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Resumo de Artigo referente à Recreação e Lazer

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SOCIAL E TECNOLÓGICO
CAMILA NASCIMENTO
FREDSON MURILO
HANDERSON
LAYSLA DOMINIQUE 
RAIMUNDO DA ROCHA 
RESUMO ACADÊMICO
(RECREAÇÃO E LAZER - RELAÇÕES COM A EDUCAÇÃO FÍSICA)
VALENÇA
2015
CAMILA NASCIMENTO
FREDSON MURILO
HANDERSON
LAYSLA DOMINIQUE 
RAIMUNDO DA ROCHA
RESUMO ACADÊMICO
(RECREAÇÃO E LAZER - RELAÇÕES COM A EDUCAÇÃO FÍSICA)
Resumo Acadêmico apresentado ao IESTE-Instituto de Educação Social e Tecnológico, como requisito final de avaliação da disciplina de Lazer e recreação do curso de Licenciatura em Educação Física, sob a orientação do Professor Rodrigo Couto.
VALENÇA
2015
RECREAÇÃO E LAZER - RELAÇÕES COM A EDUCAÇÃO FÍSICA
O tema deste resumo debruça-se sobre as inquietações que afligem as relações estabelecidas entre a Recreação/Lazer e a Educação Física, as quais envolvem a formação e ação de profissionais de Educação Física na atualidade, procurando compreender os limites e significados dessa relação. 
Os autores partem do princípio da compreensão da recreação, do lazer - jogos e brincadeiras, bem como, da importância de reconhecer o desenvolvimento histórico e cultural e o próprio percurso da Educação Física. Tal pesquisa bibliográfica, em estudo, objetiva-se definir e discernir os pontos convergentes e divergentes entre recreação, lazer e jogo não se destinando a uma finalização, devido o número de conceitos e definições, mas, a discrepância de pensamento e ideias dos autores e estudiosos.
Apoiando-se em escritores/pensadores famosos como WERNECK, SUSSEKIND, MARINHO, GÓES, TEIXEIRA e muitos outros, e seguindo as trilhas do estudo curricular, busca-se desmistificar a consciência enquanto ilusão, tendo também como meta compreender as intenções ocultas na aparência do fenômeno e a busca de novos sentidos para a realidade estudada. A investigação segue linha de raciocínio dialético, considerando a linguagem como exigência metodológica. Salienta-se que é por meio de atividades lúdicas, jogos e exercícios ginásticos, que os limites entre trabalho e tempo, obrigação e diversão, eram tecidos e revestidos pelas noções de utilidade e recompensa que começam a ser “forjadas” pela prática da recreação e acionadas já nas primeiras lições da educação infantil. Desse modo, primeiro momento da história da educação no Brasil a recreação foi um importante recurso educativo-pedagógico-disciplinar destinado como auxiliador no ensino primário público.
No texto, MIRANDA (1941, 1962, 1984) é apontado com contribuições significativas sobre a recreação. Para ele “a recreação é o conjunto de iniciativas institucionais, não mais como mero recurso disciplinar gerador de corpos e mentes saudáveis, obedientes e controlados, nem como uma atividade útil para a organização e emprego apropriado do tempo livre, agora o sentido que recai sobre a recreação vem do controle absoluto de todas as dimensões da vida humana, dentro e fora do trabalho”. Nessa perspectiva, a recreação responde, como um conjunto de atividades operacionais, como conteúdo a ser desenvolvido no tempo espaço do lazer, à necessidade de reposição, manutenção e preparação da força de trabalho, ou melhor, como fenômeno submetido à lógica da política e da economia do trabalho.
Ainda sobre a recreação, é citado no texto algumas definições de autores como de MARINHO (1981), catedrático intelectual da área, que destinou obras inteiras ao estudo das relações entre Educação Física e a Recreação, concebendo esta última como sendo “a atividade física ou mental a que o indivíduo é naturalmente impelido para satisfazer as necessidades físicas, psíquicas ou sociais, de cuja realização lhe devem prazer” (p. 34), o que significa que sua conotação como atividade vem prevalecendo no campo. 
Depois de MARINHO, outros estudiosos também deixaram referências importantes sobre a recreação para a área da Educação Física. É o caso de TEIXEIRA e FIGUEIREDO, que na década de 1970 dedicaram-se à sistematização das questões concernentes à recreação, contribuindo para a proliferação dos “manuais” ainda muito utilizados nesse campo. Localizados desde uma perspectiva compensatória e utilitarista do lazer (MARCELINO, 1987), afirma ser função da recreação, além do emprego adequado do tempo livre, a recuperação da força de trabalho, o que por sua vez, resulta em benefícios para a própria indústria, pois que “o operário descansado, restaurado, saudável, contente e alegre, sentir-se-á feliz e assim, produzirá muito mais e certamente mais barato” (TEIXEIRA, FIGUEIREDO, 1970, p. 58).
No tocante ao lazer, sem dúvida alguma o seu entendimento é fundamental com relação à recreação, na tentativa de compreender, em seus vários aspectos, a Educação Física. Esta, em sua constituição como prática pedagógica e campo de conhecimento, em nosso país, é influenciada não somente pela escola e a escolarização da cultura corporal, mas igualmente, pelo processo de institucionalização do lazer via recreação.
Nesse sentido, segundo o texto, fica claro que o lazer compõe uma esfera da vida cotidiana atravessada pelas mesmas forças que atuam sobre a sociedade em sua totalidade, configurando-se na medida em que estabelece interfaces com a dinâmica mais ampla da economia, da política e da cultura. Ele se revela cercado tanto pelas determinações objetivas, derivadas do modo de produção social da existência humana, como pelas subjetivações que se traduzem pelas diferentes maneiras de compreendê-los, explicá-lo e transformá-lo. É da produção material e simbólica da existência humana, cuja centralidade é dada pelo trabalho, que se emerge o lazer. Por conseguinte, o lazer está para o mundo do trabalho assim como o trabalho está para as aspirações e necessidades humanas, cujas possibilidades de realizações passam, inclusive, pelo próprio lazer. Determinando-se mutuamente, lazer e trabalho constituem, portanto, fenômenos indissociáveis da cultura humana.
No entanto, destaca-se que o tempo livre não é ou menos “livre” por que está submetido a processos de coação ou as normas de conduta social, assim como indicado por MARCELINO (1987), mas por que o tempo livre é a extensão da lógica do trabalho às demais instancias da vida humana. Isso não quer dizer, entretanto, que a categoria “tempo livre” seja inválida para a compreensão do lazer. 
Enfatiza-se a ideia visto que desde a regulamentação da jornada de nosso país institucionalizou-se, concomitantemente, um tempo livre de trabalho, que também pode ser compreendido, de acordo com MUNNÉ (1980), como um tempo livre para, isto é, para o desenvolvimento das mais distintas práticas culturais, para o descanso ou contemplação, bem como para a realização de atividades obrigatórias, de formação pessoal ou social.
Já para a concepção de JOGO, além da definição do dicionário, também são citadas contribuições de alguns autores. Para HUIZINGA (1993), o jogo é uma atividade de ocupação voluntária dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, seguindo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotados de um fim em si mesmo, acompanhado de sentimentos de tensão e alegria, e consciência de ser diferente da “vida cotidiana”. Para VYGOTSKY apud FERREIRA (2006) afirma que nem sempre o jogo possui essas características, porque em certos casos “há esforço e desprazer” na busca do objetivo da brincadeira. FREIRE (1994, p. 116) define o jogo da seguinte forma: “o jogo implica a existência de regras e de perdedores e ganhadores quando sua prática”. Se uma atividade recreativa permite alcançar a vitoria, ou seja, pode haver um vencedor, estamos tratando de um jogo.
A ideia de jogo mais defendida para a aula de Educação Física segundo Victor Pávia (Dicionário Crítico de Educação Física), (salvo nos casos em que para não dar aula) é a do jogo útil, uma ideia, se permitem o termo, instrumental do lúdico. O observador atento pode afirmar que no contexto escolar, embora não apareça com as vestes dos atos solenes, o jogo costuma se maquiado de ato sensatoe racional e, por isso, útil. É que o jogo escolarizado, entendendo por “escolarização” esse processo de seleção e adaptação de objetivos, conteúdos, métodos, recursos, que imprime um “selo” particular a tudo que se organiza na escola, até convertê-lo no que POPKEWITZ (1992) descreve acertadamente como uma pratica imaginaria. Partamos então de uma hipótese: a escolarização da Educação Física tende a reproduzir uma forma de jogo predominante e um modo de jogar dominante.
Contudo, diante do exposto, conclui-se que há a necessidade de se refletir sobre o fato de enfatizar que o lazer, a recreação e o jogo devem perpassar todas as disciplinas e a escola como um todo, principalmente no que diz respeito buscar parcerias entre a disciplina de Educação Física e as demais disciplinas. Pois, compreende-se que o momento em que o indivíduo se empenha em algo que escolhe, lhe dá prazer e que o modifica como pessoa pode estar ligado aos esportes, jogos, brincadeiras, práticas culturais ou, simplesmente descanso. Por sua vez, a recreação seria uma forma de o indivíduo satisfazer seus anseios e vontades relacionadas ao lazer, estando ligada à diversão, alegria e entretenimento. Dentre as principais características estão: espontaneidade, positividade, prazer e criatividade. Por isso, possui grande participação de profissionais de EF na orientação dessas práticas.
Referências
BRUHNS, Heloisa T. Abordagens teóricas sobre o lúdico. In: O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas. Papirus, 1993. 
DUMAZEDIER, J. “Lazer e Cultura Popular”. São Paulo: Perspectiva, 1973. 
ELIAS, Norbert. A Busca da Excitação. Lisboa: Memória e Sociedade: DIFEL, 1992. 
ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador: formação do Estado e civilização. Vol.II. Rio de Janeiro: ZAHAR. 1993. 
ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador: uma história dos costumes. Vol. I Rio de Janeiro: ZAHAR. 1990. 
ISAYAMA, H.F., STROPPA, E.A. & WERNECK, C.L.G. Lazer e Mercado. Campinas: Papirus, 2001. 
KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo, Pioneira, 1994 
MARCELLINO, N. C. Lazer e Educação. 2ª ed., Campinas: Papirus, 1990. 
MELO, M. P. Políticas públicas de esporte/lazer em São Gonçalo/RJ: uma análise crítica da atuação da secretaria municipal de esporte e lazer. Revista do Centro de Estudos de Lazer e Recreação/EEF/UFMG, v.4, n.1, 2001. 
WERNECK, C.L.G. Lazer, trabalho e educação: relações históricas, questões contemporâneas. Belo Horizonte: UFMG/DEF/CELAR, 2001.157p.

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