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O Processo Criativo na Solução de Problemas

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O processo criativo na busca de soluções
Nos animais as ações são provocadas por associações. O homem usa o raciocínio e sua capacidade de fazer algo mais. A criatividade utilizada na solução de problemas e na descoberta de oportunidades é a criatividade aplicada. O processo para um engajamento total pode acontecer a partir de três vertentes: por determinação; inato e por circunstâncias. O ambiente empresarial traz problemas de adaptação, por isso a criatividade está sendo cada vez mais valorizada nas organizações. As soluções são necessárias e indispensáveis para a sobrevivência no mercado. 
Qual o significado de criatividade? O que sabemos sobre a criatividade humana? E como podemos usar este conhecimento para desenvolver nossa criatividade?
Nos animais as ações provocadas por associações sempre se processam pelo aproveitamento de experiências anteriores e se constituem em um tipo de reação a estímulos. O homem soma a esse tipo de raciocínio associativo sua capacidade de fazer algo mais, construindo hipóteses, sonhando, planejando. Experiências anteriores são, portanto, processadas por nós humanos de forma definitivamente única. Podemos afirmar que a espécie humana tem capacidade inata e exclusiva de raciocinar construtivamente e essa capacidade produz o que chamamos de criatividade.
Os artistas têm a base de sua atuação na criatividade. Mas criatividade vai muito além das artes. Mudar os móveis de lugar, formar carinhas com as comidas infantis, fazer o seu próprio jardim, decorar a sua casa. O comportamento criativo facilita a vida, a partir da rotina, do cotidiano. Improvisar um novo prato usando sobras é um processo criativo.
Se focarmos a criatividade utilizada na solução de problemas e na descoberta de oportunidades podemos dizer que estamos falando de criatividade aplicada.
Durante muitos séculos o fogo foi a única fonte de luz que o homem soube reproduzir? através de lamparinas e lampiões onde se queimavam tecidos? gás? ou outro elemento químico combustível.
Em 1879 Thomas Edison inventou a primeira lâmpada elétrica.
Nela? um filamento de carvão produziu luz durante dois dias seguidos.
Foi uma sensação!
Não por acaso? a lâmpada é o símbolo perfeito da idéia? da invenção? da descoberta.
Afinal? inventar é sempre encontrar a luz no fim do túnel. E é tentando, tentando, tentando sem cansar que conseguimos encontrá-la.
O comportamento criativo é produto de uma visão de vida, de um estado permanente de espírito, de uma verdadeira opção pessoal quanto a desempenhar um papel no mundo. Essa base mobiliza no indivíduo, seu potencial imaginativo e desenvolve suas competências além da média, nos campos dependentes da criatividade.
Segundo José Pedrebon em seu livro Criatividade – Abrindo o Lado Inovador da Mente, o processo descrito como um engajamento total para o exercício da criatividade em muitos casos pode acontecer a partir de três vertentes: engajamento por determinação; engajamento inato e engajamento por circunstâncias.
Vamos conferir:
Engajamento por determinação: o indivíduo descobre de alguma forma o prazer do ato de inovar, com um gratificante sentimento de estar interferindo no mundo, e assim passa a procurar melhor qualificação no campo da criatividade. Passa a pesquisar, ler, estudar, participar de cursos e, principalmente, tenta sem cansar todas as alternativas para se colocar em prática algo que acredita ser solução para possíveis problemas. Não desanimado com fracassos ou erros recorrentes, acaba rompendo seus bloqueios e otimizando seu potencial. Adquire, por vontade própria, a capacidade de criar como um ato normal de exercício de sua personalidade.
Engajamento inato: caracteriza-se pela tendência compulsiva de questionar, mudar, inventar novas formas de se fazer as coisas. Aparece desde a infância, período em que todos somos naturalmente mais criativos por termos poucos condicionamentos ou mesmo nenhum. Se o mundo não consegue reprimir esse indivíduo, ele passará a vida, tentando realizar-se via criatividade.
Engajamento por circunstâncias: é quando o homem comum pode tornar-se o homem criativo. Como exemplo, um apagado ou comportado funcionário, de repente, ao ser colocado em uma função que o motiva, e que exige de si o máximo, transforma-se em um indivíduo dinâmico e criativo. Algumas vezes a transferência é planejada exatamente para provar para a empresa que aquele indivíduo não corresponde ao perfil da organização e revela que ele apenas estava no lugar errado. Estudantes apáticos muitas vezes se tornam brilhantes quando mudam de escola. Filhos ganham iniciativa ao sair de casa, homens e mulheres mudam sua personalidade ao se separarem e ficarem sós, equipes se transformam ao mudar de líder.
Podemos então identificar uma sensível diferença entre o criativo compulsivo e o criativo circunstancial. Já o inato, quando consegue alcançar um bom nível no exercício de seu potencial, acaba apresentando a mesma postura que o circunstancial. A consciência dessas condições e de como as coisas funcionam, em cada caso especificamente, é importante para detectarmos situações e perfis que precisem ser modificados ou readaptados para a busca de melhores resultados dos seus processos criativos.
O desenvolvimento do comportamento criativo também se estabelece quando os estímulos circunstanciais são os de necessidade de solução. O ambiente das empresas, cada vez mais transformador e em transformação, traz problemas de adaptação, o que também explica por que a criatividade está sendo cada vez mais valorizada nas organizações. As soluções são necessárias e indispensáveis para a sobrevivência no mercado. As condições de mudança também estimulam o uso da criatividade na descoberta de oportunidades.
Referências
DUAILIBI, Roberto - Criatividade e marketing -Makron Books.
PEDREBON, José – Abrindo o lado inovador da mente – Atlas – 2005.
ALENCAR, Eunice M.I. Soriano – A gerência da criatividade – Makron Books.

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