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Arno Wiese
Gestão de Crédito, 
Cobrança e Risco
Sumário
03
CAPÍTULO 3 – O que são e para que Servem as Ferramentas de Análise de Crédito? ............05
Introdução ....................................................................................................................05
3.1 Demonstrativos Financeiros .......................................................................................05
3.1.1 Os diferentes demonstrativos financeiros ............................................................06
3.1.2 Balanço Patrimonial .........................................................................................06
3.1.3 Demonstração de Resultado do Exercício ...........................................................10
3.1.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ............................................10
3.1.5 Demonstração do Fluxo de Caixa ......................................................................12
3.2 Índices ....................................................................................................................15
3.2.1 Análise dos indicadores ....................................................................................15
3.2.2 Índices de Liquidez ..........................................................................................17
3.2.3 Índices de endividamento .................................................................................19
3.2.4 Índices de imobilização ....................................................................................20
3.2.5 Índices de lucratividade ....................................................................................21
3.2.6 Índice de Rentabilidade Sobre o Patrimônio Líquido .............................................22
3.2.7 Índice de Prazo Médio .....................................................................................23
3.3 Análise Vertical ........................................................................................................25
3.4 Análise Horizontal ....................................................................................................26
Síntese ..........................................................................................................................27
Referências Bibliográficas ................................................................................................28
Capítulo 3 
05
Introdução
Provavelmente, você já deve ter ouvido que, nos anos de 1970 e 1980, quando alguém era con-
tratado por uma empresa, ele precisava “tirar a chapa do pulmão”! Este era um procedimento 
adotado pelas empresas que consistia na realização de um diagnóstico por meio do raio X do 
tórax. Saiba que o objetivo era saber se o candidato à vaga possuía condições de desenvolver 
suas atribuições, principalmente se estas implicassem atividades físicas de grande esforço rela-
cionadas aos setores produtivos da empresa.
E se lhe dissermos que as ferramentas de análise financeira podem se assemelhar à “chapa do 
pulmão” de uma empresa? O que você poderia concluir? Obviamente, você não tem como co-
locar uma empresa na máquina de raio X, mas, ao analisar seus demonstrativos financeiros, que 
consistem em evidências contábeis, terá condições de saber como está sua saúde financeira. Terá 
condições de dizer se a empresa está apta a obter crédito com base no histórico das suas ações 
administrativas. Neste capítulo, você estudará somente as ferramentas destinadas às pessoas 
jurídicas, entendido?
Você perceberá como são de fundamental importância os instrumentos utilizados para análise 
da saúde financeira de uma empresa. Aqui, entenderá como os demonstrativos fornecem dados 
que permitem compreender como a empresa tem sido administrada e de que forma o histórico 
de gestão desta poderá ser benéfico ou não para o futuro, principalmente quando for necessário 
requerer crédito junto às instituições financeiras.
Verá, também, como os índices de liquidez apontam a capacidade das empresas de serem solú-
veis – com condições de pagar suas dívidas por meio do uso de seus ativos –, suas possibilidades 
de honrar os compromissos ao calcular os índices de endividamento e como as técnicas de aná-
lises vertical e horizontal apresentam a evolução das empresas.
Preparado para novos conhecimentos a serem explorados, que o capacitarão para os desafios 
profissionais em seus projetos? Então, mãos à obra e bons estudos!
3.1 Demonstrativos Financeiros
De suma importância para a análise de concessão de crédito às empresas, os demonstrativos fi-
nanceiros apresentam o processo histórico, bem como a atual situação da pessoa jurídica. Saiba 
que, assim, os analistas podem avaliar e decidir sobre a concessão ou não do crédito. 
Essas ferramentas oferecem dados quanto à capacidade de pagamento da empresa – no am-
biente de negócios, isso é conhecido como “liquidez”. Tenha em mente que as informações são 
baseadas no grau de endividamento, no índice de lucratividade e na rentabilidade, itens funda-
mentais para quaisquer análises sobre a capacidade de uma empresa de honrar seus compro-
missos de empréstimos.
O que são e para que 
Servem as Ferramentas de 
Análise de Crédito?
06 Laureate- International Universities
Gestão de Crédito, Cobrança e Risco
3.1.1 Os diferentes demonstrativos financeiros
Lembre-se sempre de que os demonstrativos contábeis são obrigatórios e devem seguir um sis-
tema de contabilidade baseado na escrituração uniforme de seus livros de forma condizente à 
respectiva documentação. É preciso, ainda, elaborar anualmente o balanço patrimonial e o de 
resultado econômico do período, conforme determina a Lei nº 10.406/02, que instituiu o novo 
Código Civil, mais especificamente os Arts. 1.179 a 1.195 (SCHERRER, 2012). Para organizar 
seu estudo, aqui abordaremos as seguintes demonstrações contábeis:
•	 Balanço Patrimonial (BP);
•	 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
•	 Demonstração das Mutações de Patrimônio Líquido (DMPL);
•	 Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC). 
Fique atento: há ainda a Demonstração do Valor Adicionado (DVA), obrigatória somente para 
as empresas de capital aberto, aquelas que possuem ações negociadas na bolsa de valores. O 
objetivo desse demonstrativo é oferecer a possibilidade de análise das demais empresas perten-
centes ao grupo, quando for o caso. Esse instrumento não será objeto de estudo neste momento. 
Considere também a existência das notas explicativas e dos pareceres de auditores, que contri-
buem com informações complementares aos demonstrativos.
3.1.2 Balanço Patrimonial
Como você pode perceber pelo nome, o Balanço	Patrimonial	(BP) apresenta uma análise da si-
tuação patrimonial da empresa, a qual consiste no conjunto de bens, direitos e obrigações desta. 
Para melhor compreender como o analista de crédito verifica a liquidez de um empreendimento, 
você precisa, primeiramente, entender em que consiste cada item que compõe o patrimônio de 
uma empresa:
•	 Bens: chamados de ativos na linguagem contábil, possibilitam à empresa desenvolver 
suas atividades. Os ativos podem ser tangíveis (computadores, máquinas, equipamentos, 
etc.) ou intangíveis (marcas, patentes, software, entre outros);
•	 Direitos: para uma análise contábil, saiba que o direito de uma empresa consiste em 
algo no qual ela possui condições de exigir que se realizem. São, por exemplo, valores 
decorrentes de comercialização cuja forma de pagamento combinada com o cliente fora 
a prazo. Ou seja, a empresa possui o direito de receber tal pagamento, o qual, por vezes, 
pode ser documentado por meio da emissão de um título (boleto);
•	 Obrigações: consistem nos compromissos que uma empresa deverá honrar ante seus 
credores e fornecedores, tal como a compra de mercadorias que serão pagas a prazo. 
Na linguagem contábil, são identificadascomo sendo o “passivo” da empresa. Outros 
tipos de passivos que você deve conhecer: os salários, os impostos a pagar, os encargos 
sociais a pagar, etc.
Veja, portanto, que o patrimônio possui sentido amplo! Afinal, por um lado significa o conjunto 
de bens e direitos pertencentes a uma empresa e, por outro, inclui as obrigações a serem pagas 
pela mesma personalidade jurídica.
07
Porém, entenda que o patrimônio não indica a verdadeira riqueza de uma empresa, pois esta 
pode se encontrar em uma situação desfavorável ou até mesmo totalmente endividada, ainda 
assim com números de patrimônio elevados. Diante disso, para diagnosticar sua condição real, 
você precisa conhecer a capacidade de liquidez, ou seja, se a empresa possui condições de 
honrar seus compromissos.
E como fazer isso? Some todos os bens e direitos que esta empresa possui e subtraia os valores 
das obrigações. Desta forma, o resultado indicará o quadro real, o que, na linguagem contábil, 
é conhecido como o Patrimônio	Líquido	(PL).
Bens Direitos PatrimômioLíquidoObrigações+ - =
Ativo - Passivo PatrimômioLíquido=
Figura 1 – Modelo para obtenção do Patrimônio Líquido (PL) de uma empresa.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.
Para compreender melhor como o BP pode ser analisado, observe aqui um paralelo desse instru-
mento com o demonstrativo de pagamento de um trabalhador (holerite). Os valores brutos de um 
holerite são compostos pelo salário completo do funcionário, somados aos eventuais benefícios 
que lhe são proporcionados, não é? Na comparação, esse grupo corresponderia ao Ativo no BP. 
Os descontos que ocorrem no salário (INSS, IRPF, etc.), seriam o Passivo da empresa do BP. O 
trabalhador recebe o valor líquido do seu salário, advindo desse cálculo. Na analogia exposta 
aqui, é comparável ao Patrimônio Líquido da empresa, entendido?
VOCÊ QUER VER?
Para compreender muitas das situações que verá neste capítulo, é importante você 
conhecer a origem do pensamento contábil. Não é assim quando vamos comprar um 
carro seminovo, por exemplo? São fundamentais as perguntas: “qual a quilometra-
gem?”; “quantos donos este carro já teve?”. Com as ferramentas de análise do crédito 
é a mesma coisa. Por isso, reserve um momento rápido para assistir ao vídeo “História 
da Contabilidade” e conhecer melhor o universo contábil que você está explorando. 
Confira no link: < https://www.youtube.com/watch?v=BfJ0IvyfNJc> .
08 Laureate- International Universities
Gestão de Crédito, Cobrança e Risco
Circulante
Veículas
Móveis e utens.
Total
15.000,00
8.000,00
28.080,00
Descrição Referência Vencimentos Descontos
Fundação KLG de Ensino - Demonstrativo de pagamento
Horas trabalhadas 220
Adicional noturno 25%
Benefício 1
INSS 11%
IRPF 15%
2.540,00
650,00
180,00
290,40
395,00
Total 3.480,00 585,40
Valor Líquido 2793,60
Sal. Cont. INSS Base Cálculo FGTS FGTS do mêsSalário base
3.480,00 3.480,00 585,4012,00
Valores 
Brutos Desconto
Salário
Líquido
Circulante
Ativo
Caixa
Banco conta movime
Duplicatas a receber
Estoque de mercador
Valores 
Brutos
600,00
980,00
1.500,00
2.000,00
Pa
Capital Social
Total
10.000,00
28.080,00
Circulante
Passivo
Salário a pagar
INSS a recolher
FGTS a recolher
Fornecedores
1.710,00
1.390,00
450,00
14.530,00
Desconto
Salário
Líquido
Figura 2 – Comparação do holerite com o Balanço Patrimonial.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2011.
Compreenda, assim, que o PL representa a riqueza líquida da empresa. Dentre as análises, a 
situação patrimonial das pessoas jurídicas pode ser diagnosticada da seguinte forma:
•	 Situação	Ativa	ou	Superavitária: caracteriza-se pelo fato de o total dos elementos do Ativo 
(bens e direitos) ter valor maior em seu montante ao total dos elementos do Passivo (obrigações);
09
Bens 1.357,00 Obrigações 788,00 
Direitos 758,00 Situação Líquida 1.327,00 
Total 2.115,00 Total 2.115,00 
Situação Ativa ou Superavitária
BALANÇO PATRIMONIAL
PASSIVOATIVO
Quadro 1 – Situação ativa ou superavitária.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.
•	 Situação	Nula: saiba que esta hipótese ocorre quando o Ativo é inteiramente absorvido 
pelo Passivo (obrigações). O valor do Passivo Exigível é igual ao Ativo Total;
Bens 1.357,00 Obrigações 2.115,00 
Direitos 758,00 Situação Líquida - 
Total 2.115,00 Total 2.115,00 
Situação Nula
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Quadro 2 – Situação nula.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.
•	 Situação	Passiva: quando a soma do Passivo Exigível da empresa é superior ao total do 
Ativo, indicando que existe uma situação negativa no momento de análise realizada no 
BP da empresa.
Bens 1.357,00 Obrigações 2.350,00 
Direitos 758,00 Situação Líquida 235,00- 
Total 2.115,00 Total 2.115,00 
Situação Passiva
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Quadro 3 – Situação passiva.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.
O italiano Luca Bartolomeo de Pacioli (1445-1517) é considerado o pai da Contabili-
dade, pois criou o Método das Partidas Dobradas. Conforme esse modelo, para todo 
crédito há um débito, ou seja, trata-se de identificar a origem e o destino de todos os 
recursos. Em 10 de novembro de 1494, publicou o livro “Summa de Arithmetica, Geo-
metria, Proportioni et Proportionalità” (Conhecimentos de Aritmética, Geometria, Pro-
porção e Proporcionalidade). No capítulo “Tratactus de Computis et Scripturis” (Conta-
bilidade por Partidas Dobradas), apresentou o famoso Método das Partidas Dobradas.
VOCÊ O CONHECE?
10 Laureate- International Universities
Gestão de Crédito, Cobrança e Risco
3.1.3 Demonstração de Resultado do Exercício
A Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) consiste em uma estrutura que evidencia o desem-
penho da empresa organizando as receitas auferidas e as despesas do período analisado. Entenda 
que, dessa maneira, possibilita avaliar se houve lucro ou prejuízo. Essa ferramenta expõe a riqueza 
gerada pelo empreendimento em um determinado exercício, pois se trata da ordenação das re-
ceitas e despesas. A primeira é decorrente da transação de seus produtos ou serviços, mesmo que 
ainda não se tenha recebido os valores correspondentes. As despesas, por sua vez, compreendem 
as ações despendidas pelo empreendimento com o intuito de lograr êxito na geração de receita.
Tenha atenção ao fato de que a elaboração deste demonstrativo é realizada por meio do Regime 
de Competência. Assim, as receitas são lançadas quando realizadas, o que não significa que 
houve a entrada do dinheiro no caixa, razão pela qual é preciso sempre confrontar a DRE com 
o Demonstrativo do Fluxo de Caixa (DFC). Entenda que o primeiro instrumento aponta a capaci-
dade de realização de receita e o segundo permite avaliar a capacidade do caixa em honrar os 
compromissos (entradas - saídas).
Portanto, a DRE consiste na apresentação das operações realizadas pela empresa durante o 
exercício social, enfatizando o resultado líquido do período, explanando o seu desempenho 
(SCHERRER, 2012).
DRE Valores
Receita Bruta 3.450.000,00
(-) Impostos sobre vendas 276.000,00
(=) Receita Líquida 3.174.000,00
(-) Custos de produção 2.063.100,00
(=) Lucro Bruto 1.110.900,00
(-) Despesas Operacionais 685.000,00
 Despesas Administrativas 275.000,00
 Despesas Comerciais 350.000,00
 Outras despesas 60.000,00
(=) LAJIR 425.900,00
(-) Despesas Financeiras 45.000,00
(=) LAIR 380.900,00
(-) Imposto de renda - IR 114.270,00
(=) Lucro Líquido 266.630,00
LAJIR: Lucro Antes 
dos Juros e Impostos
LAIR: Lucro Antes dos Impostos 
(já deduzido os juros).
Quadro 4 – Modelo de DRE.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.
3.1.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Conforme Scherrer(2012), compreenda que a Demonstração das Mutações do Patrimônio Lí-
quido (DMPL) é um relatório de análise que busca evidenciar as alterações ocorridas no PL, por 
meio da explanação do destino dos resultados obtidos no período de exercício. Contam também 
outras mudanças, como as incidentes no capital social da empresa, que é o aporte financeiro 
realizado pelos sócios.
11
CASO
Para você melhor compreender seu funcionamento e seu objetivo, considere o exemplo abaixo, 
no qual uma empresa apresenta no ano X1 o seguinte BP:
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa 800,00 Salário a pagar 5.800,00 
Banco conta movimento 1.930,00 INSS a recolher 1.390,00 
Duplicatas a receber 22.720,00 FGTS a recolher 450,00 
Estoque de mercadorias 55.980,00 Fornecedores 14.530,00 
NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO
IMOBILIZADO
Imóveis 195.000,00 Capital Social 200.000,00 
Veículos 25.000,00 Reservas de lucros 52.260,00 
Móveis e utens. 8.000,00 
(-) Deprec. Acumulada 35.000,00- 
TOTAL 274.430,00 TOTAL 274.430,00 
ATIVO PASSIVO
Figura 3 – Exemplo de Balanço Patrimonial (BP).
Fonte: Scherrer, 2012.
A partir deste exemplo, leve em conta que, no decorrer do ano X2, ocorreram as seguintes mudanças:
•	 Os sócios aportaram o valor de R$	100.000,00 em dinheiro, durante todo o ano X2;
•	 aporte no Capital Social da empresa no valor de R$	 50.000,00, decorrente do valor 
parcial das reservas de lucro;
•	 o lucro líquido no período foi de R$	86.500,00.
Após observar as informações acima, você pode elaborar o DMPL, que ficará da seguinte forma:
12 Laureate- International Universities
Gestão de Crédito, Cobrança e Risco
RESERVA DE 
LUCROS A 
REALIZAR
RESERVAS 
ESTATUTÁRI
AS
RESERVA 
LEGAL
SALDO EM 
31/12/X1 200.000,00 - - - 52.260,00 252.260,00 
Aumento de 
capital:
- - - - - - 
Com lucros e 
reservas
50.000,00 - - - 50.000,00- - 
Com aporte de 
capital
100.000,00 - - - - 100.000,00 
Reversão 
Reservas Lucros 
a Realizar
- - - - - - 
Lucro Líquido do 
Período
- - - - 86.500,00 86.500,00 
Tranf. p/ 
Reservas
- - - - - - 
P/ Reserva Legal - - - - - - 
P/ Reservas 
Estatutárias
- - - - - - 
SALDO EM 
31/12/X2 350.000,00 - - - 88.760,00 438.760,00 
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - DMPL 
PERÍODO ENCERRADO EM 31/12/X2
HISTÓRICO
CAPITAL 
SOCIAL 
(REALIZADO)
RESERVA DE LUCROS
LUCROS 
ACUMULADO
S
TOTAL
Figura 4 – Elaboração do DMPL.
Fonte: Scherrer, 2012.
3.1.5 Demonstração do Fluxo de Caixa
Saiba que a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) se trata de um relatório de suma impor-
tância para a empresa e, no caso deste capítulo, para o analista de crédito. Por meio do DFC, 
você entenderá como as operações da empresa afetam o caixa. No sentido mais amplo, isso 
engloba contas de bancos, aplicações financeiras de curtíssimo prazo, etc., e auxilia a verificar 
se a empresa gera caixa suficiente para investimentos, bem como para diagnosticar se os fluxos 
de caixa gerados atendem às necessidades de liquidar as dívidas da empresa (SCHERRER, 2012).
Para compreender o DFC, você deve, primeiramente, elaborar o BP da empresa e, em seguida, 
aplicar os dados ocorridos durante o período. No exemplo a seguir, considere que uma determinada 
empresa está elaborando o DFC do mês de janeiro do ano de 2010, conforme descrito neste BP:
13
CIRCULANTE 215.680,00 CIRCULANTE 84.445,00 
Caixa 370,00 Salário a pagar 10.830,00 
Banco conta movimento 71.890,00 INSS a recolher 3.110,00 
Duplicatas a receber 69.020,00 FGTS a recolher 985,00 
Estoque de mercadorias 62.400,00 PIS a recolher 410,00 
Juros a apropriar 12.000,00 COFINS a recolher 1.980,00 
ICMS a recolher 3.130,00 
NÃO CIRCULANTE 58.040,00 Empréstimo bancário 42.000,00 
IMOBILIZADO Fornecedores 22.000,00 
Imóveis 12.870,00 
Móveis e utens. 45.170,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 189.275,00 
Capital Social 200.000,00 
Prejuízo acumulado 10.725,00- 
TOTAL 273.720,00 TOTAL 273.720,00 
ATIVO PASSIVO
Figura 5 – Balanço Patrimonial apresentado por uma empresa em 31 de dezembro de 2009.
Fonte: Scherrer, 2012.
Posteriormente, durante o mês de janeiro do ano de 2010, foram lançadas as seguintes operações:
06/jan Recebeu de cliente o montante de R$ 68.020,00
06/jan Pagamento dos salários constantes no BP
06/jan Pagamento do INSS
06/jan Pagamento do FGTS
06/jan Pagamento do PIS
06/jan Pagamento do COFINS
06/jan Pagamento do ICMS
06/jan Compra de um veículo no valor de R$ 45.000,00
15/jan Pagamento do empréstimo bancário, sendo: R$ 2.000,00 a parcela e R$ 800,00 de juros
18/jan Pagamento de R$ 20.000,00 a fornecedores
20/jan Aporte no Capital Social no valor de R$ 50.000,00 mediante depósito bancário
25/jan Compra de móveis no valor de R$ 3.800,00 pagos à vista
31/jan Pagamento do aluguel no valor de R$ 1.600,00
31/jan Pagamento da conta de água no valor de R$ 1.270,00
31/jan Pagamento do contador no valor de R$ 3.580,00
31/jan Pagamento do pro labore dos sócios no valor de R$ 7.400,00
31/jan Venda de mercadorias à vista no valor total de R$ 58.750,00
Figura 6 – Operações lançadas.
Fonte: Scherrer, 2012.
Baseando-se nos dados acima, você pode elaborar o DFC abaixo:
14 Laureate- International Universities
Gestão de Crédito, Cobrança e Risco
71.675,00 
Itens Valor (R$)
Recebimento de clientes 68.020,00 
Pagamento de salários 10.830,00- 
Pagamento do INSS 3.110,00- 
Pagamento do FGTS 985,00- 
Pagamento do PIS 410,00- 
Pagamento do COFINS 1.980,00- 
Pagamento do ICMS 3.130,00- 
Pagamento de juros do empréstimo 800,00- 
Pagamento a fornecedores 20.000,00- 
Pagamento do aluguel 1.600,00- 
Pagamento da conta de água 1.270,00- 
Pagamento honorários contáveis 3.580,00- 
Pagamento do pro labore 7.400,00- 
Venda de mercadorias 58.750,00 
48.800,00- 
Aquisição de veículo 45.000,00- 
Aquisição de móveis e utensílios 3.800,00- 
48.000,00 
Aumento de capital pelos sócios 50.000,00 
Pagamento de parcela empréstimo bancário 2.000,00- 
VARIAÇÃO DO SALDO DE CAIXA 70.875,00 
Saldo inicial 72.260,00 
Saldo Final 143.135,00 
RESUMO DA DEMONSTRAÇÃO
FLUXO DE CAIXA DA ATIVIDADE OPERACIONAL
FLUXO DE CAIXA DE ATIVIDADE DE INVESTIMENTO
FLUXO DE CAIXA DE ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO
Resultado da soma dos itens 
Caixa (R$ 370,00) com Banco Conta 
Movimento (R$ 71.890,00) no BP 
apresentado para este exemplo.
Resultados das somas e 
subtrações referentes aos
 pagamentos e recebimentos
Figura 7 – Modelo de DFC.
Fonte: Scherrer, 2012.
Comovocê pode observar, o DFC apresentou as movimentações referentes ao mês de janeiro 
de 2010, no qual foram realizados pagamentos e recebimentos da empresa, aquisição de bens 
(ativos), aporte dos sócios e pagamento de uma parcela do empréstimo (passivo). Ao final, você 
obtém a variação de caixa, que consiste na diferença entre o saldo do mês anterior e do mês 
corrente. Neste exemplo, trata-se da diferença do saldo de dezembro de 2009 (R$ 72.260,00) 
ante janeiro de 2010 (R$ 143.135,00). O resultado foi o valor de R$ 70.875,00.
Repare que se trata de uma avaliação do empreendimento. Logo, a empresa que está solicitando 
o crédito deve conhecer a importância do DFC como instrumento para analisar a saúde financei-
ra, conforme expressa o Comitê de Pronunciamentos Contábeis em seu CPC 03:
A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais demonstrações 
contábeis, proporciona informações que permitem que os usuários avaliem as mudanças nos 
ativos líquidos da entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e sua 
capacidade para mudar os montantes e a época de ocorrência dos fluxos de caixa, a fim de 
adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades. As informações sobre os fluxos de 
caixa são úteis para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e 
possibilitam aos usuários desenvolver modelos para avaliar e comparar o valor presente dos 
fluxos de caixa futuros de diferentes entidades. A demonstração dos fluxos de caixa também 
concorre para o incremento da comparabilidade na apresentação do desempenho operacional 
por diferentes entidades, visto que reduz os efeitos decorrentes do uso de diferentes critérios 
contábeis para as mesmas transações e eventos (CPC, 2010, p. 2-3).
15
Portanto, com base no que foi expresso acima, você deve concluir que o DFC e as demais fer-
ramentas de análise de crédito (BP, DRE e DMPL) são imprescindíveis pelos seguintes motivos:
•	 Permitem analisar as alterações nos valores financeiros da empresa, a fim de verificar sua 
capacidade de pagamento dos passivos;
•	 possibilitam identificar a capacidade da empresa de gerar caixa ou equivalentes, criando 
critérios para comparação com as demais empresas do mesmo segmento.
O “Manual para o exame de suficiência do Conselho Federal de Contabilidade (CFC)” 
propicia ao interessado uma leitura estruturada, com aspectos conceituais e métodos 
práticos por meio de exercícios propostos e suas respectivas resoluções. As abordagens 
foram elaboradas no âmbito da harmonização das normas contábeis internacionais. É 
uma obra para profissionais já atuantes no mercado de trabalho que desejam aprofun-
damento e atualização nessa área do conhecimento.
VOCÊ QUER LER?
3.2 Índices
Resultado da divisão de dois números, o índice é conhecido também como quociente. Saiba, 
porém, que, em termos financeiros, o chamado índice expressa a relação entre duas informações 
extraídas de um BP. Este é o assunto que discutiremos no tópico a seguir. Acompanhe!
3.2.1 Análise dos indicadores
Os analistas trabalham com a verificação de diversos índices para que possam averiguar a real 
situação de uma empresa. Antes de passarmos para os conceitos de diferentes índices, vamos, 
primeiramente, compreender os possíveis resultados dessas verificações, conforme figura a seguir:
16 Laureate- International Universities
Gestão de Crédito, Cobrança e Risco
Maior 
que 1
Igual 
a 1
Menor 
que 1
Se o resultado do cálculo for maior que 1 (>1) indica que a empresa se 
encontra em uma situação �nanceira positiva, pois consegue pagar os 
seus compromissos.
Se o resultado do cálculo for igual a 1 (=1) indica que a empresa não 
se encontra nem em situação positiva, nem em situação negativa. Na 
verdade indica uma situação de equilíbrio de suas contas, mas sem 
folga de caixa.
Se o resultado do cálculo for igual a 1 (=1) indica que a empresa não 
se encontra nem em situação positiva, nem em situação negativa. Na 
verdade indica uma situação de equilíbrio de suas contas, mas sem 
folga de caixa. 
Figura 8 – Indicadores dos resultados de cálculo de liquidez.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.
Veja que os índices representam a “qualidade” dos aspectos para análise de desempenho de uma 
empresa, os quais são:
•	 Liquidez;
•	 endividamento;
•	 lucratividade;
•	 rentabilidade;
•	 imobilização;
•	 prazo médio.
Para melhor compreensão, vamos iniciar o estudo sobre os tipos de índices utilizados para ava-
liar a situação econômico-financeira das empresas. Para isto, vamos tomar como referência o BP 
a seguir, o qual será utilizado para compreendermos as abordagens que virão.
17
CIRCULANTE 128.090,00 CIRCULANTE 85.807,71 
Caixa 5.500,00 Salário a pagar 17.482,00 
Banco conta movimento 17.889,00 FGTS arecolher 1.485,97 
Aplic. Fin. Curto Prazo (poupança) 41.552,00 INSS a recolher 3.496,40 
Duplicatas a receber 29.657,00 PIS a recolher 279,71 
Estoque de mercadorias 33.492,00 COFINS a recolher 1.328,63 
Empréstimo bancário 20.000,00 
Fornecedores 41.735,00 
NÃO CIRCULANTE 166.725,00 NÃO CIRCULANTE 56.814,00 
Realizável Longo Prazo Exigível de Longo Prazo 56.814,00 
Títulos a receber 21.751,00 
Investimentos
Participação em outras empresas 27.133,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 152.193,29 
Imobilizado Capital Social 100.000,00 
Instalações 75.400,00 Reserva de Lucros 52.193,29 
Veículos 42.441,00 
TOTAL 294.815,00 TOTAL 294.815,00 
ATIVO PASSIVO
Figura 9 – Balanço Patrimonial.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.
Agora, atenção! Para realizar tais cálculos, você deve conhecer dois novos dados que estão no 
BP acima, os quais são:
•	 Ativo Não-Circulante: consiste nos bens da empresa de natureza duradoura, tais como 
máquinas de produção, computadores, aplicações financeiras. Entenda que são todos 
os bens e direitos que uma empresa possui cujo valor só pode ser liquidado no prazo 
superior a 12 meses. O registro desses itens ocorre no lado esquerdo do BP, abaixo dos 
itens do Ativo Circulante (realizáveis no prazo inferior a 12 meses) e podem aparecer no 
BP como Realizável a longo prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.
•	 Passivo Não-Circulante: corresponde a todas as obrigações que a empresa terá de honrar 
no futuro, mas superior ao prazo de 12 meses, tais como: financiamentos, pagamento 
de empréstimos, obrigações tributárias, etc. Seus registros ocorrem do lado direito do BP, 
abaixo do registro do Passivo Circulante.
3.2.2 Índices de Liquidez
Pois bem! Chegou o momento de você conhecer os índices de liquidez e verificar o que eles 
representam. Vamos começar com o Índice de Liquidez Corrente (ILc). Você já ouviu falar nele?
O ILc demonstra a capacidade da empresa em honrar seus compromissos de curto prazo, por 
meio de suas disponibilidades financeiras, de contas a receber e dos estoques, indicando o quan-
to a empresa possui de ativos realizáveis (de rápida liquidez) no curto prazo para cada unidade 
monetária da dívida contraída com terceiros.
18 Laureate- International Universities
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Para melhor compreendermos este índice, vamos utilizar os dados contidos no BP de referência 
e aplicar conforme a fórmula para o ILc. Observe:
Neste caso, o resultado apontou o índice de 1,49. Mas, o que isso quer dizer, afinal? Isso signi-
fica que a empresa possui condições de saldar seus compromissos no curto prazo, pois o índice 
foi maior que 1. Para uma análise mais detalhada, indica que para cada R$ 1,00 (um real) de 
dívida, a empresa possui R$ 1,49 (um real e quarenta e nove centavos) para quitá-la; ou seja, 
mesmo pagando todos os seus compromissos no curto prazo, ainda sobraria R$ 0,49 (quarenta 
e nove centavos). Viu como ficou claro?O próximo índice que vamos estudar é o Índice de Liquidez Imediata (ILi) . Esse índice expressa 
a capacidade de pagamento da empresa em honrar os seus compromissos no curto prazo, con-
siderando de forma hipotética, que todo o Passivo Circulante da empresa vença no primeiro dia 
útil seguinte ao fechamento do balanço.
Assim, aplicando a fórmula do ILi, conforme os dados do BP, temos: 
Repare que o resultado aqui foi o índice de 0,76, ou seja, menor que 1 (<1). Isso indica que 
a empresa não teria condições de saldar na sua totalidade, as dívidas já no dia imediato ao 
fechamento do BP, caso a hipótese viesse a se confirmar. Em números relativos, a capacidade de 
pagamento da empresa nesta hipótese seria de 76% do seu Passivo Circulante.
Ainda, vale ressaltar que, nesse exemplo, a aplicação financeira de curto prazo se refere a uma 
aplicação na poupança, a qual pode ser resgatada a qualquer momento sem penalidades con-
tratuais (multas, taxas, etc.). Porém, muitas vezes, as aplicações de curto prazo podem conter em 
seus contratos algumas penalidade no resgate, dependendo do tipo de aplicação.
E o que seria o Índice de Liquidez Seca (ILs)? Saiba que esse índice reflete a capacidade de uma 
empresa pagar suas obrigações de curto prazo, considerando a hipótese de que a empresa não 
conseguirá vender seu estoque para auxiliar no pagamento. Vamos à fórmula para facilitar!
Utilizando os dados contidos no BP para aplicá-los na fórmula de cálculo do ILs, temos:
Como você já observou anteriormente, se o índice resultar em algum número maior que 1 (>), a 
informação é positiva. Neste caso, o índice obtido mostra que a empresa possui recursos finan-
ceiros suficientes no curto prazo (até 12 meses) para saldar seus compromissos, independente 
da venda imediata de seu estoque. Esse resultado expressa que, para cada R$ 1,00 de dívida, a 
empresa possui 10% a mais para saldá-la.
19
Já o Índice de Liquidez Geral (ILg) apresenta de forma ampla a capacidade da empresa em hon-
rar seus compromissos. Este possui a finalidade de refletir a capacidade da empresa em quitar 
seus compromissos a longo prazo, por meio da análise dos ativos realizáveis no curto e no longo 
prazos, ante as dívidas também de curto e longo prazos.
Assim, obtemos o seguinte indicador:
Conforme você já verificou nos índices anteriores, nesse exemplo, a empresa possui plenas con-
dições de saldar seus compromissos.
Tenha em mente que os índices de liquidez são, de fato, importantes e auxiliam nas análises de 
capacidade das empresas para obterem crédito. Entretanto, não se esqueça de que tais indi-
cadores não excluem a necessidade de analisar o mercado na sua totalidade ou a situação da 
empresa no momento da análise. 
Por exemplo, o cálculo mostrado anteriormente para explicar o ILi resultou em um indicador de 
0,76, logo, sem condições de saldar os débitos na situação hipotética. Lembre-se de que o obje-
tivo do ILi é averiguar a capacidade de a empresa pagar os seus débitos no curto prazo, caso seja 
necessário utilizar todo o seu Passivo Circulante já no primeiro dia útil seguinte ao fechamento 
do balanço. 
Assim, vale levar em consideração se a empresa passa por algum momento crítico ou se o setor 
no qual ela está inserida sofre com alguma anomalia no mercado. Caso contrário, é necessário 
o acompanhamento dos resultados futuros da empresa, verificando se a empresa conseguirá, 
pouco a pouco, reduzir o seu passivo e elevar os seus disponíveis (caixa, conta banco movimen-
to, aplicações de curto prazo, etc.).
O trabalho “Preferência pela liquidez dos bancos públicos no ciclo de expansão do 
crédito no Brasil: 2003-2010”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 
mostra que os bancos públicos operaram com grau de preferência pela liquidez su-
perior à dos bancos privados, durante o período que consta no título. Você pode 
acessar o texto pelo link: <http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_
content&view=article&id=15105 >.
VOCÊ QUER LER?
3.2.3 Índices de endividamento
O foco do seu estudo agora são os índices que apresentam a proporcionalidade dos ativos 
financiados por capital de terceiros, ou seja, os índices de endividamento. Concentre-se para 
conquistar mais esse aprendizado!
Para começar, você deve compreender o Índice de Endividamento Geral (IEG). Este indicador 
participa da quantidade relativa dos recursos contidos no Patrimônio Líquido, que seriam neces-
sários para pagamento de terceiros representados pelo Passivo Circulante adicionado ao Exigível 
de Longo Prazo.
20 Laureate- International Universities
Gestão de Crédito, Cobrança e Risco
Visto isso, adotaremos o mesmo procedimento para os cálculos dos índices de liquidez. Utiliza-
remos os dados contidos no BP do exemplo para inseri-los na fórmula de Endividamento Geral, 
que segue:
Atenção! Observe que o resultado foi de 0,94, portanto, menor que 1. Porém, ao contrário do 
critério de análise nos índices de liquidez, nesta análise vê-se o quanto é comprometido do Patri-
mônio Líquido (PL) da empresa para saldar os débitos. Nesse exemplo, o resultado de 0,94 pode 
ser multiplicado por 100, para que se converta em número relativo, o que resultará em 94%. 
Veja, dessa forma, que o Índice de Endividamento Geral seria suficiente para saldar os débitos, 
pois comprometeria 94% do PL, por consequência, ainda sobrariam 6%.
O Índice de Endividamento de Curto Prazo (IEcp), por sua vez, aponta a solvência que a empresa 
possui frente aos credores de curto prazo (12 meses). Em outras palavras, trata-se da capacida-
de de pagamento que a empresa possui para realizar os pagamentos existentes no prazo de 12 
meses, comparado ao PL.
Da mesma forma que fora aplicado ao IEg, o critério para a análise do IEcp consiste na multipli-
cação do resultado por 100, a fim de convertê-lo em valor relativo. Esse exemplo resultará em 
56%, o que demonstra que o PL é suficiente para saldar o Passivo Circulante, pois, neste critério, 
o indicador ser menor que 1 é positivo.
3.2.4 Índices de imobilização
Vamos ao entendimento de mais um índice importante para os seus estudos! O Índice de Imobi-
lização do Patrimônio Líquido (IIPL) apresenta o percentual do PL que está relacionado ao Ativo 
Permanente, o qual consiste nas contas cujos bens e direitos de caráter duradouro estão aplica-
dos no funcionamento da empresa (COSIF, 2015). Saiba que as contas que compõem o Ativo 
permanente são as de investimento, imobilizado, diferido e intangível.
No exemplo que estamos utilizando, o Ativo Permanente está compreendido nos valores da conta 
Instalações e da conta Veículos, contido no Ativo Imobilizado. Dessa forma, aplica-se a fórmula 
do IIPL para obtermos o resultado e, ao final, multiplica-se por 100:
21
Podemos observar que, no exemplo acima, para cada R$ 1,00 de recursos próprios a empresa 
destinou R$ 0,77 para investimentos em seu ativo permanente, ou sob a forma percentual, 77%, 
deixando 23% para o giro dos negócios. Observe que, dependendo do ramo, quanto mais baixo 
for esse indicador, melhor, afinal, excessiva imobilização do capital próprio (PL) geralmente não 
é aconselhável. A análise que se pode fazer é que a empresa tem patrimônio líquido suficiente 
para financiar todo o seu imobilizado, destinando ainda parte considerável ao giro dos negócios, 
evitando maior utilização de recursos de terceiros (empréstimos, por exemplo), os quais são, em 
sua maioria, onerosos.
3.2.5 Índices de lucratividade
Neste item, vamos tratar dos índices de lucratividade, que apresentam aos analistas a capacida-
de de desempenho da empresa na geração de lucros, indicando os motivos pelos quais se obteve 
lucro ou prejuízo (WERNKE, 2008).
A Taxa de Lucratividade Operacional Bruta (TLOP) apresenta a margem de lucro obtida por uma 
empresa com base nos insumos diretamente relacionados na produção do bem ou serviço.
Considerea situação hipotética de uma empresa que, nos meses de março e abril, obteve lu-
cros operacionais brutos (LOB) nos valores de R$ 58.752,00 e R$ 69.212,00, respectivamente, 
bem como as receitas operacionais brutas (ROB) do mesmo período, respectivamente, sendo 
R$ 107.459,00 e R$ 168.163,00. A inserção dos dados apresentados conforme a fórmula se 
dá no que se expressa abaixo:
58.752,00 x 100 5.875.200,00 
107.459,00 107.459,00 
69.212,00 x 100 7.580.700,00 
168.163,00 168.163,00 
Março = = = 54,67
= = 45,08Abril =
Você pode notar que, embora a ROB tenha sido superior no mês de abril em relação ao mês de 
março, houve uma queda na TLOB, de 54,67% para 45,08%. Isso indica a funcionalidade da 
TLOB, que é a de averiguar a real evolução do lucro de uma empresa. 
Veja que, apesar de haver uma elevação na ROB, as possíveis causas para a redução da TLOB 
vão desde a cessão de descontos nos preços de venda - o que reduz a margem de lucro, já que 
o custo não sofreu redução - até um volume de venda elevada de um produto cuja margem de 
lucro é pequena.
Por sua vez, a Taxa de Lucratividade Operacional Líquida (TLOL) apresenta os resultados da 
margem de lucro líquida, que é a margem, já deduzidos os custos e as despesas operacionais.
Assim, substituímos os valores da ROB pela Receita Operacional Líquida (ROL), mantendo-se os 
demais dados constantes. Acompanhe:
22 Laureate- International Universities
Gestão de Crédito, Cobrança e Risco
Lucro Operacional Líquido x 100
Receita Operacional Líquida
27.542,00 x 100 2.754.200,00 
107.459,00 107.459,00 
32.753,00 x 100 3.275.300,00 
168.163,00 168.163,00 
TLOL = =
Abril = = = 19,48
Março = = = 25,63
Verifica-se, portanto, que a TLOL apresenta o resultado gerado por gastos maiores.
Vamos ao conceito do último índice de lucratividade: Taxa de Lucratividade Final (TLF). Entenda 
que ela avalia a eficiência do desempenho econômico de uma empresa em determinado perío-
do, obtido pela dedução dos custos, das despesas e das provisões de tributos incidentes sobre 
lucro. Observe:
Lucro Líquido do Exercício x 100
Receita Operacional Líquida
19.832,00 x 100 1.983.200,00 
107.459,00 107.459,00 
26.799,00 x 100 2.679.900,00 
168.163,00 168.163,00 
TLF = =
Março = = = 18,46
Abril = = = 15,94
Conforme ocorrido nas situações anteriores, a margem de lucro da empresa foi menor em abril 
em comparação com o mês de março. As possíveis causas são as mesmas apontadas na TLOB, 
adicionados os impostos incidentes sobre o lucro.
VOCÊ QUER VER?
Certamente você já se questionou sobre o motivo pelo qual existem os tributos. Além 
de cumprir nosso dever de pagá-los, precisamos saber sobre educação tributária, a fim 
de compreendermos a função social da tributação. Sua origem está na idade antiga, 
passando pela contemporânea e moderna. Para auxiliá-lo nisso, uma dica é assistir 
ao vídeo A História dos Tributos, do Ministério da Educação. Disponível em: <http://
www.esaf.fazenda.gov.br/banco_videos/pnef/a-historia-dos-tributos-autor-ministerio-
-da-educacao/?searchterm=hist%C3%B3ria%20dos%20tributos>.
3.2.6 Índice de Rentabilidade Sobre o Patrimônio Líquido
Os quocientes dos índices de rentabilidade expressam a rentabilidade obtida pela empresa pro-
porcionada pelo investimento realizado, ou seja, com esses quocientes você pode conhecer o 
retorno que o empreendimento propicia. Desta forma, os analistas podem tomar a decisão de 
investir ou não em determinado projeto (WERNKE, 2008).
23
Saiba que o Índice de Rentabilidade Sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) apresenta o retorno do 
capital próprio (PL) aplicado na empresa, pois mostra se o retorno do investimento realizado foi 
superior às taxas de rendimento do mercado financeiro. Assim, quanto maior for o resultado, 
significa que melhor foi o desempenho obtido pela empresa.
LAIR
PL
8.756,00 
13.451,00 
4.125,00 
15.889,00 
Abril = = 0,26
Março = = 0,65
RSPL =
Conforme os valores acima, você pode verificar que, no mês de março, para cada R$ 1,00 in-
vestido, sua rentabilidade fora de R$ 0,65 de lucro. No entanto, no mês de abril, o retorno foi 
de apenas R$ 0,26 para cada R$ 1,00 do PL. O que isso significa? Isso indica que a parcela de 
investimento obteve um aumento, enquanto o lucro reduziu.
Entenda que os Indicadores de Rentabilidade evidenciam o quanto os investimentos efetuados 
pela empresa renderam. Normalmente são os que mais interessam aos sócios, pois demonstram 
a remuneração dos recursos aplicados.
3.2.7 Índice de Prazo Médio
A análise do prazo médio possibilita, por exemplo, demonstrar a quantidade de dias que se leva 
em média para girar os estoques, o prazo médio de recebimento dos haveres e de pagamento 
dos compromissos, etc., permitindo melhor avaliação dos prazos negociados com os clientes. 
Visto isso, você vai conhecer a seguir tipos de prazos médios e os conceitos de cada um deles.
•	 Prazo	Médio	 de	 Renovação	 do	 Ativo	 Circulante: este dado apresenta quantos dias 
os recursos contidos no Ativo Circulante (AC) levam para gerar vendas, semelhante 
ao investimento neles aplicados. Para calcular o PMRAC, deve-se utilizar a Receita 
Operacional Líquida (ROL).
30
ROL / AC
30
108.756,00 / 92.729,00 1,17 
30
177.951,00 / 141.279,00 1,26 
Março = = 25,58
Março = = 23,82
30
=
30
=
PMRAC =
O valor “30” representa os dias dos meses, 
mas também pode ser utilizado o valor “360” 
quando se desejar calcular o ano comercial. 
Você pode observar, no exemplo acima, que, no mês de março, o prazo médio de retorno era 
de 25,58 dias, enquanto que, em abril, houve uma ligeira redução do prazo para 23,82 dias. 
Assim, quanto menor for o prazo em dias, melhor é o desempenho da empresa em promover a 
eficiência do AC. 
24 Laureate- International Universities
Gestão de Crédito, Cobrança e Risco
•	 Prazo	Médio	de	Renovação	de	Contas	a	Receber	(PMRCR): expressa a estimativa de 
tempo médio em dias que a empresa levará para receber as vendas a prazo.
Utilizando as informações dos valores de vendas a prazo, aplicam-se os dados referentes à fór-
mula, conforme abaixo:
30
99.157,00 / 63.437,00 1,56 
30
98.455,00 / 52.791,00 1,86 
Abril =
30
= = 16,09
Vendas a prazo / Contas a receber
30
PMRCR =
Março =
30
= = 19,19
Você consegue visualizar que o prazo médio de contas a receber de março para abril, caiu de 
19,19 para 16,09 dias, certo? Atribuindo o critério de arredondamento de números inteiros, te-
mos o cenário de que decaiu de 20 para 17 dias, indicando uma melhora de 3 dias no PMRCR.
•	 Prazo	 Médio	 de	 Renovação	 de	 Contas	 a	 Pagar	 (PMRCP): com esse indicador, 
identifica-se o prazo médio em dias que uma empresa leva para saldar suas dívidas ante 
os fornecedores.
Para o desenvolvimento deste cálculo, você vai utilizar o mesmo critério dos prazos médios ante-
riores. Aplicam-se os dados referentes à fórmula, conforme abaixo:
30
175.544,00 / 85.449,00 2,05 
30
201.459,00 / 123.411,00 1,63 
Março =
30
= = 14,60
Abril =
30
PMRCP =
30
Compras a prazo / Contas a pagar
= = 18,38
Ao arredondarmos os resultados obtidos, temos para os meses de março e abril, 15 e 19 dias 
respectivamente. Contudo, se você compará-los com os resultados do PMRCR, verá que a situa-
ção da empresa no mês de março é desfavorável, pois o prazo para receber é maior do que os 
prazos médios de pagamento.
Março Abril
PMRCR 19 16
PMRCP 15 18
-4 2
25
Enquanto no mês de março havia quatro dias de diferença entre o pagamento (primeiro) e o 
recebimento (posterior), no mês de abril ocorreu a inversão destas ações, sendo que o recebi-
mento (primeiro) é anterior em 2 (dois) dias em relação ao pagamento (posterior). Repare que 
esta última situação é a mais adequada e, provavelmente, é resultantede melhores negociações 
com os fornecedores ou de mudança na política de vendas.
Existem ainda diversos outros indicadores de análise de rentabilidade, imobilização, prazos mé-
dios e de liquidez, dependendo de cada autor dos estudos, porém, neste capítulo, abordamos 
alguns dos principais.
VOCÊ QUER VER?
A Serasa Experian, uma das principais empresas de banco de dados para certificação 
de crédito, apresenta, no vídeo “Vendas a prazo”, as principais dicas para analisar 
as vendas a prazo. Você verá abordagens sobre o caráter do cliente, seu histórico e 
demais questões de interesse das empresas para a cessão de crédito. Disponível em: 
<https://youtu.be/6LjsUlaZP2o>.
3.3 Análise Vertical
A técnica de Análise Vertical possibilita avaliar a proporcionalidade de cada item em relação ao 
total. Neste caso, a DRE (item 3.1.2) é a ferramenta utilizada.
Por meio dela, é feita a comparação mensal dos dados informados, calculando a participação 
relativa de cada item em ambos os meses.
ATIVO Março % Abril %
ATIVO CIRCULANTE 74.827,00 81,12 82.149,00 78,86 
Caixa 10.554,00 11,44 9.522,00 9,14 
Banco 12.452,00 13,50 13.057,00 12,53 
Duplicata a receber (CP) 39.452,00 42,77 31.457,00 30,20 
Estoque de matérias-primas 12.369,00 13,41 28.113,00 26,99 
ATIVO REALIZADO A LONGO PRAZO 505,00 0,55 468,00 0,45 
Duplicatas a Receber (LP) 505,00 0,55 468,00 0,45 
ATIVO PERMANENTE 16.916,00 18,34 21.560,00 20,70 
Imóveis 2.147,00 2,33 2.788,00 2,68 
Máquinas 7.661,00 8,30 9.462,00 9,08 
Móveis 1.877,00 2,03 2.117,00 2,03 
Veículos 5.231,00 5,67 7.193,00 6,90 
ATIVO TOTAL 92.248,00 100,00 104.177,00 100,00 
Quadro 7 – Demonstrativo para Análise Vertical
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.
26 Laureate- International Universities
Gestão de Crédito, Cobrança e Risco
Ao analisar a estrutura do ativo (o mesmo pode ser feito com a estrutura do passivo), você pode 
perceber que no mês de março o Ativo Permanente (AP) correspondia a 18,34% do total do ativo, 
enquanto que o Ativo Circulante (AC) correspondia a 81,12%. Entretanto, no encerramento do 
balanço do mês de abril, o AP representou 20,70%, enquanto que o AC passou para 78,86%.
3.4 Análise Horizontal
Já a técnica de Avaliação Horizontal possibilita avaliar a evolução de cada item do BP, tendo 
como base o período anterior. Para este, temos como forma de fixação de referência a chamada 
base 100%, conforme os mesmos dados do ativo da tabela anterior.
ATIVO Março 100% Abril %
ATIVO CIRCULANTE 74.827,00 100,00 94.289,00 120,64 20,64 
Caixa 10.554,00 100,00 9.522,00 89,16 10,84- 
Banco 12.452,00 100,00 13.057,00 104,63 4,63 
Duplicata a receber (CP) 39.452,00 100,00 43.597,00 109,51 9,51 
Estoque de matérias-primas 12.369,00 100,00 28.113,00 156,00 56,00 
- 
ATIVO REALIZADO A LONGO PRAZO 505,00 100,00 468,00 92,09 7,91- 
Duplicatas a Receber (LP) 505,00 100,00 468,00 92,09 7,91- 
- 
ATIVO PERMANENTE 16.916,00 100,00 21.560,00 121,54 21,54 
Imóveis 2.147,00 100,00 2.788,00 122,99 22,99 
Máquinas 7.661,00 100,00 9.462,00 119,03 19,03 
Móveis 1.877,00 100,00 2.117,00 111,34 11,34 
Veículos 5.231,00 100,00 7.193,00 127,28 27,28 
- 
ATIVO TOTAL 92.248,00 100,00 116.317,00 120,69 20,69 
Período base
Evolução do Período-
base Variação 
em p.p.
Quadro 8 – Demonstrativo para Análise Horizontal
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.
No quadro acima, observe que ocorreram variações positivas na maioria dos itens avaliados, 
mas também, algumas variações negativas, como na conta Caixa e na conta Duplicatas a Rece-
ber no Longo Prazo. Porém, repare que o Ativo Total obteve uma variação positiva de 20,69%, 
principalmente no AC e no AP, os quais são utilizados nos índices de ILc e IIPL, respectivamente.
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Síntese
Verificamos que existem métodos para avaliar a saúde financeira de uma empresa, bem como se 
ela está ou não preparada para receber o crédito.
•	 Compreendemos que as demonstrações financeiras (BP, DRE, DMPL e DFC) são ferramentas 
que auxiliam na compreensão sobre o estado financeiro da empresa e em saber se ela 
está sendo bem gerida.
•	 Vimos que os índices de liquidez, de endividamento, de imobilização de patrimônio, de 
lucratividade e de rentabilidade são indicadores que demonstram o passado, o presente 
e a capacidade futura da empresa.
•	 Entendemos que os prazos médios indicam como a estratégia comercial da empresa pode 
ser aprimorada.
•	 Constatamos que as técnicas de análise Vertical e Horizontal apresentam o quanto os 
itens que compõem o BP impactam na empresa, além de como evoluem a cada período 
de análise.
Síntese
28 Laureate- International Universities
Gestão de Crédito, Cobrança e Risco
Referências
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tração dos Fluxos de Caixa. Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 7 (IASB 
– BV2010). Disponível em: <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/183_CPC_03_
R2_rev%2004.pdf>. Acesso em: 12 out 2015.
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youtube.com/watch?v=BfJ0IvyfNJc>. Acesso em: 12 nov. 2015.
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de Balanços: capacidade de pagamento de dívidas. Disponível em: <http://cosif.com.br/mostra.
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_______. Permanente: função e funcionamento das contas. Disponível em: <http://cosif.com.br/
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WERNKE, R. Gestão	financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Sa-
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Bibliográficas

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