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ENVELHECIMENTO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
AO CLIENTE IDOSO
Profa Andressa Rodrigues de Souza
2019
Velhice? ohhhh
Gerontofobia
O que é 
envelhecimento?
Conceito Simplista 
“é o processo pelo qual o jovem se transforma 
em idoso”
Conceito Biológico: 
“Fenômenos que levam à redução da 
capacidade de adaptação a sobrecargas 
funcionais”
Envelhecer…
62 anos 91 anos
Envelhecer…
Os sinais e sintomas
clássicos das doenças
podem estar ausentes,
obscurecidos ou serem
atípicos nos idosos como
resultado de alterações nos
sistemas orgânicos e nos
mecanismos homeostáticos
e pela coexistência de
condições agudas ou
crônicas.
• Envelhecimento maior vulnerabilidade 
a doenças!
–Infecção
–Doenças cardiovasculares
–Neoplasias 
Conceito Cronológico:
60 ou mais (países em desenvolvimento) 
65 ou mais (países desenvolvidos)
60 a 74 ( idosos jovens)
75 ou mais (idosos)
muito idosos (very old): 80 e 85 ou mais
DE 
FORMATO 
DE PIRÂMIDE
EM 1950
ATÉ 2000...
... A
FORMATO
DE UM
BARRIL 
Poucas crianças
Mais adultos e idosos
EM 2050!
• Mais dados sobre o envelhecimento da 
população brasileira:
–1975: 6 milhões de idosos
–1990: 9,5 milhões de idosos
–2000: 14 milhões de idosos
–2025: 32 milhões de idosos!
TERMINOLOGIA BÁSICA
Geriatria X Gerontologia
Especialidade médica e/ou 
saúde que trata das doenças
dos idosos, preocupando-se 
prolongar a vida com QV- Estudo
clínico da velhice, manejo das doenças
associadas ao envelhecimento.
Palavra de origem grega
que significa, estudo da
velhice ou do processo de
envelhecimento
(Salgado, 1989)
Preocupação com um
Envelhecimento saudável,
bem sucedido e assistido
ENVELHECIMENTO
Senescência Senilidade
TERMINOLOGIA BÁSICA
Senescência X Senilidade
Declínio físico e mental de forma
lenta e gradual, que ocorre
geralmente após os 65 anos e
que não se caracteriza como
manifestação patológica
Na senescência não ocorrem
distúrbios de condutas,
amnésias, perda do controle de si
mesmo; em outras palavras, é o
“idoso sadio”
É o envelhecimento patológico.
O idoso senil perde a capacidade
de memorizar, prestar atenção, não
consegue mais se orientar, fala sem
nexo, vai limitando sua vida ao leito,
e chega a perder o controle de
urinar e defecar
Só 5% dos idosos padecem de
senilidade
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA SE TRABALHAR COM 
PACIENTES IDOSOS
• Quando falamos em cuidar de idosos, é claro que
existem alguns princípios básicos. Eric Pfeiffer,
psicogeriatra americano, elaborou em 1885, o que
ele chamou de PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA SE
TRABALHAR COM PACIENTES IDOSOS:
1. PACIENTES IDOSOS SÃO TRATÁVEIS: doença na velhice
não é meramente uma ocasião para lamentação, mas
sim um chamado para intervenção.
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA SE TRABALHAR COM 
PACIENTES IDOSOS
2. CUIDADOS AOS IDOSOS 
REQUEREM UMA ABORDAGEM 
INTERDISCIPLINAR: somente uma 
abordagem multidisciplinar 
integrada tem uma chance realista 
de retornar um idoso com 
incapacidades múltiplas a um 
funcionamento normal ou perto 
do normal.
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA SE TRABALHAR COM PACIENTES IDOSOS
3. UMA INTERVENÇÃO NA VIDA DE UM PACIENTE IDOSO
DEVE SER PRECEDIDO POR UMA AVALIAÇÃO
ABRANGENTE DE TODO O SEU FUNCIONAMENTO: é o
que se chama de avaliação geriátrica ampla, ou seja,
não somente avaliar o idoso em relação à sua saúde,
mas também fazer avaliações de seus recursos sociais
e financeiros, bem como sua independência para as
atividades da vida diária.
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA SE TRABALHAR COM PACIENTES 
IDOSOS
4. CUIDADO AO PACIENTE IDOSO REQUER UM
NOVO TIPO DE SERVIÇO - O GERENTE DE CASO:
ou seja, um profissional habilitado em
gerontologia, que possa implantar e gerenciar
um plano de cuidados para o idoso, que leve em
conta as limitações, as necessidades e o status
funcional, bem como os recursos disponíveis na
comunidade.
5. CUIDAR DO IDOSO REQUER TREINAMENTO
ESPECIALIZADO EM GERIATRIA E
GERONTOLOGIA: o idoso é um tipo de paciente
especial, tratado de maneira própria e especial
por profissionais especiais, treinados em
geriatria e gerontologia.
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA SE TRABALHAR COM PACIENTES IDOSOS
6. NÃO SÓ OS PACIENTES IDOSOS SÃO TRATÁVEIS,
COMO TAMBÉM EDUCÁVEIS: aqui, afirma-se que os
pacientes são capazes e estão interessados em
aprender informações vitais sobre sua própria
experiência de envelhecimento e são hábeis em
aprender sobre como melhorar o autocuidado.
7. PESSOAS IDOSAS NÃO SÓ SÃO TRATÁVEIS E
EDUCÁVEIS, COMO TAMBÉM NOS ENSINAM SOBRE
ENVELHECER: os idosos são experts em relação à
experiência do envelhecimento, pois já estão vivendo
esta fase em toda a sua plenitude!
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA SE TRABALHAR COM PACIENTES 
IDOSOS
8. O PAPEL DA FAMÍLIA É DE FUNDAMENTAL
IMPORTÂNCIA NO CUIDADO AO PACIENTE
IDOSO.!
Aspectos biológicos do 
envelhecimento e patologias 
associadas
Alterações do sistema 
cardiovascular
Patologias do 
sistema 
cardiovascular
Hipertensão Arterial
 O envelhecimento por si só pode ser um
fator de risco para o surgimento da HA.
POR QUE?
 Basicamente, a pressão arterial é o resultado
do produto do débito cardíaco e da resistência
vascular periférica.
Aspectos da senescência:
 Aumento da resistência periférica,
devido a:
-redução na liberação de óxido nítrico pelo endotélio (importante fator
de relaxamento vascular)
-diminuição dos efeitos da endotelina na musculatura lisa vascular
(um potente vasoconstritor)
-aumento do diâmetro dos vasos
-aumento do conteúdo de colágeno e redução da elastina
-deposição lipídica e de cálcio, com perda da elasticidade.
Fator contributivo para a resistência periférica:
ATEROSCLEROSE
-Processo patológico que ocorre como resposta
fibroproliferativa da parede arterial causada por agregação
à superfície endotelial.
 Redução do débito cardíaco
 Aumento da pressão sistólica
Consequências: diminuição do volume intravascular e do
fluxo renal, e aumento da massa ventricular esquerda.
Atenção com a medida da pressão arterial!
 A posição em decúbito é a mais apropriada, com
o idoso relaxado.
 Aferir a PA pelo menos três vezes, com intervalo
de tempo mínimo de 5 min. entre cada medida.
 Observar a presença de pseudo-hipertensão
-É o aumento da resistência vascular, na qual a insuflação máxima do
manguito não faz desaparecer o pulso radial, registrando pressões
muito elevadas.
-Caracterizada pela presença do Hiato Auscultatório.
Sopros cardíacos são relativamente frequentes 
em idosos com hipertensão arterial.
Traduzem alterações degenerativas localizadas
nas valvas mitral e aórtica, como: calcificação e
depósito de lípides e espessamento.
Hipotensão Postural
-A hipotensão ortostática é um fenômeno
relativamente comum em idosos e assume importância
clínica quando se manifesta com tonteira postural.
-É significativa quando há uma queda de 20 mmHg na
pressão sistólica e/ou 10 mmHg na pressão diastólica,
quando muda o paciente da posição supina para a
ortostática.
-A palpação dos pulsos arteriais periféricos deve ser
feita de rotina.
Síncope no idoso
 É a perda autolimitada da consciência e do tônus
postural, consequentes à redução transitória da
perfusão cerebral.
 Pré-síncope é caracterizada pela perda do tônus
postural sem que haja perda da consciência.
 Tanto a síncope como a pré-síncope não são
doenças, mas sim manifestações clínicas.
A prevalência de síncope em idosos é aumentada por
aspectos comuns do envelhecimento, como alterações
na:
-Frequencia cardíada-Pressão arterial
-Fluxo sanguíneo cerebral
-Resposta do sistema nervoso autônomo
* A queixa de síncope pelo paciente geriátrico
não deve ser negligenciada, devido aos maiores
riscos para o episódio de queda.
Insuficiência Cardíaca 
Síndrome clínica complexa
caracterizada pela incapacidade do
coração de suprir adequadamente as
demandas metabólicas dos tecidos.
-Causada por disfunção ventricular
(distúrbio sistólico ou diastólico).
-É expressa clinicamente por
intolerância ao esforço, retenção
líquida, edema e congestão visceral.
Doença Coronariana 
É uma cardiopatia isquêmica crônica, podendo ser
causada por aterosclerose coronária ou estenose da
artéria coronária.
Sintomas: angina, desconforto torácico, dispnéia,
sopro sistólico mitral.
A falta de atividades físicos nos idosos pode
mascarar os sintomas!
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Presença de sintomas inespecíficos ou atípicos que
mascaram o diagnóstico correto.
Sinais: deterioração funcional ou cognitiva e queixas
vagas como fraqueza, cansaço e inquietação.
À medida que a faixa etária aumenta, a dor ou o
desconforto torácico, a sudorese e o vômito são menos
frequentes.
Porém, a síncope, a dispneia, o AVC e a confusão
aguda são mais evidentes em idosos.
Doença Valvar 
 Estenose aórtica
 Insuficiência aórtica
crônica
 Estenose mitral
 Insuficiência mitral
aguda
Doença Vascular Periférica
Arteriopatias obstrutivas dos membros
inferiores.
 Causas: aterosclerose, tumor, vasoespasmo, embolia,
trombose, trauma, dissecção.
 Fatores de risco: diabetes, hipertensão arterial,
tabagismo e dislipidemia.
 Sinais e sintomas: desconforto muscular -
claudicação intermitente (dor muscular induzida pelo
esforço) e dor em repouso (queimação e parestesia,
sendo mais intensa nos pés e à noite).
Úlcera venosa
Alterações do sistema 
respiratório
Patologias do sistema 
respiratório
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
É definida como obstrução crônica ao fluxo
aéreo.
É a 4ª causa de morte entre pessoas com 70-
90 anos.
A DPOC é um espectro de doenças que inclui
bronquite crônica, enfisema e asma.
Pneumonias
Pneumonite = inflamação aguda do
parênquima pulmonar de natureza
infecciosa ou não.
Pneumonia = inflamação pulmonar
devido infecção por bactéria, vírus
ou fungo.
-As bactérias são responsáveis pela
maioria dos casos de pneumonia
nos idosos.
Distúrbios 
hidroeletrolíticos no 
idoso
Alterações significativas do sistema renal no
envelhecimento:
-Queda de parâmetros hemodinâmicos
-Perda de massa renal (de 400g para 300g) e atrofia
-hipertrofia, hiperplasia vascular e esclerose dos
glomérulos.
ESTRESSE
ALTERAÇÃO NO EQUILÍBRIO 
HIDROELETROLÍTICO
Controle da reabsorção de sódio
Sistema renina-
angiotensina-
aldosterona
Hormônio 
antidiurético (HAD)
Peptídeo 
natriurético atrial 
(PNA)
 Hormônio antidiurético: há alteração no mecanismo como a
secreção de HAD responde aos estímulos (aumento da
sensibilidade aos estímulos para a liberação).
 Peptídeo natriurético atrial: sua concentração basal está
aumentada de 2 a 5 vezes nos idosos, e sobretudo, na disfunção
cardiovascular. É sintetizado no átrio e tem como ação aumentar a
diurese e natriurese, além de vasodilatação renal e queda na
pressão arterial.
 Sistema renina-angiotensina-aldosterona: age nos
estados de diminuição de volume, promovendo maior reabsorção
de sódio no organismo. Nos idosos há uma diminuição da função
deste sistema.
O limiar para o desequilíbrio hidroeletrolítico
no idoso estreita-se por redução da água total
do corpo, percepçã0 diminuída de sede e
menor capacidade de reter água.
-TENDÊNCIA À DESIDRATAÇÃO!
Hiponatremia
-Presença de sódio sérico abaixo de 130 mEq/l.
-É o distúrbio mais comum em idosos, atingindo cerca de
25% dos hospitalizados.
-Sintomatologia: fadiga, letargia, desorientação,
convulsão, confusão e coma.
-Cuidados na reposição do sódio! Uma correção rápida
pode causar desmielinização osmótica do SNC (perda da
bainha de mielina) com consequente depressão da
consciência.
Hipernatremia
-Causas predisponentes: diminuição de percepção de
sede, dificuldade de acesso ou ingestão de água
(sobretudo em pacientes com disfunção cognitiva ou
institucionalizados), quando o rim apresenta dificuldade
de maximizar a conservação da água.
-Sua ocorrência súbita causa sintomas
neurológicos pela desidratação e retração do
cérebro, que podem levar à hemorragia.
Situações clínicas que levam à
hipernatremia:
 Ingestão inadequada de água por dificuldade de
acesso;
 Perda hídrica no curso de infecções com febre,
uso de diurético, diarréia e vômito;
 Perda excessiva de água, como no Diabetes
Insipidus (comprometimento da ação do HAD);
 Mediada pelo excesso de sal por administração
de salina hipertônica ou bicarbonato de sódio.
Hipopotassemia
Causas mais comum: terapia com diuréticos,
diarréia, vômito, perda por glicosúria, cetonúria e
desnutrição.
Sintomas: confusão, desorientação, fadiga, apatia
e anorexia.
O tratamento mais seguro se dá por via oral, mais
rapidamente absorvido.
Alterações do sistema 
locomotor
Principal Patologia 
Osteomuscular
Osteoporose
 Significa “osso poroso” e é a doença
de maior prevalência nos idosos.
 É uma desordem esquelética crônica e
progressiva, que acomete tanto homens
quanto mulheres, principalmente após a
menopausa.
 Caracteriza-se por comprometimento
da resistência óssea, levando a um
aumento no risco de fratura, dor,
deformidade e incapacidade física.
Fatores de risco:
-Sexo feminino
-Baixa massa óssea
-Fratura prévia
-Raça asiática ou caucásica
-Idade avançada
-Menopausa precoce não tratada
-Tratamento com corticosteróides
Sinais e sintomas: geralmente é
assintomática. Os pacientes tomam
conhecimento da doença quando ocorre
uma fratura.
OBRIGADA!

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