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Disciplina: FSC5144 Semestre: 2019.1 Prof.: Renné Luiz Câmara Medeiros de Araújo Grupo 1: Gabriele de Carvalho, Maria Gabriela Damasceno e Hildeberto Pedro da Paixão Neto Turma: 05225 Medida de Índice de Refração 1. Introdução Nesta experiência, o objetivos direto é medir índices de refração de materiais (n), seja de um mesmo material utilizando diferentes comprimentos de onda de luz (λ), seja de diferentes materiais e utilizando um único comprimento de onda e objetivo indireto é entender alguns fenômenos cromáticos, como por exemplo a formação do arco íris e dos halos. O índice de refração pode ser obtido relacionando a velocidade de propagação da luz no vácuo (c ) com a velocidade de propagação da luz no meio material (𝜈), a relação é dada por (1) quanto maior o n, mais refringente é o meio ou maior é sua densidade óptica. O índice também demonstra o quanto a luz desvia ou refrata quando adentra um meio, essa é uma aplicação mais prática dele, a descrevemos como Lei de Snell, (2) com n 1 e n 2 índices dos meios e θ 1 e θ2, os ângulos de incidência e refração, respectivamente, em relação à reta normal da superfície de separação dos meios. Em um prisma, há duas refrações regidas pela Lei de Snell, e a refração total, nas duas superfícies polidas, depende do índice de refração (n), do ângulo (𝛼) entre as duas superfícies - interno ao prisma - e do ângulo de incidência na primeira face (θ 1). Sobre este desvio, há um desvio mínimo (D ) e acontece quando . Numa rcsen(n.sen( ))θ1 = a 2α relação mais clara, temos (3) Como o índice de refração depende do comprimento de onda da luz incidente, observamos que a velocidade de propagação da luz, depende de sua cor. Chamamos de dispersão cromática, a capacidade de um material separar as cores da luz. Uma das relações que descreve a dependência de n e λ, é chamada de Fórmula Empírica de Cauchy (4) com A e B definidos pelos materiais, que podem ser medidos experimentalmente. A outra é o Número de Abbe (5) sendo nF, n D e nC índices das cores violeta, vermelha e amarela, de λ igual F (4861Å), D (5893 Å) e C (6563 Å), nomeadas por Fraunhofer. 2. Descrição Experimental Imagem 1 Representação esquemática do experimento, onde δ é o ângulo de desvio da luz e α é o ângulo interno formado pelas faces de entrada e saída do prisma, que neste experimento, α = 60º em todos os prismas utilizados. O ângulo de desvio mínimo, D, é definido como o menor valor observado de δ. Neste experimento, trabalhamos com o ângulo de desvio mínimo D, que era o valor angular (mostrado na plataforma graduada) que encontrávamos das luzes, menos o zero (ângulo mostrado na plataforma em que o telescópio fica paralelo à luz que vinha do colimador). O esquema da imagem 1 foi usado tanto na primeira, quanto, na segunda parte do experimento. Para a primeira parte usamos a lâmpada espectral de mercúrio, o mais próximo possível da fenda, com a ocular ajustada, de modo a formar a imagem mais nítida e brilhante da fenda, observamos através do telescópio a luz emergente de um prisma. Giramos a plataforma com o prisma até obter a posição de desvio mínimo. 3. Análise de Dados TABELA I cor λ (Å) (1λ2 Å )10 −8 −2 posição angular(º) D(º) sen( )2D+α n Vermelho 6232 2,573 120,8º 47,8º 0,808 1,616 Amarelo I 5791 2,982 121,2º 48,2º 0,810 1,620 Verde 5461 3,353 121,5º 48,5º 0,812 1,623 Azul-verde 4916 4,138 122,2º 49,2º 0,815 1,630 Azul 4358 5,265 123,2º 50,2º 0,820 1,640 Violeta II 4047 6,106 124,1º 51,1º 0,825 1,649 Gráfico 1 n em relação a λ com A = e B = ., 11 7 , 7.10− 1 4 −5 Gráfico 2 n em relação a 1 λ2 com A = e B = (Questão 1C), 91 5 , 9.109 1 −3 TABELA II Substância posição angular(º) zero(º) D(º) sen( )2D+α n Vidro Crown(C) 146,7º 107,1º 39,6º 0,764 1,528 Água (A) 131,2º 107,4º 23,8º 0,669 1,336 Parafina(P) 125,5º 91,8º 33,7º 0,730 1,460 4. Discussão Calculando o índice de refração das cores violeta (F), vermelha (D) e amarela (C), utilizando a equação (4) com A e B obtidos experimentalmente pelo método dos mínimos quadrados, temos , e (Questão 2A). Conseguimos ver , 29nF = 1 6 , 17nD = 1 6 , 11nC = 1 6 que o crescimento observado no índice de refração iniciado do vermelho, em seguida do amarelo e violeta, calculado pela equação (3) é preservado utilizando a equação (4), o que é esperado, já que o método dos mínimos quadrados apresentou um índice de correlação (Gráfico 2) próximo de 1. Com esses resultados, podemos obter o número de Abbe do material pela equação (5), que é (Questão 2B). Ao analisar o diagrama de Abbe abaixo, reparamos 5, 5V = 3 1 que o vidro que utilizamos é o vidro do tipo flint (F) (Questão 2C). Para fins de comparação, utilizando a equação (1), a cor com maior velocidade é aquela que possui o menor índice de refração, ou seja, aquela que tem menos dificuldade de passar pelo meio material, que, no caso da parte 1 deste experimento, é a cor vermelha, a cor com a maior velocidade (Questão 3A). Pela equação (1), seu valor é , e (Questão 3B). Tiramos também da equação (1) que o, .10vvermelho = 1 9 8 sm , .10c = 3 0 8 s m índice de refração corresponde quantas vezes menor é a velocidade da luz num meio material em comparação com a velocidade da luz no vácuo. No caso da parte 2, temos diversos materiais, como já explicitamos aqui, o índice de refração dos materiais, corresponde à dificuldade de a luz passar por este meio, então, ordenando do menor para o maior, no quesito índice de refração temos a água, a parafina e o vidro crown. (Questão 4A). Comparando estes valores obtidos experimentalmente com valores tabelados, no caso, , e , temos um 1, 33nágua = 3 , 4nparaf ina = 1 4 , 11ncrown = 1 5 erro percentual obtido através da equação: (6) Sendo assim, obtivemos um erro para a água de 0,2%, para a parafina de 1,4% e para o vidro crown de 1,1% (Questão 4B), que são valores absolutamente pequenos que demonstram notoriedade ao experimento feito. 5. Conclusão Deste experimento tira-se a conclusão que não existe material refringente que desvie os diferentes comprimentos de onda de uma luz policromática (luz branca) da mesma maneira; em outras palavras, luz branca que refrata em um material refringente, ao emergir, os maiores comprimentos de onda desviarão menos, enquantos os menores, mais. Graças isso, temos os efeitosdo halo, arco-íris, etc. Nos chamou também atenção o fato que no espectro de mercúrio, não existe a cor vermelha, porém, mesmo assim, ainda conseguíamos observá-la, pois existem impurezas na lâmpada. Com isso, percebemos a importância e a necessidade de equipamentos e instrumentos cada vez mais precisos e a dificuldade existente no mundo da ciência de detectar fenômenos provados teoricamente; e erroneamente observar situações que na verdade são incorretas.
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