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Teoria Geral da Provas
Inserir o discente nos instituto probatório.
Introdução
No novo código de processo civil, traz o regramento probatório, após a audiência de instrução e julgamento.
Dos artigo 369 até o 380 do CPC, traz os regramentos gerais sobre provas, com especificações bem claras sobre as provas, especialmente sobre o ônus da prova.
 Verdade formal e real
Como sabemos ao se propor uma ação o autor na petição inicial discorrera sobre os fatos, bem como as normas jurídicas que se relacionam com a matéria.
O mesmo ocorrerá com o réu, quando da contestação.
Nessas oportunidades as partes teram que apresentar as provas que possuem, para formarem a convicção do juiz.
É certo que, sabemos que a verdade formal, é aquela que se comprova, admitido no processo civil. Isso porque no processo penal, temos a verdade real, ou seja, a certeza do direito, isto é, a verdade real.
 Ônus probatório
O artigo 373 do CPC, estabelece que o ônus da prova, é de responsabilidade do autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; e do réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Nesse regramento geral passamos a permitir que nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos anterior ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
É a chamada inversão do ônus da prova, ou ônus dinâmico da prova.
Nesse sentido, ainda, temos a possibilidade das partes, por ato negocial, estabelecerem a distribuição de forma diversa do ônus da prova.
Essa inversão não será possível quando  recair sobre direito indisponível da parte; ou ainda tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
 
Isenção probatória
Haverá situações em que as partes não necessitaram de produzirem provas. Isso ocorrerá sempre que estivermos tratando de notórios; ou afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; ou admitidos no processo como incontroversos; ou em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
 Produção antecipada de provas
A possibilidade de se antecipar a produção probatória sempre que estive diante de possibilidades especificas.
Assim pode-se pedir a produção antecipada quando houver fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação; ou se a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; ou ainda o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
Na produção antecipada das provas o requerente na petição, apresentará as razões que justificam a necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair.
Na sequência o juiz determinará,  a citação dos interessados na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter contencioso.
Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
Finco o processo os autos permaneceram no cartório por 1 mes, para extração de cópias e certidões pelos interessados.
“Provar, porém, é bem “o meio pelo qual a inteligência chega a descoberta da verdade”. É um meio utilizado para persuadir o espirito de uma verdade”
Moacyr Amaral
Provas
CPC 
Art. 369.  As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
Art. 370.  Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Parágrafo único.  O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Art. 371.  O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
Art. 372.  O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
Art. 373.  O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4o A convenção de que trata o § 3o pode ser celebrada antes ou durante o processo.
Art. 374.  Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos no processo como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
Art. 375.  O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
Art. 376.  A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.
Art. 377.  A carta precatória, a carta rogatória e o auxílio direto suspenderão o julgamento da causa no caso previsto no art. 313, inciso V, alínea “b”, quando, tendo sido requeridos antes da decisão de saneamento, a prova neles solicitada for imprescindível.
Parágrafo único.  A carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito suspensivo poderão ser juntadas aos autos a qualquer momento.
Art. 378.  Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade.
Art. 379.  Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:
I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;
II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;
III - praticar o ato que lhe for determinado.
Art. 380.  Incumbe ao terceiro, em relação a qualquer causa:
I - informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha conhecimento;
II - exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.
Parágrafo único.  Poderá o juiz, em caso de descumprimento, determinar, além da imposição de multa, outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias.
Da Produção Antecipada da Prova
Art. 381.  A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
§ 1o O arrolamento de bens observará o disposto nesta Seção quando tiver por finalidade apenas a realização de documentação e não a prática de atos de apreensão.
§ 2o A produção antecipadada prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu.
§ 3o A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
§ 4o O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal.
§ 5o Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum fato ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que exporá, em petição circunstanciada, a sua intenção.
Art. 382.  Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair.
§ 1o O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter contencioso.
§ 2o O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas consequências jurídicas.
§ 3o Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta acarretar excessiva demora.
§ 4o Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
Art. 383.  Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias e certidões pelos interessados.
Parágrafo único.  Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da medida.
Provas em Espécie
Inserir o discente no instituto processual da prova.
Introdução
No tocante as provas, temos várias especies que poderãm  ser produzidas pelas partes.
Nesta aula estudaremos as provas em espécies, ou seja, o rol probatório que poderão comprovar as alegações das partes.
A saber:
Ata Notarial
Depoimento Pessoal
Confissão
Exibição de Documento ou Coisa
Prova Documental
Prova Testemunhal
Produção da Prova Testemunhal
Prova Pericial
Da Inspeção Judicial
 Ata Notarial
A ata notarial consiste no atestado feito em cartório sobre um determinado fato.
A prova notarial consiste em uma escritura pública, onde o cartorário atesta a prova.
Esse meio probatório pode ser utilizado para certificar determinada página na internet, por exemplo.
 Depoimento Pessoal
No depoimento pessoal as partes se manifestarão na audiência.
A parte não é obrigada a depor sobre fatos considerados criminosos ou torpes que lhe forem imputados; ou a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo; ou ainda acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível; ou as coloquem em perigo.
 Confissão
A confissão consiste na declaração pela parte da verdade dos fatos afirmados pelo adversário e contrário ao confitente.
Quanto as formas a confissão pode ser:
JUDICIAL: aquela produzida perante o juiz, reduzida a termo nos autos do processo. Neste caso ela pode ser espontânea, quando por livre vontada da parte ou provocada, quando no depoimento se tenta fazer a parte se contradizer.
EXTRAJUDICIAL: aquela produzida fora do juízo, de forma oral ou escrito (forma pública ou particular) pelo confitente
CONFISSÃO FICTA: quando a confissão é presumida, como no caso da REVELIA ou AUSÊNCIA OU RECUSA IMOTIVADA EM DEPOR
 Exibição de Documento ou Coisa
É a determinação judicial ou requerimento da parte à exibição de documento ou coisa a parte contrária ou contra terceiro, em cujo poder ou posse esteja o documento ou coisa, com finalidade probatória de fato alegado.
Exibido o documento ou coisa, tem fim a determinação judicial ou o requerimento da parte.
Prova Documental
A prova documental, escrita ou grafada, pode ser apresentada no processo, por exigência da própria natureza da ação.
As provas apresentadas, poderão ter sua falsidade arguida na contestação ou na rélica.
Uma vez arguida a falsidade a mesma será decidida em incidente no processo, exceto se a parte requerer como questão principal.
A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que funda a sua pretensão e os meios com que provará o alegado.
Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze) dias, será realizado o exame pericial. O juiz poderá dispensar a realização da perícia se a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo.
Finda a apuração haverá  declaração sobre a falsidade do documento, quando suscitada como questão principal, constará da parte dispositiva da sentença e sobre ela incidirá também a autoridade da coisa julgada.
 Prova Testemunhal
Testemunha é a pessoa capaz e estranha ao feito, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas, chamada a juízo para depor o que sabe sobre o fato litigioso, mas que não detém conhecimento técnico (perito).
Colhida com as garantias que cercam o depoimento oral, obrigatoriamente em audiência, em presença do juiz e das partes, sob compromisso legal previamente assumido pelo depoente de falar a verdade.
As testemunhas, em regra são ouvidas na audiência,sendo que o rol de testemunhas conterá, sempre que possível, o nome, a profissão, o estado civil, a idade, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, o número de registro de identidade e o endereço completo da residência e do local de trabalho.
As testemunhas não são obrigada a deporem sobre fatos, cujo conhecimento são consequencias de sua profissão ou atividade.
Outro ponto importante é que os impedidos ou suspeitos, quando chamados a deporem poderam ser contraditados na audiência.
A contratida, prevista no parágrafo primeiro do artigo 457, admite que à parte contradite a testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, o impedimento ou a suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos que lhe são imputados, provar a contradita com documentos ou com testemunhas, até 3 (três), apresentadas no ato e inquiridas em separado.
São impedidos de serem testemunhas  o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito;o que é parte na causa; o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.
São suspeitos o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo; o que tiver interesse no litígio que não podem testemunhar .
Importante resaltar que nas ações de estado, as pessoas suspeitas poderam ser ouvidas como testemunhas.
O artigo 454 do CPC apresenta um rol de pessoas que serão ouvidas em casa.
 Prova Pericial
A perícia consiste em exame, vistoria ou, avaliação por perito, sobre pessoas ou coisas, para verificação de fatos ou circunstâncias que demandam conhecimento técnico.
Essa atividade será exercida pelo perito e pelos assistentes técnicos.
O perito fará seu trabalho, responde os quesitos que lhe são apresentado pelas partes, para que eles e os seus assistentes respondam.
Os quesitos consiste nelação de questões que se pede resposta (opinião ou esclarecimento) em juízo, as quais serão respondidas através de laudo ou inquirição.
Depositado o laudo, as partes se manifestam sobre o laudo.
O perito poderá ser chamado para prestar esclarecimentos na audiência de instrução e julgamento.
 Da Inspeção Judicial
É prova produzida, de ofício ou a requerimento das partes, consistente na inspeção direta pelo juiz de pessoas e coisas.
Seu objetivo é permitir ao juiz percepção direta da pessoa e coisa, formar suas impressões pessoais, facilitando o  convencimento e, consequentemente, o julgamento.
 
Perícia
Sentença; classificação; Requisitos; Defeitos
Inserir o discentenos conceitos básicos da sentença.
Introdução
A sentença faz parte de um dos atos decisórios do juiz, conjuntamente com as decisões interlocutória, e os despachos, são os atos do juiz no processo.
O conceito de sentença está no artigo 203, parágrafo 1º do CPC, que ensina ser a sentença o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
Na sentença o juiz responderá aos questionamentos feitos pelo autor, de modo que conforme a ação e o processo, será classificada a natureza jurídica da sentença.
Neste sentido, conforme a espécie de ação teremos a natureza da sentença, ou seja, se na ação se pede a declaração de um direito, a senteça será declaratória a medida que declara a existência do direito. As ações são divididas em: conhecimento; tutela provisória e executória.
Nas ações de conhecimento teremos que, durante o processo apurar os fatos para que possamos estabelecer a quem cabe o direito, nessa ação teremos uma cognição exauriente.
Na tutela provisória buscaremos um provimento imediato, sejá porque se tem urgência, seja fundado em tutelas de evidência.
No que diz repeito ao provimento executório esse se funda em um título executivo, iniciando-se com uma constrição sobre o patrimônio do devedor.
 Classificação das sentenças.
Como sabemos as ações de conhecimento podem ser classificadas como condenatória, declaratória, constitutiva, mandamental e executiva lato sensu.
A ação condenatória produzira uma sentença que tenha a condenação para pagamento, obrigação de entregar ou de fazer ou não fazer. A ação declaratória terá a sentença que declarara a existência ou inexistência de um direito, enquanto a constututiva constitui, extingue ou modifica um direito. Já as ações mandamentais e as executivas lato sensu, foram inseridas por Pontes de Miranda, para que as ações de conhecimento, deveriam ser divididas em cinco e não três, como preve alguns doutrinadores.
As sentenças mandamentais trazem no seu bojo uma ordem, que se descumprida incorre se no crime de desobediência, inserto no artigo 330 do Codigo Penal
As ações executivas lato sensu, possuem uma ordem judicial, que se descumprida voluntariamente, gera o cumprimento compulsório.
De toda sorte temos que asseverar que as sentenças não são puras, podendo se ter uma sentença em que parte é declaratória e parte é condenatória, como,por exemplo,,se em uma ação de usucapião houver contestação, o juiz poderá, quando,sentenciar, declarar o direito e condena a parte que contestou a verba de sucumbência.
 Requistos da sentença
Os requisitos da sentença estão dispostos no artigo 489, que determina que a sentença tenha o relatório, ou seja, o breve relato onde consta o que o autor pede, o que foi respondido pelo réu. A fundamentação é a explicação da decisão que, agora terá que obedecer critérios objetivos. O decisório que resume-se na decisão do juiz.
RELATÓRIO
No relatório o juiz primeiramente especificará quem são as partes, depois afirmará o que o Autor pretende, o que o Réu respondeu, depois discorrerá sobre os principais questionamentos que houveram no processo. Assim no processo podemos, claramente, verificar o que foi questionado no processo.
FUNDAMENTOS
Na fundamentação, teremos a motivação a explicação do juiz para chegar a resposta da sentença. 
A motivação da sentença é princípio processual constitucional, sendo sua previsão legal inserta na Constituição Federal no artigo 93, inciso IX, além de também vir expressa no Pacto da Costa Rica.
Os critérios a ser considerado na elaboração da motivação da decisão judicial, está especificado, detalhadamente, nos parágrafos do artigo 489 do CPC.
DISPOSITIVO
Na parte dispositiva da sentença o juiz relata sua decisão e especifica sua resposta ao pedido, podendo condenar ou não a parte,
 Vícios da sentença
Como já vimos a sentença se relaciona com o pedido do Autor, sendo que a ele se delimita.
Assim será considerádo vício do processo, a saber:
infra petita
O juiz deverá apreciar todos os pedidos do Autor, não podendo se manter silente quanto a eles.
Portanto se houverem pedidos de dano moral e material, a sentença deverá responder a ambos os pedidos.
Desta forma, se um deles não for apreciado, estará a sentença viciada.
ultra petita
Ocorrerá o vício mencionado se, o juiz, ao proferir o provimento jurisdicional decidir por dar mais do que foi pedido pelo Autor, portanto se o autor pedi R$ 10.000,00 (dez mil reais) de dano moral, não será possível ao juiz, proferir sentença que condena em, por exemplo, R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
extra petita
Prevê-se que a sentença seja extra petita quando o juiz profere o provimento jurisdicional diferente do que foi pedido pelo Autor. 
 Assim imaginando-se que o Autor requereu dano moral, não se permite que o juiz conceda dano material.
 A configuração dos capítulos da sentença segundo o modo-de-ser do direito brasileiro corresponde substancialmente à que fora proposta por Enrico Tullio Liebman em seu famoso ensaio. Cada capítulo do decisório, quer todos de mérito, quer heterogênios, é uma sentença autônoma, no sentido de que cada um deles expressa uma  deliberação específica; cada uma dessas deliberações é distinta das contidas nos demais capítulos e resulta da verificação de pressupostos próprios, que não se confundem com os pressupostos das outras.(Dinamarco: 34) Capítulos da sentença
Dinamarco
Vícios da sentença
Exemplo de sentença 
 
relatório
MARCUS BUAIZ e WANESSA GODOI CAMARGO BUAIZ, e ainda o NASCITURO DA GERAÇÃO DE AMBOS trazem AÇÃO ORDINÁRIA contra RAFAEL BASTOS HOCSMAN – conhecido por “Rafinha”, jornalista e integrante de grupo humorístico.
Relata a exordial que a Lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro; ante isso qualquer injúria poderá ser alevantada por seus pais, e o R., que se vem esmerando em humor grosseiro – aos 09.09.2011 proferiu sórdida ofensa – descrita a fls. 07 e constante de cópia em disco juntado – nem se podendo cogitar de verdadeiro e saudável humorismo, injuriando os AA.
Com a parlapatice de fornicar com a A. varoa, abrangendo, nesse intercurso, também o nascituro – cuidando-se de ofensa IN RE IPSA, e grave ainda conduta ulterior, debochando do ocorrido, inda que após de seu afastamento do programa televisivo.
Foi ampliado o propósito injurioso, majorada a ofensa à honra da parte Autora, pelo que pretende procedência, condenado o R. no pagamento de indenização que restar fixada pelo Juízo, com acréscimos e sucumbência. J. os documentos de fls.
Citado o Reqdo., na resposta de fls. 66 revela da ilegitimidade ativa do nascituro para o pleito, detendo ele mera expectativa de direito, nem podendo sentir o alegado dano, presentes diferenças entre a criança já nascida e por nascer; nem fora sujeito de direito, excluído de feito criminal com tal fundamento. Aponta que o direito ao humor constitui dignidade constitucional, sob pena de incidir em censura, inserindo-se a matéria no verbete informação jornalística, incorporando posição de Ministro do S.T.F.; revela que o humor incomoda, decorrendo as expressões da atuação do R. como comediante, e como piada a assertiva não pode ser levada ao pé da letra, presente ANIMUS JOCANDI cf. decisão do E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
O programa em questão detém a característica de irreverência, nem havendo ofensa, dano moral e dever de indenizar, havendo se desculpado com o casal, ausente o nexo de causalidade, e se houve algum mal apenasmente ao R. aconteceu, remetida correspondência eletrônica ao varão a título de desculpas, de rigor improcedência.Réplica a fls. 113; manifestação Ministerial a fls. 126, e após dos ordinatórios de fls. 133 vº e 134, os autos tornaram conclusos.Findo o relato,  
 
fundamentação
Com efeito, a questão agora tornou-se meramente de Direito, desnecessária outras provas, estando então os autos aptos a padecer sentença no estado da lide; demais disso, no sentir da Corte Centenária de S. Paulo, “o julgamentoantecipado da lide deve acontecer quando evidenciada a desnecessidade de produção de provas” (RJTJSP 197/149), além do que, na esteira de remansoso entendimento jurisprudencial, dirigindo-se as provas ao Juiz do feito, a ele cabe aferir, subjetivamente, dessa necessidade (2º TACIVSP – Apel. c/ Rev. nº 487.413 – 4ª Câmara – 1º TACIVSP – Apel. Nº 734.963, 1ª Câmara de Férias, j. aos 12.02.98). Ver ainda RT 750/304 e RJTJSP 203/125.E precioso Aresto do V. Superior Tribunal de Justiça revela:  “Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz, e não mera faculdade, assim proceder” (Ver STJ - 4ª Turma – DJU de 19.09.90 – pág. 9.513).Alfim, a dilargação probatória se mostra ineficiente mesmo porque o Reqdo. não nega a autoria das expressões mencionadas pela inicial – e, alfim, ganharam as dimensões do fato notório, não dependendo, mais, da produção de provas e apreciação judicial das questões discutidas neste feito.DOS EQUÍVOCOS DE FLS. 133 Vº E 134
Penitencia-se o Juízo dos equívocos ali perpetrados – e confia na generosidade dos fidalgos Patronos dos litigantes para sublimação do ocorrido, de ser creditado ao massacrante volume de serviço desta Vara Cível, que provocou a eiva, e superado com a prolatação desta.DA MATÉRIA PRELIMINARDeveras, é hialina a inópia da articulação; pesar do entendimento em contrário da MMa. Juíza que atuou no feito criminal relativamente aos mesmos fatos, dúvida alguma sobrepaira no sentido de que o nascituro é mesmo titular do direito à honra e à imagem, convidado o Juízo do acatamento das máximas apostas no precedente brandido a fls. 128, na fala Ministerial, precedente esse do magnífico SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
Notar ainda o outro precedente, trazido com a peça de testilha, que pesar de sua ancianidade é de notória aplicação, e proferido empós da última Constituição Federal; notar que, ao contrário do que entende a estrênua Causídica a fls. 71 e seguintes, o V. Aresto deu doutrina que é de ser mesmo acatada: “a figura da pessoa surgida com a concepção embrionária antecede a personalidade civil” – na feliz síntese de fls. 114. De aí que, para finalizar este tópico, a esfera moral do nascituro poderá evidentemente sofrer vulneração, pelo simples fato de que já é PESSOA para os fins preconizados na Lei – e não depara o Juízo outro entendimento que não esse, que mais se coaduna com o espírito do Código Civil; bem por isso o sumo CARVALHO SANTOS, na sua monumental obra, professava:O CERTO, PORÉM, É QUE O NASCITURO É TIDO COMO JÁ EXISTINDO DE ACORDO COM A DOUTRINA DO CÓDIGO,TODAS AS VEZES QUE SE TRATA DE AMPARAR SEUS INTERESSES(pág. 247. Tomo I, Freitas Bastos, 1984).
Afastada, fica, pois, a preliminar.
DE MERITIS
É condição de procedibilidade deste pedido a existência dos danos provocados pela conduta de outrem, conforme remansosa e iterativa jurisprudência, e unânime doutrina, que de tão [sic]É admissível o pagamento de verba a título de dano moral, mesmo o nascituro, como se viu, também em face de calcinado entendimento doutrinário e jurisprudencial, e mormente a partir da vigência da atual Constituição Federal. “Sua indenização é esteio para a oferta de conforto ao ofendido, que não tem a honra paga, mas sim uma resposta ao seu desalento”. (RJTJSP 142/104).Veja-se a doutrina de MARIO MOACYR PORTO, “in” Temas de Responsabilidade Civil, Ed. RT, pág. 40:A REPARABILIDADE DO DANO MORAL É HOJE MATÉRIA QUE PRATICAMENTE SE TRANQUILIZOU NO SENTIDO DE SUA ADMISSÃO.
EXÓRDIO
“Good name, in man and woman, dear my loardIs the immediate jewel of their soulsWho steals my purse steals trash;Tis something nothingTwas nine, tis his, and have been slave, to thousands;But he that filches from so my good nameRobe me of that wich not enriches him,And make me poor indeed”ou,
em vernáculo,
“Que a boa fama, para o homem, senhor, como para a mulherÉ a jóia de maior valor que se possui.Quem furta a minha bolsa se desfalca de um pouco de dinheiro,É alguma coisa e é nada. Assim como era tudo seuPassa a ser de outro, após ter sido de mil outros.Mas o que me subtrai o meu bom nome,Defrauda-me de um bem que a ele não enriquece.E a mim me torna totalmente pobre.
(Cuida-se o texto da advertência de IAGO a OTELO, na obra de Shakespeare. “O MOURO DE VENEZA”, ato III, cena 3, tradução de Osvaldo Pennafort Ed. Civilização Brasileira. 2ª Ed., pág. 100).
O PODER DA IMPRENSA
A ninguém é dado ignorar o tremendo potencial da imprensa, e isso em qualquer país do Mundo. Uma imprensa livre, mas com responsabilidade, é indispensável fator de progresso em qualquer Nação livre; há de se considerar, entretanto, que a informação, por estar inserida no campo do espírito, da livre manifestação do pensamento, que é um dos direitos mais preciosos do homem, conforme se vê no Art.11 da Declaração Universal dos Direitos do Homem, na Revolução Francesa, há mesmo que ser prestada de forma precisa e respeitando toda a restante gama de direitos e garantias fundamentais do cidadão, tais como o da intimidade, a liberdade de culto e crença, mas sobretudo a garantia acerca da honra e da imagem das pessoas. Em simples manchete de jornal, muita vez, com breves linhas, ceifam-se lustros e lustros de vida austera e honrada; num mero perpassar de expressões, mesmo que faladas, sem frases escritas, desnudam-se intimidades indevassáveis das famílias, trazendo-se a lume aspectos que jamais poderiam ser emergidos, tornando o ser humano pasto das mais indescritíveis curiosidades alheias. Note-se alfim a manifesta injustiça dessas atitudes; a imprensa torna-se a um só tempo instrutora, julgadora e executora da pena capital sobre a reputação das pessoas, sem lhes proporcionar o mais fundamental dos direitos, o de defesa; o cidadão é acusado, os fatos são destorcidos, passada uma falsa visão da realidade, e a condenação pelo mesmo ente acusador, no mais das vezes injusta, sobrevém inexorável.
ANTONIO DE OLIVEIRA SALAZAR, na sua juventude, foi jornalista; de sua autoria expressivo texto publicado em “Inéditos e Dispersos”, pag.66, Coimbra, 1909:“Há imprensa que edifica e imprensa que destrói; há imprensa que educa e imprensa que perverte. Há imprensa que moraliza e há imprensa que bestializa; há imprensa que discute, e há imprensa que, em vez de discutir, insulta”.
 
DA DECISÃO
Fixados, de proêmio, esses comparativos, pelo exame da frase insultuosa atirada pelo R. contra os AA., e constante de fls. 07, ficou patenteado o insulto, a linguagem vulgar e a insultuosa, aniquilada em verdade a moral da família Autora com o gesto pretensamente humorístico do Reqdo., que na sua distorcida ótica acerca de gracejo atingiu até mesmo o nascituro; de todos os presentes que Deus proporcionou aos homens, nenhum é maior que uma criança - mas disso, lamentavelmente, nem se quer cuidou o irreverente Suplicado.De aí que não depara o Juízo outro entendimento que não o do ilustrado subscritor da inicial - Advogado dos mais principais do País, que honra o Judiciário com sua atuação; as expressões de que se valeu o Reqdo. Foram mesmo DE ESCABROSO TEMA(fls.114), consistindo em BRUTAL AFIRMAÇÃO TELEVISIVA(idem, ibidem).
Bom por isso Venerando Aresto do Centenário Tribunal da Relação de S.Paulo mencionou que “é certo que a imprensa tem o dever-direito de informar,o que não significa, porém, porte ela Alvará para denegrir a honra alheia”; deve pois o Reqdo. responder pelos atos que praticara, em agindo com falta de cautela, ou se dolosamente, o que resulte da lei” (RJTJSP 210/108).É hialina a equivocação da resposta, quando, a fls.73, procura entremostrar que a chula referência de nítido caráter de rasteira sexualidade - expressão que este “decisum” não repetirá - constitui-se em atitude legítima, à luz da Carta Magna. Sarcasmo é uma coisa, humor é coisa diversa do que se vê a fls.07. E direito de expressão a criação artística não são grandezas aplicáveis às palavras de que se valeu o R. para fazer seu distorcido humor, na sua equivocada ótica. Humor é algo mui diferente da violenta expressão atirada contra os AA.,que agride comezinhos Princípios de moral básica. Imagine-se a consternação de quem toma ciência de que humorista referiu-se a sua mulher e a seu filho, ainda no aconchego do ventre materno, da forma perpetrada pelo Suplicado - e aqui nunca jamais em tempo algum, se há de falar em violação à liberdade de imprensa, ou de censura, na trâfega posição da resposta. Muito ao revés, a pretensão ensina justamente o contrário disso: há liberdade de imprensa há que ser exercida com responsabilidade, atento o jornalista aos relevantes serviços que presta - imprescindíveis mesmo, mormente nos tempos que correm, quando a BOA IMPRENSA e os BONS JORNALISTAS têm se esmerado em denunciar desmandos e ilegalidades, com real proveito para a nacionalidade.Fazer humor dessa forma, com grosserias de rasteira conotação sexual, não é difícil. O que impressiona e engrandece é o humor construtivo, elevado, com seus toques de ironia e sadia malícia, de quando em quando a perpassar para o espectador o acesso ao mundo da fantasia - mas sempre de forma a desprezar baixezas; assim fazia o imortal MARK TWAIN, exemplo a ser seguido.Falar acerca da varoa e do nascituro o que se vê dos autos (fls.07) significara essas altissonância moral, a construção da nacionalidade e o humor que é construtivo, que preconiza a exata liberdade de imprensa, que edifica e que diverte?Não houve, assim, apenasmente ingênuo “tom áspero, contundente, sarcástico, irônico ou irreverente” (fls.75) – e em nenhum momento se haverá de falar em “vedação de humor” (fls.76) com a reprovação ético-jurídica que desde já se vislumbra na conduta do R., senão grave ataque à honra de família moralmente escorreita, atingindo o R., na sua visão equivocada de jocosidade, a sagrada figura do nascituro, em quem todas as sociedades do mundo colocam sua esperança e seu cuidado. Deslumbrou-se o irreverente Reqdo., na sua distorcida visão de humor, envolvendo até mesmo o inocente, que AS CRIANÇAS SÃO O SORRISO DE DEUS PARA OS HOMENS – incrível ainda que a resposta falou em comédia, sátira e humor – mas jamais se podendo aceitar que isso seja feito a custa da honra alheia – e, repita-se, o que é bem pior, a violentar a inocência do nascituro, ou a sacralidade da maternidade.A resposta, demais disso, ainda incide em manifesta equivocação ao procurar entremostrar à fls. 77 da inexistência de “palavras sujas” – e sim da ocorrência de “apenas mentes sujas”.
Incrível, ROGATA VENIA, a defensão dessa tese, por parte da competente Letrada subscritora da resposta do Réu: dizer que é suja a mente de quem entendeu a expressão de fls. 07 no seu hialino e translúcido sentido, na baixeza da mais chã e rasteira sexualidade, é tese que não reverencia o Direito, e muito menos o reconhecido engenho e indústria da combativa Advogada – a transferir para o telespectador e imaginação da vulgaridade perpetrada e assertiva que não consulta ao reconhecido engenho da ilustrada subscritora da resposta – e se é certo que “o humor incomoda”, o que vem expressado a fls. 07 não pode ser rotulado de humor – senão de grave ofensa aos amesquinhados por aquelas invectivas; a ingênua assertiva de que a chula observação levada a efeito pelo Réu não pode ser levada “ao pé da letra” é tese que também não navega em mar bonança, e tal posição não alça brados de triunfo. Se é certo que do jornalista, do comediante, do profissional de imprensa se não há de exigir a inerrância divina, não menos exato é que o mínimo de respeito ao próximo, o mínimo de educação e civilidade, e o mínimo ainda de consideração para com o público não se fez presente no comportamento do Réu; piadas são coisa útil e desejada – coadunando-se com o que se revela ser o “modo brasileiro de viver”, na exata expressão de um dos Presidentes da República do ciclo militar: mas, ofensas baixas, vis, chulas, atiradas a esmo contra pessoas honradas e o filho ainda no ventre materno não podem ser erigidas à condição de humor, de piada, de assertiva JOCANDI ANIMO, conforme arbitrou, equivocadamente, a resposta.Venerando Acórdão da Corte Centenária de S.Paulo aponta que, na hipótese de publicação defatos verdadeiros, não há falar-se em violação aos Arts. 5º da Constituição, 159 e 1.510 do Código Civil, e 14,26 e 57 da Lei 5.250/67; veja-se o precedente “in” RJTJSP 186/90.
E a Lei de imprensa, a 5.250/67, AB-ROGADA, assentou no Art. 49:“Aquele que no exercício da liberdade de manifestação de pensamento e de informação, com dolo ou culpa, viola direito, ou causa prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar:
I – Os danos morais e materiais, nos casos previstos no Art. 16 II e IV, no Art. 10 e de calúnia, difamação ou injúria (...)”Porém, “não constitui abuso no exercício do direito de informação a reportagem jornalística que se limita a reproduzir fatos constantes de inquérito policial” – conforme ensina o grande CEZAR PELUSO “in” RJTJSP 220/89.E quando se cuida de matéria jornalística verdadeira, noticiada sem sensacionalismo, ocorre o exercício regular de um direito, não havendo falar-se em indenização (RJTJSP 203/90).
O V. Aresto, da lavra do Des. MATTOS FARIA, aponta:“O princípio constitucional da liberdade de imprensa deve ser exercitado com consciência e responsabilidade, em respeito à dignidade alheia, para que não resulte prejuízo à honra, à imagem e ao direito de intimidade da pessoa abrangida pela notícia”.Expressivo Aresto do Admirável SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA cf. JSTJ LEX 66/125 aponta:“A liberdade de imprensa precisa ser preservada, imperativo de ordem constitucional. As notícias podem ser veiculadas, o que decorre do direito de informar. O fato porém não se confunde, muitas vezes, com a versão do fato. O comunicador, por isso, assume o risco de não descrevê-lo com fidelidade, qualificando erroneamente o comportamento das pessoas. O comunicador, quando explicita juízos de valor, assume a responsabilidade de sua conduta. Pode dar notícia de fatos ilícitos. Assume, porém, a responsabilidade de não descrevê-los com fidelidade”.Ora, o R., que se intitula jornalista e humorista, olvidou-se na sua reprovável conduta, de que o cáustico jornalista americano do século XIX, FINLEY PETER DUNNE, diria que a função da imprensa fora a de“confortar os aflitos e afligir os confortáveis” –querendo com isso dizer que deveriam tais entes expor as agruras do homem comum e as trapaças dos poderosos.Mas disceptou sua conduta do que preconizou o brilhante CARLOS ALBERTO DI FRANCO, quando, escrevendo em O ESTADO DE S. PAULO aos 25.01.2010 assentou:“Um jornalista deve ser um homem livre, independente, um demolidor de tabus, um questionador do politicamente correto. É o nosso papel. É a nossa missão. É o que a sociedade espera de nós”.Também disso não se afastou o Lusíada, na quadra 58 do Canto X da sua insuperável epopéia:“Quem faz injúria vil e sem razãoCom forças e poder em que está postoNão vence, que a vitória verdadeiraé saber ter justiça nua e inteira”.
DO CASO DA REVISTA KROKODIL
Ainda nos tempos da chamada “cortina de ferro” – na feliz expressão de Winston Churchill, havia na Rússia soviética uma revista por nome KROKODIL – esmerada em críticas aos Entes governamentais; por incrível que possa parecer, essa publicação jamais foi mal vista pelo Governo, sempre tolerada mesmo naqueles dias, jamais perseguida. Desenvolvia refinado humor – sem jamais descer a ataques rasteiros ou linguagem chula, ainda que arbitrou a resposta a fls. 81 em sentido diverso dessa circunstância histórica, brande a Ré em seu prol o magnífico Arresto da brilhante MINISTRA NANCY ANDRIGHI, reputada a maior Juíza do País, que por sinal decidiu com o habitual brilhantismo importante feito Falencial fluente neste Juízo: porém aquele Aresto seu honradíssimo, invocado a fls. 81, se não aplica nesta hipótese. Aqui a ressonância desta sentença em nenhum momento está a restringir criação artística ou servir para desestímulo de humorista intelectuais. Humor intelectual é o que realizava a revista Krokodil: o humor profligado pela peça de testilha é, com alqueires de razão, o rasteiro e chulo – que,como diria JUVENAL INDE IRAE ET LACRYMAE. De aí que, uma vez mais se diga, nesta hipótese jamais se há de cogitar de censura, como ainda busca entremostrar a resposta.Alfim, não gasta o juízo soma alguma de imaginação para asseverar do baixo nível das expressões atiradas contra a parte Autora. Nem se há de falar, também, em humor inteligente ou popular: demais disso,“O QUE A LEI PUNE É O ABUSO, NÃO A CRÍTICA. UM NÃO SE CINFUNDE COM O OUTRO, UMA COISA É CRITICAR O HOMEM PÚBLICO, APONTANDO-LHE AS FALHAS E OS DEFEITOS NA ESFERA MORAL E ADMINISTRATIVA, OUTRA É VISAR INTENCIONALMENTE AO SEU DESPRESTÍGIO, COLOCÁ-LO EM RIDÍCULO, PÔR EM CHEQUE O PRINCÍPIO DA AUTORIDADE OU ARRASTAR O SEU NOME PARA O PANTANAL DA DIFAMAÇÃO, QUE NÃO ATINGE APENAS O INDIVÍDUO ATACADO, MAS TAMBÉM A SUA FAMÍLIA, O SEU LAR E ATÉ OS SEUS AMIGOS” (RT 738/662)
A Suprema Corte dos Estados Unidos da América, no rumoroso episódio NEW YORK TIMES “versus” SULLIVAN, de 1960, quando o Chefe de Polícia de Birmingham, Alabama, acionou o prestigioso jornal por críticas à sua atuação pública no campo dos direitos civis, conforme narração de TORQUATO LORENA JARDIM “in” “Due Process of Law e a Proteção das Liberdades Individuais” na RDP nº 64, pág. 109, assentou:“há profundo compromisso nacional para com o princípio de que debates de interesse público devem ser desinibidos, vigorosos e abertos, e que pode incluir ataques verbentes, cáusticos e por vezes desagradáveis contra o Governo e Servidores Públicos”.Assim, não vinga a tese da resposta – em nenhum momento, e de equivocação evidente; pode o R. fazer o humor que quiser, contanto que não atinja, como realizou, a honra alheia, e de forma tão rasteira como realizado. Caberia a invocação ainda de SHAKESPEARE, quando no seu clássico o MERCADOR DE VENEZA proporciona o conhecimento do ideal “schilokiano” de vida, máxima moral que deve ser usada por qualquer “civis” e também para quaisquer atividades – e de que se deslumbrou o Reqdo.: extraia o homem a Libra de carne que lhe é devida por direito de nascimento, mas sem derramar nenhuma gota de sangue alheio, ou lágrima do seu irmão. E aqui, deveramente, a posição do Reqdo. Não alça foros de acatamento – e a solução da perlenga vem com GUILHERMO A. BORDA : “o juiz deve apreciar o caso como um homem honrado e prudente” (Apaud SERPA LOPES, Curso de Direito Civil, Tomo 1, pág.422).
E nem se diga que deve o magistrado quedar-se inerte, a observar os fatos à distância, senão imiscuir-se em questões que digam respeito aos elevados valores com que se litiga no processo, e com repercussões maiores e longe deste feito : bem por isso o incomparável RUY BARBOSA já dizia, na celebérrima ORAÇÃO AOS MOÇOS quando inicia o aconselhamento aos Advogados:“Onde for apurável um grão, que seja, de verdadeiro direito, não regatear ao atribulado o consolo do amparo judicial”
Bem por isso o cultíssimo Des. JOSÉ RENATO NALINI, agora alçado à E. Corregedoria-Geral de Justiça, em interessante artigo publicado em jornal, proclamou:FAZER JUSTIÇA E PROCURAR O RESGATE DA HARMONIA FRATURADA PELA VULNERAÇÃO DA NORMA.
Ora, disso decorre que o gesto do R. efetivamente lesionou a honra da parte A. – e ainda que a contestação falou à fls. 86 que “o comediante pode dizer coisas que uma pessoa normal não pode ou não quer dizer” – não se pode aceitar a posição da ilustre assertora – havida a manifestação apenas como prova de seu apego ao sacrossanto direito de defesa, que é exata exegese dos autos.
DA SOLUÇÃO FINAL
Quer parecer, pois, ao modesto julgador, que a ação merece integral acatamento; não houve aqui aquele simples arrufo, ou rápida perlonga entre pessoas, alguma crítica aceitável, ou o humor sadio, embora mais ácida, senão aguerrida e insustentável ofensa. A atitude da parte Ré deveras atingiu a honra da parte Autora, com a incrível baixeza perpetrada, conforme frase exposta na inicial.
Preleciona CAIO MARIO DA SILVA PEREIRA na sua festejada “Responsabilidade civil”, pág. 39, Forense, 1993, que “Diz-se atual o dano que já existiu no momento da ação de responsabilidade, certo, isto é, fundado sobre um fato preciso, e não sobre hipótese”.
E, a seguir, concluiu: “O outro requisito do dano é que seja certo. Não se compadece com o pedido de reparação um prejuízo meramente eventual. No momento em que se tenha um prejuízo conhecido, ele fundamenta a ação de perdas e danos, ainda que seja de conseqüências futuras, dizem os Mazeaud. A jurisprudência rejeita a ação de responsabilidade se o dano de que se queixa é eventual”.
Ora, da lição vê-se que impende que o prejuízo, além de ser existente, deva ser atual – exatamente como neste caso, onde não foi um simples azedume, instantâneo, a tisnar as normais regras de boa educação e comportamento, senão a grave ofensa que infelizmente perdurará por longo tempo ainda – mesmo porque o dano mora, muita vez, é irreparável. E conforme a Apl. Civ. N 173.181-1 de Mogi das Cruzes em precedente da lavra do Tribunal paulista:“ No plano moral não basta o fator em si do acontecimento, mas, sim, a prova de sua repercussão, prejudicialmente mora”.Ver, pois, que o prejuízo moral da A., pois, como se lobriga, é evidente. A rasteira ofensa produziu nefastos efeitos.
O Código Civil Português, a monumental obra promulgada pela Revolução dos Cravos, revela no Art. 196º (Danos Não Patrimoniais) que : 1. Na fixação da indenização deve atender-se aos danos não patrimoniais, que, pela sua gravidade, mereçam a tutela do Direito.
O Professor JOSÉ OSÓRIO DE AZEVEDO JÚNIOR, que honrou a Centenária Casa de Suplicação paulista, ensina em artigo publicado na Revista do Advogado nº 49, de setembro/96, editada pela Associação dos Advogados de S. Paulo, que “convém lembrar que não é qualquer dano moral que é indenizável. Os aborrecimentos, percalços, pequenas ofensas, não geram o dever de indenizar. O nobre instituto não tem por objetivo amparar susceptibilidades exageradas e prestigiar os chatos...
”E conclui o mestre: “Por outras palavras, somente o dano moral razoavelmente grave deve ser indenizado”.Alfim, à luz dessa razoabilidade, nem sobrepaira dúvida de que os danos oriundos do comportamento do R. não são de molde a repelir a pretensão – senão de acatá-la.DA FIXAÇÃO DA INDENIZAÇÃOAssentada a responsabilidade do R., havida por procedente a pretensão, o arbitramento da indenização em casos tais não mais está balizado pela Lei de Imprensa, AB ROGADA, senão pelo Art. 159 do Código Civil de 1916, e seu correspondente na novel Lei civil; a Constituição da República adota o princípio de que a indenização, além de seu caráter punitivo, deve guardar ainda o caráter compensatório, ausentes da ílimites de fixação já que o Art. 52 da Lei de Imprensa alide a ato culposo; bem por isso que DARCY ARRUDA MIRANDA ensina que “agindo com dolo não limites à responsabilidade” (Comentários à Lei de Imprensa, pág. 684).
Essa a atual orientação da jurisprudência; ver RT 533/71 – 659/143 – RJTJSP 96/345 e 209/87, notando-se que neste último precedente o Rel. SAID CAHALI invocou o Art. 1.553 de Código Civil, fixando a indenização por estimação prudencial.DO “QUANTUM” Quanto ao critério para a fixação dessa verba, a do DANO MORAL, ensina ainda a Corte Centenária paulista:“Considerando-se as dificuldades da positivação, traços, contornos, deve-se levar em conta a regra do Art. 84 do Código Brasileiro de Telecomunicações, considerando-se ainda o Art. 52 da Lei de Imprensa, sendo também matéria de ponderação os dispositivos dos Arts. 4º e 5º da Lei de Introdução ao Código Civil” (RJTJSP, Lex, 162/68, j. aos 21.06.94).
E, nesta hipótese, o Código de Telecomunicações (Lei 4.117/62), manda que a reparação se situe de 05 a 100 salários-mínimos; já a Lei de Imprensa (Lei nº 5.250/67), permitia o arbitramento do dano moral até 200 salários mínimos. Alfim, por equidade, hei por fixar verba a ser paga, a título de dano moral, pelo Réu, no importe de DEZ SALÁRIOS MÍNIMOS para cada dos Autores, valor esse que, a meu prudente arbítrio, repara suficientemente o dano moral sofrido pela parte A. com oinjusto gesto do Requerido. Esse ainda o patamar seguido pela jurisprudência (RT 706/67 e 747/269), sendo essa fixação bastante a que se atenda ao binômio reparação x dissuasão.
dispositivo
Com estas considerações que sei por bastantes e suficientes, atento ao mais dos autos, JULGO PROCEDENTE a ação para CONDENAR o Requerido a pagar aos Autores a importância suso fixada, a título de reparação pelo dano moral sofrido, com juros da data do fato e correção monetária a contar desta data, até o efetivo pagamento, pagando ainda as custas e a honorária de 15% sobre o débito final.
S. Paulo, 12 de janeiro de 2012.
Luiz Beethoven Giffoni Ferreira
Juiz de Direito
Coisa Julgada; Formal e Material; limites da Coisa Julgada; Costituição e Coisa julgada 
Inserir o discente no instituto processual da coisa julgada.
Introdução
Coisa julgada é o instituto processual que não admite que se altere a sentença, por estar a mesma transitado em julgado.
A coisa julgada esta inserta na Constituição Federal, bem como no Código de Processo Civil.
No Código de Processo Civil a coisa julgada vem inserta nos artigos 502 até o 508.
 Espécies de coisa julgada
Ela se divide em coisa julgada formal e coisa julgada material. Aquela compreende a coisa julgada do processo, esta é a coisa julgada do direito material, ou seja, do mérito e, hoje, dos incidentes do processo. Neste sentido temos duas espécies de coisa julgada, a saber: coisa julgada material
A coisa julgada material ocorrerá nas hipóteses de sentença de mérito, ou seja, aquelas em que o direito material tenha sido decidido. coisa julgada formal
A coisa julgada formal ocorrerá nas hipóteses de sentença terminativa, ou seja, aquelas em que o mérito não tenha sido analisado.
Coisa julgada constitucional
A coisa julgada é um instituto de extrema importância, tanto que, como já dissemos, vem inserta na Contistutição Federal em seu artigo 5º, XXXVI, que trata dos direitos e garnatias fundamentais dos cidadãos.
Assim no dispositivo constitucional se prevê, expressamente, a imutabilidade da coisa julgada, asseverando não ser possível se alterar o "direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada."
É certo porém que haverá situação em que se busca a coisa julgada de forma fraudulenta, sendo então a mesma considerada inconstitucional, por exemplo. como ocorre nas causas trabalhistas, quando o empregador determina que o empregado ajuize a reclamatória, valendo-se o mesmo de um advogado que ele mesmo pagará, buscando claramente, os efeitos da coisa julgada.
Nessas hipóteses tentaremos relativizar a coisa julgada para que se possa obter o direito mais justo.
 A coisa julgada material só ocorre nas sentenças de mérito, isto é, naquelas em que opedidoé solucionado no plano do direito material (sentença definitiva). Não ocorre, pois, em face de decisões interlocutórias ou de sentenças terminativas.A coisa julgada formal ocorre internamente no processo, encerrando a discussão dentro da relação processual extinta. A coisa julgada material projeta sua força além do processo em que a sentença foi dada, impedindo discutir-se a matéria já julgada, também em outros processos.(Theodoro:2014) Código de Processo Civil Anotado
Humberto Theodoro
Coisa julgada
Tutela Provisória. Tutela de evidência
Inserir o discente no universo das tutelas provisórias de urgência e de evidência.
Introdução
Uma das grandes modificações,inseridas no ordenamento processual, pelo no Código de Processo Civil foi exatamente a criação das tutelas provisórias, que se subdividem em tutelas de urgência e tutelas de evidência.
As tutelas de urgências são, por sua vez divididas em tutela antecipada e tutela cautelar.
O Código de Processo Civil trata do tema a partir do artigo 300 até o 311.
 Tutelas de Urgência
As tutelas de urgência possuem em comum a emergencialidade do requerido pela parte, ficanda atrelada a idéia do fumus boni iuris e do periculum in mora.
 Tutelas de evidência
As tutelas de evidências foram inseridas no Código de Processo Civil de 2015, visando conceder uma tutela provisória nas hipóteses que se poder requer a tutela de evidência desde que em hipóteses determinada, como se vê no artigo 311 do CPC.
 Síntese
 
Tutela de urgência. Tutela Antecipada
Inserir o discente no universo da tutela provisória, especialmente tutela antecipada.
Introdução
A tutela antecipada é uma da tutelas provisória de urgência, prevista nos artigos 303 e 304 do CPC.
A tutela antecipada visa garantir a efetividade do provimento jurisdicional pretendido, assim nela antecipamos os efeitos da decisão pretendida.
 Procedimento
Para requer a tutela antecipada, a petição inicial  pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
Concedida a liminar o autor deverá aditar a petição inicial, sob pena de indeferimento, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar.
Note-se que essa é uma inovação ao procedimento da tutela antencipada.
A citação será nos termos do disposto no artigo 334 do CPC, ou seja, para audiência de conciliação ou mediação.
Em não havendo a composição o réu contestará a demanda nos termos do disposto no artigo 335 do CPC.
 Estabilização
Uma outra importante alteração do Código de Processo Civil diz respeito a possiblidade de termos a tutela antecipada em caráter satisfativo.
Nessa hipótese, se concedida a liminar, a outra parte não se rebelar, a tutela antecipada antecedente se estabilizará.
A estabilização da tutela antecipada antecedente não impugnada por recurso, manteve a lógica tradicional do processo, bem como da ausência de produção de coisa julgada pois a decisão se deu sem cognição exauriente.
 
Síntese
 “Se destina a permitir a imediata realização prática do direito alegado pelo demandante, revelando-se adequada em caso nos quais se afigure presente uma situação de perigo iminente para o próprio direito substancial (perigo da morosidade)”. 
Tutela de urgência. Tutela Cautelar
Inserir o discente na tutela provisória, notadamente, tutela de urgência cautelar.
Introdução
A tutela provisória de urgência pode ser de natureza cautelar, quando o que se busca é assegurar um direito que será posteriormente pleiteado.
A tutela cautelar está prevista nos artigos 305 até 310 do CPC.
 Procedimento
A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Sendo concedida a medida liminar, o autor deverá aditar a petição inicial, com isenção de custas, no prazo de 30 dias, contados da efetivação da medida liminar, quando a cautelar for concedida em caráter preparatório.
Há a possibilidade do juiz operar a fungibilidade na hipótese dele entender que  a medida correta fosse a tutela antecipada.
A citação do réu será para a audiência de conciliação ou mediação, sendo que, na hipótese de não haver acordo, o réu contestará nos termos do artigo 335 do CPC.
 Síntese
Poder geral de cautela
O Código de Processo Civil em seu artigo 297, estabeleceu o poder geral de cautela, assim o juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
Desta forma, ao conceder um liminar o juiz poderá, por exemplo, estabelecer multa, mesmo que não pedida pela parte.
CPC 
DO PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE
Art. 305.  A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.Parágrafo único.  Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
Art. 306.  O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.
Art. 307.  Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único.  Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum.
Art. 308.  Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
§ 1o O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.
§ 2o A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.
§ 3o Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu.
§ 4o Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
Art. 309.  Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.
Parágrafo único.  Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.
Teoria Geral dos Procedimentos Especiais
Inserir o discente no procedimento especial.
Introdução
Os procedimentos, ou seja, os atos previstos na lei que determinam a formação do processo, pode ser visto como procedimento comum ou especial.
O procedimento comum é a maioria das demandas; já os procedimentos especiais, possuem peculiaridades que fazem com que ele tenha atos constritivos e liminares, além da fase instrutória.
Os procedimentos especiais são de natureza contenciosa, quando temos o conflito e a lide; ou de voluntária, quando não temos conflito, mas apenas um pretensão resistida.
 Caracteristicas dos procedimentos especiais.
As caracteristicas dos procedimentos especiais são apresentadas pelo professor Antonio Carlos Marcato, podendo ser sintetizada da forma a seguir:
alteração de prazos (especialmente para apresentação de defesa);
alteração das regras relativas à legitimação e à iniciativa da parte, com alguns procedimentos especiais que podem ser instaurados de ofício pelo magistrado, importando na mitigação do princípio da inércia da jurisdição;
existência de ações dúplices;
fixação de regras especiais relativas à citação e suas finalidades;
fixação de regras gerais de competência - Em alguns procedimentos especiais, a regra geral de competência do CPC não é seguida. Exemplo: nas consignatórias no lugar do pagamento;
fixação de regras especiais relativas à citação e suas finalidades;
existência de providências de natureza cognitiva, executiva e cautelar (aqui, em sentido amplo) no mesmo processo;
concessão de medida liminar (sem a oitiva da parte contrária);
limitações e condicionamento ao direito de defesa - as matérias que podem ser arguidas pelo réu, em alguns procedimentos especiais, serão limitadas;
utilização da equidade ao inves da lei.
 Rol dos procedimentos especiais
O procedimento especial pode ser de jurisdição contenciosa e voluntária.
No rol dos procedimentos de jurisdição contenciosa temos:
Ação  de  Consignação  em  Pagamento 
Ação  de  Exigir  Contas 
Ações  Possessórias
Ação  de  Divisão  e  da  Demarcação  de Terras  Par ticulares
 Ação  de  Dissolução  Parcial  de  Sociedade 
Inventário  e  da  Partilha  
Arrolamento 
Embargos  de  Terceiro 
Oposição 
Habilitação 
Ações  de  Família  - 
Da  Ação  Monitória 
Da  Homologação  do  Penhor  Legal 
Da  Regulação  de  Avaria  Grossa 
Da  Restauração  de  Autos 
No rol dos procedimentos de jurisdição voluntária, temos:
Notificação e da Interpelação
Alienação Judicial
Divórcio e da Separação Consensuais, da Extinção Consensual
União Estável e da Alteração do Regime de Bens do Matrimônio
Testamentos e dos Codicilos
Herança Jacente
Bens dos Ausentes
Coisas Vagas .
Interdição .
 Disposições Comuns à Tutela e à Curatela.
Da Organização e da Fiscalização das Fundações
Da Ratificação dos Protestos Marítimos e dos Processos Testemunháveis Formados a Bordo
 
“O conflito de interesses a ser dirimido apresenta particularidades que escapam ao alcance de um tratamento processual comum, daí porque os procedimentos especiais se ajustam às peculiaridades das exigências das relações jurídicas neles deduzidas, tornando mais aparente e efetiva a relação existente entre direito e processo”.
Antonio Carlos Marcato
Características dos procedimentos especiais contenciosos e voluntários
Procedimento de Consignação em Pagamento
Inserir o discente no universo dos procedimentos especiais, especificamente, ação de consignação em pagamento.
Introdução
A ação de consignação em pagamento é, segundo Pontes de Miranda, uma ação declarativa especial. Nela se busca a judicialização da obrigação, ou porque houve recusa no recebimento ou quando o devedor não sabe a quem pagar.
O Código de Processo Civil trata da matéria do artigo 539 até o artigo 549, estabelecendo não só o cabimento, mas também as regras do procedimento.
 
Legitimidade
Na açao consignatória os legitimados são os mesmos que tem o dever de efetuar o pagamento, ou seja, o devedor ou terceiro.
 
Via administrativa
Na hipótese da obrigação ser em dinheiro, o devedor pode consginar o pagamento em uma Agência Bancária, que receberá o depósito e, por carta, informará o credor, dando-lhe o prazo de 10 dias para manifestação.
Ao final do prazo caso não haja recusa expressa o crédito estará cumprido.
Na hipótese de recusa por parte do credor, o devedor no ajuizamento da ação, poderá, se valer da quantia depositada, se a ação for ajuizada no prazo de 30 dias.
Não havendo o ajuizamento da ação, o valor ficará liberado para levantamento pelo devedor.
 
Procedimento da ação de consignação em pagamento
A petição inicial da ação de consignação em pagamento deverá ter o pedido de depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, isso se o mesmo já não foi feito no procedimento administrativo.
Deverá também a inicial, conter o pedido para o réu levantar o depósito, ou então responder aos termos da inicial.
Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito.
Citado o réu o mesmo poderá contestar a ação, fincando a mesma condicionada a alegar que não houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisa devida; foi justa a recusa; o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; o depósito não é integral. Caso o réu não apresente contestação, se dará a revelia e seus efeitos, declarando-se extinta a obrigação, com acrescimento da verba honorária.
Caso o réu conteste o valor depositado, se concedera o prazo de 10 dias para que o réu complemente o pagamento.
Na hipótese da consignação ocorrer porque há duvida quanto ao credor, caso ninguem apareça o depósito se tornará arrecadação de bens de ausentes; se aparecer apenas um, o juiz decidiráde plano, havendo mais de um, o juiz extinguirá a obrigação quanto ao devedor e a ação continuará apenas para os credores.
 
Competência
A competência da ação de consignação em pagamento levará em conta o local aonde a obrigação deveria ser cumprida.
Assim se a obrigação for quesível o foro competente será o do domicilio do autor (devedor); se for portable o foro será o do domicilio do réu (credor).
Se, todavia, a consignatória se fundar em contrato, deverá se respeitar o foro de eleição.
 
Consignatória
CPC 
DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Art. 539.  Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§ 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa.
§ 2o Decorrido o prazo do § 1o, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada.
§ 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa.
§ 4o Não proposta a ação no prazo do § 3o, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante.
Art. 540.  Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.
Art. 541.  Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento.
Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá:
I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3o;
II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação.
Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução do mérito.
Art. 543.  Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito.
Art. 544.  Na contestação, o réu poderá alegar que:
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida;
II - foi justa a recusa;
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento;
IV - o depósito não é integral.
Parágrafo único.  No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o montante que entende devido.
Art. 545.  Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato.
§ 1o No caso do caput, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a consequente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida.
§ 2o A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária.
Art. 546.  Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios.
Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der quitação.
Art. 547.  Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito.
Art. 548.  No caso do art. 547:
I - não comparecendo pretendente algum, converter-se-á o depósito em arrecadação de coisas vagas;
II - comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano;
III - comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, observado o procedimento comum.
Art. 549.  Aplica-se o procedimento estabelecido neste Capítulo, no que couber, ao resgate do aforamento.
 
Procedimento de exigir contas
Inserir o discente no institutos do procedimento especial, especialmente ação de exigir contas.
Introdução
A ação de exigir contar foi modificada no Código de Processo Civil, estando inserta nos artigos 550 até o 553.
Essa ação será cabível sempre que se houver necessidade de se apurar os gastos daquele que administra economia de terceiro.
 
Legitimados
O legitimado ativo é aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas, sendo o legitimado passivo, aquele que adminstra o direito alheio.
 
Procedimento
Na petição inicial, o autor especificará, detalhadamente, as razões pelas quais exige as contas, instruindo-a com documentos comprobatórios dessa necessidade, se existirem.
O réu citado para apresentar as contas ou contestar.
Se contestar, o juiz decidira, que poderá ser determiando a apresentação das contas, no prazo de 15 dias, sob pena de não poder o réu se manifestar sob as contas do autor.
Se o réu citado, apresentar as contar, o autor poderá impugná-la no prazo de 15 dias.
Vejamos que esse procedimento apresenta caracteristicas próprias, pois teremos decisão do juiz em duas situações especificas.
Para melhor compreensão nos valemos dos fluxogramas.
 
Fluxogramas
CPC 
Art. 550.  Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a citação do réu para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 1o Na petição inicial, o autor especificará, detalhadamente, as razões pelas quais exige as contas, instruindo-a com documentos comprobatórios dessa necessidade, se existirem.
§ 2o Prestadas as contas, o autor terá 15 (quinze) dias para se manifestar, prosseguindo-se o processo na forma do Capítulo X do Título I deste Livro.
§ 3o A impugnação das contas apresentadas pelo réu deverá ser fundamentada e específica, com referência expressa ao lançamento questionado.
§ 4o Se o réu não contestar o pedido, observar-se-á o disposto no art. 355.
§ 5o A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar.
§ 6o Se o réu apresentar as contas no prazo previsto no § 5o, seguir-se-á o procedimento do § 2o, caso contrário, o autor apresentá-las-á no prazo de 15 (quinze) dias, podendo o juiz determinar a realização de exame pericial, se necessário.
Art. 551. As contas do réu serão apresentadas na forma adequada, especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e os investimentos, se houver.
§ 1o Havendo impugnação específica e fundamentada pelo autor, o juiz estabelecerá prazo razoável para que o réu apresente os documentos justificativos dos lançamentos individualmente impugnados.
§ 2o As contas do autor, para os fins do art. 550, § 5o, serão apresentadas na forma adequada, já instruídas com os documentos justificativos, especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e os investimentos, se houver, bem como o respectivo saldo.
Art. 552.  A sentença apurará o saldo e constituirá título executivo judicial.
Art. 553.  As contas do inventariante, do tutor, do curador, do depositário e de qualquer outro administrador serão prestadas em apenso aos autos do processo em que tiver sido nomeado.
Parágrafo único.  Se qualquer dos referidos no caput for condenado a pagar o saldo e não o fizer no prazo legal, o juiz poderá destituí-lo, sequestraros bens sob sua guarda, glosar o prêmio ou a gratificação a que teria direito e determinar as medidas executivas necessárias à recomposição do prejuízo.
Procedência da ação, contas em 15 dias.
Procedimento das possessórias (Manutenção, Reitegração e Interdito Proibitório)
Inserir o discente no universo dos procedimentos especiais, especialmente nas ações possessórias.
Introdução
Nesta aula estudaremos os procedimentos relativos as ações possessórias, estabelecendo o regramento para as questões referentes a posse, considerando as ameaças, as turbações e os esbulhos.
O Código Civil trata da matéria nos artigo 1196 até o 1203, lá temos a definição da posse como sendo possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
As ações advindas da ameaça, da turbação e do esbulho, estão no Código de Processo Civil, dos artigos 554 até o artigo 566.
 
Possessória
O Código de Processo Civil estabeleceu regras gerais para as ações possessórias, inclusive admitindo a fungibilidade entre as ações possessória, conforme disposto nos artigos 554 até o 559 do CPC..
Afora a possibilidade da fungibilidade, as ações possessórias tem caráter dúplice e admitem no procedimento a concessão de liminar, sempre que a posse ser denominada de posse nova.
Sendo certo que, nas hipóteses de posse velha o procedimento a ser obedecido será o procedimento comum.
 
Competência
A ação possessória terá como foro competente o da situação do imóvel, nos termos do disposto no art. 47 do Código de Processo Civil.
 
Legitimidade
Quanto às partes legitimadas para a interposição da ação a legitimidade ativa é do possuidor e a legitimidade passiva é daquele que praticou o esbulho, a turbação e a ameaça.
Na hipótese em que figure no polo passivo, um grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública.
 
Procedimento
Reintegração e Manutenção de Posse
Ao ajuizar a demanda o autor deverá provar a sua posse, a turbação ou o esbulho e ainda na hipótese de reintegração, provara a perda da posse; na hipótese de manutenção, a posse ainda que turbada.
Ao receber a petição inicial o juiz deferirá a liminar, inaudita altera parte. Todavia poderá determinar a realização de audiência de justificativa, citando-se, nesta hipótese o réu para comparecer a audiência.
Na hipótese de audiência o juiz verificará se é o caso de concessão de liminar, hipótese em que a deferirá.
Citado o réu, é licito, na contestação, alegar que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor.
Na hipótese de audiência de justificativa, o prazo para contestar começará a partir da intimação do despacho de concessão ou não.
Concedido ou não o mandado liminar de manutenção ou de reintegração, o autor promoverá, nos 5 (cinco) dias subsequentes, a citação do réu para, querendo, contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias. Todavia nas hipóteses em que se determinar a realização de audiência de justificação prévia, o prazo para contestar será contado da intimação da decisão que deferir ou não a medida liminar.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que conforme o disposto no artigo 565 do CPC, na hipótese do litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, sendo que se determinará a intimação do Ministério Público para comparecer à audiência, e a Defensoria Pública será intimada sempre que houver parte beneficiária de gratuidade da justiça.Os órgãos responsáveis pela política agrária e pela política urbana da União, de Estado ou do Distrito Federal e de Município onde se situe  a área objeto do litígio poderão ser intimados para a audiência, a fim de se manifestarem sobre seu interesse no processo e sobre a existência de possibilidade de solução para o conflito possessório.
2.3.2. Interdito Proibitório
O procedimento do interdito será o mesmo que das ações de reintegração ou de manutenção de posse.
A ação de interdito proibitório é cabível sempre que o possuidor direito ou indireto, que, face ao receio de ser molestado em sua posse, solicitar medida que impeça a turbação ou mesmo o esbulho.
Código Civil 
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário.
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.
Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente.
Art. 1.203. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida.
CPC 
Art. 554.  A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados.
§ 1o No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública.
§ 2o Para fim da citação pessoal prevista no § 1o, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem encontrados.
§ 3o O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 1o e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios.
Art. 555.  É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:
I - condenação em perdas e danos;
II - indenização dos frutos.
Parágrafo único.  Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e adequada para:
I - evitar nova turbação ou esbulho;
II - cumprir-se a tutela provisória ou final.
Art. 556.  É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor.
Art. 557.  Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira pessoa.
Parágrafo único.  Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa.
Art. 558.  Regem o procedimento de manutenção e de reintegração

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