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Análise do filme para sempre alice

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Universidade Federal da Paraíba - UFPB
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes - CCHLA 
Departamento de Psicologia 
Avaliação Psicológica 
Professor(a): Carmen Gaudêncio 
Aluno(a): Mayara Ellen Morais de Oliveira Mendes
Uma análise sobre o filme "Para Sempre Alice"
O filme conta a história de Alice, uma professora renomada de linguística, autora de um dos livros referências na área e dona de uma carreira notável. Além de sua profissão, Alice é casada com John e mãe de três filhos: Anna, Tom e Lydia. Em seu início, o longa mostra um jantar em comemoração ao aniversário de Alice, ainda bastante jovem, e a dinâmica de sua família. Sua relação próxima a John, as tensões entre os irmãos e introduz seu genro Charlie na história. Ela segue viagem com destino à Los Angeles para ministrar uma palestra na qual é mostrado seu primeiro lapso de memória. Sua relação com Lydia é mais explorada e fica claro seu descontentamento com o fato de que sua filha caçula decidiu perseguir a vida de ser atriz sem qualquer "plano B".
Ao se perder durante uma corrida pela universidade na qual leciona, Alice decide consultar-se com um neurologista que a pede exames para que possa diagnosticá-la e que ela traga algum ente próximo em sua próxima visita. No natal, a professora tem outro lapso de memória ao apresentar-se duas vezes a namorada de Charlie. Com os resultados dos exames, ela volta a ver o neurologista - sozinha - e ele finalmente a deixa ciente que seus sintomas encaixam-se com Alzheimer precoce. Alice se vê numa situação completamente nova e da qual não pode, surpreendentemente, superar sozinha. Ela confidencia a John sua condição, e não só o confidencia, mas desaba em sua frente. John não acredita até que os exames possam excluir todas as dúvidas. E, posteriormente, eles excluem.
Recebendo a notícia de que seu Alzheimer além de precoce, tinha origem familiar, portanto que seus filhos teriam 50% de chances de terem genes e 100% de que caso tivessem, desenvolvessem a doença, Alice claramente se preocupa de forma imediata com eles e deixa transparecer um certo sentimento de culpa. Ela conta aos filhos e então descobre-se que Anna, sua filha mais velha que almejava engravidar, é portadora do gene. Os lapsos de memória são cada vez mais frequentes e começam a afetar suas aulas, forçando-a deixar algo que ela sempre amou e necessitou, seu trabalho.
Nesse ponto, Alice expressa uma imensa vergonha de ter Alzheimer e diz isso com todas as palavras. "Eu desejaria que tivesse câncer", ela diz. Aqui, a necessidade de um psicólogo fica evidenciada e poderia atuar no sentido de fazer com que Alice entenda o por quê desse sentimento e como superá-lo, trabalhar sua culpa em relação a Anna portar a doença e diversos conflitos que o Alzheimer trouxe. Talvez se houvesse uma intervenção nesse sentido, ela não teria tomado a atitude de anotar três perguntas as quais teria que responder todos os dias, e que a partir do momento em que não pudesse fazê-lo, iria ser instruída por meio de um vídeo gravado por ela mesma a cometer suicídio. Percebe-se então o quanto seus sentimentos em relação à doença são profundos e preocupantes, apesar de sua sempre aparente tranquilidade e controle.
Os episódios começam então a ficar mais graves, a cena em que Alice não consegue encontrar o banheiro e acaba por urinar em si mesma, deixa explícito a angústia dela em sentir-se incapaz. A relação com seu marido, John, percorre caminhos cada vez mais estreitos em contra ponto à sua aproximação com Lydia, maximizada pelo fato de que ela leu o diário de sua filha por acaso. Elas têm a chance de conversar de forma honesta sobre como a doença vem afetando Alice, e isso a ajuda de forma tão intensa que ela expressa sua gratidão em palavras. Anna, após tomar os devidos cuidados em não perpetuar a doença em seus filhos, descobre estar grávida de gêmeos e parece ter dificuldades em falar sobre sua doença. Com Anna, o psicólogo capacitado a utilizar uma avaliação psicológica poderia desenvolver um trabalho com instrumentos visando entender melhor essa dificuldade que ela apresenta, os motivos e traçar uma linha de tratamento.
O avanço do Alzheimer é devastador e pega a família de surpresa, Alice chega ao ponto de ficar confusa sobre Lydia ser sua filha ou não. Sua palestra frente a um público que passa pelas mesmas barreiras que ela e sua família, Alice fala de forma linda e emocionante sobre a luta que ela trava diariamente. Temos um ponto chave em que ela parece finalmente fazer as pazes com sua condição. John recebe uma oferta de emprego e expressa o desejo de que se mudem, enquanto sua esposa fica relutante a ideia. Tudo que ela conhecera estava em Nova York, ela simplesmente não pode dar-se o luxo de perder isso também. Um trabalho desenvolvido por um psicólogo poderia ajudar a família a lidar com essa situação complicada.
 Em seguida, Alice encontra-se sozinha em casa e se depara acidentalmente o vídeo que ela gravou e segue as instruções nele contidas. Quando está prestes a completar a tarefa, Elena, sua cuidadora, chega em casa e frustra seus planos. Vê-se a importância de que ela nesse estado, não poderia ficar só. Consegue-se mostrar o quanto de atenção Alice necessita e como isso é inevitavelmente difícil não só pra ela, bem como para todos que a rodeiam. Chegamos ao ponto em que a ajuda profissional se mostra muito necessária, as consequências de uma falta de acompanhamento psicológico poderiam ter sido gravíssimas. Felizmente, numa cena de uma simplicidade, John consegue perceber por si só que levá-la consigo seria extremamente prejudicial para ela, e que apesar de lhe ter ocorrido isso, interná-la numa clínica não seria a solução.
 Lydia então assume o papel que desde o começo do longa o vem desenvolvendo. A relação dela com sua mãe se torna cada vez mais forte e profunda. Ela volta a morar em Nova York para que seu pai possa trabalhar, não abandona seu sonho de atuar e torna-se responsável por não só cuidar do bem estar de sua mãe, mas como preocupa-se em mantê-la para sempre Alice.

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