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Resumo Apostila TSP 3 Introdução ao Existencialismo O que foi? Um movimento filosófico e cultural Quando? Período entre guerras (1918 a 1945) Onde? Eixo Alemanha e França Tema refletido: relação homem-mundo Principais pensadores: Nietzsche, Kierkegaard, Heidegger e Sartre Com a guerra, é de se esperar que o povo fique muito abalado, desanimado, sem esperanças, porque ela traz diversas crises sociais, políticas, econômicas... Um fator importante para o surgimento do existencialismo é que no séc. XIX havia muita esperança no homem, na ciência, na certeza de um progresso da civilização. Com a guerra, o séc. XX trouxe enigma e escuridão, fazendo com que os filósofos repensassem a existência humana, com o objetivo de trazer uma resposta para o período pós-guerra. Como isso era algo que influenciava a vida de todos, o existencialismo saiu do âmbito acadêmico e virou um estilo de vida, um comportamento. A fama dos existencialistas era de que eles eram amargurados e sórdidos. Porém, a filosofia deles era analisar a existência, ou seja, o modo de ser do homem no mundo e, consequentemente, questionar o próprio mundo. As influências de Kierkegaard Era um teólogo dinamarquês. Seu pensamento filosófico ia de oposto à filosofia idealista de Hegel (a realidade é imaginária, produto da consciência). Para Kierkegaard, o homem é criador de si. Considerado por estudiosos o precursor do existencialismo, exerce influência em todos os filósofos fenomenológicos-existenciais. Para ele, a verdade está no próprio existir, no eu. Marcado por ser metafórico e sarcástico. Discorria sobre a existência concreta e não sobre a busca de uma essência. A própria realidade é a única que o indivíduo pode conhecer, se dá de forma subjetiva, é singular. O espírito é o eu. Separa a existência em 3 estágios: Estético: dirigido para o prazer do homem, o que leva a uma existência vazia que gera frustração e, consequentemente, desespero, tédio. O fato de existir desespero significa que existe um “eu” e faz com que o homem passe para o próximo estágio. Permanecendo no estágio estético, o homem tem o centro da realidade fora de si. Passando para o próximo estágio, o ético, o homem tem o centro da realidade em si. Ético: alia paixão e razão, mas com um referencial do que é aceitável socialmente. Ou seja, o homem possui uma individualidade e uma personalidade, além da liberdade, mas tudo ocorre dentro dos limites impostos pela sociedade. Isso faz com que seja impossível encontrar uma realização existencial plena nesse estágio. Espiritual: somente nesse estágio é possível a existência plena. Deus vira a norma e o modelo do indivíduo. Não é necessária uma ordem racional. Para chegar nesse estágio, há uma guerra constante contra a dúvida sobre a fé. É um relacionamento particular com o Absoluto. Tudo é dialética (arte do diálogo/discussão) para Kierkegaard. O que leva o indivíduo de um estágio para o outro é a dialética. Para ele, o homem é o definidor de sua existência. As influências de Heidegger Deixa de focar na questão de “o que é ser” para questionar “qual o sentido do ser”. Em “O que é ser humano?” para “Como é ser humano?”. Desobjetifica! Primeiramente, relembrando o que é ontologia: trata do ser como tendo uma natureza comum a todos e cada um dos seres. Já a hermenêutica, é a ciência da interpretação. Anteriormente, era tratada uma questão ontológica, e com Heidegger, isso vira uma questão hermenêutica. Ele, então, chama de “fenomenologia hermenêutica” essa interpretação, que é diferente de existir um sentido transcendental. Heidegger acredita que Kierkegaard foi fundamental para uma análise mais aprofundada das questões existenciais fundamentais, como a angústia. Ele articulava entre a fenomenologia e o existencialismo, sendo discípulo e sucessor de Hurssel. Ele considerava importante uma interpretação ontológica do ser humano, o que compõe o ser humano enquanto existente. Não queria que sua doutrina fosse denominada existencialista. Alegava que o existencialismo focava na análise do homem individual e concreto, enquanto ele não dava atenção a existência pessoal, e sim no Ser. Heidegger não seguia a fenomenologia como movimento, mas sim como método. Ou seja, ele não caracterizava o “quê” dos objetos da pesquisa filosófica, mas o “como”, o modo pelo qual entramos em contato com as próprias coisas. D A S E I N (se pronuncia dazáin): em português refere-se a expressão “ser-aí”. Termo utilizado por ele para se referir ao “modo de ser deste ente que mesmos somos”. Ou seja, antes da consciência, existe o próprio homem. É o ser-no-mundo. O ser não se explica, porque qualquer explicação vai o reduzir a um ente (coisa). O ser tem natureza própria; Desse modo, o dasein é mundano, isto é, entregue o mundo. Isso o difere dos entes simplesmente dados, chamados de intramundanos. Para entendermos melhor, é só pensarmos em uma pedra, por exemplo. Ela está no mundo, mas não tem o mundo. Mundo é uma estrutura de sentido, contexto de significação, linguagem. Pode-se dizer, então, que a pedra não “existe”. A decadência do homem ocorre quando o seu próprio ser-no-mundo o angustia. Essa angústia vem com a função de libertar, quando o Ser retorna para a sua essência. Para Heidegger, a possibilidade da morte vem dar sentido a vida. A morte é para onde o Dasein se dirige, pois a imprevisibilidade da morte nos inquieta e assusta. É a experiência mais pessoal e intrasferível. Portanto, a angústia é o único caminho para alcançar a plenitude do ser, porque é através dela que o homem chega ao íntimo da sua existência. Assumindo a morte, alcançamos a autenticidade, o retorno para a essência do ser. Heidegger contribuiu para o existencialismo porque ele desobjetificou o ser humano, deu fim a ideia de que o homem é apenas objeto e coisa material da natureza. O existencialismo de Sartre Sartre foi influente no existencialismo e no humanismo. Pra ele, há o humanismo existencial, pois o homem está constantemente se projetando para fora de si mesmo e se projetando no mundo. Ele define o humanismo como qualquer doutrina que pense o homem levando em conta aquilo que o diferencia de qualquer outro ser ou que entenda o homem na sua existência própria. Atribui-se a ele a repercussão do existencialismo. Sua maior obra foi “O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica”. Pode-se observar uma influência de Husserl. O humanismo de Sartre diz que Deus não existe, e mesmo se existisse, nada poderia salvá-lo de si próprio. Sartre sofreu críticas dos marxistas que afirmavam que o existencialismo isolava os homens, os afastando da solidariedade pois coloca o homem em um mundo sem sentido. Sartre, então, afirmava que o existencialismo não fecha o indivíduo em si. Retrucava os marxistas dizendo: O cogito/subjetividade tem que ser considerado pois é de onde advém toda filosofia e verdade. Somente a partir do cogito é possível salvar o homem como sujeito e não o transformar em objeto. Há o pressuposto de que existe uma universalidade de condição humana e não uma universalidade de natureza humana, determinada por aquilo que vem antes de seu estar no mundo. O existencialismo não leva à anarquia. De uma forma ou de outra sempre teremos que fazer uma escolha; A posição dos existencialistas é de que a existência precede a essência; Nós mesmos criamos os valores, já que Deus não existe. Nós mesmos que significamos nossa vida particular e a vida da humanidade. Já os cristãos criticavam os existencialistas por frisarem os aspectos sórdidos e repugnantes da natureza humana e pela extinção de Deus. Sartre divide o ser em 2 regiões ontológicas distintas: o “ser em si”, que são as coisas com relação a si mesmas, sem relação com a consciência. E o “para si”, que refere-se ao mundo da consciência, à existência. No existencialismo de Sartre é retomada a máxima “A existência precede a essência.” Primeiro o homem surge, para depois se definir. Para ele, o homem é dotado de liberdade total e absoluta. Não há Deus. Não hádeterminismo (algo predeterminado pela natureza). Os atos, as escolhas, definem a essência do Homem. A condição do homem existencialista 1. Angústia: “Se existir é escolher, existir é sofrer angústia” (Sartre). Com a liberdade de escolha, o homem sabe que tem responsabilidade sobre seus atos e também sobre a humanidade, e é daí que surge a angústia. 2. Desamparo: o Homem se vê diante de escolhas sem apoio ou orientação de ninguém. Nada (nem Deus, humanidade...) pode mostrar ao Homem o caminho correto, ele quem decide o que seguir. 3. Desespero: esse abandono total causa o desespero. O desespero obriga o Homem a agir. E é por isso que Sartre diz que o existencialismo é otimista. Sartre se define como Humanista. Porém, o Humanismo define o pensamento humano como a essência que nos caracteriza sendo que Sartre inverte isso. Ele acentua a existência e depois a essência, assim como Kierkegaard, Heidegger e Jaspers (existencialistas). Heidegger: ser-no-mundo e ser-com (existência dividida com outros) X Sartre: liberdade e responsabilidade humana (mais focado em si). A psicoterapia existencial Foca nas dimensões históricas e responsabilidade de cada indivíduo em construir seu mundo. Propõe mudança e autonomia. Pessoa proceder de maneira autêntica e responsável. Alguns autores consideram que essa terapia tenha como objetivo a busca pelo sentido da vida e outros a necessidade de se tornar mais autêntico. O conceito não é curar perturbações mentais e sim buscar o crescimento do cliente. Sempre o respeitando como pessoa humana, com capacidade para expandir sua consciência. Ajudar a pessoa a encontrar o próprio caminho, um sentido pra vida. Fenomenologia Como surgiu? Por causa das transformações sociais do século XX. Quem idealizou? Husserl. Por que? Necessidade de compreender o comportamento e os processos psíquicos. Qual é o objeto de estudo? Interação da consciência com o objeto de estudo (fenômeno). O que enfrentou? Psicologismo (conhecimento humano pode ser explicado pelo estudo científico dos processos psicológicos) e historicismo (as comprovações eram legítimas se fossem analisados os momentos históricos em que foram feitas). Antecessor da fenomenologia Alguns filósofos (Bacon, Galileu, Descartes...) diziam que a Filosofia era uma verdade única, impregnada por um Positivismo (conhecimento científico é o único verdadeiro) e que, portanto, era necessário contestar para saber, de fato, se as teorias eram verdadeiras. Bacon propôs uma nova maneira de investigação, baseada na observação. Para isso, seria necessário seguir 3 tábuas: presença (onde encontrar o que você deseja pesquisar), ausência (onde não devo ir pois não tem o que desejo pesquisar) e graus (onde o fenômeno variou com maior ou menor intensidade). Bacon tinha como objetivo explicar as causas dos fenômenos, e suas principais ferramentas eram a dúvida e observação. Posteriormente, surge o método do Galileu: a experimentação. Que servia para comprovar as teorias. Ele dizia que uma vez a hipótese comprovada, vira lei. Já Descartes, traz um método de pesquisa mais exato e quantitativo, o matemático dedutivo. Além de obter dados, Descartes queria saber o que fazer com eles. Ele propõe, inclusive, etapas para a investigação: Regra da evidência – verificar se o fenômeno existe na sociedade investigada. Regra da análise – saber onde se encontrarão as maiores dificuldades da pesquisa, para ir preparado. Regra da síntese – separar a pesquisa em partes mais simples e complexas, para começar pelas mais complexas pois demandarão mais tempo. Regra da enumeração – pesquisador não pode omitir informações nem resultados. Tudo deve ser divulgado. A Fenomenologia busca resgatar o método filosófico de investigação, mas com base na ciência rigorosa. Ela foi idealizada por Husserl, em 1906, que enfrentou o Psicologismo e o Historicismo (explicadas acima, no iniciozinho). Outros fenomenologistas: Heidegger, Carl Stumpf, Theodor Lipps... Os principais conceitos da fenomenologia são: Consciência e Intencionalidade: a intencionalidade torna o objeto e a consciência uma coisa só, inseparável: o fenômeno. Há sempre o objeto-para-uma-consciência e vice-versa. A consciência é sempre intencional. Retorno às coisas mesmas: retomar acontecimentos anteriores em termos de consciência pode ajudar a planejar estratégias futuras. Redução fenomenológica ou epoche: informação é recebida pelos sentidos e a consciência transforma essa infos. Ex: comida com aspecto de cocô. Noesis: ato de perceber. Noema: o que é percebido. Redução eidética: dar significado ao que foi percebido. Ex: árvore. Você pode olhar e dizer que é alta, verdinha... mas todo mundo que olhar deve ver algo em comum, imutável, que a caracteriza como árvore. Essa é a redução eidética/da ideia. Intuição invariante: Para Husserl, o perceber é notar a existência de algo mas não necessariamente atribuir significado a ele. Percebedor: qualquer coisa/objeto que esteja no nosso espaço presente. Percebível: quando a mente visa algo, formamos pensamento, lembrança, imaginação sobre aquela coisa, é a consciência intencional. Redução transcendental: é a consciência de um objeto durante a redução fenomenológica capaz de dar um significado ao mundo real. Idealismo: para Husserl, o que interessa é o que VOCÊ atribui a um acontecimento, qual relação você faz desse significado a sua realidade. Para Kant, não tem como conhecer as coisas puras e verdadeiramente porque a consciência vem refletida pelas experiências anteriores. Influência: Heidegger, discípulo de Husserl e Merleau-Ponty: desenvolveu a filosofia fenomenológica e marcou indiretamente o movimento existencialista Merleau-Ponty: líder do pensamento fenomenológico na França, sofreu influência de Husserl e Heidegger. Estuda a percepção e a linguagem. Voltou-se para questões sociais e políticas. Questões da humanidade não se resolvem de forma absoluta e definitiva. Sartre: distinção entre consciência perceptual e consc. Imaginativa, aplicando o conceito de intencionalidade de Husserl. Diferença entre fenomenalismo e fenomenologia ↪ Fenomenologia: examina a relação entre a consciência e o ser. ↪ Fenomenalismo: são as sensações da presença do objeto. A aplicação da fenomenologia na clínica Jaspers foi o pioneiro a trabalhar com o método fenomenológico de Husserl na clínica da psiquiatria e psicopatologia. Ele desejava uma psiquiatria mais humanizada, compreendendo a visão do paciente. Medard Boss baseou suas ideias de Heidegger. Consistia em negar as exigências científicas sobre a interpretação dos processos psíquicos e respeitar como os problemas são apresentados a nós mesmos. Essa autointerpretação que seria a base para a interpretação na clínica. Humanismo Surge na época do renascimento (1300 a 1650) com a valorização do homem em oposição ao divino/sobrenatural. Trabalha com 4 temas básicos: Ênfase na experiência consciente Crença na integralidade da natureza e na conduta do ser humano Concentração no livre-arbítrio, espontaneidade e poder de criação da pessoa Tudo que tem relevância para os humanos Crítica ao comportamentalismo: abordagem artificial e que reduz a animais e máquinas. Crítica à psicanálise: só estudava perturbados e ficavam muito presos ao passado. A abordagem terapêutica dos humanistas era baseada na terapia do crescimento e do desenvolvimento do potencial humano por meio de grupos de encontro. Abraham Maslow foi o primeiro humanista a trazer estudos sobre esse segundo. Abraham Maslow Interesse nas mais elevadas realizações que os humanos podem alcançar. Estudou comparando humanos não-saudáveis com humanos saudáveis, diferente dos outros estudos que só ficavam nos doentes. Cada pessoa traz em si a capacidade de se tornar autorrealizadora e é isso que a motiva. É considerado o fundador do movimento humanista. Considerava que muitas vezes adoecemos por bloquearmos elementos saudáveis. Teoria de Maslow – Hierarquia das necessidades Maslow entende que para que hajaum Ciclo Motivacional há a necessidade de um estímulo externo ou interno que resultará numa ação. Quando esse Ciclo não se realiza, o indivíduo pode ter atitudes como comportamento ilógico/anormal, agressividade, nervosismo, insônia, problemas circulatórios e digestivos, falta de interesse pelas coisas, pessimismo, insegurança... Ele também afirma que apenas 1% da pop alcança o nível de autorrealização. Essas pessoas teriam uma percepção objetiva da realidade, aceitação de sua natureza, compromisso com algum tipo de trabalho, simplicidade e naturalidade nos seus comportamentos. Pirâmide das necessidades de Maslow Autorrealização Estima Social Segurança Fisiológicas Carl Rogers e a Terapia Centrada na Pessoa O papel do conselheiro é ser um facilitador para o crescimento e desenvolvimento pessoal visando a maior independência e integração dos clientes (amadurecimento). Evita analisar o passado do cliente para não se deixar influenciar. Considera o ponto de vista do cliente a partir de si mesmo. Acredita que todos têm potencialidades para a saúde e o crescimento, mas que por influências externas (educação, pais, sociedade...) acaba ocorrendo algo que atrapalhe o desenvolvimento dessa potencialidade. Mas que isso pode ser superado se a pessoa assumir a responsabilidade pela própria vida. Há 3 condições facilitadoras nesse processo terapêutico: Consideração positiva incondicional: aceitar a pessoa como ela é, ter uma consideração positiva sobre ela, apenas pelo fato dela existir. Empatia: ver o mundo com os olhos do outro. Congruência: coerência interna do próprio terapeuta. Gestaltismo Influências antecedentes sobre a psico da Gestalt No séc XIX a psicologia era marcada pelo ponto de vista mecanicista. Wundt, então, afirma que a associação de elementos básicos não pode ser visto como um método mecânico. Porém, Wundt era criticado pela Gestalt pois não rompeu com o elementarismo (analisar os processos mentais em seus elementos componentes). Apesar disso, ele foi ele quem elaborou o princípio da síntese criadora, que envolvia a diferença entre os todos e a soma das partes. Já Brentano, sustentava a diferenciação entre os atos e o conteúdo (físico) da experiência. Introdução à Psico da Gestalt A base da teoria da Gestalt é que a percepção é o que possibilita a interpretação de informações do ambiente, transformando em algo que faz sentido. SENSAÇÃO -> PERCEPÇÃO -> SENTIDO Experimentos importantes para a Gestalt: macaca na gaiola (pesquisar), sobreposição de fotos que produzem filme. Coisas que podem interferir na percepção: A motivação e expectativas é um fator que pode induzir determinada percepção; Também o estilo cognitivo (dependência /independência de campo; niveladores e aguçadores); Meio cultural (ex: músico e não-músico); Personalidade. Est Fenômeno Fi – ex: se você girar um objeto, você vê um círculo e não o objeto em si. Constância perceptual: dependendo do nosso posicionamento vemos o objeto de diferentes formas, mas sabemos o que ele é. Constância de tamanho: exemplo de quando você vê uma pessoa de longe, você sabe que ela não tem 30cm. Constância de forma: sabemos q se vemos um objeto de outro ângulo ele continua tendo sua forma. Constância de cor: exemplo do carro e blusa. Ou seja, a percepção é um fenômeno unificado. Quando vemos uma árvore, não vemos cada elemento, mas sim, a soma de todos eles. Os gestaltistas utilizaram a teoria do isomorfismo (correspondência entre a experiência psicológica e a experiência cerebral), acreditando que o comportamento deve ser estudado considerando todas as condições que modificam a percepção do estímulo. Leis da Gestalt Proximidade (elementos bem próximos tendem a ser percebidos como unidos) Continuidade (elementos parecem ininterruptos para a percepção. Ex: rã se camuflando) Semelhança (partes semelhantes tendem a serem vistas juntas) Fechamento (figuras não terminadas são completadas) Simplicidade/boa forma (simetria, simples e estável) Figura e fundo (necessário organizar os planos. Mudando isso, muda-se tb a percepção do objeto) ↪ Analisar as possibilidades de figura e fundo foi importante para a educação e a psicanálise, pois mostra a constante mudança de percepção do homem e que cada um dá um enfoque para determinada coisa. Os Princípios da Gestalt Weitheimer dizia que a percepção é sempre vista como um movimento aparente e único, e não como junções de sensações individuais. O cérebro integra os elementos similares ou bem próximos, isso seria a atitude parte-todo. Principais teorias Max Wertheimer e Wolfgang Kohler Max reconheceu que há a influência de experiências passadas. Ex: quando vemos uma imagem uma vez, tendemos a enxerga-la novamente. Apesar disso, os gestaltistas desprezam a influência da aprendizagem na percepção. Já Kohler, relacionava a física com a Gestalt. Ele que trouxe o conceito de insight (reorganização do pensamento que leva a resolução de algo), por conta dos seus estudos com chimpanzés. O psicólogo Robert Yerkes nomeia de aprendizagem ideacional esse conceito. Pavlov não concorda. Para ele ocorre o método da tentativa e erro. A Teoria de Campo de Kurt Lewin Lewin não pode ser considerado um gestaltista pois busca seu método de pesquisa na física. Ele focava na motivação dos indivíduos, o que induzia ao pensamento relacionado a problemas de organização da personalidade. Depois, estudou questões da psicologia social, problemas da natureza da aprendizagem, fatores culturais na organização da personalidade e até desenvolvimento infantil. Ficou conhecido pelo desenrolar do sistema de psicologia motivacional/vetorial, conhecido pela teoria do campo. A teoria de campo adentra as seguintes áreas: Necessidades humanas Personalidade Influências sociais no comportamento Dinâmica de grupo Lewin imaginou as atividades psicológicas de uma pessoa contidas em um espaço vital, que teria todos os acontecimentos passados, presentes e futuros que nos afligem. Já o espaço de vida considera também a totalidade dos fatos coexistentes e mutuamente interdependentes. Ele tinha a intenção de conhecer o comportamento individual a partir do grupo. Gestalt Terapia ↪ Baseada na extensão do trabalho de Frederick Fritz Perls, foi iniciada na década de 50. ↪ Foca no aqui e no agora. ↪ Terapeuta direto e ativo com o objetivo de transformar as pessoas em mais sinceras e verdadeiras. ↪ Técnica da cadeira vazia (pessoas falam para elas mesmas, como se estivessem sentadas em uma cadeira vazia). ↪ O indivíduo que não se aceita não percebe suas reais necessidades e adota características que não são dele. ↪ Estímulo a auto-consciência através da integração de todos os lados do self. Assim, vivendo o agora e sendo quem realmente são. Exercícios: Pedir pro paciente manter o foco nas emoções e sensações afim de promover consciência Representar os 2 lados (fem e masc) para aceitar ambos Ênfase na fala “Eu assumo a responsabilidade por isso” Criação de cenas vívidas para dar clareza e assim motivar a mudança de comportamento. Críticas a Gestalt Conceitos muito básicos, não erm suficientemente científicos Phi não foi estudado como problema cientifico. Foca demais na teoria Resposta as críticas ↪ Era proposital que a pesquisa fosse mais qualitativa porque o que era encontrado tinha preferência em relação ao quantitativo. Gestalt Terapia e Pisicologia da Gestalt Surgiu em 1951 por Frederick Perls que queria trazer contribuições para a Psicologia da Personalidade voltadas para a psicoterapia, e não para a Teoria da Personalidade. A Gestalt Terapia se baseou nos filósofos do Humanismo: todos têm capacidade para descobrir e desenvolver seu potencial. O existencialismo influencia trazendo a ideia de que a existência humana é singular e intransferível; A fenomenologia traz a importância da descrição dos fenômenos e desenvolvimento do aqui-agora, que é onde se percebe a situação, envolve todo o corpo e o espaço (holismo); Sobre a Teoria de Campo,afirma que o indivíduo é capaz de interpretar todo o campo onde as situações acontecem. Principais Conceitos Abordados pela Gestalt Terapia O Ethos do Agora: ↪ Ethos para a Gestalt é a expectativa do futuro (vou ser feliz quando_____). ↪ Relaciona todas as experiências com alguma questão central, mais profunda. ↪ Os problemas básicos são comuns a todos os SH.
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