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A HISTÓRIA DO VOLEIBOL O Voleibol é adaptação americana de um jogo italiano difundido nos países latinos na Idade Média (século V a XV). O esporte foi levado à Alemanha em 1893, onde ficou conhecido com o nome de faust-ball, e dois anos mais tarde foi levado à América. O faust-ball era jogado por equipes de duas a nove pessoas, que devolviam a bola ao campo adversário sobre uma rede, utilizando os punhos (faust, em alemão, significa punho). A bola podia tocar duas vezes o chão antes de ser golpeada. No final do século XIX , os norte-americanos dedicavam-se a esportes específicos em cada estação do ano.Era preciso entreter os esportistas no período em que a neve impedia atividades recreativas ao ar livre. Em 1895 William George Morgan, morando em Holioke, Massachusetts, assumiu o cargo de diretor do Departamento de Atividades Físicas da ACM. O pastor Lawrence Rinder lhe pediu que desenvolvesse um jogo menos vigoroso que o basquetebol e mais recreativo que a calistenia - exercício ginástico para beleza e vigor físicos - praticados pelos associados de meia-idade. Morgan aceitou o desafio e começou a elaborar um novo jogo, sem imaginar que estava idealizando um futuro esportes olímpicos, que seria praticado em todos os cantos da Terra. No início de 1896, Morgan foi convidado pelo diretor da Escola para Trabalhadores Cristãos da ACM de Springfield, a mostrar o novo jogo na Conferência dos diretores dos Departamentos de Atividades Físicas das ACMs da região de Springfield. A apresentação transformou-se na sensação da conferência e despertou discusões entusiasmadas. O dr Gullick sugeriu a Morgan que mudasse o nome do jogo para Volleyball. Logo depois, foi aceita a idéia do dr A. T. Halstead, docente da escola: volleyball, já que a bola permanecia em constante voleio ( volley, em inglês) sobre a rede. A partir desse dia, o voleibol foi rapidamente difundido pelas ACMs vizinhas. Em 1915, uma resolução dos órgãos governamentais de educação recomendou a prática de voleibol nos programas de educação física das escolas norte-americanas, dando assim um novo impulso ao esporte e divulgando-o por todo país. A criação de núcleos internacionais da ACM, no início do século XX, ofereceu o passaporte de viagem ao voleibol.O ano de chegada do voleibol em alguns pontos do mundo: - Canadá: 1900 - Cuba: 1905 - Filipinas: 1908 - Peru: 1910 - Uruguai, Argentina, China, Japão e Porto Rico: 1912 - Brasil: 1915 ou 1916 - Europa: 1916 - México: 1917 No Brasil, há controvérsias quanto ao ano da primeira exibição do esporte. Alguns autores informam que ocorreu em Pernambuco, em 1915, no Colégio Marista de Recife. Outros dizem que foi na ACM de São Paulo, em 1916 - há registro fotográfico dessa apresentação na capital paulista. O primeiro campeonato nacional foi disputado somente em 1944. A confederação Sul-Americana de Voleibol foi fundada em 12 de fevereiro de 1946, com sede no Brasil e tendo o brasileiro Célio Negreiros de Barros como presidente. A sede mudou a partir de 1960, obedecendo a um sistema de rodízio para cada biênio. A criação da FIVB se deu em 20 de Abril de 1947 na França. O congresso do Comitê Olímpico Internacional realizado em Sofia, Bulgária, em setembro de 1962, aceitou o voleibol como esporte olímpico após uma demonstração prática. Foi incluído, então, no programa oficial dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964. Em 26 de julho de 1983 foi registrado o recorde mundial de público no jogo disputado entre Brasil e União Soviético. No Estádio da Maracanã (o “templo do futebol”), no Rio de Janeiro, 95.887 pessoas vibraram com a vitória brasileira por 3 sets a 1. A confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Fundada em 09 de agosto de 1954, teve como primeiro presidente Dennis Hatthaway e promoveu campeonatos nacionais a partir de 1956. POSIÇÃO BÁSICA E RODIZIO NO VOLEIBOL Ao entrar na quadra, cada jogador deverá ocupar uma das posições indicada na figura: O rodízio é realizado no sentido dos ponteiros do relógio. Este rodízio obrigatório faz com que, no desenvolvimento da partida, cada jogador tenha de ocupar cada uma das 6 posições da quadra, fato que implica, pelo menos em tese, que os jogadores devem dominar todos os fundamentos do jogo. O posicionamento determina que, até o instante da execução de cada saque, todos jogadores, das duas equipes, respeitem seus posicionamentos de rodízio e estejam ocupando sempre suas posições. Após o golpe dado pelo sacador, os jogadores poderão deixar os seus posicionamentos obrigatórios de rodízio. Lembramos que somente os jogadores da linha de ataque (posições 2,3 e 4) podem participar normalmente das jogadas de rede. O jogador de defesa, se apoiar os pés na zona de ataque, não poderá efetuar ataques com a bola estando numa altura superior à borda da rede. O saque é sempre dado pelo jogador que estiver na posição 1, e ele é o único atleta liberado da rigidez da regra do posicionamento, já que ele poderá se posicionar em qualquer lugar no fundo da quadra para sacar. TOQUE DE BOLA POR CIMA O toque de bola por cima é o fundamento mais característico do jogo de Voleibol. Ele é o responsável, na maioria das vezes, pela preparação do ataque, ou seja, pelo levantamento. O toque de bola por cima apresenta três etapas distintas: - entrada sob a bola: nesta fase inicial, as pernas e braços devem estar semi- flexionados, com a bola acima da cabeça. As pernas além de semi-flexionadas, devem estar com um afastamento lateral da largura aproximadamente dos ombros e um pé ligeiramente à frente do outro. O tronco deve estar levemente inclinado para frente. Os braços estarão semi-flexionados, de modo a posicionar os cotovelos, um pouco acima da altura dos ombros, lateralmente em relação ao tronco. As mãos devem estar com os dedos quase que totalmente estendidos, mas de uma forma arredondada (como uma concha) para melhor acomodar a curvatura da bola.Os dedos polegares e indicadores formarão a figura aproximada de um triângulo. - Execução: no instante do toque à bola, todo o corpo participa. O contato será sutil, com a parte interna dos dedos, com uma pequena flexão dos punhos. Os braços e as pernas deverão se estender, para provocar uma transferência do peso do corpo sobre a perna de trás para frente. - Término: o corpo terminará todo estendido. Erros mais comuns: - Não entrar debaixo da bola. - Não coordenar o movimento de braços e pernas. - Posicionamento incorreto das mãos. - Posicionamento incorreto dos cotovelos. - Falta de força para enviar a bola. MANCHETE A manchete é o fundamento mais utilizado para a recepção de saques e para a defesa de bolas cortadas, pois o contato da bola se faz no antebraço, que é uma região que suporta melhor os fortes impactos provocados por ela, nestas situações, quando comparado com os dedos que são utilizados pelo toque. - Entrada sob a bola: as pernas devem estar como no toque, semi-flexionadas, afastadas lateralmente em um distanciamento semelhante à largura dos ombros e um pé ligeiramente à frente do outro. Os braços estarão estendidos e unidos à frente do corpo. Os dedos unidos de uma mão devem estar sobrepostos aos da outra, de forma que os polegares estendidos possam se tocar paralelamente.- Ataque à bola: no movimento de ataque à bola, as pernas se estenderão, os pesos do corpo transferido para a perna da frente e os braços permanecem sem movimento, com a musculatura enrijecida. O impacto da bola se dá no antebraço e isso será facilitado se os punhos estiverem bem estendidos, em direção ao solo. - Término do movimento: os braços devem permanecer estendidos até o impacto da bola e as pernas estarão estendidas. Erros mais comuns: -Flexionar os braços. - Não flexionar as pernas. - Tocar as mãos na bola. - Flexionar o abdômen e não os joelhos. - Não coordenar os movimentos de braços com os de pernas. SAQUE POR BAIXO O jogo de voleibol inicia-se através de um saque, dando-se um golpe na bola solta no ar, pelo jogador que ocupa a posição 1, que estará da linha de fundo, em qualquer lugar dos 9 metros de comprimento que ela possui. - Fase preparatória: em pé, de frente para a quadra adversária, o atleta deverá se posicionar com o tronco ligeiramente inclinado à frente, com as pernas em afastamento Antero-posterior a perna contrária ao lado do braço, irá sacar, deverá estar à frente, num distanciamento lateral mais ou menos igual à largura dos ombros. O peso do corpo estará recaindo mais sobre as pernas de trás. A bola deverá ser segura com a mão que não irá sacar, de modo que esteja quase que totalmente estendido. O braço que golpeará a bola estará estendido para trás. - Execução: a bola será lançada para cima, à frente do corpo, a uma altura de, no máximo, 30cm, e será golpeada como braço contrário daquele que a lançou, que realizará todo o movimento em direção à bola estando estendido. O peso do corpo é transferido todo para a perna da frente. A mão, ao golpear a bola, tomará um posicionamento arredondado, com os dedos unidos e quase estendido. Esse procedimento provocará o contato com uma superfície grande da bola, aumentando a precisão. A contração da musculatura da mão tornará a área de impacto mais sólido para facilitar o envio da bola a distância maior. - Término do movimento: com o golpe na bola e a transferência do peso do corpo para a perna da frente, há uma tendência natural da perna de trás ser lançada para frente, que deve ser aproveitada para o passo que introduzirá o sacador na quadra de jogo. Erros mais comuns: - Lançar a bola com imprecisão para ser sacada. - Flexionar o braço - Não utilizar o trabalho de pernas para sacar - não lançar o braço para frente, em direção ao seu objetivo. SAQUE POR CIMA O saque por cima também é conhecido como saque tipo tênis, em função da semelhança que seu movimento apresenta em relação ao “smash” do tênis de campo. Em virtude da velocidade que o braço pode atingir, o impacto na bola é bem mais potente que o saque por baixo. A sua aprendizagem facilita muita a introdução da cortada, pois os movimentos de braços e tronco são muito semelhantes. Existem duas versões do saque tipo tênis: o saque com rotação e o flutuante. O saque com rotação possui este nome em função da rotação dada à bola, pela flexão de punho que é realizada no instante do golpe. - Fase preparatória: em pé, atrás da linha de fundo de frente para a região da quadra adversária para a qual se desejam dirigir o saque, segurando a bola com ambas as mãos, os braços estendidos ao longo do corpo. As pernas estarão com afastamento Antero-posterior, com a perna contrária ao lado do braço de ataque se posicionando a frente. Há um afastamento lateral num distanciamento semelhante à largura dos ombros. -Término do movimento:quando da transferência do peso do corpo para a perna da frente, há uma tendência natural da perna de trás ser lançada para a frente, que será aproveitada para dar a primeira passada de retorno do sacador para a quadra, de uma forma equilibrada. O movimento do braço termina paralelo ao corpo, em posição natural. A bola “viajará rodando” sobre seu próprio eixo, no sentido da flexão do punho. O saque flutuante possui esse nome porque a bola percorre sua trajetória sem rotação, “parada”, pois não há flexão do punho no instante do golpe. Isso faz com que ela “flutue” (tenha a sua trajetória de uma forma irregular), pois, quanto mais densa for a camada de ar que ela encontrar, mais a sua projeção será freada e desviada pelo atrito e, quanto mais rarefeita ela for, mais rapidamente a bola progredirá. - Fase preparatória: em pé, atrás da linha de fundo de frente para a região da quadra adversária quer pretende atingir, segurando a bola à frente do corpo, com a mão contrária à que vai sacar. As pernas estão em afastamento Antero-posterior, com a contrária ao lado do braço de ataque se posicionando à frente. Há um afastamento lateral num distanciamento semelhante à largura dos ombros. O braço que vai lançar a bola deve estar quase estendido à frente do corpo, voltado para frente. Já o braço de ataque deve estar semi-flexionado, com a palma da mão voltada para a frente à altura do ombro. -Execução: a bola é lançada para cima e um pouco à frente da linha do tronco, a uma altura igual ao alcance do braço de ataque do executante. Ao lançar a bola, o braço de ataque é movimentado para trás, por cima do ombro, até a amplitude máxima, onde chegará semi-flexionado e com a palma da mão voltada para a bola. Já o braço que lança a bola, sobe até a linha do ombro, estendido. Quando a bola atinge o ponto máximo de lançamento (está parada), ela deve se golpeada pelo braço de ataque, cuja mão estava firme e com hiper-extensão do punho. O braço que lançou a bola, e que dá equilíbrio ao movimento, é lançado simultaneamente ao ataque da bola, em direção ao peito. O trabalho do tronco é quase imperceptível. - Término do movimento: o braço de ataque é lançado em direção à rede, em extensão máxima terminando seu movimento quase paralelo ao solo. O peso do corpo é transferido para a perna da frente. Variações do saque Com rotação, trajetória uniforme e definida. Se, por um lado, a potência dificulta a recepção do saque aos adversários, por outro facilita a previsão do local onde a bola vai cair. Flutuante trajetória mais lenta e mais disforme, dificultando o posicionamento dos passadores adversários. Os jogadores mais experientes poderão optar por variar o comprimento da trajetória de seus saques, tornando-os mais rápidos ou lentos. Temos saques curtos, médios e longos e suas variações. Curto-curto, curto-médio, curto-longo, longo-curto, longo-médio, longo-longo. Erros mais comuns: - Lançar a bola de forma imprecisa (muito atrás, muito à frente ou aos lados). - Bater na bola com o braço flexionado. - Realizar a rotação do tronco lançado a bola muito para esquerda (destros). - Na armada do braço de ataque, não posicionar o cotovelo atrás da linha do ombro e não posicionar a palma da mão para frente, em direção à bola e à rede. - Não ter potência muscular que permita à bola passar sobre a rede. CORTADA A cortada é o fundamento do voleibol que finaliza a maioria das ações ofensivas e visa enviar, através de um forte golpe dado durante um salto, a bola de encontro ao solo da quadra do adversário. Toda a ação é condicionada pelas características da trajetória do levantamento, que pode ser: alto, baixo, lento, rápido, longo, curto, próximo ou distante de rede. Normalmente a cortada é composta de cinco etapas: o deslocamento, a chamada, o salto, a fase aérea e a queda. - O deslocamento pode ser realizado em 1,2,3 ou mais passos de corrida, com osbraços se mantendo semi-flexionados ao lado do corpo. Para iniciantes recomendamos 3 passadas, pois eles aprenderão a sistemática do deslocamento numa distância não muito longa da rede. Quando se dá 3 passadas, o início é com o pé esquerdo à frente, a 1ª passada é com o pé direito, depois uma dupla (simultânea), de forma que a esquerda chegue a frente da direita. Quanto maior for aceleração neste deslocamento, mais possibilidades de uma boa impulsão. - A chamada após o deslocamento, ambos os pés tocam o solo (a mais ou menos 80,90cm da rede), com o esquerdo (para os destros) ligeiramente mais próximo da rede que o direito, e com um afastamento lateral um pouco menor que a largura dos ombros. O corpo se inclina para frente e os braços estendidos são lançados para trás. As pernas se flexionam aproximadamente 90°. - O salto os pés tocam o chão, primeiro com os calcanhares, realizando um movimento rápido de “mata-borrão”, terminando na ponta deles. Esse movimento é simultâneo de uma brusca extensão vertical das pernas e do lançamento vigoroso dos braços para cima e pela frente do corpo. - Fase aérea os braços lançados para cima. O que vai golpear a bola, faz um movimento passando sobre a linha do ombro, se posicionando, semi-flexionado, na máxima amplitude escápulo-umeral. O outro encerrará sua trajetória um pouco acima da linha do ombro, estendido à frente do corpo. Acontece uma hiper-extensão do tronco. O ataque deverá ocorrer quando a bola estiver a uma distância de 30 a 50cm da rede. O golpe será um pouco acima e a frente da cabeça. O braço de ataque deve ir de encontro à bola, o mais alto possível. A batida na bola deve acompanhar uma flexão de punho para imprimir uma rotação à bola, visando aumentar as chances dela cair dentro da quadra adversária. No momento em que o braço de ataque é lançado em direção à bola, o outro é tracionado em direção ao centro do tronco para se aplicar o princípio de “ação e reação”, o que aumentará a potência de ataque e, também, tornará o salto mais equilibrado. Nesse instante, também, deve acontecer uma flexão do tronco. - Queda no instante do contato com o solo, o executante deve amortecer a queda (movimento de molejo) de forma a se reequilibrar para não cair na rede e evitar lesões traumáticas. É importante salientar que o salto para a cortada deve ser os mais verticais possíveis, evitando-se o horizontal, para que se tenha um ajuste correto da posição do corpo em relação à bola, evitando também as quedas sobre a rede. Nas bolas levantadas distantes de rede, o cortador deve encurtar ou diminuir em número as passadas, para não passar da bola. O braço de ataque deve ser lançado bem para a frente, para que seja evitado o envio da bola na rede. O trabalho de punho deve ser acentuado para aumentar as chances de pôr a bola dentro da quadra adversária. O jogador canhoto Como a grande maioria das pessoas é destra, é comum o canhoto serem esquecidos quando as atividades são planejadas. No voleibol não seria diferente. Toda a dinâmica do jogo é baseada na maior facilidade que tem o destro em atacar bolas levantadas da direita para a esquerda, pois ele tem a facilidade de se posicionar atrás da bola, indo de encontro àquele tipo de trajetória. Ao canhoto deve ser ensinada, então, uma técnica com algumas adaptações. A primeira é relativa à chamada, onde ele deve ser orientado para entrar com a perna direita à frente, de modo a posicionar o ombro esquerdo mais distante da rede, o que dará mais espaço livre para o seu braço de ataque golpear a bola. A outra recomendação que deve ser dada é quanto ao trabalho de punho, para imprimir a rotação à bola. O canhoto deve realizar esse movimento de fora para dentro, ou seja, da esquerda para direita e não de trás para frente, como o destro, com um trabalho de pronação do punho, quando atacam da posição 4. Essa estratégica diminuirá as chances dele atacar na rede. Os alunos destros, quando forem atacar na posição 2, bolas levantadas da esquerda para direita, poderão receber as mesmas orientações. Quanto mais alto for o alcance do atacante, maiores as chances dele “cravar” uma bola (cortar bem próximo a rede), ou vencer o bloqueio, fazendo a bola passar por cima. Erros mais comuns: - Não coordenar as passadas. - Fazer a chamada muito próxima da rede. - Não flexionar as pernas para realizar a chamada. - Não estender os braços pela frente do corpo na armada dos braços para cortar. - Não elevar os braços pela frente do corpo na armada dos braços para cortar. - Não armar o cotovelo do braço de ataque atrás d alinha do ombro, utilizando toda a amplitude escapulo umeral. - A tacar com o braço flexionado. - Não realizar o movimento de flexão e extensão de tronco, na fase aérea do movimento. - Cair sobre a rede. - Ter dificuldade quanto ao tempo de bola, ou seja, não atacar no momento máximo de alcance. - Falta de precisão no contato bola-mão. - Falta de potência de braço. BLOQUEIO O bloqueio é um fundamento que visa interceptar junto à rede a bola cortada pelo adversário. Essa habilidade de caráter defensivo pode se tornar ofensiva quando consegue enviar a bola contra o solo do atacante. - Fase preparatória (posição de expectativa) em pé, junto à rede, o bloqueador se posiciona em semi-flexão dos joelhos, pés paralelos em afastamento lateral numa distância quase que igual à largura dos ombros. Os braços estarão semi-flexionados com as mãos ao lado dos ombros, com as palmas voltadas para frente. O tronco deve estar ereto e o bloqueador olhando para a bola e para o atacante. - Execução no momento adequado, o bloqueador salta, estendendo as pernas e contato com o auxílio dos braços que serão estendidos simultaneamente em direção à bola. Nos bloqueios ofensivos, as mãos invadem o espaço aéreo do adversário e se posicionam abertas, estendidas, firmes, uma ao lado da outra, formando um obstáculo à passagem da bola. O bloqueador espera o impacto da bola, pois ele não poderá tocá-la antes do atacante, para flexionar os punhos, enviando-a contra o solo do campo adversário e, também, para impedir que ela “espirre” (desvie) para fora da quadra. Nos bloqueios defensivos, as mãos não invadem o campo adversário e são colocadas junto à rede, na frente da bola, com extensão dos punhos para montar um anteparo a ela. Nesse tipo de bloqueio, a preocupação é amortecer a bola para que os demais membros da equipe possam recuperá-la. - A queda realizado o bloqueio, acontece a queda, deve ser feita com equilíbrio de forma amortecida e girando para o lado em que a bola se dirigiu quando ela não foi totalmente retida. O bloqueio ofensivo é realizado por bloqueadores com capacidade de alcance mais elevada que o cortador.Os que alcançam mais baixo devem se utilizar o bloqueio defensivo para interceptar a passagem da bola em seu próprio campo, pois, se eles invadirem, os atacantes por cima do bloqueio. Deslocamento lateral para direita no bloqueio O jogador realiza uma passada lateral com a perna direita, sobre a qual apoiará o corpo para, então, realizar uma passada dupla. A perna esquerda só tocará o solo após a partida com a direita, indo direto ao seu destino final. Normalmente, acentua-se a projeção à frente do lado correspondente ao do deslocamento para que o indivíduo termine o trabalho de frente para a rede. É importante, durante o deslocamento, manter o centro de gravidade o mais próximo da altura inicial (da posição básica). Para o lado esquerdo o procedimentoé o mesmo. Para trás, o deslocamento é iniciado com a perna de trás e, depois, realiza-se uma passada dupla. Erros mais comuns -Tocar na rede, saltar projetando o corpo para frente. - Bater na bola, lançando os braços primeiro para trás e depois para frente. - Posicionamento inadequado das mãos (afastadas ou unidas demais). - Flexionar o tronco no lugar de flexionar os joelhos para saltar. - Não saltar no local preciso em levantamentos mais longos ou curtos. - Ter dificuldades quanto a “tempo de bola”, saltando antes ou depois da passagem sobre a rede, em função da variação da altura dos levantamentos dos adversários. - Ter dificuldades quanto ao “tempo de bola”, saltando antes ou depois, em função da distância da rede em ela foi cortada. - Não ter potência de pernas para saltar o necessário para invadir o bloqueio. DEFESA É toda ação que visa a impedir o sucesso do ataque adversário. A postura de defesa é cansativa, pois o corpo está à beira do desequilíbrio, com o centro de gravidade projetado para fora do corpo. N maioria das vezes, o defensor está em situação inferior ao atacante e o máximo que consegue fazer é colocar a bola para o alto, dentro de uma área que um companheiro possa recuperá-la. A liberação dos dois toques na defesa alterou sua forma de utilização, permitindo outras técnicas de execução além da manchete. Capacidades físicas envolvidas: coordenação dinâmica geral e viso-motor; agilidade; forças isotônica e isométrica de membros superiores e inferiores, coluna dorsal e cintura escapular; equilíbrios estáticos, dinâmicos e recuperados; força isométrica da musculatura que sustenta o impacto da bola. Posição básica Vários aspectos devem ser analisados: a qualidade do levantamento; a que distância da rede estará a bola no momento de ser atacada; as características do atacante; a colocação dos bloqueadores e as condições reais frente ao ataque; a região que sobrará para a própria atuação. Deslocamentos e colocação para a defesa Obedecem as fases e possuem características diversas, pois há o deslocamento para a região da quadra a ser defendida e outra, diferente, em direção à bola. A partir da posição básica, as pernas se afastam lateralmente para dar maior equilíbrio ao corpo. É preciso encontrar o meio termo ideal, pois o equilíbrio total pode impedir o jogador de se deslocar em direção à bola. Muitos atletas têm dificuldade para defender, por assumir uma posição com as pernas muito afastadas. Isso o impede de se deslocar rapidamente em caso de necessidade e permite somente a defesa de bolas que vão ao seu encontro. Os Rolamentos Atualmente existem dois rolamentos que são os mais utilizados, principalmente por equipes femininas: sobre o ombro e sobre as costas. As equipes masculinas usam mais mergulhos que rolamentos e o meio rolamento é uma técnica ainda utilizada. É utilizada em situações de defesa, recuperação, recepção de saque, levantamentos de bolas que chegam baixas para o levantador e em bolas que não conseguem ser alcançadas com o recurso das passadas. O desequilíbrio é pré-requisito para que o fundamento seja realizado com qualidade e o rolamento fuá com precisão. Os Mergulhos É utilizado, principalmente, em situações de defesa e recuperação. Em casos excepcionais podem ser aplicados na recepção e no levantamento. É o último recurso de defesa e um dos mais espetaculares fundamentos do voleibol, pela plasticidade e por ser utilizado em situações difíceis. Tipos, descrição e fases de execução. Existem dois tipos básicos de mergulho. O frontal, mais conhecido como “peixinho”, utilizado largamente por equipes masculinas. E o lateral que, por razões anatômicas, é o mais indicado para mulheres, já que não há contato do dorso com o chão. Mergulho frontal “peixinho” a passada, a perna que chegar à frente deverá impulsionar o corpo com precisão, para alcançar a bola. Enquanto a perna da frente se estende, projetando o corpo e um dos braços em direção à bola, a outra estará fora do chão. Dificilmente é possível chegar com ambos os braços. Nesse momento, o corpo está quase paralelo ao solo e perderá o contato com ele após o impulso. - a fase aérea e o toque na bola:durante a fase aérea, o executante procura manter o corpo quase paralelo ao chão, com as pernas um pouco flexionadas, o pescoço estendido e o corpo levemente arqueado. O toque na bola pode ser realizado com uma das mãos (o mais comum), um dos punhos, um dos antebraços, o dorso da mão, ou com os dois antebraços em manchete. - aterrissagem: a queda é indicada com o apoio das mãos no solo. O pescoço continua estendido para evitar o choque do queixo contra o chão. Os braços chegam quase estendidos e se flexionam à medida que o peso do corpo é depositado sobre eles. O chão é tocado primeiro pelo dorso e, nesse momento, os braços estendem-se e, dando impulso, provocam deslizamento do corpo sobre o piso. A aterrissagem é concluída com o movimento de “mata-borrão”. Mergulho lateral difere do anterior no momento do salto, pois o corpo se estende lateralmente e não de frente para o chão. Assim, a perna que está embaixo fica paralela ao chão, enquanto a outra, um pouco elevada, faz o mergulho ganhar maior distância. Em virtude da posição do corpo, o toque na bola é realizado quase sempre com uma das mãos. O apoio do corpo começa no próprio braço, seguindo a parte posterior do ombro, a região lateral do tronco e um dos glúteos. O corpo desliza sobre o chão, evitando o choque seco e perpendicular ao solo. CONSIDERAÇÕES BÁSICAS: ASPECTOS TÁTICOS DO VOLEIBOL Ações táticas devem ser transmitidas do simples para o complexo e fortalecidas em todas as etapas. O raciocínio segue regras, respeita limitações técnicas e físicas, obedece a espaço e tempo e, com a prática segue uma linha geral dentro de cada esporte. Como treinadores não devemos passar receitas prontas. Quanto mais oportunidades forem concedidas ao jogador para solucionar problemas difíceis, mais ele estará elaborado um plano tático pessoal para cada situação. Na tática de jogo há umas diferenciações básicas, representadas por dois aspectos: individual e coletivo. O primeiro é a utilização consciente da técnica individual, coordenada e adaptada às regras do jogo. Para a escolha da tática coletiva, vários fatores devem ser considerados: - capacidade técnica do grupo. - raciocínio tático. - condições físicas. - tática do adversário. - condições técnicas, emocionais e físicas do adversário. - agentes externos. - estratégia dentro da competição. A tática coletiva é norteada por sete perguntas específicas; - Como jogar? - Como receber? - Como levantar? - Como atacar? - Como bloquear? - Como defender? - Como contra-atacar? Sistemas de recepção Dentro da dinâmica do jogo, a recepção do saque é o primeiro elemento tático coletivo que aparece de modo claro. A partir dessa situação, as demais táticas se desenvolvem com a seqüência do jogo. Na elaboração da estratégia, três perguntas são fundamentais: -Onde? - Com quantos? - Como? A recepção pode ser realizada por qualquer jogador, entanto alguns são mais habilidosos que outros. Com a especialização do voleibol, o número de passadores diminuiu e, quanto mais alto o nível técnico, menos jogador terão especificamente a função de passe. Em categorias menores, devemos consideraro grau de habilidade dos jogadores. As classificações A recepção do saque pode ser realizada por 5,4,3 ou 2 jogadores. A recepção com 5 Possui uma distribuição bastante utilizada pelas categorias menores principalmente femininas. Forma preferida de todas as equipes orientais até pouco tempo é conhecida como recepção em W. Recepção com 4 Em 1975, as equipes masculinas não usavam mais cinco jogadores para o recebimento do saque. O sacador procurava o jogador que tinha limitações técnicas para receber o saque ou o que atacaria a bola rápida. Para neutralizar essas táticas, surgiu a necessidade de se retirar um jogador da formação em W e, com isso, a recepção em 4 passou a ter cada vez mais adeptos. Recepção com 3 Com o aumento da média de altura, o jogo tornou-se mais veloz e as equipes masculinas deixaram o quarto elemento fora da recepção. Assim, dois jogadores, além do levantador, não tinham mais responsabilidade na recepção do saque. Os que estavam na rede, livres dessa função podiam bloqueá-lo. Recepção com 2 Nos jogos Olímpicos de 1984, a seleção norte-americana masculina instituiu somente dois jogadores nessa função. A evolução tática provocada pela inovação levou todas as equipes masculinas a adotarem esse procedimento. Dois motivos foram determinantes dessa aceitação. - ofensivamente: preocupados apenas com o ataque, há mais jogadores em condições de imprimir velocidade ao jogo e utilizar todo o potencial de salto. - racionalização de treinamento: pois com a especialização, menos jogadores passaram a treinar recepção de saque. Sistema de jogo. Sistema de jogo ou sistema de ataque, como é chamado por alguns autores é a forma como a equipe distribui as funções e o número de atacantes entre os seis jogadores em quadra. Os mais conhecidos e mais utilizados são os seguintes. 6x6 (ou 6x0)- seis jogadores atacam e seis levantam. Aí se pergunta: “Mas são 12 jogadores em quadra?”. Não! É a denominação dada ao sistema em que não há específicas. Todos levantam quando passam por uma determinada posição e, quando não estão nela têm a função de atacar. 3x3 (ou sistema de duplas)- utilizado até o início da década de 60. Esse sistema intercala um levantador e um atacante.Quando houver dois levantadores na rede, dependendo da situação, um deles faz o papel de atacantes. O sistema 3x3 foi muito utilizado quando a maior parte dos ataques era feita em bolas altas e médias pela posição 3. 4x2 (ou 4x2 simples)- quatro atacantes e somente dois levantadores que, ocupando posições contrárias, sempre se revezam na rede e no fundo. O levantador da rede terá a função de levantar. 6x2 (ou 4x2 ofensivo)- introduziu a infiltração no voleibol. Mantendo a mesma organização do anterior, o levantador que está no fundo é que, após realizar a infiltração, levanta; assim, o levantador que está na rede torna-se um atacante. 5x1- último a aparecer na cronologia dos sistemas de jogo. E o mais utilizado pelas grandes equipes, sendo atualmente quase unanimidade mundial em alto nível. Cinco atacantes e um único levantador, responsável por todos os levantamentos, esteja ela na rede ou no fundo.
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