Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC CAMPUS DE SOBRAL CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO – BACHARELADO FÍSICA EXPERIMENTAL I PROFESSOR: VALDENIR SILVEIRA PRÁTICA 06: COLISÕES. HENRIQUE CESAR SOUZA DUARTE¹ - 487953 SIDYNELSON FERNANDES DOS SANTOS² - 433930 SOBRAL – CEARÁ 2019 HENRIQUE CESAR SOUZA DUARTE¹ - 487953 SIDYNELSON FERNANDES DOS SANTOS² - 433930 PRÁTICA 06: COLISÕES. Sexto relatório prático acadêmico apresentado Universidade Federal do Ceará – UFC do curso de Bacharel em Engenharia de Computação como parte dos requisitos avaliativos na disciplina de Física Experimental I. José Valdemir da Silveira Ministrante da Disciplina. SOBRAL – CEARÁ 2019 1 INTRODUÇÃO Ao disparar uma massa m1 com velocidade v1 sobre outra massa m2 com velocidade v2, ocorre uma colisão entre as massas. Quando a direção do movimento das massas não é alterada dizemos que ocorreu uma colisão unidimensional. Fisicamente, podemos definir uma colisão como um evento isolado no qual dois ou mais corpos (os corpos que colidem) exercem sobre eles mesmos forças relativamente elevadas por um escasso período de tempo. Exemplos de colisão são: acidente de automóveis, contato forte entre duas pessoas, batida de carrinhos num parque de diversões, entre outros. Ao analisar o evento descrito no início, percebemos que logo depois da colisão a m1 e a m2 mudam seu sentido, mas não suas velocidades. A m1 fica com a mesma velocidade depois do choque e a m2 também. Se acontecer uma colisão desse tipo é definida como elástica. Figura 1 - Colisão Elástica O outro tipo de colisão é a inelástica e ocorre quando os corpos, após a colisão, continuam o trajeto unidos. Figura 2 - Colisão Inelástica Nas duas colisões podemos definir o momento linear (quantidade de movimento do corpo). Matematicamente falando: P = m. v Na colisão elástica, o momento linear e a energia cinética do movimento permanecem as mesmas. Na colisão inelástica, o momento linear se conserva, mas a energia cinética não, logo essa energia foi transformada em outro tipo de energia (essa transformação de energia é responsável pelo aumento da temperatura, som, entre outras grandezas. O cálculo da energia cinética é dado por: K = 𝒎.𝒗𝟐 𝟐 Usando as medidas das velocidades dos objetos, imediatamente, antes e depois da colisão, podemos determinar o coeficiente de restituição. Essa medida adimensional caracteriza os diferentes tipos de colisão sendo possível analisar de houve conservação total ou parcial de energia cinética. A equação é dada por: e = 𝑽𝒆𝒍. 𝒂𝒇𝒂𝒔𝒕𝒂 𝑽𝒆𝒍. 𝒂𝒑𝒓𝒐𝒙𝒊𝒎 ou e = 𝑽𝒆𝒍𝑭𝟐−𝑽𝒆𝒍𝑭𝟏 𝑽𝒆𝒍.𝑰𝟏−𝑽𝒆𝒍.𝑰𝟐 Onde Vel. afasta é a velocidade depois da colisão e vel. aproximada é a velocidade antes da colisão. 2 OBJETIVOS Os principais objetivos deste relatório prático são: • Rever o conteúdo de Colisões aplicado a prática feita em laboratório; • Apontar a velocidade dos móveis no trilho de ar; • Determinar seus movimentos lineares, antes e depois do choque elástico do carrinho; • Determinar suas energias cinéticas, antes e depois do choque elástico do carrinho; • Apontar se houve conservação de energia, com base nas tabelas com os dados coletados; 3 MATERIAIS • Trilho de ar; • Sensores Fotoelétricos; • 2 Móveis (Carrinho); • Gerador de fluxo de ar; • Eletroímã; • Chave de liga/desliga do eletroímã; • Cronômetro digital; • Massas; • Calculadoras, e materiais de anotação 4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4.1 COLISÃO ELÁSTICA A primeira parte do experimento, os materiais foram organizados sob a mesa, onde os sensores fotoelétricos foram colocados sob as posições x1= 0,400m, x2=0,500, x3=0,800 e x4=0,900, onde o último sensor foi desconsiderado, sendo assim feito o uso de quarto deles. O cronômetro digital foi ajustado a função 3, assim como os carrinhos foram colocados sobre o trilho de ar, tal que um dos carrinhos ficou na posição inicial segurado pelo eletroímã, e o segundo carrinho foi colocado entre os sensores 2 e 3. Os dois carrinhos, foram pesados, e equilibrados por meio de massas, em virtude de um deles possuir massa maior, onde a massa do carrinho 1 foi m1= 0,266kg e m2=0,267kg. Para o funcionamento do trilho, foi ligado o gerador de fluxo de ar, onde fez-se necessário fazer o nivelamento do trilho, tendo assim uma minimização da aceleração, para assim, o carrinho não obtenha movimento, quando em repouso. Estando tudo calibrado, a não obter-se futuros imprevistos, os carrinhos foram ajustados, um na posição inicial onde ficava o eletroímã, e o subsequente entre os dois sensores fotoelétricos do meio, sendo assim, quando a partir do impulso manual, o carrinho 1, colidisse com o carrinho 2 no meio dos sensores, e assim a velocidade ser calculada com o cronômetro onde o tempo 1 era calculado após o carrinho passar pelos dois primeiros sensores, e o tempo 2 coletado após o carrinho 2 ter passado, e assim os dados foram coletados, e calculados que seguem na seção de resultados, na parte do experimento. 4.2 COLISÃO INESLÁSTICA Assim como houve no primeiro momento, as posições dos sensores fotoelétricos foram mantidas, e os materiais foram utilizados novamente, onde fez-se o mesmo procedimento de nivelamento do trilho de ar, mantendo o carrinho com a mínima interferência de adquirir movimento, quando em repouso, assim como foi feita a medida das massas dos carrinhos 1 e 2, com a diferença de além do dito, os fixadores para a colisão inelástica foram acoplados aos dois carrinhos. Dando inicio a bateria de testes no segundo momento do experimento, os carrinhos foram alocados as suas posições iniciais, assim como no primeiro momento, após o desligamento da chave liga/desliga do eletroímã, o impulso foi dado manualmente e os carrinhos faziam a colisão inelástica, sendo assim, coletados os dados do cronômetro digital onde foram preenchidos na tabela 2, conforme informado na seção de resultados apresentados a seguir. 5 RESULTADOS TABELA 1 | VALORES DAS GRANDEZAS PARA UMA COLISÃO ELÁSTICA ∆X1(m) ∆t1(s) V1(m/s) M1(m) P1(kg. M/s) K1(J) ∆X2(m) ∆t2(s) V2(m/s) M2(m) P2(kg. M/s) K2(J) 0,100 0,221 0,452 0,266 0,120 0,025 0,100 0,225 0,444 0,267 0,118 0,026 0,100 0,339 0,294 0,266 0,078 0,011 0,100 0,344 0,290 0,267 0,077 0,011 0,100 0,257 0,389 0,266 0,103 0,020 0,100 0,264 0,378 0,267 0,100 0,019 0,100 0,161 0,621 0,266 0,165 0,051 0,100 0,165 0,606 0,267 0,161 0,049 0,100 0,162 0,617 0,266 0,164 0,050 0,100 0,170 0,588 0,267 0,156 0,046 TABELA 2 | VALORES DAS GRANDEZAS PARA UMA COLISÃO INESLÁSTICA 6 QUESTIONÁRIO 1 – Considerando uma margem de erro de 5 %, verifique se houve conservação do momento em choques elásticos (Tabela 01). Se não houve, explique seus resultados.Resposta: Segundo nossas fontes de pesquisa, é pra haver conservação do momento linear quando a colisão for elástica. Vamos provar essa afirmação com os dados da tabela. Usando as informações registradas, temos a porcentagem da diferença entre os valores do momento antes e depois das 5 colisões elásticas, respectivamente de 1 a 5, de: 1,69%, 1,29%, 3%, 2,42% e 4,87%. Todos os valores estão dentro da margem de erro, logo houve uma conservação do momento linear. Como não havendo ação de forças externas o momento é conservado, isso explica por que a velocidade dos objetos colididos aumenta ou diminui. 2 - Considerando uma margem de erro de 5%, verifique se há conservação da energia cinética em choques elásticos (Tabela 01). Se não houve, explique seus resultados. Resposta: Fazendo um processo análogo ao do exercício anterior, temos a porcentagem da diferença da energia cinética antes e depois dos 5 choques elásticos, respectivamente de 1 a 5, de: 3,84%, 0%, 3,74%, 3,92% e 4,56%. Todas as porcentagens estão dentro da margem de erro de 5%, então há conservação de energia numa colisão elástica. Isso prova também o que afirmamos no início de que a energia cinética é conservada. 3 - Considerando uma margem de erro de 5%, verifique se há conservação do momento em choques inelásticos (Tabela 02). Se não houve, explique seus resultados. Resposta: Numa colisão inelástica, no momento do choque as massas, antes separadas, se unem e continuam seu percurso unidas. Como elas são consideradas, agora, uma só, a massa também é uma só, logo a massa dessa união será m = 0,533kg. Avaliando os resultados obtidos dos momentos lineares antes e depois nas cinco colisões, temos uma porcentagem de diferença de: 0%, 1,26%, 1,19%, 1,16% e 0%. Então, provamos através dos resultados que o momento linear, tanto numa colisão elástica como numa inelástica, é conservado pois os resultados das porcentagens estão dentro da margem de erro de 5%. 4 - Considerando uma margem de erro de 5%, verifique se há conservação da energia cinética em choques inelásticos (Tabela 02). Se não houve, explique seus resultados. Resposta: De forma análoga, calculamos a porcentagem da diferença das energias cinéticas antes e depois da colisão, respectivamente de 1 a 5, temos: 55,28%, 54,54%, 53,66%, 71,42% e 20%. Como esperado, todos os valores não estão dentro da margem de 5%, logo não há conservação de energia cinética. Essa dissipação de energia é devida as propriedades ∆X1(m) ∆t1(s) V1(m/s) M1(m) P1(kg. M/s) K1(J) ∆X2(m) ∆t2(s) V2(m/s) M2(m) P2(kg. M/s) K2(J) 0,100 0,380 0,263 0,266 0,069 0,009 0,100 0,765 0,130 0,533 0,069 0,004 0,100 0,337 0,296 0,266 0,078 0,011 0,100 0,670 0,149 0,533 0,079 0,005 0,100 0,314 0,318 0,266 0,084 0,013 0,100 0,625 0,160 0,533 0,085 0,006 0,100 0,305 0,327 0,266 0,086 0,012 0,100 0,608 0,164 0,533 0,087 0,007 0,100 0,254 0,393 0,266 0,104 0,008 0,100 0,509 0,196 0,533 0,104 0,010 microscópicas dos corpos colididos, o que resulta num aumento da energia interna do corpo, consequentemente a temperatura aumenta. 5 - Calcule o valor de ɛ em cada colisão. Ele é maior nas colisões elásticas ou nas colisões inelásticas? Este resultado é o esperado? Resposta: O valor de e para as 5 colisões elásticas foi: 0,982, 0,986, 0,971, 0,975 e 0,952. Para as 5 colisões inelásticas: 0,494, 0,503, 0,503, 0,501 e 0,498. O coeficiente de restituição é maior nas colisões elásticas. O resultado esperado do coeficiente para uma colisão elásticas é 1 pois a energia é conservada. Nas colisões inelásticas o coeficiente é para ser 0 pois não existirá velocidade relativa de afastamento (eles estão unidos). Porém, os valores foram bem próximos e podemos considerar os coeficientes adequados, mesmo os resultados da colisão inelástica serem semelhantes com o de uma colisão parcialmente elástica. 7 CONCLUSÃO O experimento serviu como recapitulação do conteúdo teórico de Colisões, à medida que promoveu interação da equipe, com o objetivo de constatar por meio e análise dos dados coletados se houve conservação de energia, e o momento linear nas colisões elásticas. No primeiro momento, através dos dados que foram capturados junto ao experimento por meio dos materiais utilizados, e assim feitos os cálculos para então completar as tabelas, obtemos dados satisfatórios, onde percebemos que tanto a energia cinética, assim como o movimento linear antes e depois da colisão se mostraram bem aproximados favorecendo a ideia de conservação da energia, proposto pelo professor. Já no segundo momento, aos dados coletados na colisão inelástica, através dos dados coletados e calculados, foi visto que depois da colisão dos carrinhos, a velocidade era um pouco diferente, em virtude da posição dos carrinhos, havendo uma pequena diferença tanto na energia cinética, mostrando mesmo assim que existe a conservação de energia. Ao analisar todos os resultados dos exercícios, os valores registrados das experiências foram bem próximos do real (sem a interferência de forças externas), provamos que há conservação de momento ou de energia nas colisões elásticas e inelásticas. 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COLISÕES. In: InfoEscola, Navegando e aprendendo. Disponível em: https://www.infoescola.com/mecanica/colisoes/. Acesso em: 13/05/2019. COLISÕES - TIPOS DE COLISÕES. In: EducaBras. Disponível em: https://www.educabras.com/enem/materia/fisica/mecanica_cinematica/aulas/colisoes_tipos_d e_colisoes. Acesso em: 13/05/2019. CONSERVAÇÃO DE MOMENTO LINEAR. In: Luciano Mentz. Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20042/Luciano/colisoes.html. Acesso em: 13/05/2019. - Colisão inelástica. In: Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Colis%C3%A3o_inel%C3%A1stica. Acesso em 13/05/2019.
Compartilhar