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03 - APOSTILA ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO - 2015

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Prof. Eduardo Jorge 
 
Adaptação ao Meio Líquido 
Também denominada ambientação ou familiarização ao meio aquático, é a 
primeira e uma das mais importantes fases da aprendizagem da natação. O 
contato com o novo ambiente, deve proporcionar tranquilidade, segurança e 
alegria para os iniciantes. 
 
Importante Saber 
- O aluno está em um meio não comum a ele. 
- Fazer o reconhecimento do ambiente externo e interno (profundidade e 
tamanho da piscina). 
- Estabelecer uma relação de confiança e segurança no aluno. 
- Acostumar a criança à temperatura da água, 29º a 32º (bebês). 
- Desenvolver atividades que possibilitem a perda dos apoios plantares, 
quedas e desequilíbrios que provoquem imersão involuntária. 
- Promover o contato do rosto com a água sempre de forma involuntária 
(bloqueio reflexo). 
- Evitar forçar o mergulho ou a expressão “mergulhar”, principalmente 
quando a criança tiver medo. 
- Estimular a abertura dos olhos dentro d’água. 
- Brincadeiras orientadas compostas de momentos livres, estimulam a 
autoconfiança, eliminam o medo e a tensão muscular. 
 
Muitos alunos já podem ter tido algum tipo de contato com o meio líquido, 
enquanto outros talvez nunca tenham entrado numa piscina. 
Deve-se partir do princípio que todos os alunos estão passando pelos 
primeiros contatos e experiências com a água. 
 
Estratégias 
Para atrair a criança é importante criar mecanismos de confiança para que 
ela possa superar possíveis medos e traumas. 
Estratégias usando brinquedos, brincadeiras e músicas facilitam o processo. 
Dessa forma, o aluno nos próximos contatos, estará mais receptivo e 
adaptado para iniciar o processo de aprendizagem. 
 
Aluno Adaptado 
O aluno estará adaptado ao meio liquido quando apresentar os seguintes 
comportamentos: 
- Mergulhar com facilidade e desenvoltura. 
- Abrir os olhos quando submerso. 
- Flutuar e deslizar na posição ventral. 
- Deslocar-se na horizontal utilizando sua força propulsiva. 
- Eliminar a rigidez muscular e ficar confortável e bem a vontade na água. 
 
A primeira visita a piscina deve começar com algumas instruções do 
professor relativo a: 
Instalações – Mostrar onde ficam e como devem ser utilizados o vestiário, 
banheiro, duchas e lava-pés; 
Higiene – Informar que a natação aumenta a vontade de micção e que eles 
devem pedir para ir à ducha ou ao banheiro sempre que desejarem. 
Prof. Eduardo Jorge 
 
Segurança – A profundidade deve estar de acordo com o tamanho dos 
alunos. Caso eles não alcancem o fundo, improvisar com algum tipo de banco ou 
suporte. 
Comportamento - Prevenir acidentes, evitando o uso frequente durante 
toda a aula das boias de braço e certas brincadeiras como correr na borda, 
empurrar, afundar etc. 
 
Desenvolvimento 
Os exercícios e jogos para adaptação ao meio líquido são atividades 
programadas para a primeira aula e o simples ato de entrar na água já é um 
imenso ato de coragem para algumas crianças. 
Estas atividades vão permitir que os alunos possam gradativamente 
descobrir a sensação de prazer e liberdade que o meio aquático pode 
proporcionar, levando-se em conta a resistência do movimento provocada pela 
água. 
 
Alguns exercícios, segundo o autor David Camargo: 
1- Batida de pernas 
Alunos sentados na borda batendo os pés, borrifar água em si mesmo e no 
companheiro. Ótima forma de sentir a temperatura da água e quebrar a inibição 
do aluno. 
Atividade muito excitante, podendo levar os mais agitados a caírem na água. 
 2- Entra e Sai 
Sentado na borda, entrar e sair da piscina de acordo com o comando do 
professor. Aos poucos o aluno vai se soltando, facilitando o trabalho posterior. 
Um método rápido para economizar energia é apoiar as mãos na borda e 
virar o corpo. 
3 -Passeio Aquático 
Andar livremente na piscina em várias direções, proporciona às crianças 
descobrirem a resistência da água provocada pela força de deslocamento. 
4- Trenzinho 
Caminhar em coluna por um, com as mãos na cintura do colega. Ao 
comando do professor “olha a ponte”, os alunos se abaixam, provocando leves 
toques do rosto na água. 
Variação: O Jacaré, onde o primeiro da fila tenta pegar o último. 
 5 - Revezamento 
Alunos dispostos em colunas. O primeiro de cada fila corre até a borda 
oposta e volta para tocar a mão do seu companheiro imediato e posiciona-se no 
final da sua fila. 
Esta atividade além de vencer a resistência da água, proporciona um maior 
contato devido às quedas ocasionadas. 
Para algumas crianças, o ato de imergir o rosto pode levar algumas semanas 
ou mais e nada melhor do que pequenas quedas ou escorregões acidentais para 
provocar o bloqueio reflexo da respiração. 
6 - Briga de Galo 
Um de frente para o outro, segurando uma das pernas e com a outra mão 
segurando a do companheiro, tentar fazer com que ele solte a perna ou caia na 
água. 
 
 
Prof. Eduardo Jorge 
 
7 - Cavalo de Guerra 
Formar duplas, onde um apoia-se nas costas do colega para tentar 
desequilibrar os outros, o par que permanecer de pé vence. Evitar profundidades 
rasas e proximidades com as bordas. 
8 - O Ginete 
Variação do anterior, porém, com as duplas correndo e revezando-se na 
volta para ver quem chega primeiro. 
9 - O Gato e o Rato 
Alunos em círculo de mãos dadas, onde “o rato” fica dentro e “o gato” fora, 
este tentará pegar o rato, e os colegas tentarão impedi-lo de qualquer maneira. 
Determinar tempo para o grupo não perder a motivação. 
10 - Bola Atrás 
O grupo em círculo, onde um aluno com bola rodará por fora, deixando-a 
atrás de um colega, que ao pegar a mesma correrá para alcançar quem a 
colocou, tentando chegar primeiro e ocupar o lugar vago. 
11 - Handebol ou Polo Aquático 
Formar duas equipes determinando um gol para cada lado. As equipes se 
organizam escolhendo os atacantes e os seus defensores. 
O professor dá a saída lançando a bola entre as equipes que se deslocarão 
para disputar a sua posse. 
Esclarecer as regras previamente. Outras situações podem ser criadas para 
facilitar ou dificultar as regras iniciais do jogo. 
12 - Voleibol Aquático 
Limitar e dividir o espaço ao meio com uma rede ou corda e uma equipe para 
cada lado. 
Tocar a bola de qualquer maneira, desde que não seja agarrada e executar 
no máximo três toques para cada lado.

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