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	Acadêmicos¹
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RESUMO
Palavras-chave: 
1. INTRODUÇÃO
 
 
 
 
 Propõe-se que o educador se conscientize da sua tarefa de ensinar e compreenda que esta exige um direcionamento das atividades planejadas, pois requer uma formação adequada. Na complexidade da prática escolar, não basta saber ensinar; é preciso também saber o que ensinar. Este ponto se constitui em um dos mais importantes objetos de discussão e articulação com a prática, quando argumentado em favor de uma educação cidadã e, portanto, emancipatória.
 O presente trabalho está dividido em cinco tópicos, a primeira é a introdução na qual se destaca o objetivo do trabalho a sua relevância, metodologia entre outros. No segundo tópico fala sobre a trajetória da educação de jovens e adultos no Brasil e o processo de alfabetização. No terceiro tópico fala sobre os matérias e métodos utilizados para um melhor entendimento da pesquisa. No quarto tópico fala sobre os resultados obtidos e as contribuições existentes desse trabalho. No quinto e último tópico tem como objetivo destacar as principais questões tratadas no trabalho acerca do estudo desenvolvido, concluindo o trabalho.
2. CONTRIBUIÇÕES DA TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL E PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO.
	
 
 Os filhos dos colonos e dos mestiços também recebiam instruções dos jesuítas, através dos subprodutos das escolas de ordenação criadas pelo Padre Manoel da Nóbrega. No séc. XVIII, os jesuítas contavam com 17 colégios e seminários, 25 residências e 36 missões, além dos seminários menores e das escolas de alfabetização presentes em quase todo o território. Os colégios de formação religiosa abrigavam os filhos da elite; frequentavam também os que não queriam se tornar padres, mas que não tinham outra opção a não ser seguir as orientações jesuíticas, que evoluíram para o plano de estudos da Companhia de Jesus, que articulava um curso básico de Humanidades com um de Filosofia seguido por um de Teologia, que, a depender dos recursos, culminava com uma viagem de finalização à Europa .
 CEAA (1947); o Movimento de Educação de Base – MEB, sistema rádio educativo criado na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil com o apoio do Governo Federal (1961); além dos Centros Populares de Cultura – CPC (1963), Movimento de Cultura Popular – MCP e a Campanha Pé no Chão Também se Aprende a Ler – CPCTAL, sendo que o primeiro estava mais voltado para atender às necessidades de qualificação da mão-de-obra para o setor industrial – (além da necessidade de ampliar os “currais” eleitorais mantidos pelas práticas “clientelísticas”), os demais tinham o intuito de atender às populações das regiões menos desenvolvidas, além da preocupação de conscientização e integração desse grupo através da alfabetização e utilização do sistema Paulo Freire . 
2.1 O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
 O golpe militar de 1964 causou uma ruptura nesse trabalho de alfabetização que vinha sendo realizado, exatamente pela sua ação conscientizadora. Todas as experiências que emergiram com base na filosofia de conscientização, intervenção e mudanças foram percebidas como ameaça à ordem instalada pela “revolução”, e seus autores e promotores foram severamente reprimidos.
 O governo só permitiu a realização de programas de alfabetização de adultos assistencialistas e conservadores, até que, em 1967, ele mesmo assumiu o controle dessa atividade lançando o Mobral, Movimento Brasileiro de Alfabetização.
 A atuação do Mobral voltou-se, inicialmente, para a população analfabeta entre 15 e 30 anos. Por outro lado, objetivou sua atuação em termos de “alfabetização funcional”, definindo que ela deveria visar “a valorização do homem (pela aquisição de técnicas elementares de leitura, escrita e cálculos e pelo aperfeiçoamento dos processos de vida e trabalho) e a integração social desse homem, através do seu reajustamento à família, à comunidade local e à pátria.
 Segundo Belo (1993) projeto Mobral permite compreender bem esta fase ditatorial por que passou o país. A proposta de educação era toda baseada aos interesses políticos vigentes na época. Por ter de repassar o sentimento de bom comportamento para o povo e justificar os atos da ditadura, esta instituição estendeu seus braços a uma boa parte das populações carentes, através de seus diversos Programas.
 A história da Educação de jovens e adultos é muito recente, durante muitos anos as escolas noturnas eram a única forma de alfabetizá-los após um dia árduo de serviço, e muitas dessas escolas na verdade eram grupos informais, onde poucos que já dominavam o ato de ler e escrever o transferia a outros; no começo do século XX com o desenvolvimento industrial é possível perceber uma lenta valorização da EJA.
Vale dizer que o homem, como sujeito e não como objeto de sua educação, tem um compromisso com sua realidade e nela deve intervir cada vez mais. Colocando para fora aquele aprendizado já vivido e fazendo uma correlação com o novo, mas para isso é preciso que o educando deixe claro que esse procedimento e aceito e que faz parte do seu desenvolvimento. A final o que esse sujeito precisa se sentir seguro no ambiente de aprendizado.
Larousse (2004, p. 154) diz:
“A experiência é o que passa, ou o que nos acontece, ou o que nos toca. Não o que passa ou o que nos acontece ou o que nos toca. A cada dia passam muitas coisas, porém, ao mesmo tempo, quase nada nos passa. Dir-se-ia que tudo o que passa está organizado para que nada nos passe “. 
Seguindo essas pistas de Larousse, podemos aproximar experiências com tudo que nos afeta de maneira corporal, emocional e cognitiva.
 
 Acompanhando o pensamento de Lovisolo (1989, p.84) 
“diz que pensar é abstrair, mas a partir das semelhanças e diferenças existentes, a partir de uma realidade e tradição que registram seletivamente o vivido. O que inclui tudo que tocamos, cheiramos, vemos, fazemos, explorando sentidos [...] formas de entrelaçar conhecimentos”.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 ANÁLISE E DISCURSSÃO DOS RESULTADOS
 
Ao perguntar aos estudantes, por que você escolheu a EJA como modalidade de ensino? “Escolhi para poder aprender a ler e a escrever” (E1). Percebe-se que a vontade dos estudantes em aprender é mútua e percorre a anos, mas continuam lutando para melhorar seu aprendizado. Moll (2004, p.12) cita que:
Reconstruir o trajeto de retorno e de “inscrição simbólica” no espaço escolar é um dos primeiros desafios no trabalho com estes homens e mulheres marcados por situações escolares, inúmeras vezes, desfavoráveis. Para muitos a escola ficou para trás há muito tempo, é coisa de criança, apesar do seu desejo de aprender a ler e escrever.
Pergunta-se quais as dificuldades encontradas por você em sala de aula? “A minha dificuldade e as trocas das letras, chego muito cansado do serviço” (E1). Nota-se que o cansaço refleti no seu 
aprendizado na sala de aula, porém é claro que existe a consciência e a força de vontade para novas descobertas. Esse pensamento vai de encontro com Freire, uma pessoa “em conscientização” é aquela “em descobrimento” da razão de ser das coisas, atuando sobre elas de forma transformadora, aprofundando ainda mais essa descoberta. (FREIRE, 2001, p. 30).
Você recebeu algum estímulo por parte dos professores da escola? Qual? “Sim, Todos os dias aprofessora comenta as frases de ânimo, é o que ajuda, porque quero tirar minha carteira de motorista” (E1). É importante que o professor incentive e tenha esperança, uma vez que os jovens e adultos se espelham nos professores, para poder acreditar em uma mudança de direção para a vida e para o mundo. Assim, Paulo Freire (2002, p.80) diz que:
Há uma relação entre a alegria necessária à atividade educativa e a esperança. A esperança de que professor e alunos juntos podemos aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos igualmente resistir aos obstáculos à nossa alegria. Na verdade, do ponto de vista da natureza humana a esperança não é algo que a ela se justaponha. A esperança faz parte da natureza humana.
 Você acha que os professores estão habilitados para trabalhar com a EJA? “Acho, porque em um mês já aprendi a ler um pouco”. É importante ressaltar que as expectativas que forem lançadas pelo educador podem, em maior ou menor grau, influenciar o desempenho dos educandos, esse pensamento vai de encontro com Aquino (2009, p. 25) diz que:
Colocando de uma forma simples, quando os professores/facilitadores esperam que seus alunos/aprendizes se saiam bem e demonstrem crescimento intelectual, isso acaba acontecendo; quando os educadores não demonstram tais expectativas, o desempenho e o crescimento não são tão encorajados e podem, na verdade, ser até desencorajados por uma variedade de formas.
 
 Uma das dificuldades de realizar a pesquisa de campo é a disponibilidade dos alunos em responder ao questionário, muitos alegam falta de tempo, vergonha mas ainda assim a contribuição dada pode acrescentar a proposta do trabalho; os dados coletados puderam comprovar as hipóteses levantadas ao realizar o projeto de pesquisa e mostrar como acontece a prática da EJA na escola .
 Pude constatar que os sonhos de muitos Jovens e Adultos em se alfabetizar, as vezes não se torna realidade por estes deixarem que as limitações que a vida lhes oferece superem as suas expectativas, em contrapartida muitos destes alunos enfrentam todas as barreiras e lutam para a sua realização pessoal, as suas jornadas de trabalho e o cansaço interferem muitas vezes nesse processo de aprendizado.
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1996.
BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e Leitura. São Paulo, Cortez,1994.
BELLO, José Luiz de Paiva. Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL. História da Educação no Brasil. Período do Regime militar. Pedagogia em foco, Vitória 1993, disponível em < http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb10a.html>. Acesso em: 20 de outubro de 2018.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São Paulo: Ed. Pearson, 2006.
CONSTRUIR. Construir notícias. São Paulo: Construir, 89, ano 15, agos.2016. Projeto didático.
CHIANCA, Leonardo. Salto para o Futuro: Educação de Jovens e Adultos. Estação das mídias. Brasilia: Ministério da Educação, 1999.
FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo: Atlas, v. 5, 2011.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
GADOTTI, ROMÃO, Moacir, José. Educação de Jovens e Adultos: Teoria, práticas e proposta. 10. São Paulo: Cortez, 2008.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. Antônio Carlos Gil. - 4. ed. - São Paulo: Atlas, 2002 
LAROUSSE, Ática. Dicionário da Língua Portuguesa. Paris: Larousse/São Paulo: Ática,2001.
LIBÂNEO, José Carlos. Educação escolar: políticas, estruturas e organização/ José Carlos Libâneo, João Ferreira de oliveira, Muza Seabra Toschi – São Paulo: Cortez, 2003.
MARCONI, Marina; LAKATOS, Eva; Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostras e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MARTINS, José de S. Exclusão social e a nova desigualdade. São Paulo: Paulus, 1997
MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013.
NOVA ESCOLA. O mentor da educação para consciência. Edição especial. São Paulo. p.72, ed. abril, 2008.
PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Ed. Intersaberes, 2016.
RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação e Sociedade. Campinas, dez. 1999, vol.20, no. 68, p.184-201. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 23 out. 2018.
A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ASPECTOS HISTÓRICOS E SOCIAIS
O presente artigo apresenta como título “A Educação de Jovens e Adultos: aspectos Históricos e Sociais”. Foi estabelecido como objetivo geral: investigar o contexto histórico e o panorama vigente da educação de Jovens e Adultos (EJA), perpassando pela correlação entre conscientização e alfabetização de Adultos. E como objetivos específicos: apresentar o histórico da EJA no Brasil, analisar a questão da conscientização na educação, especificamente na EJA, compreender o processo de alfabetização de adultos e correlacionar conscientização e alfabetização de adultos. Tendo como problema: de que forma se apresenta historicamente a EJA no Brasil, perpassando pela correlação entre conscientização e Alfabetização de adultos? Trata-se de uma pesquisa exploratória com uma abordagem qualitativa, utilizou-se um questionário composto de quatro questões abertas com o intuito de identificar e descrever a concepção de histórica e vida dos alunos da EJA, em uma escola de Alagoinhas, dessa forma, a partir das informações coletadas, observou-se que o entrevistado se mostra consciente em relação a importância da Educação em sua vida. Para a revisão da literatura teremos Larousse (2001) Freire (2011), Gadotti (1992) dentre outros estudiosos da área. O resultado esperado e que este artigo traga para o leitor o arcabouço teórico necessário para que se tenha uma visão mais clara e objetiva acerca da educação de jovens e adultos e sua trajetória no Brasil, explicando sua estrutura, os sujeitos envolvidos nesta modalidade da educação, bem como as perspectivas atuais que se apresentam. Em se tratando da educação de jovens e adultos, ainda existe a exclusão dos sujeitos envolvidos nesta modalidade de ensino. Mudar este cenário não é uma tarefa fácil; o processo democrático, ao tempo em que argumenta em favor dos diferentes sujeitos, contempla a alteridade na perspectiva do reconhecimento e da convivência na diversidade. Propõe-se que o educador se conscientize da sua tarefa de ensinar e compreenda que esta exige um direcionamento das atividades planejadas, pois requer uma formação adequada. Na complexidade da prática escolar, não basta saber ensinar; é preciso também saber o que ensinar. Este ponto se constitui em um dos mais importantes objetos de discussão e articulação com a prática, quando argumentado em favor de uma educação cidadã e, portanto, emancipatória.
Educação de Jovens e Adultos. Modalidade de ensino. Histórico.
 Alfabetizar Jovens e Adultos é uma preocupação antiga que não se limita a uma tarefa meramente escolar, está intimamente ligada a sonhos, expectativas, anseios de mudança. 
 
 É muito gratificante para uma pessoa leiga poder aprender a ler e escrever consciente da necessidade e importância de tal ato para a sua vida, um mundo novo se abre para ela é como se fosse cega e de repente abrisse os olhos e enxergasse coisas que até então não via. Alfabetizar tais pessoas é proporcionar para elas grandes mudanças, uma nova visão de mundo, a chance de ter uma vida melhor pelo menos com mais oportunidades.O tema abordado deste trabalho foi “A Educação de Jovens e Adultos: Aspectos Históricos e socias”, com o intuito de analisar, perceber, pesquisar a importância da EJA na vida desses sujeitos e seus aspectos Históricos.
 A partir desta premissa, o artigo trouxe a seguinte questão-problema: de que forma se apresenta historicamente a EJA no Brasil, perpassando pela correlação entre conscientização e alfabetização de adultos? Com base nesta questão, definiu-se como objetivo geral investigar o contexto histórico e o panorama vigente da Educação de Jovens e Adultos (EJA), perpassando pela correlação entre conscientização e alfabetização de adultos. Os objetivos específicos são apresentar o histórico da EJA no Brasil, analisar a questão da conscientização na educação, especificamente na EJA, compreender o processo de alfabetização de adultos e correlacionar conscientização e alfabetização de adultos. 
 No aspecto metodológico, foi realizado uma pesquisa exploratória com uma abordagem qualitativa, utilizou-se um questionário composto por quatro questões abertas para um estudante da EJA, com o intuito de identificar e descrever a concepção da importância da Educação de Jovens e Adultos em suas vidas e conhecer a história dos estudantes daquela instituição e pesquisar o trabalho pedagógico da escola. 
 O caráter qualitativo do questionário proporciona, de acordo com Godoy (1995), a compreensão do fenômeno segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo, transcendendo informações imprescindíveis para dimensão nas atuais propostas pedagógicas. A entrevista possibilitou a identificação da pesquisa de campo, reunindo ideias alicerçadas por autores tais como: Freire (2011), Beisegel (2010), Gadotti (1992), Gil (1992), Barreto (2009), Aranha (2006), Larousse (2001) dentre outros teóricos. 
 Ao final da pesquisa, espera-se que este artigo traga para o leitor o arcabouço teórico necessário para que se tenha uma visão mais clara e objetiva acerca da educação de jovens e adultos e sua trajetória no Brasil, explicando sua estrutura, os sujeitos envolvidos nesta modalidade da educação, bem como as perspectivas atuais que se apresentam.
 A motivação para dissertar sobre o referido tema e que se tratando da educação de jovens e adultos, ainda existe a exclusão dos sujeitos envolvidos nesta modalidade de ensino. Mudar este cenário não é uma tarefa fácil; o processo democrático, ao tempo em que argumenta em favor dos diferentes sujeitos, contempla a alteridade na perspectiva do reconhecimento e da convivência na diversidade.
 
 
 A educação básica de jovens e adultos é aquela que possibilita ao educando ler, escrever e compreender a língua nacional, o domínio dos símbolos e operações matemáticas básicas, dos conhecimentos essenciais sociais das ciências sociais e naturais, e o acesso aos meios de produção cultural, entre os quais o lazer, a arte, a comunicação e o esporte.
 Os primeiros vestígios da educação de adultos no Brasil são perceptíveis durante o processo de colonização, após a chegada dos padres jesuítas, em 1549. Estes se voltaram para a catequização e “instrução” de adultos e adolescentes, tanto de nativos quanto de colonizadores, diferenciando apenas os objetivos para cada grupo social. Após a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal, ocorreu uma desorganização do ensino. Somente no Império o ensino voltou a ser ordenado. 
 Em 1910, segundo informações do IBGE, “o direito a ler e escrever era negado a quase 11 milhões e meio de pessoas com mais de 15 anos”. Logo, alguns grupos sociais mobilizaram-se para organizar campanhas de alfabetização chamadas de “Ligas”. 
 A partir de 1945, com a aprovação do Decreto nº19.513, de 25 de agosto de 1945, a Educação de Adultos tornou-se oficial. Daí por diante novos projetos e campanhas foram lançados com o intuito de alfabetizar jovens e adultos que não tiveram acesso à educação em período regular. Dentre estes se pode citar: a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos.
 Nos períodos de Colônia e Império, os jesuítas dominaram a educação, com a intenção de difundir o catolicismo e dar educação à elite colonizadora, a quem se oferecia uma educação humanística. Esse domínio compactuava com os interesses do regime político que visava à manutenção da ordem. Na Europa, com o crescente movimento da Reforma, paralelo às ideias modernas inspiradas no Iluminismo, a Companhia de Jesus tratou de afastar as atividades criadoras presentes naquele continente e, transmitia, em seus ensinamentos no Brasil, os severos dogmas católicos, o que possibilitou a destruição de culturas inteiras. Pode-se afirmar que, desde a chegada dos portugueses ao Brasil, o ensino do ler e escrever aos adultos indígenas, ao lado da catequese, constituiu-se de uma ação prioritária no interior do processo de colonização. Embora os jesuítas [...] “priorizassem a sua ação junto às crianças, os indígenas adultos foram também submetidos a uma intensa ação cultural e educacional” (STEPHANOU, 2005, p.24). 
 
 
Segundo Freire (1997, p. 38), “educador e educando devem interagir, criando-se novos métodos de aprendizagem”.
 A Educação deve ser sempre uma educação multicultural, uma educação que desenvolva o conhecimento e a integração na diversidade cultural.
“Alfabetização é mais que o simples domínio mecânico de técnicas para escrever e ler. Com efeito, ela e o domínio dessas técnicas em termos conscientes. É entender o que se lê e escrever o que se entende. (...) Implica um auto formação da qual pode resultar uma postura atuante do homem sobre seu contexto. Por isso a alfabetização não pode se fazer de cima para baixo, nem de fora para dentro, como uma doação ou uma exposição, mas de dentro para fora pelo próprio analfabeto, apenas ajustada pelo educador. Isto faz com que o papel do educador seja fundamental dialogar com o analfabeto sobre situações concretas, oferecendo-lhe os meios com os quais possa se alfabetizar”. (FREIRE, 1989, p.72)
 A alfabetização, segundo Ireland (2009), representa [...] o alicerce do processo de educação, o portal pelo qual é necessário passar para poder continuar aprendendo. Com isso os pilares que sustentam a Educação de Adultos necessitam ser firmes, com políticas que possibilitem o acesso e a continuidade aos estudos visando ao exercício da cidadania com o direito.
 Para Larousse (2003, p. 21) “Alfabetizar é um tema que está ligado ao ensino da leitura e da escrita de códigos alfabéticos, existem inúmeros significados para este tema. Larousse limita o significado de alfabetizar a ensinar a ler”.
Vários conceitos definem alfabetizar como o ato de ensinar a ler, aos poucos esses conceitos vem mudando, ainda que livros e dicionários defina-o assim, hoje muitos educadores e alfabetizadores utilizam o termo “letramento”, letrar vai além de alfabetizar, se trata da compreensão da leitura e escrita, a criança está alfabetizada ao saber ler e escrever e letrada ao compreender o que leu e escreveu, está letrada quando domina a leitura e a escrita e faz o uso social de ambas.
 [...] Uma das grandes, se não a maior, tragédias do homem moderno está em que é hoje dominado pela força dos mitos e comandado pela publicidade organizada, ideológica ou não, e por isso vem renunciando cada vez, sem saber, à sua capacidade de decidir. Vem sendo expulso da órbita das decisões. As tarefas de seu tempo não são captadas pelo homem simples, mas a ele apresentadas por uma “elite” que as interpreta e lhes entrega em forma de receita, de prescrição a ser seguida. E, quando julga que se salva seguindo as prescrições, afoga-se no anonimato nivelador da massificação, sem esperança e sem fé, domesticado e acomodado: já não é sujeito. Rebaixa-se a puro objeto. Coisifica-se [...] (FREIRE,1969, p. 43).
Concordando com Freire,acredito que a própria metodologia de ensino para as classes sociais menos favorecidas está direcionada para o ludibriar, ou seja, na maioria das vezes é transmitido um discurso massificador. Os estudantes, com pouquíssimas exceções, não são despertados a refletir sobre sua realidade. São “encharcados” de conteúdos preestabelecidos, ditando as regras que devem ser seguidas e como devem ser aplicadas. Um fator importante na alienação do povo são as simbologias nacionais que as pessoas veneram, admiram em muitos momentos, veem-se como cidadãos, mas na verdade, não passam de alienados que se embebem com as ditas “verdades” construídas, enquanto os problemas sociais só fazem aumentar, e o poder público não toma nenhuma providência para saná-los.
Se a possibilidade de reflexão sobre si, sobre seu estar no mundo, associada indissoluvelmente à sua ação sobre o mundo, não existe no ser, seu estar no mundo se reduz a um não poder transportar os limites que lhe são impostos pelo próprio mundo, do que este ser não é capaz de compromisso. É um ser imerso no mundo, no seu estar adaptado a ele e sem ter dele consciência. Sua imersão na realidade, da qual não pode sair, nem se distancia para admirá-la e, assim, transformá-la, faz dele um ser fora do tempo ou sob o tempo ou, ainda, num tempo que não é seu. o tempo para tal ser seria um perpétuo presente, um eterno hoje[...] (FREIRE, 1981, p. 16). 
Concordo com Freire, acredito que devemos ir além e nos questionar a respeito do crescente número de estudantes fora de aula, evadidos, desmotivados pelo aprendizado. A final, a culpa é de todos nós: governo, família, educadores, sociedade civil, etc.
 A pesquisa foi realizada com estudantes da EJA da Escola Municipal de Ensino de Alagoinhas. Participou desta pesquisa um estudante. Com 45 anos de idade e frequenta a EJA há dois anos. Ele trabalha na área de marcenaria.
 Trata-se de uma pesquisa exploratória que, segundo Gil (2002), tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que esta pesquisa tem como objetivo principal o aprimoramento de ideias e o conhecimento do sujeito da EJA. Com uma abordagem qualitativa, esta pesquisa utilizou uma pesquisa de campo com instrumento para coletar dados, utilizou-se um questionário com quatro questões para um estudante da Educação de Jovens e adultos.
 De acordo com Marconi (2007, p.15) afirma que: “a pesquisa é uma indagação minuciosa ou exame crítico e exaustivo na procura de fatos e princípios; uma diligente busca para averiguar algo [...]”.
 A escola onde se realizou a pesquisa fica na cidade de Alagoinhas, ao chegar na instituição fui recebida pela secretária da escola, e pedi a mesma para conhecer o espaço escolar para que pudesse observar o espaço físico da instituição, a escola possui seis salas de aula, uma diretoria, laboratório de informática, sala de recursos multifuncionais, sala da secretaria, foi observado que a mesma funciona nos três turnos sendo os turnos matutino e vespertino pré-escola, fundamental I e o noturno a Educação de jovens adultos, no noturno apenas a sala dos estudantes da EJA fica aberta e a diretoria impedindo o acesso dos estudantes as demais salas, a coordenadora é a mesma dos demais turnos. Os estudantes da Educação de Jovens e adultos são no total de 10 alunos sendo 6 mulheres e 4 homens, mas apenas dois deles aceitaram responder os questionários, apliquei o questionário com o intuito de conhecer sua trajetória até a EJA. 
 Conversei com a coordenadora sobre os alunos e ela disse que eles são tímidos e que precisaria falar com eles antes sobre a possibilidade de responderem os questionários. A maioria recusou, porém, dois aceitaram. Conversei com eles antes e mostrei as perguntas a eles e deixei claro que se tratava de perguntas simples.
 O material utilizado foi um questionário com quatro perguntas abertas são elas: Por que você escolheu a EJA como modalidade de ensino? Quais as dificuldades encontradas por você em sala de aula? Você recebeu algum estímulo por parte dos professores da escola? Qual? Vocês acham que os professores estão habilitados para trabalhar com a EJA? 
 As perguntas foram lidas para o entrevistado nas quais ele respondia oralmente, usei um celular na função de gravador para gravar suas respostas pois ele respondiam oralmente, ele comentou que se sentiam mais à vontade dessa forma. Não fiz nenhuma outra pergunta que não fizesse parte do questionário. Ao terminar deixei claro que seu nome não seria exposto.
 Visando assegurar o sigilo acerca dos colaboradores, os participantes da pesquisa foram caracterizados como: (E1) e (E2).
 
O trabalho foi desenvolvido por meio da pesquisa campo, que tem como objetivo principal o aprimoramento de ideias e o conhecimento do sujeito da EJA. 
 A escola onde se realizou a pesquisa fica na cidade de Alagoinhas, ao chegar na instituição fui recebida pela secretária da escola, e pedi a mesma para conhecer o espaço escolar para que pudesse observar o espaço físico da instituição, no noturno apenas a sala dos estudantes da EJA fica aberta e a diretoria impedindo o acesso dos estudantes as demais salas, a coordenadora é a mesma dos demais turnos. Os estudantes da Educação de Jovens e adultos são no total de 10 alunos sendo 6 mulheres e 4 homens, mas apenas um aceitou responder o questionário, apliquei o questionário com o intuito de conhecer sua trajetória na EJA. 
Assim sendo, para a coleta de dados, foi adotado o uso de questionários, com quatro questões abertas aplicada a dois estudantes da EJA as anotações observadas de acordo com suas respostas. Logo, serão identificados no presente trabalho por: 
 Visando assegurar o sigilo acerca do colaborador, o participante da pesquisa foi caracterizado como: (E1). A análise dos questionários, constatou-se que, os entrevistados têm a consciência da importância do aprendizado da EJA em suas vidas para um melhor desenvolvimento. 
 A seguir, se relatará sobre os resultados adquiridos na pesquisa efetuada, havendo a análise e discussão dos mesmos. 
 
 Este presente artigo tem como objetivos apresentar o histórico da EJA no Brasil, analisar a questão da conscientização na educação, especificamente na EJA, compreender o processo de alfabetização de adultos e correlacionar conscientização e alfabetização de adultos. 
 Objetivo geral deste trabalho: investigar o contexto histórico e o panorama vigente da Educação de Jovens e Adultos (EJA), perpassando pela correlação entre conscientização e alfabetização de adultos. 
 É muito gratificante para uma pessoa leiga poder aprender a ler e escrever consciente da necessidade e importância de tal ato para a sua vida, um mundo novo se abre para ela é como se fosse cega e de repente abrisse os olhos e enxergasse coisas que até então não via. Alfabetizar tais pessoas é proporcionar para elas grandes mudanças, uma nova visão de mundo, a chance de ter uma vida melhor pelo menos com mais oportunidades.
 Como problema temos a seguinte questão: de que forma se apresenta historicamente a EJA no Brasil, perpassando pela correlação entre conscientização e alfabetização de adultos? 
 A EJA é uma modalidade de ensino que vem contemplar os direitos de as pessoas retornarem seus estudos a que, por motivos diversos, não tiveram acesso em idade própria. São jovens, adultos que retornaram aos bancos escolares não apenas como resgaste do tempo já perdido, mas como um processo de conquista pessoais e sociais.
 É importante ressaltar que a juvenilização constitui-se da inclusão de jovens que por algum motivo não concluíram seu processo de escolarização regular e passaram a integrar a modalidade da Educação de Jovens e Adultos. 
 É muito importanteestará da baixa autoestima, das condições de poder aquisitivo, da diversidade, conclama que o docente assuma uma postura ante o sujeito da EJA de colhimento, de respeito e de promoção da cidadania, sem, no entanto, servir-se de práticas educativas infantis. 
 Frente às dimensões desse território e à desigualdade social, os avanços recentes na escolarização e, especificamente, na alfabetização de pessoas jovens e adultas no Brasil são pouco efetivos. Ainda que atualmente esteja incluindo nas legislações e nos discursos da esfera estatal, há muito por cultivar para que a promoção da alfabetização e da EJA se concretiza em políticas, ações e práticas educativas com as pessoas jovens adultas e para que reverta esse quadro de complexidade em favor dos sujeitos a quem essa educação é de direito. Sem dúvida, os seis focos de atenção apresentados não dão conta de toda a complexidade do processo de alfabetização. 
 Recomendamos esse trabalho para os acadêmicos, a escola pesquisada e para a comunidade como um todo, com o pensamento de contribuição para melhor entendimento e uma visão mais clara e objetiva acerca da educação de jovens e adultos e sua trajetória no Brasil ,conhecendo sua estrutura, os sujeitos envolvidos nesta modalidade da dedicação, bem como as perspectivas atuais que se apresentam da importância da Educação de Jovens e Adultos na vidas desses sujeitos. 
1 Juscicleide Gois Souza, Larissa Cruz de Matos Krisciumas , Tatiane Chagas de Souza 
2 Amilton Alves
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (1543) – Prática do Módulo VI – 28/11/18
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