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FISIOLOGIA DA TIREOIDE – RODRIGO – 02/10/17
É uma glândula localizada na região anterior do pescoço. Da 5ª até a 7ª vértebra cervical. Possui dois lobos: direito e esquerdo. Entre os lobos fica o istmo da tireoide.
A atuação da tireoide é regulada pela atuação do hormônio TSH. O TSH estimula a produção e secreção de T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). O TRH produzido pelo hipotálamo pode estimular a secreção de TSH que, por conseguinte, estimula a secreção de T3 e T4 (um pouco de MIT e DIT).
Obs.: 93% da secreção é de T4 e 7% é de T3. Quando for atuar, o T4 é convertido em T3 que possui atividade biológica superior (4x mais).
T3 e T4 são tão importantes para o metabolismo que a redução de sua concentração torna o metabolismo 50% mais lento, enquanto que seu excesso torna o metabolismo de 60 a 100% mais rápido.
Além de T3 e T4, a tireoide também secreta calcitonina. 
A unidade funcional da tireoide é o folículo, no qual uma camada de células foliculares (que produzem T3 e T4) circunda o lúmen folicular que contém o material coloide (gelatinoso). O coloide é, em sua maior parte, composto por tireoglobulina, cuja molécula contém hormônios tireoidianos. Em um determinado momento, o coloide tem que ser reabsorvido.
Vale ressaltar que o iodo é necessário para a formação de tiroxina e triiodotironina. Para prevenir a deficiência de iodo, ocorre a suplementação do sal de cozinha com iodo.
Obs.: Dietas com pouco iodo terão menor produção de T3 e T4 (pois não há matéria prima – o próprio iodo), a redução da concentração sérica de T3 e T4 faz com que a hipófise seja sensibilizada e produza TSH. O TSH aumenta a atividade da glândula, estimulando a produção de T3, T4 e tireoglobulina. No entanto, a escassez de iodo faz com que o estímulo para a produção de T3 e T4 seja insuficiente, assim só a tireoglobulina será produzida. O aumento constante de tireoglobulina no lúmen folicular, aumenta o volume do coloide e glândula aumenta de tamanho. Perceba que mesmo assim a concentração sérica de T3 e T4 permanece baixa, assim, mais estímulo será dado para a atuação tireoide, dessa forma, ela não para de aumentar de tamanho. A fisiopatologia descrita é do bócio endêmico (com carência alimentar de iodo).
CAPTAÇÃO:
O iodeto é ingerido por via oral e absorvido pelo trato gastrointestinal para o sangue. A captação do iodeto ocorre pela atuação do cotransportador (simporte (NIS)). Esse cotransportador realiza um transporte ativo secundário. A energia desse cotransportador é dada pela atuação da Bomba de ATPase que cria um gradiente que favorece a entrada do Na+ para o meio intracelular, que acaba trazendo consigo o I-.
A razão de transporte do cotransportador é de 2 Na para 1 I.
Obs.: Só 1/5 que é captado no TGI é usado pela tireoide, a maior parte é eliminada pelo rim.
Há cotransportador no enterócito (para a absorção do TGI) e na membrana celular basal das células foliculares para captar o iodeto para o interior da tireoide.
O iodeto é transportado para o lúmen folicular por uma proteína na membrana apical das células foliculares, um contratransportador , chamada de pendrina. 
A síndrome de Prended promove mutação na pendrina, assim, o paciente tem comprometimento da síntese de hormônios e surge um bócio. 
Obs.: A atuação do cotransportador é fundamental para a cintilografia. Pode-se usar o iodeto como isótopo radioativo. Dessa forma, o contratransportador joga o iodeto para dentro das células da tireoide e permite sua visualização por contraste. Se o paciente comer alimento com muito iodo antes do exame, isso esgota a atuação do contratransportador e atrapalha o exame.
A captação de iodeto é influenciada pela atuação de TSH (1), o TSH estimula a atividade do cotransportador . Além disso, o controle da captação de iodeto pode ser feita pela pendrina (2) (mutações na pendrina – síndrome de Prended). A terceira forma de controle de captação de iodeto é pelo efeito de Wolff-Chaikoff (3) que utiliza a própria concentração de iodeto plasmático para aumentar ou reduzir a atividade do cotransportador .
Lembre-se que a captação é todo o processo de entrada do iodeto pela célula até chegar ao lúmen folicular.
Efeito Wolff-Chaikoff:
Esse efeito descreve o controle da atuação do cotransportador , dependendo a concentração de iodeto plasmático. A escassez de iodeto aumenta a expressão desse contratransportador que favorece a absorção de iodeto no TGI e a absorção de iodeto para as células foliculares da tireoide. Isso disponibiliza o iodeto, em concentrações normais, para que a produção de hormônios tireoidianos.
Em contra partida, o excesso de iodeto favorece a inibição da atuação do cotransportador . Isso reduz a disponibilidade de iodeto no sangue e para as células foliculares tireoidianas. Isso impede que a tiroide receba muito iodeto e produza muito hormônio tireoidiano. 
ORGANIFICAÇÃO:
Três estruturas são importantes para a formação de T3 e T4, elas são: tireoglobulina (ñ compõe), tirosina e iodeto. 
As células da tireoide possuem, como todas as células, retículo endoplasmático rugoso (RER) e aparelho de Golgi. Eles, respectivamente, sintetizam e secretam a tireoglobulina.
A tireoglobulina é uma glicoproteína que retém ligada a si, com ligações covalentes, os hormônios tireoidianos, MIT e DIT. Os hormônios tireoidianos permanecem ligados a tireoglobulina mesmo quando estão armazenados no coloide folicular.
Então, a tireoglobulina produzida no interior do citosol segue para a membrana apical, onde sofre exocitose e vai ao lúmen folicular compor a maior parte do volume do coloide. 
A tirosina, por sua vez, é um aminoácido não essencial (produzido pelo corpo) presente no interior do citosol. A tirosina também é encaminhada para o lúmen folicular.
O iodeto entra na célula folicular tiroidiana pela membrana basal, por meio do cotransportador . Segue para a região apical da célula, onde encontra o contratransportador (pendrina), que estimula a saída do iodeto para o lúmen folicular, na região com o coloide que já possui tirosina e tireoglobulina.
O iodeto () tem que sofrer oxidação para a forma de iodo oxidado () que é capaz de se combinar com o aminoácido tirosina, no lúmen folicular. Essa oxidação é feita pela enzima tireoperoxidase (TPO), acompanhada de peróxido de hidrogênio, que constituem um sistema capaz de oxidar o iodo. 
A enzima oxidase tireoidiana (ThOX) produz o peróxido de hidrogênio que é fundamental para a oxidação do iodeto.
Lembre-se que as enzimas TPO e ThOX só estão presentes na porção apical da célula.
A enzima tireoperoxidase (TPO), assim como o cotransportador , é regulada pela atuação do TSH.
A tireoidite de Hashimoto constitui uma doença autoimune em que as células linfocitárias atacam componentes da tiroide. O principal antígeno alvo dessas células é, exatamente, a enzima tireoperoxidase (TPO).
Há indícios que a ThOX é inibida no efeito de Wolff-Chaikoff. Assim, o iodeto não pode se ligar a tirosina e a produção de T3 e T4 não ocorre. Isso impede que o excesso de iodeto no sangue favoreça o aumento da produção de T3 e T4 pela tiroide. 
A TPO associada ao H2O2 produzida pela ThOX promove, portanto: oxidação do iodeto (1), iodação da tirosina para criar iodotirosinas (2) e acoplamento da iodotirosinas nas tireoglobulinas (3). 
Organificação consiste na conjugação do iodo com a tirosina da tireoglobulina, que ocorre no coloide do lúmen folicular. Essa conjugação gera iodotirosinas:
MIT: Monoiodotirosina. Um iodo associado à molécula de tirosina.
DIT: Diiodotirosina. Dois iodos associados à molécula de tirosina.
Obs.: DIT e MIT não tem função biológica nessa forma.
As iodotirosinas podem sofrer um processo de acoplamento que origina:
Triiodotiroina (T3): Acoplamento de um MIT com um DIT.
Tiroxina (T4): Acoplamento de dois DITs.
Vale ressaltar que a tireoglobulina possui ligada a si moléculas de tirosina que chegaram ao coloide. Assim, o iodo se liga a essa tirosina se torna uma iodotironina (MIT ou DIT) e fica ligado a tireoglobulina. Essas iodotirosinas sofremacoplamento e originam T3 e T4 que ficam ligados à tireoglobulina.
Pode ocorrer, no entanto, da tirosina se ligar ao iodo e formar a iodotirosina (MIT e DIT) e só depois se ligar a tireoglobulina. Antes de se ligar a tireoglobulina, as iodotirosinas podem passar por acoplamento e formar T3 e T4 e só depois se ligar a tireoglobulina.
Após a ocorrência do processo de organificação, haverá ligado na tireoglobulina no coloide do lúmen folicular: T4, T3, MIT e DIT. Sim! Ainda permanece DIT e MIT na tireoglobulina. 75% das iodotironinas não se tornam hormônios pela acoplação.
ARMAZENAMENTO:
A tiroide possui uma grande capacidade de armazenamento. Após sua produção, a tireoglobulina pode armazenar mais de 30 ligações de T4 e mais algumas de T3. Há reserva de hormônios tireoidianos para vários meses. 
A tireoglobulina carrega consigo em ligações covalentes: T4, T3, DIT e MIT.
Resumindo, a biossíntese de hormônios tireoidianos apresenta três partes:
Transporte do iodo do capilar para a célula folicular;
Organificação do iodo – se junta a tirosina;
Agrupamento de iodotirosinas que formarão T3 e T4.
As etapas 2 e 3 ocorrem a nível da membrana apical.
LIBERAÇÃO:
O TSH estimula a síntese e a liberação dos hormônios tireoidianos. 
A célula folicular realiza endocitose nos pedações de coloide presente no folículo. Essas porções de coloide entram na célula por endossomos. Posteriormente, há fusão do endossomo c/ o lisossomo. A ação de enzimas proteolíticas degrada a tireoglobulina e libera T3, T4, DIT e MIT. T3 e T4 difundem para fora da célula e vão parar no sangue.
T3 e T4 em sua forma livre difundem para a membrana basal e entra em capilares adjacentes. Assim, os hormônios tireoidianos são liberados no sangue.
75% das iodotirosinas (DIT e MIT) não se tornam hormônios pelo processo de acoplação, permanecendo como DIT e MIT ligadas à tireoglobulina. Portanto, a degradação da tireoglobulina, além de liberar T3 e T4, libera DIT e MIT.
O iodo das iodotirosinas é retirado pela enzima deiodinase, que disponibiliza o iodo retirado para a reciclagem na glândula e formação de novos hormônios tireoidianos.
Obs.: A proporção de é de 20 T4 para 1 T3.
TRANSPORTE:
99% da tiroxina e da triiodotironina produzidas se combinam com proteínas plasmáticas. A fração de hormônios tireoidianos associados a proteínas plasmáticas é chamada de fração conjugada (maior meia-vida) a porção que não se conjuga em proteínas plasmáticas é chamada de fração livre (menor meia-vida).
Obs.: Perceba, então, que além de ficarem armazenados nas tireoglobulinas do coloide, os hormônios tireoidianos podem ficar armazenados em proteínas plasmáticas na circulação.
Vale ressaltar que os hormônios tireoidianos precisam de transportadores, pois são moléculas lipossolúveis. Logo, são transportados por proteínas plasmáticas.
Quase todas as células do corpo possuem receptores para os hormônios tireoidianos.
O tecido apresenta desiodase 1 (maioria dos tecidos) ou desiodase 2 (cérebro, hipófise, tecido adiposo). Dessa forma, quando o T3 e T4 entram no tecido eles perdem um iodo, assim: T3 é transformada em DIT e T4 é transformada em T3.
Isso é excelente, pois a T3 possui uma melhor atividade. Além disso, a transformação de T3 em DIT é excelente para reduzir seu efeito, limitando a atuação de uma porção de hormônios tireoidianos produzidos.
T3 e T4 chegam pelas proteínas, entra pela membrana por difusão (já que é lipossolúvel) e se liga a desiodases. 
MECANISMO DE AÇÃO:
Os hormônios tireoidianos ativam os receptores de hormônios tireoidianos, são receptores nucleares.
O mecanismo de ação há a ativação de genes transcricionais, levando a síntese de RNA-m, que induzem a produção de proteínas que alteram a atividade celular. O aumento na síntese de enzimas provocam um aumento generalizado da atividade funcional de todos os organismos.
EFEITOS:
Envolve-se com:
Crescimento (hipotireoidismo – cretinismo).
Desenvolvimento cerebral (importante para a maturação do cérebro)
Estimula o metabolismo dos carboidratos: Inclui aumento e aceleração da absorção no TGI, aumento da glicólise, aumento da glicogenólise.
Estimula o metabolismo dos lipídeos: Induz lipólise, aumenta a quantidade de ácidos graxos livres no plasma e acelera sua oxidação.
Reduz a concentração de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos no plasma.
Aumenta a necessidade de vitaminas: Visto que muitas são gastas no metabolismo.
Aumento do metabolismo basal
Redução do peso corporal: Apesar de promover lipólise e aumento do metabolismo. Também aumenta a fome, então nem sempre a redução do peso acontece.
Aumento da frequência e contractilidade cardíaca: Acaba promovendo o aumento do débito cardíaco e da pressão arterial. 
Aumento da respiração.
Aumenta o apetite e a sede.
Aumento da motilidade gastrointestinal (Hipertireoidismo pode gerar diarreia já o hipo constipação).
Aumento do vigor muscular (hipertireoidismo pode gerar tremor muscular)
Interfere no sono: Excesso dá insônia. Escassez dá sono extremo.
Interfere na função sexual
Sudorese.
Termogênese
Hipotireoidismo causa: aumento de peso, queda do cabelo, fadiga, letargia, intolerância ao frio, depressão, constipação intestinal, ganho de peso, redução da frequência respiratória. 
Hipertireoidismo causa: intolerância ao calor, taquicardia, taquisfigmia, aumento da frequência respiratória, ansiedade, inquietação, irritabilidade, intolerância ao calor, diarreia, exoftalmia, perda de peso, insônia.

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