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APS Processos grupais

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Curso de Psicologia
– RA: 
Atividade Prática Supervisionada 
Goiânia
Maio 2019
– RA:
Atividade Prática Supervisionada 
Atividade Prática Supervisionada apresentada para a disciplina de Processos Grupais do curso de Psicologia da Universidade Paulista – UNIP sob a orientação da professora Alice Canuto.
Goiânia
Maio 2019
SUMARIO
Introdução..........................................................................................4
Desenvolvimento...............................................................................5
Considerações finais.........................................................................7
Bibliografia.........................................................................................8
1. INTRODUÇÃO
	
 Este trabalho refere-se ao filme Doze homens e uma sentença produzido no ano de 1957 por Sidney Lumet e escrito e dirigido por Reginald Rose. Que retrata Doze homens com ideias e experiências de vida diferentes, compondo o tribunal do júri de um caso de assassinato. A partir da visão teórica de autores como Moreno e Lewin, estudados no decorrer do semestre, na matéria de processos grupais, relaciono a teoria com ao trama para ter um melhor entendimento de como se dá a dinâmica de grupos a partir da visão desses autores
2. DESENVOLVIMENTO
O filme Doze homens e uma sentença, foi produzido por Sidney Lumet e escrito e dirigido por Reginald Rose. foi lançado originalmente em 1957. O filme concentra suas cenas em tribunal onde o júri de doze homens precisa decidir o futuro de um jovem de dezoito anos, acusado de matar seu pai após uma discussão doméstica. 
A decisão do júri precisa ser unânime, pois a acusação leva o réu ao corredor da morte, por essa razão existe a necessidade de cautela na decisão. Porém o que acontece no começo da decisão é justamente a falta de cuidado em questionar as provas e as testemunhas apresentadas durante o julgamento Fazendo que grande parte voto pela culpa do rapaz, menos Daves. Os jurados são identificados por números, Daves é o jurado de numero oito. A primeira reação sobre o voto contra é de espanto, afinal os homens estavam convictos das provas apresentadas e dos testemunhos. Dave, por outro lado, não tem certeza da inocência e nem da culpa do rapaz e por isso pede ao grupo que revejam a situação, demonstrando estar preocupado não somente em absolver o réu e sim em julgar com coerência os fatos ocorridos para que não houvesse nenhuma injustiça. 
A oratória usada com os demais jurados é essencial para que eles enxerguem a situação de diferentes ângulos. Os doze jurados são estranhos entre si, possuem condições financeiras e idades diferentes, por esses motivos suas emoções, suas frustrações ou seus medos são influentes nas suas decisões. Entretanto o homem de número oito busca mostrar além disso para os outros e faz isso com a lógica do próprio julgamento, questionando as provas. Começando pelo testemunho do vizinho idoso. O vizinho mora em baixo do quarto onde aconteceu o crime, ele afirma ter escutado uma briga entre a vítima e o réu e em seguida escuta um corpo cair no chão, em seguida vê o jovem correr pela escada e chama a polícia que encontra o corpo. O testemunho pode ser questionado já que o idoso tem limitações para andar, impedindo que chegue tão rápido a cena do crime, além disso, próximo a casa passava um trem fazendo um enorme barulho, dificultando a audição do que foi descrito por ele. 
Outra vizinha também testemunha, diz ter olhado pela janela do outro lado do trilho e visto o jovem cometer o crime. Daves porém destaca que seria difícil que ela enxergasse exatamente o que ocorreu não só por ter problemas de visão, mas por também precisar enxergar pelas janelas da locomotiva que passava na hora, mesmo sendo possível de ser feito, torna-se difícil que seja feito nestas condições. Um dos jurados comenta que o filho tinha motivos para matar o pai devido a briga que tiveram naquela noite mais cedo, por volta de oito horas, descrito por alguns vizinhos do apartamento que ouviram a briga. O número oito contesta e diz que o histórico de violência é antigo e rotineiro, não sendo de valor tão impactante para que ocorresse o fato.
O álibi do réu também é questionado, ele disse estar no cinema na hora do fato, mas não sabe o nome do filme. O rapaz possuía uma ficha cheia de elementos que o colocavam como violento, por exemplo, ter apedrejado um professor aos dez anos, o que para alguns jurados parecia suficiente para o homicídio ter sido cometido pelo réu. Além disso, alguns dos jurados condenavam-no por ter crescido numa favela, no mesmo instante um dos homens revela que teve as mesmas origens e isso não significaria nada. Em um momento do julgamento a arma do crime é solicitada para que os jurados a analisem novamente, pois parece ser uma faca incomum. O lojista a reconhece no tribunal e o garoto admite que a comprou na noite do ocorrido, mas perdeu na mesma noite. A prova que parecia cabal é questionada pelo oitavo jurado e este mostra uma faca idêntica a do crime, dizendo ter comprado em uma loja próxima a casa do rapaz.
As provas, as testemunhas e o álibi do réu acabam sendo questionados por completo, isto faz com que o júri fique indeciso sobre a sua decisão e para que não exista a condenação a pena de morte de forma injusta, o rapaz é considerado inocente.
Teoria
A comunicação entre os integrantes de um grupo deve ser autêntica, de acordo com Kurt Lewin o grupo necessita de condições para que os integrantes possam se comunicar sem barreiras, em todos os níveis. No inicio o grupo não apresenta espaço para a fala tomando uma característica mais fechada e rígida. O jurado de numero oito rompe este ciclo com o seu voto contra abrindo espaço para que todos os jurados falem sobre suas questões, pessoais ou não, deste modo podemos observar como o grupo reage na resolução de seus problemas relativos à tarefa grupal, ou seja, como modificam o modo de ver o réu e o crime, fazendo termos de manifestações discursivas.
 Em diversos momentos os jurados apontam a condenação do jovem como a única saída assim pode relacionar com a teoria de campo de Lewin, várias cenas demostram a convicção dos jurados ao afirmar que o rapaz cometeu o crime, essa convicção está baseada em suas experiências pessoais, em estereótipos e preconceitos. Lewin faz menção em sua teoria de que a interação grupal é afetada pelas experiências pessoais, sendo nítido neste caso.
Segundo Moreno os jurados assumem papéis que são das atitudes que o sujeito assume no momento em que reage a situações especificas, desta maneira na maioria das vezes, os papéis são referendados pelas normas de funcionamento de um grupo, ou seja O jurado de numero oito parece liderar o grupo, embora seja o único discordante. Usando argumentos fortes, controlando suas próprias emoções, ouvindo atentamente, questionando os demais de forma a fazê-los repensar e duvidar da certeza, ele consegue reestruturar todo o pensamento grupal.
3. Considerações finais
 O entendimento de como funcionam as dinâmicas de grupo mostram-se importantes quando analisamos o filme, afinal, desde ao nascermos somos integrantes de um grupo, mesmo que isso aconteça de forma inconsciente. E por nos tratarmos de ‘’animais sociáveis ‘’ o ser humano não pode ser visto apenas de um ângulo individual. Pois um grupo é formado por diferentes pessoas que tem diferentes vivencias e perspectivas a respeito do mundo.
4. BIBLIOGRAFIA
LEWIN, K. Teoria de campo em ciência social. São Paulo, Pioneira, 1965. ______. Problemas de dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix, 1978.
MORENO, J. L. Fundamentos de psicodrama. São Paulo: Summus, 1984. ______. Psicodrama. 9 ed. São Paulo: Cultrix, 1991.

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