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TCC-Educação_Física - EDUCAÇÃO FÍSICA E O TRABALHO DE INCLUSÃO COM ALUNOS PORTADORES DE TRANSTORNO

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ALUNO 2
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
educação física 
e 
O TRABALHO DE INCLUSÃO COM ALUNOS 
PORTADORES DE 
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE
PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Cachoeiro de Itapemirim
2019
ALUNO 2
educação física 
e 
O TRABALHO DE INCLUSÃO COM ALUNOS 
PORTADORES DE 
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE
PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Projeto
 
de Ensino 
apresentado à Unopar, como requisito parcial 
à conclusão
 do Curso d
e
 
Educação Física
.
. 
Cachoeiro de Itapemirim
2019
MARVILA, Juliano Teixeira. Educação Física e o trabalho de inclusão com alunos portadores de Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade. 2019. 12p. Projeto de Ensino (Graduação em Educação Física) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Cachoeiro de Itapemirim-ES, 2019.
RESUMO
O projeto de ensino tem como tema o trabalho dentro da disciplina de Educação Física como contribuição para a inclusão de alunos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Durante o desenvolvimento do projeto, a pretensão é mostrar o quão preciso é que todas as características do aluno portador de TDAH sejam respeitadas e trabalhadas de forma correta. A cada melhora e desenvolvimento do aluno, o professor deve sempre elogiar seus progressos, fazendo com que ele motive-se para novas etapas. Todavia, para saber atuar com portadores de TDAH, os professores devem preparar-se por meio de cursos, especializações e treinamentos que explorem a formação voltada para o trabalho com TDAH.
Palavras-chave: Educação Física. TDAH. Inclusão.
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
1.1	TEMA DO PROJETO	4
1.2	JUSTIFICATIVA	4
1.3	SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA	5
1.4	PROBLEMATIZAÇÃO	5
1.5	OBJETIVOS	5
2	REVISÃO DE LITERATURA	6
3	DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)	9
4	TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO - CRONOGRAMA	10
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS	11
6	REFERÊNCIAS	12
INTRODUÇÃO
No cenário atual, o tema hiperatividade tem ganhado forças nos debates educacionais. A hiperatividade, no meio científico e teórico, é conhecida como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade). Uma parcela de 3 a 5% de crianças que estão em idade escolar possui esse transtorno que ainda é pouco conhecido pela maioria dos profissionais de educação pela falta de informação sobre o assunto.
Por isso, para informar mais e melhor sobre essa temática é que o trabalho aqui iniciado desenvolveu-se. É preciso que haja publicações cada vez em maior escala que possibilitem o esclarecimento acerca de um tipo de distúrbio que se tornou “modismo” nas escolas. Modismo porque nem sempre criança agitada é sinônimo de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade. Esse equívoco acontece, principalmente, pela desinformação sobre o assunto.
O trabalho com crianças TDAH precisa ser diferenciado, inclusive nas aulas de Educação Física. O professor da disciplina deve observar as especificidades dos alunos com esse transtorno, planejando atividades que possam atender às necessidades específicas deste público-alvo
TEMA DO PROJETO 
Educação Física e Inclusão educacional
JUSTIFICATIVA
Portadores de TDAH, muitas vezes, sabem o que devem fazer, todavia, não conseguem devido a inabilidade da reflexão antes da ação. A identificação desse distúrbio pode ser feito bem cedo, quando a criança possui 6 meses de idade, o que facilita o tratamento. Diagnosticá-lo, porém, não é uma tarefas das mais fáceis, requer uma minuciosa observação de profissionais capacitados para essa atividade.
Na escola, o TDAH pode acarretar problemas de aprendizagem, pois, o portador não consegue controlar seu comportamento e atentar-se para os conteúdos ministrados. Segundo Barreto e Moreira (2011, p. 103):
A atuação dos professores, aliada com a família e médicos, junto aos alunos com TDAH é muito importante para o tratamento do trans-torno; sendo esse trabalho conjunto um forte alicerce para essas crianças. O professor de Educação Física é parte primordial nesse processo, pois tem como “sala de aula” um local diferenciado das demais disciplinas – a quadra, o ginásio ou pátio – que, quando bem utilizado, pode contribuir muito positivamente.
Durante possíveis explicações do professor, o indivíduo quem esse transtorno foca sua atenção em atividades secundárias. Logo, um trabalho dentro da área de Educação Física pode auxiliar o aluno que possui esse tipo de transtorno. Segundo Macedo e Silva (2018, p. 5):
A Educação Física tem um papel fundamental para o tratamento destes alunos.Pensando nas peculiaridades da criança,é de extrema importância o papel do professor no diagnóstico e,principalmente,no tratamento desse aluno,pois cada aluno tem uma realidade e,os mesmos,são diferentes, exigindo do professor diferentes estratégias de ensino, de maneira que,primeiramente,se deve conhecer afundo o problema identificando os pontos fortes, necessidades e comportamentos 
Assim, justifica-se o projeto como forma de mostrar a importância da Educação Física como componente escolar que ajuda na inserção e desenvolvimento de alunos TDAH.
SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA
O trabalho será voltado para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental – Anos Iniciais.
 PROBLEMATIZAÇÃO
Como a Educação Física pode contribuir no trabalho de desenvolvimento e inserção do aluno com TDAH?
 OBJETIVOS
Objetivo geral
Mostrar como é possível trabalhar com alunos TDAH dentro das aulas de Educação Física respeitando suas especificidades.
Objetivos específicos
Entender o que é TDAH;
Apontar as características principais dos alunos com TDAH, as quais o professor de Educação Física precisa conhecer;
Mostrar a importância da Educação Física como disciplina que contribui par ao desenvolvimento do aluno TDAH.
REVISÃO DE LITERATURA
O chamado Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade é um tipo de distúrbio, de base orgânica, que apresenta como características sintomáticas principais a dificuldade em manter-se atento a um determinado foco, falta de controle da impulsividade e excesso de agitação, que é a hiperatividade. É conhecido pelas siglas TDAH, DDA, THDA, TDAHI entre outras tantas.
Guardiola (2005) relata que o TDAH constitui-se de alterações estabelecidas nos sistemas motores, perceptivos, cognitivos, de comportamento, os quais comprometem o aprendizado de pessoas, na maioria das vezes, crianças, que tem potencial intelectual adequado. Todavia, a inquietação provocada pelo distúrbio faz com que a aprendizagem torne-se um processo complexo, já que este exige utilização da memória, atenção e concentração, comportamentos difíceis para os ditos hiperativos.
As causas pesquisadas e apontadas como possíveis para o desenvolvimento do TDAH, segundo Rohde e Benczik (1999, p. 58), são “[...] a hereditariedade, problemas durante a gravidez ou no parto, exposição a determinadas substâncias, problemas familiares.”
Na visão de Topczewski (2002), o Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade não tem uma definição aceita unanimemente. A única concordância entre os estudiosos que há sobre o assunto é que este problema afeta significativamente o comportamento do ser humano.
Para ele, hiperatividade é “[...] um desvio comportamental, caracterizado pela excessiva mudança de atitudes e de atividades, acarretando pouca consistência em cada tarefa a ser realizada.” (TOPCZEWSKI, 2002, p. 33). Logo, esse fator deixa o indivíduo incapaz de ficar quieto por um período de tempo longo, requerido para realização de atividades corriqueiras do cotidiano.
Por isso, os hiperativos são considerados como pessoas inconvenientes, pois, até mesmo, intrometem-se nas mais diversas situações que ocorrem à sua volta, pela falta de controle existente neles.
Smith e Strick (2001) enfatizam que o TDAH é mostrado de forma errônea às pessoas,pois os portadores não possuem problemas de aprendizagem, eles conseguem aprender, todavia, encontram dificuldades em sair-se bem na escola por causa do impacto causado pelos sintomas sobre sua atuação escolar. 
O portador do TDAH apresenta alguns tipos de comportamento que podem levar ao diagnóstico do transtorno, tais como: falta de constância nas atividades que necessitam de envolvimento cognitivo, incompletude de atividades, abandono das atividades desenvolvidas, erros derivados de ausência de cuidados, dificuldade de atentar-se à tarefas e/ou atividades lúdicas, falta de organização com material de escola e de trabalho (adulto), descuido ao manusear objetos, agir antes de pensar, falta de auto controle, cometimento de infrações sem premeditação, impaciência, dificuldade em organizar e expor respostas e pontos de vista de maneira rápida, problemas para aguardar a sua vez. Topczewski (2002) afirma que os sintomas ou características do TDAH se evidenciam não todos ao mesmo tempo, mas de forma isolada ou associada.
As pessoas que apresentam o transtorno em estudo são tidas como incapazes de aprender, por não prestarem atenção a nada. Contudo, elas prestam atenção, sim, mas, o problema, não está concentrado na atenção, mas na incapacidade que elas tem de planejar previamente, focar a atenção de forma seleta e organizar respostas imediatas e rápidas.
Tratar esse transtorno exige uma abordagem ampliada do paciente e a avaliação “[...] deve incluir aspectos físicos, emocionais e sociais uma vez que o TDAH apresenta inúmeros problemas associados em diferentes áreas da vida do paciente.” (SANTOS, 2009, p. 6).
Segundo Carvalho (2003, p. 12): “[...] a escola tem como papel a formação global do homem [...].” Isso significa que a escola deve preparar o aluno para intervir e interagir nas várias áreas com as quais venham a conviver. Esse preceito foi expresso por Rousseau e demonstra uma verdade que precisa ser cumprida pelas escolas e não somente um ideal, uma utopia. O compromisso da escola na formação do sujeito da atualidade é dar a ele uma formação plena para que ele saiba exercer, com responsabilidade e autonomia, sua cidadania, além de ter um preparo para inserir-se no mercado de trabalho sem maiores problemas. Segundo Araújo e Silva (2009, p. 4):
Na idade escolar, crianças com TDAH, apresentam maior probabilidade a repetência, evasão escolar, baixo rendimento acadêmico e dificuldades emocionais e de relacionamento. Supõe-se que os sintomas da TDAH sejam catalisadores, tornando as crianças vulneráveis ao fracasso nos dois processos mais importantes para um bom desenvolvimento: o relacionamento social e a escola.
Por isso, a paciência com esses alunos é um quesito básico e tem que ser colocado em prática pelos educadores que tem em sua sala indivíduos com TDAH, pois eles necessitam de muita atenção. Portadores desse tipo de transtorno, normalmente, possuem pouca auto-estima por não apresentarem bons resultados no processo educativo. Inclusive, o professor que desconhece o TDAH e seus sintomas não entende o portador do transtorno, tomando-o como mal aluno e exemplo negativo da sala de aula. É nesse momento que a parceria entre escola e família ajudará o professor no entendimento do comportamento do aluno, que passará a ser julgado de outro ângulo, por conhecer o problema exposto através dos pais ou responsáveis.
A Educação Física pode contribuir para que haja um melhor desenvolvimento integral do aluno com TDAH. Poeta e Neto (2012, p. 45) mostram resultados interessantes, pois, mostram que:
[...] através da intervenção do professor de Educação Física o aluno apresenta melhoras na motricidade fina, no equilíbrio, esquema corporal e organização temporal, melhorando assim seu desenvolvimento motor, influenciando indiretamente seu desempenho na sala de aula.
Poeta e Neto (2012) demonstram que a estimulação psicomotora em crianças com TDAH é muito significativa e essencial para o desenvolvimento da coordenação motora fina do aluno com TDAH.
DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)
O projeto de ensino teve como metodologia a pesquisa bibliográfica para construção do referencial teórico. É importante que se entenda que a pesquisa é um processo que construirá conhecimentos que auxiliarão na compreensão de um fenômeno, de uma realidade da esfera da vida, conhecimentos que proporcionarão uma leitura da realidade vivenciada (MINAYIO, 2002).
TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO - CRONOGRAMA
	ATIVIDADES
	Meses do ano de 2019
	
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Escolha do tema do projeto de pesquisa
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Pesquisa de bibliografias sobre o tema do projeto
	
	X
	
	
	
	
	
	
	Levantamento das bibliografias
	
	X
	
	
	
	
	
	
	Fichamento das bibliografias 
	
	
	X
	
	
	
	
	
	Organização e escrita do projeto de pesquisa
	
	
	X
	X
	
	
	
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho com o aluno TDAH exige um trabalho intenso do professor, que deve buscar sempre conhecimentos maiores sobre o assunto para melhor desempenhar seu papel junto a esse indivíduo. Durante a convivência com o aluno TDAH, a proximidade deve ser quanto maior possível entre ambos. Alguns pontos são essenciais para que o trabalho dê certo: o estabelecimento de combinados, o trabalho com regras e limites, inclusive, com conseqüências para o não cumprimento do que se estabelecer, avaliação diária e promoção da auto-estima do aluno.
A escola deve proporcionar um ensino de qualidade para todos. Por isso, a instituição educacional tem que assumir o papel crucial como fonte organizadora de processos de ensino e aprendizagem que favorecem e estabeleçam uma aprendizagem máxima e significativa aos portadores de TDAH
Para que o trabalho pedagógico torne-se eficaz, uma das ações que a escola, juntamente com o professor, deve realizar são as adaptações curriculares de pequeno porte. Essas adaptações permitirão e promoverão com maior intensidade a participação e produção de conhecimento do aluno que apresenta TDAH. Elas são de pequeno porte porque são responsabilidade do professor e da escola. A atuação do professor potencializará o desenvolvimento nas áreas cognitiva, emocional, social e psicomotora.
A partir do momento em que o docente conhece a situação do portador de TDAH, ele necessita traçar intervenções que ajudará no sucesso do aluno no processo de ensino e aprendizagem. O material didático também deve adequar-se ao que o aluno precisa. Na escolha deste, leva-se em consideração as habilidades do portador de TDAH. A adoção de estratégias cognitivas que auxiliem e facilitem a auto-correção, melhorando o desempenho nas tarefas é o foco principal para o professor que trabalha com alunos TDAH.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Mônica; SILVA, Sheila Aparecida Pereira dos Santos. Comportamentos indicativos do transtorno de déficit de atenção e 
hiperatividade em crianças: alerta para pais e professores, 2009. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd62/atencao.htm.> Acesso em: 1 mai. 2019.
BARRETO, Maria Auxiliadora Motta; MOREIRA, Sandro Cezar. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e a educação física. Cadernos UNIFOA, Barra Mansa, v.6, n. 3, p. 101-106, abr., 2011.
CARVALHO, Bárbara Vasconcelos. Visão histórica e crítica. 3. ed. São Paulo: Global, 2003
GUARDIOLA, A. Transtorno de atenção: aspectos neurobiológicos. Porto Alegre: Artmed, 2005.
MACEDO, Carlos de Lima; SILVA, Ronaldo Rodrigues da. Educação Física como instrumento de auxílio no tratamento de alunos com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), 2018. Disponível em: <https://repositorio.ucb.br/jspui/bitstream/123456789/9352/1/CarlosdeLimaMac%C3%AAdoTCCGraduacao2012.pdf>. Acesso em 30 abr. 2019.
POETA, L. S.; NETO F.R Intervenção motora em uma criança com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), 2012. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd89/tdah.htm>. Acesso em 30 abr. 2019.
ROHDE, Luís Augusto P.; BENCZIK, Edyleine B.P. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: o que é? Como ajudar? Porto Alegre: Artmed, 1999.
SANTOS, Maria. M. Dificuldade de aprendizagem: Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade no contexto escolar, 2006. Disponível em: <www.isal.com.br/site/script/_artmono/srcdownload. Acesso> Acesso em: 4 mai. 2019.
SMITH, C. e STRICK, L. Dificuldades de Aprendizagem de A a Z: um guia completo para pais e educadores. 1 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.
TOPCZEWSKI, A. Hiperatividade: como lidar? São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.

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