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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS Índice de Saponificação Aluna: Giulia Wanderley Souza Recife, 11 de abril de 2019 1. INTRODUÇÃO O índice de saponificação é o número de mg de NaOH ou KOH necessário para saponificar 1 g da amostra de gordura ou óleo. O índice de saponificação está diretamente ligado com o comprimento das cadeias dos resíduos de ácidos graxos, e por isso, é importante. Três moléculas de KOH são necessárias para neutralizar 3 ácidos graxos liberados pela hidrólise dos triacilgliceróis, não importando o tamanho da cadeia dos ácidos graxos (MEDEIROS, 2019). Logo, o índice de saponificação indica a quantidade relativa de ácidos graxos de alto e baixo peso molecular. Os ésteres de ácidos graxos de baixo peso molecular requerem mais álcali para a saponificação, portanto o índice de saponificação é inversamente proporcional ao peso molecular dos ácidos graxos presentes nos trialcilgliceróis. (DORS, 2017) Os lipídios possuem duas frações, a saponificável e a insaponificável. A fração insaponificável é constituída pelas vitaminas lipossolúveis, pró-vitaminas, esteroides e outros compostos (MEDEIROS, 2019). 2. OBJETIVO Determinar o índice de saponificação de óleos vegetais comerciais. 3. MATERIAIS E MÉTODO 3.1 MATERIAIS • Erlenmeyer; • Pipeta graduada; • Bureta; • Óleo de soja; • Óleo de canola; • Azeite de oliva; • Solução de KOH alcoólica; • Solução de HCl 1,5 mol.L-1; • Fenolftaleína; 3.2 MÉTODO Em Erlenmeyer de 250 mL, foi pesado aproximadamente 1 grama dos lipídeos: óleo de soja (1,014 g), óleo de canola (0,996 g) e azeite de oliva (1,016 g). Cada um em um Erlenmeyer diferente. A cada um deles, foi acrescentado 25 mL de KOH alcoólica e levado a banho-maria por 30 minutos. Após retirados os sistemas do banho-maria e ainda quente, foi realizada uma titulação com HCl 1,5 mol.L-1 usando 2 gotas de fenolftaleína como indicador. Uma prova em branco foi feita usando 25 mL de KOH alcoólica aquecido (cerca de 5 minutos) e também titulada com HCl 1,5 mol.L-1, usando a fenolftaleína como indicador. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foi gasto nas titulações um volume de HCl de 20,8 mL para o óleo de soja, 21,3 mL para o óleo de canola e 21,1 mL para o azeite de oliva. Já para a prova em branco foi gasto 27,3 mL de HCl. Pode-se verificar o antes, da solução contendo indicador, e depois da titulação com HCl. Figura 1: Solução contendo óleo de Figura 2: Solução contendo óleo de soja antes da titulação. soja depois da titulação. Fonte: Giulia Souza Fonte: Giulia Souza Figura 3: Solução contendo óleo de Figura 4: Solução contendo óleo de canola antes da titulação. canola depois da titulação. Fonte: Giulia Souza Fonte: Giulia Souza Figura 5: Solução contendo azeite de Figura 6: Solução contendo azeite de oliva antes da titulação. oliva depois da titulação. Fonte: Giulia Souza Fonte: Giulia Souza Como o índice de saponificação é expresso em mg de KOH, a fórmula já contém as transformações do volume e da massa, e segundo a Anvisa, temos: Produto Índice de saponificação (mg KOH/g) Óleo de soja 189-195 Óleo de canola 182-193 Azeite de oliva 186-196 E a partir da fórmula do índice de saponificação definida por IS = (VB – VA) x 28,05 / m, onde VB = volume do HCl gasto na titulação do branco em mL; VA = volume do HCl gasto na titulação da amostra em mL; m = massa da amostra em grama, foi possível obter os índices de saponificação das amostras utilizadas. Para o óleo de soja, obteve-se índice 179,8, para o óleo de canola 168,98 e para o azeite de oliva 171,2. Analisando estes dados, verificamos que estão fora do determinado pela Anvisa, o que pode ser justificado pelos produtos estarem fora da validade, possível mal acondicionamento, impurezas contidas na amostra, ou até mesmo erros grosseiros do operador. 5. CONCLUSÃO O objetivo desde experimento foi alcançado, foi possível determinar os índices de saponificação dos óleos comerciais. A partir da análise dos dados obtidos, todas as amostras utilizadas estavam fora dos limites determinados pela Anvisa, o que provavelmente é justificado pela validade vencida das mesmas. Com a realização deste experimento, contatamos a importância de analisar o índice de saponificação, pois muitos podem estar inapropriados para consumo. Além de constatarmos a importância de consumirmos produtos apenas dentro da validade, já que este foi um forte motivo para os óleos não apresentarem o índice de saponificação dentro do permitido. 6. BIBLIOGRAFIA MEDEIROS, Jenyffer. Bioquímica de Alimentos. Apostila – UFPE. Pernambuco, 2019. Qualidade de óleos e gorduras. Disponível em:<http://labgraos.com.br/manager/uploads/arquivo/qualidade-de-oleos-e-gorduras--- profa-giniani-dors.pdf>. Acesso em 13/04/19. Índice de Saponificação óleo de canola. Disponível em: <http://www.azeiteonline.com.br/wp-content/uploads/2011/04/anvisa-instrucao- normativa-49-de-22-12-2006-oleos-vegetais.pdf>. Acesso em 19/04/19.
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