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APS Unip - Rec Jud e Falência - 5º Semestre

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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
4º E 5° SEMESTRES/2019-01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Karla Thais Ferrer da Costa RA: T4491F8 
Jade Carolina Oliveira Alves RA: T6443C5 
Giovanna Korgul Dick RA: T9186G2 
Petra Vasconcelos de Oliveira RA: T4751E0 
Principais diferenças entre Recuperação Judicial e Falência 
 
Em nome da segurança jurídica e econômica da 
empresa, há no Direito Empresarial os institutos da Recuperação Judicial e da 
Falência, ambas regidas juridicamente pela Lei nº 11.101 de 2005 e visam, 
principalmente, que a empresa em vias de situação de crise econômica-
fincanceira, possam, os credores, receber o que for seu por direito. No entanto, 
tais institutos possuem determinadas distinções, conceituadas a seguir. 
 
Visando um melhor entendimento, inicia-se este 
trabalho distinguindo os objetivos de ambos os institutos; a Recuperação 
Judicial tem como desígnio viabilizar a superação da situação de crise 
econômica na qual a empresa se encontra, garantindo melhor administração 
dos ativos e, consequentemente, liquidar todo passivo, sem interromper as 
atividades empresariais. Por outro lado, o processo de falência inicia com a 
interrupção das atividades empresariais, assim como afastamento do devedor, 
para que seja possível a apuração do ativo e passivo da empresa para 
posterior pagamento aos credores. 
 
No que tange à administração da empresa, na 
Recuperação Judicial a empresa permanece ativa e o devedor (empresário) 
não é afastado das suas atividades, destarte deverá prestar contas de todos 
seus atos ao Administrador Judicial que atuará como fiscal. Enquanto na 
Falência, este atuará como responsável da massa falida, devido o afastamento 
total do devedor. 
 
Ambos institutos são regidos por princípios distintos 
- no caso de Plano de Recuperação Judicial o objetivo é realocar a empresa 
positivamente no ramo empresarial, algo consequente de seu princípio 
norteador: Princípio da Preservação da Empresa, que nas palavras do Ministro 
Luis Felipe Salomão “a Constituição da República consagra a proteção à 
preservação da empresa por duas razões basilares: (i) é forma de conservação 
da propriedade privada; (ii) é meio de preservação da sua função social, ou 
seja, do papel socioeconômico que ela desempenha junto à sociedade em 
termos de fonte de riquezas e como ente promovedor de empregos.” Já a 
Falência é regida pelo Princípio da Finalidade Liquidativa, em razão do objetivo 
primordial ser garantir que todos os credores recebam seus créditos, de modo 
que nenhum seja prejudicado. 
 
Quanto às distinções processuais, a empresa que 
for irregular não terá seu plano de Recuperação Judicial homologado, por outro 
lado, poderá ter sua falência decretada sem nenhum diferencial em relação às 
empresas regulares. E a ação poderá, em ambos os casos ser proposta pelo 
devedor, o cônjuge sobrevivente, os herdeiros do devedor, os inventariantes ou 
sócio remanescente. Porém, somente na Falência poderá ser legitimado, além 
dos já mencionados, o cotista e acionista do devedor na forma da lei ou do ato 
constitutivo da sociedade e qualquer credor. 
 
Solução do problema apresentado 
 
Breve síntese do caso apresentado: Paulo e Pedro 
são sócios de uma oficina mecânica e funilaria, e possuem como credor 
Osvalnidio Perruque pelo montante de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos 
reais), devido produtos comprovadamente entregues. 
 
Em decorrência a ausência de pagamento dos 
produtos, Osvalnidio tentou, amigavelmente, solucionar a lide, restando todas 
as tentativas infrutíferas. 
 
 
Logo após, descobriu uma possível fraude cometida 
por parte dos sócios Paulo e Pedro, estes venderam a um ex-empregado os 
produtos da oficina, que após a compra, formalizou contrato de locação com a 
mesma oficina mecânica e funilaria, sendo esta, atualmente, locadora dos 
produtos. Porém, o ex-empregado não possuía condições financeiras possíveis 
para a compra dos produtos, em razão do exposto, Osvalnidio gostaria de 
como proceder para que obtenha seu devido pagamento. 
 
Primeiramente, Osvalnidio poderá requerer o pedido 
de falência da empresa, já que a venda dos produtos trataram-se de uma 
fraude cometida pelos sócios, junto das provas que demonstrem a veracidade 
do fato ocorrido, situação assegurada pela Lei nª 11.101 de 2005, art. 94, III, b, 
§5º, in verbis: 
 
Art. 94: Será decretada a falência do devedor que: 
III - pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de 
recuperação judicial: 
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar 
pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou 
da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não; 
§ 5o: Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, o pedido de falência 
descreverá os fatos que a caracterizam, juntando-se as provas que houver e 
especificando-se as que serão produzidas. 
 
Após isso, Osvalnidio terá o prazo de 15 (quinze) 
dias para habilitar seu crédito no processo de falência, conforme o art. 7º, §1º, 
do mesmo dispositivo legal supramencionado: 
 
 Art. 7o: A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, 
com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e 
nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar 
com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas. 
 § 1o: Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no parágrafo único do art. 
99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao 
administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos 
créditos relacionados. 
 
Imediatamente à habilitação, será feita a apuração 
de todos os débitos pelo Administrador Judicial que providenciará a publicação 
no Diário Judicial Eletrônico (DJE), ao qual caberá impugnação. Se impugnado, 
este será autuado em separado. Mas, caso não haja impugnação, o juiz 
homologará a relação com o quadro de credores e seus respectivos créditos 
publicado no DJE. 
 
Com os dados corretos dos credores e dos créditos, 
há uma ordem de pagamento, nesse caso, Osvalnidio receberá seu pagamento 
após ter sido pago todos os pagamentos de natureza trabalhista, conforme o 
art. 83, I e II, Lei. 11.101/05: 
 
 Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: 
I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e 
cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de 
trabalho; 
I I - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; 
 
 
 
 
 
 
Bibliografias 
Amador Paes de Almeida – Curso de falência e recuperação de empresa; 
Pedro Lenza – Direito empresarial esquematizado;

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