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AÇÃO PENAL

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AÇÃO PENAL
Conceito
Consiste na provocação do Estado para aplicar o direito no caso concreto, ou seja, diante de um fato delituoso nasce para o Estado o dever de punir, denominado “jus puniendi”.
 
Contudo, frente à ocorrência de um delito o juiz não pode por sua própria vontade aplicar a lei penal, devendo, nesse caso, haver o devido processo legal. 
A peça inicial de uma ação penal pode ser a denúncia (Ministério Público) ou a queixa-crime (a vítima, também denominada de ofendido ou querelante). Para tanto a ação penal se classifica em:
Ação Penal Pública
Nesse tipo de ação o Estado visa proteger e tutelar os direitos da sociedade de modo geral, sendo o titular para propô-la o Ministério Público. Subdivide-se em: Ação Penal Pública Incondicionada e Ação Penal Pública Condicionada.
2.1. Ação Penal Pública Incondicionada: 
A ação será pública incondicionada quando não depender de nenhuma condição e versar sobre os interesses da sociedade. Por exemplo, Joãozinho matou o Sr. Antônio. Nesse caso, trata-se de homicídio, crime o qual é de extremo interesse da sociedade ver o autor devidamente sentenciado. (art. 121, do CP)
Destarte, o MP ao ter ciência do crime ( através do Inquérito Policial) estando presente indícios da autoria e prova da materialidade poderá oferecer a denuncia contra Joãozinho.
Insta salientar, que quando o artigo da lei não especificar qual tipo de ação a ser aplicada, presumir-se-á que trata-se de ação penal pública incondicionada.
Ação Penal Pública Condicionada 
Como próprio nome já diz, dependerá de uma condição para o MP propô-la. Subdividindo-se em:
Ação Penal Pública Condicionada à representação: Diante da ocorrência do fato delituoso a vítima precisa dar a “permissão” para que o investigado possa ser processado. Por exemplo: Ricardinho ameaça matar Luizinho. O Luizinho precisa ir à delegacia e assinar um documento denominado “Termo de Representação”, dando permissão ao MP para denunciar o Ricardinho. (Art. 147, do CP)
Ação Penal Pública Condicionada à requisição do Ministro da Justiça: Aqui, diante da notícia de um crimes específicos, o Ministro da Justiça pode requisitar a instauração do Inquérito para depois o MP propor a denuncia (não é obrigado a denunciar). Ex: Eu pratico crime contra a honra (calúnia, difamação ou injúria) da presidenta da república. (art. 145, parágrafo único, do CP)
Ação Penal Privada
São os crimes em que não versam sobre o interesse da sociedade a punição do autor, mas especificamente a vítima. É o caso dos crimes contra a honra (art. 145, CP) ou dano (163, caput, CP), por exemplo. 
Sendo assim, a peça iniciatória da ação penal privada será a queixa-crime que é oferecida por meio de petição inicial ajuizada no fórum (cartório). Atuando, o MP como mero fiscal do cumprimento da lei e não como titular da ação, que nesse caso é a vítima (Querelante).

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