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RESUMO P1 farmacologia

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FARMACOLOGIA
FARMACOLOGIA: ciência que estuda a ação de fármacos em um organismo vivo, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida, aliviar ou se possível abolir a dor, e prolongar a vida. 
POR QUE? Melhorar a qualidade de vida ou se possível abolir a dor prolongada e prolongar a vida
TALIDOMIDA: Medicamento utilizado para prevenir náuseas em 1954 e provocou efeitos teratogênicos: focomelia(encortamento de membros, aproximando-os ao corpo semelhando a focas). Foi retirado de muitos países, mas ainda é utilizado no BR por apresentar efeitos positivos no tratamento de hanseníase, mas é proibido o usi em mukheres grávidas.
FÁRMACO: toda substância de estrutura química definida, capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado patológico em benefício do animal.
MEDICAMENTO: é um fármaco com efeito benéfico, produzido comercialmente para uso terapêutico. 
DROGA: toda substancia capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado patológico, utilizada com ou sem intenção de benefício do organismo receptor.
DOSE: é a quantidade de fármaco administrada, ex: 2 ml/Kg
BIODISPONIBILIDADE: é a fração de um fármaco administrado que é levado à circulação sistêmica.
BIOEQUIVALÊNCIA: quando um fármaco pode ser substituído por outro sem consequências clinicas adversas, causando o mesmo efeito benéfico que outro.
FARMACOGENÉTICA: é o estudo das influencias genéticas sobre as respostas dos fármacos.
IDIOSSINCRASIA: é uma hipersensibilidade constitucional congênita que certos indivíduos apresentam quando expostos a determinadas substancias. Não ocorre em todos, as vezes é em uma pequena porcentagem, pode acontecer ou não.
FARMACOGENÔMICA: descreve o uso de informações genéticas para guiar a escolha de uma terapia medicamentosa em bases individuais.
FARMACOEPIDEMIOLOGIA: estuda os efeitos dos fármacos em nível populacional.
FARMACOECONOMIA: visa quantificar em termos econômicos o custo e o benefício dos fármacos.
DEPURAÇÃO: em quanto dias o medicamento vai estar ausente no organismo do animal. 
BIOFASE: quantitativo do medicamento no sítio ativo.
FARMACOCINÉTICA
Estuda o caminho percorrido pelo fármaco no organismo animal, ou seja, um quantitativo do que é absorvido, distribuído, biotransformado e excretado. Enquanto FARMACODINÂMICA estuda a forma como ele age ( utilizando a proteína G de uma membrana, inibindo alguma coisa....Ou seja: Farmacodinâmica estuda mecanismos de ação de fármacos através de conceitos básicos e as técnicas experimentais de fisiologia, bioquímica, biologia celular e molecular, microbiologia, imunologia, genética e patologia. EX: glicose é um diurético, se administrar oralmente ele vai ser um açúcar no organismo, mas para a ação diurética deve ser aplicada de forma venosa.
Absorção (varia de acordo com a via em que é adm)
Biotransformação: como ele é transformado pelo organismo
Excreção
Alguns medicamentos são armazenados em partes do corpo e é liberado aos poucos ao organismo.
JANELA TERAPÊUTICA: faixa entre a dose mínima eficaz e máxima eficaz, que vai da menor concentração geradora de efeito até a concentração potencialmente tóxica.Varia de acordo com o fármaco, opióide por ex tem uma janela terapêutica alta, enquanto alguns digitálicos possuem uma janela terapêutica baixa podendo ser toxico facilmente.
FATORES INTERVENIENTES NO INÍCIO, DURAÇÃO E INTENSIDADE DOS EFEITOS DOS MEDICAMENTOS:
- Fase biofarmacêutica: característica da formulação, quantidade do fármaco e velocidade de liberação. (fármaco disponível para absorção);
- Fase farmacocinética: absorção, distribuição, biotransformação e excreção (fármaco disponível para ação);
- Fase farmacodinâmica: interação fármaco/receptor em tecido alvo (efeito farmacológico);
CINÉTICA: 
FATORES QUE PODEM AFETAR A CINÉTICA DO FÁRMACO: absorção, solubilidade, constituição, concentração circulação, pH, via de administração e excreção.
Quanto mais ionizado o medicamento, pior é a absorção no organismo
pK é uma coisa, pH é outra. AS VEZES O PK É ALTO E PH É BAIXO
Quando uma parte não ionizável é lipossolúvel
(PROVA!!!!!! COMO FUNCIONA UM ACIDO FRACO E UM ACIDO FORTE NO ORGANISMO?)
UM Pk fraco com ph alto:
Pk 3,5 vai ter um acido fraco, no suco gástrico, não tem tanta ionização. Se eu adm esse num pk num ph alto, vai ter uma maior porção ionizada e uma absorção manor. Quanto mais próximo o ph do pk, melhor será a absorção.
BIOFASE: Para que todos esses processos ocorram e para que um medicamento exerça seu efeito em determinado local de ação no interior de um organismo vivo, é necessário que esse medicamento, após a dissolução da forma farmacêutica, consiga atravessar as barreiras celulares e alcance o seu local de ação.
Caminho farmacocinético percorrido por um medicamento no interior do organismo ↑
PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS: absorção, distribuição, biotransformação e excreção.
• ABSORÇÃO: passagem de substâncias químicas do local de contato para a circulação sanguínea. A velocidade e a eficiência da absorção vai depender entre outros fatores da via de administração. 
Depende do fármaco: lipossolubilidade, peso molecular, contração.
E do organismo: estado patológico, problemas hepáticos, etc.
Para que um determinado medicamento seja absorvido, é necessário que ele atravesse as diversas membranas biológicas. Na maioria das vezes a absorção de um medicamento se dá por processos passivos. No entanto, alguns medicamentos, são absorvidos por processos ativos, com ou sem gasto de energia, empregando para tantosubstâncias carreados.
TRANSPORTES:
-Processos passivos: difusão simples (lipossolúveis), filtração (substâncias pequenas).
-Transporte mediado por carreadores: difusão facilitada (à favor do gradiente), transporte ativo (contra o gradiente).
-Pinocitose e fagocitose:invaginações (líquido-sólido)
TIPOS DE BARREIRAS TISSULARES CORPORAIS:
- Mucosa gastrintestinal: células muito unidas umas às outras, com bloqueio completo dos espaços intercelulares, forçando as substâncias químicas a se difundir somente através das membranas celulares. Substâncias químicas devem ser solúveis na membrana para ultrapassar a barreira gastrintestinal.
- Barreira hematoencefálica: células muito unidas, poucas vesículas de pinocitose, esta barreira impede que substâncias polares ou de peso molecular elevado penetrem no SNC.
- Barreira hematotesticular: À semelhança da BHE, só penetram no interior destas estruturas substâncias pouco polares com capacidade de atravessar as membranas celulares por difusão ou transporte ativo.
- Barreiras epiteliais da pele, córnea e bexiga: células muito unidas; única forma de penetração é pela via celular, por difusão, exclusivamente para substâncias químicas apolares.
- Barreira placentária: se comporta como as demais barreiras orgânicas, substâncias químicas de baixo peso molecular e lipossolúveis atravessam as camadas celulares que separam o feto da mãe por simples difusão, podendo também fazer uso de difusão facilitada, transporte ativo ou mesmo pinocitose.
- Barreiras capilares: capilares com máculas, capilares fenestrados e capilares com bloqueio completo.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO:
Na escolha da via de administração devem-se considerar vários fatores, como: necessidade de efeito sistêmico ou localizado, latência para o efeito (curto ou longo), características físico-químicas do medicamento, etc.
- Vias digestivas: Oral, retal, ruminal. O ID é o principal local de absorção de todos os medicamentos administrados por via oral (ácidos fracos, bases fracas ou compostos neutros) por apresentar uma extensa área com rica vascularização.Em animais poligástricos, o rúmen na maioria das vezes impede o uso da via oral para administração, pois sua capacidade, sendo consideravelmente grande, funciona como um compartimento diluidor, alterando a velocidade de absorção de determinados medicamentos.
Via retal: medicamento absorvido pela via retal sofre parcialmente o efeito de primeira passagem, isso é, ao ser absorvido não penetra pela via porta, escapando,portanto, grande parte da biotransformação hepática, seguindo direto ao coração, onde é distribuído para os vários compartimentos do organismo. Desvantagem: absorção irregular e incompleta e irritação da mucosa retal.
Via ruminal: uso restrito a medicamento com ação no rúmen.
- Administração parenteral: mais usuais intravenosa (IV), intramuscular (IM) e subcutânea (SC).
Intravenosa: obtenção rápida de efeitos farmacológicos, possibilidade de administração de grandes volumes, desvantagem de risco de embolias, infecções por contaminações, sendo imprópria para administração de substâncias oleosas ou insolúveis.
Subcutânea: medicamentos que necessitam ser absorvidos de forma lenta e contínua; medicamentos são absorvidos por difusão, atravessando grandes poros e fenestrações existentes. Essa via tem como vantagem a absorção constante para soluções e lenta para suspensões e pellets; tem como desvantagem a facilidade de produzir sensibilização e, ainda, dor e necrose na utilização de substâncias irritantes.
Intramuscular: vantagem absorção relativamente rápida, administração de volumes moderados de veículos aquosos, oleosos, suspensões ou preparações de depósito. Desvantagens: dor, lesões musculares.
- Vias transmucosas ou tópicas: utilizados normalmente para obtenção de efeitos terapêuticos não sistêmicos, isto é, localizados. Quando aplicadas sobre a pele, as formulações farmacêuticas de uso transdérmico liberam o medicamento continuamente, numa velocidade que fornece a concentração plasmática desejável para uma duração específica.
Pouron: medicamento aplicado sobre o dorso do animal. Ex.: controle de ectoparasitas.
- Via inalatória: anestesia inalatória.
- Via intramamária: utilizada normalmente para o tratamento de doença nas glândulas mamárias.
BIODISPONIBILIDADE: Os dados de biodisponibilidade são utilizados para determinar a quantidade de um medicamento absorvido a partir de uma determinada forma farmacêutica, a velocidade de absorção do medicamento, e a permanência do medicamento nos líquidos do organismo e sua correlação com as respostas farmacológicos e ou tóxicos.
• DISTRIBUIÇÃO:Após absorção, um medicamento pode: ficar sob a forma livre no sangue, ligar-se a proteínas plasmáticas, ser sequestrado para depósitos no organismo.
!!! Somente o medicamento na forma livre é distribuído para tecidos. !!!
Depende do fluxo sanguíneo local, processos fisiológicos, características físico-químicas e a ligação à proteínas séricas.
Definição: fenômeno em que um medicamento, após ter chegado ao sangue, isto é, após sua absorção, sai deste compartimento e vai para o seu local de ação. Na distribuição é importante levar em conta a água corporal, que representa cerca de 70% do organismo, distribuída em:
- líquido extracelular, const. de plasma sang. (4,5%).
- líquido intersticial (16%) e linfa (1 a 2 %);
- líquido extracelular (30 a 40%)
- líquido transcelular (2,5%)
•BIOTRANSFORMAÇÃO:consiste na transformação química de substâncias, sejam elas medicamentos ou agentes tóxicos, dentro dor organismo vivo, visando favorecer sua eliminação. A biotransformação não só favorece a eliminação de um medicamento, como também, com frequência, resulta na inativação farmacológica deste.Este processo permite a formação de metabólitos que são habitualmente mais polares e menos lipossolúveis do que a molécula original, favorecendo a eliminação desta. Toda substância química absorvida pelo trato gastrintestinal vai obrigatoriamente até o fígado através da veia porta, onde é biotransformada (efeito de primeira passagem), para posteriormente poder alcançar o restante do organismo.Nos processos de biotransformação têm-se duas etapas: reações de fase I e de fase II.
Reações de fase I: acontecem normalmente no sistema microssomal hepático no interior do retículo endoplásmatico liso. Estas reações em geral convertem o medicamento original em metabólitos mais polares por oxidação, redução ou hidrólise. Enzima: citocromo P450 - CYP450.
Reações de fase II ou sintéticas: reações de conjugação; envolvem o acoplamento entre o medicamento ou seu metabólito a um substrato endógeno (ácido glicurônico, radicais sulfato, acetatos, aminoácidos).
• EXCREÇÃO:Processo pelo qual a substância é eliminada no organismo. Um medicamento pode ser excretado após biotransformação ou mesmo na sua forma inalterada, pelas seguintes vias: rins, trato digestivo, fígado, pulmões, outras vias.
-- >Excreção renal: Constitui o principal processo de eliminação de medicamentos principalmente os polares ou pouco lipossolúveis em pH fisiológico.
Processos envolvidos:
- Filtração glomerular: somente o medicamento não ligado às proteínas plasmáticas (albumina) passa para este filtrado.
- Secreção tubular: mecanismo mais eficaz para eliminar fármacos.
Os túbulos proximais contem pelo menos dois tipos de transporte ativo (bombas) para transportar o medicamento do sangue para o túbulo renal, mecanismo este denominado secreção tubular. Os dois sistemas de transportes, um para ácidos fracos e um para bases fracas, permitem que haja competição para excreção. Entretanto, medicamentos somente competem se pertencerem à mesma classe química, ou seja, ácidos competem com ácidos e bases com bases.
- Reabsorção tubular: somente 1% do filtrado inicial aparecerá na urina. A reabsorção do medicamento dos túbulos renais de volta para o sangue fica na dependência da capacidade deste de atravessar as membranas dos túbulos e retornar aos capilares sanguíneos, e também do grau de ionização do medicamento no pH urinário.
Medicamentos não ionizáveis ao pH urinário atravessarão mais facilmente as células dos túbulos e cairão novamente na corrente sanguínea.
-- >Excreção biliar: medicamentos excretados pela bile após biotransformação. Alguns medicamentos e seus respectivos metabólitos são eliminados pela via hepática por intermédio da bile. A forma de excreção depende do tamanho e a polaridade da molécula do medicamento a ser eliminado. Medicamentos com peso elevado têm grande probabilidade de serem excretados pela bile. A excreção biliar tem grande importância também na eliminação de substâncias orgânicas polares que não serão reabsorvidas pelo intestino.
Algumas substâncias eliminadas na bile, ao alcançarem o intestino, podem ser reabsorvidas. Excreção hepática seguida de reabsorção intestinal é denominada ciclo êntero-hepático de um medicamento.
-- >Excreção pulmonar: medicamentos voláteis
-- >Excreção pelo leite: Excreção de medicamentos de caráter básico com maior facilidade. Após administração de um agente terapêutico na mãe, na maioria das vezes a concentração deste será similar no plasma e no leite materno. Recém-nascidos não têm o sistema de biotransformação hepático completamente desenvolvido, sendo mais susceptíveis aos efeitos adversos dos diferentes medicamentos. Caso seja necessária a utilização de algum agente terapêutico no período de lactação, precisa-se respeitar o período de eliminação do medicamento antes da utilização do leite.
FARMACODINÂMICA
Estudo dos mecanismos fisiológicos, bioquímicos e moleculares de ação dos fármacos.
- Medicamentos estruturalmente inespecíficos: não agem diretamente no receptor, altera as propriedades físico-químicas, levando a desorganização de processos metabólicos.
- Medicamentos estruturalmente específicos: se ligam a receptores e agem em determinada função celular.
LOCAIS DE AÇÃO DAS DROGAS:	receptores. (capacidade de ligar -reconhecer- substancias químicas e a capacidade de propagar um sinal gerado como resultado da ligação)
Algumas drogas agem em razão de sua característica ácida ou básica, propriedades surfactantes, propriedades osmóticas e interações físico-químicas com componentes fosfolipídicos da membrana plasmática. Os receptores são macromolecular como proteínas integrais de membrana, enzimas citoplasmáticas ou extracelulares, ou ácidos nucleicos. Em macromoléculas que funcionam como receptores podem ser classificados em 2 tipos: 
- Moléculas essenciais para função celular ou replicação, taiscomo enzimas, transportadores e ácidos nucléicos.
- Moléculas que evoluíram especificamente para comunicação intercelular.
TIPOS DE RECEPTORES
- Canais iônicos operados por ligantes;
- Receptores acoplados a proteína G;
- Receptores com atividade enzimática;
- Receptores nucleares para hormônios.
CANAIS IÔNICOS: tem papel importante no sistema nervoso central e periférico, na junção neuromuscular e em tecidos excitáveis como o coração. Ele tem estrutura proteica que forma um poro central. São ativados na transmissão sináptica, na qual neurotransmissores liberados pelo neurônio pré-sináptico ativam os receptores na membrana do neurônio pós-sináptico, levando a abertura do canal iônico do receptor e a rápidas mudanças no potencial da membrana. 
Ex: O canal iônico dos receptores nicotínicos permite a passagem seletiva de íons só de cálcio, enquanto osreceptores gabaérgicos são seletivos para o íons cloro.
Despolarização – nicotínicos, e hiperpolarização – gaba.
Mecanismo de como funciona: é um poro central onde tem a passagem de íons relacionados com hiperpolarização e despolarização.
RECEPTORES ACOPLADOS A PROTEÍNA G: são os mais importantes grupos de receptores de membrana em razão do grande numero de drogas de interesse terapêutico. 
Esses receptores são cadeias polipeptídicas únicas que transpassam a membrana plasmática 7 vezes em alfahélice, com a porção aminoterminal (extracelular), e carboxiterminal (intracelular). Essa superfamília de receptores é sinalizada de forma intracelular pela ativação de uma proteína heterotrimetrica, adjacente ligadora de resíduos de guanosina. Quando o receptor está inativo, a subunidade alfa da proteína g está ligada a uma molécula de GDP e associada as demais subunidades beta e gama. Quando o receptor é ativado sua conformação se modifica, ativando a proteína G adjacente, a ativação é iniciada pelo desligamento da molécula de GDP da subunidade alfa e pela ligação de GDP em seu lugar. A ligação do GTP à subunidade alfa é acompanhada da dissociação dessas subunidades das outras, que permanece complexadas. A subunidade alfa ligada a GTP ativa efetores intracelulares diferentes que regularão a síntese de moléculas sinalizadoras intracelulares (segundo mensageiros). 
Quando entra em contato com a alfa s ativa a adenilciclase aumenta a conversão de ATP em AMPc.
Quando entra na alfa i inibe a adenilciclase diminui a conversão de ATP e AMPc.
Quando entra na alfa q ativa a fosfolipase que hidrolisao fosfolipídio da membrana PIP2 (fosfatidilinositoldifosfato), formando os segundos mensageiros IP3 (inositoltrifosfato), e DAG (diacilglicerol). 
(oIP3 é solúvel e o DAG insolúvel)
O complexo beta gama também está envolvido na sinalização celular. Após a dissociação da subunidade alfa, o complexo beta gama é capaz de modular o funcionamento de algumas enzimas e canais iônicos. A subunidade alfa confere um papel preponderante no processo de sinalização: 
1- interage de forma específica com o receptor garantindo especificidade na sinalização. (sabe selecionar)
2- modular diretamente o funcionamento dos efetores que regularão a síntese dos segundos mensageiros quando ligados a GTP.
3- possui atividade catalítica intrínseca (GTpásica) e hidrolisa o GTP convertendo em GDP.
4- a subunidade alfa GDP não é mais capaz de ativar os efetores, mas liga-se e sequestra o complexo beta gama restaurando o estado de repouso.
RECEPTORES COM ATIVADADES ENZIMÁTICAS: são cadeias polipeptídicas únicas com um único domínio alfa hélice transmembrana unindo um domínio extracelular que contem o sitio de ligação do ligante ao domínio intracelular que apresenta atividade catalítica. Essa atividade em é geral tirosinaquinase. Quando não ativados os receptores com atividade tirosinaquinase encontra-se em uma forma monomérica, quando há a ativação do receptor com essa atividade pela ligação de um ligante ao domínio extracelular, esses receptores formam homodímeros, e a atividade catalítica tirosinaquinase dos domínios intracelulares de cada um dos monômeros do homodímero é disparada, fosforilando de forma cruzada resíduos de tirosina específicos presentes no monômero vizinho. 
RECEPTORES NUCLEARES PARA HORMÔNIOS: Os receptores nucleares para hormônios incluem receptores para os hormônios esteroides, tireoideanos, vitamina D e ácido retinóico e derivados. As substancias que ativam receptores nucleares são moléculas hidrofóbicas e lipossolúveis capazes de se difundir diretamente através da membrana plasmática da célula alfa. Alguns receptores para o cortisol estão localizados no citoplasma e após a ativação migram para o núcleo onde se ligarão ao DNA.
Os receptores nucleares são cadeias polipeptídicas únicas com alguns domínios bastante conservados entre esses domínios, destacam-se o domínio de ligação do ligante, localizado mais próximo a porção carboxiterminal, o de ligação ao DNA localizado em uma porção médio e o domínio de ativação da transcrição localizado na porção aminoterminal do receptor. 
INTERAÇÃO DROGA-RECEPTOR:
- ligação covalente (+ fortes) requerem grande quantidade de energia para serem desfeitas.
- ligação iônica (mais comuns) podem ser desfeitas por alterações no Ph.
Em geral as interações são reversíveis e envolvem múltiplas ligações fracas.
DESSENSIBILIZAÇÃO DE RECEPTORES: O tipo de receptor especifico e o seu numero que a célula expressa são o resultado da síntese subtraída da destruição de receptores; exposição prolongada aos fármacos é um importante fator que modifica o numero de receptores. 
(Professor fez pergunta de verdadeiro e falso – Falso: exposição prolongada a agonistas aumenta o numero de receptores; Verdadeiro: exposição prolongada a antagonistas aumenta o número de receptores)
O efeito de administração subsequente em fármacos também pode ser maior do que a da exposição inicial e a interrupção abrupta do fármaco deixa a célula hiper ou hiporresponsiva.
A dessensibilização é um mecanismo pelo qual ocorre a tolerância a fármacos quando é necessário aumentar a sua dosagem para obter o mesmo efeito.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Sistema nervoso periférico se divide em sistema nervoso somático ou voluntário e autônomo ou involuntário.
SISTEMA NERVOSO VOLUNTÁRIO/SOMÁTICO: tem como função reagir a estímulos provenientes de ambientes externos, não tem gânglios, sinapses ocorrer no SNC, voltado para a musculatura esquelética.
SISTEMA NERVOSO INVOLUNTÁRIO/AUTONOMO: transportam impulsos do sistema nervoso central, controlam os órgãos internos de modo automático e inconsciente – respiração, digestão, metabolismo. Inclui sistema nervoso simpático e parassimpático.
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO AUTONOMO: 
Centros de controle localizados no SNC, possui rede periférica de fibras aferentes (não conhecidas) e eferentes.
Pré-ganglionar: tem origem no corpo celular dos neurônios do SNC, são mielinizados e fazem sinapse em gânglios autônomos externamente ao SNC.
Pós-ganglionar: saem de gânglios, geralmente não mielinizados.
ESTRUTURAS DO SISTEMA NERVOSO AUTONOMO:
Sistema simpático ou adrenérgico: libera norepinefrina e epinefrina.
Sistema parassimpático ou colinérgico: libera acetilcolina.
Sistema nervoso entérico: associado a enervação autônoma, correlacionado.
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO: Neurôniospré-ganglionares simpáticos com corpos celulares da T1 a L3. 
Os gânglios simpáticos são encontrados em três locais: paravertebral, pré-vertebral e terminal.
Paravertebral: consistem em 22 pares que se localizam em ambos os lados da coluna vertebral.
Pré-vertebrais: localizam-se no abdome e na pelve. Consistem principalmente nos gânglios celíacos, mesentérico superior, aorticorrenal e mesentérico inferior.
Terminais: situam-se próximos aos órgãos por eles enervados. Conectados a bexiga e reto.
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPATICO: Neurônios pré-ganglionares localizados no mesencéfalo, bulbo e porção sacral da medula espinhal. Estão contidos nos nervos cranianos, oculomotor (III), facial (VII), glossofaríngeo (IX), vago (X), e espinal(XI).
Nervo vago: contem fibras pré-ganglionares que vão inervar coração, brônquios, pulmão, esôfago, estomago, intestino delgado, parte inicial do colón, fígado e pâncreas.
Visceral pélvicas: inerva nervos efetores, genitália, bexiga e reto.
Ao contrário do sistema simpático, o parassimpático a sinapse ganglionar ocorre muito próxima ou mesmo anterior do órgão alvo, sendo os neurônios pós-ganglionares muito curtos em comparação aos do simpático.
RESPOSTA DOS ÓRGÃOS EFETORES AOS IMPULSOS AUTONOMOS:
Ativação do SN simpático: fuga ou luta, liberação de epinefrina pela medula da glândula adrenal.
Ativação do SN parassimpático: manutenção da função orgânica, mais localizados.
TRANSMISSÃO DOS IMPULSOS: A transmissão da informação dos neurônios pré-ganglionares a neurônios pós-ganglionares ou de pós-ganglionares a órgãos efetores envolve transmissão química de impulsos nervosos. Impulsos elétricos originários do SNC resultam em despolarização local da membrana neuronal como resultado do aumento seletivo da permeabilidade dos íons Na+ que entram na célula. Segue-se imediatamente a repolarização da membrana pelo aumento seletivo da permeabilidade aos íons K+ que saem. O fluxo iônico transmenbrana, que leva a correntes iônicas produzidas em um circuito local, resulta na geração de um potencial de ação que é propagado através da extensão do axônio. A chegada do potencial de ação na terminação nervosa pré ou pós-ganglionar leva a uma liberação quantal de neurotransmissores, estocados em vesículas intracelulares. 
A liberação do neurotransmissor ocorre através de um processo denominado exocitose, que é cálcio dependente. 
- Neurotransmissores dos neurônios pré-ganglionares:
 Simpático e Parassimpático: Acetilcolina.
- Neurotransmissores dos neurônios pós-ganglionares
 Simpático: Norepinefrina (NE) e epinefrina.
 Parassimpático: Acetilcolina
- Neurotransmissor não adrenérgico não colinérgico (NANC): Ocorre no sistema nervoso entérico e seus transmissores incluem serotonina, ATP e dopamina.
A resposta subsequente no órgão efetor depende das características do neurotransmissor e do tipo de receptor presente. A acetilcolina e a norepinefrina atuam em diferentes receptores. De modo geral, pode ocorrer um dos três tipos de alteração na permeabilidade:
Aumento da permeabilidade de Na+ e Ca2+, resultando em uma despolarização da membrana;
Aumento da permeabilidade de Cl-, resultando em hiperpolarização da membrana;
Aumento da permeabilidade de K+, que se difunde para o meio extracelular com consequente hiperpolarização do potencial de membrana.
Após a liberação do neurotransmissor, este deve ser rapidamente inativado para evitar a ativação excessiva dos receptores. As sinapses possuem dois mecanismos gerais para realizar este processo:
- enzimas na fenda sináptica e pré-sinapse para degradar os neurotransmissores;
- locais de captação e receptação que transportam o neurotransmissor para o terminal pré-sináptico.
COTRANSMISSÃO
É a regra, ocorre liberação de mais de um transmissor ou modulador pelos neurônios. Estes transmissores interagem com seus receptores específicos produzindo efeitos frequentemente pré e pós-sinápticos.
Neurotransmissor ou transmissor primário: ação principal
Moduladores ou neuromoduladores: controle para evitar superestímulo. Atua no controle do aumento ou diminuição da liberação do neurotransmissor.
Neuromediadores: segundos mensageiros, AMPc, GMPc, entre outros.
SUPERSENSIBILIDADE POR DESNERVAÇÃO
Mecanismos gerais de sinalização celular
- Lesão de nervos pré-ganglionares
- Superestimulação dos nervos pré-ganglionares
 -- > Proliferação dos receptores
 -- > Perda da inibição: recaptação falha
 -- > Aumento da resposta pós-juncional
TRANSMISSÃO AUTONÔMICA ADRENÉRGICA
- Biossíntese de catecolaminas: Norepinefrina, neurotransmissor nas fibras pós-ganglionares, também encontrada em algumas regiões do cérebro;
Dopamina, sintetizada como um precursor da NE;
Na medula adrenal, a norepinefrina é metilada no citoplasma da célula para formar o hormônio epinefrina.
- Armazenamento de norepinefrina e epinefrina: Os locais mais importantes de armazenamento são as vesículas granulosas, liberadas por exocitose. Dentro das vesículas, a NE se encontra sob a forma de um complexo molecular com ATP na porção de 4:1 (4 moléculas de NE para 1 de ATP). Fora das vesículas, a norepinefrina pode ser encontrada sob a forma livre – não ligada.
No interior das vesículas, a norepinefrina está presente em pelo menos dois pools diferentes denominados I e II. O pool I contém as moléculas de rápido turnover(ou taxa de renovação do neurotransmissor), que provavelmente atuarão como neurotransmissor. O pool II é considerado fixo, pois apresenta um lento turnover, sendo relativamente refratário à liberação por estimulação simpática. 
Na medula adrenal, a norepinefrina deixa os grânulos, e no citoplasma é metilada a epinefrina, que é armazenada em outras vesículas. A epinefrina corresponde a aproximadamente 80% das catecolaminas. 
- Liberação das catecolaminas: Quando um impulso nervoso é propagado ao longo do neurônio adrenérgico pós-ganglionar, ocorre liberação de norepinefrina a partir das vesículas de armazenamento por exocitose. Após a exocitose, o neurotransmissor liberado poderá atuar em receptores pré ou pós-sinápticos, ser degradado intra ou extraneuronalmente ou ser recaptado para a terminação pré-sináptica.
- Interrupção das ações das catecolaminas: As ações da NE e da epinefrina são interrompidas por:
>recaptação pelas terminações nervosas, por um mecanismos de transporte ativo específico, que a transporta através da membrana axônica desde a sinapse até o pool citoplasmático;
> diluição por difusão para fora da fenda sináptica e captação em locais extraneuronais;
> transformação metabólica pela enzima MAO (monoamina oxidase).
- Receptores adrenérgicos (adrenorreceptores): Embora estruturalmente relacionados, diferentes receptores adrenérgicos regulam processos fisiológicos distintos através do controle de síntese ou liberação de vários mensageiros secundários.
α: receptor no músculo liso onde as catecolaminas produzem respostas excitatórias
β: receptor no músculo liso onde as catecolaminas produzem respostas inibitórias
Exceção: intestino, que geralmente é relaxado pela ativação dos receptores α ou β
Receptores β são subdivididos em β1 e β2. Encontrado no coração, rins, adipócitos e outros tecidos;
 - β1: epinefrina e norepinefrina equipotentes. Encontrados no coração (em menor concentração do que β1), músculo liso (brônquios, trato gastrintestinal, útero), glândulas, leucócitos e hepatócitos.
 - β2: epinefrina 10 a 50 x mais potente que norepinefrina;
 - β3: receptor β-adrenérgico, mais sensível à norepinefrina e não é bloqueado por antagonistas clássicos. Predominantemente expresso no tecido adiposo.
Receptores β-adrenérgicos: A estimulação de receptores beta 1, 2 e 3 leva à ativação da enzima ligada à membrana, a adenilciclase, que catalisa a conversão do ATP a AMPc. A ativação da enzima é mediada por uma proteína G, designada Gs (estimuladora). 
O agonista β-adrenérgico se liga aos receptores β1, β2 ou β3.O complexo agonista-receptor se liga à proteína GS através da subunidade alfa (em repouso há uma molécula de GDP ligada a esta porção da proteína G). A formação do complexo agonista-receptor-proteína G facilita o deslocamento da GDP pela GTP. O complexo entre proteína GS e GTP se dissocia do complexo agonista-receptor e interage com a subunidade catalítica da adenilciclase, portanto promovendo a conversão do ATP em AMPc. O AMPc ativa uma enzima intracelular, a proteinoquinase dependente de AMPc que catalisa a fosforilação da quinase da fosforilase, que desta forma ativa a enzima; a seguir, a quinase da fosforilasefosforila e ativa a fosforilase. Esta sequência de fosforilações sucessivas possibilita a amplificação do sinal, levando à resposta farmacológica. Portanto, a ativação de β1,β2 ou β3 leva ao aumento do segundo mensageiro AMPc.
Receptores α-adrenérgicos: Os receptores alfa 1 produzem seus efeitos através de um aumento no turnover intracelular de fosfatidilinositol. Isto é, a ativação do receptor leva à estimulação da enzima de membrana fosfolipase C via proteínas G. A ativação da fosfolipase C (PLC) resulta na hidrólise do bifosfato de fosfatidilinositol (PIP2), que produz os segundos mensageiros trifosfato de inositol (IP3) e diacilglicerol (DAG).
Receptores α2 ativam proteína GI 
TRANSMISSÃO AUTONÔMICA COLINÉRGICA
A acetilcolina é um neurotransmissor do sistema colinérgico amplamente distribuído no SNA e também em certas regiões cerebrais. É liberada por todas as fibras pré-ganglionares do SNA e por aqueles da medula adrenal; por fibras pós-ganglionares parassimpáticas que se dirigem para o órgão efetor; por fibras pós-ganglionares das glândulas sudoríparas e por algumas fibras simpáticas de vasos em músculos esqueléticos. 
- Biossíntese de acetilcolina: A biossíntese de acetilcolina nos neurônios colinérgicos ocorre pela acetilação da colina, catalisada pela enzima clina-acetiltransferase (CAT), com acetil coenzima A (acetil-CoA) servindo como doador de grupos acetil. Após a síntese, a acetilcolina é transportada para as vesículas de armazenamento. 
- Liberação de acetilcolina: Liberada nas placas motoras em quantidades constantes, ou quantal. A liberação de Ach e outros transmissores é inibida por toxinas produzidas pelo Clostridium. A toxina botulínica A liga-se às terminações dos nervos motores colinérgicos, resultando em uma paralisia flácida, enquanto a toxina tetânica, também produzida por um Clostridium, liga-se seletivamente e entra nos neurônios vertebrais, onde bloqueia a liberação de glicina e causa paralisia esplástica. A toxina do veneno da aranha viúva-negra promove a liberação maciça das vesículas, provavelmente pela ligação 
- Interrupção das ações da acetilcolina: A acetilcolina é rapidamente hidrolisada pela enzima acetilcolinesterase (AchE). Acetilcolinesterase também conhecida como colinesterase específica ou verdadeira, é encontrada em neurônios colinérgicos, nas adjacências das sinapses colinérgicas e em outros tecidos. É altamente concentrada na junção neuromuscular. A hidrólise da acetilcolina ocorre na vizinhança imediata da terminação nervosa. A butirilcolinesterase, também conhecida como pseudocolinesterase ou esterase sérica, está presente em vários tipos de células gliais. É principalmente encontrada no plasma e no fígado. A ação da acetilcolinesterase é instantânea, quase 90% da acetilcolina liberada podem ser hidrolisadas antes de alcançar a membrana pós-sináptica. Os produtos de degradação são ácido acético e colina. O ácido acético é rapidamente recaptado para as diversas vias bioquímicas no interior do citoplasma. A colina é ativamente transportada de volta para a terminação nervosa, onde pode ser novamente reutilizada na síntese de acetilcolina. 
- Receptores colinérgicos (colinorreceptores): A acetilcolina é o neurotransmissor no gânglio autônomo e nos terminais nervosos parassimpáticos, onde sua ação pode ser inibitória ou excitatória, lenta ou rápida, de acordo com o receptor envolvido. Ela possui ações duplas, ação nicotina (nicotínica) e ação muscarina (muscarínica). A resposta da maioria das células efetoras autonômicas nos órgãos viscerais é muscarínica. A resposta em gânglios simpáticos e parassimpáticos e também no músculo esquelético é nicotínica. 
Receptores nicotínicos: são canais iônicos controlados por ligantes, e sua ativação causa rápido aumento na permeabilidade celular ao Na+ e K+, despolarização e excitação. Esses receptores estão presentes na periferia e na junção neuromuscular e na sinapse ganglionar e também no cérebro, onde a acetilcolina é um neurotransmissor.
Receptores muscarínicos: Receptores definidos farmacologicamente através da ação de agonistas e antagonistas são: M1, M2 e M3. As funções dos receptores muscarínicos são mediadas pela interação com as proteínas G, levando ao aumento do turnoverdo fosfatidilinositol intracelular. Assim, a ativação destes receptores leva à associação com a proteína G e a ativação da fosfolipase C. A ativação desta enzima irá formar os dois segundos mensageiros DAG e IP3 a partir do PIP2 da membrana. O DAG ativa a proteinoquinase (juntamente com o Ca2+), enquanto o IP3, promove liberação de Ca2+ intracelular armazenado no retículo endoplásmatico.
- Resposta dos órgãos-alvo: A resposta do órgão-alvo às drogas simpaticomiméticas e parassimpaticomiméticas é mediada por uma complexa cadeia de respostas: 1) resposta a curto prazo (uso agudo de uma droga): ocorre após ligação do neurotransmissor ou agonistas aos receptores e pode resultar em alterações da afinidade do receptor ou de canais ao ligante endógeno ou exógeno; 2) respostas a longo prazo (após uso prolongado de uma droga): uma droga pode produzir respostas mais lentas quando o segundo mensageiro formado ativa proteinoquinases, que por sua vez podem regular os fatores de transcrição que regulam a expressão gênica neural que podem alterar o número de enzimas, canais e receptores envolvidos no processo. 
AGONISTA E ANTAGONISTA COLINENERGICO
Os receptores colinérgicos são classificados em muscarínicos e nicotínicos.
Os agonistas e antagonistas colinérgicos tem como ação principal a estimulação ou bloqueio das células efetoras (pós-ganglionares) do SNA parassimpático.
As drogas colinérgicas mimetizam os efeitos da estimulação dos neurônios colinérgicos, atuando diretamente em receptores da Ach, razão pela qual são denominadas drogas colinérgicas de ação direta. Essas podem ser classificadas em dois grupos: 1) Alcaloides naturais e análogos sintéticos e 2) os ésteres da colina
ALCALOIDES DE OCORRÊNCIA NATURAL E ANÁLOGOS SINTÉTICOS:
- Muscarina > é um composto de amônio quaternário, apresenta absorção mais limitada
- Pilocarpina > é uma amina terciária
- Arecolina> é uma amina terciária
- Oxotremorina> droga sintética, para o estudo da ativação de receptores muscarínicos do subtipo M
- Mcn-A-343 > droga sintética com ação em receptores muscarínicos do subtipo M
ÉSTERES DA COLINA:
- Acetilcolina > não tem aplicação terapêutica, degrada rapidamente
- Carbacol> resistente a hidrólise
- Metacolina> ação mais prolongada inativação mais lenta pela acetilcolesterase
MECANISMO DE AÇÃO DAS DROGAS COLINÉRGICAS: Os receptores muscarínicos são encontrados principalmente nas células efetoras autônomas inervadas pelos neurônios parassimpáticos pós-ganglionares. Presentes no cérebro, nos gânglios e em algumas células como as dos vasos sanguíneos. Esses receptores pertencem à família de receptores acoplamos a proteínas G. Subtipos de receptores:
- M1 > presente no SNC, estímulo de neurônios, receptor ganglionar
- M2 > nas células cardíacas principalmente, neurônios e musculo liso
- M3 > na bexiga, glândulas exócrinas e musculo liso
- M4 e 5 > SNC, neurônios, olhos
- Pilocarpina > Ação pronunciada sobre glândulas, aumenta a secreção salivar e sudorese, aumenta a secreção brônquica
- Arecolina> ação muscarínica e nicotínica
- Carbacol> causa contração uterina
AÇÃO NO ORGANISMO
- Musculo liso > aumento da musculatura lisa e relaxamento dos esfíncteres de todo organismo animal. Aumento no tônus e da motilidade do TGI, e também da sua atividade secretora, contração da vesícula urinária e dos ureteres, e vasoconstrição da musculatura brônquica.
- Glândulas > aumento da secreção de todas as glândulas
- Sistema cardiovascular > Bradicardia e diminuição da pressão arterial por conta da vasodilatação, redução na força e contração cardíaca. No SNC, Ach não atravessa a barreira hematencefálica.
USOS TERAPÊUTICOS
- Pilocarpina > empregado no tratamento de glaucoma. Contrai pupila, drenagem do humor aquoso, diminui pressão ocular.
- Carbacol> produz miose durante cirurgia ocular, contrai pupila. Diminui pressão ocular.
- Betanecol> contração da bexiga e TGI, tratamento esvaziamento incompleto da bexigae retenção urinária.
- Metacolina> utilizado para diagnostico da hiper-reatividade brônquica, aumenta motilidade do TGI.
- Acolina> utilizada como anti-helmíntico.
EFEITOS COLATERAIS E CONTRA INDICAÇÕES: principalmente exacerbação do SNA parassimpático, observando sudorese, cólicas abdominais, eructação, dificuldade de acomodação visual e aumento das secreções salivar e lacrimal. 
São contraindicadas em pacientes com obstrução intestinal ou urinária, causa insuficiência cardíaca coronariana pela bradicardia e hipotensão, também contraindicadas durante prenhez por causar contrações. Em caso de efeitos colaterais utiliza adrenérgicos atropina e epinefrina.
DROGAS COLINÉRGICAS DE AÇÃO INDIRETA
- Carbamatos> são inibidores reversíveis das colinesterases
- Organofosforados> inibidores irreversíveis das colinesterases forma composto estável com a enzima
INIBIDORES REVERSÍVEIS DAS COLINESTERASES (antagonista competitivo)
- Fisostigmina> lipofílico, atravessa BHE, faz absorção rápida no TGI, subcutânea e mucosas
- Neostigmina, piridostigmina e ambenônio> apresentam ações nicotínicas nos músculos esqueléticos
- Endrofonio> inibidor reversível da colinesterase de curta duração
- Rivastigmina> inibe preferencialmente a colinesterase presente no SNC
- Tacrina> ação anticolinesterasica
- Dopenezil> inibidor da colinesterase tipo piperidina de ação prolongada
- Galantamina>anticolinesterásico e como agonista nicotínico 
INIBIDORES IRREVERSÍVEIS DAS COLINESTERASES
Formada por agentes denominados organosfosforados, inclui ‘gás dos nervos’, empregados na guerra química, até praguicidas, produtos domissanitários, medicação anti-helmíntica. Causam fosforilação do local esterásico.
MECANISMO DE AÇÃO
-Carbamatos> se ligam no local iônico e esterásico da AchE. Inibição prolongada da enzima é obtida com a fisostigmina e a piridostigmina. Por sofrerem carbamilação de regra a acetilação é mais rápida.
-Organofosforados> Inibem a colinesterase através da fosforilação
EFEITOS FARMACOLÓGICOS
São consequência do acúmulo de Ach em todos os locais onde este neurotransmissor é liberado.
- Junção neuromuscular > produzem aumento da contração da musculatura esquelética, permite a religação da acetilcolina nos receptores e faz despolarização excessiva. Uso terapêutico: antiparasitários, glaucoma.
- Trato gastrintestinal > promovem aumento das secreções do trato gastrointestinal, contração da musculatura lisa e relaxamento dos esfíncteres.
-Sistema respiratório > Faz broncoconstrição e aumento das secreções, conduzindo a dispneia e respiração ruidosa.
-Sistema cardiovascular > refletem tanto os efeitos ganglionares quanto os pós-ganglionares do acúmulo sobre o coração e vasos sanguíneos.
-Sistema nervoso central > atravessam a barreira BHE e produzem excitação.
-Neurônios periféricos > podem produzir desmielinização com fraqueza muscular e perda sensorial.
-Olho > quando aplicados diretamente causam hiperemia da conjuntiva e contração do músculo esfíncter pupilar.
- Glândulas exócrinas > produzem aumento das respostas secretoras das glândulas.
DROGAS ANTAGONISTAS COLINÉRGICAS OU ANTIMUSCARÍNICAS: vão agir nos receptores muscarínicos (atropina e escopolamina)
ANALOGO SINTÉTICO
-homatropina, metantelina, propantelina, ipratrópico e tiotrópico, ciclopentolato, tropicamida e hidrobrometo de atropina, benzatropina e triexafenidila, pirenzepina, glicopirrolato, galamina, himbacina, tolterodina, entre outros.
FARMACOCINÉTICA DA ATROPINA
Acetilcolina: meia vida de 4h, metabolizado no fígado 50%, resto excretado inalterado na urina.
USO TERAPÊUTICO
- TGI> úlceras peptídicas
- Pré-anestésico > diminuição secreções e motilidade TGI
REAÇÕES ADVERSAS: ressecamento
AGONISTAS E ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
NEURÔNIOS SIMPATICOS:
NE e EP – estimulam o miocárdio
EP – dilata vasos sanguíneos da musculatura esquelética
NE – efeito constritor nos vasos da pele, mucosa e rim
Suas ações são classificadas em 7 tipos principais:
Ação excitatória sobre certos tipos de músculo liso, ação inibitória sobre outros tipos de musculo liso, ação excitatória cardíaca, ação metabólica, ação endócrina, ação sobre o SNC, ação pré-sináptica.
SIMPATICOMIMÉTICOS DE AÇÃO DIRETA: são considerados diretos todos os agentes que atuam diretamente nos receptores adrenérgicos. Catecolaminérgico com núcleo catecol, não catecolaminérgico sem núcleo.
-Simpaticomiméticos: Norepinefrina, epinefrina, dopamina, isoproterenol, dobutamina.
-Não catecolaminérgicos: Agonista de receptores alfa1 adrenérgicos, fenilefrina e metoxamina, agonistas de receptores alfa2 adrenérgicos, alfa metildopa, xilazina, romifidina, detomidina, medetomidina, dexmedetomidina, clonidina, fadolmidina, agonistas de receptores beta2 adrenérgico, salbutamol, terbutalina e metopropol, rotodrina, clembuteral.
SIMPATICOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA: são de ação direta todos os medicamentos que atuam principalmente na liberação de NE. Vão bloquear a captação de NE liberada. Agonista secundário.
-anfetamina e efedrina.
FARMACOCINÉTICA
As catecolaminas NE, EP e DA não são administradas por via oral, pois são rapidamente degradados no trato digestivo. O uso é restrito à administração intravenosa ou subcutânea, e a injeção deve ser lenta para manter a concentração eficaz. A meia vida dessas catecolaminas é de aproximadamente 2 minutos. 
A fenilefrina pode ser administrada pelas vias oral ou tópica, a clonidina é bem absorvida por via oral, a medetomidina é rápida e completamente bem absorvida por administração via intramuscular, a fadolmidina distribui-se pobremente pela barreira hematencefálica. Os simpaticomiméticos agonistas beta2 como o salbutamol pode ser administrado por todas as vias mas em situação de emergência deve ser intravenosa, o formoterol tem ação mais longa quando administrado por inalação. O clembuterol é mais usado em intravenosa. Tanto a NE como a EP injetadas são metabolizadas pelas enzimas MAO e COMT, sendo os metabólitos inativos excretados na urina.
MECANISMO DE AÇÃO
•simpaticomiméticos de ação direta
Os agonistas de receptores alfa e beta adrenérgicos mimetizam as ações das catecolaminas endógenas.
Agonistas alfa e beta:
-norepinefrina> Se liga aos receptores alfa, a ativação dos receptores levará à ativação da fosfolipase C, ativação da adenilciclase e inibição da adenilciclase via proteínas G específicas e formação dos segundos mensageiros. A formação dos segundos mensageiros resultará na promoção de eventos celulares diversos, como a fosforilação de proteínas, liberação de cálcio e alteração da excitabilidade celular, entre outros.
-epinefrina> Atua como agonista em todos os subtipos de receptores alfa e beta adrenérgicos. Os mecanismos de formação ou inibição dos segundos mensageiros são idênticos ao de NE.
-Dopamina > em baixas concentrações interage em receptores D vasculares e produz vasodilatação devido à ativação da adenilciclase; em concentrações intermediarias atua em receptores beta produzindo efeito inotrópico positivo, e em altas doses apresenta efeitos em receptores alfa podendo resultar em vasoconstrição.
-Isoproterenol> potente agonista beta adrenérgico não seletivo de origem sinterica; possui afinidade muito baixa pelos receptores alfa adrenérgicos.
-Dobutamina> seus efeitos são decorrentes de suas ações em receptores alfa e beta adrenérgicos.
Agonistas alfa1 adrenérgicos:
- Fenilefrina e metoxamina> atuam como agonistas alfa1, diferem da NE por não apresentarem ações em receptores beta.
Agonistas alfa2 adrenérgicos:
-Alfametildopa> é captada pelo neurônio noradrenergico e compete com a L-dopa na biossíntese de catecolaminas, formando a alfa metilnorepinefrina, que é biossintetizada como um falso transmissor, sendo um potente agonista alfa2 no SNC.
-Xilazina e desmedetomidina> atuam em todos os subtipos de receptores alfae pré-sinápticos mas também possuem receptores alfa1. A ativação de receptores alfa2 induz inibição da adenilatociclase, resultando em redução da formação de AMPc,um importante regulador do funcionamento celular. Ainda a ativação da proteína G acoplada a canais iônicos de potássio de potássio causa hiperpolarização neuronal, que contribui para a redução da excitabilidade de neurônios centrais e sedação, observadas após a administração de agonistas alfa2.
- Clonidina > ativa preferencialmente os receptores alfa2 mas também possui ação em alfa1.
- Fadolmidina> é altamente seletiva para receptores alfa2 mas também tem seletividade pelos subtipos destes receptores.
Agonistas beta adrenérgicos:
-Salbutamol, terbutalina, metaproterenol e ritodrina> podem ser considerados relativamente específicos para beta2. Tem pequena ação em receptores beta1, entretanto, em altas doses atuam preferencialmente neste receptor. 
-Clembuterol> atua especificamente em receptores beta2.
-Pirbuterol> este agonista beta2 adrenérgico tem sido usado para o tratamento da obstrução de vias respiratórias.
•simpaticomiméticos de ação indireta
- Anfetamina e efedrina > exercem suas ações primariamente por facilitarem a liberação de NE, além do bloqueio de captação de NE.
EFEITOS FARMACOLÓGICOS
Fármacos mais utilizados terapeuticamente:
-Norepinefrina> efeitos associados à vasoconstrição dos leitos vasculares e aumenta as pressões sistólicas e diastólicas, diminuição reflexa dos batimentos cardíacos. Diminuição do fluxo sanguíneo no rim, cérebro, fígado e geralmente na musculatura esquelética.
-Epinefrina> aumento da força de contração nas células do miocárdio, e aumento da frequência de contração. Grandes doses pode causar taquicardia, sístole ventricular e fibrilação, esses efeitos são comuns em cardiopatas. Produz vasoconstrição nos vasos sanguíneos da pele, mucosa e rins, enquanto dilata vasos da musculatura esquelética. Produz altos níveis de glicose circulante, e ainda pode apresentar efeito hiperglicemiante, e diminuir a secreção de insulina.
-Dopamina > Produz ação inotrópica positiva no coração, relaxamento da musculatura lisa vascular, especificamente nas artérias renais e mesentéricas, aumenta a taxa de filtração glomerular, a excreção de sódio e a excreção urinária.
-Isoproterenol> promove redução da pressão diastólica, taquicardia, relaxamento da musculatura lisa bronquiolar. Inibe a liberação de histamina e outros mediadores da inflamação produzidos por antígenos.
-Dobutamina> bradicardia, reflexo de bezold-jarisch.
-Fenilefrina, metoxamina e outros > aumentam a resistência periférica, causa vasoconstrição da maioria dos leitos vasculares, diminui batimentos cardíacos.
-Alfa metildopa > redução da pressão arterial.
-Xilazina e outros alfa2 agonistas > propriedade analgésica, sedativa e relaxante muscular de ação central.
-Fadolmidina> efeito antinociceptivo em vários tipos de dor, tem potencial analgésico.
-Clonidina > hipotensão e bradicardia.
-Salbutamol, salmeterol, terbutalina, metaproterenol e ritodrina> produz broncodilatação, relaxamento da musculatura lisa uterina de útero grávido, em altas doses produz taquicardia.
-Clembuterol> utilizado como broncodilatador, especialmente em cavalos e como tocolítico.
-Anfetamina > aumento da pressão arterial, diminuição reflexa da frequência cardíaca, relaxamento bronquiolar, supressão da ingestão alimentar.
-Efedrina > eleva a pressão sistólica e diastólica, aumento na força de contração e no débito cardíaco, e relaxamento no musculo liso brônquico.
USOS TERAPÊUTICOS
Arritmias, hipotensão, choque, insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão, asma, tocoliticos, reações alérgicas, usos oftalmológicos, contenção animal, descongestionantes nasais.
EFEITOS COLATERAIS
Em altas doses, os simpaticomiméticos podem produzir estimulação excessiva da musculatura cardíaca, causando taquicardia e mesmo fibrilação ventricular, podendo levar o animal a óbito.
ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS OU SIMPATICOLÍTICOS
Produzem seus efeitos antagonizando as ações do SNA simpático.
ANTAGONISTAS ALFA ADRENÉRGICOS: fenoxibenzamina e dibenamina, fentolamina e tolazolina, derivados de ergot.
ANTAGONISTAS ALFA1 ADRENERGICOS: prazosina, tansolusina.
ANTAGONISTAS ALFA2 ADRENERGICOS: Ioimbina, atipamezol, isazoxam e tolazolina.
ANTAGONISTAS BETA ADRENÉRGICOS: propranolol, metoprolol, atenolol, esmolol, nadolol, timolol, labetalol, pindolol, carteolol, penbutol.
FARMACOCINÉTICA
-Antagonistas alfa adrenérgicos: são efetivas tanto via oral como intravenosas, mas somente 20 a 30% desses agentes são absorvidos no TGI.
-Antagonistas beta adrenérgicos: podem ser administrados via oral ou via intravenosa, mas são mais utilizados via oral pois são bem absorvidos pelo TGI.
MECANISMO DE AÇÃO
• Agonista alfa adrenérgicos
-Fenoxibenzamina> se liga aos receptores alfa através de ligação covalente, produz bloqueio irreversível destes receptores.
-Fentolamina e tolazolina > a fentolamina é um antagonista reversível de receptores alfa, produz um bloqueio competitivo. A tolazolina é um composto correlato, mas menos potente.
-Alcaloides do ergot> efeitos parecem resultar de suas ações como agonistas ou antagonistas parciais nos receptores adrenérgicos, dopaminérgicos e serotoninérgicos.
-Ergotamina > é um agonista e antagonista parcial de receptores alfa adrenérgicos e serotoninérgicos.
-Di-hidroergotamina> agonista parcial em veias, antagonista em vasos sanguíneos, em vários músculos lisos e no sistema SNA e SNC.
-Ergometrina > atua como agonista parcial dos receptores alfa adrenérgicos nos vasos sanguíneos, possui pequena ação como antagonista.
-Prazosina> é um antagonista relativamente seletivo para os receptores alfa
-Tansolusina> é um antagonista dos receptores alfa, possui seletividade para a bexiga e provoca menor hipotensão em comparação.
- Ioimbina e atipamezo> atuam como antagonistas alfa, devido a esse efeito são usados como reversores de tranquilizações e anestesias onde se empregou um alfa2 agonista.
• Agonista beta adrenérgicos
- Propanol > é um potente antagonista de receptores beta1 e beta2 adrenergicos, apresenta ainda uma ação estabilizante da membrana independente de suas propriedades betabloqueadores.
-Metoprolol, atenolol, esmolol> são antagonistas relativamente seletivos para os receptores beta1.
- Nadolol> é considerado um bloqueador não seletivo para os receptores beta, como é pouco lipossolúvel não exerce efeitos centrais, como o propranolol. É um agente de longa duração em comparação com os betabloqueadores.
- Timolol e carteolol> também são considerados betabloqueadores não seletivos.
- Labetalol> é um antagonista alfa1 e beta1 e beta2. É o principal antagonista com ações alfa e betabloqueadoras. Possui atividade paticomimética como agonista parcial em receptores beta2.
- Aprenolol, oxprenolol> em condições de repouso produzem aumento da frequência cardíaca, entretanto, antagoniza a taquicardia devido a estimulação simpática.
- Pindolol, carteolo, penbutolol> são antagonistas beta adrenérgicos não seletivos e apresentam propriedades agonistas parciais.
USOS TERAPÊUTICOS
-Fenoxibenzamina> pelo fato de bloquear a vasoconstrição, este agente é usado em espasmos vasculares para reduzir a pressão arterial em casos de feocromocitoma e em arritmias produzidas pelos anestésicos gerais. 
- Fentolamina> é utilizada a curto prazo no controle da hipertensão em pacientes com feocromocitoma.
- Tolazolina > tem sido utilizada no tratamento de hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido e como auxiliar na visualização de vasos periféricos distais durante a arteriografia.
- Derivados do ergot> é usada na enxaqueca devido à vasoconstrição em receptores alfa no SNC. 
-Prazosina> o prazosina e seus análogos tem sido empregados com êxito no tratamento de hipertensão sistêmica primária.
- Ioimbina e atipamezol> são indicadas para a reversão da sedação ou anestesia produzida por agonistas destes receptores.
EFEITOS COLATERAIS
-Antagonistas alfa adrenérgicos: o mais importante efeito colateral dos antagonistas alfa adrenérgico está relacionado com a diminuição do tônus simpático em receptores alfa.Esse s efeitos incluem hipotensão ortostática, taquicardia, inibição de ejaculação e congestão nasal.
-Antagonistas beta adrenérgicos: pode causar insuficiência cardíaca congestiva ou exacerbá-la em pacientes com insuficiência compensada, infarto agudo do miocárdio ou cardiomegalia. A bradicardia é uma resposta decorrente do bloqueio de receptores beta, em pacientes com defeitos de condução atrioventricular parciais ou complexos, os antagonistas beta podem causar bradiarritmias potencialmente fatais.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
O sangue, a medula óssea, os linfonodos e o timo são os principais componentes do sistema hematopoiético, que tem como órgãos auxiliares o baço, o fígado e os rins. O sangue representa cerca de 8% do peso corpóreo total e é composto de plasma sanguíneo, glóbulos vermelhos (ou hemácias e eritrócitos), glóbulos brancos (ou leucócitos) e plaquetas (ou trombócitos). Todos os vários componentes do sangue contribuem para a manutenção da homeostasia no organismo. As hemácias representam mais de 99% das células sanguíneas e sua principal função é transportar a hemoglobina, que por sua vez, transporta o oxigênio dos pulmões para os diversos tecidos. A medula óssea deve formar continuamente grandes quantidades destas células (eritropoese), além das outras células do sangue (hematopoese). Por outro lado, a manutenção do sangue dentro dos vasos sanguíneos é vital para a integridade do organismo. Dessa forma, a hemostasia é uma função fisiológica caracterizada por um conjunto de mecanismos necessários para a função de contenção do sangue nos vasos, bem como para a manutenção da sua fluidez. Essa hemostasia é desenvolvida através do mecanismo de coagulação sanguínea (evitar hemorragias) e fibrinólise, importante para impedir a formação de trombos ou coágulos sanguíneos no organismo.
MECANISMO GERAL DA HEMATOPOESE (OU ERITROPOESE): processo fisiológico responsável pela produção das células do sangue e, como consequência, pela manutenção da homeostase dos níveis de oxigênio corpóreo. Este processo é regulado primariamente pela eritropoetina, fator de crescimento hematopoético produzido pelos rins. 
As hemácias têm vida bastante limitada, sendo nos mamíferos entre 50 e 120 dias. 
A velocidade de produção de hemácias no organismo aumenta em qualquer condição em que há redução na quantidade de oxigênio que chega aos tecidos, ou seja, em um estado de hipóxia ou anemia, a medula óssea é estimulada a aumentar a produção de hemácias para serem lançadas na circulação. A hipóxia dos centros eritropoéticos da medula óssea não é um estimulo direto para o aumento da eritropoese, mas depende ativamente da eritropoetina, liberado principalmente em resposta à hipóxia renal.
COMPONENTES ESSENCIAIS PARA A HEMATOPOESE (OU ERITROPOESE)
- Eritropoetina (EPO): Cerca de 90% da eritropoetina são sintetizados pelas células corticais renais, sendo o fígado o principal local extrarrenal desta síntese. A hipóxia renal provoca a liberação da enzima denominada fator eritropoético renal que penetra na circulação e interage com o eritropoetinogênio (precursor inativo de origem hepática). Desta forma-se a eritropoetina ativa (principalmente nos rins), que é liberada no sangue. A eritropoetina liberada atinge a medula óssea, de onde induz a liberação de reticulócitos na corrente sanguínea, local da sua maturação a eritrócitos (ou hemácias).
Agentes que aumentam a secreção:
Agonistas de receptores A2 de adenosina
Agonistas β2-adrenérgicos
Radicais livres
Prostanoides
Vasopressina
Serotonina
Prolactina
Hormônio do crescimento
Tiroxina
Agentes que diminuem a secreção:
Inibidores da ciclo-oxigenase (anti-inflamatórios)
Estrógenos
Agentes alquilantes
Bloqueadores β2-adrenérgicos
Bloqueadores de canais de cálcio
Situações clínicas caracterizadas por IRC podem diminuir a produção de eritropoietina, pois as células renais são destruídas. Em medicina veterinária, a eritropoietina tem especial utilização na anemia associada a distúrbio renal crônico.
A eritropoese é, ainda, dependente de outros componentes essenciais para a formação de hemácias, tais como o ferro, minerais e certas vitaminas. A deficiência destes nutrientes pode diminuir o número de hemácias ou produzir células incompletas, imaturas ou malformadas, causando anemia.
- Ferro: O ferro é necessário para a formação de hemoglobina e de outras proteínas envolvidas na produção de energia oxidativa, transporte de oxigênio, respiração mitocondrial, inativação dos radicais livres de oxigênio e para a síntese de DNA. Devido à sua baixa solubilidade, há mecanismos eficazes para o transporte e armazenamento de ferro no organismo vivo, através de proteínas transportadoras.
A hemoglobina é formada pela união de uma molécula de globina (proteína) com 4 moléculas de grupo heme, o qual é constituído de ferro bivalente ou ferroso (Fe2+) capaz de fixar o O2 de forma reversível. O ferro do grupo heme é rapidamente absorvido a partir do trato gastrintestinal e sua absorção pode ser facilitada por outros nutrientes. Como o ferro não hêmico da dieta apresenta-se principalmente no estado férrico ou ferro trivalente (Fe3+), há necessidade de conversão para a forma ferrosa (Fe2+), o que pode ser estimulado pela ingestão de ácido ascórbico (vitamina C), que promove tanto a redução do ferro férrico como a formação de complexos solúveis de ferro-ascorbato, o que aumenta a absorção de ferro ferroso.
O ferro é armazenado em dois compartimentos do organismo: um deles é funcional, como parte integrante da hemoglobina, mioglobina e outras estruturas proteicas essenciais; a outra parte não é funcional, e está na forma complexada com a ferritina.
A ferritina está presente no organismo na forma de um monômero chamado apoferritina, ou na forma de um agregado chamado hemossiderina. A ferritina liga-se ao íon férrico (Fe3+) e controla o movimento deste elemento em vários pontos de ligação à ferritina localizados nas membranas das células plasmáticas. Este complexo ferro-ferritina penetra na célula através de endocitose e o ferro é então liberado intracelularmente, retornando a ferritina ao seu compartimento extracelular. 
À medida que as hemácias velhas são destruídas, a hemoglobina é rapidamente degradada pelas células do sistema reticuloendotelial, do baço, fígado e medula óssea e libera Fe2+, que se torna novamente disponível para as hemácias recém-formadas pela medula óssea. 
A anemia por deficiência de ferro (anemia ferropriva) é uma condição clinica comum em animais, sendo relatada como de maior ocorrência em leitões e bezerros. O uso de anti-inflamatórios que causam sangramento da mucosa gástrica e doenças gastrintestinais associadas a hemorragias podem levar à deficiência de ferro. Além disso, as carências nutricionais dos animais também podem causar a deficiência deste elemento. Em casos de pacientes sob diálise ocorre uma perda contínua de ferro, ocasionada, sobretudo, por hemorragias digestivas e hematêmese.
- Vitamina B12: A cianocobalamina (vitamina B12) contém cobalto e é um nutriente necessário para a maturação do núcleo e para a divisão celular, pela sua atividade na síntese de DNA e RNA. 
A deficiência dessa vitamina afeta os centros hematopoiéticos da medula óssea, causando uma diminuição de hemácias por maturação incorreta e inibição da proliferação destas células, manifestando uma anemia megaloblástica, com o aparecimento de células maiores, com núcleo imaturo e membranas finas e malformadas. Essas células são denominadas estas megaloblastos (precursoras), e os adultos correspondentes são os macrócitos. Pela sua imaturidade, ambas as células são muito frágeis, o que diminui sua vida-média para cerca de algumas semanas.
A vitamina B12 é absorvida a partir do trato gastrintestinal com o auxílio do chamado fator intrínseco (FI), uma glicoproteína que em condições ácidas no estômago facilita sua absorção. A anemia perniciosa ocorre por falha na produção deste fator intrínseco. O complexo FI-vitamina B12 alcança o intestino, onde é absorvido e penetrana circulação para ligar à β-globulina (proteína plasmática) e ser transportada até o fígado onde é estocada na forma de coenzima ativa. 
Os ruminantes adultos são animais que conseguem sintetizar a vitamina B12 através das bactérias do rúmen. Porém, uma dieta deficiente de cobalto nestes animais pode resultar em deficiência desta vitamina, pois este elemento é essencial aos microrganismos ruminais para a síntese da mesma. 
- Ácido fólico (ou folato): é primordial para a síntese de purinas e pirimidinas necessárias para a formação do RNA e DNA, o que confere a esta vitamina um papel importante também no tratamento das anemias. Este nutriente pode ser encontrado nas folhagens verdes ou ser sintetizado por bactérias no intestino grosso. 
Pacientes com doenças hepáticas ou uremia podem apresentar dificuldade de concentrar o ácido fólico ligado às proteínas plasmáticas, o que pode gerar um quadro de deficiência deste. A deficiência do ácido fólico também pode causar anemia megaloblástica, caso em que é praticamente impossível distingui-la da deficiência de vitamina B12. Doses elevadas de ácido fólico podem diminuir a concentração sanguínea de vitamina B12, daí a necessidade de se manter um equilíbrio entre estes dois nutrientes. 
- Cofatores hematopoéticos (ou eritropoéticos): Para a produção de hemácias normais e outras células sanguíneas há necessidade da ação direta ou indireta de vária substancias que agem como coenzimas ou catalisadores na síntese da hemoglobina ou de outros componentes celulares. Dentre elas estão as vitaminas: C, ácido ascórbico; B1, tiamina; B2, riboflavina; B6, piridoxona; E, tocoferol; biotina, ácido nicotínico e ácido pantotênico, e os minerais cobre e cobalto.
TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS DA HEMATOPOIESE (OU ERITROPOESE)
- Etiologia e classificação das anemias: A redução do número de hemácias circulantes no sangue caracteriza o estado de anemia. Uma vez caracterizado clinicamente um processo anêmico, deve-se proceder a avaliação laboratorial, com determinações hematimétricas do número total de hemácias e dosagem de hemoglobina e do hematócrito (estimativa da massa de hemácias em relação ao volume sanguíneo). A partir dessas medidas podem ser calculados os índices hematimétricos: VCM (volume corpuscular médio), HCM (hemoglobina corpuscular média) e CHCM (concentração de hemog lobina corpuscular média). Esses índices apresentam uma correlação com a fisiopatologia da anemia e permitem uma classificação morfológica desse processo em 3 grupos:
Anemia normocíticanormocrômica(VCM e HCM aumentados ou tamanho da hemácia e quantidade de hemoglobina diminuídos)
Anemia microcíticahipocrômica(VCM e HCM diminuídos ou tamanho da hemácia e quantidade de hemoglobina diminuídos)
Anemia macrocíticahipercrômica(VCM e HCM aumentados ou tamanho da hemácia e quantidade de hemoglobina aumentados.
Anemias associadas a defeitos da produção de citoplasma das hemácias: microcítica e hipocrômica, e podem ter como agentes etiológicos a deficiência de ferro ou a IRC.
Anemias associadas a defeitos da maturação do núcleo das hemácias: macrocítica e normocrômica, e podem ter como agentes etiológicos a deficiência de vitamina B12 (anemia perniciosa) ou a deficiência de ácido fólico (anemias megaloblásticas. 
Anemias que resultam do aumento da destruição de hemácias: anemias hemolíticas
Anemias carenciais: deficiência de vitamina B12, ácido fólico, oligoelementos como o ferro, cobre, cobalto ou de proteínas
- Princípios do tratamento antianêmico: deve-se obter o diagnóstico correto do tipo de anemia, afim de se adotar a terapêutica mais específica possível contra o agente etiológico envolvido no processo. Podem ser recomendados alguns procedimentos terapêuticos. São eles:
 Reposição de hemácias ou transfusão de sangue: em casos de perda aguda de grandes volumes de sangue ou no choque hemorrágico grave.
Tratamento de suporte: até que o diagnostico final da etiologia da anemia seja estabelecido, é aconselhável uma terapêutica geral sintomática e de suporte e adequação da dieta à situação clinica presente.
Correção das deficiências de ferro e vitaminas: anemias ferroprivas devem ser corrigidas rapidamente, através da administração de sais de ferro, geralmente via oral, exceto em casos de irritação gástrica e intestinal, quando poderá ser utilizada intramuscular; anemias por deficiência de vitamina B12 e/ou ácido fólico devem ser corrigidas com complexos vitamínicos apropriados em associação ou não com o ferro. 
Eliminação da etiologia primária da anemia
MECANISMO GERAL DA HEMOSTASIA: a hemostasia é a interrupção na perda de sangue de um vaso lesado, que se inicia com a adesão plaquetária às macromoléculas nas regiões subendoteliais do vaso sanguíneo lesado até a ativação dos fatores de coagulação e a formação3 do coágulo de fibrina, que impede a saída do sangue pela lesão vascular. Possui 4 fases:
- Fase vascular: Após um traumatismo ou rompimento de vasos, ocorre uma vasoconstrição local, que dura em torno de 20 a 30 minutos 
- Fase plaquetária: Adesão de plaquetas no local da lesão, formando um tampão ou um trombo de plaquetas
-Fase da coagulação sanguínea: Neste processo diferentes fatores de coagulação presentes no plasma e nos trombócitos (plaquetas) que, no final, transformam o fibrinogênio (substância solúvel) em fibrina (substância insolúvel). Os fatores de coagulação são sintetizados principalmente no fígado, e esta produção é dependente da vitamina K. Sob a ação da trombina, o fibrinogênio transforma-se em fibrina, que forma uma rede fibrinosa, ou o chamado coágulo de fibrina.
- Fase da fibrinólise: Em 1 ou 2 dias após a formação do coágulo de fibrina, este sofre lise por ação da enzima fibrinolisina (plasmina) presente no soro sanguíneo e liberada a partir do plasminogênio. Esta enzima provoca a dissolução do coágulo por inibir os fatores de coagulação sanguínea. 
TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS DA HEMOSTASIA: As hemorragias podem ocorrer por alterações ou deficiências de plaquetas, deficiência de fatores de coagulação sanguínea, deficiência de vitamina K, doenças hepáticas, intoxicações por agentes anticoagulantes, além dos casos de acidentes ou procedimentos cirúrgicos, que também podem levar a hemorragias. Para o tratamento dessas alterações podem ser utilizados os chamados agentes hemostáticos tópicos (ou locais) ou sistêmicos (ou gerais), que incluem medicamentos e/ou procedimentos úteis para o estancamento da hemorragia. Os hemostáticos sistêmicos são mais comumente utilizados em medicina veterinária, especialmente por sua maior eficácia terapêutica.
A vitamina K participa da síntese hepática, em especial dos fatores de coagulação. Assim, as causas mais comuns da deficiência adquirida de fatores de coagulação provêm de disfunções hepáticas ou da falta de aporte desta vitamina ao fígado. Clinicamente, a vitamina K é empregada em casos de hemorragias causadas por intoxicações animais por agentes cumarínicos (raticidas anticoagulantes), certas plantas tóxicas (como, por exemplo, a samambaia do campo – PteridiumaquinilumI), em distúrbios intestinais que diminuem a absorção desta vitamina, ou em distúrbios hepáticos que diminuem a utilização da vitamina K na síntese dos fatores de coagulação, dentre outros. 
Os hemostáticos tópicos (ou locais) são substancias aplicadas localmente para o controle de hemorragias persistentes em capilares, mas estes só devem ser utilizados quando o mecanismo de coagulação sanguínea estiver em condição de normalidade. Dentre os medicamentos de uso tópico, podem ser citados: a tromboplastina (na forma de spray ou aplicação através de esponja para uso em cirurgias); a trombina (em pó para ser solubilizada em água ou salina e aplicada através de esponja); fibrinogênio (em pó para ser solubilizado em salina); espuma de fibrina, esponjas de gelatina e celulose e outros. 
MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA CARDIOVASCULAR: INOTRÓPICOS POSITIVOS E VASODILATADORES
- CONCEITOS HEMODINÂMICOS E INSUFICÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC)
Pré-carga: Aela correspondem os fatores que determinam o comprimento inicial da fibra cardíaca antes da contração, ou seja, o retorno venoso, o enchimento ventricular, o volume diastólico final.
Pós-carga: A ela correspondem os fatores que se opõem ao encurtamento ventricular, ou seja, a pressão da aorta durante a sístole, o volume diastólico final, o obstáculo valvar da aorta e da valva pulmonar. 
Autorregulação heterométrica (Lei de Frank-Starling):Diz a lei que o “desempenho do coração depende do comprimento inicial da fibra cardíaca”, ou seja, da pré-carga.
Inotropismo: Representa a força de contração cardíaca e é o fator que altera o desempenho do coração em relação aos valores previstos pela autorregulação heterométrica. Assim, tem-se que, quando o desempenho é maior do que o previsto, o inotropismo é positivo; quando menor, negativo. 
Débito cardíaco: Corresponde ao volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo na aorta, em um minuto. Portanto, varia quando houver alteração da pré-carga, da pós-carga e do inotropismo, que são os três fatores em que se baseia a terapêutica cardiovascular. 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC): a ICC é um estado clínico, resultante da interação dos sistemas neuroendócrino e vascular, em que o coração está inapto para manter o equilíbrio circulatório, tornando-se incapaz de levar oxigênio aos tecidos, por deficiência primária inotropismo, levando à diminuição do débito cardíaco.

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