 2 a 3% - em mãos experientes. Bravo, E.D.; Tagle, R.; Endocrine Reviews; 2003 Escolha do marcador Metanefrinas plasmáticas (HPLC): Altamente preditiva para feocromocitoma. Não necessita testes adicionais para confirmar o resultado de suspeita de feocromocitoma. Valores normais Excluem presença de feocromocitoma. Lenders, J.W., et al; Ann. Intern. Med.; 1995 Eisenhofer, G., et al; J. Clin. Endoc & Metab.; 2003 Escolha do marcador Resultados do HPLC Valores de referência Catecolaminas totais Adultos <100mg/d Metanefrinas Adultos 0,05 - 1,20 mg/mg creatinina VMA 1,8 - 4,8 mg/mg creatinina Nome: Gustavo Müller Lara Cargo: Professor Eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal IMUNOLOGIA CLÍNICA Hormônios sexuais femininos Função reprodutora na mulher Funções do sistema reprodutor feminino: Desenvolvimento dos gametas Manutenção do feto Produção de hormônios ovarianos O folículo e a síntese de estrogênio Esteróides: produzem características femininas Estradiol, estrona e estriol. Os ovários - principal fonte. O corpo lúteo e a síntese de progesterona Esteróides que promovem a gestação. Ação dos esteróides ovarianos Formas circulantes de esteróides ovarianos SHBG - estradiol (1 a 2% livres). CBG - progesterona (1 a 2% livres). Ação dos esteróides ovarianos Ações do estradiol e progesterona Regulação da função ovariana Biossíntese dos androgênios na mulher Ação dos esteróides ovarianos Metabolismo dos esteróides ovarianos Estradiol Hepático conjugando com ácido glicurônico e excretando pela urina. Progesterona Reduzida a pregnanediol no fígado e excretada pela urina. Ciclo Hormonal 1º dia do ciclo endométrio bem desenvolvido, espesso e vascularizado começa a descamar menstruação hipófise aumenta a produção de FSH, que atinge a concentração máxima por volta do 7º dia do ciclo. amadurecimento dos folículos ovarianos secreção de estrógeno pelo folículo em desenvolvimento concentração alta de estrógeno inibe secreção de FSH e estimula a secreção de LH a concentração alta de estrógeno estimula o crescimento do endométrio. concentração alta de LH estimula a ovulação (por volta do 14º dia de um ciclo de 28 dias) alta taxa de LH estimula a formação do corpo lúteo no folículo ovariano corpo lúteo inicia a produção de progesterona aumento da progesterona inibe produção de LH e FSH corpo lúteo regride e reduz concentração de progesterona menstruação Ciclo Hormonal OBSERVAÇÃO: A ovulação ocorre aproximadamente entre 10 - 12 horas após o pico de LH. No ciclo regular, o período de tempo a partir do pico de LH até a menstruação está constantemente próximo de 14 dias. Dessa forma, da ovulação até a próxima menstruação decorrem 14 dias. Estágios de Tanner & Marshaall na puberdade feminina Alterações na função reprodutora feminina relacionadas à idade Pré-puberdade Do nascimento até a menarca. Secreção hipotalâmica de GnRH suprimida. Alterações na função reprodutora feminina relacionadas à idade Puberdade Idênticos aos homens Inicialmente os ciclos são irregulares e a maioria destes ciclos é anovulatória. Alterações na função reprodutora feminina relacionadas à idade Menopausa Cessação dos ciclos menstruais pela interrupção da foliculogênese ovariana. Não existe idade predeterminada para a menopausa. Geralmente ocorre entre os 45 e os 55 anos, no entanto pode ocorrer a partir dos 40 anos sem que isto seja um problema. Não há relação entre a primeira menstruação e a idade da menopausa nem tão pouco existe relação entre a idade familiar da menopausa. Sintomas da Menopausa Ondas de calor Suores noturnos Insônia Menor desejo sexual Irritabilidade Depressão Ressecamento vaginal Dor durante o ato sexual Diminuição da atenção e memória Alterações na função reprodutora feminina relacionadas à idade Alterações na função reprodutora feminina relacionadas à idade Menopausa Tratamento Terapia de Reposição Hormonal Vantagens do tratamento Redução do risco de osteoporose. Redução dos riscos de doenças cardiovasculares. Melhora da depressão. Melhora da atividade sexual. Melhora da memória com possível prevenção da doença de Alzheimer. Alterações na função reprodutora feminina relacionadas à idade Menopausa Desvantagens Custo do tratamento. Tratamento prolongado. Volta da menstruação em algumas mulheres. Agravamento da possibilidade de câncer de mama em mulheres suscetíveis. Alterações na função reprodutora feminina relacionadas à idade Menopausa O que não é verdade Tratamento com hormônios aumenta os pelos no corpo. Tratamento com hormônios engorda. Tratamento com hormônio causa câncer. Outro Tratamento Raloxifeno - modulador seletivo dos receptores de estrogênio. Alterações na função reprodutora feminina relacionadas à idade Menopausa LH e FSH EDI Estrona (E3) N ou Tes Terapia de reposição hormonal Alívio dos sintomas da menopausa. Prevenção da osteoporose com redução do risco de fraturas. Possível redução no risco coronário (prevenção primária). Possível redução no risco de desenvolver doença de Alzheimer. Efeitos colaterais Hiperplasia endometrial/câncer Sangramento vaginal irregular Enxaqueca Retenção hídrica Tromboembolismo Câncer de mama Aumenta em 10 a 30% o risco em 10 anos de uso. A adição de PRG aumenta o risco em 80% Câncer de endométrio Aumenta 8 a 10 vezes o risco em 10 anos. A adição de PRG neutraliza o risco. Alterações patológicas no sistema reprodutor feminino Hipogonadismo Função inadequada do ovário acarretando dismenorréia Amenorréia primário (disgenesia gonádica) Ausência de mentruação em mulheres que nunca mesntruaram. Ausência de crescimento e desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários até os 13 – 14 anos. Amenorréia secundária Interrupção da menstruação em pacientes que já menstruaram anteriormente. Falta da menstruação por no mínimo 3 meses. Causa mais comum - gravidez. Amenorréia pós-pílula. Alterações patológicas no sistema reprodutor feminino Hipergonadismo Hipersecreção de hormônios ovarianos que pode ocorrer antes (puberdade precoce) ou após a menarca. Puberdade precoce verdadeira Maturação de todo o eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano Puberdade pseudoprecoce Tumor ovariano. Síndrome dos ovários policísticos Ou síndrome dos ovários micropolicísticos (SOMP) É um distúrbio comum e heterogêneo. Afeta aproximadamente 6 - 10% das mulheres em idade reprodutiva. É caracterizada por: Anormalidades na menstruação (ciclos irregulares), Hirsutismo (crescimento de pêlos anormais em mulheres), Hiperandrogenismo (excesso de hormônios masculinizantes) Tendência à obesidade. Presença de acne fora da adolescência Dificuldade para engravidar Hiperinsulinemia Resistência a INS DM2 de início precoce Dislipidemia Síndrome dos ovários policísticos A etiologia ainda permanece desconhecida apesar de sua intensa investigação. Frequentemente existe associação de diabete melito nas mulheres com essa síndrome, principalmente após a menopausa. Pelo fato de sua evolução gradativa no aspecto social e de auto-estima deve ser investigada em suas alterações hormonais e tratada quanto mais precoce possível. Síndrome dos ovários policísticos Características clínicas Variadas Hirsutismo, acne, irregularidade menstrual, infertilidade Ultra-sonografia dos folículos envolvendo a teca ovariana Alterações morfológicas Hiperandrogenismo Anormalidade mais importante. Improvável que uma testosterona sérica inferior a 200 ng/dl esteja associada com hiperandrogenismo. Síndrome dos ovários policísticos Diagnóstico laboratorial: hiperandrogenismo 17-OH-PRG AND ou N DHEA-SO4 ou N FSH TEL SHBG LH ou N PRL ou N DEA Síndrome dos ovários policísticos A morfologia de ovário policístico ao ultrassom pode ser determinada quando presentes 12 ou mais folículos de 2 a 9 mm em um dos ovários, ou pelo menos um ovário com volume>10 mL. Hirsutismo Conceitos: Hirsutismo: condição clínica caracterizada pelo excesso de pelos terminais em mulheres em regiões do corpo andrógeno-dependentes. Hipertricose: aumento de pelos, geralmente vellus, em áreas andrógeno-independentes. Lanugem: aumento de pelos vellus, andrógeno independentes, acontecendo principalmente em crianças. Prevalência: 5% das mulheres. Hirsutismo Características: Evolução lenta Início peripuberal Irregularidade menstrual associada Histórico familiar Considerar outras causas quando houver: Início recente Evolução rápida Virilização (mudança de voz, clitoromegalia, calvíce) Exame físico Distribuição dos pelos em regiões andrógeno-dependentes (Ferriman & Galwey). Hirsutismo Locais: Supralabial, mento, periaureolar, linha alba, periumbilical, raiz da coxa, braços, dorso inferior e superior. Classificar: Ausência de pelos: 0 Muitos pelos: 4 Hirsutismo > 8 Hirsutismo Hirsutismo Tratamento: Medidas cosméticas Estrógenos Corticóides Endometriose Acomete, aproximadamente, 75 milhões de mulheres no mundo É a enfermidade causada pela existência de endométrio em localizações diversas à da cavidade uterina". Endometriose Os órgãos mais freqüentemente atingidos pela endometriose são: ovários, trompas, intestinos, peritônio, colo do útero vagina. Endometriose Os sintomas mais importantes e mais frequentes são os seguintes: Dor pélvica (fora da época menstrual); Dismenorréia (menstruação dolorosa); Infertilidade, gestação ectópica; Dispareunia (dor durante as relações); Dor lombar e membros inferiores; Cólicas abdominais; Diarréia; Dor à evacuação intestinal; Sangue nas fezes durante a menstruação; Sangue na urina durante a menstruação; Frequência urinária exagerada. TPM ou SPM TPM – Tensão pré-menstrual * (desordem disfórica pré-menstrual) SPM – Síndrome pré-menstrual Conjunto de sinais e sintomas físicos e psicológicos que aparecem no período pré-menstrual, alterando o comportamento da mulher, e que desaparece ou diminui durante a menstruação. As mulheres principalmente entre os 25 e os 45 anos. Aproximadamente 75 a 80% das mulheres “sofrem” de TPM Cerca de 8% chegam a fazer o diagnóstico! É de efeito lento e insidioso não permitindo à maioria das mulheres observarem as sua modificação de animosidade. OMS – ainda não reconhece como psicopatologia * Frank, RT - The hormonal causes of premenstrual tension. Archives Neurology Psychiatry 26: 1053-7, 1931 TPM ou SPM 50% das detentas americanas cometeram delitos fatais durante a TPM. 52% dos acidentes de carro, quando a motorista era mulher, a causa foi a TPM. Atualmente, acredita-se também que as mulheres com TPM sejam exageradamente sensíveis aos estímulos do sistema serotoninérgico. Segundo Freeman (1998): 36% de uma amostra de mulheres com TPM relatou que suas mães também eram afetadas pelo distúrbio e 45% tinha história familiar de transtornos emocionais sem especificação. A história familiar de depressão em 73% das pacientes com TPM confirma esta associação e todos esses dados falam a favor de um componente hereditário na sintomatologia psíquica no período pré-menstrual. TPM ou SPM Progesterona Estrógenos Serotonina Progesterona Estrógenos Serotonina 1sem 2 sem 3 sem 4 sem ovulação SINTOMAS Na primeira fase do ciclo menstrual o óvulo está se preparando para deixar o ovário rumo ao útero. Se a fecundação não ocorrer, entra na segunda fase, que leva à menstruação. Ou seja, o período acumula toda a tensão de um movimento que não resultou em nada, e a menstruação vai limpar o útero de um sangue que não possui mais utilidade. Contraceptivos orais Inibidores da recaptação de serotonina Melhora TPM ou SPM Tipos de TPM Tipo A Ansiedade e suas conseqüências; Tipo C Compulsão alimentar irresistível; Tipo D Sintomas depressivos, nos quinze dias que antecedem a vinda da menstruação; Tipo H Inchaço nos seios, distúrbio do SNC causando dores de cabeça, gazes no abdômen e dores musculares nas pernas. TPM ou SPM São relatados mais de 150 sintomas, entre eles Psicológicos (Neurótica) Irritabilidade, nervosismo, descontrole das ações ou emoções, agitação, raiva, insônia, dificuldade de concentração, letargia, depressão, sensação de cansaço, ansiedade, confusão, esquecimento freqüente, baixa auto-estima, paranóia, hipersensibilidade emocional, choro... Gastrintestinais (Flatulenta) Dores abdominais, inchaço, constipação, náuseas, vômitos, sensação de peso ou pressão na pelve... Dermatológicos (Bruxa) Acne, inflamação na pele com coceiras, agravamento de problemas dermatológicos pré-existentes... Neurológicos (Pluriapta) Dores de cabeça, tonteiras, desmaios, entorpecimento, irritabilidade, sensação de zumbido, palpitações... Outros Retenção de líquidos, mastalgia, ganho de peso periódico, diminuição do volume de urina, diminuição da libido, mudança no apetite (para mais ou para menos), ondas de calor... TPM ou SPM Tratamento Variável de mulher para mulher TPM leve tratar apenas os sintomas Tratamento medicamentoso potente apenas quando TPM grave ou severa. Fluoxetina, sertralina, paroxetina, frontal. Formas alternativas de tratamento Mudanças dos hábitos alimentares, atividades físicas, diminuição do fumo e ingesta de bebidas alcoólicas, mudanças da carga de trabalho, aumento das horas de sono, dietas (sem morrer de fome!!), suplementação vitaminica (B6, Mg+, Ca++, ácido linoléico), acupuntura, aromaterapia, drenagem linfática, suspensão da menstruação. Como se identifica uma TPM Durante o intervalo de 12 meses a mulher deverá ter apresentado na maioria dos ciclos pelo menos cinco dos sintomas abaixo: Humor deprimido Raiva ou irritabilidade Dificuldade de concentração Falta de interesse pelo que se costuma gostar Aumento do apetite Insônia ou hipersonia Sensação de falta de controle sobre si mesmo Algum sintoma corporal Valores de referência Estradiol (rg/mL) 30 dias a 10 anos <15 Puberdade H 3 a 45 M 5 a 410 Adultos H 10 a 50 M FF 20 a 350 MC 150 a 750 FL 30 a 450 Pós-menopausa <20 Progesterona (hg/mL) 1 a 10 anos 0,7 a 5,2 Puberdade H até 8,2 F até 95,0 Adultos H 1,3 a 9,7 M FF 1,5 a 7,0 FL 20,0 a 250,0 Controle endócrino na gravidez O Processo de gravidez compreende mudanças hormonais extensas; Esse processo é dividido em: Hormônios na gravidez; Hormônios no parto; Indução ao parto; Lactação. Controle endócrino na gravidez Processos fisiológicos da gravidez Fecundação Mórula (4 a 15 dias) Deslocamento do óculo ao útero – fase acompanhada por divisões celulares – mecanismo de defesa natural do organismo para evitar problemas gestacionais – é nesta fase que o óvulo fica propenso a ataques por anticorpos, pois o sistema imune da mão pode considerá-lo um corpo estranho Nidação Ocorre no endométrio, que precisa ser proliferativo, ter um espessura entre 7 e 15mm e ter 3 camadas. Só com a nidação que pode-se considerar tecnicamente o início da gravidez e a partir dela que inicia-se a formação da placenta. Controle endócrino na gravidez Gravidez e modificações Ajustes fisiológicos e endócrinos proporcionam um ambiente ideal para o feto. Alteração no sistema reprodutor deve ser apoiada por ajustes secundários de outros sistemas. Efeitos colaterais não geram ameaça para a saúde da mãe. Ajuste inadequado gera doença. O sistema endócrino está envolvido em mudanças significativas durante a gravidez. Placenta principal órgão endócrino durante a gravidez Impede a involução do corpo lúteo. Hormônios envolvidos na gravidez Relaxina hCG hPL Progesterona Estradiol Andrógenos FSH LH PRL ACTH TSH T3 T4 PTH Calcitonina Cortisol Aldosterona DOC Hormônios envolvidos no parto ACTH Ocitocina Prostaglandinas Progesterona Relaxina Indução do parto Hormônios envolvidos na lactação Estrógenos Hormônios da tireóide Corticosteróides adrenais Insulina Prolactina HCG Manutençãodo corpo lúteo Níveis elevados – enjôo matinal Em condições patológicas aumenta as taxas metabólicas do organismo. Inibe a produção de LH e FSH Apresenta-se no 8º dia após a ovulação As concentrações séricas de hCG exponencialmente no 1º trimestre de gravidez, duplicando a cada 48 horas, tendo um pico máximo em torno da 10º semana de gestação. As concentrações diminuem para 1/5 do pico de concentração entre a 10º e 16º semana, mantendo-se estável até o final da gestação. HCG Valores de Referência: de 0 a 5mUI/mLnegativo; de 5 a 50mUI/mLintermediário; acima de 50mUI/mLpositivo. Valores aproximados de gestação: 3 a 4 semanas: 9-130mUI/mL; 4 a 5 semanas: 75- 2.600mUI/mL; 5 a 6 semanas: 850 – 20.800mUI/mL; 6 a 7 semanas: 4.000 – 100.200mUI/mL; 7 a 12 semanas: 11.500 – 289.000mUI/mL; 12 a 16 semanas: 18.300 – 137.000mUI/mL. HCG Várias formas estão presentes nas amostras de soro e urina. Molécula intacta Molécula clivada HCG hiper e hipoglicosilado HCG sem porção C-terminal Subunidade a livre Subunidade a livre maior Subunidade b livre Subunidade b livre clivada Subunidade b livre core HCG Hormônios sexuais masculinos Função reprodutora no homem Função do sistema reprodutor masculino: Produzir espermatozoides e transmiti-los à mulher. Dois processos Espermatogênese Androgênese Células de Sertoli Espermatogênese Proliferação mitótica Meiose Acondicionamento Espermatogônia Espermatócitos Espermátides Espermatozóides Células de Sertoli Espermatogênese Barreira hematotesticular. Impede o movimento de proteínas, íons. Proteção imunológica. Fornece nutrientes. Secreção de líquidos. KCl, inositol, glutamato, proteína fixadora de andrógenos Função fagocitária Células de Leydig Produção hormonal de testosterona Testosterona Formas circulantes SHBG e ALB Livre (1 a 3%) Testosterona - valores de referência (hg/dL) Cordão 5 a 55 Recém nascido 20 a 400 Pré-puberes Homens 1 a 177 Mulheres 1 a 20 Puberdade Homens 2 a 800 Mulheres 2 a 40 Adultos Homens 280 a 1100 Mulheres 15 a 70 Testosterona Efeito na Espermatogênese. A testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela deve estar presente, também, junto com o folículo estimulante, antes que a espermatogênese se complete. Testosterona Efeito nos Caracteres Sexuais masculinos. Quando o feto começa a se desenvolver no útero materno, seus testículos começam a secretar testosterona. Essa testosterona auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais masculinos e posteriormente as características secundárias masculinas. A secreção da testosterona pelos testículos fetais é estimulada por um hormônio chamado hCG, formado na placenta durante a gravidez. Testosterona Efeito nos Caracteres Sexuais masculinos. Imediatamente após o nascimento da criança, a perda de conexão com a placenta remove esse feito estimulador, de modo que os testículos deixam de secretar testosterona. Em conseqüência, as características sexuais interrompem seu desenvolvimento desde o nascimento até à puberdade. Testosterona Efeito nos Caracteres Sexuais masculinos. Na puberdade, o reaparecimento da secreção de testosterona induz os órgãos sexuais masculinos a retomar o crescimento. Os testículos, a bolsa escrotal e o pênis crescem, então, aproximadamente mais 10 vezes. Testosterona Efeito nos Caracteres Sexuais Secundários. Faz com que os pêlos cresçam na face, ao longo da linha média do abdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham predisposição hereditária para ela. Estimula o crescimento da laringe, de maneira que o homem, após a puberdade fica com a voz mais grave. Testosterona Efeito nos Caracteres Sexuais Secundários. Estimula um aumento na deposição de proteína nos músculos, pele, ossos e em outras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se torna geralmente maior e mais musculoso do que a mulher, nessa fase. Testosterona Efeito nos Caracteres Sexuais Secundários. Algumas vezes, a testosterona também promove uma secreção anormal das glândulas sebáceas da pele, fazendo com que se desenvolva a acne pós-puberdade na face. Testosterona Efeito nos Caracteres Sexuais Secundários. Na ausência de testosterona, as características sexuais secundárias não se desenvolvem e o indivíduo mantém um aspecto sexualmente infantil. Testosterona Testosterona Ações Testosterona Metabolismo Principais metabólitos 17-KS e DHT Produto terminal conjugado com ácido glicurônico ou sulfúrico e excretado pela urina Regulação da função testicular Alterações no sistema reprodutor masculino relacionadas à idade Pré-puberdade até aproximadamente 10 anos de idade Repouso testicular. Os níveis de LH e FSH muito baixos. Alterações no sistema reprodutor masculino relacionadas à idade Puberdade Período transicional de acontecimentos complexos que levam a maturidade sexual Aumento da secreção de GnRH. Seqüência de Tanner Estágios de Tanner & Marshaall na puberdade masculina Alterações no sistema reprodutor masculino relacionadas à idade Senescência Significativa diminuição da função reprodutora Queda do número de espermatozoides Diminuição dos níveis de TES Níveis crescentes de SHBG Aumento do LH e FSH Aumento das doenças cardíacas Os receptores de androgênios distribuem-se amplamente nos tecidos vasculares como a aorta, vasculatura periférica e células atriais e ventriculares Alterações patológicas no sistema reprodutor masculino Hipogonadismo Função testicular diminuída Primário (causa reside nos testículos) Defeito principal a nível gonádico, TES e LH e FSH elevados. Tipo mais comum: síndrome de Klinefelter. Anorquia (raro). Secundário (causa reside na hipófise) Defeito principal a nível hipofisário com LH e FSH diminuidos. Alterações patológicas no sistema reprodutor masculino Aplasia das células de Leydig Significa falha no desenvolvimento normal, o órgão ou tecido não funcionam totalmente A produção de TES é diminuída mesmo com o estímulo do LH Consequências Infertilidade Falha na descida dos testículos (criptorquidia) Susceptibilidade ao câncer testicular Alterações patológicas no sistema reprodutor masculino Criptorquidia envolve uma série longa e complexa de alterações de posicionamento da gônada desde a fase embrionária, isto é, desde a 7º a 8º semana de gestação até sua colocação final no escroto. A gônada, nesta fase, é fixada por dois finos ligamentos, um no seu polo superior (ligamento suspensor) e outro no seu polo inferior, chamado gubernaculum testis. Alterações patológicas no sistema reprodutor masculino Criptorquidia Tratamento: hCG - provoca o amadurecimento transitório e mais rápido do testículo, auxiliando a fase final da migração. Na maior parte dos casos, porém, sobretudo quando o problema é unilateral, a melhor opção de tratamento é a cirurgia para liberar o testículo das aderências que se formaram dentro do abdômen a fim de permitir que o cordão espermático o conduza para a bolsa escrotal. Vários medicamentos podem alterar a função gonadal masculina Cetoconazol, espironolactona, ciproterona, propanolol, álcool, maconha, cocaína, consumo abusivo de anabolizantes e anandrona. Alterações patológicas no sistema reprodutor masculino Alterações patológicas no sistema reprodutor masculino Infertilidade Deficiência primária na produção de espermatozóides <20 milhões/mL Causas da infertilidade masculina Causas testiculares hipogonadismos hipo e hipergonadotróficos Síndrome de aplasia germinal Varicocele Criptoorquidite Causas pós-testiculares Defeitos congênitos dos canais das vesículas seminais Síndrome das células imóveis Vasectomia Alterações patológicas no sistema reprodutor masculino Hipergonadismo e puberdade precoce Origem: idiopática ou tumor cerebral produtor de gonadotrofinas. São quase sempre malignos. Tratamento Terapia de reposição Gonadotrofinas Administração de LH-RH Distúrbios genéticos Sindrome de Kallmann Relato de caso:Homem, 19 anos, com imaturidade sexual. Possui pouquíssimos pêlos axilares, apresentou fenda palatina, olfato. Exame: grande extensão do braço (desproporcional a sua altura), a extensão entre o púbis e o pé é maior que a extensão entre a cabeça e o púbis. Seu pênis é extremamente pequeno e os testículos estão na pré-puberdade. LH e FSH - hipogonadismo hipogonadotrófico Anosmia (perda total do olfato) ou hiposmia (redução do olfato) Podem ocorrer 4° metacarpo curto A deficiência gonadotrópica costuma ser causada pela deficiência de hormônio liberador do hormônio luteinizante (LHRH). Esta condição pode ocorrer em mulheres embora não seja comum). Síndrome de Kallmann Hábito marfanóide Gráfico1 2 10 2.2 7.5 2 13 26 17.6 2 12 11.5 7.5 2 11 6 11.2 2 10 5.5 11.6 2 9 5 10.1 2 8 4.5 5 Hipotireoidismo secundário e/ou tireotoxicose Hipotireoidismo terciário Normais Hipotireoidismo primário Tempo (min) Conc. TSH Plan1 Hipotireoidismo secundário e/ou tireotoxicose Hipotireoidismo terciário Normais Hipotireoidismo primário 0 0 2 10 2.2 7.5 11 30 2 13 26 17.6 22 60 2 12 11.5 7.5 33 90 2 11 6 11.2 44 120 2 10 5.5 11.6 55 150 2 9 5 10.1 66 180 2 8 4.5 5 Plan2 Plan3 % ligada a proteína Hormônio % livre CBG Albumina Cortisol 10 75 15 Aldosterona 40 10 50 Sulfato de DHEA 2 - 98 Sintomas Freqüência Obesidade centrípeta 95 Hipertensão 82 Hiperglicemia 80 Amenorréia ou impotência 75 Hirsutismo 75 Estrias púrpuras 65 Face “lunar” 60 Osteoporose 60 Facilidade para equimoses 60 Mudança de personalidade 55 Sintomas Freqüência Astenia e fatigabilidade 100 Perda de peso 100 Hiperpigmentação 92 Hipotensão 88 Hiponatremia 88 Hipercalemia 65 Alterações gastrointestinais 55 Gráfico1 50 10 200 150 50 190 110 40 195 70 30 205 50 25 190 45 20 200 42 17 205 síndrome de Cushing Normais Cushing ectópico Tempo (min) ACTH (pg/mL) Plan1 síndrome de Cushing Normais Cushing ectópico 0 50 10 200 30 150 50 190 60 110 40 195 90 70 30 205 120 50 25 190 150 45 20 200 180 42 17 205 Plan2 Plan3 Gráfico1 50 10 200 150 50 190 110 40 195 70 30 205 50 25 190 45 20 200 42 17 205 síndrome de Cushing Normais Cushing ectópico Tempo (min) ACTH (pg/mL) Gráfico2 20 40 62 5 5 52 Normais Obesos/alcoólatras Cushing Dias Cortisol (ug/dL) Plan1 síndrome de Cushing Normais Cushing ectópico 0 50 10 200 30 150 50 190 60 110 40 195 90 70 30 205 120 50 25 190 150 45 20 200 180 42 17 205 Normais Obesos/alcoólatras Cushing Pré-medicação 20 40 62 Pós-medicação 5 5 52 Plan2 Plan3 Gráfico1 50 10 200 150 50 190 110 40 195 70 30 205 50 25 190 45 20 200 42 17 205 síndrome de Cushing Normais Cushing ectópico Tempo (min) ACTH (pg/mL) Gráfico2 20 40 62 5 5 52 Normais Obesos/alcoólatras Cushing Dias Cortisol (ug/dL) Gráfico3 2.3 10 36 2.3 18 37 2.5 25 38 2.5 30 39 2.3 32 40 2.3 28 39 2.2 24 38 Addison Normais Cushing Tempo (min) Cortisol Plan1 síndrome de Cushing Normais Cushing ectópico Addison Normais Cushing 0 50 10 200 0 2.3 10 36 30 150 50 190 15 2.3 18 37 60 110 40 195 30 2.5 25 38 90 70 30 205 45 2.5 30 39 120 50 25 190 60 2.3 32 40 150 45 20 200 90 2.3 28 39 180 42 17 205 120 2.2 24 38 Normais Obesos/alcoólatras Cushing Pré-medicação 20 40 62 Pós-medicação 5 5 52 Plan2 Plan3 Gráfico1 50 10 200 150 50 190 110 40 195 70 30 205 50 25 190 45 20 200 42 17 205 síndrome de Cushing Normais Cushing ectópico Tempo (min) ACTH (pg/mL) Gráfico2 20 40 62 5 5 52 Normais Obesos/alcoólatras Cushing Dias Cortisol (ug/dL) Plan1 síndrome de Cushing Normais Cushing ectópico 0 50 10 200 30 150 50 190 60 110 40 195 90 70 30 205 120 50 25 190 150 45 20 200 180 42 17 205 Normais Obesos/alcoólatras Cushing Pré-medicação 20 40 62 Pós-medicação 5 5 52 Plan2 Plan3 Gráfico1 50 10 200 150 50 190 110 40 195 70 30 205 50 25 190 45 20 200 42 17 205 síndrome de Cushing Normais Cushing ectópico Tempo (min) ACTH (pg/mL) Gráfico2 20 40 62 5 5 52 Normais Obesos/alcoólatras Cushing Dias Cortisol (ug/dL) Gráfico3 6 10 36 6 18 37 6 25 38 6 30 39 6 32 40 6 28 39 7 24 38 Addison Normais Cushing Cortisol Tempo (min) Plan1 síndrome de Cushing Normais Cushing ectópico Addison Normais Cushing 0 50 10 200 0 6 10 36 30 150 50 190 15 6 18 37 60 110 40 195 30 6 25 38 90 70 30 205 45 6 30 39 120 50 25 190 60 6 32 40 150 45 20 200 90 6 28 39 180 42 17 205 120 7 24 38 Normais Obesos/alcoólatras Cushing Pré-medicação 20 40 62 Pós-medicação 5 5 52 Plan2 Cortisol 08h 5-23 mg/dL 16h 3-16 mg/dL Aldosterona Deitado 3-16 hg/dL Em pé 7-30 hg/dL Renina Deitado 12-79 mU/L Em pé 13-114 mU/L Plan3 Tecido-alvo Resposta Secreção de renina Estimulação Pele Piloereção e produção de suor SNC Estimulação Olhos Contração do músculo radiado Relaxamento do músculo ciliar TGI Contração esfincteriana Sistema cardiovascular Aumento da freqüência cardíaca Vasoconstrição Pâncreas Redução da secreção de insulina Tecido-alvo Estradiol Progesterona Ovidutos Manutenção ( contrações musculares (contrações musculares Útero Manutenção Endométrio Proliferação ( suprimento sangüíneo Secreção ( suprimento sangüíneo Miométrio ( contrações ( contrações Muco cervical ( viscosidade ( viscosidade Glândula mamária Crescimento dos canalículos Crescimento dos alvéolos Outros Controle do LH e FSH ( desenvolvimento folicular Controle do LH e FSH ( temperatura basal ESTÁGIO MAMA PELOS PUBIANOS 1 Pré-adolescente Somente a papila está elevada. Ausência de pelos pubianos. 2 Papila elevada e uma presença discreta do aumento do diâmetro da auréola. Esparso crescimento de pelos levemente pigmentados em torno dos lábios. 3 Aumento da mama com tecido glandular palpável. Pelos escurecidos, grosseiros, mais curvos e cobrindo a junção púbica. 4 Auréola e papila estão elevadas formando um segundo nível sobre o restante da mama. Pelos iguais ao dos adultos apenas cobrindo uma área menor. 5 Adulto Mama adulta; recessão da auréola no tecido mamário, projeção da mama evidente. Pelos iguais ao dos adultos com distribuição inversa a um triângulo. Glândula Hormônio Órgão-alvo Principais ações Hipófise LH e FSH Testículos estimulam a produção de testosterona pelas células de Leydig (intersticiais) e controlam a produção de espermatozóides. Testículos Testosterona Diversos estimula o aparecimento dos caracteres sexuais secundários. Sistema reprodutor induz o amadurecimento dos órgãos genitais, promove o impulso sexual e controla a produção de espermatozóides. Aparelho reprodutor e genitália externa Diferenciação in utero. Maturação na puberdade. Manutenção no adulto da genitália Desenvolvimento de características sexuais secundárias (na puberdade) Padrão masculino de crescimento piloso. Voz grave. Crescimento muscular aumentado. Outros efeitos reprodutores Desenvolvimento da libido na puberdade. Necessário para a espermatogênese. Inibição das gonadotrofinas. Efeitos não-reprodutores Ações anabólicas. Surto de crescimento e fechamento das epífises. Secreção aumentada das glândulas sebáceas. ESTÁGIO ESTÁGIO GENITAL PELOS PUBIANOS 1 Pré-adolescente Testículos, escroto, e pênis são do mesmo tamanho e proporção da criança. Ausência de pelos pubianos. 2 Aumento do escroto e testículos commudança na textura e cor da pele escrotal. Esparso crescimento de pelos levemente pigmentados na base do pênis. 3 Crescimento do pênis, primeiramente no comprimento e em alguns casos na largura. Além disso há um crescimento dos testículos e escroto. Pelos consideravelmente escuros, grosseiros e mais curvos, cubrindo a junção púbica. 4 O pênis está mais aumentado em largura e comprimento, com desenvolvimento da glande. Os testículos e escroto estão mais aumentados e há um escurecimento da pele escrotal. Pelos iguais ao dos adultos apenas cobrindo uma área menor. 5 Adulto Genitália adulta em tamanho e forma. Pelos iguais ao dos adultos com distribuição inversa a um triângulo.
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