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BIOMATERIAIS EM PERIODONTIA Elcio Marcantonio Junior Prof. Adjunto da Disciplina de Periodontia da F. O. Araraquara-UNESP Jamil Awad Shibli Prof. Adjunto do Programa de Pós-graduação em Odontologia- Área Periodontia, UniversidadeGuarulhos - UnG Marinella Holzhausen Doutora em Periodontia pela F. O. Araraquara-UNESP Rosemary Adriana C. Marcantonio Profa. Adjunto da Disciplina de Periodontia da F. O. Araraquara-UNESP INTRODUÇÃO O objetivo ideal do tratamento periodontal é a completa recuperação funcional e estética do aparato de inserção periodontal perdido com o desenvolvimento e progressão da Doença Periodontal Destrutiva e sua manutenção através dos anos. Porém, desde os primórdios do estabelecimento da Periodontia como Ciência Odontológica é sabido que a Regeneração Periodontal é um objetivo muito difícil de ser alcançado e por vezes impossível. Muitos foram os tratamentos propostos para este fim, porém com resultados na maioria das vezes insatisfatórios ou de difícil reprodução. O intuito deste capítulo é o de apresentar e discutir a utilização de biomateriais no tratamento de defeitos periodontiais. Para melhor entendimento podemos definir biomaterial como uma substância ou combinação de duas ou mais substâncias, de natureza sintética ou natural, que são utilizados para melhorar, aumentar ou substituir, parcial ou integralmente tecidos e órgãos (WILLIAMS, 1987). Os principais biomaterias são a base de metais, polímeros (naturais e sintéticos) e cerâmicas. Suas aplicações na área de saúde são as mais variadas, abrangendo áreas como veterinária, medicina e odontologia. Em periodontia, especificamente, são empregados no preenchimento de defeitos periodontais como lesões infra-ósseas e de furca, na forma de barreiras biológicas (membranas), como suporte para crescimento de tecidos e como veículos para fatores de crescimento, dentre outras aplicações. De maneira geral, a forma de atuação dos biomateriais no tecido ósseo pode ser de 3 maneiras: 1- Osteocondutor: serve como substrato para a formação óssea, porém não induz modificações celulares ou estimula a formação de osteoblastos; 2- Osteoindutor: induz a transformação de células indiferenciadas do tecido conjuntivo em condroblastos, pré-osteoblastos ou osteoblastos; 3- Osteogênico: possui osteoblastos viáveis, levando, desta forma, a ossificação direta. Esta propriedade é restrita, de forma limitada, a alguns tipos de enxertos ósseos autógenos, como os de osso trabeculado e de cavidades ósseas em fase de cicatrização. O substituto ósseo ideal deve ter as seguintes características: biocompatibilidade, radiopacidade, microporosidade, estimular a indução óssea, reabsorver em período comparativo ao da formação óssea, ser substituído por tecido ósseo, ter capacidade de se submeter a procedimentos de esterilização sem alterar sua composição, fácil de ser obtido e manipulado, estabilidade a variações de temperatura e umidade, agir como matriz ou veículo para outros materiais, ser efetivo em procedimentos de RTG/ROG, e ter baixo custo econômico (MARCACINI, 2004) Outro conceito que pode ser aplicado é o de matriz para crescimento de tecidos periodontais perdidos ou alterados, o que ocorre quando o biomaterial serve de suporte para a fixação de células que irão formar os tecidos que se deseja. Dois exemplos clássicos são a matriz dérmica acelular e o colágeno. Os enxertos/implantes podem ser autógenos (mesmo indivíduo), alógeno ou homógeno (mesma espécie); heterógeno ou xenógeno (espécies diferentes) e aloplásticos (sintéticos). Os enxertos ósseos autógenos são os mais empregados em periodontia, devido à sua melhor aceitação pelo paciente, presença de células viáveis, biossegurança e efetividade. No entanto, há uma grande quantidade de estudos avaliando a utilização dos demais biomateriais, tanto no preenchimento de defeitos ósseos, como no suporte de crescimento dos tecidos periodontais. Desta forma, faremos uma descrição dos principais biomateriais utilizados em Periodontia. Enxertos Autógenos Estes enxertos são provenientes de áreas intra ou extrabucais do próprio paciente. O osso autógeno apresenta como vantagens, a inexistência de possibilidade de rejeição, e um alto potencial osteogênico devido à preservação de osteócitos, osteoblastos e proteínas osteogênicas em sua matriz inorgânica (MASTER,1996). Em periodontia vários tipos de enxertos autógenos são empregados, sendo classificados de acordo com o local e a forma de obtenção. Em relação aos extrabucais, encontramos relatos na literatura principalmente de enxertos de crista ilíaca; já a respeito dos intra-bucais são descritas várias formas de obtenção, tais como: como fragmentos de osso cortical (NABERS & O’LEARY, 1965), no qual o rebordo é raspado com cinzéis e os fragmentos ósseos coletados; o coágulo ósseo (ROBINSON, 1970), na qual o osso é desgastado com instrumentos rotatórios e as partículas coletadas em sugador com rede e depois misturados ao sangue do próprio paciente; osso triturado (DIEM et al, 1972), no qual osso cortical e medular são coletados por meio de trefina e posteriormente triturados; osso medular e tecido reparacional removido de alvéolos ou cavidades ósseas em cicatrização 2 a 4 semanas após a remoção do dente ou confecção do defeito (HIATT & SCHALLHORN, 1973, SCHALLHORN, 1977). Além destas técnicas, variações e combinações de técnicas são utilizadas, com o intuito de prover a área a ser tratada com a matriz óssea e osteoblastos. O uso dos enxertos ósseos autógenos no tratamento de furcas e de defeitos intraósseos periodontais têm se demonstrado clinicamente favorável, resultando em ganho médio de inserção clínica de 1,0 a 1,3 mm e preenhimento ósseo de 1,2 a 3,0 mm (RENVERT et al, 1985). No entanto, o sucesso da regeneração nem sempre é obtido, por causa de uma reabsorção variável do enxerto e de uma capacidade imprevisível de formação óssea. A análise histológica de áreas tratadas sugere em alguns casos, a ocorrência de regeneração periodontal, mas, o que se observa de maneira geral, é a formação de epitélio juncional longo interposto entre o osso neoformado e a superfície radicular (MOSKOW et al, 1979, LISTGARTEN & ROSENBERG, 1979) Ainda, o uso de enxerto ósseo proveniente da crista do ilíaco, além de seu alto custo, tem sido correlacionado com casos de reabsorção radicular (DRAGOO & SULLIVAN, 1973). Enxertos Alógenos O enxerto alógeno de osso liofilizado (Freeze-Dried Bone Allograft - FDBA) e o enxerto alógeno de osso liofilizado desmineralizado (Demineralized Freeze- Dried Bone Allograft - DFDBA) são as formas mais utilizadas de aloenxertos. Estes biomateriais são provenientes de bancos de ossos humanos que seguem as normas da American Association of Tissue Banks (AATB) com relação à obtenção, processamento e esterilização dos enxertos ósseos, garantindo sua segurança no que se refere à transmissão de doenças. Tanto o FDBA quanto o DFDBA possuem propriedades osteocondutoras. No entanto, por motivos de biossegurança e efetividade o enxerto ósseo cortical, homógeno, desidratado, congelado desmineralizado (DFDBA) é, logo após o osso autógeno, o material de preenchimento ósseo mais estudado na literatura odontológica. O processamento do material consiste na seleção criteriosa de um doador comprovadamente saudável e coleta do osso cortical preferencialmente, por possuir maior quantidade de BMP. O osso é então lavado em água destilada e moído em partículas de 500µm a 5mm, submergido em etanol a 100% para remoção da gordura, congelado em nitrogênio e, então, seco e congelado e moído em partículas menores (250 a 750µm). A produção do DFDBA tem um estágio adicional que inclui a desmineralização do osso moído. Este osso é embebido em 0,6N de acido nítrico ou hidroclorídrico por 6 a 16 horas. Este procedimentoremove cálcio e sais de fosfato. Este processo de desmineralização expõe o colágeno e substancias de crescimento, particularmente as proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs), estimulando a osteoindução mais rapidamente. Após a lavagem e desidratação, o material é irradiado ou esterilizado com oxido de etileno e então, armazenado sob varias formas e tamanhos em bancos de ossos. A desmineralização aumenta o potencial osteoindutor do enxerto (URIST et al.1970, 1983; URIST & IWATA, 1973), pela exposição de proteínas da matriz óssea (BMP), que possuem a capacidade de induzir células indiferenciadas em osteoblastos (HARAKAS, 1984). No entanto, alguns autores (BECKER et al, 1995) afirmam que a quantidade de BMP nas amostras de DFDBA é tão pequena que não poderia ser osteoindutora e que, em sendo assim, se esta propriedade realmente ocorre, algum outro fator deve estar envolvido; além do que hoje sabe-se que existem vários tipos de BMP, nem todas com o mesmo potencial osteoindutor. A procedência, métodos de obtenção, condições de armazenamento e mesmo a idade do doador podem influenciar o potencial osteoindutor do material (SCHWARTZ et al, 1996) A antigenicidade e possibilidade de transmissão de doenças infecto contagiosas são reduzidas marcadamente pelo processo de liofilização/congelamento (QUATTELBAUM et al, 1998). Sendo assim apenas os enxertos tratados por este processo têm sido estudados. O FDBA não é considerado osteoindutor, mas apenas osteocondutor (GOLDBERG & STEVENSON, 1987), podendo o seu efeito ser incrementado com a associação de osso autógeno. Clinicamente, o uso do DFDBA tem-se demonstrado superior ao FDBA no tratamento de defeitos infraósseos periodontais. Em um estudo clínico controlado, o uso de FDBA não mostrou nenhuma diferença significativa quanto ao ganho de inserção clínica e ou preenchimento ósseo, quando comparado à cirurgia a retalho (ALTIERE, 1979). Já o uso do DFDBA em defeitos infraósseos tem resultado em ganhos médios de inserção clínica de 1,4 a 2,9 mm e em preenchimentos ósseos médios de 1,4 a 3,0 mm (RUMMELHART, 1989, MASTERS et al, 1996, BROWN et al, 1998, FLEMMIG et al, 1998, MELLONIG, 1984, MEADOWS et al, 1993, BLUMENTHAL & STEINBERG, 1990, LOVELACE et al, 1998, BOWEN et al, 1989, OREAMUNO et al, 1990, RICHARDSON et al, 1999, GUILLEMIN et al 1993). Ainda, no tratamento de defeitos de furca classe II ou III, o uso de DFDBA pode resultar em ganhos clínicos de inserção de 1,5 a 2,0 mm (GANTES et al 1988, GARRETTet al, 1994 ). Hidroxiapatita As cerâmicas de fosfato de cálcio vêm sendo extensamente estudadas como materiais para substituição, ou remodelação óssea, por apresentarem composição e estrutura semelhantes ao tecido ósseo. Dentre elas as mais estudadas são as hidroxiapatias, que apresentam propriedades variáveis de acordo com a cristalinidade, porosidade, proporção cálcio / fósforo, tamanho de partículas, granulometria, etc.... A hidroxiapatita é um biomaterial à base de fosfato de cálcio utilizado no preenchimento de defeitos ósseos periodontais (LeGEROS, 2002). Este biomaterial apresenta um comportamento biologicamente inerte e não imunogênico, além de prover um arcabouço e servir como substrato para a formação óssea. A hidroxiapatita também apresenta como vantagens, quantidade ilimitada, ausência de potencial para transmissão de doenças e a não necessidade de área cirúrgica adicional. Clinicamente, o uso da hidroxiapatita em defeitos infraósseos tem resultado em ganhos médios de inserção clínica de 0,7 a 3,6 mm enquanto em preenchimentos ósseos essa média varia entre de 1,3 e 3,5 mm (YUKNA et al, 1985, 1989, KENNEY et al, 1985, MEFFERT et al, 1985, BARNETT et al, 1989, BOWEN et al, 1989, OREAMUNO et al, 1990, GALGUT et al, 1992, SCABBIA & TROMBELLI, 2004). Ainda, no tratamento de defeitos de furca classe II, o uso de hidroxiapatita pode resultar em um ganho clínicos de inserção de 1,8 mm e preenchimento ósseo de 1,9 mm (KENNEY et al, 1988). Além disso, YUKNA et al, 1989 demonstrou a estabilidade dos resultados clínicos obtidos em um estudo controlado com acompanhamento de 5 anos. Apesar da eficiência clínica apresentada, a análise histológica geralmente demonstra ausência de nova formação de inserção periodontal e, em alguns casos, o encapsulamento do biomaterial. Osso bovino anorgânico O osso bovino anorgânico é obtido a partir de osso bovino, que após remoção dos componentes orgânicos, mantém a estrutura e componentes minerais originais do tecido ósseo. Esta matriz anorgânica resultante apresenta alto teor de dureza e composição extremamente próxima da matriz mineral do osso humano. Apesar da semelhança estrutural com algumas hidroxiapatitas, sua composição à base de apatita predominantemente composta por carbonato e grupos hidroxílicos reduzidos os tornam materiais especificamente distintos (SPECTOR 1994), com estrutura cristalina e proporção de cálcio/fosfato semelhante ao osso humano, (COHEN et al. 1994). Estudos realizados em animais mostraram a biocompatibilidade de uma marca comercial (Bio-Oss®), pois quando inserido em cavidades ósseas ou defeitos periodontais, o material mostra-se totalmente envolvido por tecido ósseo neoformado. No entanto, não ocorre a reabsorção total do material, sendo observada apenas uma redução do tamanho da partícula (absorção parcial), sugerindo, desta forma, um processo de absorção muito lento (ZENOBIO, 1999, SANTOS, 2000). Clinicamente, o uso do osso bovino anorgânico no tratamento de defeitos infra-ósseos tem resultado em ganhos médios de inserção clínica de 3,5 a 4,9 mm e em preenchimentos ósseos médios de 55.8% (RICHARDSON et al, 1999, SCABBIA & TROMBELLI, 2004; SCULEAN et al, 2002). Biovidro Os compostos a base de fosfato de cálcio contendo sílica em sua composição são chamados de biovidro ou vidro bioativo Apresentam-se sob a forma de grânulos compostos de 45% de dióxido de sílica, 24,5% de óxido de cálcio, 24,5% de óxido de sódio e 6% de pentóxido de fósforo. Estes materiais, quando implantados em tecido ósseo sofrem uma série de reações que levam a formação de uma matriz rica em sílica, coberta por uma matriz rica em cálcio (SCHEPERS et al, 1991), sendo que a parte central do material sofre uma degradação, que será preenchida por tecido ósseo. Seu tempo de reabsorção menor e maior efetividade no preenchimento de defeitos ósseos em relação às hidroxiapatitas o tornam um material promissor (CANCIAN et al, 1999, 2004). No entanto, o grau de formação óssea tem sido questionado em alguns trabalhos recentes (CARDOSO, 2003). Não obstante, o uso do biovidro no tratamento de defeitos periodontais infra-ósseos pode resultar em ganhos médios de inserção clínica de 0,87 a 3,07 mm e em AnaBeatriz Realce AnaBeatriz Realce AnaBeatriz Realce preenchimentos ósseo médio de 1,1 a 3,2mm (ONG ET AL, 1998, PARK ET AL, 2001, FROUM ET AL, 1998, SCULEAN ET AL, 2002). Ainda, no tratamento de defeitos de furca classe II, o uso de biovidro pode resultar em preenchimento ósseo de 31,6% do defeito original (YUKNA et al, 2001). Regeneração Tecidual Guiada As barreiras ou membranas utilizadas para regeneração tecidual guiada são produzidas a partir de biomateriais. Os principais são polímeros sintéticos como o teflon (politetrafluoretileno) e a poliglactina enquanto dentre as naturais podemos citar o colágeno e poliuretana. Diversos estudos (KIM et al, 1996, KERSTEN et al, 1992, MELLADO et al, 1995, GOULDIN et al, 1996, CAFFESSE et al, 1997, BECKER & BECKER, 1993, CORTELLINI et al, 1995, SILVESTRI et al, 2000) avaliaram o uso de membranas não- reabsorvíveis de politetrafluoretileno expandido-ePTFE (Gore-Tex) no tratamento de defeitos periodontais, demonstrando um ganho médio de inserção clínica de 1,0 a 5,2 mm e um preenchimento ósseo de 1,2 a 4,1 mm para defeitos intraósseos.Em defeitos de furca, o uso destas membranas resulta em um ganho médio de inserção clínica de 0,4 a 2,9 mm e um preenchimento ósseo de 1,0 a 1,5 mm (LEKOVIC et al, 1989, METZLER et al,, 1991, BLUMENTHAL & STEINBERG, 1990, GARRETT et al, 1997, HUGOSON et al, 1995, YUKNA et al, 2001, EICKHOLZ et al, 2001). Além disso, estudos controlados mostram que os resultados clínicos obtidos no tratamento de defeitos infraósseos parecem ser mantidos por um longo período de tempo (BECKER & BECKER, 1993). Como desvantagem, existe o fato do uso desta membrana requerer um segundo procedimento cirúrgico para sua remoção. Histologicamente parece ocorrer formação de nova inserção de tecido conjuntivo (LEKOVIC et al, 1989). Dentre as membranas reabsorvíveis, que possuem a vantagem de não necessitarem de um segundo tempo cirúrgico para a sua remoção, destacam-se as membranas reabsorvíveis de colágeno e de poliglactina. No tratamento de defeitos infraósseos, o uso destas membranas pode resultar em um ganho médio de inserção clínica de 1 a 2 mm, e preenchimento ósseo médio de 1,6 a 2,1mm (CHEN et al, 1995, CAFFESSE et al, 1997, MATTSON et al, 1999). Já no tratamento de defeitos de furca, este material pode resultar em um ganho médio de inserção clínica de 0,8 a 3,3 mm, e preenchimento ósseo médio de 1,1 a 2,5 mm (BLUMENTHAL & STEINBERG, 1990, BLACK et al, 1994, CATON et al, 1994, WANG, 1994, GARRET et al, 1997, HUGOSON et al, 1995, EICKHOLZ et al, 2001). Quando combina-se o uso de membranas (colágeno ou ePTFE) ao enxerto de DFDBA no tratamento de defeitos intraósseos, observa-se um ganho médio de inserção clínica de 2,0 a 3,2 mm, e preenchimento ósseo médio de 0,4 a 2,2 mm (GUILLEMIN et al, 1993, CHEN et al, 1995, MELLADO et al, 1995, GOULDIN et al, 1996). No tratamento de defeitos de furca, o tratamento combinado pode resultar em um ganho médio de inserção clínica de 1,0 mm (GARRETT et al, 1994). Matriz Derivada do Esmalte (EMDOGAIN) AnaBeatriz Realce EMDOGAIN® é uma proteína do esmalte que induz a formação de cemento acelular ao redor das superfícies radiculares. O uso do EMDOGAIN® demonstrou-se clinicamente favorável no tratamento de defeitos periodontais intra-ósseos, resultando em um ganho de 1,72 a 4,5 mm no nível de inserção clínico e preenchimento ósseo médio de 2,6 a 3,1 mm (SCULEAN et al, 2001, SILVESTRI et al, 2000, VELASQUEZ-PLATA et al, 2002, GURINSKY et al, 2004, HEIJL et al, 1997, FROUM et al, 2001, OKUDA et al, 2000). Além disso o uso combinado do EMDOGAIN com biovidro ou Bio-Oss leva a um aumento da eficácia clínica no tratamento de defeitos intra-ósseos (VELASQUEZ-PLATA et al 2002, SCULEAN et al, 2002a, SCULEAN et al, 2002b). Estudos histológicos demonstram haver algum grau de regeneração periodontal seguido ao uso deste biomaterial no tratamento de defeitos periodontais (YUKNA etal, 2000, MELLONIG, 1999). Matriz Dérmica Acelular-MDA (ALLODERM®) Este material é constituído de tecido de pele humana obtido em banco de tecido, do qual, após um processo laboratorial de liofilização, são removidos os componentes celulares, responsáveis pela resposta imunológica, permanecendo a matriz acelular, constituída por fibras colágenas e elásticas na sua arquitetura original. (HARRIS 1998). Seu emprego mais freqüente em periodontia é no recobrimento de recessões gengivais, substituindo o enxerto de tecido conjuntivo subepitelial (EnCo), com algumas vantagens, como dispensar uma segunda área cirúrgica (para remoção do enxerto), facilitar o procedimento cirúrgico, reduzir transtornos pós operatórios e permitir tratar áreas maiores. Suas características histológicas são de biocompatibilidade, servindo de matriz para crescimento de fibroblastos e sendo incorporada aos tecidos do local de enxerto (HARRIS, 2001). Estudos e descrições de casos clínicos têm demonstrado bons resultados em relação à estética e ao recobrimento radicular, tanto em casos unitários como em recessões múltiplas. HARRIS (2000) avaliou a efetividade do uso da MDA para recobrimento radicular em comparação com o Enxerto de tecido Conjuntivo Subepitelial em 107 recessões da margem gengival. Os resultados obtidos demonstraram não haver diferenças estatísticas entre as técnicas, com uma média de 95,8% e 96,2% de recobrimento radicular para a MDA e o EnCo respectivamente. HENDERSON et al. (2001) realizaram um estudo em 10 pacientes para avaliar a quantidade de gengiva ceratinizada e o recobrimento radicular em múltiplas recessões. Os resultados obtidos demonstraram aumento da faixa de tecido ceratinizado (+ 2,60 mm) e recobrimento de 3,55 mm. FATORES QUE INFLUENCIAM A UTILIZAÇÃO DOS BIOMATERIAIS A Terapia Periodontal depende da escolha da técnica, e de fatores tais como predicabilidade técnica do operador, tipo, forma e atuação dos biomateriais, e de alguns fatores sistêmicos e locais relacionados ao hospedeiro. . Fatores Locais Presença de patógenos periodontais O paradigma atual da etiologia e patogênese da doença periodontal leva em consideração o início da doença em decorrência da presença de bactérias específicas em um biofilme. Este biofilme bacteriano é responsável pela liberação de alguns fatores de virulência, lipopolissacarídeos, toxinas e proteases, os quais levam a uma resposta imunoinflamatória do hospedeiro, caracterizando-de pela produção de neutrófilos polimorfonucleares (PMNs), aumento da ativação de matriz metaloproteinases (MMPs) e da cicloxigenase-2 (COX-2), e exacerbação da liberação de mediadores inflamatórios tais como, interleucina-1 (IL-1), IL-6, fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), interferon-gamma (IFN-γ) e prostaglandina E2 (PGE2), levando à destruição dos tecidos periodontais (OFFENBACHER et al. 1993; PAGE 1991; KORNMAN & ROBERTSON 2000; NGUYEN et al. 1991; SORSA et al. 1999). A redução do biofilme bacteriano através da utilização de agentes mecânicos previamente à terapia cirúrgica, leva a resultados clínicos mais favoráveis, com uma melhor reparação dos tecidos periodontais, e possívelmente maior formação óssea. Além disso, os periodontopatógenos remanescentes nos tecidos periodontais podem aderir as membranas (SLOTS et al. 1999; DEMOLON et al. 1993; WAKABAYASHI et al. 1996) e aos materiais de enxerto (ALLAN et al. 2002), levando a complicações pós-cirúrgicas as quais, muitas vezes, requerem a remoção destes biomateriais. Neste ínterim, a utilização de antibióticos de atuação local ou sistêmica associada à Terapia Periodontal utilizando biomateriais, apresenta resultados clínicos superiores quando comparados aos tratamentos periodontais que não utilizaram antibióticos (MOMBELLI et al. 1996; NOWZARI & SLOTS, 1994; DEMOLON et al. 1993; MACHTEI et al. 1994; SANDER et al. 1994). Condição pulpar O estado pulpar do elemento dental pode influenciar diretamente a predicabilidade e previsibilidade de sucesso da terapia periodontal por meio da passagem de microrganismos e de seus produtos alojados no canal radicular que através dos túbulos dentinários atinge o periodonto (LIMA et al. 1997; von ARX et al. 2003). Entretanto, cumpre salientar que o grau de interferência da condição pulpar sobre a resposta do periodonto, depende também das condições da integridade e severidade da doença periodontal e consequentemente da extensão da lesão a ser tratada (CORTELLINI & TONETTI 2001). Oclusão Vários revistas de literatura têm evidenciado que uma oclusão traumática ou anormal não inicia uma gengivite ou periodontite, entretanto o trauma decorrido deste tipo de oclusão pode comprometer ou potencializar a progressão de lesões periodontais pré- existentes (GHER 1996; HOAG 1989). Embora vários estudos têm gerado informações e resultados conflitantes sobre a influência da oclusão sobre a Terapia Periodontal (SVANBERG et al. 1995; HALLMON & HARREL 2004; HARREL & NUNN 2001), existeum consenso de que caso a oclusão exceda os limites fisiológicos, estas “forças oclusais” não iniciam doenças periodontais, mas podem influenciar na remodelação óssea, na mobilidade dental, e em alguns casos, em perda clínica de inserção (HALLMON & HARREL 2004; HARREL & NUNN 2001). Terapia de suporte: Um rígido controle do biofilme bacteriano e manutenção periódica são fundamentais para o sucesso da terapêutica periodontal. Quase totalidade dos artigos correlacionam um maior sucesso no tratamento a baixos índices de placa e controle periódico (GOTTLOW et al, 1992, BECKER & BECKER, 1993, CORTELLINI et al, 1994, 1996, WEIGEL et al, 1995, MACHTEI et al, 1996). Pacientes com elevado índice de placa e que falharam nas visitas de manutenção tiveram maior número de sítios com atividade de Doença Periodontal e taxa de reinfecção 4 vezes maior de Porphyromonas gingivalis, Prevotella intermedia, e Actinobacillus actinomycetemcomitans (CORTELLINI et al, 1994). Da mesma forma, uma maior taxa de sucesso pôde ser observada quando os pacientes mantiveram por um ano índices de placa próximos a zero, comparado àqueles que apresentaram índices iguais ou maiores que 1 (MACHTEI et al, 1996). Não se pode desprezar que os estudos que lograram obter regeneração periodontal apresentam um rígido controle de placa, mesmo em animais sem doença periodontal prévia (CIRELLI et al, 1997; ROSSA Jr et al, 2000). Além da higiene oral, a ausência de atividade de doença periodontal é muito importante na estabilidade a longo prazo do tratamento regenerativo. Foi observado que pacientes que apresentaram sangramento a sondagem e perda de inserção em vários sítios, durante a fase de manutenção, também perderam a inserção ganha no tratamento regenerativo (WEIGEL et al, 1995; CORTELLINI et al, 1996). Baixa incidência de sangramento a sondagem deve ser considerada como pré-requisito para a manutenção dos resultados proporcionados pela terapia regenerativa. Fatores associados ao elemento dental (morfologia do defeito, anatomia dental, superfície radicular) Como as lesões periodontais representam uma seqüela anatômica da doença periodontal, torna-se importante determinar quais são os fatores relacionados ao elemento dental que poderão influenciar no Tratamento Periodontal assim como a escolha do biomaterial. Projeções de esmalte, raízes bífidas, irregularidades na morfologia radicular, estreitamento de entrada de bifurcações podem ser associadas a uma diminuição da predicabilidade da Terapia Periodontal utilizando biomateriais como, por exemplo, nos casos de Regeneração Tecidual Guiada em furcas grau II. Outro fator a ser considerado é a preparação ou biomodificação radicular, uma vez que para que haja re-inserção e/ou uma regeneração dos tecidos periodontais existe a necessidade de tratar a estrutura radicular que após ser acometida pela doença periodontal apresenta-se alterada tanto em estrutura quanto em composição. Agentes desmineralizantes (ácidos cítrico, fosfórico, maleico e a tetraciclina hidrocloridrata) ou quelantes (EDTA) assim como a utilização do laser (THEODORO et al. 2003) têm sido utilizadas para remover a camada de smear layer remanescente após a raspagem e alisamento radicular, objetivando a exposição de fibras colágenas (BLOMLOF et al. 1997; SAMPAIO et al. 2003), embora não haja um consenso na literatura sobre qual substância a ser utilizada, bem como a forma de utilização que dariam melhores resultados. As evidências clínicas também não têm mostrado vantagens na desmineralização radicular (MACHTEI & SCHALLHORN, 1995), quando comparada à instrumentação manual. Portanto a utilização de meios químicos de descontaminação e/ou desmineralização ainda carece de mais estudos. A morfologia dos defeitos ósseos também pode influenciar o sucesso da terapia periodontal utilizando biomateriais, desta forma defeitos de 3 paredes apresentam melhor previsibilidade terapêutica sobre os defeitos de 2 ou 1 paredes. A este fator acrescentam-se outros como extensão da crista óssea alveolar, circunferência, número de raízes envolvidas e forma do fundo do defeito (SELVIG et al. 1993, TONETTI et al. 1993, 1995, 1996) FATORES SISTÊMICOS Fumo A resposta menos favorável associada a efeitos adversos de pacientes fumantes frente à Terapia Periodontal tem implicado na inclusão do fumo como grande fator de risco para doença periodontal (ZAMBON 1996; ZAMBON et al. 1996; GROSSI et al. 1994, 1995, 1996; BERGSTRÖN & PREBER 1994; BERSTRON & ELIASSON 1987; BERGSTRÖM et al. 2000). O mecanismo pelo qual o fumo e seus componentes influenciam a resposta do hospedeiro frente ao tratamento das doenças periodontais não está totalmente elucidado, embora seja notório que muitos dos seus efeitos possam certamente influenciar tanto na severidade quanto na efetividade das terapias periodontais (JONES & TRIPLET 1992). Estes efeitos adversos incluem reações diretas e indiretas sobre a vascularização, alteração na função de neutrófilos, interferência na manutenção e biosíntese do colágeno, alteração da resposta imunológica e inflamatória, e diminuição da atividade osteoblástica (KORNMAN & ROBERTSON 2000; GROSSI et al. 1996; DAFTARI et al. 1994; HOLLINGER et al. 1999). A nicotina, um dos principais fatores constituintes da fumaça do cigarro, possui fatores citotóxicos e substâncias vasoativas. Estudos in vitro e in vivo têm apresentado efeitos deletérios sobre a vascularização, principalmente vasoconstrição, inibindo uma grande parte das citocinas associadas tanto com a revascularização quanto com a diferenciação osteoblástica (THEISS et al. 2000, DAFTARI et al. 1995; JONES & TRIPLETT 1992). Diabetes mellitus Diabetes mellitus é uma desordem metabólica caracterizada por uma regulação anormal do metabolismo de glicose. A hiperglicemia pode ser resultante tanto de uma deficiência na produção de insulina quanto de uma menor sensibilidade celular a insulina, respectivamente, diabetes tipo 1 e 2. Alguns dos fatores envolvidos na patogênese da doença periodontal em diabéticos são: diminuída função e quimiotaxia dos leucócitos polimorfonucleares (PMNs), menor produção de colágeno assim como um aumento na atividade da colagenase, e formação de produtos finais da glicosilação (AGEs), os quais levam a um aumento na produção de mediadores inflamatórios como o fator de necrose tumoral-α, interleucina 1-β e prostaglandina E2 (LALLA et al, 1998; NISHIMURA et al, 1998; SALVI et al, 1998, ACADEMY REPORTs, 1999). Tais fatores são dependentes do grau de hiperglicemia sanguínea (McMAHON & BISTRIAN 1995), e resultam, respectivamente, em uma menor resistência do hospedeiro, menor capacidade reparativa e em uma resposta inflamatória exagerada (LALLA et al, 2000) justificando o aumento da susceptibilidade à destruição periodontal nos diabéticos. O controle metabólico pobre do diabetes pode resultar em um maior risco de desenvolvimento de reabsorção óssea periodontal bem como maior severidade de progressão da reabsorção (BARTOLUCCI & PARKES, 1981; OLIVER & TERNOVEN, 1994; TAYLOR et al, 1998a, 1998b). Existem ainda algumas alterações específicas no metabolismo ósseo associadas com diabetes. Sabe-se que a insulina estimula a síntese de matriz óssea tanto através do aumento da síntese de osteoblastos quanto através da regulação da função dos mesmos (FIORELLINI & NEVINS, 2000). Desta forma, a deficiência na produção de insulina pode resultar em uma menor formação óssea. Tendo em vista a evidência clínica de um atraso na cicatrização e de uma possível formação óssea alterada (REES, 2000), deve-se evitar a terapia periodontal com uso de biomateriais em pacientes diabéticos com controle inadequado dos níveis de glicose sanguínea . Fatores genéticos O fator genético tem sido identificado como um modulador das alterações imunológicase inflamatórias e conseqüentemente como um possível risco à suscetibilidade do hospedeiro as infecções bacterianas. A resposta do hospedeiro relativa ao envolvimento periodontal é determinada, primeiramente, por neutrófilos polimorfonucleares e anticorpos específicos assim como pela produção de mediadores pró-inflamatórios e de proteinases como a metaloproteinase da matriz (MMP), associados à destruição óssea e à degradação do colágeno, respectivamente (ARMITAGE et al. 2000). Vários estudos (ARAI et al. 1998; CULLINAN et al. 2001; FU et al. 2002) têm evidenciado que algumas variações genéticas na resposta imune do hospedeiro podem constituir-se em determinantes importantes na suscetibilidade e progressão da doença periodontal. Variações genéticas capazes de levar a um aumento na produção de prostaglandina E2 e Interleucina-1 ou responsáveis por disfunções nos neutrófilos polimorfonucleares (PMN) parecem estar diretamente relacionadas com a patogênese da doença periodontal (SOCRANSKY et al. 2000) e consequentemente, podem também influenciar a resposta cicatricial frente as mais diversas terapias periodontais com a utilização de biomateriais. Além disso, polimorfismos genéticos em receptores Fc presentes na superfície de células fagocíticas, os quais são específicos para imunoglobulinas do grupo G (IgG) (WILSON & KALMAR. 1996; COLOMBO et al. 1998; FU et al. 2002), polimorfismos nos cromossomos que regulam os antígenos do tipo leucócitos (HLA) envolvidos na resposta imune humoral e o receptor da vitamina D (VDR) envolvido no turnover e densidade óssea, também têm sido avaliados (INAGAKI et al. 2003). Entretanto, estes fatores genéticos, até o presente momento, ainda não estão totalmente elucidados. Não se sabe ao certo a correlação entre as variações na prevalência e a distribuição destes alelos (GREENSTEIN & HART 2002; ARMITAGE et al. 2000) com a perda clínica de inserção ou perda óssea, bem como de que forma estes fatores poderão influenciar a resposta do hospedeiro frente a diferentes terapias incluindo ou não a utilização de biomateriais. Autor/ ano Defeito N Material Tempo Ganho NIC Preenchim/o ósseo Renvert et al 1985 Intraósseo 28 25 Autógeno Retalho 12m 1,2 1,1 1,2 0,8 Froum et al 1976 Intraósseo 37 38 Autógeno Retalho 7-13m _____ 3,0 0,7 Borghetti et al 1993 Intraósseo 16 13 Autógeno Retalho 12m 1,3 0,9 1,8 (60%) 0,6 (29%) Peltzman et al 1988 Furca Classe II 4 4 Aut. +Fibronec. Autógeno 6m 0,4 0,0 _______ Altiere et al 1979 Intraósseo 10 10 FDBA Retalho 12m 0,9 0,5 60%def.>50% 70%def.>50% Yukna et al 1998 Intraósseo 31 31 FDBA Retalho 6-7m ______ 2,0mm(51,4%) 1,5mm(40,3%) Rummelhart et al 1989 Intraósseo 11 11 FDBA DFDBA 6m 1,8 2,0 2,4(66%) 1,7(59%) Masters et al 1996 Intraósseo 31 31 DFDBA Retalho 12m 1,5 2,4 2,2mm 1,3mm Brown et al 1998 Intraósseo 16 16 DFDBA Retalho 12m 2,9 1,4 2,4mm 1,1mm Flemmig et al 1998 Intraósseo 14 14 DFDBA Retalho 3a 2,0 0,8 2,3mm 1,1mm Mellonig et al 1984 Intraósseo 32 15 DFDBA Retalho 6-13m 2,9 1,5 2,6mm(65%) 1,3mm(38%) Meadows et al 1993 Intraósseo 10 10 DFDBA Retalho 6m _____ 3,0mm(65%) 0,4mm(11.2%) Blumenthal & Steinberg 1990 Intraósseo 14 15 DFDBA Retalho 12m 1,4 0,7 2,6mm 0,3mm Lovelace et al 1998 Intraósseo 15 15 Biovidro DFDBA 6m 2,3 1,9 2,73 (61.8%) 2,8 (62.5%) Gantès et al 1988 Furca Classe II 16 15 DFDBA Retalho 12m 1,5 1,6 2,7mm(66%) 2,8mm(69%) Garrett et al 1994 Furca 12 14 DFDBA DFDBA+ePTFE 12-15m 2,0 1,0 __________ Yukna et al 1985 Intraósseo 42 56 HA Retalho 12m 1,6 1,3 1,6 0,8 Yukna et al 1989 Intraósseo 62 32 HA Retalho 5a 1,1 0,5 _____ Autor/ ano Defeito N Material Tempo Ganho NIC Preenchim/o ósseo Kenney et al, 1985 Intraósseo 15 15 HA Retalho 6m 3,6 1,2 3,5 0,7 Meffert, et al 1985 Intraósseo 12 16 HA Retalho 9m _______ 2,6 (53%) 0,9 (19%) Barnett et al 1989 Intraósseo 19 19 HA FDBA 6-11m 0,7 2,2 1,3 2,1 Bowen et al 1989 Intraósseo 17 17 HA DFDBA 6m 1,6 2,1 2,1 (53%) 2,2 (61%) Oreamuno et al 1990 Intraósseo 24 24 HA DFDBA 6m 2,9 2,1 3,3 2,4 Galgut et al 1992 Intraósseo 58 59 HA Retalho 4a 3,3 2,2 _______ Kenney et al 1988 Furca Classe II 23 23 HA Retalho 6m 1,8 0,0 1,9 -0,3 Ong et al 1998 Intraósseo 13 14 Biovidro Retalho 9-13m 0,87 1,1 1,4 Park et al 2001 Intraósseo 21 17 Biovidro Retalho 6m 3,0 1,8 2,8 1,3 Froum et al 1998 Intraósseo / furca 23 23 Biovidro Retalho 12m 2,9 1,5 3,2 1,4 Yukna et al 2001 Furca 27 27 Biovidro ePTFE 6m _____ 31,6% 31,1% Richardson et al 1999 Intraósseo 16 14 Bio-Oss DFDBA 6m 3,5 2,6 55,8% 46,8% Scabbia & Trombelli 2004 Intraósseo 13 11 HA Bio-Oss 12m 2,9 4,0 ______ Kim et al 1996 Intraósseo 15 14 ePTFE coralina+ePTFE 6m 4,0 3,3 4,1 4,0 Guillemin et al 1993 Intraósseo 15 15 DFDBA DFDBA+ePTFE 6m 2,8 3,2 1,9 2,2 Kersten et al 1992 Intraósseo 14 14 Ac.cítr.+ePTFE ePTFE 12m 0,7 1,0 1,1 (17%) 1,2 (18%) Chen et al 1995 Intraósseo 8 7 Colágeno DFDBA+Colág. 6m 2,0 2,3 1,9 1,7 Mellado et al 1995 Intraósseo 11 11 ePTFE ePTFE+ DFDBA 12m 2,1 2,0 1,3 0,4 Gouldin et al 1996 Intraósseo 25 25 ePTFE ePTFE+ DFDBA 6m 2,4 2,2 2,5 2,2 Caffesse et al 1997 Intraósseo 6 6 Memb. Ác. Pol. ePTFE 6m 2,3 3,0 ______ Mattson et al 1999 Intraósseo 11 12 Colágeno Memb. Ác. Pol. 6m 1,0 1,0 2,1 1,6 Autor/ ano Defeito N Material Tempo Ganho NIC Preenchim/o ósseo Becker & Beccker 1993 Intraósseo 32 16 ePTFE Retalho. 3a 4,5 4,1 ______ Cortellini et al 1995 Intraósseo 22 18 ePTFE Retalho. 4a 5,2 0,4 ______ Lekovic et al 1989 Furca 12 12 ePTFE Retalho 6m 2,9 -0.01 ______ Metzler et al 1991 Furca 17 17 ePTFE Retalho 6m 1,0 1,0 1,5 0,6 Blumenthal et al 1993 Furca 12 12 Colágeno ePTFE 12m 1,8 1,1 1,6 (47%) 1,0 (34%) Black et al 1994 Furca 13 13 Colágeno ePTFE 6m 0,9 0,6 _______ Caton et al 1994 Furca 20 22 Memb. Ác. Pol. Retalho 6m 3,3 0,7 ________ Wang et al Furca 12 Colágeno 12m 1,7 2,5 1994 12 Retalho 0,7 1,5 Garret et al 1997 Furca 66 64 Memb. Ác. Pol. ePTFE 2,0 1,6 ________ Hugoson et al 1995 Furca 38 38 Memb. Ác. Pol. ePTFE 12m 0,8 0,4 ________ Eickholz et al 2001 Furca 9 9 ePTFE Memb. Ác. Pol. 60m 1,6 2,2 1,0 1,1 Sculean et al 2001 Intraósseo 14 14 Emdogain Retalho 12m 3,4 1,7 ________ Silvestri et al 2000 Intraósseo 10 10 10 Emdogain ePTFE Retalho 12m 4,5 4,8 1,2 ________ Froum et al 2001 Intraósseo 53 31 Emdogain Retalho 12m 4,26 2,75 74% 22,7% Okuda et al 2000 Intraósseo 18 18 Emdogain Retalho 12m 1,72 0,83 38,5% 21,4% Heijl et al 1997 Intraósseo33 33 Emdogain Retalho 36m 2,2 1,7 66% Gurinsky et al 2004 Intraósseo 34 33 Emdogain EMD +DFDBA 6m 3,2 3,0 2,6mm (55,6%) 3,7mm (74,9%) Velasquez- Plata et al 2002 Intraósseo 16 16 EMD EMD+Bio-Oss 6-8m 2,9 3,4 3,1 (64,9%) 4,0 (76,9%) Sculean et al 2002 Intraósseo 12 12 Bio-Oss EMD+Bio-Oss 12m 4,9 4,7 _______ Sculean et al 2002 Intraósseo 14 14 Biovidro EMD+Biovidro 12m 3,07 3,22 ________
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