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PROCESSO PENAL 2

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PROCESSO PENAL 2 – AV1 – PROF. MARCO AURÉLIO
PROVAS
Formas de construção da verdade podem ser:
- testemunhas
- documental
- pericial
A verdade vai ser uma escolha, uma opção. Para que nas provas tenham validade, elas terão que ser submetidas a um critério: 
- O testemunho deve ser verdadeiro;
- O documento deve ter autenticidade;
- A perícia deve ser feita por um profissional.
PERSECUÇÃO PENAL: Pode ser extraprocessual (inquérito policial – ocorre na fase de investigação preliminar -> não são provas, são elementos de informação) ou a processual (ocorre durante o processo judicial).
Quando os elementos de informação são submetidos ao contraditório, r=então podemos falar em provas. 
NATUREZA JURÍDICA DA PROVA: A prova é um desdobramento do direito de ação e de defesa assegurados na C.F.
O destinatário da prova é o juiz.
MEIOS DE PROVA: É a forma que eu vou me valer para obter um prova.
A interceptação telefônica é o meio de prova, o que eu consigo com ela é a prova.
A prova em si não é ilícita, mas sim o meio pela qual ela foi obtida.
PROVAS OBTIDAS POR MEIOS ILEGAIS:
ILÍCITAS: São aquelas obtidas por maios que violam regras de direito material (tortura para confissão viola a integridade física da pessoa);
ILEGÍTIMAS: São aquelas na qual o recurso utilizado viola regra de direito processual (menino que foi preso injustamente)
Essas provas serão combatidas pelo sistema de nulidades processuais art. 564, IV, CPP.
Podemos encontrar as duas formas, neste caso, aplica-se a regra da exclusão (PM invade a sua casa às 21h e sem ordem judicial). 
Se for flagrante de delito, pode ser qualquer horário.
PROVA ILÍCTA POR DERIVAÇÃO: TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA
É aquela que tem um vício na sua origem, ainda que produzida validamente em momento posterior. 
EXCEÇÕES AO DIREITO DE EXCLUSÃO DA PROVA:
TEORIA DA FONTE INDEPENDENTE: Se o órgão da persecução penal obter informações a partir de uma fonte autônoma de provas que não guarde qualquer relação de dependência e nem decorra de prova originariamente ilícita, com esta não mantendo nexo causal, tais dado probatórios devem ser admitidos pois não estão contaminados (art. 157, § 1º, CPP)
TEORIA DO ENCONTRO FORTUITO DE PROVAS: Ocorre nas hipóteses em que a autoridade policial, em cumprimento de uma certa diligência, casualmente encontra provas que não estão na linha de desdobramento normal da investigação. 
TEORIA DO DESCOBRIMENTO INEVITÁVEL: Não impede a admissibilidade da prova se esta foi obtida por meio de atividade investigatória lícita, que inevitavelmente chegaria a mesma conclusão do resultado daquela obtida ilicitamente (art 157, §2º, CPP).
TEORIA DA BOA-FÉ: É considerada válida a prova obtida por meios ilícitos, desde que isto não tenha ocorrido por intenção deliberada da autoridade policial que agiu de boa-fé.
PROVA ILÍCITA DO RÉU: Caso o réu possua apenas uma ÚNICA prova ilícita, esta não será excluída do processo, mas caso existam outras provas a ilícita será excluída. 
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE: Trabalha com a ideia de ponderação de valores assegurados pela constituição. Causaria a exclusão da prova. Se ela vai produzir um dano maior do que a sua manutenção.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS:
Prova direta: refere-se ao fato a ser provado que por si só é demonstrativo. (ex: testemunha ocular é uma prova direta)
Prova indireta: refere-se a um acontecimento que por elação nos leva ao fato principal.
Prova plena: é aquela prova que leva um magistrado a um juízo de certeza. É a prova necessária a condenação.
Prova não plena: é aquela limitada quanto a sua profundidade levando o magistrado a um juízo de admissibilidade. São aquelas suficientes para a decretação de medidas cautelares.
- Prisão preventiva (art. 312), só precisa provas da materialidade não da autoria, indício de autoria.
Indícios: (art. 239, cpp): é uma dedução lógica, são provas circunstâncias.
- É POSSÍVEL CONDENAR ALGUÉM COM BASE EXCLUSIVAMENTE EM INDÍCIOS? SIM, UMA VEZ QUE INDÍCIOS SÃO CONSIDERADOS PROVAS. PORÉM, NÃO PODE SER SÓ UM INDÍCIO. 
* Requisitos para a condenação com base em indícios: 
1- Os indícios devem ser plurais, ou seja, devem tem vários indícios;
2- Os indícios devem estar relacionados entre si;
3- Todos os indícios devem ser incriminadores.
O QUE PRECISA SER PROVADO: 
- Regulamentos e portarias desde que não constituam complemento de norma penal em branco (ex: lei de drogas);
- Direito estrangeiro precisa ser provado (com tradutor juramentado);
- O direito municipal e estadual precisa ser provado desde que seja fora da jurisdição do juiz.
- Fato incontroverso precisa ser provado, é o fato que as parte concordam (ex: réu confesso, deve ser conjugado com outras provas, pois pode estar tentando ocultar o verdadeiro autor do fato);
O QUE NÃO PRECISA SER PROVADO:
- Fatos notórios (que é um fato de conhecimento de todos);
- Fatos axiomáticos ou intuitivos (você não precisa provar em um processo que cocaína traz dependência);
- Fatos inúteis que não tem relação com a resolução do problema;
- As presunções absolutas (não adianta colocar no processo, ela já está dada).
PROVA EMPRESTADA: É uma prova que você retira de um processo para usar em outro.
Para usar uma prova emprestada precisa de dois requisitos: 
As partes que estavam em um processo devem estar também no outro (identidade de partes);
Que as partes tenham exercido o contraditório sobre a prova emprestada (testemunha no 1º processo, serve como documento no 2º)
Obs.: caso não siga esses dois requisitos posso pedir nulidade da prova emprestada. 
PRINCÍPIOS QUE SE REFEREM A PROVA:
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA – Na dúvida quanto a prova, o juiz tem que absolver. Em tese o ônus da prova é da acusação. 
PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL – Porque a atividade do processo instrutório não se limita a atuação das partes, deve o juiz buscar a verdade e para isso possui poderes instrutórios. (art156, I, CPP).
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO – as partes tem o direito de se manifestarem sobre toda e qualquer prova que esteja no processo.
PRINCÍPIO DA COMUNHÃO DE PROVAS – as provas do processo não pertencem às partes, e sim ao processo podendo ser utilizada por qualquer um a seu favor.
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA AUTO-INCRIMINAÇÃO – Nemo tenetur se detegere, ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. 
		-> Consequências desse princípio:
O réu tem direito ao silencia que não pode ser usado em seu detrimento.
Tolera-se a mentira defensiva, mas não a mentira agressiva.
O direito de não praticar nenhum comportamento incriminador.
O direito de não produzir prova incriminadora que envolva o corpo humano.
Provas Invasivas: alguém te obrigar a tirar u fio de cabelo, sangue, partes do corpo, por exemplo.
Provas não invasivas: são aquelas que implicam em uma inspeção corporal mas sem a extração de partes do corpo.
SISTEMA DE VALORAÇÃO DA PROVA
Sistema da certeza moral ou da íntima convicção – nesse sistema o julgador decide de acordo com a sua íntima valoração não necessitando fundamentar sua decisão.
Sistema tarifado ou sistema da defesa moral do legislador – nesse sistema é atribuído valor a prova.
Sistema do livre convencimento motivado e da presunção racional do juiz – o juiz é livre para valorar a prova, devendo fundamentar sua decisão.
CONSEQUÊNCIAS DO PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO
Nenhuma prova tem valor absoluto, todas tem valor relativo.
O juiz deve valorar todas as provas contidas no processo. 
Somente são válidas as provas que estão no processo, os conhecimentos particulares do juiz não podem ter valor no processo.
ÔNUS DA PROVA: é um encargo que as partes possuem de provas através de meios legítimos legais e moralmente aceitos a veracidade das afirmações aceitas por elas, que no caso do direito geram uma situação de desvantagem em relação ao direito.
A prova da alegação incumbirá a quem fizer (art. 156, CPP). *CORRENTE MAJORITÁRIA
Se ficar na dúvida que houve legítima defesa tem que absolver (art. 386, inciso 6º, CPP).Acusação tem que provar a tipicidade, autoria e participação, relação de causalidade (nexo causal o elemento do subjetivo do tipo (dolo))
A PROVA DA ACUSAÇÃO DEVE SER UMA CERTEZA
A PROVA DA DEFESA DEVE SER UMA PROBABILIDADE
O juiz tem poderes instrutórios (forma de se alcançar a verdade no processo). Para os garantistas, o juiz não deve produzir provas, pois assim o juiz deixa de ser imparcial. Para os clássicos, o juiz deve produzir provas, pois não pode se limitas as provas de defesa e do acusado. 
INTERROGATÓRIO (art. 185, CPP)
É o ato pelo qual o acusado pode dar ao juiz a sua visão dos fatos. É também o momento em que o juiz entrevista o réu e ele poderá exercer sua auto defesa.
É no momento do interrogatório que o réu exerce o seu direito a audiência, pode exercer o direito ao silencia, pode influenciar no convencimento do juiz e indicar provas.
Pode participar a acusação e a defesa. É um ato público (com exceção dos casos em que houver segredo de justiça). 
Natureza Jurídica – é meio de defesa para o STF (antes havia um debate, alguns acreditavam que se tratava de meio de prova por estar inserido no capítulo de Provas, mas o STF entendeu se tratar de meio de defesa).
Era considerado meio de prova, pois antes de 2008 o réu era citado não para apresentar defesa preliminar, mas sim para o seu interrogatório. Dessa forma, tratava-se de meio de prova.
Atualmente com o oferecimento de denúncia/queixa, prazo de 10 dias por escrito para resposta da acusação, depois a marcação de AIJ e por último ocorre o interrogatório. Dessa forma, sendo o último ato tem o acusado a possibilidade de falar sobre todas as provas produzidas, ou seja, interrogatório é meio de defesa. 
Réu preso: comunicação dentro de 24h ao juiz para audiência de custódia, para decidir se terá prisão preventiva ou relaxamento.
CARACTERÍSTICAS DO INTERROGATÓRIO
1. Ato personalíssimo – só o acusado pode ser interrogado. (No caso de Pessoa Jurídica será interrogada a pessoa que saiba o que aconteceu, que tenha capacidade técnica para tanto, ex: crime ambiental, o interrogatório será do engenheiro)
2. Ato oral – em regra é falado, há uma exceção no artigo 192, CPP que trata do interrogatório do surdo e mudo.
3. Ato bifásico – momento de interrogatório se divide em dois, o momento do interrogatório de qualificação e o momento de interrogatório de mérito. 
	1ª fase – INTERROGATÓRIO DE QUALIFICAÇÃO (art. 187, CPP)
Residência, meios de vida, profissão,...// aqui o acusado não possui direito de silêncio. 
	2ª fase – INTERROGATÓRIO DE MÉRITO (art. 188, CPP)
Se é verdadeira a acusação que lhe é feita...
*O direito de silêncio é apenas no interrogatório de mérito, se exerce o direito de silêncio no interrogatório de qualificação incide no crime de desobediência. 
-> Sistema presidencialista: as perguntas passam primeiro pelo juiz (procedimento comum, ordinário e sumário)
As perguntas às testemunhas e no interrogatório júri são diretas.
O INTERROGATÓRIO É OBRIGATÓRIO! (art. 218/260 CPP)
AUSÊNCIA DO ACUSADO:
Arts 218 e 260 co CPP falam da condução coercitiva do acusado, mas 
O STF decidiu que a condução coercitiva do acusado é inconstitucional – ADPF 395, ADPF 444
CONFISSÃO (art 197, CPP)
É a concordância por parte do acusado da imputação que lhe é feita.
É uma circunstância atenuante, art. 65, CP.
A confissão deve ser voluntaria, não necessariamente espontânea, não pode haver coação, se houver a prova é ilícita.
A confissão não tem valor absoluto, deve ser conjugada com outras provas, em razão do princípio da verdade real. 
Modalidades de Confissão:
1. Própria: é aquela realizada diante da autoridade judicial;
2. Imprópria: é aquela realizada diante de autoridade policial;
3. Simples: é aquela que se limita a reconhecer o fato imputado;
4. Complexa: é aquela que reconhece vários fatos criminosos;
5. Qualificada: é aquela que reconhece o fato imputado, mas o agente argui alguma causa de excludente de ilicitude ou de culpabililidade.
Artigos:
Art. 197, CPP: Deve haver compatibilidade e concordância da confissão com as demais provas.
Art. 198, CPP: O direito de silêncio do acusado é diferente da confissão, mas pode influenciar o convencimento do juiz (parte da doutrina entende que não foi recepcionada pela CF/88).
Art. 199, CPP: Deve a confissão ser tomada a termo.
*Art. 200, CPP. Pode acredita em toda a confissão ou só em parte, a confissão é retratável. 
OFENDIDO
É a vítima, ele tem que ser ouvido. Não é obrigado a falar a verdade, e nem poderá ser imputado por crime de falso testemunho (não lhe é tomado o compromisso de dizer a verdade, podendo mentir).
- A oitiva do ofendido é o primeiro ato na audiência.
- Art. 201, CPP, prevê que o ofendido também pode indicar provas. 
* TEM O DEVER DE ESTAR PRESENTE
* PODE INTIMA-LO POR E-MAIL
§ 2º -> o ofendido será informado quando o réu sair da prisão
PROVA TESTEMUNHAL	
É o indivíduo chamado a depor, segundo sua experiência pessoal sobre a existência e natureza de um fato 
 Quem pode ser testemunha
De acordo com o Art. 202, CPP, qualquer pessoa pode ser testemunha ( o menor e o deficiente mental serão submetidos ao sistema de valoração de provas). 
Natureza jurídica – trata-se de meio de prova. 
CLASSIFICAÇÃO DAS TESTEMUNHAS
1.Testemunha referida: é aquela que não foi arrolada pelas partes, mas poderá ser ouvida pelo juiz por ter sido citada por outra testemunha.
O juiz determina de ofício, as partes podem requerer, mas quem decide é o juiz (art. 209, §1º, CPP). 
2. Testemunha numerária: são aquelas devidamente arroladas pelas partes que prestam compromisso.
PROCEDIMENTO COMUM
Ritos:
ORDINÁRIO – 8 testemunhas para cada parte
SUMÁRIO – 5 testemunhas para cada parte
SUMARÍSSIMO – 3 testemunhas para cada parte
3. Testemunhas extranumerárias: São aquelas ouvidas por inciativa do juiz, prestam o compromisso de dizer a verdade, mas não estão dentro do limite do procedimento (ex. testemunha referida).
4. Testemunha judicial: É aquela ouvida por determinação do juiz.
5. Testemunha própria: É aquela que depõe sobre fatos que dizem respeito ao processo de seu objeto, seja porque presenciou ou porque ouviu dizer. 
6. Testemunha imprópria ou instrumental: Aquela que declara ou certifica fatos que não se referem diretamente ao processo e ao mérito da causa.
	Ex: delegado que depõe a respeito de colheita de depoimento (art.6º, CPP, art. 245, CPP, § 7º.)
7. Testemunha informante ou declarante: É aquela que está dispensada por lei a prestar compromisso (relação de parentesco/ art. 206/208, CPP).
Obs: testemunhas proibidas de depor: padre, psicólogo, médico, advogado (ofício) – art. 207, CPP.
8. Testemunha Direta: é aquela que conhece os fatos, pois presenciou diretamente.
9. Testemunha Indireta: esta conhece os fatos, pois ouviu dizer.
9. Laudadores ou testemunhas de caráter: são aquelas que prestam declarações sob os antecedentes a conduta social e a personalidade do acusado.
10. Testemunha da Coroa: diz respeito ao depoimento prestado pelo agente infiltrado, nos casos em que a lei admite Iei 12.850/13 e 11.343/2006. 
11. Testemunha inócua: é aquela que não sabe não sobre a causa. Não deve portanto ser computada como testemunha. 
CARACTERISTICAS DA RPOVA TESTEMUNHAL
1. Oralidade: o depoimento deve ser prestado oralmente (art 204 cpp) – (exceções art. 221 e 192 do cpp.)
2. Objetividade: o juiz não pode perguntar para a testemunha o que ela faria se estivesse no lugar da pessoa (art. 213, cpp).
3. Judicialidade: a testemunha depõe diante da autoridade judiciária, o depoimento dado no inquérito policial deve ser repetido em juízo. 
4. Individualidade: (art. 210, cpp) as testemunhas não podem saber o que as outras estão falando. 
5. Imediação: A testemunha depõe sobre o que captou com os sentidos.
Ex.: Depoimento de autoridade policial está depondo sobre o modo como agiu. (corrente minoritária diz que esse depoimento não poderia ocorrer, nesses casos o depoimento não deveria ter tanta credibilidade, pois estes sempre irão levarem consideração a regularidade da profissão). 
PROVA PERICIAL 
PERÍCIA – Exame realizado com a finalidade de instruir o julgador, por pessoa com conhecimentos específicos sobre a matéria técnica, científica ou artística relacionada ao fato criminoso e as suas circunstâncias. 
Em regra, o policial pode realizar qualquer modalidade de perícia, ex ofício, exceto em exame de insanidade mental, nesses casos somente com autorização judicial. 
CORPO DE DELITO E EXAME DE CORPO DE DELITO
Corpo de delito é o conjunto de elementos sensíveis deixados pelo crime, elementos externos que dão materialidade ao crime (ex.: cadáver, sala revirada após um furto), sem esse exame não existe materialidade. 
CRIMES NÃO TRANSEUNTES – São aqueles que deixam vestígios.
CRIMES TRANSEUNTES – Não deixam vestígios (ex.: crimes de mera conduta, injúria verbal).
ART 158, CPP -> QUANDO A INFRAÇÃO DEIXAR VESTÍGIOS SERÁ INDISPENSÁVEL, O EXAME DE CORPO DE DELITO, DIRETO OU INDIRETO, NÃO PODENDO SUPRI-LO COM A CONFISSÃO DO ACUSADO. A FALTA DESTE GERA NULIDADE ABSOLUTA DO PROCESSO.
EXAME DE CORPO DE DELITO DIRETO: É aquele que é realizado por meio de análise do próprio delito, sem intermediações. 
EXAME DE CORPO DE DELITO INDIRETO: É aquele realizado por intermédio de dados os vestígios. Ex.: fotografias, áudio, vídeo, boletim de atendimento médico, possuem a mesma qualidade do direito. 
- A confissão por si só não é motivo de condenação, não podendo suprir o exame de corpo de delito. No entanto, a testemunha sim (art. 167, CPP). Ex.: caso Bruno, depoimento de seu primo. 
SISTEMAS DE APREENSÃO DO LAUDO PERICIAL
1. Sistema vinculatório: Nesse sistema o juiz está vinculado as conclusões do laudo pericial, não podendo delas divergir. 
2. Sistema liberatório: Nesse sistema o juiz não está vinculado as conclusões do laudo pericial, devendo, no entanto fundamentar suas decisões.
ARTIGOS
- 158, cpp / atualizado em 2018
- Pode-se contratar um nova perícia e fazer uma contra perícia, mas somente na fase judicial.
- 159, cpp/ diz que o perito oficial deve ser concursado, pode ter assistente técnico (ex.: médico que acompanha), esse art. É muito criticado pela necessidade de ter ensino superior, nem sempre é o que sabe mais. 
PROVA DOCUMENTAL
DOCUMENTO: É todo objeto ou coisa do qual, em virtude da linguagem simbólica, pode-se extrair a existência de um fato.
DOCUMENTO EM SENTIDO ESTRITO – São apenas os escritos, provas literais. 
DOCUMENTO EM SENTIDO AMPLO – São todos os objetos, não só escritos aptos a exteriorizar uma manifestação humana. Ex.: fato, vídeo, áudio. (sobre esses documentos pode haver perícia)
- Documento pode ser apresentado em qualquer fase do processo (art. 231, CPP). 
DA BUSCA E DA APREENSÃO
É a providência de natureza cautelar destinada a encontrar e conservar pessoas e bens que interessem ao processo judicial. 
Busca -> procurar
Apreensão -> retirada do objeto ou pessoa do local em que se encontra. 
- Podem ser domiciliar ou pessoal
- Art. 240, CPP apresenta vedações constitucionais à inviolabilidade de domicílio.
- De 6h às 18h. 
ATOS DE COMUNICAÇÃO PROCESSUAL
CITAÇÃO: É o ato pelo qual o réu toma ciência da existência de um processo criminal. 
A citação é um instituto que se liga a garantia constitucional do contraditório e da ampla defesa. A inexistência de citação gera nulidade processual.
CITAÇÃO PESSOAL/REAL E A CITAÇÃO FICTA/PRESUMIDA
No processo penal a regra é que a citação seja pessoal. Excepcionalmente terá citação ficta (por edital ou hora certa).
- Art. 244, CPC apresenta limites para a citação, mas no processo penal não há restrição, a única restrição é a da inviolabilidade do domicílio previsto na C.F.
EFEITOS DA CITAÇÃO
- Formar a relação processual;
- O recebimento da denúncia/queixa interrompe a prescrição no processo penal;
- Não existe citação para o processo de execução da coisa;
- A citação no processo penal só acontece 1 vez, no início, após isso é intimação ou notificação;
CITAÇÃO PESSOAL
- Realizada por mandado
- A regra é que seja na pessoa do acusado.
- Na pessoa jurídica, a citação será feita na pessoa jurídica e na pessoa física (um mandado para o representante e outro para a empresa). 
Citação imprópria: quando há menores, nesse caso a citação será feita na pessoa do representante. No doente mental, o citado será o seu curador.
REQUISITOS INSTRÍNSICOS
- Art. 352. O mandado de citação indicará:
I - o nome do juiz;
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa;
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos;
IV - a residência do réu, se for conhecida;
V - o fim para que é feita a citação;
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer;
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.
REQUISITOS EXTRÍNCICOS 
- Art. 357.  São requisitos da citação por mandado:
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação;
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa.
CARTA ROGATÓRIA
O juiz emite a carta para outro juízo no estrangeiro, onde está o réu. 
CARTA PRECATÓRIA
O juiz emite a carta para outro juízo. 
CITAÇÃO DO MILITAR
Expede um ofício ao comando do batalhão, e este faz a citação (art. 258, CPP). 
CITAÇÃO DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Art. 359, CPP, mudou um pouco esta em desuso.
CITAÇÃO DO RÉU PRESO
Art. 360, CPP – antes os réus que estavam presos não eram citados, só tomavam conhecimento no interrogatório. 
CITAÇÃO FICTA
- CITAÇÃO POR EDITAL (art. 361, cpp): quando o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 dias.
-> caso não o encontre, suspende o processo e o prazo prescricional.
	. Hipóteses em que se dará a citação editalícia:
O réu não é encontrado;
O réu se oculta para não ser citado;
O réu se encontra em lugar inacessível.
- Art. 366, CPP: suspenção do processo e do prazo prescricional.
- Se comparecer ou constituir advogado haverá suspensão.
-Súmula 415, STJ: o período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da cominada, ou seja, a suspensão não será por período indeterminado.
- PRESCRIÇÃO: art. 117, CP
CRIME (PRÁTICA) -> começa a contar o prazo prescricional
Cálculo da prescrição: pena cominada em abstrato, pena máxima, vai para o art. 109, CP (antes de transitar em julgado).
- O recebimento interrompe a prescrição.
- Após a sentença faz-se um novo cálculo com a pena cominada em concreto. 
- PRESCRIÇÃO RETROATIVA: Conta se do oferecimento da denúncia até a sentença ultrapassou os 4 anos ( crime de furto 1-4 anos).
O estado tem 4 anos para executar a prisão.
A suspensão será após 8 anos. Depois disso nomeia-se defensor público
-PRESCRIÇÃO DA PENA IDEAL – não foi admitida no Brasil.
	- CITAÇÃO POR HORA CERTA: regulada pelo processo civil, art. 252, CPC// art. 362, CPP.
- Sendo o caso de ocultação, nomeia-se defensor público.
- Se o culpado não souber realmente da citação e comprovar, pode arguir a nulidade processual.
- Esse ato deve ser autorizado pelo juiz ( o juiz precisa concordar com a citação por hora certa). 
INTIMAÇÕES E NOTIFICAÇÕES
INTIMAÇÃO: É a ciência dada a parte de um ato já concretizado.
NOTIFICAÇÃO: É a comunicação quanto a determinação judicial impondo um cumprimento de determinada providência
Ex.: notificação para que o réu compareça a AIJ. 
O MP não tem prazo em dobro no processo penal, são intimado pessoalmente, o MP a defensoria e o advogado dativo. 
As intimações dos advogados são feitas por publicação.
A falta de notificação ou intimação gera nulidade do ato que não foi notificado ou intimado.
PROCEDIMENTOS
PROCESSO: É o conjunto de atos praticados pelas partes no qual se estabelece relação jurídica e o Estado exerce a jurisdição. 
PROCEDIMENTO: É a sucessão ordenada e sequencial dos atos processuais. 
PROCEDIMENTO:
	- COMUM – ordinário, sumário e sumaríssimo
	- ESPECIAL– leis especiais 11343/06, cpp, art. 406 ao 497, 513ao 518.
PROCEDIMENTO COMUM: 
- Ordinário = pena máx. =/+ 4 anos
- Sumário = pena máx. - 4 anos
-Sumaríssimo = lei 9099/95 – JECRIM - pena máx. = /- 2 anos ou multa
Em qualquer dos procedimentos, é importante distinguir; primeiro: umas fase postulatória (denúncia ou queixa até a resposta a acusação); segundo: uma fase instrutória (fase probatória até alegações finais); terceiro: uma fase decisória ( após as alegações finais, quando o juiz vai decidir; quarto: uma fase recursal (momento em que o sujeito realizará a impugnação das decisões). 
DIRETRIZES PARA O ATENDIMENTO DA GARANTIA DO DEVIDO RPOCESSO LEGAL
A acusação deve ser oferecida por um órgão distinto daquele que julga;
Deve haver uma participação igualitária das partes e atuação imparcial do juiz;
O procedimento deve garantir a defesa, meios eficazes para contrapor as alegações da acusação. Não pode o acusado ser condenado sem que tenha exercido a plenitude de defesa;
O procedimento deve garantir uma fase reservada a produção de provas pelas partes e o julgamento somente pode ser realizado após a produção da prova, depois das partes terem se manifestado sobre ela; 
A realização de um processo dentro do prazo razoável;
EXCEÇÃO DOS PARAMETROS DO PROCESSO PENAL NO JECRIM
- Lei Maria da Penha: lei Maria da penha será sempre ordinário ou sumário;
- Estatuto do Idoso: pode estabelecer o procedimento pelo JECRIM, mas sem os benefícios; 
- Crimes falimentares;
- Crimes que envolvam organizações criminosas: ainda com pena + ou = a 2 anos, não se submetem aos procedimentos do JECRIM, mas tem os seus benefícios. 
CIRCUNTÂNCIAS QUE DEVEM SER LEVADAS EM CONSIDERAÇÃO PARA OS PROCEDIMENTOS. 
Quando houver concurso de crimes: 
- Concurso material: cúmulo material, somam-se as penas (as máximas e depois olhar tabela no CPP).
- Concurso formal: exasperação, pena máxima e ao % que mais aumente).
- Crime continuado.
CONEXÃO E CONTINÊNCIA
ART. 396, CPP
Oferecimento de denúncia é a sua apresentação, diferente do recebimento de denúncia. 
- Se o juiz a recebe (ato decisório)a denúncia, o processo segue. Se rejeitar, o processo para. 
HIPÓTESES DE REJEIÇÃO (art. 395, CPP)
Manifestamente inepta: quando faltarem os requisitos do art 41 CPP; em regra não pode ser uma denúncia genérica, com exceção dos crimes societários, organizações criminosas, multitudinários.
Falta de pressuposto processual ou condição para exercício da ação penal;
Falta de justa causa, ausência de elementos probatórios mínimos.
CABIMENTO DE RECURSO (art. 581, CPP)
Após recebimento, terá citação no prazo de 10 dias para apresentação de resposta preliminar, resposta a acusação.
Resposta preliminar: peça obrigatória// devendo ser indicada prova testemunha, sob pena de preclusão, indicar prova pericial. 
Caso não apresente resposta intima um defensor público, para apresentar em 10 dias, na justiça federal é advogado dativo, quando não tem DPU
Após isso, o juiz vai decidir sobre a absolvição sumária, caso não o faça fará AIJ; 
- pode inventar testemunha, quando não tiver, pois caso apareça é só substituir.
- o PP só existe quando o juiz da o “recebo” no despacho;. 
- ART 399, CPP – o juiz recebe a denúncia e marca a AIJ.
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
Após a resposta preliminar, o juiz decidirá sobre a absolvição sumária.
HIPÓTESES (ART. 394, CPP)
Existência manifesta de excludente de ilicitude ou de culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade (precisa de laudo);
Que o fato narrado evidentemente não constitui crime; 
Extinta a punibilidade do agente.
Ausência de tipicidade: crime impossível, crime de bagatela, erro de tipo (cara disfarçado), ausência de adequação típica. 
Ausência excludente de ilicitude, legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento delegal, exercício regular de direito (legais); 
	- (supra legais) -> consentimento do ofendido nos casos em que a lei admite.
Culpabilidade inimputabilidade, impossibilidade (excludente)/ lealdade de conduta diversa (coação moral irresistível); erro de proibição.
SE NÃO ABSOLVER SUMARIAMENTE TERÁ AIJ.
No caso de portador de doença mental o juiz não absolverá sumariamente, pois precisa de laudo pericial médico.
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (ART. 400)
Sumário – 30 dias // testemunhas – 5
Ordinário – 60 dias// testemunhas – 8
- Se houver inversão da ordem da acusação pela defesa, gera nulidade do ato.
- Finda a AIJ, serão oferecidas alegações finais. 
ALEGAÇÕES FINAIS ART 403
-Prazo sucessivo de 5 dias para a acusação e depois para a defesa, nesta ordem.
EXCEÇÕES PARA ALEGAÇÕES ESCRITAS:
Em caso de haver necessidade de diligências
Complexidade do caso e número de acusados
- no júri as alegações são sempre orais
- Depois das alegações finais o juiz vai prolatar a sentença.
SENTENÇA
Sentença é ato decisório (também é ato decisório as decisões interlocutórias e as decisões com força definitiva). 
SENTENÇA CONDENATÓRIA
Ocorre quando o órgão julgador julga total ou parcialmente a pretensão punitiva estatal (art 387, CPP -> art 68 CP). 
SENTENÇA ABSOLUTÓRIA (art 386, cpp)
Ocorre quando o juiz criminal não acolhe a pretensão punitiva do Estado, podendo ser de duas modalidades, própria ou imprópria
- Própria: é aquela que não acolhe a pretensão punitiva e não impõe qualquer sanção.
-Imprópria: é aquela que não acolhe a pretensão punitiva, mas impõe medida de segurança (inimputável). 
SENTENÇA TERMINATIVA DE MÉRITO
São aquelas que não condenam nem absolvem o réu, ex: sentença que declara extinta a punibilidade. 
MODALIDADES DE SENTENÇA
Sentença subjetivamente simples – é aquela proferida por órgão monocrático, o juiz singular.
Sentença subjetivamente plúrima – é aquela proferida por órgão colegiado
Sentença subjetivamente complexa – é proferida por mais de um órgão. Ex.: júri
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
- Decisão interlocutória simples – resolve um incidente processual sem encerrar qualquer fase. 
Ex.: decisão que concede liberdade provisória, decisão que decreta prisão preventiva. 
- Decisão interlocutória mista terminativa – encerra o processo sem julgamento do mérito, ex: falta de pressuposto.
- Decisão interlocutória mista não terminativa – resolve uma questão processual, encerra uma fase mas não julga o mérito. Ex.: decisão de pronúncia. 
-> RECURSO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIO – RESE (RECURSO EM SENTIDO ESTRITO) ART. 581, CPP.

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