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Teste de Capacidade Aeróbica O nível aeróbico que este teste pretende revelar indica-nos a capacidade de mantermos um esforço de longa duração, bem como a rapidez da nossa recuperação no seu final. Ele pode exprimir o poder que o nosso coração possui para bombear o sangue pelo organismo, e a maior ou menor facilidade com que o organismo se oxigena. Para ilustrar, o exemplo mais típico é de quando temos de subir quatro andares pelas escadas. Possuindo uma capacidade aeróbica boa ou razoável, quando conseguimos subi-los sem parar e sem chegarmos terrivelmente ofegante. Note que não interessa a rapidez da passada, que cada qual adapta às suas possibilidades. No cimo, teremos uma recuperação mais ou menos rápida do ritmo cardíaco e da respiração. Caso contrário, chegaríamos muito incomodados, com o coração aos pulos, e ficaríamos prostrados, sem alento, durante algum tempo. Este teste não mede a força física, mas a capacidade de realizar um esforço contínuo cuja duração dependerá do estado do nosso organismo. Para estarmos condicionados é necessária uma adequada: CAPTAÇÃO de oxigênio (O2) nos Pulmões TRANSPORTE do O2 pelo sangue através do coração e seus vasos UTILIZAÇÃO do O2 pelas células principalmente no nosso caso as células musculares. Para que haver uma boa utilização do O2, o que classifica uma pessoa fisicamente ativa, é necessário que o músculo possua dentro do seu citoplasma uma boa quantidade de mitocôndrias (indispensáveis para a vida da célula). Elas aumentam em numero com o treino levando a uma maior facilidade na produção do ATP (trifosfato de adenosina) fornecendo energia para a contração muscular na presença do O2. Mitocôndria A mitocôndria é um dos organelos celulares mais importantes, sendo extremamente relevante para a respiração celular. É abastecida pela célula que a hospeda por substâncias orgânicas como a glicose, as quais processa e converte em energia sob a forma de ATP, que devolve para a célula hospedeira, sendo energia química que pode ser, e é, usada em reações bioquímicas que necessitem de dispêndio de energia. A mitocôndria está presente em grande quantidade nas células: do sistema nervoso (na extremidade dos axônios), do coração e do sistema muscular, uma vez que estas apresentam uma necessidade maior de energia. Para realizar o teste de Ruffier-Dickson você necessita de um cronômetro ou de um relógio que indique os segundos. Ele compõe-se de três fases que se realizam consecutivamente: P0 - Meça a sua pulsação em descanso, de preferência após um período de inanição física e de descontração emocional, P1 - Faça 30 flexões de pernas em 45 segundos: de pé, com as mãos apoiadas numa mesa, dobre os joelhos com as pernas em ângulo agudo e suba novamente. Meça a pulsação logo após este esforço (meça-a durante 20 seg e multiplique o resultado por 3) P2 - Torne a medir a pulsação 60 segundos após ter terminado o exercício. Como interpretar os resultados? Calcule R = (P0 + P1 + P2 - 200)/10 Resultado: Excelente - O resultado deve ser inferior a 0 ( zero) Muito bom- O resultado deve-se situar entre 0 e 5 Bom - O resultado deve-se situar entre 5 e 10 Médio - o resultado deve-se situar entre 10 e 15 Fraco - o resultado deve-se situar entre 15 e 20 Notas: a) P0 < 65 - você tem um bom valor cardíaco de base, b) P1 > 2 x P0 - revela falta de treino, P1 eleva-se desproporcionadamente em relação a P0, c) P2 > P0 + 10 - fraca recuperação, d) P2 < P0 - excelente desaceleração cardíaca.