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Resumo PPR 1 prova (Ruth)

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1 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
PPR- Prótese parcial 
removível 
Conceito 
É um aparelho protético que substitui os um ou mais dentes dentes e estruturas associadas 
perdidas, em arcadas nas quais ainda permanecem alguns dentes naturais. É chamada de 
removível porque pode ser retirada pelo paciente no momento que desejar, para higienizar. 
Embora seja seguramente encaixada à boca por meio de grampos e apoios que enlaçam os 
dentes naturais adjacentes e, ainda, por meio do apoio da gengiva. 
Objetivos 
 Eliminação da doença; 
 Preservação, restauração e manutenção dos dentes e tecidos remanescentes; 
 Reposição seletiva dos dentes perdidos para recuperar função, estética e conforto. 
Indicações 
 Pacientes com extremidades livres uni ou bilaterais; 
 Espaços protéticos múltiplos; 
 Grandes espaços protéticos; 
 Prótese anterior com reabsorção óssea extensa; 
 Prótese temporária e orientadora nas reabilitações complexas; 
 Como ferulização ou meio de contenção de dentes com mobilidade; 
 Como auxiliar nas contenções de fraturas maxilares; 
 Em paciente com fissuras palatinas; 
 Odontopediatria; 
 Paciente com higienização adequada. 
Contra Indicações 
 Baixa resistência a cárie e doença periodontal 
 Xerostomia 
 Microbiota especifica alta 
 Saliva com pequeno efeito tampão 
 Falta de coordenação motora 
Diagnostico em PPR 
Individualidade dos pacientes 
Os pacientes possuem semelhanças, ex. a classificação. Mas cada um tem suas 
singularidades. É com a anamnese e exame clinico diagnostico que determinamos a 
individualidade cada um. 
Anamnese 
 
 2 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
1. Queixa principal e história dela (sintomas clínicos dolorosos, dificuldades funcionais, 
preocupação com a aparência, problemas com a prótese já existente); 
2. História medica; 
3. História dental, especialmente relacionada a experiências protéticas anteriores; 
4. Expectativa do paciente. 
Diagnostico 
Exame intraoral 
Analise do modelo no articulador 
Analise do modelo no delineador 
Analise radiográfica 
 
Exame intraoral 
1. Índice de cárie 
2. Índice de higiene oral 
3. Coincidência entre OC e RC 
4. Freios interferentes no conforto e adaptação 
5. Saliva 
6. Linha oblíqua interna 
7. Tuberosidade 
8. Osso alveolar 
9. Tórus 
Análise do modelo na articulação 
1. Espaço intermaxilar 
2. Plano oclusal recuperável 
3. Espaço interoclusal para apoios e passagens dos grampos 
4. Diferenças entre modelo e exame intra-oral 
Análise do modelo no delineador 
1. Quais os dentes suportes 
2. Adequada localização e retenção de dentes suportes 
3. Planos guias e alterações anatômicas 
Análise radiológica/imagem 
1. Relação coroa/raiz 
2. Qualidade de suporte ósseo 
 Além de localizar áreas de infecção e outras patologias que podem estar presentes; revelar a 
presença de fragmentos radiculares, corpos estranhos, espículas ósseas e cristas de formação 
irregular; revelar a presença e a extensão de cáries e a relação dessas lesões cariosas com a 
polpa e o ligamento periodontal; possibilitar a avaliação de restaurações existentes para evidenciar 
cáries recorrentes, infiltração marginal e excessos nas margens gengivais; revelar a presença de 
obturações endodônticas e permitir sua avaliação e prognóstico (o desenho da prótese parcial 
removível pode depender da decisão de manter ou extrair um dente tratado endodonticamente); 
 
 3 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
possibilitar a avaliação das condições periodontais presentes e estabelecer necessidades e 
possibilidades de tratamento; e avaliar o suporte alveolar dos dentes pilares, seu número, 
morfologia. 
Tratamento 
1. Anamnese e exame clinico diagnostico; 
2. Plano de tratamento que gerencie demandas e necessidades; 
3. Execução da sequência apropriada do tratamento planejado; 
4. Proservação. 
Componentes de uma PPR 
Retentores Diretos 
 Indiretos 
 Extracoronários ou grampos Circunferenciais 
 Por ação de ponta 
 Intracoronários, encaixe ou attachment 
Sela 
Apoio Diretos 
 Indiretos 
 Oclusal 
 Cíngulo 
 Incisal 
Conectores maiores 
Conectores menores 
Dentes e gengiva artificiais 
Retentores 
Retentores são os elementos da PPR que impedem o deslocamento da prótese no sentido 
gengivo-oclusal. As principais forças que atuam no sentido desse deslocamento são a gravidade 
(para arcada superior), ação muscular, mastigação de alimentos duros e pegajosos, deglutição e 
fonação. Podem ser diretos ou indiretos, se contíguos ou distantes do espaço protético. Podemos 
obter retenção com retentor extra-coronário (grampos) ou com retentor intra-coronário 
(atachments/encaixes). 
Grampos 
Um retentor é composto de um apoio (fixação e suporte), um braço de retenção (retenção 
direta), um braço de oposição (reciprocidade e estabilidade) e um corpo do grampo (elemento de 
união). Podem ser circunferenciais partindo do apoio oclusal, na direção ocluso-gengival. 
 
 4 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
Indicadas para próteses dento-suportadas. Ou por ação de ponta partindo diretamente da sela, na 
direção gengivo-oclusal. Indicadas para próteses muco-suportadas. 
Grampos circunferências ou braçadeiras 
Esses grampos realizam a retenção graças a resistência à deformação elástica oferecida 
pelo seu braço de retenção. Para vencer essa resistência há a necessidade de uma força de 
grandeza igual ao grau da retenção propiciado pelo grampo. Esta força determinará uma pequena 
flexão do braço em questão. Daí considerar-se que o efeito retentivo dos grampos circunferências 
se dá por flexão. 
Grampos de ação de ponta ou a barra 
Sua denominação decorre primeiro pelo fato de estabelecerem o contato com o dente 
suporte somente através de sua ponta, segundo porque, a exemplo das barras têm um percurso 
tangenciando a fibromucosa. A retenção desses grampos se efetiva pela torção de um dos seus 
segmentos. Daí considerar-se que o efeito retentivo dos grampos de ação de ponta se dá por 
torção. 
Selas 
Podem ser metálica, plástica ou metaloplástica. É o elemento que suporta os dentes 
artificiais à grade metálica e restabelece o volume do osso alveolar reabsorvido. Nos casos de 
próteses dento-muco-suportadas a sela transmite força mastigatória à mucosa e o osso alveolar. 
Apoios 
São elementos que apoiam-se sobre uma superfície dentária e proporcionam suporte vertical para 
uma PPR, impedindo que prótese desloque-se no sentido ocluso-gengival. Os apoios podem ser 
diretos (quando adjacentes ao espaço protético) ou indiretos (distantes do espaço protético, 
normalmente para proporcionar retenção indireta ou estabilidade). Devem ser apoiados em dentes 
preparados para que a sua espessura não cause interferência oclusal e que não fique apoiado 
sobre estrutura em um plano inclinado, que neste caso poderá transmitir forças não axiais ao 
dente, levando a traumae mobilidade desse pilar. Tipos dos apoios: Oclusal: para molares ou pré-
molares, podem ser simples, duplos ou germinados. Cíngulo: caninos. Incisal: dentes anteriores. 
Conectores Maiores 
São os componentes que ligam outros elementos de um lado do arco dental ao outro, 
auxiliando no suporte e estabilização da PPR, garantindo a eficiência dos demais componentes. 
Conectores Menores 
São os elementos da PPR que unem o conector maior e a base com as demais partes. 
Transferem as forças funcionais aos dentes pilares e ao mesmo tempo transferem o efeito dos 
retentores e apoios ao restante da PPR. Tem a função de estabilizar a prótese, e de guia-la durante 
sua inserção e remoção. 
Dentes Artificiais 
Pode ser em resina, porcelana, resina com superfície oclusal metálica. 
Propriedade de passividade de uma PPR 
 
 5 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
O princípio fundamental de um retentor orienta-nos que, estando o grampo assentado sobre 
o pilar, deve ter comportamento passivo, e só exercer esforço quando for solicitado frente às forças 
de deslocamento do sistema estomatognático ou nos atos de colocação e remoção da prótese. 
Quando a prótese estiver assentada não deve exercer força sobre o dente pilar. 
Processo de obtenção da PPR 
o Exame do paciente 
o Exames complementares 
o Modelos primários articulares 
o Definição do eixo de inserção/Delineamento 
o Projeto/Desenhos/Simulações 
o Intervenções clínicas 
o Modelo de trabalho 
o Desenho final crivado 
o Alívios em cera 
o Duplicação do modelo em revestimento 
o Enceramento/Inclusão 
o Fundição 
o Acabamento/Polimento 
o Prova de estrutura metálica/Registro de oclusão 
o Modelo de dentes/Acrilização 
o Instalação 
Equador protético x equador dentário 
Equador – por analogia com o equador terrestre, é uma linha imaginaria que corresponde a 
maior circunferência da coroa; 
Equador dentário – é o maior contorno de cada dente considerado individualmente; 
Equador protético – é o equador em relação a todos os dentes, considerando o mesmo eixo 
de inserção e as diferentes inclinações dos dentes entre si. 
Obs. O que está acima do equador é área expulsiva, o que está abaixo é área retentiva. 
Delineadores 
Conceito 
O delineador é definido como “um instrumento utilizado para determinar o paralelismo 
relativo de duas ou mais superfícies de dentes e outras partes do modelo de uma arcada dentária. 
Seus uso é fundamental tanto no estudo como na execução de PPR a grampo e encaixe. Em 
ambos os casos além de orientar as fases clínicas correspondentes ao preparo da boca, ele 
proporciona condições para correta execução das fases de laboratório. 
Tipos de delineadores 
Existem vários tipos, desde os mais sofisticados até os mais simples. Dos americanos, o 
mais conhecido e usado é o Delineador de Ney, cuja simplicidade de manejo o coloca entre os 
 
 6 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
mais didáticos, tanto para o ensino quanto para o exercício de rotina da odontologia clínica. Entre 
os nacionais podem ser citados o da Bio-Art e o DFL. O da Bio-Art é bastante versátil dado os 
recursos que lhe são acrescentados pelos inúmeros acessórios que podem acompanha-lo. 
Partes constituintes 
1. Delineador propriamente dito ou corpo 
a. Plataforma ou base do aparelho 
b. Haste vertical fixa (extensível ou não) 
c. Braço horizontal (fixo ou móvel) 
d. Haste cursor ou haste vertical móvel 
e. Mandril. 
2. Porta-modelos ou mesa analisadora 
a. Base 
b. Trava da junta universal 
c. Junta universal, 
d. Mesa porta modelos com garras 
e. Parafuso das garras 
3. Acessórios 
a. Ponta analisadora - Usada na fase preliminar de trabalho, momento que se analisa o 
paralelismo relativo das superfícies dos dentes suporte entre si, em busca da posição 
mais favorável para o modelo em relação a haste vertical móvel do delineador. Uma 
vez estabelecida esta posição ela deverá ser registrada sobre o modelo. Esse registro 
corresponde ao plano de inserção da prótese, a ser estudado oportunamente. 
b. Porta grafite - Usada para reter e proteger o grafite durante o traçado das linhas 
equatoriais dos dentes suporte. 
c. Calibradores de retenção - Usadas para para a determinação da quantidade de 
retenção para cada grampo do aparelho parcial removível em função da retentividade 
oferecida pelos diferentes suportes. Essas condições de suporte decorrem 
naturalmente da forma da coroa e de seu grau de inclinação na arcada. As pontas 
calibradoras são três: 0,25, 0,50 e 0,75 mm ou 0,1, 0,2 e 0,3 centésimos de polegada. 
As medidas se referem a largura da pequena aba existente na extremidade da ponta 
calibradora. Usamos a de 0,25 para ligas de Co-Cr, 0,50 para Au e 0,75 para Ti. 
d. Facas e cinzéis - São pontas cortantes destinadas aos seguintes trabalhos: reduções 
necessárias ao preparo dos planos guia e a adequação das linhas equatoriais sobre o 
modelo para diagnostico; reduções nos padrões de cera de coroas ou de elementos 
fixos com vista de adequá-los aos grampos que serão aplicados sobre eles; recorte de 
cera em regiões de alivio do modelo de trabalho correspondentes aos “ângulos mortos” 
antes da sua duplicação em revestimento 
e. Dispositivo paralelizador - é um acessório usado para trabalhos de fresagem de 
peças protéticas. Por intermédio dele é possível fixar firmemente um instrumento 
rotatório, peça de mão de laboratório, a haste vertical móvel do delineador para o 
acabamento de superfícies cujo paralelismo tenha sido preliminarmente estabelecido 
da etapa de ceroplastia, seja retentores fixos seja do elemento fêmea individual dos 
 
 
 
 7 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
encaixes. Este simples dispositivo torna possível a realização eficiente de trabalhos de 
laboratório que só eram exequíveis com o emprego de maquinas fresadoras. 
Funções do delineador 
É empregado em várias etapas da construção de uma PPR, desde a fase inicial (análise do 
modelo de estudo) até os mais complexos trabalhos de fresagem ou construção de encaixes para 
as PPRs. Podem ser listadas as seguintes aplicações: 
1. Analise preliminar do modelo de estudo, escolha da técnica mais conveniente à determinação 
da via e do plano de inserção; 
2. Determinação da via ou eixo de inserção e registro do plano de inserção; 
3. Preparo do modelo para diagnóstico ( planos guia, adequação de linhas equatoriais, preparo 
dos suportes para peças unitárias e próteses fixas que irão se relacionar com o aparelho 
removível; 
4. Preparo dos planos-guias e adequação do contorno axial das coroas de ceroplastia; 
5. Construção de partes fêmeas dos encaixes individuais; 
6. Posicionamento das partes fêmeas dos encaixes pré-fabricados ou attachments ao retentor 
unitário ou elementos da PPR; 
7. Realização de fresagens sobre superfícies metálicas ou de porcelana; 
8. Recorte do excesso de cera nas regiões de alivio do modelo de trabalho (ângulos mortos). 
Técnicas de delineamento 
Princípio de funcionamento 
 A haste vertical do delineador é perpendicular à sua plataforma. “ Todas as perpendiculares 
a um mesmo plano são paralelas entre si”. 
Todas as partes que compõe uma PPR são rígidas, e nãodevem sofrer nenhum tipo de 
flexão no ato de inserção e retirada da prótese. Apenas a “ponta ativa” do braço de retenção do 
grampo permite uma pequena deformação elástica durante a inserção e retirada. 
Todas as partes que compõe uma PPR devem descrever no momento da inserção da 
prótese trajetórias rigorosamente paralelas entre si até o assentamento final dos grampos sobre o 
dente suporte. Isso aconteceria de maneira pacifica se as superfícies dos dentes suportes fossem 
paralelas entre si. Mas na realidade as superfícies axiais dos dentes são convexas e tem seu grau 
de inclinação na arcada. Ou seja, as superfícies dos dentes suportes são divergentes o que 
significa áreas de interferência ao livre assentamento da prótese. 
É possível medir a grandeza dessas divergências no delineador. E estudar sobre o modelo 
de gesso a viabilidade de execução de reduções nas superfícies divergentes, de maneira a 
estabelecer um paralelismo aceitável entre elas para construir uma PPR. Essas reduções depois 
serão feitas na boca no dente suporte. 
Plano de inserção e via ou eixo de inserção 
Quando o modelo está na mesa analisadora, na posição idealmente escolhida durante a 
análise das superfícies dos diferentes suportes, a haste vertical móvel do delineador estará em 
 
 8 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
paralelismo com as trajetórias de entrada e saída de todas as partes do aparelho removível a ser 
construído. Ela fornece, portanto, a direção de entrada e saída deste aparelho na arcada dentaria. 
Essa direção é chamada de via de inserção ou eixo ou trajetória de inserção. 
Via de inserção pode ser definida como o percurso realizado pelo aparelho parcial 
removível desde o momento do seu contato inicial om o dente suporte até seu assentamento final 
na arcada. É uma direção única tanto para inserção como para retirada. Nesse percurso as partes 
constituintes da prótese descrevem trajetórias paralelas a haste vertical móvel do delineador e 
consequentemente paralelas entre si. 
Com o modelo nessa posição, considerada ideal para a inserção da prótese, em decorrência 
da análise das superfícies dos dentes do suporte quanto as suas divergências, pode se registrar 
sobre ele um plano, paralelo a plataforma do delineador. Esse é o plano de inserção. Ele 
representa uma guia de referência que vai permitir a recolocação do modelo no delineador quantas 
vezes forem necessárias na exata posição estabelecida inicialmente com a mais propicia. Assim 
há uma relação de perpendicularidade entre plano de inserção e eixo de inserção, da mesma 
forma que há entre a haste vertical móvel e a plataforma 
Determinação do eixo de inserção do plano de inserção 
É o primeiro passo no planejamento de uma PPR, seja ela a grampo ou por encaixe. 
Como a via de inserção e o plano de inserção são perpendiculares, quando determinamos 
um, automaticamente já determinamos o outro. 
Existem casos que tanto faz estabelecer um ou outro primeiro. Na maioria dos casos é 
possível registrar primeiro o plano de inserção. Mas há casos que nos obrigam a estabelecer 
primeiro a via de inserção para depois registrar o plano de inserção. 
Técnicas para determinar eixo de inserção/plano de 
inserção 
 Técnica dos 3 pontos ou Roach 
 
 
 Técnica das bissetrizes ou Roth 
 Da conveniência 
 
Técnica dos 3 pontos ou Roach 
 É uma técnica simples e relativamente precisa, podendo ser usada na maioria dos 
desdentados parciais. 
 Segundo esta técnica deve-se marcar sobre o modelo três pontos, que formem entre si 
um triangulo, aproximadamente equilátero. Dois pontos são marcados na região posterior do 
modelo e o terceiro na região anterior. 
 As marcas posteriores são determinadas na crista marginal mesial dos suportes distais. 
Devem situar-se uma em cada hemiarco, e se possível em posições simétricas, isto é, se 
marcamos um ponto na crista marginal mesial do segundo molar direito, marcaremos o outro na 
crista marginal mesial do segundo molar esquerdo. 
 A marca anterior deverá ser na linha media, entre os incisivos centrais. Na arcada superior 
será no local onde os incisivos centrais inferiores contatam os incisivos centrais superiores, 
normalmente entre o terço incisal e médio. Mas pode ser sobre a superfície incisal, na mordida 
Determina primeiro o plano de inserção para 
posterior verificação da via de inserção 
Determina primeiro a via de inserção para depois 
registrar o plano de inserção 
 
 9 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
topo a topo. Ou em qualquer altura da superfície palatina, dependendo do grau de trespassamento. 
Na arcada inferior a marca será sempre nas bordas incisais dos incisivos centrais. 
 Na ausência dos dentes que deveriam receber essas marcas, em geral colocamos um 
rolete de cera no local do dente ausente e estabelece a oclusão. Mas tem que observar se não 
existe excessiva extrusão do oponente, nessa situação será necessária alguma correção. A 
impressão do oponente sobre o rolete de cera fornecerá condições de localizar o ponto em 
questão. Isso pode ser feito tanto para região posterior como anterior. Na ausência também do 
oponente damos ao rolete uma altura arbitraria, orientada pelos dentes remanescentes na arcada. 
Os pontos marcados sobre os dentes são “pontos reais” os sobre cera são “pontos virtuais”. 
 
Técnica da bissetriz ou de Roth 
 Também chamada de técnica da bissetriz dos longos eixos, é mais complexa que a 
anterior. 
 Estabelece primeiro a via de inserção, levando em consideração o grau de inclinação 
dos dentes suporte através de seus longos eixos. Objetivando estabelecer a posição do modelo 
em duas direções: ântero-posterior e látero-lateral. 
 
Técnica da conveniência 
 Existem casos que as técnicas acima não são satisfatórias na determinação da trajetória 
de inserção do aparelho a ser construído. Por exemplo, as seguintes situações: 
a. Na construção de encaixes em que, obrigatoriamente a via de inserção obedece a direção 
das caixas preparadas nos dentes suporte; 
b. Regiões retentivas do rebordo residual, a serem recobertas pela base da prótese, que 
apresentam áreas de interferência a livre entrada e saída desta prótese. As técnicas de Roath 
e Roth não levam em consideração as retenções que ocorrem em zonas de tecido mole; 
c. Nos casos que remanesçam apenas os dentes do grupo anterior, de canino a canino, 
frequentemente conoides, especialmente na arcada inferior. Em tais casos a técnica de Roath, 
por exemplo, apresentaria uma falsa linha equatorial protética e uma área retentiva que na 
verdade não existem; 
d. Em casos de inclinações excessivas e desordenadas dos dentes suporte; 
e. Em casos de excessiva inclinação para vestibular dos suportes do grupo anterior, que 
assim apresentam suas superfícies acentuadamente divergentes em relação aos posteriores. 
 Por essa técnica são analisadas todas as áreas do modelo que deverão se relacionar com 
o aparelho a ser construído. Assim tanto zonas de tecido duro como de tecido mole são estudadas 
em seu paralelismo relativo até que possa estabelecer uma via de inserção mais compatível com 
os acidentes anatômicos do caso e que represente menor grau de interferência a colocação e a 
retirada do aparelho sem prejuízo a retenção e estabilidade. 
 Na realidade procura-se a via de inserção que mais convenha as peculiaridades 
anatômicas do caso cortejando os fatores positivos e negativos que apresenta até chegar a uma 
posição media do modelo onde fatoresnegativos possam ser minimizados sem prejuízo dos 
fatores considerados positivos, no caso o melhor aproveitamento das zonas de retenção. 
 Tao logo se estabeleça a posição mais conveniente o plano de inserção deve ser 
registrado sobre o modelo através de três pontos. O posicionamento do modelo no porta modelo 
sempre na mesma posição pode ser assegurado pela fixação de um pino vertical paralelo a haste 
vertical móvel do delineador em qualquer região do modelo que não venha a interferir com o 
desenho a ser executado sobre ele. 
Classificação de kennedy 
 
 
10 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
 
Várias classificações de arcadas parcialmente desdentadas têm sido propostas e estão 
sendo utilizadas. Esta variedade tem levado a algumas confusões e discordâncias sobre qual 
classificação descreve melhor todas as possíveis configurações e deve ser adotada. Hoje, o 
método de Kennedy é provavelmente a classificação mais amplamente aceita de arcadas 
parcialmente desdentadas. 
Requisitos de um método de classificação aceitável 
A classificação das arcadas parcialmente desdentadas deveria satisfazer os seguintes 
requisitos: 1. Possibilitar uma visualização imediata do tipo de arcada parcialmente desdentada 
que está sendo considerada. 2. Possibilitar a diferenciação imediata entre a prótese 
dentossuportada e dentomucosossuportada. 3. Ser universalmente aceita. 
Classificação De Kennedy 
O método de classificação de Kennedy foi originalmente proposto pelo Dr. Edward Kennedy 
em 1925. Ele tenta classificar as arcadas parcialmente desdentadas de um modo que sugere 
certos princípios de desenho da prótese para uma dada situação. 
Kennedy dividiu todas as arcadas parcialmente desdentadas em quatro classes básicas. 
Áreas desdentadas que não aquelas que determinam as classes básicas foram designadas como 
espaços de modificação. 
Uma das principais vantagens do método de Kennedy é que ele favorece a visualização 
imediata da arcada parcialmente desdentada e possibilita uma fácil distinção entre a prótese 
dentossuportada e a dentomucosossuportada. 
 
Classe I 
Área desdentada bilateral localizada 
posteriormente aos dentes naturais. 
 
Classe II 
Uma área desdentada unilateral localizada 
posteriormente aos dentes naturais. 
 
 
Classe III 
Uma área desdentada unilateral com dentes 
naturais remanescentes tanto posterior como 
anterior a eles (intercalar). 
 
Classe IV 
Uma área desdentada única, mas bilateral 
(cruzando a linha média), localizada anterior 
aos dentes naturais remanescentes. 
 
Suporte x classificação da prótese 
 Classe I e II – dentomucossuportadas 
 Classe III e IV – dentossuportada 
Regras de Applegate para a aplicação da classificação de 
Kennedy 
A classificação de Kennedy seria difícil de aplicar em todas as situações sem certas regras de 
aplicação. Applegate forneceu oito regras que controlam a aplicação do método de Kennedy. 
 
 
 
11 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
Regra 1: A classificação deve ser feita após quaisquer extrações de dentes que possam alterar 
a classificação original. 
Regra 2: Se um terceiro molar está faltando e não é para ser substituído, ele não é considerado 
na classificação. 
Regra 3: Se um terceiro molar está presente e será utilizado como suporte, ele é considerado 
na classificação. 
Regra 4: Se um segundo molar está ausente e não será substituído, ele não é considerado na 
classificação (p. ex., se o segundo molar oposto também está ausente e não vai ser substituído). 
Regra 5: A área desdentada mais posterior (ou áreas) sempre determina a classificação. 
Regra 6: Áreas desdentadas com exceção daquelas que determinam a classificação são 
denominadas modificações e são designadas por seu número. 
Regra 7: A extensão da modificação não é considerada, apenas o número de áreas 
desdentadas adicionais. 
Regra 8: Áreas de modificação não podem ser incluídas nas arcadas Classe IV. (Outras áreas 
desdentadas que se encontram posterior às únicas áreas bilaterais cruzando a linha média 
determinam a classificação; veja Regra 5.) 
 
 
 
Princípios biomecânicos 
Biomecânica 
A. Cl IV B. Cl II Modificação 2 C. Cl I Modificação 1 D. Cl III Modificação 3 E. Cl III Modificação 1 F. Cl III Modificação 
1 G. Cl IV H. Cl II I. Cl III Modificação 5 
 
 
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Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
Bio= vida. Mecânica= estudo dos movimentos. Biomecanica= estuda as reações de 
fenomenos fenômenos mecânicos sobre os organismos vivos. 
Em PPR, a biomecânica leva em consideração a forma como os esforços mecânicos são 
transmitidos as próteses e recebidos pelos tecidos biológicos (dente e fibromucosa). 
As próteses podem fazer algum movimentos ou tendem a fazer alguns movimentos, 
movimentos esses prejudiciais as estruturas. Nosso planejamento em PPR visa diminuir ao 
máximo esses movimentos. E para isso precisamos saber bem 3 conceitos: retenção, suporte e 
estabilidade (princípios de roach). 
No planejamento de PPR, alguns conceitos biomecânicos devem ser considerados para 
evitar fatores como formação de alavancas em torno do fulcro, planos inclinados, contatos oclusais 
prematuros nos dentes de suporte e reabsorção óssea no rebordo residual, fatores esses que 
podem ser desfavoráveis ao sucesso do tratamento. 
Classificação biomecânica - Vias de transmissão das 
cargas mastigatórias 
Leva em consideração as maneiras pelas quais os elementos suportes transmitem a força 
mastigatória ao osso alveolar, através dos dentes suporte e ou rebordo residual. As próteses 
devem receber a força mastigatória e transmiti-la ao osso alveolar. 
Segundo a biomecânica podemos dividir as PPRs em duas classes principais: 
dentossuportada e dentomucossuportada. A força mecânica é diferente em cada uma delas, 
portanto também difere no planejamento, em particular nos tipos de grampos. 
 Dentossuportada, é quando a força mastigatória que incide sobre os dentes artificiais, é 
transmitida ao osso alveolar somente através dos dentes remanescentes. A força mastigatória é 
transmitida aos dentes através dos apoios oclusais. O rebordo residual não participa do sistema 
de suporte para estas próteses. Essas próteses não tem movimento sobre seu próprio eixo, por 
isso dizemos que sofrem uma rotação virtual. 
 Dentomucossuportada ou de extremidade livre, é quando a força mastigatória que 
incide sobre os dentes artificiais é transmitida aos dentes suportes através dos apoios oclusais e 
à fibromucosa. Podem ser bilaterais, nos casos de classe I ou unilaterais nos casos de classe II. 
A força mastigatória é transmitida em sua maior parte para o rebordo residual através da sela. 
Como resultado, essas próteses se movimentam ou rotacionam sobre seu próprio eixo. A rotação 
vai ficar cada vez mais exarcerbada pelo tamanho do espaço protético e grau de reabsorção 
óssea. 
A implicação clínica é que, o dente pilar tem ligamento periodontal para receber as forças e 
dissipar ela para o osso. Enquanto na fibromucosa não temos isso, logo as forças (compressão) 
são passadas diretamente para o osso, o que pode levar a reabsorção óssea. 
Princípios básicos de Roach: retenção, suporte, 
estabilidade e reciprocidade.13 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
Retenção 
O princípio de retenção é caracterizado pela resistência da prótese ao deslocamento no 
sentido vertical gengivo-oclusal. Os principais fatores que atuam no sentido desse deslocamento 
são a força da gravidade, a ação muscular, a mastigação de alimentos pegajosos, a deglutição e 
a fonação. 
Modalidades de retenção: 
 Fisiológica – equilíbrio dinâmico entre prótese e musculatura do paciente; 
 Física – presente entre a sela e a fribromucosa. Por meio da adesão, coesão, pressão 
atmosférica e tensão superficial. Adesão, atração física entre estruturas diferentes (mucosa, saliva 
e sela), a película de saliva entre a sela e a mucosa é muito importante para a retenção. Coesão, 
atração física entre moléculas de uma mesma substancia (saliva), por isso a qualidade de saliva 
do paciente é importante para a retenção. Quanto mais parecida a PPR for de uma PT mais esses 
elementos terão influencia. 
 Mecânica – os elementos responsáveis pela retenção mecânica de uma PPR podem ser 
retentores diretos ou indiretos, quando próximos ou distantes do espaço protético, 
respectivamente. Nesse sentido, o grampo de retenção com sua ponta ativa flexível (braço de 
retenção) é o responsável pela retenção direta quando se encontra adjacente a espaços 
edêntulos. Já o retentor indireto corresponde a um componente de estrutura metálica que é 
posicionado no dente mais distante possível da linha de fulcro (apoio) imaginária que passa 
pelos retentores diretos principais. Esses elementos têm como função principal melhorar a 
estabilidade da PPR, além de serem capazes de aprimorar o suporte e a retenção da mesma. 
Dependendo da necessidade do caso, o retentor indireto pode ser representado por um apoio 
oclusal, por retentores ou pelos conectores maiores mandibulares, como a placa lingual. 
Fixação ou suporte 
O princípio de suporte refere-se à propriedade da PPR de resistir ao deslocamento vertical 
no sentido ocluso-gengival. Ao impedir o deslocamento nesse sentido impedimos que ocorram 
traumas na gengiva ou fibromucosa. 
Sistemas de suporte ou de sustentação de uma PPR: 
 Mecânico: apoios, encaixes, superfície basal da sela, conector maior (os sistemas 
mecânicos fazem parte da própria PPR); 
 Biológico: dentes pilares, ligamento periodontal, fibromucosa e osso alveolar (os 
sistemas biológicos fazem parte da pessoa que usa a PPR). 
Os apoios oclusais são os principais elementos que conferem o suporte necessário para 
impedir o deslocamento da PPR durante a mastigação de alimentos consistentes. Para que 
os apoios oclusais possam proporcionar à PPR desempenho biomecânico favorável, devem 
ser confeccionados com forma e contorno adequados a fim de garantir que a transmissão de 
forças seja paralela ao longo eixo dos dentes pilares. Desta forma, os nichos ou descansos 
oclusais devem ser confeccionados de forma a evitar o surgimento de planos inclinados e 
contatos prematuros. Ao exercer sua função o apoio transmite as forças para os dentes 
pilares, é justamente essa transmissão que chamamos de suporte. A base da prótese também 
impede esse movimento, mas ela transmite as forças para fibromucosa. O suporte de uma 
prótese dentossuportada é diferente de uma dentomucossuportada. 
1. Dentes remanescentes 
 
 
14 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
Os dentes remanescentes precisam ser avaliados por dois aspectos: qualitativo e 
quantitativo. 
Sob o aspecto qualitativo vamos analisar: 
 Integridade ou higidez da coroa e raiz 
 Forma coronária e radicular; 
 Posição coronária e radicular (grau de inclinação). 
Obs. Perguntas que devemos fazer quando estamos analisando um dente pilar. Quem dissipa 
melhor uma força: Um terceiro molar com três raízes ou um incisivo com uma raiz? O molar porque 
tem uma maior superfície com ligamento periodontal para neutralizar as forças. Um molar com 
duas raízes separadas ou um molar com raízes fusionadas? O com raízes separadas. Um canino 
ou incisivo lateral? O canino, porque o comprimento da raiz é maior. Entre outros questionamentos. 
Os dentes que proporcionam melhor ancoragem normalmente são molares e caninos. 
Sob o aspecto qualitativo vamos analisar: A quantidade e distribuição dos dentes pilares. 
 Puntiforme – só um dente, é uma prótese que vai se movimentar bastante, terá 
pouquíssima estabilidade. Por causa disso ele é chamada de casa puntiforme. 
 Linear – dois ou mais dentes que formam uma linha, esta prótese vai se movimentar 
menos do que a do caso anterior, porém ainda vai se movimentar bastante. Terá bem menos 
movimento no sentido horizontal, mas bastante no sentido anteroposterior. 
 Superficial – dentes espaçados que permite formar uma figura geométrica. Quanto maior 
for o plano ligando os pilares e os apoios mais estabilidade terá prótese! 
Obs. Quantidade não quer dizer qualidade. A distribuição dos dentes é mais importante que a 
quantidade. Uma distribuição superficial tem melhor prognostico que uma linear. De toda forma o 
ideal é que o número de dentes para ancorar seja igual ou maior que o número de dentes para 
repor. 
Fatores que influenciam na magnitude das tensões transmitidas aos dentes pilares: 
comprimento do espaço edentulo, flexibilidade dos grampos, materiais utilizados na confecção dos 
grampos, características da superfície do dente pilar, harmonia oclusal. 
2. Tecidos periodontais 
Os tecidos periodontais são constituídos fundamentalmente por fibras principais colágenas 
e células (osteoblastos, cementoblastos, osteoclastos e fibroblastos) e substancias intercelulares. 
Segundo as direções que tomam ao longo da raiz as fibras são classificadas em gegivodentais, 
transeptais, crestodentais, horizontas, obliquas e apicais. As primeiras formam o periodonto de 
proteção porque formam um anel circundando a estrutura do dente e provendo um fechamento 
eficiente para proteger as demais, que por sua vez formam o periodonto de sustentação. Desses 
grupos o que apresenta o maior número de fibras são as obliquas dado o papel de transmissão 
das cargas que incidem sobre o dente ao tecido ósseo alveolar. É importante entender como as 
cargas são transmitidas ao tecido ósseo através do periodonto de sustentação. O tecido ósseo 
responde mal a cargas de compressão, com osteólise ou reabsorção. Por outro lado, convive 
de forma pacifica com carga de tração, o que estimula osteossintese ou aposição óssea. As 
fibras colágenas em sua função transformam as cargas de compressão em cargas de tração. Mas 
nem toda ela, apenas as axiais, ou seja, paralelas ou coincidentes com o longo eixo do dente. E 
quando perdemos algum dente as forças da mastigação deixam de ser neutralizadas pela ação 
reciproca de dentes oponentes entre si gerando componentes no sentido oblíquo e horizontal. Tais 
 
 
15 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
componentes tendem a provocar inclinação dos dentes adjacentes para o vazio. Essa nova 
posição propicia condições para que as forças não tenham mais uma direção axial. A maioria das 
forças que incidem sobre o dente pilar são obliquas ou horizontais, assim o dente tende a fazer 
uma alavanca na raiz, sofrendo compressão de um lado e tração do outro. Quando esse 
movimento esta dentro da fisiologia suportada pelo dente ótimo, mas quando ultrapassa o limite 
que ele consegue neutralizar começa a ter reabsorção óssea e o dente fica com mobilidade. 
3. Fibromucosa 
A participação da fibromucosa no suporte daPPR cresce de importância à medida em que 
vão escasseando os dentes de ambas as extremidades do arco, configurando casos de 
extremidade livre ou de alavanca posterior. Quanto maior o número de dentes faltantes em uma 
das extremidades do arco ou ambas, maior o trabalho da fibromucosa na sustentação do aparelho. 
De igual maneira faltando todos os dentes da bateria anterior, de primeiro pre a primeiro pre, passa 
a configurar casos de aparelhos dentomucossuportados, estes de alavanda anterior. 
O estudo da fibromucosa ganha relevância em decorrência da diferença de comportamento 
entre ela e os dentes suportes, em face da ação das cargas mastigatórias. O dente tem uma 
capacidade mínima de se movimentar dentro do alvéolo correspondente a um valor igual a 0,1mm 
em condições normais. Ao passo que a fibromucosa apresenta uma capacidade média de 
cedência de 1,3 mm. A depressibilidade da fibromucosa varia em diferentes pontos oscila entre 0 
a 2 ou 3 mm. Ela varia entre os maxilares e até entre regiões, porem a média é 1,3mm.Diante da 
discrepância desses valores não é preciso um grande esforço para entender a problemática das 
reabilitações bucais por meio de aparelhos que utilizas essas duas vias de suporte. 
Resiliência capacidade da fibromucosa de variar sua forma ao ser submetida a força de 
tração ou pressão. A capacidade de cedência. 
Constituição: epitélio e córion. O epitélio é formado por células cilíndricas, do tipo 
pavimentoso estratificado e recoberto por queratina. Essa queratina desempenha um papel 
importante na integridade da estrutura porque a torna resistente a agressões bacterianas, 
traumáticas químicas. Uma ação mecânica de qualquer intensidade desde que moderado estimula 
seu espessamento o que torna o epitélio mais resistente. Assim o uso de prótese cujo componente 
de suporte seja por via fibromucosa vai levando a um espessamento da camada de queratina em 
toda área recoberta pela base da prótese caracterizando o que vulgarmente é chamado de “calo”, 
esse espessamento permite um convívio mais pacifico com a prótese sem q a mastigação seja 
um incomodo. O córion é tecido conjuntivo fibroso firmemente aderido ao tecido ósseo, essa 
camada tecidual varia de espessura e dependendo dela temos fibromucosas duras ou flácidas. 
A variação da espessura da fibromucosa permite sua classificação na região dos 
rebordos residuais segundo o grau de resiliência como: 
a. Fibromucosa dura- apresenta-se firmemente aderida ao tecido ósseo e muito delgada, não 
é considerada bom suporte p PPR por quebrar-se facilmente ao ser comprimida pela base 
da prótese contra o osso subjacente. 
b. Compressível- apresenta-se firmemente aderida ao osso porem com maior espessura do 
que o anterior o que a torna mais compatível e adaptável ao funcionamento como suporte 
da prótese. 
c. Flácida- aderente ao osso porem muito espessa o que possibilita grandes movimentações 
da base sobre ela assentada durante a mastigação tornando mais agudo o problema 
biomecânico representado pelos aparelhos removíveis dentomucossuportados. Nesses 
casoss sempre será indicada uma cirurgia para eliminar ou diminuir o tecido flácido. 
 
 
16 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
4. Rebordo alveolar 
O rebordo alveolar residual resulta da cicatrização do processo alveolar após a perda dos 
dentes e do preenchimento do alvéolo com um tipo especial de esponjosa óssea. Ele é formado 
por uma crista, que é considerada a região principal de suporte da prótese e duas vertentes: 
uma vestibular e outra lingual ou palatina, consideradas regiões secundarias de suporte. As 
regiões principais de suporte vão neutralizar as forças que incidem perpendicularmente sobre ela, 
as cargas verticais. As regiões secundarias devem neutralizar as cargas horizontais ou obliquas. 
O valor qualitativo do rebordo como suporte depende da altura e largura do rebordo na região 
principal de suporte, 
Formas de rebordo de acordo com a secção no sentido vestíbulo lingual: 
a. Normal- tem formato de triangulo equilátero, boa altura e boa largura da região principal de 
suporte. É considerada a melhor forma de rebordo para suporte da prótese. 
b. Alta- tem formato de triangulo isósceles, no qual a base é menor. Nesse caso a região de 
suporte secundário é bem desenvolvida, porem a de suporte principal é estreita. Também 
é considerada uma boa forma de rebordo, porem inferior em relação ao anterior. 
c. Reabsorvida- também em formato de triangulo isósceles, no qual a base é maior. Nesse 
caso tanto a região principal como a secundarias tem valor pobre de suporte. Este tipo de 
suporte exigirá o uso de recursos ligados aos dentes remanescente, para minimizar o efeito 
das cargas vertcais e horizontais que serão exercidas cobre a sela. 
d. Estrangulada- não dá para comparar com alguma figura geométrica. Apresenta uma área 
de maior amplitude junto a crista, e uma região subjacente retentiva, com estrangulamento. 
Para tornar aceitável esse tipo de rebordo impõe-se necessidade de cirurgia pré protética 
para eliminar essa área retentiva. 
e. Em lâmina de faca- não dá para ser representada por figuras geométricas. Tratasse de um 
rebordo acentuadamente reabsorvido, onde a crista é uma aresta que pode ser detectada 
na palpação. É um rebordo problemático para suporte em prótese, precisando de cirurgia 
pré protética para promover arredondamento da crista. Nos casos que essa lamina é menos 
perceptível podemos tentar um alivio na base, ao longo da área correspondente a crista do 
rebordo. 
Classificação de acordo com o perfil da sua região principal de suporte (crista) 
considerando no sentido anteroposterior e em relação ao ângulo formado por esse perfil e 
a face distal do dente contiguo ao espaço protético (Elbrecht 1937) 
a. Horizontal- a linha que representa o perfil é considerada horizontal em relação a face distal 
do dente contiguo ao espaço protético. 
b. Descendente- é quando a linha desce para a distal quando a referência é a face distal do 
dente contiguo. 
c. Ascendente-é quando a linha sobe para a distal em relação ao mesmo referencial, ou seja, 
a face distal do dente anterior. 
d. Descendente-ascendente ou côncava- é quando a linha inicialmente desce para distal 
depois sobe. 
 A forma horizontal seria a melhor forma de rebordo residual porque facilitaria uma 
distribuição equânime das cargas mastigatórias sobre o rebordo. A forma descendente facilitaria 
uma decomposição de forças cuja resultante tracionaria a prótese para distal e sobrecarregaria o 
dente suporte. A ascendente facilitaria uma resultante que tracionaria a base da sela para mesial, 
o que seria neutralizado pelo remanescente, dessa maneira é uma forma favorável de rebordo. Os 
 
 
17 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
côncavos são desfavoráveis porque as cargas que incidissem pela mesial tracionariam a base da 
prótese para distal e vice versa, durante o ato mastigatório a base ficaria à mercê de força ora 
distal ora mesial comprometendo rapidamente as estruturas de sustentação do dente principal de 
suporte. 
 
Estabilidade 
 O princípio de estabilidade refere-se à resistência da PPR às forças no sentido horizontal. 
Todos os elementos rígidos constituintes da PPR podem auxiliar na estabilidade, bem como o 
número, o grau de mobilidade e a distribuição dos dentes remanescentes na arcada, a qualidade, 
a quantidade e o tipo de rebordo residual, o grau de resiliência da fibromucosa e, ainda, a relação 
interoclusal dos dentes artificiais e da selacom a musculatura paraprotética. 
 
Reciprocidade 
É a oposição a forças horizontais exercidas sobre os dentes retentores da PPR, o elemento 
responsável é o braço de oposição ou reciprocidade. 
 
Alavancas 
Toda alavanca é constituída por três componentes: apoio, força potente e força 
resistente. O apoio, também chamado de fulcro, é o eixo em torno da qual a prótese quando em 
função pode rotacionar ficando instável. A força potente fica localizada na região edêntula. E a 
força resistente é representada pelos dentes remanescentes que darão sustentação a prótese. 
Dependendo da posição que esses três componentes estão três tipos, classes, gênero ou 
gerações de alavancas são formadas. 
 Alavanca de primeira classe (interfixa): fulcro entre a potência e a resistência 
 
 
 
 
 Alavanca de segunda classe (inter-resistente): fulcro e resistência estão em lados 
opostos e resistência entre eles 
 
 
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Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
 
 Alavanca de terceira classe (interpotente): resistência e fulcro estão em lados 
opostos e a potência entre eles 
 
Movimentos possíveis de uma PPR 
Durante a mastigação, inserção ou remoção, as PPR sofrem dois tipos de movimento ou 
tendência de movimento: rotação e translação. Rotação é o movimento do corpo em um de seus 
eixos. Translação é o movimento de deslizamento de todas as partes de um corpo em relação a 
um eixo distante dele próprio (ex. inserção e retirada). 
 
Os dois movimentos podem acontecer simultaneamente em três planos. 
 
Os principais movimentos de rotação são três: 
1. Giro no sentido antero-posterior ou póstero-anterior que ocorre através do plano 
sagital. Nesse caso, se o indivíduo come um alimento consistente como uma carne, quando 
a mastigação ocorrer sobre os dentes artificiais, esse tipo de alimento vai fazer que a 
prótese afunde sobre a mucosa. Já se o indivíduo comer algo pegajoso, como caramelo, a 
prótese tende a levantar. 
 
2. Giro no sentido latero-lateral que ocorre através do plano frontal. Por mais que 
tenhamos uma mastigação bilateral, nós não mastigamos o bolo alimentar ao mesmo tempo 
dos dois lados. Então ao mastigarmos um alimento consistente, a tendência é que o lado 
 
 
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Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
que esta mastigando afunde, enquanto o outro levante. E se for um alimento pegajoso, a 
tendência é que o lado que esta mastigando levante, e o outro afunde. 
3. Rotação. Esse movimento ocorre menos, com relação aos outros. Esse é um eixo de 
rotação real. Durante forças laterais a prótese pode realizar o movimento sobre esse eixo 
de rotação que é perpendicular ao assoalho da boca. 
Os eixos de rotação podem ser virtuais, as quais ocorrem nos casos de PPRs 
dentossuportadas ou reais que ocorrem nos casos dentomucossuportada de extremidades livre 
(Classe I e II). A rotação no plano sagital é o principal eixo de rotação de uma PPR de Extremidade 
livre. O eixo de rotação sempre passa pelos apoios. 
É importante sabermos onde posicionar o apoio, para impedir ou minimizar a movimentação 
sobre os eixos. 
O apoio de próteses dentossuportadas é sempre adjacente ao espaço protético. Para 
que as forças sejamdistribuidas idealmente ao longo eixo do dente. 
 
O apoio de próteses dentomucossuportadas deve ser sempre distante do espaço 
protético, na MESIAL. E que o que está atrás do fulcro acompanha o movimento da força, o 
que está a frente tem sentido contrário. No momento que mastigo algo consistente tanto a sela 
quanto o grampo vão descer, e o grampo vai estar inativo no momento que deve estar inativo (no 
momento que não preciso de retenção e sim de suporte). E o apoio que vai estar dando suporte, 
transmitindo a força ao dente pilar. No momento que comer algo pegajoso, a sela e o braço de 
potencia vai subir, no momento que o braço de retenção for tentar se deslocar no sentido gengivo-
oclusal vai encontrar o equador protético e vai impedir que a prótese saia do lugar, então vai estar 
ativo quando preciso que esteja. Formamos uma alavanca interresistente. 
 
Se por erro colocar o apoio na distal o que acontece? Lembra que prótese de 
extremidade livre forma alavanca. Lembra que o apoio é o fulcro. A potência é a força mastigatória 
incidindo sobre a sela. E minha resistência é o grampo (braço de resistência). Logo formei uma 
 
 
20 
Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
alavanca interfixa. E quando eu comer alimentos consistentes minha sela vai ser movimentar no 
sentido ocluso gengival, porque tudo que está atrás do fulcro acompanha o movimento da força. 
E como tudo que está a frente do fulcro se movimenta em sentido contrário ao da força meu braço 
de retenção vai se movimentar no sentido gengivo-oclusal. Assim o braço de retenção assumiu 
uma função ativa, quando deveria estar em função passiva. E se eu comer algo pegajoso, o apoio 
vai levantar e o braço de resistência vai abaixar. Ou seja, o braço de resistência vai ficar passivo, 
enquanto deveria estar ativo impedido o deslocamento gengivo-oclusal. O apoio erroneamente 
situado na distal faz que o dente pilar absorva cargas excessivas. 
 . 
Práticas 
Técnica de Roath ou dos 3 pontos Passo a passo: 
1. Seleção dos pontos um anterior e dois posteriores; 
2. Marcar os pontos com grafite; 
3. Fixar o modelo na mesa; 
4. Adaptar a ponta analisadora ao mandril do delineador; 
5. Com a alavanca fixadora da mesa levemente destravada fazer movimentos laterais e 
anteroposteriores. Objetivo: os 3 pontos se tocarem simultaneamente sem mudança de posição 
da ponta analisadora nem da fixação do modelo na mesa; 
6. Fazer linhas para registrar a conclusão do eixo de inserção: na lateral e na posterior do 
modelo (verticais) e na aresta vestibular ou lingual/palatina (horizontal); 
 
Placa reposicionadora do eixo de inserção Passo a passo: 
1. Reposicionar o modelo na mesa e delineador com ponta analisadora ou cinzel reto; 
2. Escolher um ou dois pontos incisais anteriores e dois posteriores um de cada lado da 
arcada; 
3. Isolar com vaselina ou isolante para gesso; 
4. Conferir se a placa acrílica cobre toda superfície oclusal; 
5. Manipular resina e na fase plástica colocar sobre as áreas escolhidas nos dentes ou na 
região da placa correspondente s mesmas; 
6. Alojar a placa sobre o modelo até a polimerização final; 
7. Substituir a ponta analisadora por um prego; 
8. Descer a haste vertical móvel até tocar ligeiramente o centro da placa sobre a plataforma; 
9. Manipular resina e na fase plástica colocar na cabeça do prego de modo que após a 
polimerização a placa esteja fixa a ele; 
 
 
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Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1 
10. Após a polimerização liberar o mandril e retirar a placa reposicionadora do eixo de 
inserção. 
Obs. No lugar de manipulara resina, misturando pó e liquido. Posso usar a técnica de Nealon. 
Pego dois dappen, um com pó, com líquido, e um pincelzinho. Molho o pincelzinho no monômero, 
encosto a ponta do pincel no pó. Vai formar uma bolinha de pó molhado de monômero na ponta 
do pincel. Encoste essa bolinha no local que se quer coloca-la, na superfície dodente. Por 
capilaridade ela se desprende do pincel. Ajeite essa porção com a ponta do pincel umedecido. 
Assim sucessivamente, até chegar a altura escolhida. Recomendações: vá sempre limpando a 
ponta do pincel. Esse método idealizado por Nealon é o que dá menos distorção, menos 
porosidade e mais resistência, além de um pouco mais de tempo de trabalho. 
Técnica das bissetrizes ou Roth Passo a passo: 
1. Define-se os retentores diretos; 
2. Marcar sobre as faces vestibulares dos retentores diretos e nas bases dos modelos seus 
eixos de inclinação. Divide o dente em parte oclusal e cervical, faz dois pontos no meio de cada 
uma delas, uni esses pontos e teremos o eixo de inclinação; 
3. Posicionar o modelo sobre o papel milimetrado; 
4. Contornar a silhueta do modelo; 
5. Incluir a silhueta marcada dentro de um quadrilátero (com ângulos internos iguais) obtendo 
dois pares de lados: um ântero(A)-posterior(P) e outro latero(LE)-lateral(LD). Geralmente é um 
retângulo ou um quadrado com ângulos de 90 graus (4 ângulos retos); 
6. Fazer dobraduras exatas dos lados do quadrilátero; 
7. Transferir as retas das inclinações dos eixos para o papel milimetrado; 
8. Traçar as bissetrizes dos lados do quadrilátero. As bissetrizes dos eixos de inclinação. 
Para isso pego um esquadro e aproximo elas, divido o ângulo formado ente elas por dois e terei 
bissetriz. Os últimos dentes, 2° e 3º molar geralmente tem o maior eixo de inclinação, estando os 
outros dentes dentro desse ângulo de abertura; 
9. Se houver mais de uma bissetriz de cada lado do par, transferir por prolongamento uma 
dela para o lado oposto e traçar uma bissetriz entre elas, finalizando o par com apenas uma 
bissetriz: uma anteroposterior e uma latero lateral; 
10. Definidas e transferidas para os modelos as duas bissetrizes finais (LL e AP), fixar o 
modelo na mesa do delineador e fazer coincidir a ponta analisadora com elas, simultaneamente, 
fixando o parafuso da junta universal: eixo de inserção. Os movimentos laterais da mesa ajustam 
a bissetriz AP. Os movimentos anteroposteriores ajustam a bissetriz LL; 
11. Adaptar o porta grafite ao mandril; 
12. Deslizar o grafite de mesial para distal de todos os dentes dobre a face vestibular e lingual 
com a ponta tangenciando a cervical; 
13. Fazer calibragem de retenção trocando o porta grafite pelos calibradores de acordo com 
a necessidade e indicação; 
14. Substituir o calibrador pelo dispositivo de referência reposicionador do eixo de inserção 
encontrado (cilindro/prego); 
15. Estabilizar a placa de registro em resina com endentações ao modelo, tangenciar o 
dispositivo a placa unindo-lhes com resina acrílica. 
 
 
 
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Resumo de PPR – Primeira Prova – Ruth Ricardo 2019.1

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