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AULA 06 -CONCURSO DE PESSOAS

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CONCURSO DE PESSOAS
Prof. Msc. Robson Pinheiro
1. CONCEITO:
É a reunião de 2 ou mais pessoas para a prática de uma infração penal, onde todos os agentes concorrem para o resultado.
2. TEORIA PARA O CONCURSO DE PESSOAS:
Teoria Pluralista: Existem tantos crimes quantos forem os participantes do fato criminoso.
Teoria Dualista: O crime praticado pelo autor difere do crime praticado pelo partícipe.
2. TEORIA PARA O CONCURSO DE PESSOAS:
 Teoria Unitária (Monista): Existe um só crime em que todos os participantes respondem por ele. Essa teoria foi adotada pelo Código Penal no art. 29 “caput”.
 Art. 29 CP: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
3. ESPÉCIES DE CRIME QUANTO AO CONCURSO DE AGENTES:
Monossubjetivos (concurso eventual): Podem ser praticados por só uma pessoa, não se exigindo o concurso de alguém. Ex: Homicídio.
Plurissubjetivos (concurso necessário): São aqueles em que a plurabilidade de agentes é a condição para existência do ilícito penal. Ex: Rixa (art. 137 CP).
OBS: Acidentalmente coletivos: podem ser praticados por uma única pessoa, mas a pluralidade de agentes faz surgir uma modalidade mais grave de delito.
 Ex: Furto ( + de uma pessoa  furto qualificado).
3. 	REQUISITOS DO CONCURSO DE AGENTES:
Plurabilidade de condutas;
Relevância causal das condutas;
Liame subjetivo entre os agentes;
Identidade da infração penal para todos os agentes. 
OBS 01: Na relevância causal das condutas cada agente praticou uma conduta e estas colaboraram para a produção do resultado.
OBS 02: Participação Inócua: O agente tem a vontade de concorrer para o crime, mas objetivamente ele não concorre. Ex: “A” empresta arma de fogo para “B” matar a sogra. “B” mata a sogra envenenada.
OBS 03: No liame subjetivo existe a intenção de colaborar para o crime de terceiro, ainda que o terceiro desconheça a colaboração.
4. MODALIDADES DE CONCURSO DE PESSOAS:
Coautoria: Todo agente que realizar a conduta descrita no tipo penal é considerado autor, não havendo necessidade de praticarem a mesma conduta.
Participação: Todo aquele que concorre, de qualquer modo, para a prática de crime é considerado partícipe, devendo responder pelo mesmo crime na medida de sua participação (art. 29 CP).
4.1 A PARTICIPAÇÃO PODE SER MORAL E MATERIAL:
Participação Moral por Induzimento: Faz nascer a ideia no agente principal.
Participação Moral por Instigação: reforça a ideia criminosa já existente.
Participação Material: ocorre nas hipóteses de auxílio material.
OBS 01: Auxílio Posterior à consumação: com ajuste prévio é participação, sem ajuste prévio é favorecimento pessoal (art. 348 CP).
OBS 02: Autoria Colateral: duas ou mais pessoas realizam atos de execução do mesmo crime, cada uma desconhecendo a vontade da outra. Neste caso, não há concurso de pessoas, pois falta liame subjetivo.
OBS 03: Autoria Incerta: pressupõe autoria colateral, mas não se descobre quem produziu o resultado. Neste caso, ambos respondem por tentativa (In dubio pro réu).
CONCURSO DE CRIMES
Prof. Msc. Robson Pinheiro
1- CONCEITO:
É um instinto pelo qual o agente mediante uma ou mais condutas pratica dois ou mais crimes.
2. ESPÉCIES DE CONCURSO DE CRIMES:
Concurso Material (art. 69 CP)
Concurso Formal (art. 70 CP)
Crime Continuado (art. 71 CP) 
3. CONCURSO MATERIAL:
O agente, mediante ´mais de uma ação ou omissão (conduta), pratica dois ou mais crimes idênticos ou não.
4. CONCURSO FORMAL:
O agente mediante uma só ação ou omissão, pratica dois crimes idênticos ou não.

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