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Anatomia e Fisiologia Cardíaca Músculo cardíaco – Potencial de ação ECG Profa.Enf.Christina Klippel ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA Órgão muscular oco; Localização: centro do tórax, entre os pulmões e repousa sobre o mediastino. Bombeia sangue para os tecidos, suprindo-os com oxigênio e nutrientes. Sístole – contração Diástole - relaxamento Anatomia e Fisiologia Anatomia e Fisiologia Anatomia e Fisiologia Fonte : The Ciba Collection of Medical Illustration – HEART – Volume 5 A Circulação Coração Visão anterior Coração Visão posterior Coração Visão interior Válvulas Cardíacas Sons cardíacos Anatomia e Fisiologia Os Ramos das Artérias Coronárias Anatomia e Fisiologia Fonte : The Ciba Collection of Medical Illustration – HEART – Volume 5 Inserção das Coronárias na base da Aorta Na sístole, os óstios das coronárias são cobertos pelas cúspides da válvula aórtica. O sangue do VE é ejetado para a artéria Aorta. Na diástole do VE, as cúspides da Aorta se abaixam e liberam o óstio das coronárias. O sangue da artéria Aorta irriga então, no refluxo, as coronárias. Anatomia e Fisiologia Fonte : The Ciba Collection of Medical Illustration – HEART – Volume 5 Irrigação Vascular Artérias Coronárias Irrigam todo o músculo cardíaco, levando O2, glicose e lipídios às células do miocárdio. Artérias Coronárias e Veias cardíacas Coração O coração está protegido por uma membrana fibrosa fina, lisa e reluzente, formada por uma dupla membrana - o Pericárdio. O Coração A membrana interna é formada por uma membrana serosa, o pericárdio visceral. A membrana externa - o pericárdio parietal – está aderida às estruturas que circundam o coração e constitui um saco fibroso - o saco pericárdico - que contém o coração. Um pequeno volume de líquido lubrifica seus folhetos e é chamado líquido pericárdico. A parede do coração é formada por três camadas: epicárdio, miocárdio e endocárdio. O epicárdio é a camada mais externa e superficial do coração e consiste de uma lâmina fibrosa de revestimento Abaixo do epicárdio situa-se a camada muscular que constitui o músculo cardíaco propriamente dito, o miocárdio, responsável pela função contrátil do coração. O endocárdio é a camada mais interna de revestimento do coração, constituída por um tecido liso e elástico, chamado tecido endotelial, que também recobre as válvulas e se continua como revestimento endotelial dos vasos sanguíneos. O Coração Coração - ritmo próprio Sincronismo na contração e relaxamento de suas câmaras 4 câmaras (duas a duas) em tempos diferentes de contração e relaxamento Sistema condutor e excitatório formado por fibras auto-excitáveis que se distribuem de forma organizada pelo músculo cardíaco - Nodo SA às fibras de Purkinje. Eletrofisiologia Potencial de Ação Atividade elétrica desenvolvida por uma célula excitável durante atividade, como consequência de uma rápida sequência de alterações na membrana celular. Membrana celular Na+ extracelular K+ intracelular Potencial de Membrana Celular Transporte ativo Bomba de Sódio e Potássio •Transporta íons sódio de fora para dentro das células e, ao mesmo tempo, íons potássio, de dentro para fora das células. • Transporta mais rapidamente íons sódio de fora para dentro das células do que íons potássio de dentro para fora das células. Portanto, transporta mais carga + de fora p/ dentro do que de dentro p/ fora. Forma-se então, um gradiente elétrico na membrana celular : no lado interno : excesso de cargas + no lado externo : falta de cargas + O meio intracelular fica com mais cargas + do que o meio extracelular. Potencial de Ação Membrana celular do miocárdio O Ca ++ é um co-fator para a contração do miocárdio. Fornece um estímulo mecânico para a sua contração. despolarização repolarização Na+ K+ K+ Na+ Na+ Na + Na+ K+ Ca++ estímulo Limiar de ação membrana em repouso Na+ K+ meio extracelular meio intracelular citoplasma K+ Na+ Na+ K+ K+ K+ Na+ K+ equilíbrio iônico Na+ K+ Anatomia e Fisiologia Forma de disposição das fibras do músculo cardíaco, umas junto às outras, unindo-se e separando-se entre si. O impulso ao atingir uma célula, passa com grande facilidade às outras que compõem o mesmo conjunto, atingindo-o por completo após alguns centésimos de segundo. Fibras de Purkinje Feixe de His Anatomia e Fisiologia 1. Nodo Sino Atrial 2. Nodo A-V 3. Feixe A-V 4. amos D e E do Feixe de Hiss Fibras de Purkinje Fonte : A Practical Approach to Cardiac Arrythmias – Stephen C. Vlay – 2nd edition Anatomia e Fisiologia Fonte : A Practical Approach to Cardiac Arrythmias – Stephen C. Vlay – 2nd edition Emite impulsos que, a cada ciclo, se distribuem por todo o Coração. Também chamado de Marcapasso natural. Localizado na parede lateral do AD, próximo à abertura da VCS. A cada despolarização onda de impulso segue através das fibras internodais contração do Átrio impulso Nodo A-V. 1. Nodo Sino Atrial Anatomia e Fisiologia Fonte : A Practical Approach to Cardiac Arrythmias – Stephen C. Vlay – 2nd edition Ao chegar ao Nodo A-V, o impulso sofre um retardo, antes de atingir o Feixe A-V, para que ocorra o enchimento das câmaras ventriculares, enquanto as câmaras atriais ainda estão em contração. Daí, então, o impulso segue em frente e atinge o Feixe A-V. 2. Nodo A-V Anatomia e Fisiologia Através dele, o impulso segue em frente e atinge um segmento que se divide em 2 ramos : 3. Feixe A-V Fonte : A Practical Approach to Cardiac Arrythmias – Stephen C. Vlay – 2nd edition Anatomia e Fisiologia Através destes ramos, paralelamente, o impulso segue em direção ao ápice do coração, acompanhando o septo interventricular. Ao atingir o ápice, cada ramo segue em direção à base do Coração, seguindo a parede lateral de cada ventrículo. 4. Ramos Direito e Esquerdo do Feixe de Hiss Fonte : A Practical Approach to Cardiac Arrythmias – Stephen C. Vlay – 2nd edition Anatomia e Fisiologia Inúmeras ramificações, que têm por finalidade levar uma grande quantidade de impulsos à toda a área ventricular, produzindo a contração de todas as suas fibras. Ocorre, então, a contração da câmaras ventriculares redução acentuada do seu volume ejeção do sangue do VD para a artéria pulmonar e do VE para a artéria Aorta. Fibras de Purkinje Fonte : A Practical Approach to Cardiac Arrythmias – Stephen C. Vlay – 2nd edition O Nodo Sino Atrial Coração Nervos e artérias Volto já !!! O Eletrocardiograma O ECG é um gráfico de variações de voltagem em relação ao tempo. As variações de voltagem resultam da despolarização e da repolarização do músculo cardíaco, produzindo correntes elétricas que atingem a superfície do corpo. Eletrodos posicionados nas extremidades do corpo e na superfície torácica e conectados a um voltímetro sensível (o eletrocardiógrafo) produzem um registro gráfico da atividade elétrica do coração. O Eletrocardiógrafo foi criado por Wilhelm Einthoven em 1906 (Prêmio Nobel) Corrente elétricaO Eletrocardiograma tempo O Eletrocardiograma É registrado em papel milimetrado. Eixos horizontal e vertical Intervalos de 1 mm. Cada 1 mm = 0,04 s Cada 5 mm = 0,20 s Registro da calibração padronizado para 1mV = 10 mm Velocidade padrão do papel = 25 mm/s (1mm x 0,04s) O ECG padrão – 12 derivações 3 derivações periféricas bipolares : DI, DII e DIII 3 derivações periféricas unipolares : aVR, aVL e aVF 6 derivações precordiais : V1, V2, V3, V4, V5 e V6 O Eletrocardiograma Derivações bipolares=diferença de potencial entre 2 pontos DI = braço dir. (-) x braço esq.(+) DII = braço dir. (-) x perna esq. (+) DIII = braço esq. (-) x perna esq. (+) O Eletrocardiograma + - + - DI DII DIII Perna direita = eletrodo terra – Triângulo de Einthoven Derivações unipolares = utilizam 1 membro específico como + AVR = braço direito AVL = braço esquerdo AVF = perna esquerda O Eletrocardiograma O Eletrocardiograma 6 derivações precordiais (de V1 a V6) O eletrodo + é colocado em seis diferentes posições ao redor do tórax. O Eletrocardiograma V1 = 4º espaço intercostal, à direita do esterno. V2 = 4º espaço intercostal, à esquerda do esterno V3 = 5º espaço intercostal, entre V2 e V4 V4 = 5º espaço intercostal, na linha clavicular média esq. V5 = 5º espaço intercostal, na linha axilar anterior V6 = 5º espaço intercostal, na linha axilar média Onda P Despolarização atrial Complexo QRS Despolarização ventricular Onda T Repolarização ventricular O Eletrocardiograma Onda U Despolarização do músculo papilar musculatura de sustentação das válvulas AV (tricúspide e mitral) Diástole Sístole O Eletrocardiograma excitação ventricular sístole ventricular diástole ventricular diástole atrial sístole atrial Excitação atrial P Q T A A Ondas do Eletrocardiograma O Eletrocardiograma Cálculo da Frequência Cardíaca 1 quadrado de 5 mm = 0,20 seg 30 quadrados de 5 mm = 6 seg 6 seg x 10 = 60 seg ou 1 minuto Contar o número de ondas R em cada 6 seg e multiplicar por 10 = FC O Eletrocardiograma O Eletrocardiograma ECG padrão de 12 derivações Condutas de Enfermagem Fornecer informação sobre o equipamento e o procedimento ao paciente e família; Proporcionar conforto; Instalar os eletrodos utilizando gel condutor sobre as placas de contato; Solicitar a retirada de adornos de metal que possam causar interferência no registro do ECG; O Eletrocardiograma Condutas de Enfermagem Informar sobre a importância do relato de qualquer tipo de dor ou desconforto durante o procedimento; Remover o gel condutor da pele do paciente com álcool a 70%; Anotar no início do papel de registro do ECG o nome do paciente, idade, data e hora do procedimento e profissional responsável. O Eletrocardiograma Monitorização cardíaca Paciente monitorizado FIM !!!
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