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APOSTILA_ITR_2017

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AUDITAR AUDITORIA & CONSULTORIA 
Palestrante: João Paulo de Melo
08/08/2017
Rua Itauçu, 464, Morada Nova, Goiânia/GO 
Tel: 62 3922-5470 
site: www.auditarauditoria.com 1
IMPOSTO TERRITORIAL RURAL
2016201620162016
1. FUNDAMENTOS LEGAIS
O Imposto sobre propriedade territorial - ITR é um tributo instituído pela
Constituição Federal através do incisoVI do artigo 153.
A Lei nº 9.393/96 e suas alterações que rege o tributo ora tratado e o
seu regulamento posteriormente se deu através do Decreto nº
4.382/2002 que dispõe sobre normas de tributação relativas ao Imposto
sobre a Propriedade Territorial Rural e dá outras providências.
Faz-se necessário destacar que as normas gerais e disciplinadora sobre o
mencionado tributo estão contidas na Instrução Normativa SRF nº
256 de 2002.
A disciplina Normativa da apuração e do pagamento do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural (ITR) do exercício de 2017, bem como do
preenchimento e da apresentação da Declaração do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural (DITR), está prevista na Instrução
Normativa RFB nº 1.715/2017.
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Palestrante: João Paulo de Melo
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2. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO ITR 
considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de
terras, localizada na zona rural do município.
O ITR tem como principais características as
seguintes:
� O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, é de apuração anual, tem como
fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza,
localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano.
� O ITR incide inclusive sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma
agrária, enquanto não transferida a propriedade, exceto se houver imissão prévia na
posse.
� O imóvel que pertencer a mais de um município deverá ser enquadrado no município
onde fique a sede do imóvel e, se esta não existir, será enquadrado no município onde
se localize a maior parte do imóvel.
3. IMUNIDADES
� a pequena gleba rural, desde que o proprietário, titular do
domínio útil ou possuidor a qualquer título a explore só ou
com sua família, e não possua outro imóvel
� os imóveis rurais pertencentes à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios
� os imóveis rurais pertencentes às autarquias e às fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, desde que
vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes;
� os imóveis rurais das instituições de educação e de 
assistência social, sem fins lucrativos, desde que vinculados 
às suas finalidades essenciais.
100 hectares
se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no
Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense
50 hectares se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou naAmazônia Oriental
30 hectares � se localizado em qualquer outro município.
Pequena gleba rural é o imóvel com área igual ou inferior a:
São 
imunes do 
ITR:
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3. IMUNIDADES DO ITR
As regiões e os municípios a que faz jus ao gozo da imunidade estão relacionados no Anexo I a
esta Instrução Normativa SRF nº 256/2002
REGIOES E MUNICÍPIOS
Para gozo da imunidade as instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, devem:
INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO E DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL, SEM FINS LUCRATIVOS
� Não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
� Aplicar integralmente, no País, seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos
seus objetivos institucionais;
� Não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados;
� Manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das
formalidades que assegurem a respectiva exatidão;
� Conservar em boa guarda e ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da
emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de
suas despesas, bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que
venham a modificar sua situação patrimonial;
� apresentar, anualmente, declaração de rendimentos, em conformidade com o disposto
em ato da Secretaria da Receita Federal (SRF);
� Assegurar a destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às condições
para o gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou encerramento de
suas atividades, ou a órgão público; e
Sujeita-se à incidência do imposto a pequena gleba rural que tenha área explorada por
contrato de arrendamento, comodato ou parceria.
ÁREA EXPLORADA POR CONTRATO DE ARRENDAMENTO, COMODATO 
OU PARCERIA
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3.3.3.3. ISENÇÕES DO ITR
I. O imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma
agrária, caracterizado pelas autoridades competentes como
assentamento, que, cumulativamente, atenda aos seguintes
requisitos:
São ISENTOS do ITR:
� A fração ideal por família 
assentada não ultrapasse os 
limites da pequena gleba rural, 
fixados no § 1º do art. 2º da 
IN 256/02; e
� Seja explorado 
por associação 
ou cooperativa 
de produção;
� O assentado 
não possua 
outro imóvel;
A B C
3.3.3.3. ISENÇÕES DO ITR
II - O conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, titular
do domínio útil ou possuidor a qualquer título, cuja área total em
cada região observe o respectivo limite da pequena gleba fixado no
§ 1º do art. 2º da IN 256/02, desde que, cumulativamente, o
proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor a qualquer
título:
� não possua imóvel 
urbano.
� O explore só ou com sua
família, admitida ajuda
eventual de terceiros; e
A B
• Sujeitam-se ao pagamento do ITR os imóveis rurais que tenham áreas exploradas
por contrato de arrendamento, comodato ou parceria.
• Entende-se por ajuda eventual de terceiros o trabalho, remunerado ou não, de
natureza eventual ou temporária, realizado nas épocas de maiores serviços.
Notas:
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4. Municípios Conveniados com a União –
Orientações Gerais
De acordo com o art. 2º da Instrução Normativa RFB nº 1.640/2016, a
Receita Federal do Brasil, em nome da União, poderá celebrar convênio
com o Distrito Federal e os municípios que assim optarem, para
delegar as atribuições de fiscalização, inclusive a de lançamento de
créditos tributários, e de cobrança relativas ao ITR.
�A celebração de convênios: 
�Não poderá implicar
redução do imposto ou
qualquer outra forma
de renúncia fiscal.
�Não prejudicará as competências supletivas
da RFB de fiscalização, inclusive a de
lançamento de créditos tributários, e de
cobrança relativas ao ITR.
� A CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS NÃO ABRANGE:
I - A competência da RFB para
lançamento de multa por atraso na
entrega da Declaração do Imposto
sobre a Propriedade Territorial Rural
(DITR); e
II - O contencioso
administrativo decorrente do
exercíciodas atribuições
delegadas.
Nota:
� As definições de hipótese de incidência, de imunidade, de isenção, de sujeito passivo, de
domicílio tributário, de pagamento, de regra de apuração do ITR e de penalidade
aplicáveis a propriedades rurais sob circunscrição do conveniado são as mesmas
aplicáveis às demais propriedades rurais.
� A obrigatoriedade, os termos, os locais, as formas, os prazos e as condições de
apresentação da DITR ou de sua retificadora serão definidos pela RFB e aplicados a
todos os imóveis rurais, independentemente de estarem ou não sob circunscrição de um
conveniado.
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DOS REQUISITOS PARA A CELEBRAÇÃO DO CONVÊNIO
Previamente à celebração do convênio, o ente federativo
interessado deve dispor de:
III - Servidor aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos para o
cargo de que trata o inciso II, em efetivo exercício.
I - Estrutura de tecnologia da informação suficiente para acessar os sistemas da RFB,
que contemple equipamentos e redes de comunicação;
II - Lei vigente instituidora de cargo com atribuição de lançamento de créditos
tributários; e
DA CELEBRAÇÃO DO CONVÊNIO
� Da Protocolização e da Instrução da Opção
A protocolização do termo de opção será exercida exclusivamente por
meio eletrônico, com assinatura eletrônica do ente federativo optante,
mediante utilização de certificado digital válido, no endereço eletrônico
http://rfb.gov.br.
A gestão do instrumento de convênio abrange:
� a celebração;
� a requisição de esclarecimentos e documentos por parte da RFB;
� a juntada de formulários, requerimentos e outros documentos pelo optante ou
conveniado;
� a ciência de atos oficiais da RFB;
� a denúncia; e
� a realização de outros atos e procedimentos relativos ao convênio.
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V - declaração de que possui estrutura em tecnologia da informação adequada e suficiente
para acessar os sistemas da RFB, que contemple equipamentos e redes de comunicação.
DA APRESENTAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO PELO CONVENIADO
O ente federativo optante deverá juntar eletronicamente ao respectivo processo
digital de gestão do instrumento de convênio:
I - cópia de lei vigente instituidora de cargo com atribuição de lançamento de créditos
tributários no seu âmbito distrital ou municipal, conforme o caso, publicada na respectiva
imprensa oficial;
II - indicação nominal dos servidores aprovados em concurso público de provas ou de provas
e títulos para o cargo de que trata o inciso I e em efetivo exercício;
III - cópia dos editais de abertura e de homologação do concurso público em que tenham
sido aprovados os servidores indicados conforme o inciso II para provimento do cargo
previsto na lei de que trata o inciso I, publicados na respectiva imprensa oficial;
IV - atos de nomeação dos servidores para o cargo previsto no inciso I, em decorrência do
concurso público de que trata o inciso III, publicados na respectiva imprensa oficial;
Considera-se o convênio celebrado e vigente, por prazo indeterminado, a partir da
data de publicação de seu extrato no Diário Oficial da União.
DA VIGÊNCIA DO CONVÊNIO
O ente conveniado fará jus a 100% (cem por cento) do produto da arrecadação do
ITR, referente aos imóveis rurais nele situados, a partir do cadastramento dos seus
servidores nos termos do art. 15 da IN RFB nº 1.640/2016.
5.5. DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DO ITR
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CAPÍTULO II – INCIDÊNCIA DO ITR 
1. Fato Gerador do ITR
2. Onde ocorre o fato gerador
3. Quando é devido o imposto
4. Sujeito ativo e passivo do ITR
5. Base de Cálculo e Alíquota do ITR
6. Contribuintes e responsáveis
7. Documentos que compõe a DITR
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA
Abordaremos a seguir a regra-matriz de incidência
tributária do Imposto Territorial Rural e seus aspectos.
Primeiramente deveremos fazer breves considerações
acerca deste imposto:
� A principal função do Imposto Territorial Rural é a
extrafiscalidade, pois este serve como um
instrumento de combate aos latifúndios
improdutivos.
Definição:
Latifúndios Improdutivos: Porção de terras que
pouco ou nada produz.
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REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA
� O ITR – Imposto Territorial Rural, é de
competência da União, conforme o art. 153,
VI, da Constituição Federal.
� A Lei n° 9.393/12/1966 é a que disciplina o
ITR.
Com base nesta lei, que a definiremos a seguir
a regra-matriz deste imposto, analisando os
seus aspectos.
Para que se entenda os contornos dados aos impostos,
foi estabelecido pela doutrina alguns aspectos ou
critérios que ajudam na compreensão das hipóteses de
incidência tributária em cada caso.
Vejamos:
Aspecto quantitativo Quanto?
Aspecto material Por quê?
Aspecto temporal Quando?
Aspecto espacial Onde?
Aspecto pessoal Quem?
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA
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ASPECTO
MATERIAL
ASPECTO MATERIAL:
O aspecto material do imposto territorial
rural de acordo com a Lei nº 9.393/96 é:
� a propriedade,
� o domínio útil, ou
� a posse de imóvel rural por natureza.
Conforme dispõe o art. 29 do CTN - Código
Tributário Nacional, o âmbito constitucional
do ITR é a propriedade, o domínio útil ou
posse de imóvel por natureza localizado
fora da zona urbana do Município.
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DEFINIÇÃO DE PROPRIEDADE:
Propriedade é o direito real que dá a uma pessoa
(denominada então "proprietário") a posse de uma coisa,
em todas as suas relações.
É também o direito/faculdade de usar, gozar e dispor da
coisa, além do direito de reavê-la de quem injustamente
a possua ou detenha.
Conceito de domínio útil e posse:
• Domínio útil: É titular do domínio útil aquele que adquiriu o imóvel rural por
enfiteuse ou aforamento;
• Posse: O ITR adota o instituto da posse tal qual definido pelo Código Civil.
É possuidor a qualquer título aquele que tem a posse plena do imóvel rural,
sem subordinação (posse com animus domini), seja por direito real de
fruição sobre coisa alheia, como ocorre no caso do usufrutuário, seja por
ocupação, autorizada ou não pelo Poder Público.
A posse será justa se não for violenta, clandestina ou precária; será injusta se
for:
I - violenta, ou seja, adquirida pela força física ou coação moral;
II - clandestina, isto é, estabelecida às ocultas daquele que tem interesse em
tomar conhecimento;
III - precária, quando decorre do abuso de confiança por parte de quem recebe
a coisa, a título provisório, com o dever derestituí-la.
A enfiteuse deriva diretamente do arrendamento por prazo longo 
ou perpétuo de terras públicas ou particulares.
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ASPECTO
ESPACIAL
ASPECTO ESPACIAL:
O critério espacial ocupa-se da definição do lugar para a
verificação do fato.
No caso do Imposto Territorial Rural, sua incidência se dá
sobre imóveis rurais.
Conceito de imóvel Rural:
Imóvel rural é uma área formada de uma ou mais matrículas
de terras contínuas, do mesmo detentor (seja ele proprietário
ou posseiro), podendo ser localizada tanto na zona rural quanto
urbana do município. O que caracteriza o imóvel rural para a
legislação agrária é a sua “destinação agrícola, pecuária,
extrativa vegetal, florestal ou agroindustrial.” Lei n.º 8.629, de
25 de fevereiro de 1993, artigo 4.º, inciso I).
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ASPECTO ESPACIAL:
Para fins tributários está pacificado o
entendimento no sentido da adoção do
critério da localização para distinguir imóveis
rurais de urbanos. Tal posicionamento é
esposado pela Lei nº 9.393/1996 que
regulamenta o Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural.
O art. 32 do Código Tributário Nacional –
CTN delimita o aspecto espacial da hipótese
de incidência do IPTU e, por consequência e
exclusão, o ITR:
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade
predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio
útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como
definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
§ 1º - Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a
definida em lei municipal, observado o requisito mínimo da existência de
melhoramentos indicados em pelo menos dois dos incisos seguintes,
construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição 
domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) 
quilômetros do imóvel considerado.
§ 2º - A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de
expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos
competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo
que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.
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Critério da 
Situação
O imóvel que encontra-se situado
dentro do perímetro urbano do
município é considerado um
imóvel urbano.
O imóvel que encontra-se situado
fora do perímetro urbano, é
considerado um imóvel rural.
� Em resumo podemos afirmar que a
legislação municipal deverá delimitar sua
zona urbana.
� Para essa delimitação a lei municipal
deverá considerar, ao menos, dois dos
cinco requisitos descritos no parágrafo
primeiro do artigo 32 do Código Tributário
Nacional.
� Com a delimitação das áreas de incidência
do Imposto Territorial Urbano, ocorre
também a delimitação, por exclusão, das
áreas que estarão sujeitas ao Imposto
sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR.
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ASPECTO
TEMPORAL
ASPECTO TEMPORAL:
O aspecto temporal é o momento exato em
que ocorre o fato gerador, ou seja, o
momento em que este fato se encontra
consumado.
No caso do Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural - ITR, a legislação é clara na
fixação do momento em que se considera
consumado o fato gerador em concreto da
obrigação tributária, cuja incidência é de
periodicidade anual, considerando-se
ocorrido o fato gerador em 1º de janeiro
de cada ano.
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Fundamentação Legal do Aspecto Temporal:
de janeiro de cada ano”.
Artigo 1º da Lei 9.393/96:
“Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração
anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de
imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º
de janeiro de cada ano”.
Artigo. 2º do Decreto 4.382/02:
“Art. 2º O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, de apuração
anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de
imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º
de janeiro de cada ano”.
Artigo 1º da Instrução Normativa SRF nº256/02:
“Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), de apuração
anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de
imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º
de janeiro de cada ano”.
ASPECTO
PESSOAL
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ASPECTO PESSOAL:
O aspecto pessoal visa caracterizar o sujeito
ativo e o sujeito passivo da relação
tributária, ou seja, visa caracterizar o ente
político que possui competência para
instituir o tributo, bem como caracterizar o
sujeito que efetivamente realizou o fato
gerador, que é o contribuinte.
A seguir definição de sujeito passivo e
sujeito ativo do ITR – Imposto Territorial
Rural:
A Constituição Federal, em seu artigo 153, inciso VI,
determina a competência da União para instituir impostos
sobre a propriedade territorial rural, conforme transcrito a
seguir:
SUJEITO ATIVO CREDOR
"Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
(...)
VI - propriedade territorial rural".
(...)
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:
(...)
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim
optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do
imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal”.
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A Constituição Federal determina também em seu
artigo 2º inciso II a repartição das receitas
tributáveis, conforme transcrito a seguir:
"Art. 158. Pertencem aos Municípios:
(...)
II - cinquenta por cento do produto da arrecadação
do imposto da União sobre a propriedade territorial
rural, relativamente aos imóveis neles situados,
cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se
refere o art. 153, § 4º, III”.
Como podemos observar, a legislação estabelece
que o ITR poderá ser fiscalizado e cobrado pelos
Municípios que optarem, desde que esta opção
não acabe por implicar em qualquer redução do
imposto ou outra formade renúncia fiscal.
Se os Municípios efetivarem a opção que determina a
legislação, competirá aos mesmos à totalidade do produto
da arrecadação do imposto no que se refere, logicamente,
aos imóveis situados em seu território;
Se os Municípios efetivarem a opção que determina a
legislação, competirá aos mesmos à totalidade do produto
da arrecadação do imposto no que se refere, logicamente,
aos imóveis situados em seu território;
O art. 119 do Código Tributário Nacional estabelece que o sujeito ativo da
obrigação é o titular da competência para lançar e cobrar o tributo, aquele
que detém a competência para exigir o adimplemento da obrigação.
Deste modo, temos que o sujeito ativo da relação tributária relativa ao
Imposto sobre a propriedade territorial rural poderá ser tanto a União
quanto os Municípios, ou seja, aquele que estiver no exercício da
capacidade tributária ativa.
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SUJEITO PASSIVO DEVEDOR
O contribuinte do ITR é a pessoa física ou jurídica, inclusive
condômino ou copossuidor, que na data da efetiva
apresentação da declaração, seja:
� proprietário do imóvel rural, ou seja, quem possui o direito
de usar, gozar e dispor do imóvel e de reavê-lo de quem
quer que injustamente o possua ou o detenha;
� seja titular do domínio útil (enfiteuta ou foreira); ou
� possuidora a qualquer título, inclusive o usufrutuário.
Também é contribuinte do ITR a pessoa física ou jurídica
que, entre 1º de janeiro do ano a que se referira DITR e a
data da sua efetiva apresentação, tenha perdido:
� a posse do imóvel rural, pela imissão prévia ou provisória
do expropriante na posse, em processo de
desapropriação, tanto nos casos em que o expropriante
seja pessoa jurídica de direito público, quanto de direito
privado delegatária ou concessionária de serviço público;
� o direito de propriedade pela transferência ou
incorporação do imóvel rural ao patrimônio do
expropriante, em decorrência de desapropriação, tanto nos
casos em que o expropriante seja pessoa jurídica de direito
público, quanto de direito privado delegatária ou
concessionária de serviço público;
� a posse ou a propriedade do imóvel rural, em função de
alienação ao Poder Público, inclusive às suas autarquias e
fundações, bem assim às instituições de educação e de
assistência social imunes do imposto.
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Ressalte-se que, no caso de desapropriação de imóvel
rural por pessoa jurídica de direito público, deixa de
ocorrer o fato gerador do imposto a partir da sua
imissão prévia ou provisória na posse, ou da
transferência definitiva da propriedade em seu favor,
tendo em vista que o patrimônio do Poder Público é
imune, não mais sendo cabível, então, falar em
contribuinte.
Entretanto, quando a desapropriação é efetivada por
pessoa jurídica de direito privado delegatária ou
concessionária de serviço público, continua havendo
incidência do imposto após a imissão prévia na posse
ou a transferência definitiva da propriedade em seu
favor, sendo contribuinte o expropriante.
ASPECTO
QUANTITATIVO
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ASPECTO QUANTITATIVO:
O objetivo do estudo do aspecto quantitativo de
um tributo é identificar qual o valor da
prestação tributária, quando fixa, ou dos
elementos que permitem sua apuração, quais
sejam: a base de cálculo e a alíquota.
A esmagadora maioria dos tributos presentes
no sistema tributário nacional, assim como o
ITR – Imposto Territorial Rural exige que sua
apuração resulte da aplicação de uma alíquota
sobre uma base de cálculo.
BASE DE CÁLCULO DO ITR
A base de cálculo do ITR é o Valor da Terra Nua Tributável (VTNt).
O valor do ITR a ser pago é obtido mediante a multiplicação do VTNt
pela alíquota correspondente, considerados a área total e o grau de
utilização (GU) do imóvel rural.
GU significa Grau de Utilização e é a relação percentual entre a área
efetivamente utilizada pela atividade rural e a área aproveitável do
imóvel rural; constitui critério, juntamente com a área total do imóvel
rural, para a determinação das alíquotas do ITR.
Então temos a seguinte fórmula:
VTNt = Valor da Terra Nua (VTN) X (Área tributável / Área total do imóvel rural)
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Curiosidade
Como será definido o GU do imóvel na hipótese de
inexistência de área aproveitável após deduzidas as
áreas não tributáveis e as áreas ocupadas com
benfeitorias úteis e necessárias?
Na hipótese de inexistir área aproveitável após excluídas as
áreas não tributáveis e as áreas ocupadas com benfeitorias
úteis e necessárias, o GU não pode ser calculado e serão
aplicadas as alíquotas correspondentes aos imóveis rurais
com grau de utilização superior a oitenta por cento,
observada a área total do imóvel.
(Lei nº 9.393, de 1996, art. 11, § 1º; RITR/2002, art. 35, §
1º; IN SRF nº 256, de 2002, art. 35, § 1º)
Para efeito do ITR – Imposto Territorial Rural - Terra nua é o imóvel
por natureza ou acessão natural, compreendendo o solo com sua
superfície e a respectiva mata nativa, floresta natural e pastagem
natural.
A legislação do ITR adota o mesmo entendimento da legislação civil.
TERRA NUA:
VALOR DA TERRA NUA (VTN)
O Valor da Terra Nua (VTN) é o valor de mercado do imóvel rural,
excluídos os valores de mercado relativos a:
I - construções, instalações e benfeitorias;
II - culturas permanentes e temporárias;
III - pastagens cultivadas e melhoradas;
IV - florestas plantadas.
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O VTN refletirá o preço de mercado de terras, apurado em 1º de
janeiro do ano a que se referir a DITR, e será considerado auto-
avaliação da terra nua a preço de mercado.
CONSTRUÇÕES, INSTALAÇÕES E BENFEITORIAS
Incluem-se no conceito de construções, instalações e
benfeitorias, para efeito de exclusão do VTN, os prédios,
depósitos, galpões, casas de trabalhadores, estábulos, currais,
mangueiras, aviários, pocilgas e outras instalações para abrigo
ou tratamento de animais, terreiros e similares para secagem
de produtos agrícolas, eletrificação rural, captação de água
subterrânea, abastecimento ou distribuição de águas,
barragens, represas, tanques, cercas e, ainda, as benfeitorias
não relacionadas com a atividade rural.
ALÍQUOTAS DO ITR
A alíquota utilizada para cálculo do ITR é estabelecida para cada imóvel
rural, com base em sua área total e no respectivo grau de utilização,
conforme a seguinte tabela:
ÁREA TOTAL DO 
IMÓVEL (em hectares)
GRAU DE UTILIZAÇÃO (em %)
Maior que 
80
Maior que 
65 até 80
Maior que 
50 até 65
Maior que 
30 até 50 Até 30
Até 50 0,03 0,20 0,40 0,70 1,00
Maior que 50 até 200 0,07 0,40 0,80 1,40 2,00
Maior que 200 até 500 0,10 0,60 1,30 2,30 3,30
Maior que 500 até 1.000 0,15 0,85 1,90 3,30 4,70
Maiorque 1.000 até 5.000 0,30 1,60 3,40 6,00 8,60
Acima de 5.000 0,45 3,00 6,40 12,00 20,00
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Em nenhuma hipótese o valor do imposto devido será inferior a
R$ 10,00 (dez reais).
A apuração do ITR deve ser efetuada pelo contribuinte ou
responsável, independentemente de prévio procedimento da
administração tributária, nos prazos e condições estabelecidos
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, sujeitando-se a
homologação posterior.
CONTRIBUINTES
E
RESPONSÁVEIS
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CONTRIBUINTES
É contribuinte do ITR aquele que, em relação ao imóvel rural a ser
declarado, na data da efetiva apresentação da declaração, seja:
a) proprietário;
b) titular do domínio útil (enfiteuta ou foreiro);
c) possuidor a qualquer título, inclusive o usufrutuário
Também é contribuinte do ITR a pessoa física ou jurídica que, entre
1º de janeiro do ano a que se referira DITR e a data da sua efetiva
apresentação, tenha perdido:
a) a posse do imóvel rural, pela imissão prévia ou provisória do
expropriante na posse, em processo de desapropriação, tanto nos
casos em que o expropriante seja pessoa jurídica de direito público,
quanto de direito privado delegatária ou concessionária de serviço
público;
b) o direito de propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel
rural ao patrimônio do expropriante, em decorrência de desapropriação,
tanto nos casos em que o expropriante seja pessoa jurídica de direito
público, quanto de direito privado delegatária ou concessionária de
serviço público;
c) a posse ou a propriedade do imóvel rural, em função de alienação ao
Poder Público, inclusive às suas autarquias e fundações, bem assim às
instituições de educação e de assistência social imunes do imposto.
Ressalte-se que, no caso de desapropriação de imóvel rural por pessoa
jurídica de direito público, deixa de ocorrer o fato gerador do imposto a
partir da sua imissão prévia ou provisória na posse, ou da transferência
definitiva da propriedade em seu favor, tendo em vista que o patrimônio
do Poder Público é imune, não mais sendo cabível, então, falar em
contribuinte.
Entretanto, quando a desapropriação é efetivada por pessoa jurídica de
direito privado delegatária ou concessionária de serviço público, continua
havendo incidência do imposto após a imissão prévia na posse ou a
transferência definitiva da propriedade em seu favor, sendo contribuinte o
expropriante.
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Curiosidade
Quem é contribuinte em caso de imóvel rural dado em
fideicomisso?
Em caso de fideicomisso o contribuinte do ITR é o fiduciário. O
fiduciário é proprietário do imóvel sob condição resolutiva, ao
passo que o fideicomissário o é sob condição suspensiva.
Portanto, enquanto não houver o implemento da condição
suspensiva o fiduciário é o contribuinte do ITR.
O fideicomisso somente pode ser constituído por testamento. No
fideicomisso há, necessariamente, a participação de três pessoas:
o fideicomitente (autor da liberalidade), o fiduciário ou gravado
(pessoa que sucede em primeiro lugar e que é responsável por
transmitir o bem ao fideicomissário no implemento de determinada
causa) e o fideicomissário (pessoa à qual, por último, se transmite
a herança ou o legado).
(CC, arts. 1.951 e 1.953)
RESPONSÁVEIS
Podem ser pessoalmente responsáveis pelo crédito tributário do ITR:
a) o adquirente ou remitente;
b) o sucessor a qualquer título; ou
c) o cônjuge meeiro e o espólio.
Todavia, na hipótese de alienação do imóvel rural, não se configura a
responsabilidade tributária do adquirente quando este for o Poder
Público, incluídas suas autarquias e fundações, ou entidade privada
imune do ITR, bem como dos demais adquirentes quando conste do
título aquisitivo a prova de quitação do crédito tributário até então
existente.
Remitente:
É aquele que praticou remição, que é o ato do devedor
pagar dívida e resgatar o bem.
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TERRAS DEVOLUTAS E IMÓVEIS OBJETO DE ABANDONO
Segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), em razão
dos princípios da eficiência e da boa administração, a Secretaria da
Receita Federal do Brasil deve ser municiada com dados cadastrais que
espelhem a situação fundiária destas áreas, para fins de atualização e
manutenção do CAFIR, durante o prazo de três anos a que se refere o art.
1.276 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, bem assim,
após tal período, quando o imóvel for incorporado ao patrimônio público.
A RFB pode obter as informações de todos os imóveis expropriados pelo
Incra, no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SCNR), não existindo assim
a compulsoriedade da obrigação tributária acessória por parte do Incra, ou
seja, de apresentar a Declaração do Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural (DITR).
Atenção:
Caso o imóvel rural objeto de abandono não seja arrecadado pela União e
também não se encontre na posse de outrem, a obrigação de apresentar a
Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) continua
sendo do proprietário que o abandonou.
Curiosidade
Qual a extensão da responsabilidade do sucessor?
A responsabilidade de terceiro, por sucessão do
contribuinte, tanto pode ocorrer quanto às dívidas
tributárias preexistentes, quanto às que vierem a ser
lançadas ou apuradas posteriormente à sucessão,
desde que o fato gerador haja ocorrido até a data
dessa sucessão. Os créditos tributários relativos ao
ITR sub-rogam-se na pessoa do adquirente, salvo
quando conste do título a prova de sua quitação.
(CTN, arts. 129 e 130)
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RENÚNCIA DE PROPRIEDADE
Após o registro em cartório do ato renunciativo, o imóvel rural fica sem
dono conhecido, sendo que o primeiro que o possuir poderá adquiri-lo
por usucapião, desde que cumpridos os requisitos legais. Nesse
sentido, vale observar o seguinte:
a) havendo possuidor, este terá a obrigação de apresentar a
Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR).
Vale ressaltar que tal situação pode, inclusive, evidenciar que o ex-
proprietário ficou de posse do imóvel renunciado, com o intuito de
eximir-se de obrigações tributárias impostas.
b) se a União estiver com a posse do imóvel renunciado, segundo a
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), em razão dos
princípios da eficiência e da boa administração, cabe à Secretaria do
Patrimônio da União (SPU) municiar a Secretaria da Receita Federal do
Brasil com dados cadastrais que espelhem a situação fundiária destas
áreas, para fins de atualização e manutenção do Cadastro de Imóveis
Rurais (CAFIR).
Atenção:
O renunciante permanecerá na condição de
contribuinte do ITR, quanto aos fatos geradores
ocorridos anteriormente ao registro do ato
renunciativo,uma vez que, não tendo o imóvel sido
objeto de aquisição, não se opera a sub-rogação
prevista no art. 130, caput, da Lei nº 5.172, de 25 de
outubro de 1966 - Código Tributário Nacional
(CTN).
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AQUISIÇÃO DE IMÓVEL RURAL
O adquirente de imóvel rural responde pelo débito tributário existente. O
crédito tributário, relativo a fato gerador ocorrido até a data da
alienação do imóvel, sub-roga-se na pessoa do respectivo
adquirente, salvo quando conste do título de aquisição a prova de sua
quitação.
Não obstante, não se aplica o instituto da sub-rogação à aquisição de
imóvel rural pelo Poder Público, pelas suas autarquias e fundações, e
pelas entidades privadas imunes do imposto, bem como em relação ao
imóvel desapropriado por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, inclusive para reforma agrária, seja a desapropriação
promovida pelo Poder Público, seja por pessoa jurídica de direito
privado delegatária ou concessionária de serviço público.
Nesses casos, responde pelo pagamento do imposto o desapropriado
ou o alienante, em relação aos fatos geradores ocorridos até a data da
perda da posse ou até a data da transferência da titularidade.
DESAPROPRIAÇÃO
Não ocorre a sub-rogação do imposto na pessoa do expropriante
porque a desapropriação é modo originário de aquisição da
propriedade.
Forma originária de aquisição da propriedade é aquela que nasce de
uma relação direta entre o sujeito e a coisa; é causa autônoma,
bastante para gerar o título constitutivo da propriedade por força
própria.
Portanto, diz-se originária a forma de aquisição quando a causa que
atribui a propriedade a alguém não se vincula a nenhum título anterior.
É o que ocorre na desapropriação, em que a transferência forçada do
imóvel para o patrimônio do expropriante independe de qualquer
vínculo com o título anterior de propriedade.
Portanto, na expropriação é incabível falar em responsabilidade do
sucessor, uma vez que não existe a figura do sucessor; o expropriante
é considerado proprietário originário. Assim, por ficção legal, considera-
se que o imóvel nunca antes teve dono.
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Curiosidade
Por que inexiste sub-rogação do imposto na pessoa do
adquirente do imóvel, na venda de imóvel rural para pessoa
jurídica de direito público interno ou de direito privado
imune?
A propriedade de imóvel rural por pessoa jurídica de direito
público ou pessoa jurídica de direito privado imune não constitui
fato gerador do ITR, por expressa disposição constitucional.
Como o fisco não pode cobrar imposto relativo aos bens que
integram o patrimônio da pessoa jurídica imune, esta não pode
assumir o ônus tributário de bens de terceiros, restando, assim,
inaplicável o instituto da sub-rogação do crédito tributário na
pessoa do adquirente imune. Cabe, portanto, ao alienante o
pagamento do ITR relativo aos fatos geradores ocorridos até a
data da alienação do imóvel à pessoa jurídica imune.
IMÓVEL RURAL PERTENCENTE A ESPÓLIO
No caso de imóvel rural pertencente a espólio, para
fins do ITR, é responsável:
a) o espólio, pelo imposto devido pela pessoa falecida
até a data da abertura da sucessão;
b) o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro,
pelo imposto devido pela pessoa falecida até a data da
partilha, sobrepartilha ou adjudicação, limitada esta
responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou
da meação.
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Documentos
que compõem a 
DITR
� As informações constantes no Diac integrarão o Cafir, cuja
administração cabe à RFB, que pode, a qualquer tempo, solicitar
informações visando à sua atualização.
� É dispensado o preenchimento do Diat no caso de imóvel rural IMUNE
ou ISENTO do ITR.
DOS DOCUMENTOS DA DITR
A DITR correspondente a cada imóvel rural será
composta pelos seguintes documentos:
I - Documento de Informação e Atualização Cadastral do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural (Diac), mediante o qual devem ser prestadas
à RFB as informações cadastrais correspondentes a cada imóvel rural e a seu
titular; e
II - Documento de Informação e Apuração do Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural (Diat), mediante o qual devem ser prestadas à RFB as
informações necessárias ao cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural (ITR) e apurado o valor do imposto correspondente a cada imóvel rural.
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Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR - DIAC
DIAC
Dados do 
Imóvel
Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR - DIAC
DIAC
Dados do 
Contribuinte
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Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR - DIAC
Só é possível informar dados de até 12 (doze) aquisições totais.
O adquirente deverá providenciar o cancelamento do NIRF em uma unidade da RFB caso não
tenha feito.
Só é possível informar dados de até 12 (doze) aquisições parciais.
Só é possível informar dados de até 12 (doze) alienações parciais.
Só é possível informar dados de até 3 (três)
desapropriações ou alienações.
DIAC
Dados de Aquisições, 
Alienações e 
Desapropriações.
Documento de Informação e Apuração do ITR - DIAT
DIAT
Dados da Área do 
Imóvel Rural.
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Documento de Informação e Apuração do ITR - DIAT
DIAT
Dados da Área Não 
Utilizada na Atividade 
Rural.
Documento de Informação e Apuração do ITR - DIAT
DIAT
Cálculo do Valor da 
Terra Nua;
Cálculo do Imposto; e
Parcelamento.
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CAPÍTULO III – DITR - DECLARAÇÃO DO IMPOSTO SOBRE A 
PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL – REGRAS PARA 
CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO
1. Obrigatoriedade de apresentação da declaração
2. Imóvel rural sujeito a tributação
3. Imóveis rurais imunes e isentos
4. Prazos e meios de apresentação da DITR
5. Multa por atraso na entrega da DITR
6. Forma de preenchimento da declaração
7. DIAC – Declaração do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural – Instruções de
Preenchimento
8. DIAT - Documento de Informação e Atualização -
Instruções de preenchimento
9. Apuração e pagamento do Imposto Territorial
Rural
Obrigatoriedade de apresentação
c) um dos compossuidores,
quando mais de uma pessoa for
possuidora do imóvelrural;
b) um dos condôminos, quando o imóvel rural pertencer simultaneamente a mais de um
contribuinte, em decorrência de contrato ou decisão judicial ou em função de doação
recebida em comum;
É POSSUIDORA a qualquer título a pessoa que tem a posse do imóvel rural, seja por direito
real de fruição sobre coisa alheia, no caso da usufrutuária, seja por ocupação, autorizada ou
não pelo Poder Público.
Obs.
Está obrigado a apresentar a DITR referente ao exercício de 2016
aquele que seja, em relação ao imóvel rural a ser declarado, exceto
o imune ou isento:
I - na data da efetiva apresentação:
a) a pessoa física ou jurídica
proprietária, titular do domínio útil
ou possuidora a qualquer título,
inclusive a usufrutuária;
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Obrigatoriedade de apresentação
II - a pessoa física ou jurídica que, entre 1º de janeiro de
perdeu:
II - a pessoa física ou jurídica que, entre 1º de janeiro de
2016 e a data da efetiva apresentação da declaração,
perdeu:
c) a posse ou a propriedade do imóvel rural, em função de alienação ao Poder Público,
inclusive às suas autarquias e fundações, ou às instituições de educação e de assistência
social imunes do imposto;
a) a posse do imóvel rural, pela imissão prévia do expropriante, em processo de
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, inclusive para
fins de reforma agrária;
b) o direito de propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel rural ao
patrimônio do expropriante, em decorrência de desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, inclusive para fins de reforma agrária; ou
O contribuinte expropriado ou alienante, pessoa física
ou jurídica, apresenta a DITR considerando a área
desapropriada ou alienada como integrante da área
total do imóvel rural, mesmo que este tenha sido, após
1º de janeiro de 2016, total ou parcialmente:
a) desapropriado ou
alienado a entidades
imunes do ITR; ou
b) desapropriado por pessoa
jurídica de direito privado
delegatária ou concessionária
de serviço público.
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Notas: Está obrigado, também, a apresentar a DITR referente ao exercício de 2017
aquele que, em relação ao imóvel rural a ser declarado, imune ou isento, e para o
qual houve alteração nas informações cadastrais correspondentes ao imóvel rural, ao
seu titular, à composse ou ao condomínio, constantes do Cadastro de Imóveis Rurais
(Cafir) e sem que esse fato tenha sido comunicado à Secretaria da Receita Federal
do Brasil (RFB) para fins de alteração no Cafir, se enquadre em qualquer das
hipóteses previstas nos incisos I a IV do caput.
Obrigatoriedade de apresentação
III - a pessoa jurídica que recebeu o imóvel rural nas hipóteses
previstas no inciso II, desde que essas hipóteses tenham ocorrido
entre 1º de janeiro e 29 de setembro de 2017; e
IV - nos casos em que o imóvel rural pertencer a espólio, o
inventariante enquanto não ultimada a partilha, ou, se esse não tiver
sido nomeado, o cônjuge meeiro, o companheiro ou o sucessor a
qualquer título.
Neste caso, a DITR deve ser apresentada em nome do espólio, mesmo em relação
às declarações que deveriam ter sido apresentadas pelo de cujus e não o foram
tempestivamente.
IMÓVEL RURAL SUJEITO A APURAÇÃO DO IMPOSTO 
De acordo com o art. 5º da IN RFB nº 1.715/17, estão obrigadas a apurar o imposto
na DITR, toda pessoa física ou jurídica, desde que o imóvel rural não se
enquadre nas condições de imunidade ou isenção do ITR.
I - desapropriado, ou alienado a 
entidades imunes do ITR; ou
II - desapropriado por pessoa jurídica
de direito privado delegatária ou
concessionária de serviço público.
� A pessoa física ou jurídica, expropriada ou alienante, de que trata o inciso
II do caput do art. 2º, da IN RFB nº 1.715/2017, apurará o imposto, no
mesmo período e nas mesmas condições dos demais contribuintes,
considerando a área desapropriada ou alienada como integrante da área
total do imóvel rural, mesmo que esse tenha sido, após 1º de janeiro de
2017, total ou parcialmente:
OBSERVAÇÕES:
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IMÓVEIS DISPENSADOS DA APURAÇÃO DO ITR
É dispensado da apuração do ITR e,
portanto, do preenchimento do Diat, o
imóvel rural:
ISENTOIMUNE Ou
Perda da 
IMUNIDADE
A pequena gleba rural IMUNE, perde a IMUNIDADE caso tenha
área explorada por contrato de arrendamento, comodato ou
parceria, sujeitando-se, assim, à apuração do ITR, sendo então
obrigatório o preenchimento do Documento de Informação e
Atualização Cadastral do ITR (Diac) e do (Diat).
Perda da 
ISENÇÃO
O imóvel rural ISENTO, também, perde a isenção do ITR caso tenha área
explorada por contrato de arrendamento, comodato ou parceria,
sujeitando-se, assim, à apuração do ITR, sendo então obrigatório o
preenchimento do Diac e do Diat.
PRAZOS DE APRESENTAÇÃO DA DITR
De acordo com o art. 7º da Instrução Normativa RFB nº
1.715/2017, o prazo para apresentação da DITR é de 14 de
agosto a 29 de setembro de 2017.
As declarações apresentadas pela Internet devem ser
transmitidas até as 23h59min59s (horário de
Brasília) de 29 de setembro de 2017. As declarações
transmitidas após esse horário serão consideradas
apresentadas em atraso.
OBSERVAÇÕES
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MEIOS DE APRESENTAÇÃO DA DITR
A comprovação da apresentação da DITR é feita por meio de
RECIBO gravado após a sua transmissão, em disco rígido de
computador ou em mídia removível que contenha a
declaração transmitida, cuja impressão deve ser realizada pelo
contribuinte mediante a utilização do programa ITR2017.
A apresentação da DITR deve ser feita pela Internet,
mediante utilização do programa de transmissão
Receitanet, disponível no sítio da RFB na Internet, no
endereço http://idg.receita.fazenda.gov.br/
DO RECIBO DE ENTREGA DA DITR
MULTA POR ATRASO NA ENTREGA
� A multa da DITR é objeto de lançamento de ofício e tem, por termo inicial, o
1º (primeiro) dia subsequente ao do final do prazo fixado para a entrega da
DITR e, por termo final, o mês da sua entrega.
A entrega da DITR após o prazo, se obrigatória, sujeita o
contribuinte à multa de:
I - 1% (um por cento) ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o
total do imposto devido, não podendo seu valor ser inferior a R$ 50,00 (cinquenta
reais), no caso de imóvel rural sujeito à apuração do imposto, sem prejuízo da
multa e dos juros de mora devidos pela falta ou insuficiência do recolhimento do
imposto ou quota; ou
II - R$ 50,00 (cinquenta reais), no caso de imóvel rural imune ou isento do ITR.
OBS.:
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DA RETIFICAÇÃO DA DITR
Caso a pessoa física ou jurídica constate que cometeu erros,
omissões ou inexatidões na DITRjá transmitida, poderá
apresentar declaração retificadora, antes de iniciado o
procedimento de lançamento de ofício:
I - pela Internet, mediante a utilização do programa de transmissão
Receitanet; ou
II - em mídia removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de
expediente, se após o 29/09/2017.
• O contribuinte deve apresentar DITR retificadora relativa ao exercício de 2017
sem interrupção do pagamento do imposto.
• A DITR retificadora tem a mesma natureza da declaração originariamente
apresentada, substituindo-a integralmente e, portanto, deve conter todas as
informações anteriormente declaradas com as alterações e exclusões
necessárias, bem como as informações adicionadas, se for o caso.
• Para a elaboração e a transmissão de DITR retificadora deve ser informado o
número constante no recibo de entrega da última declaração apresentada
referente ao exercício de 2017.
NOTAS
Utilize o programa relativo ao exercício correspondente à declaração
a ser retificada, que está disponível no sítio da RFB na Internet, no
endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br>.
Atenção:
As declarações de exercícios anteriores devem ser transmitidas pela
Internet, com o uso do programa de transmissão Receitanet,
disponível no sítio da RFB, na Internet, no endereço
<http://www.receita.fazenda.gov.br>, ou em mídia removível, tais como
pen drive ou disco rígido externo, nas unidades da RFB, durante o seu
horário de expediente.
DA RETIFICAÇÃO DA DITR exercícios anteriores
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Forma de preenchimento da declaração
O aplicativo utilizado para preenchimento da DITR é
disponibilizado anualmente pela Receita Federal.
Seu preenchimento é manual e as informações ali inseridas
são de única responsabilidade do contribuinte.
A seguir desenvolveremos um caso prático onde
demonstraremos:
� A forma de preenchimento da declaração;
� Instruções gerais sobre o preenchimento da declaração;
� Instruções de preenchimento do DIAC;
� Instruções de preenchimento do DIAT;
� Apuração e pagamento do Imposto.
Apresentamos, a seguir, exemplo de cálculo do ITR, tendo como base os
seguintes dados hipotéticos:
CASO PRÁTICO:
DESCRIÇÃO VALORES
a) Área total do imóvel 220,0 ha
b) Área ocupada c/ benfeitorias úteis e necessárias destinadas
à atividade rural 30,0 ha
c) Área de produtos vegetais 80,0 ha
d) Área de pastagens 40,0 ha
e) Área não utilizada na atividade rural 70,0 ha
f) Valor de mercado do imóvel em 01-01-2016 (valor total) R$ 580.000,00
g) Valor de mercado das benfeitorias em 01-01-2016 R$ 90.000,00
h) Valor de mercado das culturas em 01-01-2016 R$ 300.000,00
Assim temos:
Área Tributável
O valor da área tributável corresponde à área total do imóvel, ou seja, 220,0 ha, uma 
vez que não existem áreas não tributáveis.
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Área Aproveitável
Área tributável – Área ocupada c/ benfeitorias úteis e necessárias destinadas à
atividade rural
220,0 ha – 30,0 ha = 190,0 ha
Grau de Utilização
(Área utilizada ÷ Área aproveitável) x 100
120,0 ha ÷ 190,0 ha x 100 = 63,2%
O percentual obtido deve ser informado com a utilização da primeira casa
decimal após a vírgula. Se o algarismo da 2ª casa for diferente de zero,
arredonde o algarismo da 1ª para o imediatamente superior.
Valor da Terra Nua
Valor total do imóvel – Valor das benfeitorias – Valor das culturas
R$ 580.000,00 – R$ 90.000,00 – R$ 300.000,00 = R$ 190.000,00
Valor da Terra Nua Tributável
(Área tributável ÷ Área total do imóvel) x Valor da terra nua
(220,0 ha ÷ 220,0 ha) x R$ 190.000,00 = R$ 190.000,00
Cálculo do Imposto
Alíquota = 1,30% (conforme tabela constante no slide 34)
R$ 190.000,00 x 1,30% = R$ 2.470,00
O imposto de R$ 2.470,00 poderá ser pago em quota única ou parcelado em
até 4 quotas mensais de R$ 617,50 cada uma.
PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO
Apresentamos a seguir a Declaração do ITR preenchida com os dados do
exemplo.
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PREENCHIMENTO DO DIAC - DADOS DO IMÓVEL RURAL
Nesta ficha devem ser informados os dados relativos à identificação do imóvel
rural que está sendo declarado.
Preencha os campos dessa ficha de acordo com as seguintes instruções:
Que tipo de declaração você pretende fazer?
Marque Declaração Original, se esta declaração for a primeira a ser
apresentada para o exercício de 2017, para este imóvel rural.
Marque Declaração Retificadora, se esta declaração tiver por objetivo alterar
outra já apresentada para o exercício de 2017, para este imóvel rural.
Dados do Imóvel:
Nome do Imóvel Rural - Informe o nome pelo qual o imóvel rural é conhecido.
Área Total Imóvel - ha - Informe a área total do imóvel rural existente na data
da efetiva apresentação da declaração, em hectares, utilizando-se a primeira
casa decimal e desprezando-se as demais.
Código Imóvel Incra - Informe o código do imóvel rural atribuído pelo Incra.
Endereço ou indicações para a localização do imóvel - Informe o endereço
completo da localização do imóvel rural.
Tipo Logradouro - Selecione o tipo do logradouro, tais como colônia, estrada,
núcleo, rodovia, trecho, vale etc.
Logradouro - Informe o nome do logradouro, ou caso não exista, forneça
indicações para a localização do imóvel rural.
Distrito - Informe o distrito ou vila de localização do imóvel rural, se for o caso.
UF - Selecione a sigla da Unidade da Federação (UF) a que pertence o
município de localização do imóvel rural.
Município de Localização (Domicílio Tributário) - Selecione o nome do
município de localização do imóvel rural.
O imóvel que pertencer a mais de um município deve ser enquadrado no
município onde fique a sede do imóvel e, se esta não existir, será enquadrado
no município onde se localize a maior parte do imóvel.
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CEP - Informe o Código de Endereçamento Postal (CEP) do município do
imóvel rural, com oito dígitos.
O Contribuinte é - Clique no botão Pessoa Física ou Pessoa Jurídica de
acordo com a condição do contribuinte.
O Imóvel pertence a um condomínio? - Se o imóvel rural pertencer a
condomínio, ou seja, a duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas, assinale
SIM. Caso contrário, assinale NÃO.
Imóvel imune ou isento do ITR? - Se o imóvel rural estiver imune ou isento
do imposto, clique no botão SIM. Caso o imóvel rural não esteja nem imune
nem isento do imposto, clique no botão NÃO.
Há, nesta ficha, pelo menos um dado diferente do informado na
respectiva ficha da Declaração de 2016 que não foi comunicado à RFB
para fins de alteração no Cadastro de Imóveis Rurais (CAFIR)? - Assinale
SIM, se houve pelo menos uma alteração em relação aos dados informados na
ficha “Dados do Imóvel Rural” da DITR 2016, que não foi comunicado à RFB
para fins de alteração no CAFIR. Caso contrário, assinale NÃO.
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PREENCHIMENTO DO DIAC - IDENTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE
Nesta ficha devem ser informados os dados relativos à identificação do
contribuinte.
Preencha os campos dessa ficha de acordo com as seguintes instruções:
Dados do Contribuinte - CPF/CNPJ
Pessoa Física - Informe o número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas (CPF), com 11 dígitos. Se espólio, informe o número de inscrição no
CPF da pessoa falecida.
Pessoa Jurídica - Informe o número de inscrição no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica (CNPJ), com 14 dígitos.
Nome da Pessoa Física/Nome Empresarial
Pessoa Física - Informe o nome completo do contribuinte.
Se a Declaração for de espólio, informe o nome da pessoa falecida. Neste
caso, preencha também os campos CPF do Inventariante e Nome do
Inventariante
Pessoa Jurídica - Informe o nome empresarial (firma, razão social ou
denominação da pessoa jurídica) do contribuinte.
Data Nascimento - Informe a data de nascimento do contribuinte, se pessoa
física, com dois algarismos para o dia, dois para o mês e quatro para o ano.
CPF do Cônjuge - Se o contribuinte for pessoa física, informe o número de
inscrição no CPF do cônjuge ou do companheiro, com 11 dígitos.
Partic. Condomínio (%) - Em caso de condomínio, informe o percentual de
participação do declarante na área do imóvel, observando a situação existente
na data da efetiva apresentação da declaração. Utilize a primeira casa decimal
e despreze as demais.
A situação em que alguém adquire parte de imóvel e não realiza delimitação no
título da parte adquirida é considerada condomínio, caso o instrumento de
transferência tenha sido registrado no Cartório de Registro de Imóveis.
Endereço para a entrega de correspondência - Informe o endereço
completo, preferencialmente urbano, para encaminhamento de
correspondência, inclusive o CEP com oito dígitos. Se for o do imóvel rural,
repita os dados do campo "Endereço ou Indicações para Localização do
Imóvel" da ficha “Dados do Imóvel Rural”. Em caso de devolução de
correspondência pelos Correios, o contribuinte está sujeito a intimação por
edital, cujo não atendimento no prazo legal enseja a adoção pela RFB das
medidas necessárias, à revelia do contribuinte.
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Se o imóvel pertence a espólio
CPF do Inventariante - No caso de espólio, informe o número de inscrição no CPF do
inventariante, com 11 dígitos.
Nome do Inventariante - No caso de espólio, informe o nome completo do
inventariante.
Representante Legal - Preencha os campos “CPF do Repres. Legal” e “Nome do
Representante Legal”, caso a declaração a ser apresentada refira-se a imóvel rural de
pessoa incapaz ou de qualquer pessoa que tenha dado poderes específicos para outra
representá-la perante a RFB.
CPF do Repres. Legal - Informe o número de inscrição no CPF do representante legal,
com 11 dígitos.
Nome do Representante Legal - Informe o nome completo do representante legal.
Alteração no Cadastro de Imóveis Rurais (CAFIR)
Há, nesta ficha, pelo menos um dado diferente do informado na respectiva ficha
da Declaração de 2016 que não foi comunicado à RFB para fins de alteração no
Cadastro de Imóveis Rurais (CAFIR)? - Assinale SIM, se houve pelo menos uma
alteração em relação aos dados informados na ficha “Dados do Imóvel Rural” da
DITR2016, que não foi comunicado à RFB para fins de alteração no CAFIR. Caso
contrário, assinale NÃO.
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A ficha destinada a coletar informações adicionais sobre a atividade pecuária
exercida pelo contribuinte, é de preenchimento obrigatório caso o imóvel rural
que esteja sendo declarado tenha área igual ou superior a:
a) 1.000ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental
ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense;
b) 500ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou
na Amazônia Oriental; e
c) 200ha, se localizado em qualquer outro município.
A área utilizada com a atividade pecuária de imóvel enquadrado nesses limites
sujeita-se a índices de lotação por zona de pecuária.
As áreas informadas nos campos 04, 05, 06, 11 e 12 devem ser expressas em
hectares, utilizando-se a primeira casa decimal e desprezando-se as demais.
INFORMAÇÕES SOBRE ATIVIDADE PECUÁRIA
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CAPITULO IV - ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL – ADA
1. Prazo de Entrega do Ato Declaratório Ambiental –
ADA
2. Geração do Ato Declaratório Ambiental – ADA
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Prazo de Entrega do Ato
Declaratório Ambiental – ADA
A partir do Exercício de 2007 a declaração original do ADA
passou a ser apresentada anualmente, de 1º de janeiro a 30
de setembro.
No caso de declarações retificadoras o prazo se estende
até 31 de dezembro.
Assim, a partir do Ato Declaratório Ambiental – ADA –
Exercício 2007 a apresentação passou a se dar com
periodicidade ANUAL, no prazo de 1º/01 a 30/09,
independentemente de declarações efetuadas em Exercícios
anteriores (1997 a 2006) e/ou da ocorrência de alterações
nas características dos imóveis rurais.
Geração do Ato Declaratório
Ambiental – ADA
Para fins de exclusão das áreas não tributáveis da área total
do imóvel rural, o contribuinte deve apresentar ao Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) o Ato Declaratório Ambiental (ADA) a
que se refere o art. 17-O da Lei n° 6.938, de 31 de agosto
de 1981, observada a legislação pertinente.
O contribuinte cujo imóvel rural já esteja inscrito no
Cadastro Ambiental Rural (CAR), a que se refere o art. 29
da Lei n° 12.651, de 25 de maio de 2012, deverá informar na
DITR o respectivo número do recibo de inscrição.
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Curiosidade
Caso o contribuinte não tenha apresentado o ADA, quais as
consequências em relação à DITR?
Caso não tenha apresentado o ADA, o contribuinte não pode
excluir da tributação na DITR as áreas de informação obrigatória
em ADA, devendo ser paga a diferença de imposto que
eventualmente deixou de ser recolhida em virtude da exclusão
das referidas áreas, com os acréscimos legais cabíveis (multa e
juros).
(Lei nº 6.938, de 1981, art. 17-O, § 1º, com redação dada pela Lei
nº 10.165, de 2000, art. 1º)
CAPÍTULO V – APLICAÇÃO PRÁTICA
PREENCHIMENTO DA DITR.
1. Dados do imóvel rural
�Nome do Imóvel Rural
�Informe o nome pelo qual o imóvel rural é conhecido.
�ÁreaTotal Imóvel - ha
�Informe a área total do imóvel rural existentena data
da efetiva apresentação da declaração, em hectares,
utilizando-se a primeira casa decimal e desprezando-se
as demais.
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Ficha de preenchimento obrigatório “dados do imóvel”
1. Dados do imóvel rural na DITR
Conversor de Unidades de Medidas
Agrárias
� Selecione: “Ferramentas” “Conversor de Unidades de Medidas Agrárias”;
� Informe a área a ser convertida;
� Escolha a unidade de medida de área pretendida.
� Com a Declaração a ser preenchida aberta, escolha o botão "Transportar",
e em seguida clique no campo de área que receberá o transporte;
A conversão da unidade de medida informada em hectares
pode ser realizada através do conversor de medidas
constante no programa DITR.
Segue abaixo o passo a passo para conversão
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1º PASSO
2º PASSO
INFORMA A ARÉA DO IMOVEL 
ESCOLHA A UNIDADE DE 
MEDIDA
3º PASSO
4º PASSO
CLIQUE NA NO CAMPO “AREA TOTAL” E DEPOIS EM “TRANSPORTAR” 
CLIQUE NA NO CAMPO “CANCELAR TRANSPORTE ” SE DESEJAR CANCELAR
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Informe o número de inscrição no (CPF),
com 11 dígitos.
Se espólio, informe o número de inscrição no
CPF da pessoa falecida.
PREENCHIMENTO DO DIAC - IDENTIFICAÇÃO DO
CONTRIBUINTE
Nesta ficha devem ser informados os dados relativos à identificação
do contribuinte.
Preencha os campos dessa ficha de acordo com as seguintes instruções:
Dados do Contribuinte
CPF
Pessoa Física
CNPJ
Pessoa Jurídica
Informe o número de inscrição no
Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica (CNPJ), com 14 dígitos.
Se a pessoa falecida não for inscrita no CPF, a inscrição deve ser providenciada, exclusivamente
nas unidades da RFB, pelo inventariante, cônjuge meeiro, companheiro ou sucessor a qualquer
título.
Nota:
Se a Declaração for de espólio, informe o nome da pessoa falecida. Neste caso,
preencha também os campos CPF do inventariante e Nome do inventariante.
Atenção:
Caso tenha havido alteração do seu nome e essa não tenha sido comunicada à
RFB, providencie a atualização.
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� Data Nascimento
� Informe a data de nascimento do contribuinte, se pessoa física, com dois
algarismos para o dia, dois para o mês e quatro para o ano.
� CPF do Cônjuge
� Se o contribuinte for pessoa física, informe o número de inscrição no CPF do
cônjuge ou do companheiro, com 11 dígitos.
�Participação Condomínio (%)
� Em caso de condomínio, informe o percentual de participação do declarante na
área do imóvel, observando a situação existente na data da efetiva apresentação
da declaração. Utilize a primeira casa decimal e despreze as demais.
A situação em que alguém adquire parte de imóvel e não realiza delimitação no
título da parte adquirida é considerada condomínio, caso o instrumento de
transferência tenha sido registrado no Cartório de Registro de Imóveis.
� Endereço para a entrega de correspondência
� Informe o endereço completo, preferencialmente urbano, para
encaminhamento de correspondência, inclusive o CEP com oito dígitos. Se for
o do imóvel rural, repita os dados do campo "Endereço ou Indicações para
Localização do Imóvel" da ficha “Dados do Imóvel Rural”. Em caso de
devolução de correspondência pelos Correios, o contribuinte está sujeito a
intimação por edital, cujo não atendimento no prazo legal enseja a adoção pela
RFB das medidas necessárias, à revelia do contribuinte.
�Se o imóvel pertence a espólio
� CPF do Inventariante
� Nome do Inventariante
• Se o inventariante ainda não tiver sido nomeado, informe o número de inscrição
no CPF e o nome do cônjuge meeiro, do(a) companheiro(a) ou do sucessor a
qualquer título.
NOTA
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DADOS DO CONTRIBUINTE PJ OU PF
No preenchimento dos dados desta ficha deve ser observada a situação existente na data
da efetiva apresentação da Declaração.
Para incluir um condômino, clique em Novo; para editar um já informado, clique em
Editar e para excluí-lo, clique em Excluir.
Preencha os campos dessa ficha de acordo com as seguintes instruções:
� Dados dos Condôminos
Informe os números de inscrição no CPF ou no CNPJ dos condôminos que tenham as
maiores participações na área do imóvel, até dez, exceto o declarante, em ordem
decrescente de participação das suas respectivas áreas.
� Preenchimento do Diac - Demais Condôminos 
Atenção:
� Se o percentual de participação de cada condômino for igual, a indicação dos
condôminos pode ser efetuada na ordem alfabética.
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Tratando-se de imóvel em condomínio preencha esta ficha!Tratando-se de imóvel em condomínio preencha esta ficha!
Para inclusão dos nomes dos condôminos que tenham as
maiores participações na área do imóvel, até dez, exceto
o declarante, em ordem decrescente de participação das
suas respectivas áreas, observando a situação existente na
data da efetiva apresentação da declaração clique na aba novo.
Campo preenchido com até 10 
condôminos
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� Preenchimento do Diac - Aquisição/Alienação
Dados da Aquisição de Área Total:
Preencha os campos desta sub-ficha com as informações relativas a cada
aquisição de área total de imóvel rural ocorrida após a data da efetiva
apresentação da DITR de 2016, que, na data da efetiva apresentação da
DITR2017, integre a área total do imóvel rural correspondente a esta
declaração.
� Se o imóvel rural foi inscrito no Cafir a partir de 1º de outubro de 2016,
preencha esta sub-ficha se, após a inscrição, adquiriu área(s) total(is) de
imóvel(is) rural(is) que, na data da efetiva apresentação da DITR2017,
integre(m) a área total do imóvel rural correspondente a esta
declaração.
� Se ocorreram mais de doze aquisições de áreas totais, o contribuinte
deve informar as doze aquisições de maior área.
OBSERVAÇÃO
� CPF / CNPJ do Alienante
Informe o número de inscrição no CPF, com 11 dígitos, se pessoa física, ou o número de
inscrição no CNPJ, com 14 dígitos, se pessoa jurídica, do alienante da área.
� Data de aquisição:
Informe a data da aquisição, com dois algarismos para o dia, dois para o mês e quatro para o
ano.
O programa ITR2017 somente aceita informação de aquisição total cuja data seja igual ou
posterior a 23/08/2016.
A data informada

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