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Direito de Família

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Direito de Família
Contemporâneo:
O direito de família pode ser conceituado como o ramo do direito civil que tem como conteúdo o estudo dos seguintes institutos jurídicos:
Casamento; b) união estável; c) relações de parentesco: d) filiação; e) alimentos; f) bem de família; g) tutela, guarda.
As normas do Direito de família são essencialmente normas de ordem pública, relacionadas como o direito existencial. Seus efeitos jurídicos são absolutos no que tange a direito existencial e de proteção da pessoa.
O direito de família contemporâneo trouxe profundas alterações nas relações;
Quais sejam:
Estatização: ingerência do Estados nas relações familiares
Retratação: Família nuclear e com menor número de membros
Proletarização: grupo doméstico; menor importância do dinheiro
 Desencarnação: elemento psicológico e afetivo mais presente
 Dessacralização: Perca do elemento sagrado, dando lugar a liberdade e direito de manifestação de ideias
Democratização: sociedade familiar igualitária.
Antes: 1) Qualificação da família como legítima/ Hoje: Reconhecimento de outras formas de conjugabilidade ao lado da família legítima .
2) Diferença de Estatutos entre homem e mulher/ Igualdade absoluta
3) Categorização de filhos/ Paridade de direitos entre filhos de qualquer origem
4) Indissolubilidade do vínculo matrimonial / dissolubilidade
5) Proscrição do concubinato/ Reconhecimento de uniões estáveis.
O novo estudo do Direito de Família reconhece a eficácia imediata e horizontal dos direitos fundamentais. É a constitucionalização do Direito de Família.
 FAMÍLIAS PLURAIS
Matrimonial, baseada no casamento
Familia natural, baseada em união estável
Monoparental, família formada por quaisquer dos pais e seus descendentes Art. 226 § IV CF
Anaparental, convivência por longos anos sob o mesmo teto, por exemplo, de duas irmãs que conjugam esforços para a formação de acervo patrimonial, constituindo assim uma entidade familiar.
Pluriparentais, são caracterizadas pela estrutura complexa decorrente da multiplicidade de vínculos, ambiguidade das funções de novos casais e forte grau de independência que levem a caracterização da família mosaico.
Família paralela, não é reconhecida como entidade familiar, importa para o direito pois a convivência pode gerar filhos e caminhar para construção patrimonial.
 CASAMENTO
Conceito, natureza jurídica, regras iniciais.
O casamento pode ser conceituado como a união de duas pessoas, reconhecida e regulamentada pelo Estado, formada como o objetivo de constituição de uma família e baseado em vínculo de afeto. Segundo Maria helena Diniz: “ O casamento é o vínculo jurídico entre homem e mulher que visa auxílio mútuo , material e espiritual, integração e constituição de uma família; para Paulo Lôbo é ato jurídico negocial, solene , público e complexo, mediante o qual homem e mulher constituem família por livre manifestação de vontade e pelo reconhecimento do Estado. Esta conceituação clássica não considera resolução de 2011 do STF que reconhece no Brasil o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ou homoafetivo, Veio corrigir, baseada no princípio da dignidade da pessoa humana, a ausência de proteção do poder Estatal dos direitos civis das pessoas envolvidas neste novo arranjo familiar.
Quanto a natureza jurídica do casamento há três teorias
Teoria institucionalista: O casamento é uma instituição social, com forte carga moral e religiosa
Teoria contratualista : o casamento constitui um contrato de natureza especial, com regras próprias de formação. É o contrato celebrado entre pessoas de sexo diferente que pretendem constituir família, mediante uma plena comunhão de vida.
Teoria mista ou eclética: O casamento é uma instituição quanto ao conteúdo e um contrato especial quanto a formação – casamento/ato: negócio jurídico bilateral – casamento/estado: Uma instituição.
Art. 1511, CC – Casamento estabelece a comunhão plena de vida, e igualdade de direitos e deveres dos cônjuges.
Tres princípios quanto a categoria jurídica do casamento:
Monogamia
Liberdade de união
Comunhão de vida
 
 CAPACIDADE
Art. 1517 , CC 
 O homem e a mulher com dezesseis anos ( idade núbil) , podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais ou representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil ( 18 anos )
 IMPEDIMENTOS, CAUSAS DE ANULAÇÃO E CAUSA DE SUSPENSÃO
Como impedimento para o casamento o art 1521, CC traz um rol taxativo daquelas pessoas que não podem casar em determinados casos:
Não podem casar os ascendentes com os descendentes até o infinito ( parentesco consanguíneo ) EX. o filho com a mãe, o neto com a avó
Os colaterais até terceiro grau, ex: irmãos, meio-irmãos, sobrinhos e tias ( salvo casamento avuncular )
Os afins em linha reta ( parentesco por afinidade). Ex; sogra e genro, linha reta por ascendente e madrasta e enteado, linha reta descendente.
 O adotante e o adotado, os ascendentes e descendentes em casos envolvendo adoção.
Pessoas casadas ( impedimento decorrente de vínculo matrimonial).
Cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra seu consorte( impedimento decorrente de crime).
CAUSAS SUSPENSIVAS
 
São causas de menor gravidade, não geram nulidade absoluta ou relativa, apenas impõe sanções aos nubentes.
São causas suspensivas, ou seja, não devem casar;
1 – Viúvo ou viúva que tiver filhos do cônjuge falecido enquanto não fizer o inventário dos bens do casal com a respectiva partilha, para evitar a confusão patrimonial.
2 – Viúva ou mulher cujo casamento se desfez por nulidade absoluta ou relativa até dez meses depois do começo da viuvez.
3- O divorciado, enquanto não houver homologado a partilha de bens.
4 – Tutor ou curador, bem como seus parentes, com a pessoa tutelada.
Artigo 1523, CC
 MODALIDADES DE CASAMENTO
Casamentos nos casos de moléstias graves, art. 1539, CC, o presidente do ato celebrará o casamento onde se encontra a pessoa impedias, o mesmo será celebrado diante de duas testemunhas.
Casamento nuncupativo ou “in articulo mortis” Art. 1540, CC:
Quando algum dos contraentes estiver em eminente risco de vida, não obtendo a presença de autoridade para presidir o ato;poderá, o casamento ser celebrado na presença de 6 testemunhas ( deverá ser confirmado em até 10 dias perante autoridade judicial).
Casamento por procuração:
Poderá ser celebrado por procuração, desde que haja instrumento público com poderes para tanto.
Casamento religioso com efeitos civis:
O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio , produzindo efeitos a partir da data da celebração Art. 1515, CC
 DEVERES CONJUGAIS
Pelo casamento tanto o homem quanto a mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família, comunhão plena de vida ( art. 1565 , CC ):
Fidelidade recíproca Art. 1566, CC )
Vida em comum, no domicílio conjugal, o que inclui o débito conjugal ( dever de manter relações sexuais ).
Mútua assistência: não só econômica, mas também afetiva e moral.
Respeito e consideração mútuos.
PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA
1 – Princípio da dignidade da pessoa humana ( Art. 1, III CF), trata-se do princípio máximo, segundo Kant, é um imperativo categórico, que considera a pessoa humana como um ser racional, um fim em si mesmo.
2- Princípio da solidariedade familiar: deve-se entender a solidariedade como ato humanitário de responder pelo outro, de preocupar-se e cuidar da outra pessoa.
3- Princípio da igualdade entre filhos: Art. 227 § 6, CF “ Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
4- Princípio da igualdade entre cônjuges e companheiros: A lei reconhece a igualdade entre homens e mulheres no que se refere a sociedadeconjugal, pelo casamento ou união estável.
5- Princípio da igualdade na chefia familiar: Pode ser exercida tanto pelo homem quanto pela mulher em um regime democrático de colaboração.
6- Princípio da liberdade: O poder que a pessoa tem de regular seus próprios interesses.
7- Princípio do melhor interesse da criança e do adolescente: Assegurar os direitos destes, com absoluta prioridade.
8- Princípio da afetividade: Valorização constante da dignidade
9- Princípio da função social da família: A família é a base da sociedade, tendo especial proteção do Estado.
9- Princípio da boa-fé objetiva: Exigência do comportamento legal das partes.

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