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Criptosporidiose Prof Msc Rodrigo Faitta Chitolina Criptosporidíase ■ Criptosporidiose → doença diarréica ■ Parasita: Cryptosporidium spp. (cripto) – Cryptosporidium parvum e Cryptosporidium hominis – C. felis , C. meleagridis , C. canis e C. muris ■ Hospedeiro vertebrado: seres humanos e animais ■ Hospedeiro invertebrado: inexistente ■ Transmissão: água (potável e de lazer) ■ Cisto altamente resistente Epidemiologia ■ Cistos presentes em água e solo – Liberação através das fezes (humanas ou animais) – Liberação massiva de cistos (milhões) – Liberação dos cistos inicia com os sintomas (diarreia) mas pode continuar por semanas após fim dos sintomas ■ Transmissão – Água e alimentos contaminados – Via oral-fecal – Via sexual Epidemiologia ■ Grupos de riscos – Crianças – Trabalhadores da área infantil – Pessoas que lidam com pacientes ou animais infectados – Praticantes de esportes aquáticos (piscina, lagos, rios) Biologia ■ Eliminação de oocistos esporulados, contendo 4 esporozoítos ■ Ingestão de oocistos esporulados, desincistamento e liberação dos 4 esporozoítos, ■ Esporozoítos entram em células epiteliais, gastrointestinais e outros tecidos ■ Esporozoitos → reprodução assexuada →formação dos merontes contendo merozoítos ■ Merozoitos transformam-sem em micro e megagametócitos → reprodução sexuada ■ Formação do zigoto → oocisto → esporulação → oocisto contendo 4 espoerozoítos – Oocisto de parede espessada → liberado no meio externo – Oocisto de parede fina → auto-infecção Biologia Doença e sintomas ■ Casos assintomáticos ■ Sintomas : de 2 a 10 dias (média de 7 dias) – Diarréia aquosa. Cólicas estomacais ou dor, Desidratação, Náusea, Vômito, Febre, Perda de peso ■ Duração dos sintomas/doença → 1 a 2 semanas (reocorrencias por até 30 dias ■ Infecção no intestino delgado ■ Imunocomprometidos → infecções por Cryptosporidium podem afetar outras áreas do trato digestivo ou do trato respiratório. – Sintomatologias associadas Diagnóstico ■ EPF – Vários exames ao longo de vários dias – Dificil visualização ■ Ensaios imunoensaios enzimáticos para a detecção de antígenos de Cryptosporidium spp) – Uso de anticorpos marcados (confronto com amebíase) ■ Métodos moleculares – PCR – Detecção nível espécie específico Tratamento ■ Recuperação sem tratamento (maioria dos casos) ■ Fluidoterapia ■ Nitazoxanida → pacientes sem comprometimento do sistema imune ■ Pessoas imunodeprimidas → verificar com médico Prevenção e controle ■ Não ingerir água contaminada ■ Higienização adequada (hipoclorito) ■ Uso de filtros de água ■ Fervura de água (clorificação não mata o oocisto) MALÁRIA Prof Msc Rodrigo Faitta Chitolina Epidemiologia e fatores de risco ■ Quase metade da população mundial vive em áreas de risco de transmissão da malária em 91 países e territórios. ■ 2016 → 216 milhões de episódios clínicos e 445.000 mortes – 90% das mortes na região africana ■ Grupos de risco → crianças, mulheres grávidas e viajantes Epidemiologia e fatores de risco ■ +100 países possuem malária endêmica (metade na África Sub- Saara); ■ 300-500 milhões de casos por ano; ■ 90% das mortes causadas pela malária acometem crianças menores de 5 anos; ■ Sequelas de complicações clínicas severas incluem problemas cognitivos, distúrbios de comportamento, epilepsia, além de problemas de visão, audição e fala Aproximadamente 80% dos casos de malária são causados pelo P. vivax Distribuição ■ Regiões tropicais e subtropicais do mundo. – África é a mais afetada (combinação de fatores) ■ As condições meteorológicas → transmissão ocorra durante todo o ano. – Clima quente e úmido ■ Áreas pobres – Recursos escassos e instabilidade socioeconômica → afetam atividades de controle da malária. Hospedeiros ■ Parasita: plasmodium sp. – P. falciparum, P. ovale, P. malarie e P. vivax – Plasmodium falciparum → malária severa e morte. ■ Hospedeiro invertebrado (vetor): Anopheles – A. gambie, complexo de espécies ■ Hospedeiro Vertebrado: Seres humanos Formas evolutivas ■ Homem – Anel (trofozoíto jovem) – Trofozoíto (maduro) – Esquizonte – Gametócito – “Hipnozoítos” ■ Mosquito – Oocineto – Oocisto – Esporozoito Ciclo de vida ■ Homem – Ciclo pré-eritrocítico – Ciclo eritrocítico ■ Mosquito Ciclo de vida no HOMEM 1. Durante uma refeição de sangue, um mosquito Anopheles infectado por malária inocula esporozoítos no hospedeiro humano . 2. Os esporozoítos infectam as células do fígado e amadurecem em esquizontes , 3. Esquizontes se rompem e liberam merozoitos no sangue 1. (Nota: em P. vivax e P. ovale, um estágio adormecido [hipnozoítos] pode persistir no fígado (se não for tratado) e causar recaídas invadindo as semanas da corrente sanguínea, ou mesmo anos depois.) 4. Merozoitos invadem as hemácias → transformam-se em trofozoítos 5. Trofozoitos anelados maduros → sofrem multiplicação assexuada nos eritrócitos (esquizogonia eritrocítica ) → formação de esquizontes → liberação de merozoitos → infecção de novas hemácias 6. Trofozoitos anelados → diferenciação em gametócitos → ingeridos pelo mosquito Ciclo Pré-eritrocítico Ciclo de vida no HOMEM 1. Durante uma refeição de sangue, um mosquito Anopheles infectado por malária inocula esporozoítos no hospedeiro humano . 2. Os esporozoitos infectam as células do fígado e amadurecem em esquizontes , 3. Esquizontes se rompem e liberam merozoitos no sangue 1. (Nota: em P. vivax e P. ovale, um estágio adormecido [hipnozoítos] pode persistir no fígado (se não for tratado) e causar recaídas invadindo as semanas da corrente sanguínea, ou mesmo anos depois.) 4. Merozoitos invadem as hemácias → transformam-se em trofozoítos 5. Trofozoitos anelados maduros → sofrem multiplicação assexuada nos eritrócitos (esquizogonia eritrocítica ) → formação de esquizontes → liberação de merozoitos → infecção de novas hemácias 6. Trofozoitos anelados → diferenciação em gametócitos → ingeridos pelo mosquito Ciclo Eritrocítico Formas evolutivas P. falciparum P. vivax P. malarie P. ovale Ciclo de vida no MOSQUITO 1. Os gametócitos, machos (microgametócitos) e fêmeas (macrogametócitos), são ingeridos por um mosquito Anopheles durante uma refeição de sangue . 2. Fecundação de micro com macrogametas → formação do zigoto 3. Zigoto se transforma em oocineto → invade intestino médio 4. Oocineto gera oocistos → sofre esporogonia → gerando esporozoitos 5. Esporozoítos migram para glândula salivar do mosquito Transmissão ■ Vetorial ■ Transfusão sangue ■ Congênita Doença ■ Sintomas mais comuns ■ Febre – Causada pela hemozoína (pigmento malárico) que é uma substância pirogênica. ■ Anemia – Causada pela destruição das hemácias parasitadas ou das hemácias sadias por hemólise mediada por anticorpos. ■ Esplenomegalia (baço aumentado) – Causada pela resposta imunológica do paciente à infecção. Doença Doença formas graves ■ P. falciparum – Malária cerebral – Anemia grave – Edema pulmonar agudo – Insuficiência renal – Icterícia acentuada – Hipertermia – Vômitos ■ Gravidez – Morte materna – Morte do feto – Baixo peso ao nascer – Anemia ■ P. vivax – Ruptura de baço – Anemia – Alterações renais e pulmonares ▪ P. malariae ▪ Imunocomplexos ▪ Glomerulonefrite Recaídas e Recrudescências ■ Recaídas – Ocorrem nas infecções por P. vivax e P. ovale. – Reativação das formas hipnozoítas no fígado. ■ Recrudescências – Podem ocorrer em todas as infecções.– São devidas a sobrevivência das formas eritrocíticas no sangue Diagnóstico ■ Gota espessa → padrão ouro → alta sensibilidaee ■ Esfregaço fino → alta especificidade ■ Sorologia ■ Métodos Moleculares Formas Sanguíneas (dentro das hemácias) Tratamento ■ Depende da – gravidade da doença, – as espécies de parasitas causadores da infecção* – parte do mundo em que a infecção foi adquirida*. ■ *características ajudam a determinar a probabilidade de o organismo ser resistente a certos medicamentos antimaláricos. – Fatores adicionais: idade, peso e estado de gravidez, podem limitar as opções disponíveis para o tratamento da malária. Tratamento ■ Fármacos – Quinino (T) – Cloroquina (T,P) – Halofantrina (T) – Mefloquina (T,P) – Primaquina (T,P) – Doxiciclina (P) – Artemisininas (em associação) (T) – Clindamicina (T) – Tetraciclina (T) T → Terapêutico P→ profilático Esquema de tratamento utilizado no Brasil Prevenção e controle ■ Medidas individuais – Evitar a aproximação às áreas de risco após o entardecer e logo ao amanhecer do dia. – Uso de repelentes, dormir com mosquiteiros, telar janelas e portas. – Uso de quimioprofiláticos ■ Medidas coletivas – CONTROLE → Reduzir a incidência da doença em determinadas áreas. – Tratamento dos doentes. – Medidas de combate ao vetor.
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