Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA E MICROBIOLOGIA DISCIPLINA MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA Profª. MSc. Josie Haydée L. Ferreira CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO INTRODUÇÃO O bem estar da humanidade depende em grande parte da capacidade do homem em controlar a população dos microrganismos, visando: - Prevenir a transmissão de doenças. - Evitar a decomposição de alimentos. - Evitar a contaminação da água e do ambiente. Esse controle de microrganismos é possível pela ação de agentes físicos e químicos, que possuem propriedades de matar a célula microbiana, ou de impedir a sua reprodução. Morte: perda irreversível da capacidade de reprodução. HISTÓRICO Aplicação começou a relativamente pouco tempo – 100 anos. Trabalho de Pasteur – marco para o envolvimento dos microrganismos com as doenças. Ignatz Semmelweiss Joseph Lister • Elevado número de mortes devido à infecções adquiridas em procedimentos médicos. • Métodos Físicos e Métodos Químicos Controle microbiano em procedimentos médicos. CONTROLE MICROBIANO - CONCEITOS Terminologia relacionada ao controle do Crescimento Microbiano TAXA DE MORTE MICROBIANA TAXA DE MORTE MICROBIANA Vários fatores influenciam a efetividade dos tratamentos antimicrobianos: • O número de microrganismos; • As características microbianas; • Influências ambientais; • Tempo de exposição; AÇÕES DOS AGENTES DE CONTROLE MICROBIANO MÉTODOS FÍSICOS Calor (úmido e seco); Filtração; Baixas Temperaturas; Ressecamento; Pressão osmótica; Radiação; MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE MICROBIANO Calor (úmido e seco): Vapor a pressão: Em que a população microbiana é submetida a temperaturas elevadas sob pressão de 1/2 ou 1 atm., em autoclave. Este processo permite a esterilização completa, visto que nestas condições há a coagulação das proteínas microbianas, com a conseqüente morte das células. Calor Seco: Em muitos casos utiliza-se o calor seco no controle dos microrganismos. Neste caso, a sua ação se dá por oxidação. Chama direta: flambagem, incineração. Esterilizarão por ar quente: Forno – geralmente 170ºC por 2 horas Pasteurização: Processo muito usado em laticínios.Na pasteurização, o substrato é submetido a temperaturas relativamente baixas (62ºC) durante tempo de 30 min. Apenas (tratamento clássico), seguido de resfriamento brusco. Netas condições, não há esterilização do substrato mas apenas a destruição de determinados microrganismos. É usado na indústria do leite e de sucos de frutas, quando se visa apenas a destruição de determinados microrganismos, geralmente patogênicos ao homem, sem que haja qualquer alteração no produto submetido ao processo. HTST: Pasteurização de alta temperatura e curto tempo: 72ºC – 15 seg. aplicado enquanto o leite passa por uma serpentina. Além de matar patógenos diminui as contagens bacterianas totais – conserva melhor sobre refrigerãção UHT: Esterelização do leite – não é pasteurização! Alta temperatura por muito pouco tempo – para que possa ser armazenado sem refrigeração. (140ºC em menos de 1 seg – rápido resfriamento.) Métodos Físicos de Controle Microbiano Temperaturas Baixas: São muito usadas na preservação de alimentos e neste caso, temos apenas a inibição da atividade microbiana. É fato bem conhecido que os microrganismos resistem a temperaturas muito baixas, sem morrer. No entanto, o seu metabolismo é inativo em temperaturas próximas a 0ºC, exceção feita aos microrganismos psicrófilos. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE MICROBIANO FILTRAÇÃO: FILTRAÇÃO MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE MICROBIANO RESSECAMENTO: MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE MICROBIANO PRESSÃO OSMÓTICA: A pressão osmótica tende a igualar as pressões de um e outro lado da membrana celular. Quando um microrganismo é submetido a pressões osmóticas elevadas do substrato, digamos cloreto de sódio a 20%, ocorre saída de água da célula, provocando a plasmólise. Este principio é muito usado no controle de microrganismos, principalmente na indústria alimentícia, sendo o sal e o açúcar usados como elementos preservativos dos alimentos. A carne salgada, doces e outros podem ser exemplos. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE MICROBIANO PRESSÃO OSMÓTICA: Alguns microrganismos podem viver em concentrações elevadas de sal como as bactérias que vivem nas águas salgadas do mar Morto, numa concentração de 29%, de cloreto de sódio. Esses microrganismos são chamados de halófilos. Outros podem viver em concentrações elevadas de açúcar e são os sacarófilos. Certos Aspergillus e Penicillium chegam a viver em concentrações superiores a 70% de açúcar. Como regra geral, concentrações de 10-15% de sal e 50-70% de açúcar inibem o crescimento de grande maioria dos microrganismos MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE MICROBIANO RADIAÇÃO: Métodos Químicos de Controle Microbiano MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE MICROBIANO AVALIANDO UM DESINFETANTE AGENTES QUÍMICOS O fenol apresenta inúmeros inconvenientes, principalmente o de ser corrosivo ao homem. Apresenta, porém, boa ação bacteriana e bacteriostática, donde generalizar-se o uso do coeficiente fenol ou seja, comparar-se qualquer novo produto com a eficiência do fenol. Assim, hoje em dia, todos os produtos tem a sua eficiência medida por comparação com o ácido fênico. Ante as limitações do ácido fênico, foram desenvolvidos outros compostos como o cresol, que é de grande aplicação na agricultura, sendo usado na desinfecção de granjas, estábulos, material cirúrgico em veterinária, tratamento de infecções em animais domésticos. Outro composto fenólico muito usado é o hexaclorofeno, que não tem ação irritante, e é largamente empregado nas formulações de dentrifício, sabonetes e desodorantes. FENOL E COMPOSTOS FENÓLICOS Os halogênios, em particular, o iodo e o cloro, são agentes antimicrobianos efetivos, tanto isoladamente, como constituintes de compostos orgânicos e inorgânicos.. O I2 è um dos anti-sépticos mais antigos e eficientes. É efetivo contra todos os tipos de bactérias, muitos endosporos, vários fungos e alguns vírus. Mecanismo de ação do iodo: se combina com o aminoácido tirosina, um componente comum de muitas enzimas e outras proteínas celulares. Como resultado, a função protéica microbiana é inibida. Assim, como o cloro, é também um forte agente oxidante. Vários compostos de cloro são desinfetantes efetivos. Muito usado é tratamento de água. HALOGÊNIOS Mecanismo de ação: desnaturação de proteínas e enzimas, rompe membranas e dissolve lipídeos. Ao alcóois mais comumente usados são o álcool etílico e o isopropanol em concentrações variáveis de 60 a 90%, mais frequentemente a 70%. Puro é menos efetivo – pois a desnaturação requer água. Vantagens de evaporar rapidamente e não deixar resíduos – na degerminação da pele antes de uma injeção, a maioria da atividade de controle de microrganismos provém do fato de simplesmente remover a poeira e os microrganismos, junto com os óleos cutâneos. No entanto, o álcool não tem ação sobre formas de resistência tais como os endósporos de muitas bactérias. Este fato limita muito o emprego do álcool como esterilizante de superfície.ÁLCOOL Os metais pesados, como a prata, o mercúrio e o cobre, de alto poder quelante, podem originar compostos de alta ação fungicida e bactericida. Na agricultura esses produtos têm uma importância muito grande, pois, quase a totalidade dos fungicidas atualmente usados no controles de doenças das plantas, são compostos de metais pesados. Uma das principais formas de ação desses compostos é a sua combinação com proteínas do sistema enzimático dos microrganismos, inativando-as e assim, impossibilitando o seu metabolismo normal. METAIS PESADOS E COMPOSTOS Entre os compostos metálicos mais usados, destacamos: Compostos de Mercúrio: sublimado corrosivo, acetato fenil mercúrio, oxicloreto etoxi etil mercúrio (para tratamentos de sementes), mercúrio cromo, metafem, mertiolate (em medicina). Compostos de Prata: são usados apenas em medicina entre os quais destacamos o nitrato de prata, lactato de prata e picrato de prata. Compostos de Cobre: vários fungicidas de uso generalizado em agricultura, como a calda bordalesa, oxicloreto de cobre e cálcio, sulfato de cobre, este usado também no controle de algas em piscinas.
Compartilhar