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1 Adaptações ao Treinamento de Força Prof. Mauro Batista 2 Sistema músculo esquelético • Ossos • Músculos • Tecidos conectivos Todos contribuem para a funcionalidade do sistema 3 • Ossos: – suporte estrutural para o sistema • Músculos: – contém as unidades contrateis – convertem a energia química em mecânica • Tecidos conectivos: – Transferem força produzida pelos músculos para as alavancas ósseas 4 • Criação, transmissão e sustentação de forças: – depende do equilíbrio entre os três componentes • Estresse produzido por exercício exige que ossos, músculos e tecidos conectivos se adaptem para manter a integridade do sistema. • Ossos e tecidos conectivos não acompanham a velocidade de adaptação dos músculos. – Qual a implicação disso? 5 Adaptações ósseas, musculares e do tecido conectivo à diferentes programas de treinamento 6 força do muscular à força de ossos e tecidos conectivos força do muscular à força de ossos e tecidos conectivos 7 Efeito da Imobilidade Imobilidade Densidade mineral óssea Sujeito acamado > Sujeito imobilizado Sobrecarga Compressiva • Fundamental que seja aplicada na coluna e ossos longos, em programas de exercícios para o aumento da massa óssea • Será que a hidroginástica é interessante nessa situação? – Porque os médicos insistem em prescrevê-la? 8 9 Importantes conceitos de treinamento para estimular a formação óssea • Há correlação positiva entre DMO e força do músculo conectado ao respectivo osso. • Atividades que estimulam a hipertrofia muscular e ganhos de força também estimulam crescimento do osso e do tecido conectivo. 10 Pico da DMODMO Osso osteoporótico Idade (anos) 11 Importantes conceitos de treinamento para estimular a formação óssea • Treinamento para promover ganho de massa óssea deve respeitar os conceitos de: • Especificidade • Sobrecarga progressiva • Variação 12 Conceito de especificidade • O organismo promove o crescimento do osso na região submetida ao stress. – Considerar regiões mais comumente acometidas pela osteoporose. 13 Osteoporose • Diminuição progressiva da densidade mineral óssea à níveis críticos. – Esqueleto não absorve forças, o que resulta em fraturas ósseas – Piores locais de fratura são a coluna e quadris • Massa óssea deve ser aumentada no início da idade adulta – (Idade que suportam atividades físicas mais intensas) 14 Conceito de sobrecarga progressiva • Ossos e os tecidos conectivos respondem às forças que ameaçam a integridade do sistema... • ... Aumentar progressivamente exigência sobre essas estruturas 15 Componentes essenciais da sobrecarga mecânica • Magnitude (intensidade) • Velocidade da carga • Direção da carga • Volume da carga (nº de repetições) 16 Intensidade da carga • > intensidade da carga > o estímulo para o crescimento ósseo. • Atividades de alta potência aumentam o estímulo para crescimento ósseo. • As sobrecargas devem ser longitudinais ao eixo do osso. • Os exercícios escolhidos devem permitir o uso de altas cargas absolutas. 17 Ex. de programa para aumento da massa óssea • Volume: 3 a 6 séries até 10 repetições • Carga: 1-10 RM • Intervalo 1- 4 minutos • Variação: periodização típica para aumento da hipertrofia muscular • Seleção de exercícios: agachamentos, peso morto, supino, desenvolvimento. Importância da Freqüência de Estímulos 18 19 N. de estresse por dia A um en to n a m as sa ó ss ea % Tempo (dias) 20 Adaptações Neurais e Musculares ao Treinamento de Força • Hipertrofia • Hiperplasia • Adaptações Neurais ao Treinamento de força 21 Hipertrofia • “Crescimento ou desenvolvimento excessivo de um órgão ou parte dele, devido ao aumento do tamanho de suas células constituintes.” • No nosso contexto: – É o aumento no diâmetro das células musculares, que resulta do treinamento de força. 22 Hipertrofia • Envolve o aumento da síntese das proteínas contráteis actina e miosina Hipertrofia • Aumento do diâmetro celular ocorre porque: – Ocorre aumento no diâmetro das miofibrilas – Ocorre aumento no número das miofibrilas 23 24 Hipertrofia • Todos os tipos de fibras musculares se hipertrofiam • > Hipertrofia em fibras musculares tipo II. • Depende de período longo de treinamento • Aumento significativo após 8 semanas 25 Hipertrofia TECIDO CONJUNTIVO: • Treinamento de força aumenta espessura: – Ligamentos – Tendões – Cartilagens – Epimísio – Perimísio – Endomísio 26 Hiperplasia “Aumento benigno de um tecido devido à multiplicação das células que o compõem” • No nosso contexto: – É o aumento do número de fibras musculares dentro do músculo. Hiperplasia • Divisão longitudinal das fibras musculares em razão do treinamento de força de alta intensidade. 27 Hipertrofia Hiperplasia SPLITTING Divisão da Fibra muscular 29 Hiperplasia • Divisão longitudinal das fibras musculares em razão do treinamento de força de alta intensidade. • A hiperplasia foi comprovada em estudos envolvendo animais. • Em humanos, há estudos que a comprovam e outros que a rejeitam. 30 Hiperplasia • Maioria dos estudos mostrando hiperplasia são realizados com animais (geralmente aves). • Como sobrecarga (nesses estudos): – Peso anexado à uma das asas. Ou... – Coloca-se uma espécie de mola que mantém o músculo estendido por um determinado período. 31 Hiperplasia • Dois procedimentos são usados para verificar se o treinamento (sobrecarga) provocou o aumento do nº de fibras: 1º Método: CONTAGEM HISTOQUÍMICA: - Coletar uma amostra de músculo (biópsia) - Corar essa amostra com um reagente para enzima aTPase - Contar o número total de células. Obs: esse procedimento assume que a amostra de tecido representa o músculo todo. 32 Hiperplasia • Desvantagem do método de contagem histoquímica: – A amostra pode não representar o músculo – A amostra é retirada do ventre medial do músculo onde possui maior circunferência; 33 Hiperplasia • Desvantagem do método de contagem histoquímica: – Método assume que todas as fibras vão da extremidade proximal à distal do músculo (o que não é verdadeiro para alguns músculos). – Pode acontecer de o treinamento induzir o surgimento de novas fibras na região distal e não na proximal. 34 Hiperplasia 2º Método: CONTAGEM DIRETA: • Digestão através do ácido nítrico. – Músculo é mergulhado em ácido nítrico. – Fibras musculares são separadas e contadas uma a uma. Desvantagem: – Só pode ser feito com animais, já que temos que matá-lo ao final do experimento. 35 Hiperplasia • Os estudos que rejeitam a hiperplasia defendem que sua ocorrência é provocada pelo método empregado na avaliação. HIPERPLASIA • Não verificação pode relacionada com duração do treinamento no estudo. – Estudos têm duração de poucas semanas ou meses – Hiperplasia pode exigir tempo maior para ocorrer • De acordo com teoria da divisão longitudinal, hiperplasia ocorre depois que célula atinge elevado grau de hipertrofia (o que exige tempo prolongado de treino) 36 37 Hiperplasia Estudos com humanos: FISICULTURISTAS X NÃO TREINADOS (normais): – Biopsia: • Músculos maiores que o normal • Fibras musculares não eram maiores do que o normal Obs.: Isto sugere que fisiculturistas tinham mais fibras musculares que não trinados (Hiperplasia?) 38 Hiperplasia Em outro estudo... • FISICULTURISTAS X NÃO TREINADOS – Fisiculturistas: músculos maiores – Biopsia • Mesmo número de fibras que o não treinados... OBS.: Isto sugere que o tamanho grande do músculo deve-se a hipertrofia das fibras muscularesjá existentes (não há hiperplasia!!!) 39 Hiperplasia • É bastante controverso. • Hiperplasia não é resposta adaptacional primária das fibras musculares • Pode ocorrer quando certas fibras alcançam um limite superior para o tamanho da célula. 40 Hiperplasia • Se ela ocorre... – Principal incidência é sobre fibras tipo II – Responde por 5 a 10 % do aumento no tamanho de um músculo. Outras adaptações ao treinamento de força 41 42 • ANALISE ESSA SITUAÇÃO: – Em um estudo os sujeitos treinaram: • 2 x por semana, durante 8 semanas • 6 a 12RM • Exercícios: agachamento, leg press, cad extensora – Resultados: • Aumento da força dinâmica Máxima • Nenhuma alteração no tamanho das fibras musculares • Nenhuma alteração no número das fibras musculares Como isso é possível ??? 43 Adaptações Neurais ao Treinamento de Força Adaptações neurais são responsáveis pelos aumentos de força observados no início de um programa de treinamento. Adaptações Neurais ao Treinamento de força Permitem maior ativação muscular 44 Maior geração de tensão Modelo de Ganhos de Força As principais são: - Aumento da frequência de disparos das unidades motoras - Aumento do recrutamento das unidades motoras - Aumento do sincronização das unidades motoras 46 Adaptações Neurais ao Treinamento de força Unidade Motora Fibra Muscular Placa Motora Neurônio Motor Ativação das Unidades Motoras Leve Moderada Máxima % T en sã o m us cu la r Tensão muscular Limiar de Ativação Alta Moderada Baixa Unidade Motora 1RMAlta Potência Alta Força 5RM 10 RM 15 RM 20 RM Tipo I Tipo II Tesch et al., JSCR 1998 Goldspink, 1992 50 • Treinamento de força promove: – Aumento da frequência de disparos das UM – Efeito é verificado após poucas sessões de treinamento Adaptações Neurais ao Treinamento de força • Tensão gerada é maior, quanto menor for o intervalo de tempo entre os impulsos que chegam as fibras • Quanto maior a freqüência, menor o intervalo. 51 Aumento da Freqüência de Disparos de U.M. 52 Aumento do recrutamento de Unidades Motoras • Voluntariamente, temos muita dificuldade para ativar todas as UMs existentes em um músculo (Déficit de Ativação) • Sujeitos não treinados têm maior Déficit de Ativação • Com o treinamento de força, o músculo torna-se capaz de ativar unidades motoras não ativadas antes do treinamento. 53 Aumento da sincronização das Unidades Motoras • A ativação mais sincronizada das unidades motoras implica numa produção maior de força, pois a tensão produzida por diferentes unidades motoras é somada. Outras adaptações neurais • Diminuição da co-contração (Agonista-antagonista). • Melhor coordenação entre agonistas e sinergistas • Aumento da área da placa motora 54 Tchau! PNTM 55
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