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Gestão Democrática na Escola Pública

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GESTÃO DEMOCRÁTICA: ESCOLA PÚBLICA
Rodrigo de Lima Carneiro
Tutor (a) Karina Macêdo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (PED 1414) – Estágio Curricular Obrigatório III
23/05/2019
RESUMO
O presente paper tem como objetivo apresentar os pontos principais que favorecem a relação entre a escola e a comunidade, a gestão escolar democrática e seu posicionamento quanta à sociedade e a realidade dos seus alunos. Serão abordados os aspectos positivos de uma gestão democrática e sua influência direta num contexto social e de que forma esse conceito pode influenciar na qualidade de ensino. Enfatizar o quanto um gestor democrático possibilita uma construção coletiva dos principais pilares da educação, tanto pela conservação do estabelecimento físico de um modo geral, quanto às produções escolares e discursões sobre políticas públicas, inserindo todos na concepção central do modelo de escola que está sendo gerido. A gestão democrática reforça a intenção da função que a escola pretende atender, a qual não se restringe apenas servir informações aos seus alunos para prepara-los de encontro ao ensino superior e mercado de trabalho, mas formar cidadãos compromissados com a sociedade exercendo seu papel dentro de um cenário democrático.
Palavras-chave: Escola. Gestão. Sociedade. 
1 INTRODUÇÃO
 A gestão escolar é responsável pela liderança educacional, dentro de uma concepção geral, o gestor possui o compromisso de avaliar e determinar decisões a serem tomadas no espaço de ensino. Também confere a responsabilidade de direcionar a equipe no intuito de melhor adequar o funcionamento das atividades propostas e atribuir o andamento satisfatório. Nesse aspecto, classifica-se a gestão como liderança, a resolutória e ponto inicial de qualquer problemática.
 É notório que um ambiente onde envolva muitos indivíduos é cercado por opiniões diferentes e personalidades diversificadas, ideias que se fundem para gerar um só contexto. No espaço escolar não acontece diferente, a gestão democrática permite que várias concepções sejam aproveitadas na intenção de construir uma escola feita por todos, desde funcionários até a própria comunidade, quando a instituição de ensino precisa inteirar-se do meio onde a mesma está localizada, conhecendo a realidade dos seus alunos e familiares. Nesse pressuposto é preciso que o gestor realize um diagnóstico para entender os problemas da instituição escolar e os demais que o cercam, pois tudo pode impactar no processo comum da educação no seu espaço, ouvir todos, juntar intenções e ideias é de suma importância para a localização e resolução de assuntos que afetam a escola, seus alunos e a comunidade num contexto geral.
 A gestão democrática se mostra ainda mais importante tratando-se das políticas públicas, quando muitas vezes são feitas em cima de pedidos da população de acordo com sua realidade, assim como a Escola Acessível, que propõe aumentar a acessibilidade à escola pública, além de oferecer informações e recursos para o melhoramento do aprendizado de crianças com necessidades especiais. Neste sentindo, aliado à comunidade o gestor abre espaço para enxergar os caminhos para fazer o melhor para seus alunos e ambiente escolar, levando em consideração que o PPP (Projeto Político Pedagógico) será construído, também, com grande influência na realidade em que a escola se encontra, com relação aos estudantes e o meio onde está localizada. Vale analisar de que forma a comunidade influencia no andamento dos processos educacionais e ressaltar as diversas importâncias de estabelecer uma gestão democrática tanto no contexto escolar quanto num aspecto sócio histórico e cultural levando em consideração que a escola não está alheia naquilo que acontece na sua área de abrangência, gerando a relevância e benefícios de instaurar um bom clima entre a escola e as regiões vulneráveis. 
A COMUNIDADE E SUA INFLUÊNCIA
 Percebe-se, em um contexto geral a necessidade das escolas em trabalhar coletivamente, fala-se muito em democratizar a escola, não focar no diretor como gestor único. Nesse novo entendimento de gestão, é possível entender melhor as necessidades da comunidade onde a escola está inserida, dando a atenção devida e nunca estando alheia às suas problemáticas. A gestão democrática se mostra ainda mais importante tratando-se das políticas públicas, quando muitas vezes são feitas em cima de pedidos da população de acordo com sua realidade, assim como a Escola Acessível, que propõe aumentar a acessibilidade à escola pública, além de oferecer informações e recursos para o melhoramento do aprendizado de crianças com necessidades especiais. Neste sentindo, aliado à comunidade o gestor abre espaço para enxergar os caminhos para fazer o melhor para seus alunos e ambiente escolar, levando em consideração que o PPP (Projeto Político Pedagógico) será construído, também, com grande influência na realidade em que a escola se encontra, com relação aos estudantes e o meio onde está localizada.
 Num contexto histórico, antes mesmo do termo administração, a sociedade já exercia o ato de administrar. Estudiosos de administração apontam que a sociedade se apresenta por uma diversidade institucional: 
Em virtude da complexidade das tarefas, da escassez dos recursos disponíveis, da multiplicidade de objetivos a serem perseguidos e do grande número de trabalhadores envolvidos, assumem-se a absoluta necessidade de que esses trabalhadores tenham suas ações coordenadas e controladas por pessoas ou órgãos com funções chamadas administrativas (PARO, 2006, p. 17).
 Vale analisar de que forma a comunidade influencia no andamento dos processos educacionais e ressaltar as diversas importâncias de estabelecer uma gestão democrática tanto no contexto escolar quanto num aspecto sócio histórico e cultural levando em consideração que a escola não está alheia naquilo que acontece na sua área de abrangência, gerando a relevância e benefícios de instaurar um bom clima entre a escola e as regiões vulneráveis. 
3. GESTÃO DEMOCRÁTICA
 Através da participação da comunidade, problemas de características comuns da rede pública podem ser sanados, em conselho formado por gestores, professores, pais e alunos, o acesso às problemáticas torna-se direto, tais como desinteresse dos estudantes, o prospecto do futuro e outras ações que caminham para a qualidade do ensino da escola. É de suma importância que o gestor abra as portas da escola para as opiniões e sugestões, também se faz necessário o desenvolvimento de projetos escolares que envolva a comunidade, tais como feira de cultura, palestras. Para Gadotti:
A participação possibilita à população um aprofundamento do seu grau de organização. [...] ela contribui para a democratização das relações de poder no seu interior e, conseqüente, para a melhoria da qualidade do ensino. “Todos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da escola, conhecer com mais profundidade todos os que nela estudam e trabalham, intensificar seu envolvimento com ela e, assim, acompanhar melhor a educação ali oferecida”. (GADOTTI, 2004. p. 16).
 
 É fato dizer quando somado os esforços, a escola será forte, assim, com responsabilidades divididas e estabelecidas, nesse contexto, a tomada de decisões sendo executada de forma compartilhada e como consequência a colheita de resultados.
 O gestor tem a função de estar sempre atento a ouvir a comunidade justamente porque a escola vem para suprir a necessidade desse público, é importante priorizar a valorização da participação e as opiniões. A influência da comunidade para a escola é inquestionável, responsável por movimentar políticas públicas de acordo com suas necessidades, por discutir os dois lados de situações que venham a surgir em meio o espaço escolar. Segundo Paro (2005, p. 17), “é neste contexto que ganha maior importância à participaçãoda comunidade na escola, no sentido, de partilha do poder por parte daqueles que se supõe serem os mais diretamente interessados na qualidade de ensino”. Um dos passos mais importantes da gestão democrática é a construção do projeto político pedagógico em conjunto, em cima de informações diagnósticas até objetivos, execuções, metas e avaliações, além do desenvolvimento de medidas e projetos voltados para a comunidade onde se encontra o espaço escolar. Para Ciseki (1998), um conselho escolar deve ser composto por todos do seguimento escolar, tais como pais e gestores, a partir desta concepção, é preciso elevar que para que haja de fato um processo de democratização, a gestão deve fornecer transparência nas tomadas de decisões da escola, cabe ao conselho ter função deliberativa e fiscalizadora, para que acompanhe toda a gestão escolar. Adotando um perfil participativo, a escola abre espaço para que todos sejam responsáveis pela educação, vendo de perto todo processo educativo, pontuando situações e fazendo parte da tomada de decisões. Gadotti (2004) afirma:
A gestão democrática [...] se constituirá numa ação prática a ser construída na escola. Ela acontecerá à elaboração do projeto político pedagógico da escola, à implementação de Conselhos de Escola que efetivamente influenciam a gestão escolar como um todo e as medidas que garantam a autonomia administrativa, pedagógica e financeira da escola, sem eximir o Estado de suas obrigações com o ensino público (GADOTTI, 2004, p.96).
 A comunidade pode ser a solução da escola assim como a escola pode ser a solução da comunidade, bem como, com a criação do conselho que conste gestão, equipe escolar, alunos e familiares para as discursões em cima dos problemas naturais que podem ser ocasionados e também na valorização das opiniões pautadas, principalmente no que diz respeito a políticas públicas e as necessidades dos estudantes. O intuito único é a qualidade da educação, onde todos expõem seus ideais e compartilham experiências, nesse pressuposto, a escola ajuda a comunidade na compreensão das diversas mudanças que ocorrem na sociedade, no papel cidadã de gerar informações acessíveis de nível social e cultural para ajudar na visão de mundo de alunos e familiares. A gestão escolar por sua vez, nutre de informações vindas da comunidade para inteirar-se e melhor adequar-se à realidade vivida naquela região, onde a escola não pode ser alheia dos acontecimentos que giram em torno da escola, trazendo pra si os problemas reais e buscando resoluções em conjunto. 
 A postura de uma gestão democrática está além de apenas ter eleições para escolha de diretores, acompanha uma vasta lista de características que competem ao gestor. Abrir espaço para o meio social real da escola é um deles, além de estabelecer seus princípios em cima da realidade dos seus alunos, através de diagnósticos, atribuir seu posicionamento em cima dos projetos e práticas executadas, abri para a comunidade o espaço suficiente para que todos expressem opiniões e gerar atividades que envolvam toda abrangência comunitária afim de estabelecer contato direto e parceiro.
 4.VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
Durante o Estágio Curricular Obrigatório, todas as ações cumpriram as propostas da temática central. As observações e entrevistas foram de cunho crítico, voltadas para a questão da gestão democrática. Durante as entrevistas, a questão também foi levantada, em uma conversa longa com a diretoria, as questões de eventos e conteúdos que auxiliam na questão da participação da comunidade nos eventos da escola e conhecimento do ambiente onde a mesma está inserida, daí a possibilidade de ideias para montar planejamentos que envolvem esse contexto de forma suave e natural enaltecendo a particularidade de cada aluno e o valorizando.
 Durantes as observações, foi acompanhado o passo a passo de cada ação gestora, o tratar dos alunos e da comunidade e a união para a resolução de problemas considerados comuns no espaço escolar. Situações de cunho social e planejamento de ações e eventos que venham a envolver a comunidade são destacáveis, a direção propõe palestras e momentos educativos não só para alunos, mas também para pais e parentes dos mesmos, o intuito é levar educação e conhecimento para toda a área onde a escola alcança. Perceptível, também, é a sensação de troca, onde não só a escola oferece à comunidade, mas a comunidade oferece à escola, apresentando situações externas relacionadas ao espaço escolar, que podem vir a afetar, mas por muitas vezes desconhecidas pela gestão, até familiares e demais colaboradores levarem até o conhecimento gestor a fim de resoluções em conjunto.
IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (considerações finais)
A prática atribuiu novos conceitos, a vivência trouxe pensamentos e experiências novas. O gestor que se permite, aprende com a comunidade, cada um vem a contribuir para propor melhoria naquilo que só tem vantagens e benefícios a oferecer, a educação.
 Melhor que aprender a teoria, é viver a prática, a bagagem adiquirida é conceito constante, ao aplicar o tema em ação, pode-se perceber quais aspectos devem ser levantados para adaptações e situações futuras, a forma de aplicar, modos de comportamento, maneiras de lidar, funcionamento e critérios, fortaleceram os atributos já conquistados de forma científica, que colocados na prática ganharam vida e rumo. A gestão democrática possibilita uma infinitade de percepções, a exemplo do abraçar das ideias externas trazidas pela comunidade, onde, de grande importância, essa contribuição tende a facilitar o resolver problemas comuns do espaço escolar, trazendo benefícios para escola e comunidade. O que tem de ideia é que, a escola precisa da comunidade, assim como a comunidade precisa da escola.
REFERÊNCIAS
CISEKI, A. A . Conselhos de Escolha: coletivos instituintes da escola cidadã. IN: BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Salto para o futuro: construindo a escola cidadã, projeto político pedagógico. Brasília, 1998. P.43 -52.
GADOTTI, Moacir e ROMÃO, José E. Autonomia da Escola. 6. ed. São Paulo: Cortez, (Guia da escola cidadã; v.1), 2004.
PARO, Vitor: Administração escolar introdução a critica. 14. ed.. São Paulo: Cortez, 2006.
PARO, Vitor Henrique. Eleição de Diretores: A escola pública experimenta a democracia. Campinas: Papirus, 1996.

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