PAPER A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO ENTRE ESCOLA, FAMÍLIA E SOCIEDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS

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1 Nome dos acadêmicos 
2 Nome do Professor tutor externo 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (2381) – Prática do Módulo I – 12/06/19 
 
 
A importância da relação entre escola, família e 
sociedade para o desenvolvimento dos alunos 
 
Aline Nazário¹ 
 Gabriela Campos Goulart¹ 
Indianara B. M. Esmeraldino¹ 
Sameyne Alves Gelmiro¹ 
Viviane F. Brognoli¹ 
 Rejane Constantino Barreto Machado² 
 
RESUMO 
 
 
Sendo a família a primeira instituição social onde a criança está inserida, percebe-se que os alunos 
que tem um maior acompanhamento familiar demonstram um avanço superior no desempenho 
escolar e, assim, o ingresso e permanência nas universidades, o que contribui para uma formação 
acadêmica com maior êxito. Fator em destaque como a relação professor – aluno, em que a 
influência do professor tende a refletir de forma positiva ou negativa no crescimento educacional 
do educando, enquanto ser em formação. É evidente a preocupação de muitas famílias com a 
escolarização dos filhos e o seu sucesso escolar, pois nos dias atuais há grande preocupação 
quanto à crise de identidade nas diversas áreas de profissionalização, em que o mercado de 
trabalho tornou-se, e com a inserção do homem na sociedade. Sendo assim, vimos à importância 
da relação escola, família e sociedade como propulsora da relação ensino-aprendizagem escolar. 
 
Palavras chave: Relação escola-família-sociedade; Afetividade; Desempenho escolar. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este artigo tem como objetivo compreender e relacionar a enfatizar as relações entre a 
escola, família e sociedade mediante o processo de escolarização tendo como fonte de referência 
autores como: Szymanski (2004), Antunes (2007), Durning (1999), Matsuoka (2013), Nogueira 
(2010), dentre outros, gerando discussões acerca das perspectivas e desafios enfrentados pelos 
estudantes para o alcance do seu rendimento e sucesso escolar. 
Quando consideramos a família como sendo a primeira instituição social, em que a criança 
recebe a primeira educação, entendemos que o processo de socialização se dá no convívio familiar 
e, em especial, por meio das práticas educativas desenvolvidas com a finalidade de transmitir 
hábitos, valores, crenças e conhecimentos. Vemos assim, o quão é importante o papel da família na 
formação educativa da criança e no convívio social. A colaboração da família no desenvolvimento 
das atividades escolares de seus filhos demonstra que, o esforço e a valorização que destinam a 
educação dos mesmos é um dos principais meios de ascensão social e torna-se um forte incentivo a 
seus filhos. 
A busca incessante pelo sucesso escolar leva muitos educandos a enfrentar dificuldades 
dentro do ambiente escolar, em muitos casos devido à falta de aprendizagem e prioridade de 
excelência na educação básica. 
A relação família-escola é um tema muito complexo, mas de uma importância de parceria no 
desenvolvimento educacional do estudante e no acompanhamento da escolaridade não apenas no 
ambiente escolar como também no contexto familiar. 
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2. A FAMÍLIA 
 
 
A família modifica-se ao longo de história, mas continua sendo o lugar aonde vínculos 
afetivos se dão em todo o processo de humanização do indivíduo. Um ambiente familiar estável e 
afetivo contribui positivamente para o bom desempenho escolar da criança. Já um lar deficiente, 
mal estruturado social e economicamente, tende a favorecer o mau desempenho escolar das 
crianças. 
É sabido que quando algo não vai bem com a criança no ambiente familiar, o escolar será 
também de certa forma afetado. 
Sendo assim, percebe-se que a grande maioria das dificuldades apresentadas pelas crianças é 
proveniente de problemas familiares. Isso ficou claro, quando das conversas com os pais e seus 
filhos no decorrer de nosso trabalho. 
 
 
“Por falta de um contato mais próximo e afetuoso, 
surgem as condutas caóticas e desordenadas, que se reflete em casa e quase 
sempre, também na escola em termos de indisciplina e de baixo rendimento 
escolar”. (MALDONADO, 1997, p. 11). 
 
 
A família possui papel decisivo na educação, pois, além de refletir os problemas da 
sociedade, absorve valores éticos e humanitários e aprofunda os laços de solidariedade. 
A participação da família é um fator indispensável na vida escolar dos filhos, pois crianças 
que possuem seus pais e/ou responsáveis acompanhando de perto tudo o que está acontecendo no 
ambiente escolar de seus filhos, tendem a ter seu filho com o rendimento escolar mais satisfatório. 
A família vem renunciando às suas responsabilidades no âmbito educativo, passando a 
exigir que a escola ocupe o vazio que eles não podem preencher. E o presenciamos hoje são 
crianças chegando à escola e desenvolvendo suas atividades escolares sem qualquer apoio familiar. 
A família deve se esforçar ao máximo para estar mais presente na vida de seus filhos, 
inclusive da vida escolar. Para isso, sua presença implica envolvimento e comprometimento. 
Cabe aos pais dar continuidade ao trabalho da escola, criando condições para que seu filho 
tenha sucesso tanto na sala de aula como na vida. 
 
 
2.1 A ESCOLA 
 
A sociedade tem passado por mudanças e em decorrência de aceleradas informações, os 
grandes avanços tecnológicos e, tem repercutido na estrutura da família e consequentemente da 
escola. Faz-se necessário também voltar nossa atenção para a escola que, apesar das mudanças, 
continua exercendo a função de transmitir conhecimentos científicos. 
Entretanto, a escola tem encontrado algumas dificuldades em relação às mudanças sociais e 
familiares. 
A escola precisa ser pensada e entendida como um caminho entre a família e a sociedade. A 
escola deve ser para a sociedade uma extensão da família, porque é através dela que a sociedade 
consegue se desenvolver e formar cidadãos críticos e conscientes. 
É muito importante encontrar formas de interagir com as famílias e comunidade para 
favorecer um trabalho conveniente e propício a todos se constitui num grande desafio para a escola. 
Diante disso, compreendemos que o papel da escola supera a condição de mera transmissora de 
conhecimentos. 
Segundo SYMANSKY (2001), o papel da escola na contribuição do sujeito, quer em seu 
desenvolvimento pessoal ou emocional é primordial. 
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A escola precisa repensar sua prática pedagógica para melhor atender a seus alunos, e se faz 
necessário uma parceria com a família, de forma a atingir seus objetivos educativos, destacando que 
a escola busque estreitar suas relações com a família em nome do bem estar do aluno. 
As responsabilidades da escola hoje é muito mais ampla e profunda, pois além de educar a 
criança, precisa formar o cidadão, contribuindo assim para melhoria da sociedade em questão. 
 
 
2.2 FAMÍLIA E O DESEMPENHO ESCOLAR 
 
 
Tanto o ambiente familiar, como o ambiente escolar, revelam um campo pouco explorado, 
porém muito importante para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças. Nossa legislação 
estabelece que a família deve desempenhar papel educacional e não incumbir apenas à escola a 
função de educar, art. 205 – Constituição Federal. 
Sendo assim, é possível afirmar que a família é de fundamental importância na formação do 
indivíduo. Porém, quando tratamos da família relacionando-a com a escola, faz-se necessário um 
estudo sobre o panorama familiar atual, não esquecendo que a família através dos tempos vem 
passando por um profundo processo de transformação. 
 
 
A famíliaé o primeiro e principal contexto de socialização dos seres 
humanos, é um entorno constante na vida das pessoas; mesmo que ao longo 
do ciclo vital se cruze com outros contextos como a escola e o trabalho. 
(EVANGELISTA; GOMES, 2003, p.203) 
 
 
A família não é um simples fenômeno natural, mas sim, uma instituição social que varia no 
tempo e apresenta formas e finalidades diferentes dependendo do grupo social em que esteja. 
Pode-se perceber que as famílias se constituíram através das circunstâncias econômicas, 
culturais e políticas através da história. Sendo assim, a família exerce uma importante tarefa no 
desempenho escolar da criança e continua sendo imprescindível na formação integral do indivíduo. 
Trabalhando em parceria, escola e família podem contribuir para o desenvolvimento do 
educando, seja para o processo de aprendizagem, seja para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e 
social. 
A família ajuda a escola a conhecer o aluno e, da mesma forma, a escola ajuda a família a 
trabalhar as suas dificuldades. 
 
 
2.3 RELAÇÃO FAMÍLIA, ESCOLA, SOCIEDADE E SEUS REFLEXOS 
 
 
O reflexo do sucesso no desempenho escolar depende principalmente das relações 
construídas a partir do ambiente escolar e da valorização de conceitos morais. Essa disposição 
parece ser uma herança proveniente de gerações anteriores que, diante de circunstâncias 
favorecedoras, como oferta escolar de qualidade mínima, pode se realizar. 
O sucesso escolar não depende nem um pouco de classe social, mas sim, da construção das 
relações dentro da família e a importância que os pais direcionam ao trabalho escolar dos filhos. 
O acompanhamento familiar e a imposição da ordem moral doméstica são fundamentais, 
suficientemente forte para balizar os procedimentos sociais, contribui com a formação do filho, na 
direção do sucesso escolar, a educação é para a vida toda, uma aprendizagem a contemplar todo o 
processo de formação enquanto ser social. 
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Algumas atitudes dos pais se tornam importantes para o sucesso no desempenho escolar de 
seus filhos. A disponibilidade em escutar, ouvir e dar atenção ao filho, permitir que ele dê conta de 
suas tarefas e necessidades escolares, indagar do seu dia escolar”, são ações que influencia o desejo 
de realização das atividades com mais satisfação. 
Além da presença familiar, outros fatores contribuem para o desempenho escolar dos 
educandos como a relação professor-aluno e as representações sociais. 
A interação entre professor-aluno pode influenciar de forma positiva ou negativa, o 
favorecimento ou desfavorecimento escolar. O professor é uma figura determinante para a formação 
de um ser humano, interfere tanto na transformação comportamental, quanto na construção da 
autonomia. 
Para Antunes (2007), 
 
“[...] aprender é um processo que se inicia a partir do confronto entre a 
realidade objetiva e os diferentes significados que cada pessoa constrói 
acerca dessa realidade”, compreende-se que as relações sociais são 
principais ferramentas para aquisição de saberes, desenvolvimento e prática 
de ações individuais e coletivas. 
 
 
Nessa perspectiva, o ambiente escolar favorece sempre uma reflexão critica e auto avaliativa 
sobre a construção da identidade profissional, permitindo reavaliar que profissional deseja ser, a 
integração entre teoria e a prática como necessárias para aprender e apreender o ofício. 
Antunes (2007, p.29), diz que: 
 
 
 “[...] a instrução é essencial ao homem quanto mais instruídos somos, 
melhor agimos”, e o ser humano é construído a partir dessa ligação com o 
outro, vivenciando e compartilhando saberes. Ainda referencia que a família 
é considerada um espaço educativo por excelência, detentora de funções que 
consideramos primordiais para o desenvolvimento da criança, como sendo, 
social, cultural e biológico. Seu papel é muito importante na relação 
educativa, a função da família na participação da vida escolar tem sido na 
maioria dos casos esquecida por outras instituições. 
 
 
A família deve ser um objeto de atenção psicoeducacional, forte apoio para o desempenho 
da função educativa que lhe foi delegada. Sendo assim, a psicoeducação deve tratar da intervenção 
e orientação a família para que seu papel seja executado na participação da vida escolar. 
Segundo Durning (1999 apud Szymanski 2004, p. 13), 
 
 
“[...] propõe a consideração de dois elementos construtivos do processo 
educativo na família: os valores dos pais e os aspectos cognitivos”, podem 
ser de ordem moral e de ordem de desenvolvimento de competências. Os 
processos extrafamiliares influenciam diretamente nos intrafamiliares, se 
fazendo necessário incluir essa questão nos programas de assistência às 
famílias. 
 
 
Um dos fatores que podemos encontrar nessa relação é a pobreza, um agravante no 
desenvolvimento humano, por comprometer a orientação sistemática voltada para os filhos, assim 
como os fatores psicológicos resultantes de frustrações e a própria dificuldade econômica em si. 
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A família contribui na construção de saberes, através de práticas educativas resultantes de 
uma aprendizagem social difundida de geração para geração, com o objetivo de preparar as novas 
gerações para atuar de forma crítica e ativa na sociedade. 
Integrar a família em um arranjo social, atende a interesses muito mais amplos da sociedade 
e da cultura, a ideia que a desigualdade social tem sido causa de degradação moral, faz parte do 
conjunto da reestruturação da sociedade. 
No contexto familiar, a criança precisa de segurança, afetividade e compreensão, para o 
sentido de existência. A aprendizagem é um processo ligado com o desenvolvimento da pessoa, tem 
relação com trocas intersubjetivas que vão consolidando e afirmando a posição dentro da sociedade, 
considerando os aspectos sociais e educacionais do desenvolvimento da criança. 
A presença dos pais na escola gera com certeza, um maior suporte ao educando que também 
aprende a valorizar o âmbito escolar e os profissionais através de realização das atividades de 
resgate aos valores como: respeito, afetividade, solidariedade, humanização, responsabilidade e 
sensibilidade com o bem comum. 
 
2.4 ASPECTOS LEGAIS SOBRE A RESPONSAILIDADE DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO 
 
A família exerce um papel muito importante no desenvolvimento de filho, já que ela é a 
principal transmissora das condutas e valores que permearão o comportamento do ser que com ela 
convive. 
A família é um espaço privilegiado de socialização, aonde a criança terá suas primeiras 
práticas de convivência e divisão de responsabilidades, e buscará junto com os outros integrantes da 
família meios de sobrevivência e, ainda, será o lugar em que iniciará a prática da cidadania. 
A criança será influenciada pelas relações familiares, o contexto familiar poderá atingir 
positiva ou negativamente o bem-estar de seus indivíduos. Então, a criança, consequentemente, será 
o reflexo da família na qual vive. Sendo que a família é a fonte principal dos valores éticos, morais 
e culturais de cada indivíduo. 
A família desempenha função muito importante na educação do indivíduo. Ela, bem como a 
instituição escolar, é ferramenta importantíssima no desenvolvimento social, emocional, cultural e 
cognitivo do individuo, ao mesmo tempo em que são transmissoras do conhecimento e dos valores 
éticos culturais. 
Apesar de a família ser considerada a primeira e mais importante instituição da sociedade, é 
visível a desvalorização de tal instituição por parte das outras células que regem o sistema político-
social brasileiro. 
 
Quando esta existe, é inadequada, pois não corresponde às suas 
necessidades e demandaspara oferecer o suporte básico para que a família 
cumpra, de forma integral, suas funções enquanto principal agente de 
socialização dos seus membros, crianças e adolescentes principalmente. 
(KALOUSTIAN, 1998, p. 13) 
 
 
Quando a família não cumpre com suas funções básicas, consequentemente irá gerar 
problemas adicionais que acarretarão no desenvolvimento do indivíduo que ali convive com os 
demais membros. Então, justifica-se a importância de uma boa estruturação familiar, bem como as 
relações saudáveis dessa instituição com os demais segmentos sociais, priorizando neste trabalho a 
instituição escolar. 
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Foram incluídos alguns artigos que dizem respeito aos direitos de cada cidadão, bem como 
os deveres que cada indivíduo na nossa Constituição Federal de 1988, aonde apresenta a 
importância da participação ativa dos pais na vida social e cognitiva da criança, a família deve agir 
como potencializadora da educação formal de seus filhos, incentivando e acompanhando o 
desenvolvimento do indivíduo. 
Segue a seguir, artigos da Constituição Federal (1988) aonde mostra o papel que a família 
deve desempenhar na criação e educação de seus membros: 
 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. [...] 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, 
ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, 
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. [...] 
 Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e 
os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, 
carência ou enfermidade (BRASIL, 2003). 
 
 
Contudo, apesar da família ser uma parte integrante do desenvolvimento do indivíduo, a 
sociedade bem como o Estado também é ferramenta importante no processo educativo do ser 
humano, já que elas interferem direta e indiretamente no convívio social do indivíduo, 
estabelecendo juntamente com as famílias condutas e valores culturais. 
No ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a proposta presente na Constituição 
Federal foi reforçada, o que pode ser encontrada nos seguintes artigos: 
 
 
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder 
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos 
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e comunitária. [...] 
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno 
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e 
qualificação para o trabalho [...] 
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo 
pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. 
[...] 
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou 
pupilos na rede regular de ensino. [...] 
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Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável: V - obrigação de 
matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamento 
escolar (BRASIL, 2002). 
 
 
Sendo assim, os pais ou responsáveis devem ter atenção especial à vida de seus filhos, 
estando atentos aos cuidados e necessidades que cada criança possui no seu processo de 
desenvolvimento. 
É importante ressaltar os segmentos sociais que se encontram a disposição dos pais, a 
instituição escolar é fundamental na educação formal do indivíduo que deve adquirir para o seu 
preparo ao exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, contudo, cabe aos pais direcionar a 
criança, enfatizando a educação como esfera significativa para seu desenvolvimento integral. 
 
 2.5 FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INTEGRAL DO INDIVÍDUO 
 
A família desempenha uma significativa importância no desenvolvimento do indivíduo, ao 
mesmo tempo em que a escola se torna uma fonte inesgotável de conhecimento e valores culturais. 
Nesse sentido, conforme Dessen e Polonia: 
 
 
A família não é o único contexto em que a criança tem oportunidade de 
experienciar e ampliar seu repertório como sujeito de aprendizagem e 
desenvolvimento. A escola também tem sua parcela de contribuição no 
desenvolvimento do indivíduo (2007, p. 29). 
 
 
Ao longo da história alguns fatores colaboraram para o estreitamento entre as relações da 
família-escola. Mas foi a partir da Revolução Industrial, que tal vínculo se reforçou ainda mais com 
a inserção das mulheres no mercado de trabalho. Então, a família deixou de ser a única instituição 
de proteção da criança, pois a escola também passou a exercer o papel de atender e educar tal 
indivíduo de acordo com suas necessidades. 
Muitas leis e estudos ditam os direitos estabelecidos às crianças, mas vale ressaltar que 
ambas as instituições, passaram a dividir o dever de auxiliar a criança e adolescente em seu 
desenvolvimento social e cognitivo. 
 
Podemos citar como funções principais da família: função sexual, 
reprodutiva, econômica e educacional. [...] A função educacional é 
responsável pela transmissão, à criança, dos valores e padrões culturais da 
sociedade. A família é a primeira agência que socializa a criança 
(OLIVEIRA, 2003, p.65). 
 
 
A família será o primeiro ambiente em que a criança irá ter vínculos e relacionamentos, 
então, o indivíduo cria suas aprendizagens como também terá seus primeiros conhecimentos acerca 
do mundo em sua volta, criando noções básicas que influenciarão na sua vida escolar. 
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A escola tem como função fazer com que o indivíduo seja capaz de resolver as diversas 
situações, de modo a desenvolver suas habilidades e competências para a aquisição dos variados 
conhecimentos, transpassando à mera aquisição de conteúdos programados, mas que leve em 
consideração a formação de um ser crítico-reflexivo, que saiba relacionar sua historicidade com o 
saber construído no decorrer de sua trajetória escolar (ASSIS, 1994, p.130 apud VARANI; SILVA, 
2010, p.515). 
Dessa forma, o trabalho realizado em conjunto pelas duas instituições, família e escola, faz 
com que haja uma melhoria tanto no desenvolvimento escolar do aluno, quanto em suas relações em 
outros contextos sociais, tais como o âmbito familiar. 
Durning (1999 apud Szymanski 2004, p. 13) diz que, 
 
 
Para a realização dessa tarefa, algumas condições se fazem necessária: um 
olhar para a criança como sujeito de ação educativa, reconhecimento do 
status de educadores por parte dos pais e a proposta de desenvolver uma 
atividade familiar por um período de tempo que corresponda ao de 
desenvolvimento e amadurecimento dos filhos. 
 
 
As responsabilidades dos pais é alvo de discussões entre escola e demais setores da 
sociedade. A dificuldade de aprendizagem de um indivíduo, pode representar sintomas e 
manifestação da falta e precariedade dos vínculos familiares. 
 Educar não é uma tarefa simples e requer meios de integração e socialização no convívio 
escolar, como também se faz necessário auxiliar e realizar ações que possam influenciar a família 
no processo de aprendizagem. 
As discussões relativas à relação escola, família e sociedade, levama uma compreensão de 
que apesar das dificuldades enfrentadas pelas famílias para manter os filhos na escola, ainda vêem 
na educação um meio de alcançar a ascensão social, um futuro a ser assegurado e a oportunidade de 
ingresso no ensino superior e consequentemente atender a demanda do mercado de trabalho. 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Não é fácil medir em que medida o envolvimento da família ajuda no desempenho escolar 
de seu filho. Isto porque o desempenho escolar é afetado por vários fatores. Vai desde a qualidade 
do professor, do ambiente da sala de aula, do material didático, da vizinhança em que a escola está, 
das condições econômicas da família, e outros fatores. 
Saber a parcela exata da ajuda dos pais e o tipo de atitude que funciona é um desafio 
constante de pesquisadores da área. 
Algumas pesquisas mostram, como o comportamento dos pais pode influenciar não só o 
desempenho escolar avaliativo, mas também no desempenho escolar como um todo. 
 
“O bom aluno tem algumas posturas em relação a sua educação, como 
capacidade de concentração, disciplina e perseverança. Elas ajudam a 
estudar e aprender melhor”, afirma Priscila Cruz, diretora do Todos Pela 
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Educação, movimento da sociedade civil que atua para a melhoria do ensino 
público básico. 
 
 
Um estudo foi feito no Brasil com o Programa Todos Pela Educação, com famílias de 
estudantes de escolas públicas. Este projeto identificou as atitudes comuns às famílias de crianças e 
jovens que se destacam na escola. Com atitudes simples foi detectado na escola atitudes simples 
nas conversas do dia a dia e valorizar o conhecimento do educando. 
 
Tatiane da Silva, de 34 anos, mãe de Thaís, de 7, e 
de Gustavo, de 13. Ambos estudam em escolas públicas. Tatiane estudou até 
o ensino médio e seu marido, fez apenas as séries iniciais do fundamental. 
Ela diz acreditar que a educação é o único caminho para que seus filhos 
tenham uma vida melhor. Ela participa de todas as reuniões da escola, 
conferi os cadernos, conversa com frequência com o mais velho sobre o que 
ele escolherá como profissão, e com a mais nova, treina a leitura, leva a 
bibliotecas e livrarias e lê em voz alta as historinhas que tem em casa. 
 
 
 
Tatiane com seus dois filhos, em casa, no Rio de Janeiro. Ela lê em voz alta para a mais nova e 
conversa sobre o futuro com o mais velho (Foto: Pedro Farina/ÉPOCA) 
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 Fonte: Revista Época 
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4. RESULTADOS OBTIDOS E ESPERADOS 
 
Trouxemos algumas reflexões sobre a relação família e escola, tendo a criança como foco 
neste estudo. 
 Apenas pais displicentes se recusam aceitar auxilio externo e costumam responsabilizar a 
escola pelos erros na educação de seus filhos. Pais comprometidos e atuantes estão dispostos a 
melhorar sua relação com os filhos. 
Foi feita uma pesquisa pelo MEC (Ministério da Educação), que indica que uma das mais 
importantes causas do desempenho de estudantes encontra-se em sua origem familiar. Sendo assim, 
é muito importante conhecer o capital cultural e econômico das famílias dos estudantes. 
Este trabalho busca compreender a influência da relação entre escola, família e sociedade no 
rendimento escolar dos alunos, pois este é um assunto que tem sido muito discutido entre os 
profissionais da área da educação, pais e sociedade. 
O propósito desta pesquisa, portanto, tem sido levantar dados sobre a contribuição da 
relação pais-escola-sociedade no desempenho escolar dos alunos. 
Sob o ponto de vista dessa relação professores-pais, busca-se uma melhor compreensão 
como fator significante o desempenho do aluno e sua formação integral como cidadão. 
No desenvolvimento da pesquisa tivemos os seguintes objetivos: 
• As expectativas geradas pelos pais em relação ao trabalho que a escola realiza com o 
aluno; 
• Expectativas da escola em relação à participação dos pais no ambiente escolar; 
• Verificar a influência família na vida escolar dos alunos; 
•Levantar dados acerca das contribuições da relação pais-escola, e conhecer como ela 
pode influenciar o desempenho escolar dos alunos. 
A família é espaço sociocultural e histórico no processo de socialização, se relaciona com 
as instituições de ensino, tornando-se berço de atitudes, bem como de mudanças da realidade na 
qual a sociedade a insere, pois é delas que partem os sujeitos sociais que irão manter, ou mudar, 
a si próprios e, consequentemente, a realidade onde estão inseridos. 
Hoje em dia, a escola reclama da ausência da família no acompanhamento do 
desempenho escolar da criança, da falta de pulso dos pais para dar limites aos filhos, da 
dificuldade que muitos deles encontram em transmitir valores éticos e morais importantíssimos 
para a convivência em sociedade. Por outro lado, a família reclama da excessiva cobrança da 
escola para que os pais se responsabilizem mais pela aprendizagem da criança, da ausência de 
um currículo voltado para a transmissão de valores e da preparação do aluno para os desafios da 
sociedade e do mundo do trabalho. 
As pessoas aprendem o tempo todo e o papel da família é fundamental, pois a família é 
quem decide, desde cedo, o que seus filhos precisam aprender, quais as instituições que devem 
frequentar e o que é necessário saberem para tomarem as melhores decisões no futuro. 
Este foi o motivo que nos levou a fazer este trabalho de pesquisa, onde a mesma foi 
elaborado com o objetivo de verificar a importância dos pais no processo educativo dos filhos, 
onde se pressupõe que trabalhando adequadamente com a educação e os valores familiares, 
conseguirá transformar em uma sociedade mais justa e ética. 
 
 
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É de suma importância compreender a família como um fenômeno 
historicamente sujeito às alterações, de acordo com as mudanças das 
relações de produção estabelecidas entre os homens [...] É evidente que 
as funções da família vão depender do lugar que ela ocupa na 
organização social e na economia. (ARANHA, 1989, p. 75). 
 
 
Num país aonde muitos direitos já foram conquistados, o que se observa também, é que a 
família, juntamente com outras instituições e, principalmente, a escola, adeque-se às relações 
sociais resultantes também do histórico no qual se insere. 
Em nosso país, para a convivência e regulação das condutas provenientes das relações 
sociais, houve a regulamentação de leis que possam defender os direitos e exigir o cumprimento 
de deveres norteadores da educação, onde a especificidade de algumas como, por exemplo, o 
Estatuto da Criança e do adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDB), regulamentam os dispositivos constitucionais e estabelecem as normas referentes à 
proteção do educando, enquanto principal sujeito da relação escola-família. 
A família não é a única instituição pela qual se pode tratar a questão da socialização, mas 
é, esta que tende a ser o primeiro grupo responsável pela tarefa socializadora. Ela constitui uma 
das mediações entre o homem e a sociedade. Desse modo, a família não só interioriza aspectos 
ideológicos dominantes na sociedade, como projeta, ainda, em outros grupos os modelos de 
relação criados e recriados dentro do próprio grupo. 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Podemos verificar nesta pesquisa, que a relação família e escola é indispensável ao processo 
de aprendizagem dos educandos, pois a escola não educa sozinha sem o apoio essencial da família. 
Percebe-se a necessidade de que uma complete o papel da outra. Pois tanto a família quanto escola 
apresentam grande importância na educação do educando e são peças fundamentais nesse processo. 
A família e a escola compartilhama mesma função educacional, embora uma não possa 
fazer o papel da outra. 
As responsabilidades dos pais é alvo de discussões entre escola e demais setores da 
sociedade. A dificuldade de aprendizagem de um indivíduo, pode representar sintomas e 
manifestação da falta e precariedade dos vínculos familiares. 
 Educar não é uma tarefa simples e requer meios de integração e socialização no convívio 
escolar, como também se faz necessário auxiliar e realizar ações que possam influenciar a família 
no processo de aprendizagem. 
As discussões relativas à relação escola, família e sociedade, levam a uma compreensão de 
que apesar das dificuldades enfrentadas pelas famílias para manter os filhos na escola, ainda veem 
na educação um meio de alcançar a ascensão social, um futuro a ser assegurado e a oportunidade de 
ingresso no ensino superior e consequentemente atender a demanda do mercado de trabalho. 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
ANTUNES, Celso. Professores e professoras: reflexões sobre a aula e práticas pedagógicas diversas/ 
Celso Antunes, - Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. 
BORGES, Luiz Paulo Cruz. FONTOURA, Helena Amaral. Diálogos entre a escola de educação 
básica e a universidade: a circularidade de saberes na formação docente. Rev. do programa 
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