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Fístula Oronasal Adquirida GRUPO DE ESTUDOS DE CIRURGIA Acadêmica: Kellyn Haas Martins Fístula oronasal adquirida Sinônimos Definição Predisposição SINÔN: Fissura palatina traumática ou Defeito palatino DEFI: Comunicação anormal entre cav. oral e nasal que permite a passagem de alimentos e líquidos. Pode ser observada no palato 1º (lábio e pré maxila) ou no palato 2º (pal duro e mole) PREDISPO: Qualquer raça e sexo pode adquirir uma fistula. CASUÍSTICA 2 Qualquer raça e sexo pode adquirir uma fistula. Sinônimos Definição Predisposição Fístula oronasal adquirida Irrigação sanguínea dessa região tem origem na Art. Carótida comum 3 Traumas Doenças dentárias Radiação (necrose) ETIOLOGIA Complicações cirúrgicas Ferida por mordeduras; Ferida por arma de fogo; Trauma brusco na cabeça; Queimaduras elétricas; Obj. estranho alojado entre arcadas dentárias. Traumas ETIOLOGIA Por pressão causa necrose do palato e conseq. fissura. 5 Por pressão causa necrose do palato e conseq. fissura. ETIOLOGA - Último estágio da doença periodontal. Quando uma bolsa periodontal maxilar progride até o ápice, lisando o osso entre o alvéolo dentário e a cavidade nasal; Doenças dentárias No último estágio da doença periodontal 6 ETIOLOGIA Excisão de massas; Rinotomia ventral. Complicação da cirurgia Anamnese/Histórica clínica; Sinais Clínicos: Espirro, tosse, corrimento nasal contínuo, infecções frequentes no trato respiratório, alterações nos hábitos de ingestão, rinite crônica com ou sem epixtase, hipersensibilidade oral, etc. Exame físico: Identificação direta; Patologia clínica; Diagnóstico por imagem: - Relato de caso 1: “...foi evidenciada a existência de fístula oronasal relacionada à raiz do dente canino superior direito, interligando seio frontal, narina e órbita”. Diagnóstico diferencial: Rinite crônica (fúngica, Corpo estranho nasal, Neoplasia nasal). Histopatológico sempre. DIAGNÓSTICO -> Suspeitar caso apresente histórico de doença dentária, passou por trauma, se faz tratamento de tumores orais, FISICO-> Minucioso da cav. oral identifica a fistula. Qdo a associada à doença periodontal, não são identificadas facilmente, a menos que a ´´área ao redor do dente seja explorada com uma sonda periodontal. 8 Suspeitar se o animal apresenta histórico de doença dentária, passou por trauma, se faz tratamento de tumores orais Espirro, tosse, corrimento nasal contínuo CONDUTA MÉDICA: Fechamento cirúrgico é o tratamento de escolha; Raramente ocorre a cicatrização espontânea da fístula oronasal (BOLSON; PACHALY, 2004). Se houver rinite grave deve ser feito o tratamento, para reduzir a infecção e melhorar o tecido a fim de segurar a sutura. TRATAMENTO CIRÚRGICO: Variedade de técnicas; As técnicas de retalho são mais bem-sucedidas que a aposição direta das margens, devido à menor tensão e à maior sustentação do reparo; Sucesso dos enxertos requer: - Fechamento bem sustentado, hermético e livre de tensão; - Preservação da vascularização; - Resistir ao atrito da mastigação e deglutição; - Excelente debridamento. Os dentes envolvidos na fístula devem ser extraídos semanas antes da reconstrução do defeito.?????? 10 PRÉ-OPERATÓRIO: Após indução anestésica, as cavidades devem ser enxaguadas com solução anti-séptica diluída em solução salina; Usar trouxa de gase no fundo da garganta; Decúbito: Lateral: reparo da fístula oronasal associada à arcada dentária. Dorsal: reparo da fístula localizada mais centralmente envolvendo o palato secundário. Técnicas Cirúgicas: Aposição direta; Retalho em camada simples; 3) Retalho Rotacional; 4) Retalho de Avanço; Reparo com Enxerto da Cartilagem Conchal. Reparo com esponjas de colágeno; Reparo com Resina Acrílica Autopolimerizável. Relato de caso 12 Princípios da Cirurgia Oral Usar técnica atraumática; Controlar a hemorragia usando pressão e ligadura; Evitar tensão; Fazer retalhos 2-4mm maior que a fístula; Usar suturas aposicionais; Fios monofilamentares; Eletrocoagulação usada apenas em áreas isoladas e discretas. P/ reduzir o dano tecidual e o edema; P evitar deiscencia - Minimiza a absorção de água por capilaridade e assim o dano tecidual. Poliproleno 13 1) Aposição direta: Para fístulas muito pequenas; Debridar a fístula; Elevar as margens para aproximar sem tensão; Sutura de aposição da mucosa com pontos descontínuos (ex.:PIS). DEBRIDAR: serve para cicatrização, para reavivar as bordas; 14 2) Retalho em camada simples Debridar a fístula; Incisa (2mm) a mucosa gengival perpendicular à arcada dentária, para ter um retalho maior que a fístula; Elevar a mucosa gengival e deslocar, sem tensão, até tapar a fístula. Sutura de aposição da mucosa com pontos descontínuos (ex.:PIS). 3) Retalho Rotacional 4) Retalho de Avanço 3 e 4) Tecido de granulação preenche o defeito sobre o palato duro e a área se reeapiteliza em poucas semanas. D e E: Palato duro F e D: transição palato duro e mole Cria retalho de 2-4mm maior que a fistula debridada D e E: Após debridar, criar um retalho rotacional F e G: Avança o retalho 16 5) Reparo com Enxerto da Cartilagem Conchal Incisão sobre a superfície caudoventral do pavilhão auricular, deixando a pele rostral intacta; Excisar; Elevar o mucoperiósteo do palato duro(2mm) em torno da fístula oronasal para acomodar o enxerto; Inserir o enxerto e suturar com PIS rostral e caudal. Excisar um pedaço circular 17 PÓS-OPERATÓRIO Os pontos deverão permanecer pelo menos por 14 dias, devendo avaliar a cicatrização na 2ª e na 4ª semana de pós-operatório; Ração úmida é liberado de 24 horas até 2 semanas após a cirurgia, voltando a seguir à alimentação normal; Infecções orais são raras, pois a saliva tem ação antimicrobiana, e o suprimento sanguíneo dessa região é excelente; Em caso de deiscência de sutura, o novo reparo deve ser executado dentro de 3 semanas . Relato de caso nº1: Origem Periodontal Relato de caso nº2: Origem traumática Relato de caso nº1 2009 MED VEP 20 Femea 16ª9m. Foi atendida por apresentar secreção nasal hemopurulenta crônica por um período de aproximadamente 7m. Último mÊs com aumento de volume da face direita exame físico observou-se intensa halitose 21 22 “Na cav. alveolar, após curetagem e irrigação, foram colocadas esponjas de colágeno embebidas em gentamicina, e aplicaram-se 2 P.I.S. com fio categute. Tracionou-se parcialmente a gengiva, de forma que se mantivesse um pequeno orifício para drenagem.” (Pachaly, J. R., 2009). Dois dias após o procedimento, já se alimentava espontaneamente com ração seca. 16º dia após o procedimento realizou-se avaliação clínica: ganho de 250g de peso; normalização da aparência da face; excelente estado geral; cessação de todos os sinais clínicos anteriormente presentes. 24 Relato de caso nº2 Felino macho, 3 anos 3 KG Fortaleza- CE, queixa principal espirros frequentes, secreção nasal purulenta crônicos, halitose e emagrecimento progressivo - Trauma 2 anos antes, quando foi submetido à redução de fratura de sínfise mandibular 25 - atingindo quase 2/3 da extensão do palato duro Não foi encontrado alterações na ausculta torácica. leucocitose com desvio à direita e monocitose. Debridamento e retirada de restos alimentares da cav. nasal 26 Misturou-se copolímero em pó + monômero líquido, até que a resina atingisse uma maleabilidade ideal para o implante no local. Irrigou-se toda região com sol. de NaCl 0,9% resfriada. - Gioso et al. (2001) e Goelzer et al. (2003): necrose do tecido devido reação exotérmica e posteriormente, pela adesão de placas bacterianas. Afim de diminuir a temperatura nos tecidos em contato com a resina. 27 = Resina Copolímero em pó e Monômero líquido: Sonda uretral nº14, garantindo a manutenção da via aérea; Retorno 10dias: Dim. dos episódios de espirros, mas comsecreção nasal serosa; Apetite melhorado e c/ aum. de 500g no peso total; Recomendou-se o retorno à alimentação com ração sólida; Após seis meses da implantação da resina, o gato retornou. Verificou a total integridade do implante, sem sinais clínicos de mobilidade do mesmo ou inflamação nos tecidos adjacentes. até polimerização da resina. 29 7) Reparo com Resina Acrílica Autopolimerizável: Fácil execução e aquisição, baixo custo e não invasivo; Não necessitou de suturas para ser fixada; Sem necessidade de elevar o mucoperiosteo da cav. oral, no presente relato foi feito somente a obstrução com a resina, o que também mostrou ser estável. 2) evitando assim quadros de inflamação ou deiscência. 30
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