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GRUPO EDUCACIONAL CRUZEIRO DO SUL / CEUNSP FACULDADE DE SAÚDE E CIÊNCIAS DA VIDA CURSO DE BIOMEDICINA LUANA GAVITTI PATOLOGIA GERAL Tema: Doenças que atingem o Sistema Endócrino. ITU 2019 2 INTRODUÇÃO O Sistema endócrino é um grupo de órgãos de importantíssima função para a manutenção do organismo. Esse conjunto compostos de glândulas como, hipotálamo, hipófise, pineal, tireóide, paratireóide, timo, pâncreas, supra-renal, gônadas, ovários (mulher) e testículos (homem), apresentam como atividade a produção de hormônios, são lançados na corrente sanguínea e auxiliam ou controlam a função das glândulas. A secreção hormonal pode ser subdivididas em, secreções endócrinas, exócrinas e mistas. As endócrinas são responsáveis por lançar o produto secretado para vasos sanguíneos, as exócrinas secretam para o meio exterior e as secreções mistas associam os dois meios de secreções. Em geral, o sistema endócrino controla os processos do corpo que acontecem de forma relativamente lenta, como crescimento, metabolismo e desenvolvimento sexual. As doenças endócrinas dizem respeito de insuficiência de produção ou excesso de excreção hormonal. Quando uma ou mais glândulas não estão funcionando, compromete o sistema em um todo. Neste trabalho será abordado as cinco principais doenças que atingem e portanto, desestabilizam o Sistema Endócrino. 3 DOENÇAS QUE ATINGEM O SISTEMA ENDÓCRINO 1. DIABETES: O diabetes é uma doença crônica que ocorre quando há alterações nos níveis de glicose, ou seja, aumentando os níveis de glicose sérica devido a alta ingesta de carboidrato e consequentemente açúcar. A patologia se desenvolve quando o pâncreas, órgão responsável pela produção de insulina, não consegue mais produzir a mesma. A insulina, por sua vez, é o hormônio que se responsabiliza pela “quebra” da glicose e garante sua absorção pelo organismo. Dessa forma, quando o indivíduo possui uma alimentação não saudável, tendo uma grande ingestão calórica constantemente, faz com que haja uma deficiência de produção da glândula, não tendo a quantidade suficiente de insulina, gera o que chamamos de Diabetes podendo ser tipo I ou II. A Diabetes tipo 1 ocorre quando a produção de insulina é insuficiente, decorrente de uma ação auto imune, onde as células (Ilhotas de Langerhans) responsáveis pela produção de insulina, no pâncreas, é constantemente atacado pelos anticorpos do sistema imune, este fato ocorre, pois o organismo não reconhece mais essas células atacando-as. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam da ingestão constante de insulina, através de injeções diárias para normalizar a taxa de glicose do sangue. A Diabetes tipo 2 afeta a forma como o organismo metaboliza a glicose, nestes caso, o paciente tem uma resistência à insulina e consequentemente não produz insulina suficiente para manter os níveis de glicose normal do corpo, geralmente esse tipo de diabetes ocorre em pessoas de mais idade e não necessariamente possui diversos sintomas. O tratamento da diabetes 2 é menos invasivo e portanto de fácil acesso também, onde o paciente, seguindo uma dieta calórica baixa, exercícios físicos, diminuindo a ingestão de bebidas alcoólicas e sempre verificando a glicemia já ameniza o quadro severamente. 4 A alta ingestão calórica de modo consequente, leva a obesidade que também um fator que atinge o Sistema endócrino. 2. OBESIDADE: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (ONU), nos dias de hoje a Obesidade é considerada uma doença que acomete de crianças a adultos de diferentes idades. Causando distúrbios severos de excesso de insuficiência na produção de hormônios como, insulina, hormônios da tireoide e etc. O tecido adiposo é considerado uma estrutura dinâmica envolvida em processos metabólicos e fisiológicos do organismo, atualmente é considerado um órgão endócrino sendo a leptina um de seus primeiros produtos de secreção identificado. As adipocinas oriundas do tecido adiposo modulam diversos parâmetros metabólicos, tais como controle da ingestão alimentar, balanço energético e sensibilidade periférica à insulina, por exemplo. Assim, a secreção alterada de adipocinas por parte do tecido adiposo pode ter efeitos metabólicos complicados, podendo apresentar relações com o processo fisiopatológico da obesidade, disfunções endoteliais, inflamações, aterosclerose e diabetes melito. 3. DOENÇAS NA GLÂNDULA TIREOIDE: A tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço, com a função de produzir hormônios que regulam grande parte do funcionamento das células do corpo. Quando há uma disfunção pode acarretar diversos problemas hormonais hipofuncional ou hiperfuncional. A doença de Hashimoto é um exemplo, é hereditária causa o hipotireoidismo primário e a hipertrofia da glândula levando a incapacidade da tireóide em produzir hormônios importantes para a manutenção do organismo, os hormônios T3 e T4. A Tireoidite de Hashimoto, como também é conhecida, acontece quando o organismo começa a produzir anticorpos, agentes de 5 defesa do organismo humano, com a finalidade de atacar a tireoide. Não existem sinais e sintomas específicos, mas geralmente o ganho ou perda de peso juntamente com o cansaço é um fator predisposto. Para tratamento, que geralmente é longo, utiliza-se suplementação hormonal. Existem outras patologias como o hipertireoidismo, baseado na alta produção de TSH pela hipófise, fazendo com que haja uma superprodução de hormônios tireoidianos T3 e T4. Há também, medicamentos que favorecem o acontecimento do hipertireoidismo. O Excesso de produção destes hormônios causam, arritmia cardíaca, perda de peso, aumento da pressão arterial e entre outros. Para iniciar o tratamento, o médico deve antes de mais nada descobri a real causa do aumento da produção e iniciar os testes da função da tireoide. 4. SÍNDROME DE CUSHING Uma síndrome considerada rara, é causada por um tumor hipofisário, que faz com que as glândulas adrenais produzem corticosteróides em excesso. As pessoas que possuem essa síndrome geralmente, possuem excesso de gordura em todo o torso. É utilizado como princípio de diagnóstico o nível de cortisol sérico. A anormalidade na hipófise, como um tumor, pode fazer com que a hipófise produza grandes quantidades de corticotrofina, o hormônio que controla a produção de corticosteróides pelas glândulas adrenais (um quadro clínico conhecido como doença de Cushing). Tumores externos à hipófise, como o câncer pulmonar de pequenas células ou um tumor carcinoide nos pulmões ou em outro lugar no corpo, também podem produzircorticotrofina. Logo, o aumento constante desse hormônio, decorrente da síndrome, deixa o indivíduo propenso a desenvolver outras patologias, como Diabetes, hipertensão arterial, depressão e entre tantos outros fatores. É de extrema relevância que para que ocorra o diagnóstico clínico é fundamental um alto índice de sintomas, geralmente a identificação da mesma é de maneira tardia, 6 a SC (Síndrome de Cushing) podem ser de uma sintomatologia inespecífica o que dificulta o tratamento. Entretanto algumas características são alarmantes para a SC, como pacientes obesos, diabéticos e fragilidade muscular e capilar, em casos mais severos pode-se encontrar atrofia muscular, hipocalemia e fraqueza intensa. Utiliza-se teste com dexametasona, avaliação de cortisol na urina e a quantidade secretada para a confirmação da patologia. A SC quando causada por algum tumor, ou seja, uma patologia secundária que causou a mesma, a remoção total do tumor pode levar a uma recuperação completa, porém há chances de reincidência. Quando não tratada pode levar o indivíduo a morte. 5. SÍNDROMES DOS OVÁRIOS MICROPOLICÍSTICOS. A Síndrome dos ovários micropolicísticos afeta de 6 a 10% das mulheres em fase reprodutiva, é uma desordem endócrina comum que na maior parte dos casos apresenta hiperandrogenismo. Patologia frequente em mulheres obesas e diabéticas. Não foi estabelecida ainda a causa específica da síndrome do ovário policístico. Entende-se que as mulheres com essa síndrome têm hiperinsulinismo e o restante apresenta problemas no hipotálamo, na hipófise, nas adrenais e produzindo então uma maior quantidade de hormônios masculinos. O tratamento pode ser realizado através do uso controlado de medicamentos como o anticoncepcional, para mulheres mais jovens, com idade de 15 a 17 anos, obesas, de pele oleosa e acneica, excesso de pelos faciais também, é indicado procurar um especialista nutricional pois, em alguns casos existe a possibilidade de reverter o quadro. Além do mais, em casos mais severos pode levar a queda brusca de cabelo, alterações menstruais frequentes, que podem ser de vários tipos, onde pode ocorrer o excesso de menstruação não tendo a pausa normal do ciclo ou menstruando apenas poucos dias dentro de um ano. Também é possível encontrar infertilidade e depressão decorrente do não tratamento indicado. 7 Referências Disponível em: <http://www.colegiogregormendel.com.br/gm_colegio/pdf/2015/ciencias/sistema -endocrino.pdf> Acesso: 23/04/2019. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-meta b%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-tireoide/hipotireoidismo> Acesso em: 23/04/2019. Disponível em: <medicina.ucpel.tche.br/histologiamedica/arquivos.../cap13_sistema_endocrino. doc> Acesso: 23/04/2019. Disponível em: <http://drvictoralmeida.com.br/doencas-endocrinas/> Acesso: 23/04/2019. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-meta b%C3%B3licos/biologia-do-sistema-end%C3%B3crino/doen%C3%A7as-end% C3%B3crinas> Acesso: 23/04/2019. Disponível em: <http://anatomia-humana.info/corpo-humano/sistema-endocrino.html> Acesso: 24/04/2019. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-meta 8 b%C3%B3licos/diabetes-mellitus-dm-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-da- glicose-no-sangue/diabetes-mellitus-dm> Acesso: 24/04/2019. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-meta b%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-tireoide/hipertireoidismo> Acesso: 26/04/2019 Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-meta b%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-gl%C3%A2ndula-adrenal/s%C3%ADndro me-de-cushing> Acesso: 26/04/2019. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abem/v47n4/a09v47n4.pdf> Acesso: 26/04/2019. Disponível em: <https://www.minhavida.com.br/saude/temas/sindrome-de-cushing> Acesso: 26/04/2019. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abem/v50n2/29311.pdf> Acesso:26/04/2019. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-do-ovario-polic istico/> Acesso:26/04/2019
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