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ELEMENTOS DA VIA PERMANENTE LASTRO, SUBLASTRO E SUBLEITO AMV LASTRO • Suas principais funções são: – Distribuir esforços do dormente; – Drenagem; – Resistir a esforço transversal (empuxo passivo atuando no dormente); – Permitir reconstituição do nivelamento (através de equipamentos de manutenção); • Propriedades: – A fim de garantir a drenagem, o lastro deve apresentar granulometria uniforme; – A forma cúbicas das partículas evita os recalques que ocorreriam com a passagem do tráfego caso fossem lamelares; – As faces fraturadas proporcionam embricamento (sobreposição) entre as partículas (maior ângulo de atrito, maior resistência); SUBLASTRO • Camada granular abaixo do lastro • Tem como função evitar o fenômeno do bombeamento de finos do subleito e diminuir a altura necessária de lastro, uma vez que seu custo é menor. – O bombeamento de finos é um processo auto- alimentado que consiste no enrijecimento do lastro e posterior ruptura devido à secagem de lama proveniente do sub-leito bombeada pelo tráfego. – Ocorre na presença de solo fino, água e supersolicitação. • O sub-lastro é uma camada situada entre o lastro e o sub-leito, com função de filtro, impedindo a subida da lama. – Seu Dimensionamento segue os critérios de Terzaghi (Teoria do adensamento unidimensional) para granulometria e de Araken Silveira para altura. – Para vias menos importantes, utiliza-se bica- corrida (pedra britada sem seleção de diâmetro). SUB-LEITO • O subleito deve receber compactação, com o objetivo de aumentar sua resistência. • Cuidados devem ser tomados quanto à drenagem. – Uso de trincheiras e drenos para rebaixar o nível d’água quando necessário em cortes no terreno. • SUB-LEITO EM CORTE • SUB-LEITO EM ATERRO Bombeamento de finos do subleito • Processo auto-alimentado que leva ao colapso da via – Solo fino – Água – Super solicitação Soluções: filtro, geotextil protegido, seleção do sub-leito, solo-cimento (solo-cal, ligantes betuminosos) APARELHO DE MUDANÇA DE VIA (AMV) • Tem a função de desviar os veículos com segurança e velocidade comercialmente compatível. • Dá flexibilidade ao traçado, mas por ser um elemento móvel da via (único), é peça-chave na segurança da operação. – Possui alto custo de aquisição (dormentes especiais, etc.) e manutenção. • Três elementos caracterizam o AMV comum: – abertura do coração; – comprimento das agulhas; – folga no talão de agulhas. • O esquema a seguir ilustra o funcionamento de um AMV: • O AMV é caracterizado pelo número do coração: – Quanto maior for N, menor o ângulo β (ângulo de desvio) e maior o raio da curva e a velocidade. • COMPONENTES ESPECIAIS – Chave • Também chamada de grade de agulhas, é constituída pelas agulhas, trilhos de encosto e acessórios, montados adequadamente de forma a permitir o encaminhamento dos veículos ferroviários de uma para outra linha ou para a mesma via, conforme se deseje. – Agulhas • São peças geralmente constituídas de trilhos convenientemente trabalhados, paralelas entre si, destinadas a guiar as rodas dos veículos ferroviários ao transporem a chave. – Aparelho de manobra • Aparelhagem que permite movimentar as agulhas, dando passagem para outra via. – Contratrilhos • Pedaço de trilho curvo nas extremidades, de comprimento adequado, colocado paralelamente ao trilho de linha, junto aos trilhos externos e de um lado e outro do “coração” do AMV, tendo por finalidade “puxar” o rodeiro para fora, evitando que os frisos das rodas se choquem contra a ponta do “jacaré” ou da agulha. – “Coração” ou “jacaré” • Parte principal do AMV e que praticamente o caracteriza, permite às rodas dos veículos, movendo- se em uma via, passar para os trilhos da outra. Pode ser constituído de uma só peça de aço fundido ou de trilhos comuns cortados, usinados e aparafusados e cravados a uma chapa de aço que se assenta no lastro.
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