Buscar

Afecções bacterianas

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS!
			“o que a vida quer da gente é coragem” (Rosa, 2001)
É uma honra fazer parte da construção do conhecimento e da formação profissional de vocês!
 Algumas bactérias podem causar doenças, serem patogênicas.
 TUBERCULOSE 
 chamada antigamente de “peste cinzenta” ou doença do peito;
Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK);
A tuberculose pulmonar é a forma mais frequente e generalizada da doença;
Pode afetar também : laringe, os ossos e as articulações, a pele (lúpus vulgar), os gânglios linfáticos (escrófulo), os intestinos, os rins e o sistema nervoso. 
A tuberculose miliar consiste num alastramento da infecção a diversas partes do organismo, por via sanguínea. Este tipo de tuberculose pode atingir as meninges (membranas que revestem a medula espinhal e o encéfalo) causando infecções graves denominadas de “meningite tuberculosa”
Afecções Bacterianas
A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa;
A aglomeração de pessoas em locais com pouca luz e mal ventilados são ideias para a proliferação da bactéria no ar e favorecem o contágio
O principal fator de transmissão, quando a pessoa com tuberculose expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso, que é aspirado por outra pessoa;
Tempo e intensidade de exposição do indivíduo sadio com uma pessoa infectada.
Quando a infecção está em estado latente, a pessoa não pode transmiti-la, pois não apresenta os sintomas. A transmissão só ocorre quando o indivíduo passa a lançar micropartículas contaminadas com a bactéria – o que acontece principalmente a partir da tosse.
Transmissão
4
Figura1. Transmissão. Fonte: http://www.jdv.com.br/noticia/3529/preocupacao--vigilancia-epidemiologica-alerta-sobre-a-tuberculose
SINTOMAS DA TUBERCULOSE
 Os sintomas são variáveis, dependendo da imunidade de cada pessoa. Alguns pacientes não exibem nenhum indício da tuberculose.
 Os sinais e sintomas mais frequentes são:
Tosse intensa e contínua, que dure mais de duas ou três semanas, com ou sem secreção, que pode ser espessa ou até sanguinolenta;
Cansaço excessivo;
Falta de ar; 
Febre, mais comum à tarde;
Sudorese noturna; 
Falta de apetite; 
Perda de peso; 
Rouquidão ;
Fraqueza.
5
Os casos graves de tuberculose apresentam:
Falta de ar limitante; 
Expectoração de grande quantidade de sangue;
Colapso do pulmão; 
Acúmulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão); 
Dor no peito ao respirar;
Fadiga;
6
7
Figura 2. Avanço da TB. Fonte: http://cienciaeacupuntura.blogspot.com.br/2016/10/a-tuberculose-e-uma-doenca-infecciosa-e.html
 Diversas razões podem levar uma pessoa a ser menos resistente à ação de bactérias, como o bacilo de Koch:
Infecção por HIV / Aids;
Diabetes;
Insuficiência renal crônica;
Câncer;
Quimioterapia;
Medicamentos usados para evitar a rejeição do organismo a um órgão transplantado;
Medicamentos prescritos para tratar artrite reumatoide, doença de Crohn e psoríase;
Desnutrição;
Ter pouca idade ou idade avançada.
8
Sem tratamento, a tuberculose pulmonar pode ser fatal. 
Confira algumas das principais possíveis complicações decorrentes da
tuberculose:
Dores na coluna e rigidez muscular;
Lesões articulares, causadas por artrite tuberculosa – que geralmente afeta os quadris e os joelhos;
Meningite, que pode levar à dor de cabeça persistente e contínua durante semanas, além de possíveis alterações mentais;
Problemas hepáticos e renais. O fígado e os rins passam a não exercer corretamente a função de filtrar o sangue e livrá-lo de impurezas e resíduos;
Problemas cardíacos, que, em geral, podem incluir a inflamação dos tecidos que rodeiam o coração, dificultando o bombeamento de sangue e podendo levar o indivíduo à morte.
9
DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE
Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados os seguintes exames:
Bacteriológicos:
Baciloscopia;
teste rápido molecular para tuberculose;
cultura para micobactéria.
Por imagem (exame complementar)
Radiografia de tórax
10
Tratamento
O tratamento se faz principalmente com agentes antituberculosos pelo período de 6 a 12 meses, porém irá depender do sítio da TB, do abandono do tratamento e a não administração correta dos medicamentos.
A terapia farmacológica consiste em:
Fase inicial – múltiplos medicamentos com agentes de primeira linha e vitamina B.
Consiste em doses fixas combinadas (DFC) de Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol por 6 meses, sendo 2 meses de RHZE seguidos de 4 meses de RH em doses que variam conforme o peso. Pode ser usado também por gestantes em qualquer período da gestação (Figura 3).
11
12
Figura 3. Medicamentos utilizados. Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/10771891/
Fase de continuação – incluem isoniazida (INH) e rifampicina ou INH erifapentina.
Os medicamentos de segunda linha incluem: capreomicina, etionamida e ciclosserina.
O PAPEL DA ENFERMAGEM
Identificação dos sinais da TB, sendo um agente extremamente necessário para a quebra do ciclo de doença, por meio do diagnóstico precoce;
Realizar teste rápido de HIV;
Incentivar o aumento do consumo de líquidos;
Orientar sobre a melhor posição para facilitar a drenagem das vias respiratórias;
Explicar a importância da medicação; 
Orientar sobre os medicamentos, as interações medicamentosas e os efeitos colaterais;
Monitorar os efeitos colaterais dos medicamentos anti-TB, evitar o consumo de álcool e alguns alimentos que interagem com a INH, por exemplo: atum, queijo envelhecido, vinho tinto e molho de soja;
Incentivar a nutrição adequada;
13
Orientar sobre a higiene bucal, ao espirrar ou tossir cobrir a boca e o nariz, descartar os lenços de forma adequada e lavar as mãos;
Notificação compulsória - comunicar ao departamento de saúde qualquer caso de TB, para que as pessoas com contato com pacientes infectados possam ser submetidas à triagem e tratamento se diagnosticado;
Esses pacientes precisam de acompanhamento com a equipe multiprofissional, médicos, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos.
 
14
HANSENÍASE
Agente Etiológico: Bacilo Mycobacterim leprae, tem a capacidade de infectar grande números de indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade). Tem cura e evolução lenta, porém, quando não tratada adequadamente, pode levar o indivíduo a uma condição crônica como danos neurológicos e sequelas.
Modo de transmissão: predominantemente pela mucosa das vias aéreas superiores, por meio de aerossóis e secreções nasais, por um doente sem tratamento para outra pessoa do seu convívio.
Período de incubação: em média de 2 a 7 anos, não obstante haja referências a períodos mais curtos, de 7 meses, como também mais longos, de 10 anos.
Período de transmissibilidade: os pacientes multibacilares (MB) podem transmitir a infecção enquanto o tratamento especifico não for iniciado.
15
Características epidemiológicas: tem baixa letalidade e baixa mortalidade, podendo ocorrer em qualquer idade, raça ou gênero. No entanto, o sexo masculino apresentou maior taxa de prevalência no Brasil no período de 2008 a 2015. Observa-se relação entre endemicidade e baixo índice de desenvolvimento humano.
Definição de caso: toda pessoa que apresenta um ou mais critérios listados a seguir, com ou sem história epidemiológica e que requer tratamento quimioterápico especifico:
lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração da sensibilidade térmica e/ ou dolorosa e/ou tátil; 
espessamento de nervo periférico, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; 
presença de bacilos Mycobacterium leprae, confirmada na baciloscopia de esfregaço intradérmico ou na biópsia de pele.
16
DIAGNÓSTICO
Clínico e epidemiológico, realizado por meio da anamnese, exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou
motoras e/ou autonômicas.
Deve-se utilizar a classificação operacional do caso de Hanseníase, visando definir o tratamento poliquimioterápico (PQT) que se baseia no número de lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios:
Paucibacilar (PB) – casos com até 5 lesões de pele.
Multibacilar (MB) – casos com mais de 5 lesões de pele. 
Exame baciloscópico: a baciloscopia de pele (esfregaço intradérmico), quando disponível, deve ser utilizado para a classificação dos casos de PB e MB. Resultado positivo classifica o caso como MB, independentemente do número de lesões. *Resultado negativo não exclui o diagnóstico de hanseníase
17
TRATAMENTO
O tratamento com PQT é ambulatorial, utilizando-se esquemas terapêuticos padronizados, de acordo com a classificação operacional, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Duração: seis cartelas em até nove meses. Comparecimento mensal para dose supervisionada.
Critério de alta: o tratamento está concluído com seis cartelas em até nove meses. Na dose supervisionada, os doentes devem ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física para receber alta por cura.
18
19
Duração: 12 cartelas em até 18 meses. Comparecimento mensal para dose supervisionada.
Critério de alta: o tratamento estará concluído com 12 cartelas em até 18 meses. Na 12ª dose supervisionada, os doentes devem ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física para receber alta por cura.
Complicações, reações hansênicas: os estados reacionais ou reações hansênicas são complicações do sistema imunológico, que se exteriorizam como manifestações infamatórias. Podem ocorrer antes, durante ou depois do tratamento com PQT.
20
21
MENINGITE BACTERIANA
Meningite bacteriana, também chamada de meningite meningocócica, é a inflamação das meninges causada por bactérias. Mais de 80% dos casos de meningite são provocados por infecção bacteriana.
22
https://www.jav.inf.br/2019/03/04/meningite-meningococica-saiba-como-se-prevenir/
Causas
Três Agentes Etiológicos:Neisseria meningitidis, Hemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae. Essas três encontram-se normalmente no meio ambiente e podem inclusive viver no nariz ou no aparelho respiratório de uma pessoa sem provocar qualquer dano.
Transmissão
O meningococo, bactéria que causa a meningite meningocócica, pode ser transmitido de uma pessoa para outra por meio do contato direto com gotículas respiratórias através de tosse, espirro e beijo, por exemplo.1 Aproximadamente 10% dos adolescentes e adultos possuem a bactéria na orofaringe (“garganta”) e podem transmiti-la mesmo sem adoecer – são chamados de portadores assintomáticos.5
23
Sinais e Sintomas
 Febre alta e cefaleia constante e intensa costumam ser os sintomas iniciais;
A irritação das meninges resulta em vários outros sinais já conhecidos como rigidez de nuca;
Sinal de Kernig positivo: quando o paciente está deitado com a coxa em flexão sobre o abdome, ele não consegue estender a perna por completo;
Sinal de Brudzinski positivo (indicador mais sensível de irritação das meninges do que o sinal de Kernig): a flexão do pescoço do paciente produz flexão dos joelhos e dos quadris, a flexão passiva do membro inferior de um lado produz um movimento parecido no membro oposto;
 Fotofobia: é a sensibilidade extrema à luz;
 Manchas vermelhas na pele;
 Exantema (N. meningitidis): varia desde uma erupção petequial com lesões purpúricas, até grandes áreas de equimose;
24
Comprometimento da memória: são comuns manifestações comportamentais com a evolução da doença. É possível verificar o desenvolvimento de letargia, ausência de resposta e coma;
Podem ocorrer convulsões, resultantes de áreas de irritabilidade no cérebro. A PIC aumenta secundariamente ao edema cerebral difuso ou hidrocefalia, considerando que os sinais de elevação da PIC são incluídos nível diminuído de consciência e déficits motores focais;
 A infecção fulminante aguda ocorre em cerca de 10% dos pacientes com meningite meningocócica, tendo sinais de septicemia fulminante com início abrupto de lesões purpúricas extensas (nos membros e na face), febre alta, choque e sinais de coagulação intravascular disseminada (CID), considerando que o óbito pode ocorrer em poucas horas após o início da infecção
25
26
 
Figura 1. Sinal de Kernig e sinal de Brudzinski.
DIAGNÓSTICO
 Tomografia computadorizada e ressonância magnética, as quais devem ser realizadas para detectar um deslocamento do conteúdo cerebral que pode levar à herniação antes de uma punção lombar.
-Exames complementares importantes como cultura bacteriana e coloração de Gram do líquido cerebrospinal e sangue.
Tratamento
A administração imediata dos antibióticos (preferencialmente em 30 minutos após a chegada do paciente ao hospital) que atravessam a barreira hematencefálica interrompe a multiplicação das bactérias. 
O choque e a desidratação são tratados com expansores do volume líquido, já as convulsões, que podem ocorrer precocemente na evolução da doença, são controladas com fenitoína.
27
A terapia farmacológica consiste em:
O antibiograma é a base para a escolha do antibiótico, podendo ser instituído um tratamento empírico inicial antes da obtenção dos resultados de cultura.
 Dexametasona – já demonstrou ser benéfica como terapia adjuvante nos casos de meningite pneumocócica e meningite bacteriana aguda.
 Ampicilina ou vancomicina – em combinação com uma das cefalosporinas como por exemplo ceftriaxona sódica e cefataxima sódica, administrada por injeção intravenosa.
 Na evolução da doença podem ocorrer convulsões precocemente, as quais são controladas com fenitoína.
28
Cuidados de Enfermagem
Estabelecer precauções para o controle das infecções em até 24 horas após o início da antibioticoterapia, sendo que as secreções nasal e oral são consideradas infecciosas.
 Avaliar com frequência os sinais vitais e estado neurológico.
 Indicar a oxigenação baseados nos resultados da gasometria arterial e oximetria de pulso.
 Ajudar na inserção de tubo endotraqueal (ou traqueostomia) e manejo com a ventilação mecânica, conforme prescrição.
 Avaliar a pressão arterial quanto à ocorrência de choque, o qual precede a insuficiência respiratória e cardíaca.
 Diminuir a febre alta para reduzir a carga das demandas de oxigênio sobre o cérebro e o coração.
 Resguardar o paciente de lesão secundária à atividade convulsiva ou alteração do nível de consciência.
29
 Proporcionar repouso providenciando quarto tranquilo e escuro.
 Monitorar o peso corporal, eletrólitos séricos e o volume, densidade específica e a osmolalidade da urina, principalmente se houver suspeita de síndrome da secreção inapropriada de hormônio antidiurético.
 Cuidar para que não haja complicações associadas à imobilidade como, pneumonia e lesão por pressão.
Toda atenção e cuidados são necessários para um melhor desfecho. A meningite é um sério problema de saúde que confere risco de morte aos pacientes. O enfermeiro e sua equipe precisam estar capacitados para o manejo dos casos e prevenção de complicações.
30
31
https://one.weku.io/spanish/@elfisio/difteria-guia-rapida-or-definicion-causas-sintomas-tratamiento
32
Doença aguda caracterizada por quadro tóxico – infeccioso, com duração variável podendo apresentar desde sintomatologia leve até fatal;
Agente Etiológico : Bacilo de Klebs Loeffler ou bacilo Corynebacterium Diphtheriae;
Modo de Transmissção: por contato físico direto, por gotículas de secreção dispersas no ar ou por meio de objetos contaminados;
Sinais e Sintomas: 
Placas com abundante exsudação na faringe provocando sintomas de asfixia;
Membrana grossa e acinzentada cobrindo a garganta e amígdalas:
Dor de garganta e rouquidão;
Glânglios inchadas (linfonodos aumentados) em seu pescoço;
Dispneia;
Taquipneia;
Coriza Nasal;
Febre;
 agitação;
 cianose;
 Mal estar;
Diagnóstico: Feito com base
em um exame físico. O médico ou médica pode pedir um exame de cultura, colhendo amostras da inflamação na garganta ou pele.
Tratamento: Antitoxina, injetado em uma veia ou no músculo. 
O medicamento neutraliza a toxina da difteria que já circula no corpo.
Antibióticos, como a penicilina ou eritromicina.
A equipe médica também podem remover algumas das membranas que se formam na garganta, caso elas estejam obstruindo a respiração.
33
Complicações possíveis: Se não for tratada, a difteria pode causar inchaço dos gânglios linfáticos da garganta, obstruindo a respiração, podendo levar à morte. A toxina produzida pela bactéria pode levar a problemas neurológicos ou cardíacos.
Prevenção: A melhor forma de prevenir a difteria é com a vacinação, que pode ser a tríplice bacteriana ou a pentavalente.
A vacina tríplice bacteriana clássica (difteria, tétano e pertussis acelular), está indicada para crianças com até sete anos de idade. Após essa data é utilizada a vacina de dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto).
Há também a vacina pentavalente, indicada para imunização ativa de crianças a partir de dois meses de idade contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite Be doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b.
34
COQUELUCHE
Definição: Doença bacteriana que afeta a traqueia, os brônquios e os bronquíolos.
Agente Etiológico: Bordetella Pertussis.
Modo de Transmissão: Contato direto, por meio de gotículas de muco e saliva eliminados pelo indivíduo contaminado ou indireto pelo contato com objetos recentemente contaminados.
Sinais e Sintomas :
Os sintomas aparecem sete ou 14 dias após uma pessoa ser infectada com a bactéria.
 Período catarral com coriza, espirros, lacrimejamento.
 Período paroxístico: crise de tosse, expectoração, cianose. 
Período de convalescença: os sintomas vão desaparecendo gradativamente.
35
Diagnóstico: Diagnosticar coqueluche em estágios iniciais é difícil, uma vez que os sintomas são muito parecidos com os que outras doenças respiratórias.
Às vezes, médicos podem diagnosticar coqueluche simplesmente perguntando sobre os sintomas ou ouvindo o som da tosse. Em outros casos, o médico pode pedir alguns exames:
Espirometria;
Exames de sorologia;
Raio-x do tórax.
.
36
Tratamento: Crianças geralmente são hospitalizadas durante o tratamento, uma vez que a coqueluche é perigosa nessa idade, não consegue comer ou beber, pode ser necessária a administração de fluídos intravenosos, pode ser mantido em quarentena para prevenir que a infecção se espalhe. Já o tratamento para crianças mais velhas e adultos pode ser feito em casa.
Antibióticos matam a bactéria causadora da coqueluche e ajudam na rápida recuperação. Infelizmente, não há muita coisa que pode ser feita para prevenir ou aliviar a tosse. Medicamentos para tosse tem pouco efeito sobre a coqueluche, por isso seu uso não é recomendado.
Os medicamentos mais usados para o tratamento de coqueluche são: Azitromicina
37
Complicações possíveis:
A maioria das pessoas se recupera da coqueluche sem complicações. No entanto, elas podem ocorrer, relacionadas principalmente com a tosse em formas mais graves. Entre as principais complicações estão:
Costelas machucadas ou rachadas;
Hérnias abdominais;
Vasos sanguíneos da pele ou olhos estourados.
Em crianças - especialmente aquelas com menos de 6 meses de idade - complicações da coqueluche são mais graves e podem incluir:
Infecções de ouvido;
Pneumonia;
Parada respiratória;
Desidratação;
Convulsão;
Lesão cerebral.
38
Prevenção: A melhor forma de prevenir a coqueluche é a vacinação. No Brasil, a vacina que previne coqueluche é a tríplice bacteriana – que protege também contra difteria e tétano.
39
Pneumonia
É uma infecção que se instala nos pulmões (órgão duplo localizado um de cada lado da caixa torácica). Pode acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro).
 Agente Etiológico : streptococcus pneumoniae. Este tipo de pneumonia pode ocorrer por conta própria ou depois de ter resfriado ou gripe. Pode afetar a pneumonia lobar
Organismos semelhantes a bactérias: Mycoplasma pneumoniae, também pode causar pneumonia. Geralmente, produz sintomas mais leves do que outros tipos de pneumonia. A pneumonia ambulante é um nome informal dado a este tipo de pneumonia, que tipicamente não é suficientemente grave para requerer descanso em cama
40
Febre  (Acima de 37,5° C);
Tosse seca ou com catarro de cor amarelada ou esverdeada;
Falta de ar e dificuldade de respirar;
Dor no peito ou tórax;
Mal-estar generalizado;
Prostração (fraqueza);
Suores intensos, principalmente a noite;
Náuseas e vômito;
No entanto, esses sintomas, apesar de clássicos em adultos, podem mudar em crianças e idosos. 
Sintomas de pneumonia em crianças;
Crianças com pneumonia bacteriana podem também apresentar sintomas, como :
Respiração acelerada;
Respiração ruidosa;
Perda de apetite e recusa alimentar;
Dor abdominal;
Muitas vezes, no entanto, a criança pode apresentar os sintomas isoladamente, como apenas febre e tosse ou apenas dificuldade e aceleração da respiração.
41
Sinais e Sintomas
42
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/pneumonia
Diagnósticos:
Exames de sangue;
Raio x do tórax;
Oximetria de pulso;
Teste de escarro;
Tomografia computadorizada; 
Cultura de fluido pleural.
Tratamento:
 O tratamento das pneumonias requer o uso de antibióticos em caso de origem bacteriana e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode fazer-se necessária quando o paciente é idoso, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como:
 comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases.
43
Tétano
Uma grave doença bacteriana que afeta o sistema neurológico e que, entre outras complicações, pode levar inclusive à morte.
Agente Etiológico: Clostridium tetani, que pode ser encontrada no solo, poeira e nas fezes de animais.
A infecção por tétano começa quando os esporos da bactéria transmissora entram no corpo por meio de uma ferida ou um ferimento, onde liberam bactérias que se espalham pela corrente sanguínea e produzem um veneno chamado tetanospasmina. Esse veneno bloqueia os sinais neurológicos da coluna vertebral para os músculos, causando espasmos musculares intensos. Os espasmos podem ser tão fortes que rompem os músculos ou causam fraturas na coluna.
44
SINAIS E SINTOMAS
O tempo entre a infecção e os primeiros sinais dos sintomas é geralmente de uma a três semanas. O período de incubação da bactéria é de, em média, sete a oito dias. 
Espasmos e rigidez no maxilar;
Rigidez nos músculos do pescoço e da nuca;
Rigidez nos músculos do abdômen;
Espasmos corporais que provocam dor e duram por vários minutos, geralmente causados por sons altos, toque físico e sensibilidade à luz;
Febre;
Sudorese;
Hipertensão;
Batimentos cardíacos acelerados
45
Diagnóstico : por meio de um exame físico, no qual procurará por sinais de espasmos e rigidez pelos músculos do corpo, e por meio também de um questionário a respeito do histórico médico do paciente e de sua família.
Testes laboratoriais geralmente não são necessários para realizar o diagnóstico de tétano. A não ser que sejam feitos para descartar possibilidades de meningite, raiva, envenenamento por estriquinina e outras doenças com sintomas similares.
Tratamento: Não há cura para tétano, por isso o tratamento será focado na cicatrização da ferida por onde entraram os esporos da bactéria e no uso de medicamentos para tratar os sintomas.
Além de limpar corretamente a região machucada, para evitar complicações mais graves, o médico poderá prescrever alguns medicamentos que podem levar alívio e conforto ao paciente, como antitoxinas, antibióticos, sedativos
e outros remédios para tirar a dor.
46
47
https://biosom.com.br/blog/saude/tetano/
LEPTOSPIROSE
Patologia infecciosa causada por uma bactéria chamada( Agente Etiológico) Leptospira presente na urina de ratos e outros animais, transmitida ao homem principalmente nas enchentes. Bovinos, suínos e cães também podem adoecer e transmitir a leptospirose ao homem.
Causas: Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminadas poderá se infectar. As leptospiras presentes na água penetram no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento.
48
https://guiamedicobrasileiro.com.br/leptospirose-sintomas-tratamento-e-causas/
Sinais e Sintomas:
Febre; 
Cefaléia; 
Dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas;
Êmese;
Diarréia;
Tosse. 
Nas formas mais graves geralmente aparece icterícia;
Hemorragias;
Meningite;
Insuficiência renal hepática;
Insuficiência respiratória. 
49
Tratamento:
Baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados. Os casos leves podem ser tratados em ambulatório, mas os casos graves precisam ser internados. 
Os medicamentos mais usados para o tratamento de leptospirose são:
Clordox;
Doxiciclina;
Prevenção: 
Para o controle da leptospirose, são necessárias medidas ligadas ao meio ambiente, tais como obras de saneamento básico (abastecimento de água, lixo e esgoto), melhorias nas habitações humanas e o combate aos ratos.
50
GONORREIA
Gonorreia é uma doença sexualmente transmissível (DST) comum, que afeta tanto a homens quanto a mulheres.
Ela pode ser transmitida em qualquer contato sexual, seja penetração vaginal ou anal, sexo oral e pode ter manifestações em outros órgãos, como na pele, olhos e articulações.
Infecções sexualmente transmissíveis (IST’s na nova sigla) que mais tem crescido no Brasil e no mundo. Além disso, em 2017 a Organização Mundial da Saúde alertou para o Agente Etiológico Neisseria gonorrhoeae está se tornando cada vez mais resistente à antibióticos.
Gestantes com gonorreia podem infectar seus bebês durante o parto. Além disso, a gonorreia pode aumentar o risco de prematuridade.
 Os bebês infectados apresentam conjuntivite. Os sintomas costumam ser semelhantes a uma conjuntivite: olhos vermelhos e inchaço das pálpebras, que surgem entre dois a quatro dias após o nascimento.
Podem haver manifestações mais graves, incluindo meningite 
51
Agente etiológico:  Neisseria gonorrhoeae, também conhecida como gonococo. 
A bactéria se prolifera em áreas quentes e úmidas do corpo, incluindo, a uretra. Pode ser encontrada também no sistema reprodutor feminino, que inclui as tubas uterinas, o útero e o colo do útero.
Sinais e Sintomas:
No homem:
Pênis, os sinais mais comuns da gonorreia são:
Dor e ardência ao urinar
Secreção abundante de pus pela uretra
Dor ou inchaço em um dos testículos.
Na Mulher: 
Na vagina, os sintomas são:
52
Aumento no corrimento vaginal, que passa a ter cor amarelada e odor desagradável;
Dor e ardência ao urinar;
Sangramento fora do período menstrual;
Dores abdominais;
Dor pélvica.
Sintomas gerais:
Os sintomas comuns da gonorreia na região anal são coceira, secreção de pus e sangramentos;
Dor, sensibilidade à luz e secreção de pus em um ou nos dois olhos; 
Dor e dificuldade em engolir, presença de placas amareladas na garganta; 
Caso a bactéria afetar alguma articulação do corpo, esta poderá ficar quente, vermelha, inchada e muito dolorida.
53
DIAGNÓSTICO
Coloração de Gram:
A gonorreia pode ser identificada por meio de um método simples que consiste na observação de uma amostra de secreção no microscópio. Essa técnica é chamada de coloração de Gram. Apesar de ser rápido, esse método não é o mais sensível.
Os exames de coloração de Gram usados para diagnosticar a gonorreia incluem:
Coloração de Gram do colo do útero em mulheres;
Coloração de Gram do corrimento uretral em homens;
Coloração de Gram dos fluidos em geral, dependendo da região acometida, a exemplo do líquido articular;
Exames de cultura de bactérias:
As amostras para culturas, isto é, para o cultivo e identificação da bactéria em laboratório, podem resultar no diagnóstico definitivo da infecção . Geralmente, as amostras para uma cultura são colhidas do colo do útero, da vagina, da uretra, do ânus ou da garganta. Os testes podem apresentar um diagnóstico preliminar em 24 horas e um diagnóstico confirmado em 72 horas. Este método é mais sensível e mais específico que os exames de coloração de Gram.
54
PCR
Os exames que pesquisam o DNA do gonococo são especialmente úteis para a triagem em pacientes assintomáticos, são mais rápidos do que as culturas e podem ser realizados em amostras de urina, que são muito mais fáceis de coletar do que amostras da região genital. Geralmente, são feitos pelo método de reação em cadeia da polimerase (PCR).
Tratamento: 
Há dois objetivos no tratamento de uma doença sexualmente transmissível (DST):
O primeiro é curar a infecção do indivíduo, enquanto o segundo é interromper a cadeia de transmissão da doença. Para isso, além de tratar o paciente, é importante localizar e examinar todos os seus contatos sexuais para tratá-los, se indicado. Por se tratar de uma doença bacteriana, o tratamento pode ser feito por meio de antibióticos. 
Uma visita de acompanhamento após o tratamento é importante, principalmente em caso de dor nas articulações, erupções cutâneas ou dores mais fortes na região pélvica ou abdominal. Também devem ser realizados exames para garantir que a infecção tenha sido curada.
Todos os parceiros sexuais do paciente com gonorreia devem ser contatados e examinados para evitar futuras transmissões da doença.
55
Tratamento para bebês:
Em caso de bebês, rotineiramente os pediatras aplicam um medicamento imediatamente após o parto nos olhos do recém-nascido para evitar infecção. Se ainda assim o bebê desenvolver a infecção, poderá ser tratado com antibióticos também.
Os medicamentos mais usados para o tratamento de gonorreia são:
Amoxilina;
Amoxil BD:
Amoxicilina + Clavulanato de Potássio;
Ampicilina Sódica;
Azitromicina;
Bepeben;
Cefanaxil;
Ceftriaxona Dissódica;
Ceftriaxona Sódica;
Ciprofloxacino;
Doxiciclina;
Eritromicina;
Norfloxacino;
56
CÓLERA
A cólera é uma doença infectocontagiosa do intestino delgado geralmente transmitida por meio de alimento ou água contaminados.
Angente Etiológico: Vibrio cholerae é responsável por causar a infecção de cólera. Essa bactéria, conhecida popularmente como Vibrião colérica, libera uma toxina chamada CTX, que se liga às paredes intestinais, onde ela interfere diretamente no fluxo normal de sódio e cloreto do organismo. Essa alteração faz com que o corpo secrete grandes quantidades de água, levando à diarreia e a uma rápida perda de fluidos e de sais importantes, os chamados eletrólitos
A transmissão de cólera é fecal-oral e se dá basicamente por meio de água e alimentos contaminados pelas fezes ou pela manipulação de alimentos por pessoas infectadas. A infecção pela bactéria costuma acontecer após uma pessoa consumir água, frutos do mar, frutas e legumes crus e alguns grãos contaminados, como arroz e milho, por exemplo.
57
58
https://www.casal.al.gov.br/utilizacao-da-agua/colera/
SINAIS E SINTOMAS
Os sintomas da cólera podem incluir:
Diarreia;
Náuseas e vômitos, principalmente durante a fase inicial da infecção;
A desidratação em decorrência da perda de líquidos pode levar a outros sintomas:
Irritabilidade;
Letargia;
Olhos encovados;
Boca seca;
Sede excessiva;
Pele seca e enrugada;
Anúria, (Pouca ou nenhuma produção de urina);
Pressão arterial baixa;
Arritmia cardíaca;
Desequilíbrio eletrolítico.
Desidratação pode levar a uma rápida perda de minerais do sangue (eletrólitos) – um problema que é conhecido como desequilíbrio
eletrolítico. Este pode levar ao surgimentos de novos sinais e sintomas, como:
59
Cãibras musculares;
Choque, que ocorre quando o volume de sangue baixo provoca queda na pressão arterial e na quantidade de oxigênio no sangue – o que, se não tratado, pode levar uma pessoa a óbito em questão de minutos.
Diagnostico:
Embora os sinais e sintomas de cólera sejam inconfundíveis em áreas endêmicas, a única maneira de confirmar o diagnóstico da doença é identificar a bactéria em uma amostra de fezes.
Tratamento: 
Cólera requer tratamento imediato. Se não for tratada, a doença pode levar à morte em poucas horas. Os meios terapêuticos existentes e viáveis para cólera são:
Reidratação
O objetivo dessa terapia é repor os líquidos e eletrólitos perdidos usando uma solução simples de sais para reidratar os pacientes, chamada de SRO. A solução de SRO está disponível como um pó que pode ser dissolvido em água fervida. Sem a hidratação necessária, cerca de metade das pessoas com cólera morrem. Com o tratamento, o número de mortes cai para menos de 1%.
60
Fluidos intravenosos
Durante uma epidemia de cólera, a maioria das pessoas pode ser reidratada via oral, mas quando a desidratação atingiu níveis ainda mais graves, o paciente pode precisar de fluidos intravenosos para sobreviver.
Antibióticos
Embora os antibióticos não sejam parte essencial do tratamento de cólera, alguns desses medicamentos podem reduzir tanto a quantidade quanto a duração da diarreia relacionada à cólera.
Suplementos de zinco
A investigação demonstrou que o zinco pode diminuir e encurtar a duração da diarreia em crianças com cólera. Por isso, pediatras podem indicar o uso de suplementos de zinco para alguns casos da doença em crianças.
61
Os medicamentos mais usados para o tratamento de cólera são:
Azitromicina;
Bactrim;
Bacteracin e Bacteracin-F;
Clordox;
Ciprofloxacino;
Doxiciclina;
62
63

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando