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PODER CONSTITUINTE Trata-se do poder de elaborar e modificar normas constitucionais. Portanto, é o poder de estabelecer uma nova Constituição de um Estado ou de modificar uma já existente. É a expressão da vontade suprema do povo, social e juridicamente organizado. São duas as espécies de poder constituinte: originário e derivado. Segundo o doutrinador Canotilho: CANOTILHO diz que: “o poder constituinte, como próprio nome indica, visa constituir, criar, positivar normas jurídicas de valor constitucional”. Espécies O Poder Constituinte classifica-se em Poder Constituinte Originário, Genuíno, de 1º grau, Inicial ou Inaugural e Poder Constituinte Derivado, Secundário, Instituído, Constituído, de 2º grau ou Remanescente. a. Poder Constituinte Originário: O Poder Constituinte Originário é conceituado como o poder de criar uma constituição. É aquele que instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por completo com a ordem jurídica precedente, tendo por objetivo criar um novo Estado, diverso do que vigorava. Subdivide-se em histórico (ou fundacional) e revolucionário. Histórico seria o poder de criar a primeira constituição de um país, já o Revolucionário seria poder de criar todas as outras constituições posteriores à primeira. As características é ser inicial, autônomo, ilimitado juridicamente, incondicionado e soberano na tomada de suas decisões, um poder de fato/político e permanente/latente. Assim, caracteriza-se por Inicial, pois dá origem a uma nova ordem constitucional. Há três tipos de Poder Constituinte Originário: Poder Constituinte Formal: Poder Constituinte originário em movimento, Poder Constituinte Material: Face substancial, responsável pela auto conformação estatal, e o Poder Constituinte Revolucionário: Responsável por revoluções Constitucionais, derruba e destrói a ordem jurídica já existente, implantando um outro tipo de ordenamento. b. Poder Constituinte Derivado: É aquele que altera formalmente a Constituição, é responsável por funções renovadoras da Constituição, sempre busca uma forma de alterá-la para que se a torne sempre mais clara e com maiores benefícios para a população, atua em uma etapa de Continuidade Constitucional, também é a competência Reformadora da Constituição Federal, O Poder Constituinte Derivado é um poder de Direito, um fato jurídico, não há dúvidas que se trata de um poder de Direito, suas características são: Secundariedade, Subordinação, Condicionamento, Continuidade, há dois tipos ou espécies: Poder Reformador que tem o dever de rever a Constituição Federal e o Poder Decorrente que estabelece e tem o direito de modificar as Constituições dos estados membros, sua titularidade é do povo, há dentro desse Poder a Emenda Constitucional, que é um recurso instituído pelo Poder Constituinte Originário para realizar mudanças em pontos específicos, e há também a Revisão Constitucional que tem o poder de alterar, modificar, a Constituição de forma ampla; ainda nesse poder há três tipos de Limites bem definidos, os Limites Formais, que são vedações expressas que consagram o procedimento especial para realização de reformas constitucionais, Limites Circunstanciais, são vedações expressas que impedem reformas nas Constituições em períodos conturbados, e os Limites Materiais, que visam impedir as possíveis Reformas Constitucionais. LIMITES DO PODER CONSTITUINTE Poder Constituinte, o poder derivado, ou de reforma que é dividido em dois, o de emenda e o poder de revisão. O poder originário é cumprido por uma assembleia, eleita pelo povo, com o intuito de criar a Constituição, desaparecendo quando desempenha este processo de criação, se caracterizando por um poder temporário. O poder derivado é um poder latente, ou seja, a qualquer momento pode ser posto, utilizado, objetivando os indícios formais e possuindo os limites materiais no seu poder, mas só pode modificar elementos secundários (como as normas secundárias), sem tirar a essência da Constituição, pois é o fundamento da norma jurídica, nem as emendas e nem a revisão são possíveis de retirar a essência, vista que ela, não pode alterar os princípios gerais do ordenamento jurídico. Os limites do Poder Constituinte podem ser descritos com os limites materiais (expressos e implícitos), os circunstanciais, os temporais e os formais. Os materiais dizem respeito às matérias que não podem ser elementos de emenda implícitos (essência do poder de reforma) e explícitos, ou expressos, o artigo 60 parágrafo Quatro (incisos I-IV) da Constituição Federal. As circunstanciais (Art. 60 § 1º) aborda este, presente no poder federal. Os temporais são acarretados mudanças na Constituição Federal a partir do prazo estabelecido. E os formais se utiliza do quorum, para determinarem processos de votação.