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Doenças causadas por protozoários


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ANDYARA ALVES DA CRUZ
LAYLA PATRÍCIA DA SILVA
ZANE PEREIRA COSTA
TRABALHO DOENÇAS
 
Faculdade Pitágoras
Campus Governador Valadares
Maio/2019
ANDYARA ALVES DA CRUZ
LAYLA PATRÍCIA DA SILVA
ZANE PEREIRA COSTA
TRABALHO DOENÇAS
Trabalho apresentado na disciplina de Microbiologia do curso de Enfermagem/Farmácia da Faculdade Pitágoras – Campus Governador Valadares, equivalente a atividade parcial.
Professora: Jacqueline Garcia Duarte
Faculdade Pitágoras
Campus Governador Valadares
Maio/2019
HIDATIDOSE HUMANA (EQUINOCOCOSE) – ECHINOCOCCUS
VIA DE CONTAMINAÇÃO
A hidatidose (equinococose) é uma doença parasitária que ocorre em duas formas principais: hidatidose cística (também conhecida como equinococose) causada pelo Echinococcus granulosus e hidatidose policística, causada pelos Echinococcus vogeli e Echinococcus oligarthrus.
Os cães, raposas e outros carnívoros abrigam os vermes adultos no intestino e evacuam os ovos do parasita nas fezes. Se os ovos são ingeridos por humanos, eles se desenvolvem em larvas em vários órgãos, principalmente no fígado e nos pulmões.
Ambas as hidatidose cística e policística são caracterizadas por períodos de incubação assintomáticos que podem durar muitos anos até que as larvas do parasita evoluam e desencadeiem sinais clínicos. Ambas as doenças podem causar grave morbidade e morte.
SINAIS E SINTOMAS
Após a ingestão dos ovos dos Echinococcus, eles eclodem no trato digestivo e as larvas migram via corrente sanguínea para diversos órgãos onde se desenvolvem e se transformam em cistos. Na maioria dos casos de infecção humana, o desenvolvimento do cisto hidático é assintomático. Os indivíduos podem ser portadores do cisto durante toda a vida sem necessitar de assistência médica e poucos são os que desenvolvem alterações graves. As manifestações clínicas estarão relacionadas com o estado físico do cisto assim como sua localização e tamanho.
Localização abdominal: dor, fístulas, massas palpáveis, icterícia, hepatomegalia ou esplenomegalia (o fígado é preferencialmente atingido);
Localização pulmonar: tosse, dor torácica, hemoptise (tosse com sangue) ou dispneia (dificuldade respiratória);
Localização óssea: destruição de trabéculas, necrose e fratura espontânea.
Casos assintomáticos: detecção do cisto hidático pode ser resultante de um achado ocasional em exame médico de rotina, exame investigativo para outra patologia ou ainda um inquérito radiológico. Em casos que ocorra a ruptura do cisto: podem ocorrer complicações como choque anafilático e edemas pulmonares. À medida que o (s) cisto (s) cresce(m) nos tecidos, poderão causar destruição tecidual ou compressão de órgãos. A diferença de maior importância entre a hidatidose cística e policística está no crescimento mais acelerado e agressivo do cisto, além da formação de múltiplos cistos, no caso da hidatidose policística.
TRATAMENTO
A hidatidose apesar de ser uma doença benigna na fase inicial pode evoluir para um comportamento agressivo em boa parte dos casos, podendo evoluir a complicações fatais. 
Deste modo, o tratamento ideal é a retirada completa do parasito (cisto) do organismo. Essa remoção é realizada por cirurgia quando o cisto se encontra numa localização favorável.
Para a hidatidose cística, o tratamento por meio de compostos benzimidazólicos (mebendazol e albendazol) tem sido administrado para pacientes com cistos que não podem se submeter à cirurgia (devido à localização e tamanho do cisto) ou a punção do mesmo com esvaziamento e injeção de substâncias escolicidas (PAIR – Puncture, Aspiration, Injection, Reaspiration).
Para a hidatidose policística o tratamento de escolha também é a remoção cirúrgica. Em casos irressecáveis o tratamento com albendazol é o utilizado e naqueles que cursam com hipertensão porta e falência hepática o transplante hepático pode ser indicado.
PROFILAXIA
Hidatidose cística
Impedir que os cães se alimentem de vísceras cruas de animais de produção (principalmente de ovinos e bovinos), para que esgote a fonte de ovos do parasito.
Outras ações necessárias:
Desenvolvimento de programa adequado de esclarecimento e educação sanitária;
Controle de abate clandestino;
Melhoria dos matadouros (impedir acesso de cães aos locais de abate e destruição das vísceras);
Controle sanitário dos animais abatido, acompanhamento de seu estado epidemiológico, para identificação das áreas-problema e para apoio ao planejamento e avaliação das medidas de controle; e
Diagnóstico e tratamento com anti-helmíntico de cães em áreas endêmicas.
Educação em saúde: processos de higiene pessoal
Educação sanitária: alertar a população contra os perigos da doença, seu modo de infecção e a atitude que se deve manter permanentemente em relação aos cães, em áreas endêmicas. Atitudes com relação aos cães (atenção especial às crianças): deverão ser postas em guarda contra o risco decorrente de uma exposição com animais suspeitos sem a devida higiene.
Hidatidose policística
Da mesma forma que para hidatidose cística o elo mais frágil da cadeia epidemiológica também é constituído pela infecção dos cães a partir das vísceras contaminadas. Bastaria, portanto, impedir que os cães se alimentem de vísceras cruas de animais caçados (principalmente pacas e cutias). 
Ações necessárias:
Desenvolvimento de programa adequado de esclarecimento e educação sanitária;
Higienização por parte das pessoas do domicílio;
Não utilizar cães durante a caça;
Não fornecer aos cães as vísceras cruas dos animais caçados;
Atitudes com relação aos cães (atenção especial às crianças);
Diagnóstico e tratamento anti-helmíntico de cães parasitados com utilização sistemática e periódica; e
Restringir o acesso de cães nas hortas e plantações.
FILARIOSE – FILARÍDEOS
VIA DE CONTAMINAÇÃO
A Filariose Linfática (Elefantíase) é uma doença parasitária crônica, considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo. É causada pelo verme nematoide Wuchereria Bancrofti e transmitida basicamente pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus (pernilongo ou muriçoca) infectado com larvas do parasita. Entre as manifestações clínicas mais importantes da Filariose Linfática estão edemas (acúmulo anormal de líquido) de membros, seios e bolsa escrotal, que podem levar a pessoa à incapacidade. Em casos mais graves, algumas complicações podem surgir. 
SINAIS E SINTOMAS
Os possíveis sintomas da Filariose Linfática (Elefantíase) estão relacionados ao processo de desenvolvimento das larvas causadoras da doença e também do local onde se alojaram os vermes adultos, podendo variar desde ausência de sintomas, até quadros graves e incapacitantes, muitas vezes permanentes.
No entanto, como os quadros clínicos e os sintomas são semelhantes ao de outras doenças, é preciso que sua caracterização seja feita criteriosamente por meio de diagnóstico específico.
Os sintomas mais comuns da Filariose Linfática são:
acúmulo anormal de líquido (edema) nos membros, seios e bolsa escrotal;
aumento do testículo (hidrocele);
crescimento ou inchaço exagerado dos membros, seios e bolsa escrotal.
TRATAMENTO
Orienta-se que devido à Filariose Linfática estar em vias de eliminação no Brasil, seja realizada a identificação morfológica do parasito (classificação da espécie filarial) antes do tratamento específico com a Dietilcarbamazina. O procedimento de identificação morfológica se dá por meio do encaminhamento de material biológico para o Laboratório do Serviço de Referência Nacional em Filarioses (SRNF) no Instituto Aggeu Magalhaes (IAM) Fiocruz/Pernambuco.
A droga de escolha é a Dietilcarbamazina (DEC) na forma de comprimidos de 50mg da droga ativa. Sua administração é por via oral e apresenta rápida absorção e baixa toxicidade. Esta droga tem efeito micro e macro filaricida, com redução rápida e profunda da densidade das microfilárias no sangue.
PROFILAXIA
A prevenção da filariosedeve ser feita através de medidas higiênicas e combate aos mosquitos transmissores da doença. Assim, algumas formas de prevenção incluem:
Uso de mosquiteiros ou cortinas com inseticidas, que evitam o contado do mosquito com o homem.
Borrifação de inseticidas em domicílio.
Extermínio das larvas com agentes químicos.
Uso de roupas que cubram a maior parte de pele possível, quando se encontrar em áreas de risco.
Uso de repelentes.
Evitar água parada.
Além disso, sempre que surge um novo caso é muito importante informar os agentes de saúde para que se identifique o risco de passar a doença e se tomem as medidas necessárias para evitar que a doença se espalhe.
BICHO-GEOGRÁFICO – LARVAS MIGRANS
VIAS DE CONTAMINAÇÃO
O ciclo de vida dos parasitas que causam a larva migrans cutânea começa quando animais infectados pelos helmintos eliminam os ovos do parasita nas fezes. As fezes contaminadas quando em contato com um solo quente, úmido e arenoso se tornam um meio ótimo para a evolução dos ovos, que eclodem, liberando as larvas.
No solo, as larvas recém-nascidas se alimentam de bactérias, e ao longo de 5 a 10 dias, passam por duas fases evolutivas até se tornarem aptas a infectar humanos ou outros animais. Larvas na 3º fase evolutiva (fase infecciosa) podem sobreviver no ambiente por até 4 semanas, se encontrarem condições favoráveis. A contaminação do homem se dá quando há um contato da pele com o solo contaminado por larvas, habitualmente, quando andamos descalços sobre terreno arenoso. Praias, principalmente aquelas onde há fezes de cães e gatos na areia, são locais propícios para conterem larvas de helmintos.
As regiões da areia onde há sombra, mas não há contato com a água do mar, são os melhores pontos para o desenvolvimento das larvas. Outro local comum de contaminação são as caixas de areia ao ar livre onde as crianças brincam. Gatos costumam procurar locais com terra ou areia para enterrar suas fezes, podendo facilmente contaminar estas áreas.
Cerca de 3/4 dos casos de contaminação com larvas de parasitas que provocam a larva migrans ocorrem nos membros inferiores, principalmente nos pés. Contaminações no tronco ou nos membros superiores ocorrem em menos de 10% dos casos. Nas crianças que brincam sentadas em caixas de areia ou na praia, os glúteos e as coxas são habitualmente acometidos.
As larvas na 3º fase evolutiva conseguem penetrar a camada mais superficial da pele humana, mas não conseguem atravessar as camadas subjacentes. Sem conseguir invadir mais profundamente, os vermes passam se movimentar ao acaso por baixo da pele, formando um pequeno túnel que dá origem a desenhos na pele, parecendo um mapa, daí o nome popular de bicho geográfico.
SINAIS E SINTOMAS
O momento da penetração das larvas pode passar despercebido, mas em alguns pacientes é possível notar a presença de uma pápula (um ponto com relevo de mais ou menos 1 cm de diâmetro) avermelhado e pruriginoso. Se o solo estiver intensamente contaminado por larvas, várias pápulas podem surgir na pele, indicando vários pontos de invasão.
Dentro de dois a três dias depois da invasão, surgem os pequenos túneis causados pela migração do verme por baixo da pele. Cada invasão origina um túnel. Estas lesões são discretamente elevadas, serpiginosas, marrom-avermelhadas e provocam muita coceira. Os túneis avançam cerca de 2 a 5 cm por dia e podem formar desenhos caprichosos.
Com o passar dos dias, a parte mais antiga do trajeto tende a desinflamar, deixando em seu lugar apenas uma faixa mais escurecida, que desaparecerá mais tarde. A duração do processo é muito variável podendo curar-se espontaneamente ao fim de 2 semanas ou durar meses. A larva migrans quando desaparece espontaneamente, sem tratamento, pode reaparecer semanas ou meses depois.
O sintoma que mais incomoda é a coceira, podendo, inclusive, impedir o paciente de dormir. Se o paciente cocar demais a área, pode causar feridas e facilitar a contaminação da pele por bactérias, levando a quadros de celulite ou erisipela 
TRATAMENTO
O tratamento da larva migrans é feito com drogas antiparasitárias que tenham ação contra helmintos, como Tiabendazol, Albendazol ou Ivermectina. A Ivermectina é usada na dose de 200 mcg/kg por dia, por um ou dois dias. Já o Albendazol é habitualmente prescrito na dose de 400 mg por dia por três dias. O Tiabendazol pode ser usado como pomada nos casos iniciais, leves ou com poucas lesões.
O tratamento tópico dura de 5 a 7 dias, mas as lesões e a coceira costumam apresentar melhora já nas primeiras 48 horas de tratamento.
PROFILAXIA
A melhor forma de prevenir o bicho geográfico é evitar o contato dos pés descalços em solos e areias possivelmente contaminados. Ao sentar-se no chão ou areia, usei barreiras como toalhas e esteiras.
Os donos de animais também têm um papel chave na prevenção destas doenças, cuidando da saúde de seus pets. Os cuidados incluem:
Evitar levar cães e outros animais à praia
Recolher as fezes dos animais e dar-lhes um destino adequado
Levar seu pet regularmente à veterinária para tratamento contra parasitas.
BALANTIDIOSE – BALANTIDIUM
VIA DE CONTAMINAÇÃO
Trata-se de uma infecção intestinal, muito rara em países do ocidente, causada por Balantidium Coli, um protozoário parasita ciliado, responsável pela inflamação no intestino. Este micro-organismo geralmente é transmitido por meio do contato direto ou indireto com as fezes do porco, em regiões relacionados com a criação de suínos. Ela geralmente ocorre em pacientes com a imunidade baixa, e, por vezes, é difícil ser diagnosticada pois não apresenta muitos sintomas na maioria das pessoas, podendo apenas promover diarreia e desconforto abdominal.
No entanto, algumas pessoas podem sofrer com sinais mais graves, como inflamação tensa no intestino, entre outras.  A Balantidiose também pode ser confundida com outros tipos de infecção que ocorrem na região intestinal, pois apresenta sintomas comuns como a disenteria amebiana. 
Em casos reservados, este protozoário pode adentrar órgãos próximos ao intestino, como os pulmões principalmente. O período de incubação no corpo pode levar de dias a semanas. No entanto, felizmente a doença é curável. Confira a seguir os sintomas, as causas, o diagnóstico, os tratamentos e a prevenção para a Balantidiose.
SINAIS E SINTOMAS
Entre os principais sintomas e sinais da enfermidade infecciosa, estão:
Perda de peso
Febre
Vômito
Enjoo
Náusea
Dor abdominal
Diarreia crônica
Disenteria com ou sem sangue
Ulcera intestinal
Mau hálito
Colite (inflamação do cólon)
Os sintomas citados ocorrem em casos graves, num modo geral a Balantidiose é assintomática e pode ser passada para outras pessoas.
TRATAMENTO
Após o diagnóstico apontado pelo profissional responsável, o tratamento correto será indicado. Para curar a Balantidium Coli o uso de antibióticos será recomendado, geralmente são receitados três tipos desse medicamento para eliminar o protozoário do intestino, que são consumidas por via oral.
Muitas pessoas conseguem se livrar da infecção de forma espontânea e sem tratamento. Entretanto, o uso de medicamentos para banir o mal deve ser feito mesmo que não ajam sintomas.
Se não houver tratamento para a Balantidiose, a doença pode se tornar crônica. E, a diarreia pode se agravar e persistir, podendo levar à carência de fluido e desidratação do corpo. a falta de cuidado com a doença pode resultar numa hemorragia abdominal grave podendo ser fatal.
PROFILAXIA
É possível prevenir a contaminação de qualquer protozoário através de simples métodos, tais como:
Manter higiene corporal.
Higienizar alimentos e mãos antes de comer.
Não beber água que não for tratada.
Evitar o contato com animais sujos, como porcos em chiqueiros.
CAXUMBA
VIA DE CONTAMINAÇÃO
A transmissão é principalmente aérea, por meio de gotículas de saliva do doente que possui o vírus. Na maior parte das vezes, a infecção se manifesta na infância. É importante destacar que a pessoa com caxumba é capaz de transmitir o víruscerca de uma semana antes de aparecerem os sintomas e até nove dias depois destas manifestações. Assim, sugere-se que o paciente fique longe do trabalho ou da escola, uma vez que existe a possibilidade de contaminar outras pessoas.
SINAIS E SINTOMAS
Os principais sintomas da doença são: febre, dor na face e aumento do volume das glândulas salivares. Ela também pode provocar dor no corpo e na cabeça. Complicações mais graves são raras, mas podem ocorrer entre elas inflamação nos testículos (orquite), inflamação nos ovários (ooforite) em mulheres acima de 15 anos, inflamação do pâncreas (pancreatite) e inflamação que envolve cérebro e meninges (meningoencefalite).
TRATAMENTO
O diagnóstico é clínico e com auxílio de exame de sangue. Não há tratamento específico, o que se faz é aliviar os sintomas com anti-inflamatórios. São indicados repouso, o uso de medicamentos analgésicos e observação de possíveis complicações. No caso de inflamação nos testículos, o repouso e o uso de suspensório escrotal são fundamentais para o alívio da dor.
PROFILAXIA
A prevenção é feita com o uso de vacina produzida com o vírus vivo atenuado da doença e faz parte do Calendário Básico de Vacinação. Em geral, está associada à época de vacinas contra sarampo e rubéola. As três juntas compõem a vacina tríplice viral. A primeira dose deve ser administrada aos doze meses e a segunda, entre quatro e seis anos.
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E atenção: mulheres que nunca tiveram caxumba, nem tomaram a vacina, devem procurar um posto para serem vacinadas antes de engravidar. Na gestação, a doença pode provocar aborto.
Deve-se ter em mente que existe a possibilidade de reinfecção quando a vacina perde a eficácia com o decorrer dos anos. Para uma pessoa que adquiriu caxumba, a recomendação é procurar um médico para diagnóstico e acompanhamento.
DIFTERIA
VIAS DE CONTAMINAÇÃO
A difteria, também conhecida como "crupe", é uma doença transmissível aguda, toxi-infecciosa e imunoprevenível, causada por bactéria, que se aloja principalmente nas amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas do corpo, além da pele.
A presença de placas pseudomembranosas branco-acinzentadas, aderentes, que se instalam nas amígdalas e invadem estruturas vizinhas, é a manifestação clínica típica da difteria. Em casos mais severos, que são raros, pode ocorrer um inchaço grave no pescoço, com aumento dos gânglios linfáticos, gerando dificuldade de respirar ou até mesmo bloqueio total da respiração.
A transmissão da difteria ocorre basicamente por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele, ou seja, a bactéria da difteria é transmitida pelo contato direto da pessoa doente ou portadores com pessoa suscetível, por meio de gotículas de secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou ao falar.
Em casos raros, pode ocorrer a contaminação por objetos capazes de absorver e transportar micro-organismos, como a bactéria causadora da difteria. O período de incubação da difteria, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde a infecção da pessoa, é, em geral, de 1 a 6 dias, podendo ser mais longo. Já o período de transmissibilidade da doença dura, em média, até 2 semanas após o início dos sintomas.
SINAIS E SINTOMAS
Os principais sintomas da difteria, que surgem geralmente após seis dias da infecção, são:
Membrana grossa e acinzentada, cobrindo as amígdalas e podendo cobrir outras estruturas da garganta.
Dor de garganta discreta.
Gânglios inchados (linfonodos aumentados) no pescoço.
Dificuldade em respirar ou respiração rápida em casos graves.
Palidez.
Febre não muito elevada.
Mal-estar geral.
TRATAMENTO
O tratamento da difteria é feito com o soro antidiftérico (SAD), que deve ser ministrado em unidade hospitalar. A finalidade do tratamento é inativar a toxina circulante o mais rapidamente possível e permitir a circulação de excesso de anticorpos, em quantidade suficiente para neutralizar a toxina produzida pelas bactérias. O uso do antibiótico é considerado como medida auxiliar da terapia específica, objetivando interromper a produção de exotoxina pela destruição dos bacilos diftéricos e sua disseminação. Pode-se utilizar eritromicina ou penicilina G cristalina ou penicilina G procaína, com a mesma eficácia.
PROFILAXIA
A melhor forma de prevenir a difteria é com a vacinação, que pode ser a tríplice bacteriana ou a penta valente. A vacina tríplice bacteriana clássica (difteria, tétano e pertussis acelular), está indicada para crianças com até sete anos de idade. Após essa data é utilizada a vacina de dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto).
Há também a vacina penta valente, indicada para imunização ativa de crianças a partir de dois meses de idade contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b.
RUBÉOLA 
VIA DE CONTAMINAÇÃO
 A rubéola é uma doença infectocontagiosa que acomete principalmente crianças entre cinco e nove anos. A transmissão acontece de uma pessoa a outra, geralmente pela emissão de gotículas das secreções respiratórias dos doentes. É pouco frequente a transmissão através do contato com objetos recém-contaminados por secreções de nariz, boca e garganta ou por sangue, urina ou fezes dos doentes. A rubéola congênita acontece quando a mulher grávida adquire rubéola e infecta o feto porque o vírus atravessa a placenta.
SINAIS E SINTOMAS
Após um período de incubação, que varia de duas a três semanas, a doença mostra seus primeiros sinais característicos: febre baixa, surgimento de gânglios linfáticos e de manchas rosadas, que se espalham primeiro pelo rosto e depois pelo resto do corpo. A rubéola é comumente confundida com outras doenças, pois sintomas como dores de garganta e de cabeça são comuns a outras infecções, dificultando seu diagnóstico.
Apesar de não ser grave, a rubéola é particularmente perigosa na forma congênita. Neste caso, pode deixar sequelas irreversíveis no feto como: glaucoma, catarata, malformação cardíaca, retardo no crescimento, surdez e 
TRATAMENTO
Não há tratamento disponível para interromper a infecção por rubéola, mas os sintomas são tão leves que o tratamento não costuma ser necessário. No entanto, para evitar a transmissão do vírus para outras pessoas que eventualmente não foram vacinadas ou estão precisando tomar o reforço da vacina, os pacientes devem permanecer em casa durante o período de altas chances de contágio.
Repouso, uso de medicamentos de venda livre para aliviar a febre e o desconforto causado pelas dores, evitar ir ao trabalho, escola, faculdade ou frequentar ambientes sociais, a fim de evitar a transmissão do vírus para outras pessoas
PROFILAXIA 
A imunidade é adquirida pela infecção natural ou por vacinação, sendo duradoura após infecção natural e permanecendo por quase toda a vida após a vacinação. Filhos de mães imunes geralmente permanecem protegidos por anticorpos maternos em torno de seis a nove meses após o nascimento. Para diminuir a circulação do vírus da Rubéola, a vacinação é essencial. As crianças devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo e caxumba (tríplice viral): a primeira, com um ano de idade; a segunda dose, entre quatro e seis anos. 
Todos os adolescentes e adultos (homens e mulheres) também precisam tomar a vacina tríplice viral ou a vacina dupla viral (contra sarampo e rubéola), especialmente mulheres que não tiveram contato com a doença. Gestantes não podem ser vacinadas. As mulheres em idade fértil devem evitar a gestação por 30 dias após a vacinação.
SARAMPO
VIA DE CONTAMINAÇÃO
A transmissão do sarampo ocorre de forma direta, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Por isso, é elevado o poder de contágio da doença. A transmissão ocorre de quatro a seis dias antes e até quatro dias após o aparecimento do exantema. O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é transmissível.
O sarampo afeta,igualmente, ambos os sexos. A incidência, a evolução clínica e a letalidade são influenciadas pelas condições socioeconômicas, nutricionais, imunitárias e àquelas que favorecem a aglomeração em lugares públicos e em pequenas residências.
SINAIS E SINTOMAS 
Febre alta, acima de 38,5°C;Dor de cabeça; Manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo Tosse; Coriza; conjuntivite; manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de koplik, que antecede de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas
As manifestações clínicas do sarampo são divididas em três períodos: 
Período de infecção: dura cerca de sete dias, onde surge a febre, acompanhada de tosse seca, coriza, conjuntivite e fotofobia. Do 2° ao 4° dia desse período, surgem as manchas vermelhas, quando se acentuam os sintomas iniciais. O paciente apresenta prostração e lesões características de sarampo: irritação na pele com manchas vermelhas, iniciando atrás da orelha (região retro auricular).
Remissão: caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, com declínio da febre. A erupção na pele torna-se escurecida e, em alguns casos, surge descamação fina, lembrando farinha, daí o nome de furfurácea.
Período toxêmico: o sarampo é uma doença que compromete a resistência do hospedeiro, facilitando a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana. Por isso, são frequentes as complicações, principalmente nas crianças até os dois anos de idade, em especial as desnutridas e adultos jovens.
A ocorrência de febre, por mais de três dias, após o aparecimento das erupções na pele, é um sinal de alerta, podendo indicar o aparecimento de complicações, sendo as mais simples: infecções respiratórias; otites; doenças diarreicas e neurológicas.
TRATAMENTO
Não existe tratamento específico para o sarampo. É recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais. O tratamento profilático com antibiótico é contraindicado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda administrar a vitamina A, em todas as crianças, no mesmo dia do diagnóstico do Sarampo, nas seguintes dosagens:
Crianças menores de seis meses de idade - 50.000 Unidades Internacionais (U.I.): uma dose, em aerossol, no dia do diagnóstico; e outra dose no dia seguinte.
Crianças entre seis e 12 meses de idade - 100.000 U.I: uma dose, em aerossol, no dia do diagnóstico; e outra dose no dia seguinte.
Crianças maiores de 12 meses de idade - 200.000 U.I.: uma dose, em aerossol ou cápsula, no dia do diagnóstico; e outra dose no dia seguinte.
Para os casos sem complicação manter a hidratação, o suporte nutricional e diminuir a hipertermia. Muitas crianças necessitam de quatro a oito semanas, para recuperar o estado nutricional que apresentavam antes do sarampo. As complicações como diarreia, pneumonia e otite média, devem ser tratadas de acordo com normas e procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
PROFILAXIA
A vacinação é a única maneira de prevenir a doença. O esquema vacinal vigente é de duas doses de vacina com componente sarampo para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade, sendo uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e uma dose da vacina tetra viral aos 15 meses de idade, até 29 anos o indivíduo deverá ter duas doses. Uma dose da vacina tríplice viral também está indicada para pessoas de 30 a 49 anos de idade. As vacinas estão disponíveis nas mais de 36 mil salas de vacinação do país de acordo com as indicações do Calendário Nacional de Vacinação.
TÉTANO
VIA DE CONTAMINAÇÃO
Ocorre pela introdução dos esporos da bactéria em ferimentos externos, geralmente perfurantes, contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas. Isso porque o bacilo se encontra no intestino dos animais, especialmente do cavalo e do homem (sem causar doença) e os esporos podem estar presentes tanto em solos contaminados por fezes ou com esterco, como na pele ou na poeira das ruas, por exemplo. Queimaduras e tecidos necrosados também são uma porta de entrada, o que favorece o desenvolvimento da bactéria. 
Não apenas pregos e cercas enferrujados podem provocar a doença: a bactéria do tétano pode ser encontrada nos mais diversos ambientes. Já a transmissão do tétano neonatal, também chamado de “mal de sete dias”, ocorre pela contaminação do coto umbilical por esporos do bacilo tetânico, que podem estar presentes em instrumentos sujos utilizados para cortar o cordão umbilical ou em substâncias pouco higiênicas usadas para cobrir o coto..
SINAIS E SINTOMAS
O tempo entre a infecção e os primeiros sinais dos sintomas é geralmente de uma a três semanas. O período de incubação da bactéria é de, em média, sete a oito dias. Os principais sintomas do tétano são:
Espasmos e rigidez no maxilar, nos músculos do pescoço e da nuca, nos músculos do abdômen, espasmos corporais que provocam dor e duram por vários minutos, geralmente causados por sons altos, toque físico e sensibilidade à luz
TRATAMENTO
Não há cura para tétano, por isso o tratamento será focado na cicatrização da ferida por onde entraram os esporos da bactéria e no uso de medicamentos para tratar os sintomas.
Além de limpar corretamente a região machucada, para evitar complicações mais graves, o médico poderá prescrever alguns medicamentos que podem levar alívio e conforto ao paciente, como antitoxinas, antibióticos, sedativos e outros remédios para tirar a dor.
Suporte respiratório com oxigênio, um tubo respiratório e uma máquina de respiração podem ser necessários.
PROFILAXIA
A melhor maneira de se prevenir o tétano é por meio da vacinação. Após a primeira dose, deve-se esperar dez anos para tomar a segunda. Tomar as duas doses da vacina contra tétano é essencial para garantir a imunização.
Limpar bem todas as feridas e ferimentos e remover tecidos mortos ou muito danificados (com detritos), quando apropriado, pode reduzir o risco de desenvolver tétano. Se tiver se ferido em uma área externa ou de uma forma em que o contato com o solo tenha sido provável, entre em contato com seu médico sobre o possível risco de tétano.
Muitas pessoas acreditam que os ferimentos causados por agulhas enferrujadas são os mais graves. Isso só é verdade se a agulha estiver suja e enferrujada, como costuma ser o caso. É a sujeira na agulha, não a ferrugem, que carrega o risco de tétano.
REFERÊNCIAS
HIDATIDOSE HUMANA EQUINOCOCOSE. Portal Ministério da Saúde. Disponível em: ˂http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hidatidose-humana-equinococose˃. Acesso em: 12 maio de 2019.
FILARIOSE LINFÁTICA. Portal Ministério da Saúde. Disponível em: ˂http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/filariose-linfatica˃. Acesso em: 12 maio de 2019.
BICHO GEOGÁFICO. Minha Vida. Disponível em: ˂https://www.minhavida.com.br/saude/temas/bicho-geografico˃. Acesso em 12 maio de 2019.
BALANTIDIOSE. Info Escola. Disponível em: ˂https://www.infoescola.com/doencas-protozoarias/balantidiose/˃. Acesso em 12 maio 2019.
CAXUMBA. Einstein. Disponível em: ˂https://www.einstein.br/doencas-sintomas/caxumba˃. Acesso 12 maio de 2019.
DIFTERIA. Minha Vida. Disponível em: ˂https://www.minhavida.com.br/saude/temas/difteria˃. Acesso em: 12 maio de 2019.
RUBÉOLA. Drauzio Varella. UOL. Disponível em: ˂https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/rubeola/˃. Acesso em: 12 maio de 2019.
TÉTANO. Portal Ministério da Saúde. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/tetano>. Acesso em 12 maio de 2019.
SARAMPO. Wikipédia. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarampo>.Acesso em: 12 maio de 2019.

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