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NPJ II - TRABALHISTA - SEÇÃO 4 - JULIANA

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 12ª VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS
PROCESSO Nº: 0002030-10.2018.503.0012
	METCON METALURGIA LTDA., devidamente qualificada nos autos, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seus advogados devidamente identificados na presente Reclamação trabalhista proposta por JULIANA PEREIRA, e inconformado com R. Sentença de fls.(), apresentar tempestivamente
RECURSO DE ORDINÁRIO
	Nos termos do art. 895, “a” da CLT, nos moldes do art. 900 da CLT, pela fundamentação e razões anexas, requerendo que Vossa Excelência se digne em determinar sua remessa ao Egrégio Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
	Requer a concessão da substituição do recolhimento das custas recursais pela fiança bancária ou seguro de garantia judicial, como disposto no art. 899, § 11 da CLT.
“Art. 899 – Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.
§ 11. O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial.”
Nestes termos pede deferimento.
Belo Horizonte, 04 de Abril de 2019.
Advogado / OAB/MG
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
ORIGEM: 12ª VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS
PROCESSO Nº: 0002030-10.2018.503.0012
RECORRENTE: METCON METALURGIA LTDA.
RECORRIDO: JULIANA PEREIRA
EGRÉGIO TRIBUNAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO
COLENDA TURMA
NOBRES JULGADORES
DOS FATOS
	Foi proposta por JULIANA PEREIRA a presente Reclamação Trabalhista em face de METCON METALURGIA LTDA., onde a mesma pleiteia o pagamento da diferença intrajornada não gozada, adicional de insalubridade e periculosidade e equiparação salarial. A R. Sentença concedeu parcialmente os pedidos pleiteados, sendo assim desfavorável à parte recorrente, motivo pelo qual, se sentindo prejudicado, requer seja a R. Sentença reformada sanando assim os equívocos cometidos.
DO CABIMENTO DE RECURSO ORDINÁRIO
	Uma vez se tratando de sentença deferida pela Vara de Trabalho, encerrando assim as atividades jurisdicionais do Douto Juízo em primeira instância, cabe, nos termos do art. 895, “a” da CLT, Recurso Ordinário. Ainda, não possuindo recursos de arcar com as custas do presente recurso, far-se-á necessário a substituição da mesma por fiança bancária ou seguro de garantia judicial assim como trará o art. 899, § 11 da CLT. 
	Diante do exposto, observa-se que se faz presente os pressupostos de admissibilidade para o devido processamento do presente recurso.
DOS MOTIVOS DA REFORMA DA R. SENTENÇA
DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
	A sentença julgou procedente o pedido de pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo (40%) durante todo o pacto laboral, calculado sobre o salário mínimo e com reflexos em aviso prévio, férias (+1/3), décimo terceiro salário e FGTS (+40%) fundamentando-se no laudo pericial que concluiu pelo labor em contato regular da reclamante com o lixo durante a limpeza dos banheiros, vestiários e salas, sendo considerados esses locais de grande circulação, sendo assim nos termos da Súmula n. 448, do TST.
	Portanto, não há previsão legal acerca do enquadramento das atividades da reclamante como sendo insalubre. O anexo nº 14 da NR-15 (Portaria nº 3.214/1978 do TEM), que regula a matéria, exige o exercício das atividades de “coleta e industrialização”, o que não cabendo assim à atividade realizada pela reclamante.
	Outrossim, tal súmula dispõe que o sanitário onde é realizada a limpeza deve ser público e de grande circulação, o que não se observa na atividade discutida na lide, uma vez que como relatado na exordial, o banheiro em que a reclamante exercia sua função é de uso restritos aos funcionários da empresa, cerca de 30 funcionários, não sendo sequer aberto ao público. Como preleciona a Jurisprudência:
	
“ACÓRDÃO
EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIMPEZA DE BANHEIRO DE USO PÚBLICO OU COLETIVO DE GRANDE CIRCULAÇÃO. SÚMU LA 448. PROVIMENTO. 
1. Merece reforma o v. acórdão de Turma deste Tribunal que, com base na aplicação equivocada à espécie da Súmula nº 448, II, afasta o direito da reclamante ao adicional de insalubridade. Isso porque, não obstante tenha sido consignado no v. acórdão regional transcrito pela turma o fato de a reclamante ter laborado na limpeza diária de 21 (vinte e um) apartamentos de estabelecimento hoteleiro e respectivos sanitários - o que pode ser considerado de uso coletivo de grande circulação - entendeu a egrégia Turma ser indevido o referido adicional. 
2. Reputa- se, portanto, aplicável ao caso, jurisprudência desta Corte Superior firmada sobre a matéria consubstanciada na Súmula nº 448, II, item II, que, em situação como a dos autos, reconhece o direito à percepção do adicional de insalubridade, sob o entendimento de que a higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo. Precedentes.” 
	
DOS HONORÁRIOS PERICIAIS
	A recorrente também foi condenada ao pagamento dos honorários periciais no importe de R$ 1.000,00 (mil reais). Portanto uma vez sendo reformada a sentença no que diz respeito ao pagamento de adicional de insalubridade equivocadamente concedido será também afastado qualquer sucumbência no que diz respeito ao referido honorário. 
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
	A recorrente foi condenada ainda ao pagamento de honorários advocatícios no importe de 5% do valor da condenação apurado em sede de liquidação de sentença. Devido à inconstitucionalidade do art. 791-A, da CLT, o dispositivo apontado apresenta inconstitucionalidade material, por impor restrições inconstitucionais à garantia de gratuidade judiciária aos que comprovem insuficiência de recursos, na Justiça do Trabalho, em violação aos arts. 1º III e IV; 3º I e III, 25º caput, XXXV e LXXIV e §2º; 3º, 7º a 9º da CF.
	Ocorre que o art. 791-A, §4º da CLT condiciona a própria suspensão de exigibilidade dos honorários advocatícios de sucumbência a inexistência de crédito trabalhista capaz de suportar a despesa. Contraditoriamente mais restritiva à concessão de gratuidade judiciária do que a norma processual civil, dispõe a norma reformista que a obrigação de custear honorários advocatícios de sucumbência ficará sob condição suspensiva de exigibilidade, “desde que (o beneficiário de justiça gratuita) não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa”. A norma desconsidera a condição econômica que determinou concessão da justiça gratuita e subtrai do beneficiário, para pagar despesas processuais, recursos econômicos indispensáveis à sua subsistência e à de sua família, em violação à garantia fundamental d gratuidade judiciária, art. 5º, LXXIV da CF.
DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto e fundamentações apresentadas, requer o conhecimento e provimento do presente Recurso Ordinário, com o acolhimento dos pedidos e com a consequente reforma da decisão.
Termos em que, pede deferimento.
Belo Horizonte, 04 de abril de 2019.
Advogado/ OAB/MG

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