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AVALIAÇÃO DOS ALUNOS NAS ESCOLAS DO SÉCULO XXI Regina Maria Chaves* A expressão avaliar tem sido continuamente ligada à expressões como realizar prova ou exame, aplicar notas, repetir, índice de aprovação e esta associação, tão corriqueira nas escolas são resultado de uma concepção pedagógica antiquada, mas, tradicionalmente, vivenciada no contexto escolar. Nessa concepção, a educação é concebida como simples difusão e memorização de informações prontas e o aluno é considerado como um ser passivo e receptivo. Se o ato de ensinar e aprender, baseia-se na realização em modificações e aquisições de posturas motoras, cognitivas, afetivas e sociais, o ato de avaliar consiste em analisar se elas estão sendo, na realidade, alcançadas e em que nível se dá sua consecução, para auxiliar o aluno a evoluir na aprendizagem e na construção do seu saber e, nesse ponto de vista, a avaliação evidencia seu sentido orientador e cooperativo. Palavras-chave: Aluno. Ensinar e Aprender. Resultado. The expression has been continuously evaluate expressions related to how to perform test or exam, apply notes, repeat, approval rating and this association, as commonplace in schools are a result of outdated pedagogical design, but traditionally, lived in the school context. In this conception, education is conceived as simple diffusion and memorizing information ready and the student is to be considered as a passive and receptive. If the act of teaching and learning, based on the completion of acquisitions and changes in attitudes motor, cognitive, affective and social, the act of review is to examine whether they are actually achieved and at what level it gives your achievement, to help the student progress in learning and in the creation of their knowledge, and this point of view, the assessment shows your sense guiding and cooperative. Keywords: Student. Teaching and Learning. Result. INTRODUÇÃO . Avaliar ainda é confundido com aferir, talvez pela própria origem histórica da avaliação e o destaque na atribuição de notas, tem ocasionado certos desvios relevantes, não considerando o fator educativo de orientação do aluno. Aluno esse, que é visto como sendo inferior, médio ou superior no que diz respeito ao seu desempenho e, frequentemente, fica preso a esse estigma, não sendo possível desvelar sua capacidade, desta forma, deixa-se de formar um sujeito competente se insistir numa manutenção de uma prática avaliativa classificatória, aquela que é empenhada somente em elevar os índices de aprovação da unidade escolar. É nítido que o ato avaliativo não está no final do processo pedagógico, mas objetiva-se fazer com que esta esteja sempre constante entre uma tarefa realizada pelo aluno e a etapa posterior de sua criação, de um saber bem mais enriquecido e complementado. O intuito principal deste tipo de avaliação é o de perseguir o envolvimento do aluno, a sua curiosidade e o seu comprometimento sobre o objetivo de conhecimento, refletindo em conjunto com o professor sobre seus avanços e suas dificuldades, buscando o aperfeiçoamento de ambos. A imagem que uma pessoa tem de si é, em grande parte, constituída a partir da forma como ela é vista pelo outro com quem convive. O professor é importante para os alunos e constitui-se em referência para a formação do seu autoconceito. A maneira como se relaciona com eles é essencial para que se sintam inteligentes e capazes, mas para isso, é bom não só elogiar o aluno no momento adequado, mas também mostrar-lhe, de maneira precisa e direta, quais foram suas conquistas. Tais informações ajudam os alunos a tomar consciência de sua própria aprendizagem e a usar, com mais segurança, os conhecimentos de que se apropriaram e encontrar uma forma de organizar um ambiente de aprendizagem que flua para uma avaliação adequada. 1. AVALIAÇÃO X CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA As funções da avaliação escolar são, normalmente, divididas em duas: a diagnóstica e a classificação. Da primeira função, supõe-se que propicia ao professor e ao aluno encontrar pontos fracos e extrair os resultados ligados sobre onde colocar, posteriormente, a ênfase do ensino e da aprendizagem. Já a segunda função tem, por conseqüência, hierarquizar e rotular os alunos. Entende-se que a avaliação escolar prega em parte a avaliação com base na primeira, mas a emprega, especificamente, para a segunda. Na abordagem, em que educar se mistura com informar, a avaliação assume uma postura seletiva e competitiva e dentro de uma concepção pedagógica mais atual, que se baseia na Psicologia Genética, a educação é vista como sendo a vivência de experiências múltiplas e diversas tendo em vista o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social do educando. Segundo Haidt (1999, p. 286): Na sequência de experiências vividas, os conteúdos são instrumentos que são utilizados continuamente para acionar e movimentar os esquemas mentais operatórios de assimilação, assim, o educando é visto como um ser ativo e dinâmico que participa do desenvolvimento de seu próprio conhecimento. Dentro desse ponto de vista, em que educar é instruir e estudar é criar o próprio saber, a avaliação escolar adquire grandes dimensões e ela não se reduz somente a atribuir notas. A sua conotação se expande e se movimenta, no sentido de entender em que medida os alunos estão alcançados os intuitos propostos para o processo ensino-aprendizagem. Nos dias de hoje, tais intuitos se traduzem em constante mudança e aquisição de posturas motoras, cognitivas, afetivas e sociais. Haidt (1988, p. 14) diz que: A educação reformulada não alterou somente os métodos de ensino que se tornaram mais ativos, também influenciou sobre a concepção vista como uma maneira de classificar e promover o aluno de um ano para o outro ou de um nível para outro. A avaliação acata uma dimensão orientadora, pois, possibilita que o aluno tome consciência dos seus avanços e dificuldades para continuar evoluindo no desenvolvimento do conhecimento. A idéia de avaliação da aprendizagem está relacionado a uma concepção pedagógica mais vasta, ou seja, a uma visão de educação, pois, ele depende da postura filosófica adotada. A avaliação precisa ser vista como sendo uma forma de análise e fator principal para uma tomada de decisão, sendo ela, um diagnóstico que contribui para o avanço do educando e, consequentemente, do educador no processo ensino-aprendizagem, repensando a sua prática e sempre retornando a um ponto de partida, já que este processo não acaba nunca. Luckesi (2002, p. 34-35) diz que: O período de avaliação deveria ser um período de fôlego na escalada para, posteriormente, haver a retomada da caminhada de maneira mais correta e jamais como sendo um ponto final de chegada, essencialmente, quando o objeto do ato avaliativo é dinâmico como, no caso, a aprendizagem. O ato de avaliar deve considerar as diversas aptidões entre educandos, não querendo compará-los ou mesmo torná-los iguais, num mesmo padrão, pois todos nós somos dotados de diferentes habilidades e competências. No ato de avaliar, não se pode esquecer de que somos diferentes e que não se pode atender a uma uniformidade, mesmo que, se assim fosse, a evolução dos tempos não aconteceria, mas sim, continuaria tudo do mesmo modo de quando se iniciou, as idéias de um vai complementando a do outro. A avaliação é um processo de coleta e estudo de informações que busca entender se os intuitos propostos foram atingidos e a avaliação se concretiza em inúmeros níveis: do método ensino-aprendizagem, do currículo, da estrutura da escola como um todo. A avaliação da aprendizagem do aluno está relacionada à avaliação do próprio trabalho docentee ao avaliar o que o aluno obteve êxito em aprender, o professor está analisando o que ele próprio conseguiu ensinar. A avaliação da evolução e problemas dos alunos na aprendizagem possibilita ao professor indicações de como deve conduzir e reorientar a sua prática pedagógica no intuito de melhorá-la, desta forma, a avaliação escolar auxilia na melhoria da qualidade da aprendizagem e ensino. Segundo Haidt (1999, p. 288-289), pode-se tirar algumas conclusões sobre os pressupostos e princípios da avaliação: A avaliação é um processo constante e metódico, sendo parte de um processo mais vasto, que é o processo ensino-aprendizagem, nele se unificando; A avaliação é funcional, porque se concretiza em função dos objetivos propostos, assim, os objetivos são os elementos que guiam a avaliação; A avaliação é orientadora, porque indica a evolução e dificuldades do aluno, ajudando-o no desenvolvimento da aprendizagem, orientando-o no sentido de atingir os objetivos propostos; A avaliação é plena, pois, leva em consideração o aluno como um ser global e conexo e não de forma compartimentada. Esses princípios norteadores da avaliação da aprendizagem são decorrentes de uma concepção pedagógica, que por sua vez é conseqüência de uma postura filosófica e ouve-se dizer que a prática da avaliação escolar serve para selecionar os que sabem e os não sabem. Nota-se que tem que se aprender a lidar com esses termos a fim de não classificar ou atribuir fracassos ou sucessos, o que na realidade não depende somente de um tipo de avaliação, mas, sim, de um conjunto de análises e interpretações, oferecendo diversas oportunidades aos educandos e deixar bem claro o que se pretende avaliar, como e porquê. É necessário que a prática de avaliação seja realiza de uma forma que venha a contribuir para a reflexão e que por meio dela, o aluno possa obter a compreensão do que errou e procure transformar esse erro relacionando-o ao que deve ser mudado. Para o professor não é uma tarefa que possa ser considerada fácil, assim, o professor, por diversas vezes, não percebe que ao fazer as suas correções, implica o seu modo de interpretar, ao passo que deveria lançar olhares e ter a sensibilidade para perceber os avanços obtidos. 2. RELAÇÃO ENTRE AVALIAÇÃO E EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM A avaliação propicia constantemente o conhecimento do quanto o aluno se aproximou ou não da expectativa de aprendizagem que o professor possui em determinados períodos da escolaridade, em função da intervenção pedagógica realizada em sala de aula. A avaliação das aprendizagens só pode ocorrer se forem relacionadas com as oportunidades que serão possibilitadas, ou seja, é estudando a adequação das circunstâncias didáticas propostas aos conhecimentos prévios dos alunos e aos obstáculos que estão em condições de enfrentar. A avaliação subsidia o professor com diversos elementos para uma reflexão constante sobre a sua prática, sobre o desenvolvimento de instrumentos atualizados de trabalho e, conseqüentemente, uma retomada de enfoques que devem ser reavaliados, reformulados ou reconhecidos como corretos para o processo de aprendizagem particular ou em grupo. Para o aluno, a avaliação é um meio para a tomada de consciência de sua evolução, dificuldades e probabilidades para uma reorganização de seu empenho na tarefa de aprender. Para a escola, a avaliação permite se determinar quais são as prioridades e verificar quais os tópicos das ações educacionais que necessitam de maior ênfase. Esteves (1973, p. 15) afirma que: Tal como os testes foram considerados como sendo insuficientes, desta forma, também as medidas de uma maneira geral, começaram a não satisfazer como meios de verificação de aprendizagem, e por uma razão muito simples: nem todas as conseqüências educacionais são quantativamente mensuráveis. Do ponto de vista educacional, quando se fala somente em testar e medir, a ênfase recai na aquisição de conhecimento ou em aptidões específicas, desta forma, quando se utiliza a expressão “avaliar”, mas, está-se mencionando não somente aos fatores quantitativos da aprendizagem, e também aos qualitativos, abrangendo-se tanto a aquisição de conhecimentos derivados de conteúdos curriculares, quanto às habilidades, os anseios, às posturas, os costumes de estudo e o ajustamento pessoal e social. Acredita-se que, atualmente, para que haja aprendizagem efetiva na escola, a formação dos professores deveria ser a meta fundamental dos currículos de educação das escolas de formação de professores, mesmo sabendo que a tarefa não é simples. Embora a avaliação, no ponto de vista aqui apresentado, aconteça de forma sistemática durante todas as atividades de ensino e aprendizagem, é vital que a perspectiva de cada instante da avaliação seja definida de forma clara, para que se possa atingir o máximo de objetividade possível.Entretanto, o que se observa em várias unidades escolares é o distanciamento entre as teorias defendidas no Projeto Político Pedagógico e as práticas avaliativas utilizadas. A aprendizagem e a criação do conhecimento são processos dinâmicos, que requerem a mobilização dos esquemas cognitivos. É por isso que Candau (1987, p. 84), propõe a seguinte questão: Não será exatamente ao proceder à avaliação de seus alunos que o professor se coloca como ele realmente é, na medida em que termina por explicitar de uma maneira bastante clara todos os seus verdadeiros objetivos? Avaliação pode ser considerada como um processo de coleta e estudo de dados e pode-se dizer que os recursos que são empregados para isso denominam-se “instrumentos de avaliação”. A ação educativa é finalística, ou seja, pressupõe os objetivos a serem atingidos e cabe ao professor estabelecer as metas para seu trabalho docente. Nos dias atuais, como ensinar e aprender são processos intimamente relacionados, à medida que o professor propõe os objetivos de seu ensino, está prevendo todos os objetivos a serem alcançados pelos alunos como resultado da aprendizagem. É nítido que exista um alinhamento entre a avaliação e a definição de objetivos, porque avaliar é comprovar se os resultados desejados foram alcançados, isto é, verificar até que ponto as metas previstas foram atingidas. É através da elaboração do plano de ensino, com a definição dos objetivos que guiam todo o processo ensino-aprendizagem, que fixa o que e como se analisar os resultados da aprendizagem dos alunos. Os objetivos devem ser formulados claramente, para que possam ser um guia seguro na indicação do que avaliar e na escolha e elaboração dos instrumentos mais adequados de avaliação. A elaboração do plano de ensino com a definição de objetivos tornou-se importante, sobretudo, a partir da ampliação do conceito de aprendizagem, pois, atualmente, aprender é considerado algo mais do que a simples memorização de informações. A aprendizagem e a construção do conhecimento são processos dinâmicos, que requerem a mobilização dos esquemas cognitivos. É por isso que Candau (1987, p. 84), propõe a seguinte questão: Não será exatamente ao proceder à avaliação de seus alunos que o professor se coloca como ele realmente é, na medida em que termina por explicitar de uma maneira bastante clara todos os seus verdadeiros objetivos? Pensar é também avaliar e avaliar é também projetar, fixar objetivos, metas, daí que os critérios de avaliação, que condicionam seus resultados, devem estar sempre subordinados aos alvos e intuitos previamente estabelecidos para qualquer prática, seja ela educativa, social, política ou outra, mas, seria tolo pensar que a avaliação é somente um processo técnico. Ela é também uma questão política, assim, avaliar pode se configurar numa atividade autoritária do poder de julgar. No que diz respeito à aprovação automáticaou progressão continuada do primeiro ao terceiro ano desencadeia-se lentamente o processo de produção de uma grande quantidade de alunos semi analfabetos, transformando o processo avaliativo em um instrumento de seletividade, não usando o ato de valiar como um meio de auxiliar a escola e o professor e até mesmo à família a conhecer os progressos de cada aluno, sempre em relação ao conhecimento anterior, assim, como de avaliar o próprio trabalho e deixar de insistir no erro histórico de punir os alunos através de reprovação por erros que, às vezes, são da própria rede e não do aluno, por isso, é necessário assumir a alfabetização e não apenas ficar à caça dos culpados pela aprovação sem qualidade e grande parcela de alunos chegam a a segunda fase do ensino fundamental sem possuir as habilidades básicas em leitura,escrita e em matemática. Trata-se de viabilizar condições para que, respeitadas as diferenças individuais e consideradas as diferenças sociais e culturais, seja possível levar o conjunto dos alunos a alcançar o domínio efetivo de todos os conhecimentos básicos que devem estar ao alcance de todos e não somente de uns poucos.Os alunos especiais deveriam receber tratamento diferenciado em todos os momentos do processo escolar através de atividades diferenciadas, salas de aulas com menor números de alunos para possiblitar acompanhamento individualizado, e não serem aprovados automaticamente, apenas porque a equipe não se sente preparada para agir com coerência. 3. PROGRESSÃO CONTINUADA: potencialidades e limitações O regime de progressão continuada apresenta uma série de resultados consideráveis do ponto de vista do tempo, custo-benefício e caráter quantitativo é muito valorizado, este deve sempre ser admitido como um caminho inicial para gerar a qualidade de ensino almejada. Entende-se que a preocupação em garantir a qualidade de ensino no âmbito governamental perpassa pela necessidade de regularização do fluxo escolar atrelada ao controle dos índices obtidos pela escola. A responsabilidade de cada unidade escolar em viabilizar a proposta do regime de progressão continuada, definir um projeto pedagógico articulado tanto à nova medida como à realidade da escola, minimizando seus possíveis impactos, é assegurada, a partir da concessão de uma maior autonomia pedagógica, financeira e administrativa. Para Neubauer (1999, p. 174): A concessão de mais autonomia tem como objetivo principal, facilitar a tomada de decisões sobre os projetos pedagógicos das escolas que devem definir, e, além disso, o tratamento que deve ser dado aos conteúdos curriculares; os métodos de ensino empregados; a utilização mais adequada do tempo e do espaço físico; o gerenciamento dos recursos humanos e materiais que recebem para realizar o projeto, considerando que a autonomia tem como contrapartida a responsabilidade e o compromisso. O regime de progressão continuada como uma medida adotada para corrigir o fluxo escolar no Ensino Fundamental é, implementada na rede de ensino em um cenário educacional de redefinições do papel da avaliação e do conceito de qualidade de ensino. Se a avaliação configura-se entre as perspectivas qualitativas e quantitativas de qualidade de ensino, contribuindo para um aumento das incertezas e ansiedades entre os professores, dificultando-se o desenvolvimento de práticas avaliativas de caráter formador, o regime de progressão continuada apresenta-se como sendo mais um elemento de indefinição da prática educativa no interior da escola, ao colocar em questão seu papel social, o processo de aprendizagem, e aquisição do conhecimento. A denominação progressão continuada foi adotada como é enfatizado em diversos textos oficiais porque ultrapassa a compreensão da aprovação automática no sentido somente de implementação de uma regra administrativa, mas, contempla o fator pedagógico, a crença de que toda criança é capaz de aprender e através da progressão continuada sempre acontecerá evolução de aprendizagem mesmo que em níveis diferentes, sendo relacionada a essa visão os fatores que interferem na aprendizagem dos alunos. PRODUTO FINAL A avaliação nas escolas ainda precisa ganhar a preocupação dos coletivos constituídos. Sair do campo de preocupação individual, da angústia de cada um e obter as dimensões dos grupos de trabalho dos ciclos, dos turnos, de toda a escola. O enfoque sobre os conteúdos, o modo que professores e alunos se relacionam, os projetos de trabalho desenvolvidos, os intuitos do projeto da escola, pensando estes como resultados dos desejos do coletivo estão relacionados à ideia de avaliação que se vai trabalhar. Escola cidadã supõe professores cidadãos. Além de buscar uma nova direção para as finalidades da avaliação da aprendizagem, é fundamental ampliar a discussão, construindo uma proposta de avaliação da escola e de todos os integrantes. No sistema educacional, hoje, só o aluno é avaliado. Tal proposição reflete todo o entendimento de que a escola deve ser avaliada em sua totalidade, ou seja, todos os elementos integrantes da organização devem ser foco de análise: a atuação do professor e de outros profissionais da escola; os conteúdos e processos de ensino; as condições físicas da escola, as dinâmicas e as relações de trabalho; a qualidade e quantidade dos recursos materiais disponíveis; utilização das tecnologias em sala de aula; a articulação da escola com a comunidade. A avaliação da escola constitui um processo de busca de compreensão da realidade da escola, com a finalidade de oferecer subsídios para a tomada de decisões no que diz respeito ao direcionamento das intervenções, sejam elas de natureza pedagógica, administrativa ou estrutural. Com a avaliação interpretativa e descritiva, o aluno pode sanar suas dúvidas com relação ao seu próprio aprendizado e o professor rever seus métodos para melhor ajudá-lo em sua busca do aperfeiçoamento. O aluno poderá tornar- se mais autossuficiente, uma vez que está consciente de seus pontos fracos e o professor aprimorar-se no seu exercício de mediar o aprendizado. Como produto final da pesquisa propõe entregar um relatório do estudo de caso abordando uma análise comparativa entre o ato tradicional de avaliar preconizado no projeto da escola e as Metodologias Ativas, onde os estudantes são os protagonistas de seu processo de aprendizagem e que proporciona aos mesmos a possibilidade de compreender seus erros criando situações de superação. . REFERÊNCIAS CANDAU, Vera Maria (Org.). A didática em questão. Petrópolis: Vozes, 1987. ESPOSITO, Y. L. A implantação do ciclo básico nas escolas estaduais de São Paulo: avaliação do primeiro ano. São Paulo: Secretaria da Educação, 1985. ESTEVES, Oyara Petersen. Testes, medidas e avaliação. Rio de Janeiro: Arte e Indústria, 1973. HAYDT, Regina Célia Cazaux. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. São Paulo: Ática, 1988. __________. Curso de didática geral. 7.ed. São Paulo: Ática, 1999. (Série Educação) LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 2002. NEUBAUER, R. Descentralização da educação no Estado de São Paulo. In: COSTA, V. L. C (Org.). Descentralização da Educação: novas formas de coordenação e financiamento. São Paulo: FUNDAP: Cortez, 1999, p. 168-187.
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