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NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL FORMATADO

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faculdade DE ENSINO SUPERIOR anhanguera de sorocaba
CURSO DE ENFERMAGEM
SIDNEIA APARECIDA MOREIRA VIEIRA
 
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL: principais conceitos e práticas
	
 
SOROCABA – SP
2019
SIDNEIA APARECIDA MOREIRA VIEIRA
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL: principais conceitos e práticas
Trabalho Acadêmico apresentado à disciplina Terapia Medicamentosa, do Curso de Enfermagem, da Faculdade de Ensino Superior Anhanguera de Sorocaba, Noturno. Prof. Fernando Covós.
SOROCABA – SP
 2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho é uma abordagem sobre nutrição enteral e parenteral com base em artigos acadêmicos pesquisados para contribuir com conceitos, diretrizes e práticas relacionadas.
O acompanhamento nutricional é uma das peças chaves na recuperação e progressão de um tratamento, e interferem diretamente na evolução clínica. Algumas das consequências da desnutrição são maior facilidade a infecções, demora na cicatrização, além de demandar maiores cuidados intensivos e maior tempo de internação.
2 NUTRIÇÃO PARENTERAL
De acordo com as Rotinas e Normas de Terapia Nutricional Parenteral e Enteral, a Nutrição Parenteral (NP) é a administração de nutrientes por via endovenosa, deve ser empregada quando o paciente necessitar de terapia nutricional e existir contraindicação ao uso da via enteral ou esta for insuficiente para suprir todas as necessidades calculadas, pode ser feita através de veia profunda, ou veia periférica. Em uma forma geral, portanto, a nutrição parenteral é indicada a pacientes impossibilitados de utilizar o trato gastrointestinal durante sete a dez dias e perda de peso superior a 10% do usual (FERREIRA, 2007).
2.1 Indicações
Ainda de acordo com as Rotinas e Normas de Nutrição Parenteral e Enteral, as indicações para NP, podem ser absolutas ou relativas, quanto as absolutas, trata-se de algumas situações como impossibilidade de absorver nutrientes pelo GI, nas condições de ressecção intestinal maciça (> 70% delgado), síndrome do intestino curto por doença prévia, doença inflamatória intestinal ativa com necessidade de repouso intestinal por, pelo menos 5-7 dias: enterite actínica, enterite isquêmica, doença de crohn; fístula êntero cutânea quando há-com indicação de repouso por mais de 5-7 dias, débito elevado (> 500 ml), fístula colo cutânea necessitando repouso trato GI por mais de 5-7 dias; Impossibilidade de acesso enteral por obstrução intestinal ou íleo prolongado; pré operatório de cirurgias do trato GI, na impossibilidade de nutrição de via oral ou enteral. Em relações as indicações relativas tratam-se de diarreia severa por má absorção e cirurgias extensas com previsão de íleo prolongado por mais de 5-7 dias (FERREIRA, 2007).
2.2 Contraindicações
A aplicação de NP é contraindicada em pacientes hemodinamicamente instáveis, quando há edema agudo de pulmão, anúricos sem diálises ou quando existe distúrbios eletrolíticos e metabólicos graves. As Rotinas e Normas de Terapia de Nutrição Parenteral e Enteral, também relata que a NP não deve ser administradas em pacientes com condições terminais ou com expectativa de menos de 3 meses de vida (FERREIRA, 2007).
2.3 Complicações
As Rotinas e Normas de Terapia de Nutrição Parenteral e Enteral apresenta os três tipos de complicações da NP, que ocorrem aproximadamente 5% dos pacientes, essas complicações podem ser mecânicas (Pneumotórax, hemotórax, embolia gasosa, trombose venosa, ruptura do cateter), metabólicas (hiperglicemia, hipopotassemia, hipomagnesemia, hipofosfatemia, esteatose hepática, produção excessiva de CO², deficiência de ácido graxos) (FERREIRA, 2007).
3 NUTRIÇÃO ENTERAL
As Rotinas e Normas de Nutrição Parenteral e Enteral apresenta Nutrição Enteral como conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição Enteral (NE). A Terapia de Nutrição Enteral (TNE) é parte de tratamento intensivo em pacientes que estão impossibilitados de se alimentar pela via oral e pode utilizar o trato gastrointestinal. A NE precoce ocorre com início em 24 a 48 horas após a admissão, ocorre para melhora no balanço nitrogenado, manutenção da função intestinal, melhora da imunidade, melhor capacidade antioxidante celular e diminuição na resposta hipermetabólica (FERREIRA, 2007).
3.1 Indicações
 A Terapia Nutricional Enteral está indicada quando houver risco de desnutrição, ou seja, quando a ingestão oral for inadequada para prover de dois terços a três quartos das necessidades diárias nutricionais. Outra situação na qual também se indica essa terapia é quando o trato gastrointestinal está total ou parcialmente funcionante e quando o paciente não pode alimentar-se pela boca (CUPPARI, 2002).
3.2 Contraindicações
. Essa terapia está contraindicada nas situações em que o trato gastrointestinal não se encontra íntegro ou funcionante, como por exemplo, no íleo paralítico, nas obstruções intestinais e hemorragias digestivas altas (MARINO, 2000).
3.3 Complicações
Apesar dos avanços alcançados, a Terapia Nutricional Enteral não é isenta de complicações e deve ser rigorosamente monitorizada com a finalidade de detectá-las precocemente. As complicações relacionadas com a terapia podem ser gastrointestinais, mecânicas, metabólicas, respiratórias, infecciosas e psicológicas (MATSUBA, 2003).
 A obstrução da sonda nasoenteral também faz parte das complicações mecânicas, podendo estar relacionada com a retenção de resíduos da fórmula enteral em seu lúmen, em consequência da alta osmolalidade; da formação de complexos insolúveis fórmula-medicamento; de comprimidos macerados inadequadamente e injetados pela sonda e da precipitação da fórmula em razão da acidez do conteúdo gástrico (MATSUBA, 2003).
3.4 Competências da Equipe de Enfermagem na Terapia Nutricional
As Rotinas e Normas de Terapia de Nutrição Parenteral e Enteral mostra a competência dos enfermeiros na terapia nutricional, é destacado que os cuidados da enfermagem devem seguir um padrão que todos na equipe deve conhecer, de modo geral, compete à equipe a função administrativa, assistenciais, educativas e de pesquisas. Compete então aos enfermeiros o acesso intestinal e ou venoso, e ao técnico de enfermagem a administração e monitorização de infusão sob supervisão do enfermeiro (FERREIRA, 2007).
3.5 Terapia Nutricional em Unidade de Terapia Intensiva
O artigo de Terapia Nutricional em Unidade de Terapia Intensiva explana a importância da terapia nutricional em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva, segundo os autores, a desnutrição em pacientes críticos pode retardar o tratamento e levar a mais catastróficas complicações. O primeiro passo para a nutrição bem-sucedida nesse caso é a avaliação do estado nutricional do paciente, os parâmetros são: avaliação clínica, antropométrica, bioquímica e imunológica (FERREIRA, 2007).
Avaliação clínica aborda alterações da ingestão alimentar e perdas excessivas, incluindo o aspecto geral do paciente, observando a existência de edema, obesidade, estomatite, entre outros aspectos (FERREIRA, 2007).
Avaliação antropométrica aborda cálculos e medidas de dobras cutâneas, circunferências e divisão dos compartimentos corporais, deve-se considerar que essa avaliação tem valor limitado em pacientes na UTI em decorrências das interpretações do resultado (FERREIRA, 2007).
A avaliação bioquímica utiliza proteínas hepáticas (albumina, pré albumina, transferrinas), mas também possui valor limitado e refletem mais a gravidade da doença do que o estado nutricional (FERREIRA, 2007).
A avaliação da imunidade celular e teste de sensibilidade cutâneas apresentam correlação com o estado nutricional, alguns testes como de função muscularsão utilizados, mas também são limitados por fatores como sedação (FERREIRA, 2007).
Conforme mostrado no artigo, após a avaliação das necessidades nutricionais do paciente, esse processo é feito pela Nutrição Parenteral ou Enteral, existem duas vertentes, a primeira é quando a NP e NE são iniciadas simultaneamente e a NP é interrompida ou quando a NP é iniciada após a percepção de intolerância a NE (FERREIRA, 2007).
Ainda conforme o artigo é necessário observar se a aplicação da NP simultânea a NE não está causando hiperalimentação, e quando feito dessa forma, aumenta o número de mortalidade comparada ao uso da NE isolada, porém quando o paciente não consegue atingir a meta nutricional com a NE, os benefícios do uso simultâneo da NP e NE podem sobrepor os riscos da simultaneidade (FERREIRA, 2007).
4 CONCLUSÃO
 Com base no estudo, a nutrição tem papel fundamental para a progressão dos pacientes, evitando complicações e dando suporte ao tratamento em que está submetido. Dependendo da condição de cada paciente, não é possível a alimentação via oral, sendo necessário o apoio da enteral, da parenteral, ou das duas simultaneamente. Como todo procedimento científico, existem riscos inerentes, porém os benefícios de uma nutrição adequada podem superar as possibilidades maléficas dos procedimentos.
Para cada paciente, é necessário uma análise cuidadosa e avaliação para definir suas necessidades nutricionais e o método que melhor responderá a sua condição.
Cabe então a equipe de enfermagem a responsabilidade de fazer com que a nutrição, seja por meio da NE ou NP, aconteça de fato conforme prescrita, tendo incumbência não só técnica, mas também administrativa, educativa, assistencial e de pesquisa junto as necessidades do paciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUPPARI, Lilian. Guia de medicina ambulatorial e hospitalar. São Paulo: Manole, 2002.
FERREIRA, Iára K. C. Terapia nutricional em Unidade de Terapia Intensiva. Rev. bras. ter. intensiva, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 90-97, mar.  2007 .  
Marino, Paul L. Compêndio de UTI. 4 ed. Porto Alegre: Artmed; 2000. p. 589-601.
Matsuba Claudio S. T. Obstrução de sondas nasoenterais em pacientes cardiopatas [dissertação]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 2003.

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