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CINEMÁTICA
Processo de análise e avaliação da cena do acidente, com intuito de se estabelecer um diagnóstico o mais precoce possível das lesões resultantes da energia, força e movimentos envolvidos.
COLISÃO
É a troca de energia que ocorre quando um objeto com energia, geralmente sólido, impacta o corpo humano.
Princípios gerais:
As condições de avaliação e o atendimento do traumatizado divide-se em 03 fases:
 Pré-impacto;
 Impacto;
 Pós-impacto.
Pré-impacto
São os eventos que precedem o acidente, tais como ingestão de álcool ou drogas, condições de saúde do paciente (doenças preexistentes), idade, etc.
Impacto
Começa no momento do impacto entre um objeto em movimento e um segundo objeto (movimento ou parado). Deve-se considerar a quantidade de energia trocada (ex. velocidade do veículo, altura da queda, calibre da arma, etc.).
Pós-impacto
Tem início após o paciente ter absorvido a energia do impacto – traumatizado. A ameaça à vida pode ser rápida ou lenta, dependendo em parte das ações tomadas pela equipe de resgate.
Leis da física
Fatores importantes a serem considerados são:
a velocidade;
a distância de parada - quanto menor for e quanto mais rápida for a desaceleração dessa parada, mais energia é transferida para o paciente e maior dano;
a compressibilidade do material da superfície do impacto.
Cavitação 
Quando um objeto sólido atinge o corpo humano, as partículas de tecido do corpo humano são deslocados de sua posição normal, criando um orifício ou uma cavidade.
Tipos de cavidades
Temporária – forma-se no momento do impacto, parte ou toda a cavidade retorna á sua posição original ( causada por estiramento);
Permanente – também se forma no momento do impacto, é causada por compressão ou laceração de tecidos e não retorna à sua forma original.
CLASSIFICAÇÃO DE TRAUMA
Fechado:
As lesões são produzidas à medida que os tecidos são comprimidos. Cria tanto lacerações por cisalhamento quanto cavitação – temporária.
Penetrante
- As lesões são produzidas à medida que os tecidos são esmagados e separados ao longo do trajeto do objeto penetrante. Cria tanto uma cavidade permanente quanto uma temporária.
- A transferência de energia e a lesão produzida são semelhantes;
- Criam cavidade;
- A diferença está na penetração da pele.
Há dois tipos de força envolvidas no impacto:
Lesão por cisalhamento:
É o resultado de um órgão ou estrutura que muda de velocidade mais rapidamente do que o outro órgão ou estrutura. Essa diferença de aceleração leva a separação das partes.
Lesão por compressão:
É o resultado de um órgão ou estrutura sendo diretamente comprimido entre outros órgãos ou estruturas.
Tipos de colisões automobilísticas
Frontal
Trajetória por cima: Cabeça com para brisa; Tórax e abdome com volante; Pescoço por compressão.
Trajetória por baixo: Lesão de joelho, tíbia e fêmur, Lesões semelhantes a trajetória por cima
Posterior
Pescoço: lesão por hiperextensão (efeito chicote); Conversão em lesão frontal.
Lateral
Angular
Causa lesões semelhantes as colisões frontal e lateral.
Capotamento
As lesões são inúmeras e combinam todos os tipos de colisão.
Colisões de motocicletas
Os condutores deste tipo de veículos não estão protegidos por nenhum tipo de estrutura externa como os outros veículos.
Tipos de colisões: Frontal, Angular, Quedas, Ejeção
Atropelamento
As lesões variam conforme a altura da vítima.
Por serem mais baixas que os adultos, as crianças são atingidas inicialmente em região mais alta do corpo.
Assim como os adultos, qualquer criança atropelada por um veículo, em geral, sofre trauma cranioencefálico.
Quedas
Estimar a altura da queda;
Avaliar a superfície sobre a qual a vítima caiu;
Determinar qual parte do corpo bateu em primeiro lugar. Quedas de mais de 6m para adultos e 3m para crianças são geralmente graves.
A vítima cai em pé: Normalmente sofre primariamente fratura de calcanhar, de tíbia/fíbula, de fêmur e pélvis. Secundariamente há uma compressão da coluna, provocando fratura desta nos segmentos lombar e torácico.
A vítima cai sobre as mãos: Fratura de punho, ou lesões nas áreas que primeiro tiveram contato com o solo.
A vítima cai de cabeça: Neste tipo de queda, muito comum no mergulho em água rasa, todo o movimento e peso do tronco, pélvis e pernas são concentrados sobre a cabeça e a coluna cervical da vítima.
Explosões
Lesões primárias: a onda de pressão atinge a vítima. Sangramento pulmonar, pneumotórax, perfuração do tubo digestório.
Lesões secundárias: a vítima é atingida por fragmentos. Ferimentos penetrantes, lacerações e fraturas.
Lesões terciárias: a vítima é arremessada contra um objeto ou ao chão.
Ferimentos por arma branca
Este tipo de ferimento é caracterizado por bordas regulares e geralmente retilíneas, facilitando a sua identificação.
Os casos de evisceração são freqüentes nestes tipo de lesão.
Ferimentos por arma de fogo
Orifício de entrada: Geralmente são lesões ovais ou redondas, cercadas por uma área enegrecida;
Orifício de saída: Tem um aspecto estrelado, sem área enegrecida.
ATENDIMENTO INICIAL
São procedimentos orientados utilizados pelo socorrista para identificar e corrigir possíveis lesões ou doenças.
Fases:
Avaliação da Cena;
Avaliação Primária;
Avaliação Secundária;
Monitoramento e reavaliação.
Prioridades ao chegar no local
Avaliação da cena – Segurança e Situação.
Avaliação do paciente
1.Condições que podem resultar em perda da vida;
2.Condições que podem resultar em perda de membros;
3.Outras condições.
Mais de um paciente: IMV, nº de vítimas excede os recursos disponíveis TRIAGEM. Fazer o melhor pelo maior número de vítimas.
AVALIAR SEGURANÇA DA CENA
Garantir a segurança das equipes de resgate e pacientes;
Riscos: - Fogo; - Fios elétricos caídos; Materiais perigosos; Tráfego de veículos; Condições meteorológicas; indivíduo agressor; outros.
REGRAS DE SEGURANÇA EM UMA CENA VIOLENTA
1. Fique fora;
- Até que a cena seja considerada segura pelos policiais.
2. Retire-se do local;
- Apoio de profissionais adequados.
3. Quebre a tensão caso a cena fique perigosa;
- Técnicas de comunicação verbal enquanto se prepara para deixar o local.
4. Defenda-se.
- Desvencilhar-se e sair do local; Não tente perseguir ou dominar; Apoio de policiais.
SITUAÇÃO DA CENA
O que realmente aconteceu?
Qual a cinemática?
Quantos pacientes estão envolvidos?
Idades?
Recursos adicionais necessários?
ABORDAGEM INICIAL
•Apresentação ao paciente e perguntar seu nome;
•O que aconteceu com você?
•Se o paciente responder de forma consciente e coerente, com frases completas, pode concluir que ele apresenta via aérea permeável, função ventilatória, perfusão cerebral e funcionamento neurológico razoáveis. Provavelmente não há ameaças imediatas à vida;
•Se o paciente for incapaz de fornecer respostas ou aparentar angústia, iniciar a avaliação primária detalhada para identificar os problemas que ameaçam a vida.
COMPONENTES DA AP POR ORDEM DE PRIORIDADE:
A – Vias aéreas e controle da cervical;
Manter a coluna em posição neutra, evitando movimento desnecessário.
B – Ventilação; 
V er a expansão do tórax pelo movimento inspiratório
O uvir o movimento do ar pelo nariz e boca
S entir o ar saindo na expiração
Valores normais:
Adultos: 10 – 20 rpm;
Criança: 20 – 40 rpm;
Lactentes: 40 – 60 rpm.
C – Circulação com controle de hemorragias;
Pulso: - Adulto: 60-100 bpm; - Criança: 80-140 bpm; - Lactentes: 85-190 bpm.
Controle de hemorragia; Tempo de enchimento capilar (2 seg), coloração, temperatura e umidade da pele – perfusão.
D – Estado neurológico;
E – Exposição.
ESCALA CIPE
O socorrista classifica o paciente de acordo com a gravidade de suas lesões ou doença decidindo a prioridade do transporte.
Crítico - Parada respiratória ou cardiorespiratória
Instável - Inconsciência, choque descompensado,dificuldade respiratória severa, lesão grave de cabeça e/ ou tórax
Potencialmente Instável - Choque compensado ou portador de lesões isoladasimportantes
Estável - Portador de lesões menores e sinais vitais normais.
SISTEMA AVDI
Descrever o nível de consciência da vítima.
A – ALERTA
V – RESPOSTAS AO ESTÍMULO VERBAL
D – RESPOSTAS AO ESTÍMULO DA DOR
I – INCONSCIÊNCIA
Apresenta falhas devido à falta de especificidade as repostas ao estímulo verbal ou doloroso.
APH-SUPORTE BÁSICO DA VIDA
Supressão súbita e inesperada dos batimentos cardíacos.
PARADA CARDÍACA
Causas: Distúrbio do ritmo cardíaco; Trauma direto no coração; Drogas; Choque elétrico.
Sinais e Sintomas: Inconsciência sem resposta a qualquer estimulo; Ausência de movimentos respiratórios; Ausência de pulso.
GASPING AGÔNICO
• Não é respiração normal;
• Não há nenhum movimento torácico ou movimentos assimétricos.
• Não é possível sentir ou ouvir o ar movimentando-se através do nariz ou boca.
• Normalmente paciente possui inspiração muito rápida;
• A pele do paciente fica cianótica ou pálida.
• Paciente pode abrir a boca e mexer a mandíbula, a cabeça ou o pescoço;
• Pode soar como um resfôlego, ronco ou gemido;
• Há batimentos de asas do nariz, especialmente em crianças.
• Em paciente que não responde, é sinal de PCR.
PROCEDIMENTOS PARA UMA RCP DE ALTA QUALIDADE
Frequência de compressão mínima de 100 a
120/minuto;
• Profundidade de compressão:
- Adulto: mínima de 5 cm e máxima de 6 cm;
- Criança: cerca de 5 cm;
- Bebês: cerca de 4 cm.
• Retorno total do tórax após cada compressão;
• Não se apoie no tórax a cada compressão;
• Minimização das interrupções nas compressões
torácicas – até 10s;
• Ventilação adequada provocando elevação do tórax.
Diretrizes da AHA - 2017
Adulto
• 30 compressões seguidas de 02 ventilações – 01 ou 02 socorristas;
• Compressões contínuas com ventilação a cada 6 segundos (cerca 10 incursões por minuto).
Criança e Lactente
• 30 compressões seguidas de 02 ventilações - 01 socorrista;
• 15 compressões seguidas de 02 ventilações - 02 socorristas.
VENTILAÇÃO DE RESGATE
Adulto: uma ventilação a cada 5 a 6 segundos.
Criança e lactente: uma ventilação a cada 3 a 5 segundos.
PROCEDIMENTOS DA RCP
• Verifique a segurança do local;
• Reconhecer a PCR:
 Verifique se a vitima responde - AVDI;
 Verifique respiração - normal ou gasping?
 Verifique pulso durante 10 segundos
• Acionar o SEM;
• Posicionar a vitima adequadamente (decúbito dorsal);
• Posiciona-se ao lado da vitima;
• Localizar o ponto para iniciar as compressões torácicas;
• Posicionar adequadamente as mãos e o corpo e iniciar a
RCP (sequência C-A-B);
• Avaliar a respiração e pulso a cada 2 minutos ou 5 ciclos.
A RCP deverá continuar até que:
• Ocorra o retorno da respiração e circulação;
• Pessoal mais capacitado chegar ao local da ocorrência;
• O socorrista está completamente exausto e não
consegue mais realizar as manobras de RCP.
PARADA RESPIRATÓRIA
Supressão súbita e inesperada da frequência ventilatória.
CAUSAS: OVACE, Inconsciência, Afogamento, Traumas.
OVACE
É a obstrução súbita das VA superiores causada por corpo estranho.
CAUSAS: Inconsciência; Trauma direto sobre as vias aéreas; Queimadura das vias aéreas; Corpos estranhos.
OBSTRUÇÃO PARCIAL DAS VIAS AEREAS 
Sinais: Boa Troca de ar; Capaz de tossir de maneira forçada; Pode sibilar entre as tosses.
Ações do Socorrista
• Desde que continue a boa troca de ar, incentive a vítima a continua tossindo;
• Não interfira nas tentativas da vítima expelir o corpo estranho, mas permaneça ao seu lado e monitore sua condição;
• Se obstrução parcial persistir, acione o SEM.
OBSTRUÇÃO COMPLETA DAS VIAS AEREAS 
Sinais: Troca de ar deficiente ou ausente; Tosse fraca e ineficaz ou incapaz de tossir; Ruídos agudos durante a inspiração ou ausência de ruídos; Possível cianose; Incapaz de falar; Segura o pescoço, sinal universal de asfixia.
Ações do socorrista
• Pergunte a vítima se ela está engasgada. Se ela acenar que sim e não puder falar, você deverá tentar aliviar a obstrução.
MANOBRA DE COMPRESSÃO SUBDIAFRAGMÁTICA/ HEIMLLICH
• Força uma tosse artificial capaz de expelir o corpo estranho;
• Pode ser realizada com a vítima em pé ou deitada;
• Atenção para lactentes, grávidas e pessoas excessivamente obesas.

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