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CONCURSO DE PESSOAS Prof. Msc. Robson Pinheiro 1. CONCEITO: É a reunião de 2 ou mais pessoas para a prática de uma infração penal, onde todos os agentes concorrem para o resultado. 2. TEORIA PARA O CONCURSO DE PESSOAS: Teoria Pluralista: Existem tantos crimes quantos forem os participantes do fato criminoso. Teoria Dualista: O crime praticado pelo autor difere do crime praticado pelo partícipe. 2. TEORIA PARA O CONCURSO DE PESSOAS: Teoria Unitária (Monista): Existe um só crime em que todos os participantes respondem por ele. Essa teoria foi adotada pelo Código Penal no art. 29 “caput”. Art. 29 CP: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 3. ESPÉCIES DE CRIME QUANTO AO CONCURSO DE AGENTES: Monossubjetivos (concurso eventual): Podem ser praticados por só uma pessoa, não se exigindo o concurso de alguém. Ex: Homicídio. Plurissubjetivos (concurso necessário): São aqueles em que a plurabilidade de agentes é a condição para existência do ilícito penal. Ex: Rixa (art. 137 CP). OBS: Acidentalmente coletivos: podem ser praticados por uma única pessoa, mas a pluralidade de agentes faz surgir uma modalidade mais grave de delito. Ex: Furto ( + de uma pessoa furto qualificado). 3. REQUISITOS DO CONCURSO DE AGENTES: Plurabilidade de condutas; Relevância causal das condutas; Liame subjetivo entre os agentes; Identidade da infração penal para todos os agentes. OBS 01: Na relevância causal das condutas cada agente praticou uma conduta e estas colaboraram para a produção do resultado. OBS 02: Participação Inócua: O agente tem a vontade de concorrer para o crime, mas objetivamente ele não concorre. Ex: “A” empresta arma de fogo para “B” matar a sogra. “B” mata a sogra envenenada. OBS 03: No liame subjetivo existe a intenção de colaborar para o crime de terceiro, ainda que o terceiro desconheça a colaboração. 4. MODALIDADES DE CONCURSO DE PESSOAS: Coautoria: Todo agente que realizar a conduta descrita no tipo penal é considerado autor, não havendo necessidade de praticarem a mesma conduta. Participação: Todo aquele que concorre, de qualquer modo, para a prática de crime é considerado partícipe, devendo responder pelo mesmo crime na medida de sua participação (art. 29 CP). 4.1 A PARTICIPAÇÃO PODE SER MORAL E MATERIAL: Participação Moral por Induzimento: Faz nascer a ideia no agente principal. Participação Moral por Instigação: reforça a ideia criminosa já existente. Participação Material: ocorre nas hipóteses de auxílio material. OBS 01: Auxílio Posterior à consumação: com ajuste prévio é participação, sem ajuste prévio é favorecimento pessoal (art. 348 CP). OBS 02: Autoria Colateral: duas ou mais pessoas realizam atos de execução do mesmo crime, cada uma desconhecendo a vontade da outra. Neste caso, não há concurso de pessoas, pois falta liame subjetivo. OBS 03: Autoria Incerta: pressupõe autoria colateral, mas não se descobre quem produziu o resultado. Neste caso, ambos respondem por tentativa (In dubio pro réu). CONCURSO DE CRIMES Prof. Msc. Robson Pinheiro 1- CONCEITO: É um instinto pelo qual o agente mediante uma ou mais condutas pratica dois ou mais crimes. 2. ESPÉCIES DE CONCURSO DE CRIMES: Concurso Material (art. 69 CP) Concurso Formal (art. 70 CP) Crime Continuado (art. 71 CP) 3. CONCURSO MATERIAL: O agente, mediante ´mais de uma ação ou omissão (conduta), pratica dois ou mais crimes idênticos ou não. 4. CONCURSO FORMAL: O agente mediante uma só ação ou omissão, pratica dois crimes idênticos ou não.
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