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Princípios da função renal - 30/04/2019 Plano de aula: 1. Funções do sistema renal 2. Anatomia do sistema renal 3. Micção 4. Néfrons - Tipos - Segmentos e células - Suprimento vascular 5. Corpúsculo renal e aparelho justaglomerular 1. FUNÇÕES DO SISTEMA RENAL Quando a gente pensa nas funções que o sistema renal desempenham no nosso organismo, a gente lembra que os rins vão ser capazes de filtrar e eliminar substancias que produz. Mas alem disso, eles tem várias outras funções; é necessário saber disso pois quando formos ver na aula de doença renal crônica que são doenças que tem perda de massa do rim, perda de néfrons no rim, e ai a gente vê que varias outras funções também são impactadas; e isso nos ajuda a fazer diagnósticos. Então entender a função do órgão como um todo é importante pra organizarmos as doenças depois. - Regulação do equilíbrio da agua e eletrólitos: se a gente ingere mais agua tem que eliminar mais agua e vice-versa. E o mesmo raciocínio é valido para os íons. Essa excreção de agua e íons normalmente é controlada por hormônios. Isso vai ter um impacto direto na regulação do volume e da osmolaridade (abaixo). - Regulação de volume e osmolaridade: sempre que se tem acumulo de agua e íons e isso aumenta a volemia, a gente vai ter impacto na pressão arterial (abaixo). Rim tenta manter normal. - Regulação da pressão arterial - Regulação do equilíbrio ácido-básico: o rim é capaz de excretar ácidos do organismo (a maioria dos metabólitos que nossas células produzem são ácidos) e reabsorve bicarbonato pra tentar manter a faixa de pH do sangue. - Eliminação de resíduos: produtos do metabolismo, metabólitos hormonais (via de inativação hormonal), drogas e toxinas - Conservação de nutrientes: não podemos perder esses nutrientes então reabsorvemos eles. - Regulação da produção de eritrócitos, eritropoetina: quando temos algum estimulo que leva a hipóxia do organismo, ou seja, que diminui a pressão de oxigênio do organismo, o rim consegue detectar isso e secretar a eritropoietina que é um hormônio que vai cair na circulação e vai atuar na medula óssea levando a proliferação e diferenciação de eritrócitos. Isso é um quadro muito comum que a gente vê na doença renal crônica, onde ha a perda de função de eliminar íons, acumulo de metabólitos tóxicos no sangue e anemia (perda dessas células capazes de produzir esse hormônio e com isso perdemos a capacidade de manter uma quantidade de células vermelhas normais no nosso organismo). - Participação na regulação do metabolismo ósseo de cálcio e fósforo: rim é o local final de ativação da vitamina D (produzida a partir do colesterol e é ativada no fígado e depois no rim). Depois que passa pelo rim ela sai como di-hidroxi vitamina D e vai atuar nos locais. Isso é muito importante pois na doença renal crônica haverá menos vitamina D ativa e isso irá impactar diretamente no metabolismo ósseo. 2. ANATOMIA DO SISTEMA RENAL 2 rins, bilaterais, localizados na parede posterior do abdômen. E eles recebem suprimento vascular a partir da artéria aorta. A partir dela tem as artérias renais que vão entrar nos rins e levar o sangue rico em oxigênio e nutrientes que uma parte vai servir pra nutrição e outra parte vai seguir pra filtração. Sangue depois que passa pelo rim vai sair pelas veias renais que vão desembocar na veia cava inferior. Aula 1 - P2 Fisiologia IV - Gabriella Grabikoski Conforme tem a filtração e a urina é formada vai ter a passagem da urina pelos ureteres, vai ser acumulada na bexiga e vai sair pela uretra. Podemos dividir o rim em uma região mais cortical (externa) e mais interna (medula). Na região central tem entrada da artéria renal e saída da veia renal; tem também a passagem da pelve. Urina goteja nas regiões dos cálices (menores -> maiores -> pelve -> ureter -> bexiga). Nessa região também tem nervos que vão inervar varias regiões dos néfrons, entre outros, principalmente nervos simpáticos. Tem essa região mais clarinha que é o córtex. E essas regiões mais escuras da medula são chamadas de pirâmides renais ou pirâmides de malphigi. Os néfrons estão concentrados nas duas regiões, contudo a porção inicial do néfron (glomérulo) vai estar localizado na região do córtex. E na área da medula veremos principalmente os túbulos e os ductos coletores. Forma urina -> ureter -> bexiga -> eliminação pela uretra. 3. MICÇÃO Acontece o enchimento da bexiga que em um determinado momento precisa ser esvaziado. Foto com etapas. Isso acontece através de um reflexo que é o reflexo da micção o qual é ativado pelo próprio enchimento da bexiga. No inicio ainda tem pouco volume, conforme vai acumulando na bexiga a parede vai estirando e ocorre a percepção de que tem ali um maior volume o que leva a eliminação. A bexiga tem músculo ao redor e tem a região da saída da uretra que é controlada pelo esfíncter interno e externo. o reflexo atua da seguinte forma: encheu -> manda a mensagem que tá enchendo -> volta mensagem de uma resposta efetora que faz o esfíncter interno relaxar e o músculo da bexiga contrair o que permite a saída da urina. Se estamos em um momento oportuno de realizar a micção, deixamos o reflexo acontecer. Mas se isso não pode acontecer no momento a gente consegue inibir esse reflexo. Reflexo parassimpático Conforme a bexiga enche a gente tem a percepção sensorial do estiramento da bexiga -> neurônio aferente até medula -> volta com resposta efetora de contração da parede da bexiga (músculo detrusor) e a inibição da contração ou relaxamento do esfíncter interno. Então o reflexo vai fazer isso: encheu -> contrai musculatura -> envia mensagem para medula -> a nível medular a gente já consegue regular. Lógico que essa informação também pode seguir pros centros superiores pra informar que esta havendo a vontade de ir ao banheiro. Então informa aos centros superiores que esta acontecendo, mas a regulação de encher e eliminar é feita a nível medular. A resposta efetora então é de estimular essa musculatura a se contrair e relaxar o esfíncter interno. Como conseguimos controlar isso se não podemos urinar naquele momento? A gente tem a mensagem de centros superiores que vem e ativam um neurônio motor que vai controlar o esfíncter externo, que é músculo esquelético, logo conseguimos ter controle sobre. Então vem a mensagem dos centros superiores, ativa o neurônio motor, contrai musculatura do assoalho pélvico e impede que você tenha o esvaziamento. Então mesmo que a bexiga esteja cheia a gente consegue inibir esse reflexo até um limite. Tem um momento que o reflexo vai sobrepor a nossa vontade e ai vamos eliminar a urina. Acontece em crianças: encheu -> eliminou. Ao longo do tempo ensinamos a elas como controlar isso controlando a musculatura do assoalho pélvico que impede a saída da urina pela contração do esfíncter externo. É o neurônio parassimpático que chega na bexiga pra contrair o músculo detrusor e relaxar o esfíncter interno permitindo que a micção ocorra. Esfíncter interno: músculo liso Esfíncter externo: músculo esquelético 4. NÉFRON: unidade funcional do rim Regiões do rim: córtex e medula com pirâmides renais. Ne medula tem vasos sangüíneos e linfáticos. Néfrons vão estar em algumas regiões, contudo, algumas porções dos néfrons vão estar mais pro córtex ou mais pra medula. A porção inicial (glomérulo) vai estar no córtex e os túbulos vão estar na medula. Porém, existem algumas porções dos túbulos que ainda ficam no córtex e outras na medula. Na medula (pirâmide) vemos os vasos sangüíneos que vão atuar na reabsorção, secreção e modificação da composição da urina; os nervos, e os vasos linfáticos que atuam reabsorvendo os líquidos que ficam naquela região. - 1 milhãode néfrons por rim: região inicial (glomérulo) e uma região de túbulos que o final é onde teremos a urina propriamente dita. Na região do glomérulo tem os capilares glomerulares e é ai que vai ocorrer a filtração. Uma parte do sangue (parte liquida e alguns componentes pequenos) vão passar pra dentro desses túbulos e esse conteúdo vai circulando o sistema de túbulos e vai sendo modificado; essa modificação será vista mais pra frente. Hoje iremos apreender o nome dessas regiões. - Corpúsculo renal: Glomérulo Cápsula de Bowman - Túbulos renais: Túbulo proximal Alça de Henle (fina descendente, fina ascendente e parte espessa ascendente) Túbulo distal Ducto coletor: pode receber terminações de outros néfrons. Pode ter um ducto coletor central e o mesmo coletar de vários outros néfrons. —> Segmentos e células: Por que temos regiões espessas e finas? Devido as células que compõe esses túbulos. Na parte mais espessa é porque as células que compõe a parede do túbulo são maiores, mais cubóides e mais alongadas, enquanto que as porções que são finas é porque as células são pequenas, finas, delgadas; essas células finas tem poucas mitocôndrias, enquanto que nas células cubóides, que são maiores, tem mais mitocôndrias. Nas áreas espessas tem células maiores, isso indica que tem mais ATP naquela região e que ali vai poder acontecer mais transporte ativo, enquanto que nas partes finas vai ocorrer mais transporte passivo pois essas células terão menos mitocôndria e produzirão menos ATP. Na região do túbulo proximal, em comparação com as outras, apresenta mais invaginações e microvilosidades que servem pra aumentar a superfície de contato; então ali tem uma maior área disponível ao transporte. Então a estrutura já indica como vai ser a função da célula na pratica. —> Suprimento vascular: O que acontece quando o sangue entra no rim e chega ate as regiões que estão os néfrons? No capilar glomerular já tem chegada de sangue, que vai servir muito pra filtração. So que o sangue vai passar ao redor também; pois se as substancias são reabsorvidas, elas precisam passar de volta pro sangue. Então o sangue vai circular ao entorno também. Caminho do sangue: entra pela artéria renal e tem varias ramificações até chegar na porção do córtex que é aonde veremos aquele capilar glomerular . Artéria renal -> arteria interlobar -> arteria arqueada -> arteria interlobular -> arteríola aferente (AA) -> glomérulo. O que é importante saber é que essa artéria que vai trazer o sangue pra dentro do rim vai se ramificando e vai chegar ate o córtex gerando a arteríola aferente. Em seguida vamos fazer o caminho inverso pra drenar; sé que antes de drenar tem que acontecer a filtração e a reabsorção. Então esse sangue vai passar por vasos especializados: Arteríola aferente -> glomérulo ou capilar glomerular (primeira capilarização)-> arteriola eferente -> capilar peritubular (segunda capilarização) *Arteríola eferente e capilares peritubulares vão rodear os túbulos para que haja a alteração do filtrado e alem disso nutrir a região das células que compõe os túbulos e o parênquima renal. Arteríola eferente -> capilar peritubular -> veia interlobular -> veia arqueada -> veia interlobar -> veia renal. Então basicamente: entra, capilariza (2 em sequência) e depois sai. Na região do córtex, figura aumentando essa área (ao lado). Cada bolinha vermelha é um glomérulo, e temos 1 milhão de glomérulos espalhados ali no córtex, alguns são mais internos e outros mais externos. Essa posição é usada pra classificar os tipos de néfrons. -Néfrons mais externos (mais externos ao córtex) -> corticais (80%) -Néfrons mais internos (glomérulo se inicia mais próximo a essa interface córtex/medula) -> justamedulares (20%). Então todos os glomérulos se iniciam nessa região do córtex, só que alguns mais externos e outros mais internos (em maior contato com a medula). Os túbulos que se originam de néfrons com glomérulos mais corticais geralmente ficam na região no córtex ou no máximo ate a região mais externa da medula. Os néfrons em que os glomérulos se iniciam mais próximo a medula (justamedulares) apresentam túbulos que adentram até as regiões mais internas da medula e voltam pra superfície novamente. Logo, pode-se dizer que todos os glomérulos se concentram no córtex, uns mais externos e outros mais internos. Com isso, alguns túbulos se concentram mais no córtex enquanto outros conseguem entrar na medula, outros mais ainda (originados de néfrons justamedulares). Aqui temos a filtração, o liquido vai passando dentro dos túbulos e o que chegar no ducto coletor é a urina; só que nós filtramos diariamente 180 litros porem não eliminamos isso tudo. Eliminamos por dia 1/2 litros, ou seja, 178 litros tem que voltar pro sangue com seus íons etc. Pra isso acontecer precisamos de transportes acontecendo, transportes ativos e passivos. A região fina que faz o transporte passivo pra que ele ocorra é necessário a diferença de concentração; então esse interstício é muito concentrado e isso ajuda a ocorrer os transportes passivos naquela região. Então essa região da medula é hipertônica, porque se concentra ali varias partículas que vão favorecer o transporte passivo (por diferença de concentração) nessa região. Os néfrons que tem os túbulos que entram mais na medula conseguem chegar mais nas regiões hipertônicas (quanto mais interno, mais hipertônico) e com isso ele consegue concentrar mais ainda a urina. Isso é bom pra animais que vivem em ambientes com pouca água, ou seja, tem maior quantidade de néfrons justamedulares, que apresentam maior capacidade de concentra a urina. Além disso, essa região da medula deles é muito hipertônica, o que permite que ele consiga reter a agua e concentrar a urina. Então são 2 fatores: hipertonicidade medular e presença de néfrons justamedulares; ambos vão favorecer a maior concentração da urina e com isso conseguimos por exemplos sobreviver alguns períodos sem beber água. -> Glomérulo Posição no córtex: Corticais = externos Justamedulares = internos -> Alça de Henle Comprimento: justamedulares > corticais Diferença desses 2 néfrons: 1. Região inicial do glomérulo é mais externa no néfron cortical e mais interna-próxima a medula, no néfron justamedular. 2. Comprimento dos túbulos: Alças de Henle dos néfrons corticais adentram pouco na medula, enquanto que as altas de Henle dos néfrons justamedulares adentram muito nas regiões mais internas. Então as alças de Henle são mais compridas nos néfrons justamedulares do que nos corticais. 3. Nos túbulos que ficam nas região mais externas os capilares conseguem ir até eles; nos túbulos que vão ate as regiões mais internas os capilares também precisam ir até lá. Então esses capilares que circundam néfrons justamedulares são os vasos retos (vasa reta). Então a vasa reta são vasos retos, longos que acompanham os túbulos mais longos (que vão até partes mais internas da medula) dos néfrons justamedulares. Resuminho: —> Primeira capilarização: capilares glomerulares - Originada pela AA e drena pra AE - Local: dentro da cápsula de bowman - Função: filtração (formação do ultrafiltrado) —> Segunda capitalização: capilares peritubulares - Originada pela AE e drena para pequenas veias - Local: circundam os túbulos renais mais corticais - Função: transporte, nutrição e reabsorção/secreção de solutos e agua **Vasa reta ou vasos retos: especialização da segunda capilarização nos néfrons justamedulares. Só estão presentes em néfrons que entram mais na medula (néfrons justamedulares). - Originada pela AE ou capilares peritubulares edrena para pequenas veias - Local: circunda alça e Henle e ductos coletores Então pode ter um pouquinho de capilar peritubular e depois vasa reta. MACULA DENSA Túbulos voltam a entrar em contato com a região inicial do glomérulo/capsula. Então temos: capsula de bowman, TCP, alça de Henle fina descendente, alça de Henle fina ascendente, alça de Henle ascendente espessa e TCD. A região que volta a entrar em contato com a capsula/glomérulo é uma região intermediária entre a alça de Henle espessa ascendente e o TCD. Apesar de termos esses nomes não tem como delimitarmos especificamente essa região. Então o túbulo desce e depois volta, passando no meio do glomérulo, entre a AA e AE. Se cortamos essa região vemos essa foto: —> ao lado. A interação dessas duas regiões (região inicial e região mais distal) permite que de acordo com o que esta passando no final a gente adeque a função inicial. Então permite com que o rim consiga se autoregular (autoregulação renal) onde ele consegue pelo o que tá passando aqui no final mudar a filtração no começo. Então tem região inicial do glomérulo que filtra; porém dependendo do que vai chegar no final essa região se adapta filtrando mais ou menos. A região que entra em contato (entre alça de Henle ascendente espessa e TCD) de forma que essas células são chamadas de mácula densa. A macula densa é que consegue perceber o que tá passando aqui e envia uma mensagem pra essa região que vai filtrar mais ou menos. Ex.: tá passando muito sódio, liquido la pro final (RAE e TCD), isso é um sinal que está filtrando muito. Então a região inicial manda uma mensagem pra filtrar menos. E como faz pra filtrar menos? Contrai arteríola aferente e com isso chega menos sangue pra filtrar. O oposto também ocorre, se chega pouco sódio, liquido la pro final significa que tá filtrando pouco, então o sinal é pra vasodilatar AA pra chegar mais sangue no glomérulo e aumentar a filtração inicial. Esse controle pode ocorrer tanto na AA quanto na AE, depois falaremos mais disso. Se apertar AA vai chegar menos e se apertar AE vai sair menos, então isso regula a filtração. 5. APARELHO JUSTAGLOMERULAR E CORPÚSCULO RENAL Região em azul: filtra Região em verde: controla a filtração. Olhar regiões na foto acima e ao lado. Corpúsculo renal: região que filtra. -> formação do ultrafiltrado - Cápsula de Bowman com os capilares glomerulares: região de sustentação. Tem uma porção mais externa (células epiteliais de revestimento) e porção mais interna com células epiteliais internas, que são células especializadas chamadas de podócitos, que determinam o que vai passar. Em contato com esses podócitos temos os capilares e entre eles tem uma membrana basal. - Células mesangiais: entre os capilares, agem como sustentação e outras funções - Barreira de filtração: formada pelos capilares, membrana basal e podócitos. Os podócitos são chamados assim pois são um epitélio especializado que emite projeções que são chamadas de pedicélos. —> Células mesangiais: estão ali no meio de tudo. Funções: sylverthorn - Suporte: função principal - Atividade fagocítica - Secreção de citocinas - Propriedades de células musculares: função contrátil que ajuda na regulação da filtração. **Algumas doenças vão se manifestar nessa região das células mesangiais e que as mesmas são importantes em tentar ajudar a combater essas doenças que ocorrem ali. Se chegar algum patógeno ali ela tenta liberar citocinas, fagocitar… pra impedir a progressão. Aumento da imagem -> ver estrutura da barreira de filtração. Pra passar do sangue para a capsula de Bowman tem que atravessar essa estrutura toda ate o lúmen. Vai ter que passar pelo endotélio -> membrana basal -> podócitos. Existe uma barreira física que a substancia tem que passar pra chegar do outro lado. Entre os pedicelos tem a fenda de filtração, por onde as substancias passam. Então basicamente temos: o endotélio, membrana basal, podócitos em cima, pedicelos com fendas de filtração. Aparelho justaglomerular: faz a regulação da filtração, determina quem passa. Justa= próximo. Aparelho que regula função do glomérulo - Células da mácula densa - Celulas mesangiais extraglomerulares - Células granulares ou justaglomerulares das arteríolas Como regula a filtração? Mácula densa percebe o que tá passando e envia mensagem pra filtrar mais ou menos, onde esse controle vai ser feito tanto pela AA quanto pela AE. Um dos mediadores dessa resposta - “filtra mais ou menos” vai ser a angiotensina II. Quem secreta renina é a arteríola aferente. —————————————————————————————————————————— Aula ED - a tarde - Compartimentos líquidos Uma parte do nosso organismos é agua (50-70% do peso corporal, média de 60%), depende se é homem, mulher… Desses 60% que é composto por agua temos 2 compartimentos: o que tá dentro da célula (LIC) e o que está fora da célula (LEC). Se somarmos tudo o que tá dentro das células vai dar 40% dos 60% totais; e se somarmos tudo o que está fora dá 20% dos 60% totais. Desses que estão do lado de fora, temos principalmente 2 locais: interstício e componente vascular. Tem ainda o compartimento transcelular, que é aquilo que esta dentro de pequenas cavidades como liquido intrapleural, liquido cefalorraquidiano, peritoneal, sinovial, entre outros. O percentual deles é muito pequeno. Pensando no capilar… temos células endoteliais na parede do vaso, então pra substancia sair do vaso ou ir pro vaso ela tem que passar através ou entre essa célula. Se a substancia tá no interstício e vai passar pra dentro da célula ou ao contrario a membrana é celular. A agua esta distribuída nesses compartimentos, separados por membranas. Entre o interstício e a célula tem a membrana plasmática da célula. Isso não é uma coisa estática, as substancias atravessam membranas. Essa passagem de um local pro outro é específico da membrana e da substancia; tem membranas que são permeáveis, outras não, são seletivas apenas para algumas. Tonicidade: colocar célula banhada em uma solução. Se essa célula tiver a mesma concentração do que do lado de fora, não ha passagem de liquido. Vai ter passagem de liquido quando as concentrações forem diferentes. Ex.: solução cheia de cloreto de sódio. Agua vai sair de dentro da célula pra fora, isso pois tem mais partículas aqui e isso vai afetar a osmolaridade. Ao contrario, se dentro da célula é mais concentrado que o exterior, vai ganhar agua; a agua vai passar do extracelular pro intracelular. Então os volumes dos compartimentos não são estáticos, eles podem se modificar. E a passagem entre os compartimentos vai se dar principalmente quando tem diferença de concentração. Exemplos com números… Isso aqui soma 42 litros LIC: 28 litros Liquido intersticial: 11 litros Plasma: 3 litros Sempre que a gente vai adicionar alguma coisa ao sistema, vai entrar sempre pela mesma via. Se eu tenho uma pessoa que tá tomando soro na veia, a solução tá entrando pelo vaso. O vaso faz parte do compartimento LEC, então a substancia entrou pelo LEC. Se eu tenho a ingestão de liquido pela via oral vai passar pelo TGI e vai ser absorvido pro sangue, e novamente isso é LEC. Então as adições são pelo LEC. Variando o LEC podemos influenciar o LIC. Se a pessoa tem infusão do soro pelo LEC, isso afeta o LEC. Mas quando que vai ter passagem do LEC pro LIC? Quando mudar a concentração! Então se eu injetar alguma solução que tenha a mesma concentração que as minhas células não haverá passagem do LEC pro LIC. Agora, se eu ingerir agua, que não tem a mesma concentração que nossas células, nossas células tem íons e outras coisas; então a agua é menos concentrada, quando ela entrar pelo LEC ela vai conseguir passar pro LIC pela diferençade concentração. Então se vai passar ou não depende: • Membrana • Substância • Se essa substancia tem diferença de concentração ou não Ambos conceitos (osmolaridade e tonicidade) se referem a concentração de meios (do intra ou extracelular). Tanto a tonicidade quanto a osmolaridade refletem a concentração de alguma solução, se é mais ou menos concentrada. Então quando eu falo de concentração e uso alguma medida de concentração (ex.: molar) em que expressa algum valor por litro. A osmolaridade é uma outra forma de expressar concentração também. So que a osmolaridade leva em consideração se a substancia que você esta utilizando se dissocia ou não. Começou a falar sobre o ED. OSMOLARIDADE: • Concentração de partículas osmoticamente ativas • Osmolaridade = gC Osmolaridade = medida de concentração que considera o número de partículas em solução. g= numero de partículas por mol em solução (mOsm/mol) C= concentração massa-volume (M/L ou mM/L) • Expressa em Osmol (osm) ou miliosmol (mOsm) mOsm = 1/1000 Osm Então o conceito de osmolaridade se refere ao numero de partículas osmoticamente ativas, ou seja, ao numero de partículas dissolvidas. Então a formula da osmolaridade é: Osmolaridade = concentração (C) X número de partículas (G) Isso vai variar da seguinte forma: se eu tenho uma solução que é 1 molar de glicose; a glicose não se dissocia, portanto uma molécula de glicose é uma partícula de glicose. Porem, se eu tenho 1 molar de NaCl, quando eu coloco ele em agua ele se dissocia em Na+ e Cl-, então 1 molécula gera 2 partículas. Então se eu falo 1 molar é uma forma de expressar concentração, agora se eu falo 1 miliOsmol é outra forma de expressar a concentração. A osmolaridade vai levar em consideração se a partícula, quando colocada na agua, se dissocia ou não. Isso é importante porque no nosso organismo as coisas estão dissolvidas. Se eu tenho 1 molar de glicose e colocar nessa formula, a osmolaridade vai ser numero de partículas que é 1 x a concentração que é 1, então tem uma solução que é 1Osmol/L. Essa outra solução: tem 1 molar de NaCl, então a concentração também é 1, só que eu tenho 2 partículas dissolvidas. Então vai ser 2Osmol/L. Quando tratarmos disso no nosso organismo usaremos os 2 conceitos. Quando nos referirmos quanto as soluções poderemos falar tanto sobre a osmolaridade quanto sobre a tonicidade. Com isso, no nosso organismos existem partículas dissolvidas, só que essa concentração é tão pequena que a gente expressa em miliOsmol, isso pois as substancias no nosso organismo então em miliMolar, pois são muito pequenas. Então uma célula nossa vai ter em torno de 300miliOsmol, que é igual a osmolaridade aqui do lado de fora, no interstício, que também é 300; que também é igual a osmolaridade aqui dentro do vaso, 300. TONICIDADE: é uma propriedade química, pertencente a soluções que estão contidas em uma membrana com permeabilidade seletiva (são permeáveis ao solvente da solução, mas impermeáveis a determinados solutos). Para medir a tonicidade de uma solução, faz-se a soma das concentrações de substâncias osmoticamente ativas que não conseguem atravessar determinada membrana. (peguei do Wikipedia) Prof disse pra pesquisar em casa sobre osmolaridade e tonicidade!
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