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6o termo - Caderno prova 3 - Civil

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CIVIL - PROVA 3
Bruno VENDRAMINI
RESUMO: 
6º Termo
Turma C
Professor: Maurício
18 de setembro de 2014
1 RESPONSABILIDADE CIVIL
Obrigações => contratos => responsabilidade civil
Há uma tendência das pessoas entrarem com um processo mais facilmente hoje em dia do que antigamente.
As vezes as pessoas processam como forma de ganhar dinheiro, que deve ser evitado. Nossa filosofia de responsabilidade é diferente da norte-americana. A norte-americana tem um caráter punitivo, que causa indenizações absurdas.
Menino que foi brincar com o tigre e perdeu o braço: o pai e a criança tem culpa sim. Porém, quanto tempo o menino ficou brincando? Não foi pouco. Tem uma cerca que não protege nada. O vigia podia ter impedido o menino de ficar brincando. Tanto o zoológico como o pai e o menino tem culpa.
O código nesta parte crias situações ideológicas, para ver onde se encaixa cada caso concreto.
Prova na mesma estrutura: 2 problemas, objetivas e subjetivas. Quem é responsável e quem não é responsável e por que. Quem é a vítima e quanto ela tem direito? Parâmetros daquilo que ela tem direito.
O conceito de qualquer livro é o mesmo, o problema é aplicar. Usar jornal para aplicar os conceitos no caso concreto.
Responsabilidade civil é a ciência da reparação do dano. Responder economicamente pelo dano que causou.
Responsabilidade começou por uma vingança, houve uma evolução com a lei de Talião (olho por olho dente por dente) (proporcionalidade), porém, ainda era violento, respondia pelo mal que fez.
A ideia da responsabilidade é voltar ao status quo ante.
O direito romano divide a responsabilidade civil e penal. A penal tem objetivo de punir, a civil tem objetivo de reconstituir/ressarcir a vítima economicamente, para voltar ao estado que ela estava.
A Luciana dirigir pelada bêbada sábado meio dia, não interessa para o direito civil, somente para o penal, só começa a interessar para o civil quando a Luciana causa dano a alguém, como atropelar um gato.
“Lex Aquilie” – Culpa, não basta o dano, tem de haver o dano culposo. 1950 - O direito começou a deslumbrar o risco: algumas coisas são optativas, alguns bens, condutas são derivadas de escolhas que fazemos, essa condutas têm dentro dela um risco. Assume o risco, se o mal vier a acontecer a culpa é de quem assume o risco.
Responsabilidade subjetiva: conduta, nexo causal, dano, culpa. Onde ela errou? – regra geral – art. 186: ação ou omissão dolosa/ negligencia ou imprudência = culpa. Imperícia não está aqui pois é uma modalidade de culpa (negligencia ou imprudência) de profissional, está implicitamente presente aqui.
TÍTULO III Dos Atos Ilícitos
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
TÍTULO IX Da Responsabilidade Civil
CAPÍTULO I Da Obrigação de Indenizar
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Responsabilidade objetiva: independente de culpa. Parágrafo único do 927. Culpa é indiferente: pais com seus filhos menores: 933. Responde independente de culpa. Exceção
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
Causas excludentes de ilicitude: legitima defesa.
Responsabilidade contratual e extracontratual: existência ou não de contrato. Clausula penal.
Contratual: existe uma clausula social imposta a todos nós: não fazer mal a outrem. Quando quebra essa obrigação social existe a responsabilidade extracontratual.
Revisar ato ilícito do 186.
18 de setembro de 2014
Omissão de um dever legal, profissional ou contratual – em razão disso deveria ter feito – tem o dever. Devia evitar? Tinha o dever?
Responsabilidade civil indireta: não fui eu que fiz mas vou responder pelo dano. Pode haver ainda mais de um responsável. Desdobramento da responsabilidade civil direta. 
3 hipóteses
Pelo fato de terceiro
Pelo fato da coisa
Pelo fato de animal
Existe um vínculo que gera uma relação de direito/dever com essa coisa, pessoa ou animal.
Elisa filha e Thais esposa do Maurício: se a Elisa causa dano o Maurício pode ser responsabilizado. Já a Thais, se causar dano, o Maurício não pode ser responsabilizado.
A responsabilidade civil indireta é um desdobramento da direta, pois você deveria cuidar do seu filho, cuidar do seu carro, cuidar do seu animal.
Pelo fato de terceiro
Há um vínculo com esse terceiro, há um dever sobre esse terceiro. Vínculo/direito/dever. Art. 932: este não é taxativo. Pode haver responsabilidade ainda que não previsto no 932. O 932 não traz todas as hipóteses.
a) Se seu filho for ao shopping enquanto você está trabalhando, se ele quebrar alguma coisa você pode ser responsabilizado – este exemplo está no 932.
b) Se você levar seu sobrinho no shopping, você ficou responsável por ele, portanto pode ser responsabilizado – compromisso contratual de cuidar, de tomar conta – este exemplo não está no 932.
c) Você encontra seu sobrinho no shopping, dentro de uma loja, e ele quebra alguma coisa, você não pode ser responsabilizado, pois o você não está no dever contratual de cuidar, de tomar conta.
As situações do 932 não se discute culpa. Se não está no 932 é subjetivo.
932: objetiva.
Não está no 932: subjetiva.
Segurança do shopping tira a mãe a força da guarda da criança, a criança fica sozinha e quebra alguma coisa. A tia pode alegar não teve culpa. A mãe não pode alegar que não teve culpa. A mãe tem responsabilidade objetiva e a tia responsabilidade subjetiva.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Há um responsável direto, que foi o que causou o dano, o que o 932 considera é o responsável indireto.
I – enquanto ele for menor, que estiverem sob sua autoridade e companhia. Os pais tem o poder familiar: art. 1.634. Os pais podem ter perdido o poder familiar.
Seção II Do Exercício do Poder Familiar
Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
I - dirigir-lhes a criação e educação;
II - tê-los em sua companhia e guarda;
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;
IV - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;
V - representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;
VI - reclamá-losde quem ilegalmente os detenha;
VII - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.
I – não é só um direito, é um dever, não somente mandar pra escola, e sim educar o filho. Quem tem a obrigação de educar é o pai, a escola é complemento.
II – não é só um direito, é um dever que o filho esteja com o pai.
VII – pode/deve sim exigir que a criança lave louça, ajude em casa. A família é uma versão reduzida da sociedade.
O dever dos pais é que os filhos estejam sob sua guarda. Se você é pai a responsabilidade é sua 24 horas por dia.
Pode acontecer o poder familiar sem a guarda. Se divorciar: a mãe fica com a guarda, mas o pai tem o direito de visita, e continua com o poder familiar. Quem responde é quem está com a guarda. Quem não está com a guarda tem responsabilidade subjetiva.
Guarda compartilhada e alternada: pertence aos dois.
Guarda pertence a mãe, no momento do direito de visita a criança comete ato ilícito, o pai é responsável, mãe não.
Guarda pertence a mãe, pai não está no seu tempo de direito de visita. A mãe permite, os dois serão responsabilizados.
Filho emancipado: encerra o vínculo do poder familiar, faz cessar a responsabilidade objetiva. 
A emancipação pode ser fraudulenta, para efeito legal ela não vale. A Thais tem 17 anos mora em Assis, ela vai mudar para Prudente, e os pais com medo dela aprontar emancipam ela.
A emancipação tem de vir de uma necessidade.
18 de setembro de 2014 – cheguei atrasado
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
Perdi – pegar com alguém
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
Patrão é responsável pelo empregado – passa poderes para alguém para ele praticar ato jurídicos em seu nome – como uma procuração: se for um ato solene precisa de uma procuração solene (venda de imóveis), se não for solene não precisa de uma procuração solene (venda de veículos)
Legal: Mãe irá responder integralmente, filho irá responder até o limite do seu benefício.
Convencional (inciso III) – tem que ser em razão dele. Não houvesse essa condição não teria ocorrido: ex.: hora que chega em casa para colocar na garagem, aparecem dois policiais dizendo que estão perseguindo um assaltante dentro da sua casa, ou em um segundo exemplo dois sujeitos quaisquer
Inciso IV – hotéis pousadas onde receba em dinheiro
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
Se o hospede do 101 cometer um ato ilícito enquanto estava hospedado no hotel: o hotel também é responsável – é um responsável indireto. Mesmo que seja escola informal. Tem que haver dinheiro, se for caridade por exemplo não há responsabilidade. O gratuitamente exclui a responsabilidade. Se for oneroso há responsabilidade. O hotel é responsável pelo hóspede e quem adentrar. Se for escola pública é responsável do mesmo jeito. Para não haver responsabilidade não pode haver nenhuma onerosidade.
OBS 1: Para a vítima pode agregar responsabilidades, não excluí-las. Se um aluno joga uma pedra em um carro que estava estacionado: a vítima pode acionar a escola, o aluno e a mãe.
OBS 2: as instituições de ensino superior não estão incluídas nesse inciso: para estar na faculdade precisa ter mais idade e intelecto. A escola auxilia na formação da criança, a faculdade não tem essa função, ela tem a função de preparar para uma profissão. A faculdade não tem responsabilidade objetiva deste inciso, a faculdade tem responsabilidade subjetiva, somente se houver culpa.
Inciso V - 
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
A Elisa furta cervejas e faz um churrasco, os que tomarem a cerveja terão que pagar por ela.
Assaltei uma joalheira: vendi para a Elisa, que vendeu para outro. Dei o anel para a Thais, que vendeu para outro. A Thais terá que responder, por participou gratuitamente pele produto do crime, não interessa se a Thais sabia ou não que era roubado, pois é responsabilidade objetiva, volta ao status quo ante. A Elisa responde subjetivamente, se sabia ou devia saber é responsabilizada. 
Art. 934
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.
Se acionar o responsável direto acabou (não cria regresso). 
1ª parte da regra: se acionar o responsável indireto tem direito de regresso de 100% contra o causador direto: se aplica quando o responsável indireto não tenha culpa. Tem como fundamento a responsabilidade objetiva em especial a ausência de culpa: relação interna:
1ª questão: pode acontecer de não ter 100% de direito de regresso por haver culpa do causador indireto.
18 de setembro de 2014
2ª questão: Elisa é mãe de Junior que foi matriculado na escola da Thais. Junior joga bombinhas em cima do carro da Chiara, Maurício, que é o pai da criança e não tem a guarda e foi ele que ensinou o filho a soltar bombinha. A Chiara entra contra a ação contra todos solidariamente (relação externa), depois que houver o pagamento surge o direito de regresso (relação interna). Se a Thais acabou, porque ela tem culpa em razão da relação contratual (obrigação de cuidar, vigiar e educar): responsabilidade de ordem contratual. Se a Elisa pagar tem direito de regresso contra a Thais.
O que o pai paga de indenização pelo o que o filho fez é uma doação e são consideradas antecipação de herança e podem ser chamados via colação (instituto sucessório para igualar a herança). Para os irmãos/herdeiros não perderem herança pela cagada do irmão.
Todo objeto tem um risco natural ou inerente, uma potencialidade danosa. Se o objeto causar um dano, você responde por essa dano. É uma responsabilidade subjetiva com presunção de culpa, salvo se provar que não teve culpa, se guardar com o cuidado preciso, por exemplo. Guardar de acordo com o potencial danoso que ele tem: um papel pode ficar em uma mesa de centro, uma faca já não, tem que ficar na gaveta da cozinha, uma arma não pode ficar na mesa de centro nem na gaveta da cômoda. A chave do carro não pode ficar exposta: guardar com o cuidado preciso: trancar o carro fechar os vidros, guardar a chave.
Art. 937
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
No caso de ruína, uma parte do bem imóvel, construção se desprende e causa um dano: para a vítima a responsabilidade é do dono.
Se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta: o ar condicionado cair: se o ar condicionado cair é porque precisava de reparos. O dono só não será responsável pela ruína se provar que esta decorrer de outro fator, o fator externo não tem como evitar.
Art. 938
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Se um vaso cair, ou for atirado uma lata de cerveja (sólido ou líquido), a responsabilidade é do morador, aquele que habitar: só entra quem ele permitir. Se for o caso o morador regressa com quem jogou o objeto (empregada, amiga).
No todo ou em parte: em uma república: todos que moram na república são responsáveis, depois eles se acertam pelo regresso. Aquele que habitar em todo ou parte irá responder.
Art. 936
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.
Tal qual as coisas também os animais: cada um tem o animal por opção.
18 de setembro de 2014
Nexo de causalidade: elo que vincula o sujeito e aquele que causou o dano ou a quem ele é responsável.
Usa-se a responsabilidadepenal: teoria da equivalência de causas, conditio sine qua non, condição sem a qual não: exclui a situação da avaliação, se não alterar o resultado final, não é causa.
1º: é uma causa? Retirar o elemento que você está estudando e ver se altera o resultado.
2º: direito penal: tudo é causa para o fato: quem vendeu a arma, quem fabricou a arma, por isso utilizaremos a teoria da causa direta e adequada: a causa que diretamente acarretar o dano. As causas que contribuem e são distantes não são responsabilizadas. Dessa causa derivou diretamente o dano? Se A está travando o trânsito na faixa dupla, B sai pela pista contrária para ultrapassar e bate de frente no carro de C. A não pode ser responsabilizado.
A dá um tiro na perna de B, a ambulância busca B e no caminho para o hospital capota e mata B. A responsabilidade é do Estado se for serviço público ou da empresa se for particular.
Tem que ser adequada: em situações de normalidade, é apta a provocar o resultado final que estamos avaliando: A dá um tapa em B, B tem uma má formação óssea e morre. A não será responsabilizado, tem o nexo de causalidade mas não é adequada. A cutuca B, e B tem problema de coração e morre de susto. A não pode ser responsabilizado. Se A soubesse do problema de coração ai sim pode ser responsabilizado, pois assume o risco.
Dano: principal elemento da responsabilidade civil: responsabilidade civil é a ciência da reparação do dano. Dano é a afetação negativa da esfera de interesse da vítima. CC de 16 era essencialmente patrimonial. Hoje existe o dano patrimonial e o dano moral. 
O dano patrimonial é a afetação da vítima no modo econômico. Tem uma lógica matemática. Vou responder pelo dano direto derivado da minha conduta. Afasta-se o dano reflexo ou dano ricochete: A atropela B e B fica sem trabalhar, causando com que a empresa que B trabalha não feche um contrato milionário, então os funcionários ficam sem emprego e os fornecedores sem vender. A só responde pelo atropelamento, que é os gastos com hospital, remédio.
Art. 402: perdas e danos: aquilo que você efetivamente perdeu (danos emergentes) ou razoavelmente deixou de ganhar (lucros cessantes).
Danos emergentes é técnico matemático: se eu derrubei o tablet e a tela quebrou, eu conserto.
Lucros cessantes: razoabilidade: o que seria se tivesse sido. Não pode ser dano hipotético. Provavelmente é o mais próximo que teria acontecido. 
Carro de A bate na vitrine da empresa de B. Danos emergentes seria a vitrine, as roupas, a parede. Lucros cessantes seria os dois meses que a empresa ficou fechada, pela média dos últimos meses.
Danos contra a pessoa: lesão, morte, crime contra a honra, crime contra a liberdade. 
Morte: 
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.
Despesas de tratamento, enterro (caixão, lápide, cova) e luto da família (despesas de passagem: existe um ritual de passagem, velório, missa de corpo presente, missa de 7º dia, muçulmano que passa a usar burca branca por ficar viúva): compatível e proporcional caso o falecido tivesse morrido da forma natural. 
22 de agosto
II – morte da pessoa implica na diminuição da renda familiar, que seria lucros cessantes. A e B estão casados e cada um ganha 3 mil: 6 mil no total. Tem que considerar o potencial produtivo. Sumula 491 do STF. Filho menor que iria produzir. Quanto vale o trabalho da Chiara? Qual o potencial produtivo? Se estive trabalhando, no mínimo um salário mínimo, pois é o mínimo. Não pode cair no hipotético. Se já houver um critério mínimo, já ganhava 3 mil, será 3 mil de alimentos.
Não interessa quantos filhos. Mauricio trabalha ganha 3, Chiara ganha 3, os dois tem um filho, a Chiara morre. Esses 6 mil sustentava a família de 3, quando a Chiara morre, os 6 mil sustenta 2 agora. 
Situação A: pessoa solteira sem filhos. Os pais são legitimados para entrar com a ação. A base é o que recebe menos um terço. Se não recebe nada é um salário mínimo menos um terço. Um terço é o que você gasta consigo mesmo. Isso até quando supostamente ela completasse 25 anos, pois é a idade que supostamente a pessoas casaria. Depois dos 25 essa base é reduzida para 2/3 (dois terços): nesse momento ela estaria casando, então gastaria mais um terço com a sua casa, só podendo dar 1/3 para seus pais, que são os que estão entrando com a ação, isso vai até a média de vida: 74,1.
Se tiver mais que a idade média de vida, o mínimo indenizável é 5 anos.
Sempre tem que pagar 5 anos com o salário menos 1/3, depois desses 5 anos é o salário menos 2/3.
A renda só é devida a partir dos 14 anos, que quando pode começar a trabalhar.
Situação B: pessoa casada em união estável ou casadas com ou sem filhos. Chiara está casada com o Maurício, cada um ganha 3 mil. O legitimado para propor a ação é o cônjuge: salário menos 1/3, até 74.1 quando supostamente ela morreria. Não importa se tem filhos ou não.
Situação C: pessoa viúva, solteira ou separada com filhos. Legitimado para entrar com a ação é o filho: salário menos 1/3 até que a criança completar 25 anos. Respeitando o pelo menos 5 anos.
Formulações:
1ª: médico disse que a Thais morreria em 10 meses: tem que pagar 10 meses, o que o médico previu.
2ª: tem profissão que tem vida útil: jogador de futebol.
3ª: seguradora: seguro de vida: se vier do agente ofensor aproveita, se não vier do agente ofensor não aproveita. INSS vai pagar pensão por morte: continua não vindo do agente ofensor.
4º: 13º salário: não necessariamente, depende quem morreu: se for assalariado, recebe 13º. Se for autônomo: não teria normalmente, não terá na indenização.
1/3 de férias: não inclui na conta, pois esse 1/3 é para eliminar o estresse das férias, para o trabalhador aproveitar as férias: morto não estressa mais.
LESÃO 
Se receber auxilio saúde pelo dano que foi causado, e esse auxilio saúde for menor que o salário, tem que pagar a diferença.
950:
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.
Proporcional a redução, até a efetiva morte. Conforme o que ela perder.
04 de setembro
Dano moral
Sempre levando em conta o homem médio.
Mero dissabor faz parte da vida, não é indenizável.
O dano moral tenta compensar o dano com alguma coisa material que a pessoa irá se sentir melhor.
STJ tem uma tabela.	
O dano moral utiliza um critério punitivo: para que o agente ofensor deixe de fazer aquilo.
O valor tem que ser compensatório e punitivo para o agente ofensor.
Critério punitivo: sumula 227: pessoa jurídico pode sofrer dano moral – só existe o critério punitivo aqui, não existe o critério compensatório. 
Dano moral por abandono afetivo: pai que não é presente, é uma situação de dissabor.
STJ entende de forma pacifica que na responsabilidade contratual em regra não cabe dano moral: o descumprimento contratual por si não gera dano moral, faz parte da vida e os danos reflexos não são indenizáveis.
Poderia levar a dano moral se for reserva mental: desde o começo do contrato ele não queria pagar, ele fez o contrato para prejudicar a outra parte.
S. 387 STJ – é licita a cumulação de pedidos de dano estético e dano moral. Dano estético afeta a aparência, beleza: foge ao padrão de normalidade. É indenizável quando perde os padrões de normalidade. O “enfeiamento”. Antes o dano estético era uma subespécie de dano moral, seria indevida a cumulação dos dois. Depois da súmula, que tem fundamento que não é bis in idem a cumulaçãodo dano estético e dano moral, se cada uma tiver uma fundamentação diferente. Ao modo do professor, não existe dano estético.
Existe lesão à estética.
Responsabilidade objetiva: basta que a conduta cause o dano.
Responsabilidade subjetiva: preciso do elemento culpa (no sentido amplo engloba o dolo) – regra.
Culpa: conduta não intencional mas que causa dano. Culpa é agir de forma não intencional, causando dano, todo vez que tiver alguma coisa errada, agir mal, agir errado: a culpa se revele toda vez que o resultado danoso, em razão da conduta, era previsível e evitável. 
Previsível dentro da normalidade. Meteoro não é normalidade.
05 de setembro
Cheguei atrasado
 A responsabilidade vai desde a culpa levíssima até o dolo na responsabilidade civil.
Culpa em qualquer grau, ainda que levíssimo.
Essa divisão de graus de culpa, art. 944.
O legislador limita a responsabilidade em certas formulações.
O juiz só responde por dolo. S. 145 – transporte gratuito tipicamente desinteressado, o transportador só responde por dolo ou culpa grave.
Culpa concorrente: para o efeito danoso (art. 945) concorrem o agente causador e a própria vítima: os dois agem e os dois estão errados. Responde de acordo com o grau de culpa (80%/20%): concorrem o autor e a vítima.
Culpa conjunta: vítima não tem culpa, mas há mais de um responsável pelo resultado final. Maurício joga o celular da Elisa para a Elisa, mas esta não pega e acerta a cabeça da Thais.
Podem haver causas excludentes de reparar o dano, situações fáticas em que os elementos estão presentes, elas desobrigam ou excluem a obrigação de reparar o dano.
Teoria do risco integral: impõe a obrigação de reparar o dano em qualquer hipótese, não tem excludente: dano ambiental e dano nuclear: qualquer problema o que assume essa responsabilidade que paga. Não interessa o motivo, não interessa por que.
Causas excludentes:
Art. 188
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
O excesso é punido.
Ligar cobrando todo dia.
Colocar caco de vidro no muro pode, colocar bomba para proteger plantação de melancia não. Não pode exagerar do exercício legal do direito.
II – estado de necessidade: para evitar um mal maior faz-se um mal menor.
Art. 929
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).
188 + 929 + 930 – o dano é lícito mas não é excludente, mesmo assim tem que reparar o dano: Maurício para não atropelar a Amanda desvia e bate no carro do Reinaldo. Reinaldo tem direito de cobrar do Maurício e este tem direito de regresso contra Amanda. Para facilitar para a vítima.
Só não precisa reparar o dano se o causador do perigo for a própria vítima, na verdade é uma regra de compensação.
Culpa exclusiva da vítima: é uma excludente de responsabilidade civil: desloca o nexo de causalidade da minha conduta para a conduta da vítima. Pessoa que sai atrás de um caminhão sem olhar, e é atropelada. O agente ofensor não tem culpa, só a vítima. Se a culpa é da vítima não tem que reparar o dano. Se houver culpa do agente ofensor e da vítima é culpa concorrente e pode dividir o dano.
Culpa exclusiva de terceiro: eu sou usado como instrumento, não há de ser falar em culpa pela minha parte. Engarrafamento com 3 carros, por culpa do último carro: o causador direto é o carro do meio, estava na distância de segurança, mas a culpa é do último carro. O motorista do meio foi empurrado, portanto não responde, mas tem de ser exclusiva.
Se não for exclusiva: se o motorista do meio estiver a 4 dedos do carro da frente, como não guardou a distância de segurança necessária responde por culpa conjunta.
Culpa concorrente é que concorre o agente ofensor e a vítima.
Culpa conjunta é quando a vítima não está errada, mas tem mais de um errado: para a vítima é responsabilidade solidária, para o regresso é de acordo com a culpa.
Caso fortuito e força maior.
Caso fortuito é da natureza, estão acima daquelas condições que eu possa interferir. Força maior é inesperado. Parte minoritária da doutrina que entende que é o contrário. Porém, não faz diferença. Pelo CDC é uma excludente de culpabilidade, não tem como prever não tem culpa. Situação inevitável.
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.
Excludente de responsabilidade civil
Excludente de culpabilidade penal não servem para a responsabilidade civil, não impedem a responsabilidade civil. A culpa civil é mais ampla. As excludentes de culpabilidade penal não excluem a civil. Nada impede que, eventualmente, pudesse estar deslocando um excludente penal para uma outra causa excludente civil: embriaguez fortuita (penal), colocar vodka na bebida, a pessoa tem um grau de culpa, ela tinha que perceber que estava ficando embriagada. 
Art. 928
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
O incapaz responde pelos danos que ele causar, subsidiariamente: a Amanda é mãe Yanic, Yanic causa dano, a mãe é a responsável, se ele não tiver meios para pagar, mas o incapaz tem meios para pagar, o incapaz paga. Primeiro cobra do representante, depois do incapaz, subsidiariamente. O juiz pode reduzir equitativamente esse valor, se esse pagamento afetar o incapaz, se ele tiver 8 anos ainda, se já tiver filho. Se pagar uma parte quando tinha 16 anos, não pode cobrar nada no futuro, quando tiver 18 anos, se casar, não pode cobrar depois.
12 de setembro
Se for uma culpa insignificante, é uma excludente de causalidade.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Existência de prazos peremptórios nos dois.
A decadência age sobre o direito material, prazo que o legislador fixa para o exercício de um direito material. Como consequência acaba perdendo a ação.
A prescrição age sobre uma pretensão processual, não pode mais entrar com ação, continua a existir o direito material, perde sua eficácia. Pode pagar e compensar dívida prescrita.
O CC é técnico, o que é prescrição está em um artigo só, a decadência está espalhada, e o legislador usa o termo “decai”.
Direito pretoniano: os pretores eram os escrivães. Era aquele a quem você buscava para ajuizar a ação. Ia até o pretor e ele monta a ação, colhia as provas, ouvia a parte contrário, colhia as provas dele, pretor não julga, ele montava a ação e encaminhava ao julgador, ao magistrado. Porém, a actio (ação), era entregada a parte e esta tinha que encaminhar ao magistrado, pela demora da parte, criou se a prescrição, era o tempo que a pessoa tinha para levar a actio para o magistrado.
Divisão tripartida das ações: constitutiva, declaratória e condenatória.
Declaratória é para dar certeza jurídica, reconhecer uma situação de fato ou de direito, não faz nada de novo: declara uma situação já existente. Pede para declarar uma união estável.
Constitutiva: criar, extinguirou modificar uma relação jurídica pré-existente. Casamento: para extinguir um casamento 
Condenatória: condenar alguém a uma obrigação, dar fazer. Uma ação de responsabilidade civil é condenatória: não incide decadência sobre responsabilidade civil.
Declaratória não tem prazo
Constitutiva e tem prazo é decadência.
Responsabilidade civil é 3 anos em regra, contados da data do fato.
CDC o prazo é 5 anos, é uma lei especial.
Do ponto de vista técnico a prescrição não exclui a responsabilidade civil, continua a existir o dever de indenizar, só afasta o direito de ação. O direito material continua a existir.
RENÚNCIA
Responsabilidade civil é dinheiro, ou é dinheiro ou vira dinheiro, via de regra ele é disponível. Sendo disponível pode ser renunciado. Existindo a renúncia inexiste o dever de reparar o dano. Ato unilateral.
Poderia criar, contratualmente, cria uma clausula contratual que isente de responsabilidade, livre e consciente, de boa-fé. Só não pode mexer na essência do contrato. Pode criar um contrato aleatório.
Se houver lei especial, não pode mudar o que a lei fala, como o contrato de locação. Não pode tirar a responsabilidade que a própria lei colocou.
Clausula de não-indenizar
Termo de responsabilidade: médico não irá pagar indenização. 
É uma clausula mas educativa, informativa do que excludente: as vezes não sabe do risco, desconhece o risco. O objetivo da clausula é informar os riscos naturais, se acontecer você estava ciente e assumiu o risco. É um risco natural, pois a pessoa está ciente e está assumindo.
Clausula de irresponsabilidade não responde de jeito nenhum.
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