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O sistema de saúde suplementar no Brasil

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Curso: enfermagem
Disciplina: Políticas de Saúde
AULA: O sistema de saúde suplementar no Brasil
Prof MS. Inês Laudares 
Sistema de saúde suplementar
A regulação foi iniciada em 1999, com a entrada em vigor da lei 9.656/98, que dispõe sobre os planos de saúde. No ano seguinte, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi criada para atuar na regulamentação, criação e implementação de normas, controle e fiscalização das atividades do segmento. 
Antes da lei 9.961/2000, que criou a ANS, as seguradoras de saúde eram reguladas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
A saúde suplementar no Brasil é a atividade que envolve a operação de planos e seguros privados de assistência médica à saúde e é regulada pelo poder público, representado pela ANS e as operadoras compreendem seguradoras especializadas em saúde, medicinas de grupo, cooperativas, instituições filantrópicas e autogestões.
A partir da década de 1960, as empresas começaram a oferecer planos de assistência médica aos colaboradores já que nesse período houve um crescimento econômico do Brasil e assim um avanço do trabalho formal. 
No Brasil, mais de 48 milhões de beneficiários têm planos de saúde médico-hospitalares e mais de 20 milhões são clientes de planos odontológicos.
São 1.183 operadoras e 55.435 planos de assistência médica, a Saúde Suplementar realizou, em 2013, mais de 1 bilhão de procedimentos como consultas, internações, exames, terapias etc.
Funcionamento do sistema
O sistema de saúde brasileiro tem cobertura universal do sistema público e livre atuação da iniciativa privada. 
Os planos de saúde fornecem assistência à saúde de forma suplementar, de modo que o cidadão não perde o direito de ser atendido pelo SUS ao contar com a cobertura do plano privado.
Com relação ao funcionamento, a indústria de insumos de saúde e seus distribuidores fornecem medicamentos, materiais, equipamentos e gases medicinais, entre outros produtos, aos prestadores de serviços de assistência à saúde. Estes, por sua vez, utilizam os insumos comprados para ofertar serviços aos beneficiários de planos de saúde, que pagam pelos serviços usufruídos por meio da mensalidade do plano contratado.
Todo esse sistema privado é regulado por três órgãos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é responsável pela regulação sanitária e econômica do mercado de compra e venda de insumos hospitalares; à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) cabe regular o fluxo financeiro e de serviços entre operadoras, beneficiários e prestadores; e o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) deve garantir a competitividade no setor.
Cadeia produtiva de bens e serviços no setor de Saúde Suplementar
Planos e Seguros
Em um primeiro momento, não há diferenças entre os dois, exceto em relação à forma de ofertas dos serviços e acessos:
Plano de saúde — deve oferecer serviços por rede assistencial própria ou credenciada e pode ou não oferecer a garantia de cobertura mediante reembolso.
Seguro saúde — só pode ser oferecido por uma seguradora especializada em saúde. Garante a cobertura em regra por reembolso (característica própria) ou por rede referenciada, uma vez que o beneficiário pode ou não aceitar a indicação feita pela seguradora.
Tipos de plano de saúde
Desde que a lei 9.656/98 entrou em vigor, são oferecidos no Brasil basicamente cinco tipos de planos e seguros: 
Ambulatorial, 
Hospitalar, 
Ambulatorial+hospitalar, com ou sem obstetrícia,
Odontológico 
Referencia 
Planos individuais e planos coletivos
O plano individual é aquele contratado diretamente por uma pessoa física junto à operadora, com a possibilidade de contemplar os dependentes do beneficiário titular, tornando-se, neste caso, um plano familiar. Já os planos coletivos podem ser contratados por adesão (com vínculo do beneficiário a uma entidade de classe ou sindicato) ou por meio de empresas, através de vínculo empregatício
Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de 2013, dos 50,3 milhões de beneficiários da saúde suplementar, 13,2% possuem planos coletivos por adesão e 100%, coletivo empresarial. 
O crescimento dessa modalidade foi causado principalmente pela forte ampliação do emprego formal e do empreendedorismo no País. 
Já os planos individuais registraram aumento de 9,98% na base de beneficiários entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013, chegando a 9,98 milhões de pessoas nesse tipo de plano
Tipos de operadoras
As operadoras são pessoas jurídicas constituídas sob a forma empresarial, associação, fundação, cooperativa ou entidades de autogestão, obrigatoriamente registradas na ANS. 
A operadora de plano de saúde é responsável por estruturar os planos que são oferecidos e comercializados à sociedade. Na qual, credencia hospitais, clínicas, laboratórios e profissionais médicos. 
Há ainda operadoras que possuem rede própria de prestadores de serviços médico-hospitalares. Organiza as diferentes opções de cobertura que os planos comercializados terão, sejam eles planos individuais, coletivos por adesão (para categorias profissionais) ou empresariais. 
Cooperativas médicas — sociedades sem fins lucrativos, com o objetivo de operar planos privados de assistência à saúde.
Cooperativas odontológicas — sociedades sem objetivo de lucro, que operam apenas planos odontológicos.
Autogestão — é o sistema, sem finalidade lucrativa, no qual uma empresa ou outro tipo de organização institui e administra o plano privado de saúde de seus empregados ativos, aposentados, pensionistas, ex-empregados e respectivos grupos familiares, ou ainda, participantes e dependentes de associações de pessoas físicas ou jurídicas, fundações, sindicatos, entidades de categorias profissionais ou assemelhados.
Filantropia — nessa classificação estão incluídas entidades sem fins lucrativos que operam planos privados de saúde. Necessariamente, as instituições filantrópicas têm de ser certificadas pelo Conselho Nacional de Assistência Social e declaradas de utilidade pública pelo Ministério da Justiça ou pelos governos estaduais ou municipais. 
Medicina de grupo — é conhecido por convênio médico, prestando serviços médico-hospitalares através de recursos próprios e contratados, cobrando valor per capita fixo. 
Odontologia de grupo — modalidade de assistência odontológica prestada por operadoras de planos exclusivamente odontológicos com registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) através de uma ampla rede de atendimento próprio e/ou credenciado, à exceção das que fazem parte das demais modalidades. 
Seguradoras especializadas em saúde — são as seguradoras autorizadas a operar – exclusivamente – seguro saúde. No seu estatuto, deve constar a proibição de atuarem em quaisquer outros ramos de seguro.
Administradoras de benefícios — são empresas que administram planos coletivos de assistência à saúde, financiados por uma operadora. Não assumem o risco decorrente da operação desses planos. Também não possuem rede própria, credenciada ou referenciada de serviços médico-hospitalares ou odontológicos e não têm vínculo contratual direto com os beneficiários. A administradora de benefícios é responsável por implantar e gerenciar os planos de saúde coletivos de categorias profissionais e de empresas ou órgãos públicos. 
fontes
Plano de Saúde - O que saber. 
Guia da Saúde Suplementar (PDF). Instituto de Estudos de Saúde Suplementar
LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998
LEI No 9.961 DE 28 DE JANEIRO DE 2000 
LEI Nº 9.782, DE 26 DE JANEIRO DE 1999
LEI Nº 5.764, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1971
Art. 199 da Constituição Federal de 88
Caderno de Informação da Saúde Suplementar
Notícias ANS. Agência Nacional de Saúde Suplementar

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