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Prof. Eduardo Jorge Adaptação ao Meio Líquido Também denominada ambientação ou familiarização ao meio aquático, é a primeira e uma das mais importantes fases da aprendizagem da natação. O contato com o novo ambiente, deve proporcionar tranquilidade, segurança e alegria para os iniciantes. Importante Saber - O aluno está em um meio não comum a ele. - Fazer o reconhecimento do ambiente externo e interno (profundidade e tamanho da piscina). - Estabelecer uma relação de confiança e segurança no aluno. - Acostumar a criança à temperatura da água, 29º a 32º (bebês). - Desenvolver atividades que possibilitem a perda dos apoios plantares, quedas e desequilíbrios que provoquem imersão involuntária. - Promover o contato do rosto com a água sempre de forma involuntária (bloqueio reflexo). - Evitar forçar o mergulho ou a expressão “mergulhar”, principalmente quando a criança tiver medo. - Estimular a abertura dos olhos dentro d’água. - Brincadeiras orientadas compostas de momentos livres, estimulam a autoconfiança, eliminam o medo e a tensão muscular. Muitos alunos já podem ter tido algum tipo de contato com o meio líquido, enquanto outros talvez nunca tenham entrado numa piscina. Deve-se partir do princípio que todos os alunos estão passando pelos primeiros contatos e experiências com a água. Estratégias Para atrair a criança é importante criar mecanismos de confiança para que ela possa superar possíveis medos e traumas. Estratégias usando brinquedos, brincadeiras e músicas facilitam o processo. Dessa forma, o aluno nos próximos contatos, estará mais receptivo e adaptado para iniciar o processo de aprendizagem. Aluno Adaptado O aluno estará adaptado ao meio liquido quando apresentar os seguintes comportamentos: - Mergulhar com facilidade e desenvoltura. - Abrir os olhos quando submerso. - Flutuar e deslizar na posição ventral. - Deslocar-se na horizontal utilizando sua força propulsiva. - Eliminar a rigidez muscular e ficar confortável e bem a vontade na água. A primeira visita a piscina deve começar com algumas instruções do professor relativo a: Instalações – Mostrar onde ficam e como devem ser utilizados o vestiário, banheiro, duchas e lava-pés; Higiene – Informar que a natação aumenta a vontade de micção e que eles devem pedir para ir à ducha ou ao banheiro sempre que desejarem. Prof. Eduardo Jorge Segurança – A profundidade deve estar de acordo com o tamanho dos alunos. Caso eles não alcancem o fundo, improvisar com algum tipo de banco ou suporte. Comportamento - Prevenir acidentes, evitando o uso frequente durante toda a aula das boias de braço e certas brincadeiras como correr na borda, empurrar, afundar etc. Desenvolvimento Os exercícios e jogos para adaptação ao meio líquido são atividades programadas para a primeira aula e o simples ato de entrar na água já é um imenso ato de coragem para algumas crianças. Estas atividades vão permitir que os alunos possam gradativamente descobrir a sensação de prazer e liberdade que o meio aquático pode proporcionar, levando-se em conta a resistência do movimento provocada pela água. Alguns exercícios, segundo o autor David Camargo: 1- Batida de pernas Alunos sentados na borda batendo os pés, borrifar água em si mesmo e no companheiro. Ótima forma de sentir a temperatura da água e quebrar a inibição do aluno. Atividade muito excitante, podendo levar os mais agitados a caírem na água. 2- Entra e Sai Sentado na borda, entrar e sair da piscina de acordo com o comando do professor. Aos poucos o aluno vai se soltando, facilitando o trabalho posterior. Um método rápido para economizar energia é apoiar as mãos na borda e virar o corpo. 3 -Passeio Aquático Andar livremente na piscina em várias direções, proporciona às crianças descobrirem a resistência da água provocada pela força de deslocamento. 4- Trenzinho Caminhar em coluna por um, com as mãos na cintura do colega. Ao comando do professor “olha a ponte”, os alunos se abaixam, provocando leves toques do rosto na água. Variação: O Jacaré, onde o primeiro da fila tenta pegar o último. 5 - Revezamento Alunos dispostos em colunas. O primeiro de cada fila corre até a borda oposta e volta para tocar a mão do seu companheiro imediato e posiciona-se no final da sua fila. Esta atividade além de vencer a resistência da água, proporciona um maior contato devido às quedas ocasionadas. Para algumas crianças, o ato de imergir o rosto pode levar algumas semanas ou mais e nada melhor do que pequenas quedas ou escorregões acidentais para provocar o bloqueio reflexo da respiração. 6 - Briga de Galo Um de frente para o outro, segurando uma das pernas e com a outra mão segurando a do companheiro, tentar fazer com que ele solte a perna ou caia na água. Prof. Eduardo Jorge 7 - Cavalo de Guerra Formar duplas, onde um apoia-se nas costas do colega para tentar desequilibrar os outros, o par que permanecer de pé vence. Evitar profundidades rasas e proximidades com as bordas. 8 - O Ginete Variação do anterior, porém, com as duplas correndo e revezando-se na volta para ver quem chega primeiro. 9 - O Gato e o Rato Alunos em círculo de mãos dadas, onde “o rato” fica dentro e “o gato” fora, este tentará pegar o rato, e os colegas tentarão impedi-lo de qualquer maneira. Determinar tempo para o grupo não perder a motivação. 10 - Bola Atrás O grupo em círculo, onde um aluno com bola rodará por fora, deixando-a atrás de um colega, que ao pegar a mesma correrá para alcançar quem a colocou, tentando chegar primeiro e ocupar o lugar vago. 11 - Handebol ou Polo Aquático Formar duas equipes determinando um gol para cada lado. As equipes se organizam escolhendo os atacantes e os seus defensores. O professor dá a saída lançando a bola entre as equipes que se deslocarão para disputar a sua posse. Esclarecer as regras previamente. Outras situações podem ser criadas para facilitar ou dificultar as regras iniciais do jogo. 12 - Voleibol Aquático Limitar e dividir o espaço ao meio com uma rede ou corda e uma equipe para cada lado. Tocar a bola de qualquer maneira, desde que não seja agarrada e executar no máximo três toques para cada lado.
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