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FISIOPATOLOGIA NEOPLASIAS Neoplasia: massa anormal de tecido, cujo crescimento é excessivo, não coordenado com aquele dos tecidos normais e que persiste mesmo após o término do estímulo inicial. Tumor: qualquer lesão que tem como consequência aumento de volume. Câncer: usado para identificar qualquer neoplasia maligna. Causas: podem ter como causa inicial algum fator hereditário ou adquirido. Exemplos: Agentes físicos: radiação; energia térmica (exposição ao calor) Agentes químicos: corantes; tabagismo Agentes biológicos: virais, bacterianos Crescimento controlado: hiperplasia, metaplasia, displasia Crescimento descontrolado: neoplasias tumores benignos ou malignos Neoplasia benigna: caracterizada por um crescimento muito lento, geralmente estando envolta em uma cápsula de tecido fibroso, responsável pela delimitação do tumor. Costuma ser localizada e não invade quaisquer outros tecidos vizinhos. De modo geral, as neoplasias benignas possuem o sufixo “oma” em seus nomes. Neoplasia maligna: é um termo para o temido câncer. Apresenta um crescimento muito acelerado e é capaz de invadir tecidos próximos, o que leva à metástase. Uma neoplasia maligna recebe o sufixo sarcoma ou carcinoma em seu nome: fibrossarcoma, osteossarcoma e carcinoma escamoso são alguns exemplos desses tipos de câncer. Etiologia: A etiologia, envolve distúrbios abrangentes como fatores ambientais, alimentares, hormonais, qualidade de vida e alterações genéticas. Oncogenes: são definidos como genes ligados ao surgimento de tumores, tanto malignos quanto benignos. São oriundos de genes celulares normais, conhecidos como proto-oncogenes, responsáveis pela regulação do crescimento e diferenciação celular. EDEMAS Edema é um aumento de fluído intersticial em qualquer região ou órgão do corpo. Ocorre devido a um desequilíbrio entre a pressão hidrostática e osmótica e é formado por solução aquosa de sais e proteínas plasmáticas. Quando este se acumula por todo o corpo, é denominado de edema generalizado (sistêmico), já quando limita-se a determinados locais, recebe o nome de edema localizado. Fatores que provocam o edema generalizado: Redução da pressão oncótica; Insuficiência cardíaca Edema renal Fatores que provocam o edema localizado: Edema de membros inferiores; Edema pulmonar; cerebral Sua composição pode ser: Transudato: caracterizado pela baixa quantidade proteínas; indica que a permeabilidade vascular continua preservada, permitindo a passagem de água mas não de macromoléculas. É um líquido claro e seroso. Exudato: líquido rico em proteínas; indica um processo inflamatório. Líquido turvo, pode mostrar um precipitado de proteínas. Mecanismos: 1- Aumento da pressão hidrostática intravascular: o aumento da pressão venosa ocorre qdo há alguma obstrução; fazendo com que o volume de líquido dentro do vaso aumente, aumentando a parede do próprio vaso. 2- Redução da pressão oncótica do plasma sanguíneo: provoca o não deslocamento do liquido do meio intersticial para o interior do vaso. Essa variação é determinada pela diminuição da qtd de proteínas plasmáticas presente no sangue. 3- Aumento da permeabilidade capilar: resulta em acumulo de líquidos e proteínas no espaço intersticial ou extravascular, com subsequente choque hipovolêmico. 4- Aumento da pressão oncótica intersticial: o aumento da qtd de proteínas no interstício provoca o aumento da o aumento de sua pressão oncótica, o que favorece a retenção de líquidos nesse local. Pode contribuir para a dificuldade de drenagem linfática na região. 5- Obstrução dos vasos linfáticos: se a função de drenagem dos líquidos estiver comprometida, pode surgir o edema. Existem três tipos distintos de edema: Edema comum: quase sempre é generalizado, possuindo em sua composição água e sal. Linfedema: é um edema localizado formado pelo acúmulo de linfa. Ocorre quando há obstrução dos canais linfáticos, ou então, estes foram destruídos. O esvaziamento ganglionar torna mais fácil o aparecimento deste tipo de edema no braço. Outro exemplo é a elenfantíase, gerando linfedema nos membros inferiores. Mixedema: é um edema localizado que ocorre em casos de hipotireoidismo, havendo um acúmulo de água, sais e proteínas produzidas nesta afecção. Caracteriza-se por ser duro e com um aspecto de pele opaca. HIPEREMIA E CONGESTÃO Hiperemia e congestão são caracterizados pelo aumento de volume sangüíneo em um tecido ou área afetada. É dividida em : hiperemia ativa ou arterial e hiperemia passiva ou congestão. Hiperemia ativa ou arterial: aumento da vermelhidão na região afetada. É causada por uma dilatação arteriolar e arterial que provoca um aumento no fluxo sanguíneo e nos leitos capilares, por aumento da pressão arterial. Hiperemia passiva ou congestão: decorre da diminuição da drenagem venosa. Coloração azul-avermelhada intensificada nas regiões afetadas, conforme sangue venoso se acumula. Tal coloração aumenta quando há um aumento da concentração de hemoglobina não-oxigenada no sangue - cianose. CONGESTÃO pode ser localizada (obstrução de uma veia) ou sistêmica (insuficiência cardíaca): Localizada: pode ser por obstrução intrínseca ou extrínseca de uma veia. Sistêmica: ocorre redução do retorno venoso. MORFOLOGIA: as superfícies de órgãos afetados são muito sanguinolentos e úmidas. CONGESTÃO PASSIVA CRÔNICA: considerada congestão de longa duração; ausência de fluxo sanguíneo causa hipóxia crônica; a ruptura dos capilares pode causar pequenos focos hemorrágicos. Hemodisseria: pigmento anormal de origem endógena. CONGESTÃO AGUDA: vasos distendidos e órgão mais pesado. CONGESTÃO CRÔNICA: hipotrofia do órgão e micro-hemorragias antigas. SISTEMA CARDIOVASCULAR E HIPERTENSÃO ARTERIAL O sistema cardiovascular ou sistema circulatório humano é responsável pela circulação do sangue, de modo a transportar os nutrientes e o oxigênio por todo o corpo. O Sistema Cardiovascular é formado pelos vasos sanguíneos e o coração. Circulação Pulmonar e Sistêmica: Circulação Pulmonar – leva sangue do ventrículo direito do coração para os pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica. Circulação Sistêmica – é a maior circulação; ela fornece o suprimento sanguíneo para todo o organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e outros nutrientes vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células. CICLO CARDÍACO: Ciclo cardíaco é a expressão referente aos eventos relacionados ao fluxo e pressão sanguínea que ocorrem desde o início de um batimento cardíaco até o próximo batimento. Dividimos o ciclo em dois períodos: o de relaxamento, chamado diástole, quando o coração se distende ao receber o sangue, e o de contração, denominado sístole, quando ele ejeta o sangue. Sístole: contração ventricular, ocorre o esvaziamento dos ventrículos. Diástole: relaxamento ventricular, os ventrículos recebem o sangue dos átrios. Frequência cardíaca: é a velocidade do ciclo cardíaco medida pelo número de contrações do coração por minuto (bpm). A ordem média é de 80 vezes por minuto, estima-se que o volume de sangue ejetado pelo coração é de 4,8-5,6 litro por minuto, volume este que é chamado de débito cardíaco. PRESSÃO ARTERIAL: é a pressão do sangue dentro das artérias, mantida pela força propulsora do coração, elasticidade da aorta e resistência ao fluxo sanguíneo exercida pelas artérias pequenas. No ser humano é, habitualmente, medida pelo método auscultatório e é caracterizada por dois valores: o máximo (pressão sistólica) e o mínimo (pressão diastólica). VALOR NORMAL MÁXIMO: Pressão arterial sistólica: 140 mmHg Pressão arterial diastólica: 90 mmHg VALOR NORMAL MÍNIMO: Pressão arterial sistólica: 100 mmHg Pressão arterial diastólica:70 mmHg HIPERTENSÃO ARTERIAL É o aumento anormal – e por longo período – da pressão que o sangue faz ao circular pelas artérias do corpo. A hipertensão arterial pode ser classificada como primária ou secundária.[5] Cerca de 90–95% dos casos são primários, tendo origem em fatores não específicos genéticos e de estilo de vida.[5][6] Entre os fatores relacionados com o estilo de vida que aumentam o risco de hipertensão estão o excesso de sal na dieta, excesso de peso, tabagismo e consumo de álcool.[1][5] Os restantes 5–10% dos casos são secundários, uma vez que têm origem em causas identificáveis, como doença renal crónica, estenose da artéria renal, doenças endócrinas ou uso de pílula contracetiva. Fatores que elevam a pressão arterial: Hereditariedade Uso de bebidas alcoólicas; drogas Ingestão excessiva de sal Obesidade Estresse emocional prolongado Complicações: Infarto do miocárdio; arritmias AVC Insuficiência renal crônica Hipertrofia do coração e sua insuficiência progressiva TROMBOSE Trombose é a formação de uma massa coagulada dentro do sistema cardiovascular. As tromboses arteriais são aquelas que ocorrem na circulação arterial, que transporta o sangue oxigenado nos pulmões para os tecidos. Já as tromboses venosas comprometem a parte da circulação (veias) que transporta o sangue que já deixou o oxigênio nos tecidos, de volta para os pulmões para um novo ciclo de oxigenação. Trombose – mecanismos: -Alteração na parede do vaso ou em seu revestimento endotelial: aterosclerose, traumatismo vascular, alterações cicatriciais pós-infarto -Alteração na velocidade do fluxo sanguíneo: varizes, placas de ateroma, aneurismas, insuficiência cardíaca TROMBOSE ARTERIAL: Quando a trombose ocorre bloqueando uma artéria. Esta forma de trombose costuma ser mais perigosa para a vida do paciente, uma vez que ela afeta intensamente a distribuição sanguínea. TROMBOSE VENOSA: afeta apenas parte do corpo, bloqueando comumente veias periféricas nos membros superiores ou inferiores. Fatores que levam à trombose: ficar muito tempo sentado; pílulas anticoncepcionais, sedentarismo; varizes, tabagismo. EMBOLIA O êmbolo é uma massa vascular sólida, líquida ou gasosa que é levada pelo sangue para um local distante de seu ponto de origem. Os êmbolos alojam-se nos vasos pequenos para permitir sua passagem, resultando em oclusão parcial ou total do vaso. EMBOLIA PULMONAR: é causada pela obstrução das artérias dos pulmões por coágulos. Fatores de risco são imobilidade prolongada, cirurgias, câncer, tabagismo, anticoncepcionais com estrógeno. EMBOLIA SISTÊMICA: se refere a êmbolos que permeiam a circulação arterial. Surgem a partir de êmbolos de dentro do coração, quase sempre causam infartos. EMBOLIA AÉREA OU GASOSA: bolhas de ar ou de gás dentro da circulação obstruem o fluxo vascular e lesam os tecidos. O ar pode ter acesso à circulação durante o parto ou aborto. Uma forma especial de embolia aérea é a doença da descompressão que ocorre nas pessoas expostas a alterações repentinas da pressão atmosférica (mergulhadores). EMBOLIA GORDUROSA: é um tipo de embolia que geralmente tem origem em fraturas de ossos longos, como por exemplo nas fraturas de fêmur e tíbia ou da bacia, e nas artroplastias do joelho e quadril. Com o rompimento de vasos, há mistura da medula óssea com sangue, que é levado ao pulmão e, se o atravessar, chega ao cérebro, rim e coração, obstruindo os vasos capilares. INFARTO O infarto é a consequência máxima da falta de oxigenação de um órgão ou parte dele. Quando existe uma lesão arterial que diminua a irrigação de um órgão, este órgão passa a sofrer de isquemia. O infarto do miocárdio ocorre quando parte desse músculo cardíaco deixa de receber sangue pelas artérias coronárias que os nutrem. Tipos de infarto: Infarto branco: obstrução arterial em órgãos sólidos como o coração, rins e baço. Infarto vermelho: área avermelhada devido à intensa hemorragia. Ocorre em órgãos frouxos. São causados por obstrução arterial ou venosa. Fatores de risco: Tabagismo Hipertensão Colesterol elevado Histórico familiar Obesidade Sedentarismo
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